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OFÍCIO nº4416/2020/MPF/PR/PB/JGFC
Senhor Governador,
Cumprimentando-o cordialmente, rememoro que tramita nesta Procuradoria da
República o Procedimento Administrativo de Acompanhamento de Políticas Públicas em
epígrafe, instaurado com o objetivo de acompanhar e avaliar as medidas que têm sido
adotadas pelos órgãos públicos com o escopo de prevenir e monitorar os casos de
Coronavírus (COVID-19) no Estado da Paraíba. Esse trabalho vem sendo implementado em
conjunto com membros do Ministério Público do Trabalho e Ministério Público do Estado da
Paraíba, conforme diretrizes emanadas do Conselho Nacional do Ministério Público.
Os dados epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado da
Paraíba (SES/PB), ao longo das últimas semanas, têm indicado um nítido movimento de
ascensão do número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, a ponto de o
Conselho Regional de Medicina haver expedido nota pública de alerta para o risco de
descontrole dos níveis de contaminação no Estado e colapso da rede pública, notadamente
diante do avanço das taxas de ocupação de leitos da rede pública nos últimos dias. O
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Presidente da referida Autarquia buscou inclusive os Ministérios Públicos Federal, Estadual e
do Trabalho para reforçar tal alerta.
Nesse sentido, vale registrar que a própria SES/PB divulgou, no dia
28/11/2020, a 13ª avaliação do Plano Novo Normal, que analisa as condições da retomada
gradual e responsável das atividades durante a pandemia. A avaliação, que passou a vigorar a
partir do dia 30 de novembro, aponta um crescimento de municípios em bandeira amarela
(85%) e laranja (11%), e uma redução de quase metade do número de municípios em
bandeira verde (4%).
Note-se, assim, que a atual situação da epidemia parece instável e dinâmica,
com a possibilidade de modificação substancial em questão de horas, o que naturalmente
demanda dos Poderes Públicos tanto a adequada organização e planejamento de toda a sua
rede de serviço saúde pública voltada ao atendimento de pacientes infectados pelo novo
patógeno quanto a adoção de medidas capazes de mitigar a disseminação do vírus.
(Assinado eletronicamente)
JOSÉ GUILHERME FERRAZ DA COSTA
Procurador da República
(Assinado eletronicamente)
JANAÍNA ANDRADE DE SOUSA
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Procuradora da República
(Assinado eletronicamente)
CARLOS EDUARDO DE AZEVEDO LIMA
Procurador do Trabalho
(Assinado eletronicamente)
MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE ALMEIDA
Procurador do Trabalho
(Assinado eletronicamente)
(Assinado eletronicamente)
ADRIANA AMORIM DE LACERDA
Promotora de Justiça
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Aos vinte e sete dias do mês de novembro de 2020, às 9h30, por meio da
plataforma de videoconferência CiscoWebex, reuniram-se GERALDO ANTÔNIO
DE MEDEIROS, Secretário de Saúde do Estado da Paraíba; DANIEL BELTRAMMI ,
Secretário-Executivo de Saúde do Estado da Paraíba; ADALBERTO FULGÊNCIO,
Secretário de Saúde do Município de João Pessoa; FELIPE PROENÇO DE OLIVEIRA,
Professor da UFPB; FELIPE REUL, Secretário de Saúde do Município de Campina Grande;
com as Procuradoras da República JOSÉ GUILHERME FERRAZ DA COSTA, ACÁCIA
SOARES PEIXOTO SUASSUNA e JANAÍNA ANDRADE DE SOUSA ; com os
Promotores de Justiça RANIERE DA SILVA DANTAS, ADRIANA AMORIM DE
LACERDA e JOVANA MARIA SILVA TABOSA ; e com o Procurador do Trabalho os
Procuradores do Trabalho CARLOS EDUARDO DE AZEVEDO LIMA, MARCELA DE
ALMEIDA MAIA ASFORA, RAULINO MARACAJÁ COUTINHO FILHO e
MARCOS ANTÔNIO FERREIRA DE ALMEIDA , para discutirem questões referentes
aos procedimentos administrativos de acompanhamento de políticas públicas (PA-PPB) em
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epígrafe.
MINUTA
Os membros do Ministério Pública abriram a reunião recepcionando os
convidados e rememorando que os procedimentos extrajudiciais em tela têm por objeto
acompanhar e avaliar as medidas que têm sido adotadas pelos órgãos públicos com o escopo
de prevenir e monitorar os casos de Coronavírus (COVID-19) no Estado da Paraíba.
Registrou-se inicialmente que a reunião foi convocada em razão da constatação
do aumento do número de contaminação por Covid-19 na Paraíba ao longo das últimas
semana, especialmente nas cidades de João Pessoa e Campina Grande, o qual tem sido
retratado nos boletins epidemiológicos divulgados pelas autoridades sanitárias locais.
Nesse sentido, justificou-se a convocação dos secretários de saúde do Estado
da Paraíba e das duas maiores cidades da unidade federativa (João Pessoa e Campina
Grande), para que estes apresentassem aos membros dos diferentes órgãos do Ministério
Público (MPF, MP-PB e MPT) o panorama geral a respeito da atual situação epidemiológica
relativa aos casos de infecção pelos patógeno pandêmicos, bem como acerca das medidas que
têm sido adotadas diante desse movimento de recrudescimento de casos confirmados.
Os debates foram iniciados pelo Secretário-Executivo de Saúde do Estado da
Paraíba Daniel Beltrammi, o qual foi responsável por apresentar um panorama geral a
respeito do hodierno quadro epidemiológico relativo à pandemia em todo o Estado da
Paraíba. De sua apresentação, destacam-se os seguintes dados:
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MINUTA
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MINUTA
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MINUTA
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MINUTA
(9) Atualmente todo o Estado da Paraíba conta com 267 leitos de UTI COVID-
19, 494 leitos de enfermaria COVID-19, o que representa um total de 761 leitos destinados ao
tratamento de pacientes COVID-19.
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MINUTA
(10) A rede hospitalar privada também tem sido bastante pressionada também
com o aumento de casos de COVID-19 e desconforto pulmonar.
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MINUTA
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de UTI disponíveis nos hospitais localizados em Patos, Pombal e Piancó.
MINUTA
Nesse cenário, afirmou que o Estado detém uma rede hospitalar robusta capaz
de atender todos os pacientes e que ampliará a sua capacidade na medida em que a demanda
for aumentando, na sistemática de onda automáticas, conforme estabelecido no início da
pandemia. Por outro lado, registrou que providências precisam ser adotadas para que o nível
de disseminação do vírus seja contido, para que, assim, a sociedade não seja penalizada com
o incremento de medidas de contenção social.
O Procurador da República José Guilherme questionou o Secretário de Saúde
do Estado se a questão da ocupação dos leitos dos hospitais municipais já havia sido
solucionada, tendo em vista que, em contraste com o nível de ocupação dos hospitais
estaduais e do HULW, os municipais apresentavam baixas taxas de ocupação. Em resposta, o
secretário assinalou afirmativamente, contudo, não soube esclarecer porque os leitos dos
hospitais municipais não estavam sendo liberados até então.
Diante do atual quadro epidemiológico, o Secretário de Saúde foi indagado a
respeito da possibilidade de realização de eventos no Estado da Paraíba e, em caso afirmativo,
com qual capacidade. Em resposta, foi indicado que, atualmente, na visão da SES/PB, não se
revela adequada a autorização de eventos, tendo em vista que, nessas situações, especialmente
durante as festividades do final do ano, as pessoas ingerem bebidas alcoólicas e, por essa
razão, muito possivelmente não observarão as medidas de distanciamento social. Afirmou,
assim, que eventos não essenciais e com grande aglomeração de pessoas não devem ser
realizados pelo menos até o mês de março de 2021.
Com essas considerações, os membros dos órgãos ministeriais questionaram se
a Vigilância Sanitária do Estado da Paraíba poderia contribuir, em parceria com as equipes de
vigilância sanitária dos municípios, no processo de fiscalização e penalização dos
responsáveis por eventos dessa natureza, especialmente, ao longo das próximas semanas em
que se prevê a possibilidade de aumento do número de casos. Em resposta, o Secretário de
Saúde do Estado noticiou que já tem tratado dessas parcerias com o Secretário de Saúde João
Pessoa.
A Procuradora da República Janaína Andrade registrou o esforço da gestão do
município de Campina Grande em acatar a recomendação expedida no dia 26/11/2020 e
questionou o Secretário-executivo de Saúde do Estado da Paraíba a respeito da existência de
um perfil específico dos pacientes que têm sido internados nos hospitais privados em
decorrência da infecção por Covid-19.
Em resposta, o Secretário-executivo de Saúde do Estado da Paraíba afirmou
que o cenário atual se assemelha ao começo da pandemia, em que as classes média, média-
alta e alta têm apresentado o maior do número de casos. Declarou que, na verdade, os
extremos das classes sociais têm apresentado o maior de número de infecções, em virtude do
relaxamento das medidas de distanciamento social pelas classes mais abastadas e da
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necessidade de retorno às atividades profissionais pelas classes menos favorecidas, que
MINUTA
tiveram uma redução do auxílio emergencial.
A Promotora de Justiça Adriana Amorim questionou os secretários a respeito
do plano de retomada dos leitos COVID-19 que foram fechados. Em resposta, o Secretário de
Saúde do Estado da Paraíba reiterou que há possibilidade de reativação dos leitos. Contudo,
assinalou que será mais difícil, pois, com a ampla retomada das atividades econômicas, a
demanda em alguns setores, como a parte traumatológica, tem aumentado. Ressaltou que, no
rol de dificuldades para a retomada dos leitos COVID-19, se encontram também a carência de
pessoal e de medicamentos. Por isso, pontuou novamente a importância da adoção de
medidas para a contenção da disseminação do vírus.
A Promotora de Justiça Jovana Tabosa teceu considerações acerca da
necessidade de adoção de medidas que contenham a propagação do patógeno pandêmico,
tendo em vista que, em João Pessoa, se encontra em vigor um decreto municipal que autoriza
a realização de eventos com até 400 pessoas ou com capacidade de até 50% da lotação, fato
que gera sérios riscos para a população.
A Promotora de Justiça Maria das Graças, ao mencionar dados apresentados
pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba, registrou a necessidade de esclarecimento
pelas autoridades sanitárias presentes a respeito da subnotificação de casos no município de
João Pessoa causada por uma possível ausência de testes rápidos e PCR.
O Secretário de Saúde do Município de João Pessoa registrou que,
diferentemente das avaliações do CRM-PB, as estratégias estabelecidas pela SMS-PB são
formuladas por especialistas em saúde pública. Na sequência, o professor da UFPB Felipe
Proenço apresentou um panorama geral acerca da evolução dos dados epidemiológicos na
capital paraibana, tendo afirmado que o cenário epidemiológico, na capital paraibana, em sua
visão, se apresenta estável, a despeito das altas registradas nas últimas semanas. Ressaltou
que a SMS tem utilizado como indicadores para decisões sobre retomada, ocupação de leitos
(85% como limite de alerta), taxa de transmissão, número de óbitos, pressão nas UPAS
Questionado sobre parâmetro adotado de 85% de ocupação de leitos (que pode
chegar rapidamente a 100%), justificou que se trata do máximo alcançado no auge da difusão
inicial dos casos no primeiro semestre. Sobre influencia de medidas adotadas em outros
municípios vizinhos, esclareceu que podem repercutir sim na situação em João Pessoa.
Questionado acerca da carência de testes Covid-19, os representantes da SMS-
JP afirmaram que há estoque suficiente no momento, tendo indicado que as coletas dos
materiais para os exames diagnósticos têm sido realizadas diariamente pelas equipes das
UBSs e hospitais de referências, inclusive, nos domicílios de pacientes. Questionado sobre
notícias de que há estoques desses testes no Ministério da Saúde sem destinação e próximo de
prazo de vencimento, acrescentaram que há processo de compra em curso e que já haviam
solicitado abastecimento anteriormente ao Ministério da Saúde.
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Indagados sobre a regularidade no encaminhamento e na consolidação dos
MINUTA
dados epidemiológicos ao Ministério da Saúde, os representantes da SMS-JP declararam que
as intercorrências identificadas em semanas anteriores foram devidamente sanadas.
A Procuradora do Trabalho Marcela Asfora questionou se a SMS-JP estava
levando em consideração a desmobilização de leitos nos percentuais de acompanhamento das
taxas de ocupação, tendo os representantes da SMS-JP afirmado que tanto os valores
percentuais quanto absolutos são analisados.
Perguntado a respeito do posicionamento acerca da manutenção dos termos do
Decreto n° 9.608/2020, de 05 de novembro de 2020, que autoriza o funcionamento de
auditórios e os teatros para eventos corporativos e artísticos, com ocupação limitada a 50%
(cinquenta por cento) da capacidade do local, público limitado a 400 (quatrocentas) pessoas, o
Secretário de Saúde de João Pessoa indicou que os dados epidemiológicos atuais justificam a
autorização registrada no ato normativo, não havendo necessidade de alteração em seus
termos, mas, sim, de fiscalização quanto ao seu cumprimento.
Registrou que os eventos oficiais do governo municipal foram cancelados e
que uma força-tarefa entre diversos órgãos municipais e estaduais será organizada para
realizar fiscalizações ao longo do mês de dezembro.
Os membros do Ministério Público registraram a necessidade de que os
municípios atuem em consonância com as estratégias definidas pela autoridade sanitária
estadual, tendo em vista, inclusive, a determinação do Supremo Tribunal Federal, segundo a
qual não se pode privilegiar determinada política local, em detrimento de todo o planejamento
regional.
Além disso, os membros pontuaram que, além da necessidade premente de se
incrementar o número de fiscalizações, é igualmente relevante aplicar multas àqueles que
descumprirem as medidas sanitárias definidas pelas Poderes Públicos. Sobre esse ponto, o
Secretário de Saúde de João Pessoa declarou que já foram feitas 80(oitenta) notificações, as
quais deram ensejos à instauração de processos administrativos que se encontram em
tramitação, mas não soube informar se foi aplicada alguma multa.
A Procuradora da República Acácia Suassuna registrou a necessidade de que
as medidas sanitárias definidas pelas autoridades sanitárias estadual e municipais guardem
coerência, para que fique claro à população o porquê e a necessidade de cada restrição. Nesse
ponto, registrou a necessidade de se buscar uma adequação das bandeiras, de acordo com o
cenário atual, pois o importante seria o cumprimento de protocolos com intensificação de
fiscalização para aplicação das sanções cabíveis em caso de descumprimento, destacando o
papel do próprio Estado da Paraíba, por meio de seus órgãos, notadamente, a sua
procuradoria, em adotar as providências administrativas e judicias que se fizerem necessárias
a fim de garantir o cumprimento das diretrizes definidas.
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A Procuradora do Trabalho Marcela Asfora reforçou os pontos destacados pelo
MINUTA
membro do MPF, acrescentando que, desde a publicação do decreto estadual, não tem sido
observado um alinhamento entre as medidas estabelecidas pela autoridade sanitária estadual e
as definidas pelos gestores municipais.
O Procurador da República José Guilherme Ferraz da Costa reiterou os pontos
destacados pelos membros referidos anteriormente, destacando que o Governador do Estado
da Paraíba, quando da publicação do decreto estadual, afirmou que as medidas lá
estabelecidas deveriam ser observadas por todos os municípios paraibanos, ressaltando que,
quando necessário, adotaria as providências judiciais pertinentes.
Nesse ponto, o aludido procurador questionou o Secretário de Saúde do Estado
da Paraíba a respeito da alteração formal do decreto estadual para autorizar a retomada das
atividades de bares e restaurantes nos municípios de bandeira amarela, tendo em vista que, até
onde se sabe, a indicação de autorização consta somente em uma nota técnica publicada pela
SES/PB.
Em resposta, o secretário da SES-PB afirmou simplesmente que as bandeiras
não podem ser alteradas e que a aludida nota técnica foi publicada quando índice de
transmissibilidade estava em 0,8, destacando que tudo seria mais fácil, caso os municípios
paraibanos observassem as diretrizes estaduais.
Os membros do Ministério Público questionaram, então, por qual motivo o
Estado da Paraíba não tem adotado as providências cabíveis em face dos municípios que
têm inobservado essas diretrizes. Em resposta, o secretário da SES-PB declarou que a
Procuradoria Geral do Estado da Paraíba ainda não se manifestou a respeito da matéria.
Ato contínuo, o Secretário de Saúde do Município de Campina Grande se
pronunciou acerca dos temas debatidos na reunião, tendo declarado que a
gestão municipal seguiu a recomendação dos Ministérios Públicos para não autorizar os
eventos nem para realizar os eventos do 'Natal Iluminado' com apresentações artísticas,
ressaltando que tal matéria já é ponto pacífico na gestão do município de Campina Grande.
Ao final, os Secretários de Saúde foram questionados acerca da implementação
de leitos intermediários nas UPAs, no caso de João Pessoa, e nos hospitais estaduais, no caso
do Estado da Paraíba, destinados a pacientes com suspeita de COVID-19, tendo em vista que,
no relatório do CRM-PB, foram destacadas irregularidades nesse sentido. Em resposta, ambos
o secretário estadual afirmou que os leitos foram implementados, mas o Secretario Municipal
disse ser inviável a separação de pacientes com síndrome respiratória aguda nas UPAs que
não são exclusivas para pacientes de covid-19, mas que está sendo efetivado o devido manejo
de leitos para minimizar riscos de contaminação.
Após os questionamentos e debates realizados pelos presentes acerca do atual
panorama relativo ao objeto dos autos, foram firmados os seguintes compromissos
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voluntários:
MINUTA
1 – A Secretaria de Saúde do Município de João Pessoa divulgará que os
cidadãos poderão contatar a ouvidoria do órgão municipal, caso identifiquem a ausência de
testes para o diagnóstico de infecção por Covid-19, bem como fornecer cópia dos ofícios com
pedidos de testes ao Ministério da Saúde, no prazo de 48(quarenta e oito) horas.
2 – A Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba, no prazo de 5(cinco) dias,
apresentará o posicionamento do Estado da Paraíba acerca dos ajustes cabíveis no decreto
estadual sobre bandeiras do novo normal, já que bares restaurantes e academias -pelo que
apresentou a SES na reunião e no seu próprio site- já deveriam constar como autorizadas na
bandeira amarela, devendo avaliar e justificar ainda se caberia uniformizar tratamento de
cinemas, teatros e congêneres, em relação a normativos dos Municípios de João Pessoa e
Campina Grande, ambos classificados na bandeira amarela. Deverá esclarecer ainda, no
mesmo prazo, sobre providências que serão adotadas por seus órgãos em face dos municípios
paraibanos que têm inobservado as diretrizes estabelecidas no Decreto Estadual nº 40.304, de
12 de junho de 2020.
3 - O Ministério Público do Estado da Paraíba expedirá recomendação à
Secretaria de Saúde do Município de João Pessoa relativa à autorização para o funcionamento
de auditórios e de teatros para eventos corporativos e artísticos, bem como de eventos em
locais abertos ou semiabertos, ajuizando, eventualmente, ação diante da gravidade da situação
epidemiológica.
Nada mais havendo a tratar, deu-se por findo a presente ata que, lida e achada
conforme, vai devidamente assinada.
DANIEL BELTRAMMI
Secretário-Executivo de Saúde do Estado da Paraíba
ADALBERTO FULGÊNCIO
Secretário de Saúde do Município de João Pessoa
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FELIPE REUL
MINUTA
Secretário de Saúde do Município de Campina Grande
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