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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE DIREITO

DAIANE LETÍCIA FREIRE AZEVEDO


KARINY CELESTE COSTA LEITE PEREIRA
MARIA RIBAMAR SILVA ROCHA
MATHEUS ROMMEL FURTADO SOUSA
WILLIAN BARBOSA FILHO
THIAGO VINICIUS DE ARAUJO COSTA

ATIVIDADE AVALIATIVA

São Luís

202
DAIANE LETÍCIA FREIRE AZEVEDO
KARINY CELESTE COSTA LEITE PEREIRA
MARIA RIBAMAR SILVA ROCHA
MATHEUS ROMMEL FURTADO SOUSA
WILLIAN BARBOSA FILHO
THIAGO VINICIUS DE ARAUJO COSTA

ATIVIDADE AVALIATIVA: CONFECÇÃO DE PEÇAS PROCESSUAIS

Trabalho apresentado à disciplina de TEORIA


DO PROCESSO CIVIL do Curso de Direito da
Universidade Federal do Maranhão como
requisito para obtenção integral de nota e
aprovação na matéria.

Prof. Me Ana Teresa silva de Freitas

São Luís

2023
AO/A EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) DA __ VARA DA
INFÂNCIA E DA JUVENTUDE COMARCA DE SÃO LUÍS-MA

TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
CRIANÇA PORTADORA DE GRAVE
DOENÇA

LUCAS PEREIRA SOUSA, 8 (oito) anos de idade, neste ato representado por
sua genitora, a Sra. ANA CAROLINA MENDES SOUSA, brasileira, casada, professora,
inscrita no CPF n° 615.943.666-37, documento de identidade n° 055789259852
SSP/MA, endereço: Rua Bom Jesus, quadra 43, n° 14, Turu, telefone: 98 9 7551 5107,
São Luís-MA, vem à presença de Vossa Excelência, por seu procurador devidamente
nomeado, com escritório situado no rodapé desta, onde recebe as citações e intimações
de praxe, ajuizar a presente

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c TUTELA DE URGÊNCIA c/c DANOS


MORAIS E MATERIAIS

Em face da empresa operadora de planos de saúde SALUTE VITA, pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n° 22.447.897/0001-88, com sede na Av.
Jerônimo de Albuquerque, n° 400, São Luís-MA.

I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA E DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA

O requerente pleiteia os benefícios da assistência jurídica gratuita assegurada pela


Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pelo CPC/2015 em seus arts. 98 e seguintes,
tendo em vista que não pode arcar com as despesas processuais, sem prejuízo da
própria manutenção e de sua família, uma vez que detém recursos financeiros
insuficientes, inclusive para efetuar o recolhimento das custas iniciais, sem que tenha
prejuízo de seu sustento próprio, conforme segue em anexo a Declaração de
Hipossuficiência e extratos bancários.
Destarte, o Requerente formula este pedido de gratuidade de justiça, através de
seu patrono, fundamentado no art. 99, §4° c/c art. 105, do CPC, considerando que tal
prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório colacionado aos autos.
Oportunamente, incumbe ressaltar que o representante do autor, é uma criança
acometida por grave doença, conforme se faz prova em anexo, motivo pelo qual faz jus
à prioridade na tramitação da presente demanda, nos termos do art. 1.048, inciso I, do
CPC.

II- DOS FATOS

O autor é beneficiário do Plano de Saúde SALUTE VITA, através da matrícula


045662, conforme comprova a carteira do plano de saúde (em anexo). Esse possui
Transtorno do Espectro Autista (TEA), em nível 3 (autismo severo), assim, rotineiramente
precisa de acompanhamento neurológico e terapias multidisciplinares, para que
desenvolva habilidades necessárias para se adaptar de forma funcional ao dia a dia e em
diferentes ambientes, por exemplo, em casa e escola.
Ademais, a terapia ocupacional e de linguagem promovem o desenvolvimento da
autonomia da criança em atividades da vida diária. Dentro disso, alguns dos principais
benefícios são: desenvolver habilidades de comunicação, compreensão da linguagem, ir
ao banheiro, escovar os dentes, arrumar os cabelos, tomar banho e entre outras
atividades básicas. Focando nas singularidades e entendendo o seu desenvolvimento
físico, emocional, sensorial e cognitivo, a terapia ocupacional ajuda em diversos
momentos importantes para a criança, seja ela atípica ou neurotípica.
Ocorre que no dia 28 de junho de 2023, ao ser levado por sua mãe à clínica
ACOLHER PSICOLOGIA LTDA, como semanalmente o faz, desde os 2 anos de idade,
a qual teve a negativa, mesmo em situação adimplente junto ao plano de saúde, conforme
relatório financeiro (em anexo), de tratamentos essenciais, terapias e serviços de apoio
necessários para o autor ter uma melhor qualidade de vida.
A administradora do plano SALUTE VITA, de forma deliberada, negou os serviços
terapêuticos especializados, visto que, em todo o estado, a clínica supracitada possui
tratamento e profissionais capacitados para o acompanhamento do autor. Motivo pelo
qual o referido plano foi contratado. Assim, a genitora passou a pagar os
acompanhamentos psicológicos e tratamentos de forma particular, interferindo no
orçamento familiar, para que o autor possa ter possibilidades de ter uma qualidade de
vida melhor, já que tem o nível mais severo da doença, pois apresenta dificuldades na
fala e, por vezes, deve ser abordado pelos profissionais, por alterações comportamentais
que o acometem.
Devido a isto, o autor busca reaver todo o dinheiro pago até hoje, totalizando o
montante de R$ 15.500,00 (quinze mil e quinhentos reais), conforme consta nas notas
fiscais juntadas aos autos. Contudo, para a infeliz surpresa da representante do autor,
esta teve a negativa do plano de saúde tanto para os tratamentos, quanto para o
reembolso, lembrando que esta sempre frisou a necessidade de atendimento, visto que
a ausência pode causar danos para reabilitação da criança. Seguem os protocolos das
chamadas para a tentativa de elucidar a situação 400190202107052523534,
400190202107062525100.Além disso, a genitora relatou que em uma segunda tentativa
a solicitação foi negada e foi informada pelo plano que a sua solicitação já tinha sido
negada anteriormente, assim, não solicitaram um novo pedido de autorização para o
atendimento.
Em anexo à presente peça consta relatório médicos atestando a necessidade e a
urgência no atendimento. Tal situação revela-se inadmissível e insustentável, uma vez
que a representante do autor é pessoa hipossuficiente e não possui condições financeiras
de arcar com os gastos decorrentes de um tratamento particular. Ademais, paga
regularmente suas obrigações perante o plano de saúde.
Por todo o exposto, não restou outra alternativa ao Autor, senão o
ajuizamento da presente ação, ante a gravidade dos fatos, os transtornos causados ao
Requerente e seus familiares. Desse modo, busca-se através desta via judicial compelir
o Réu à obrigação de autorizar a realização dos tratamentos e acompanhamentos
especializados.

III - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A recusa do plano em cobrir os procedimentos essenciais para o tratamento


multiprofissional de reabilitação de uma criança diagnosticada com Transtorno de
Espectro Autista, configura-se abusiva, especialmente quando a necessidade foi
devidamente comprovada, conforme os documentos apresentados em anexo.
A restrição imposta pelo plano réu, SALUTE VITA, afeta a própria finalidade do
contrato, que é garantir a assistência à saúde, configurando uma clara violação aos
princípios da boa-fé e da função social do contrato estabelecido.
É fundamental ressaltar que cabe exclusivamente ao médico a recomendação do
tratamento mais adequado para o paciente, não sendo cabível que a operadora imponha
empecilhos infundados, muitas vezes motivados por considerações puramente
financeiras.
É oportuno salientar que, segundo determinação do Superior Tribunal de Justiça, é
fundamental enfatizar que, após a garantia do tratamento de saúde, a decisão sobre a
técnica a ser empregada é de responsabilidade do médico especialista. A inclusão do
método escolhido é uma decorrência natural, e não devem existir restrições quanto ao
meio adequado para realizar o procedimento (AgInt no REsp 1696149/SP, 4a Turma, Rel.
Ministra Maria Isabel Gallotti, em 22/05/2018, DJe 01/06/2018).
Destaca-se que, conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, embora o plano
de saúde possa definir as doenças cobertas, não tem o direito de especificar o tipo de
tratamento necessário para cada uma delas. Torna-se abusiva qualquer cláusula
contratual que exclua um tratamento essencial para preservar a saúde ou a vida do
segurado. Ainda, a Lei nº 9.656/98 expressamente determina que, é dever dos planos de
saúde:

Art. 35-C. É obrigatória a cobertura do atendimento nos casos:

I - de emergência, como tal definidos os que implicarem risco imediato de vida ou


de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do médico
assistente;II - de urgência, assim entendidos os resultantes de acidentes pessoais
ou de complicações no processo gestacional; III - de planejamento familiar.
Parágrafo único. A ANS fará publicar normas regulamentares para o disposto
neste artigo, observados os termos de adaptação previstos no art. 35.

É inegável a caracterização da emergência no caso em questão, tendo em


vista que a demora pode causar danos irreversíveis para o autor.
Não obstante, conforme SÚMULA n. 608: aplica-se o Código de Defesa do
Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de
autogestão (SÚMULA 608, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 11/04/2018, DJe 17/04/2018).
Destarte, o Código de Defesa do Consumidor define, de maneira bem nítida, que o
consumidor de produtos e serviços deve ser agasalhado pelas suas regras e
entendimentos, senão vejamos:

Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestações de serviços. (...) § 2º. Serviço é
qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as
de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações
de caráter trabalhista.

Com esse postulado o Código de Defesa do Consumidor consegue abarcar todos os


fornecedores de produtos ou serviços – sejam eles pessoas físicas ou jurídicas – ficando
evidente que devem responder por quaisquer espécies de danos porventura causados aos
seus tomadores.
Cumpre salientar, segundo o que instituiu a Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, o que dispõe o inciso III do caput
do Art. 2º da lei 12.764/2012, que estabelece à atenção completa às demandas de saúde
das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), visando o diagnóstico em fase
inicial, assistência multiprofissional, e a facilitação ao acesso de medicamentos e
nutrientes. O Código de Defesa do Consumidor assegura em seu artigo 6º, os direitos
básicos e do consumidor, in verbis:

“Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:


I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
(...)
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos
e difusos (g.n);
(...)
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a
seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências (g.n).

Ainda é importante frisar o art. 14, caput, do CDC:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,


pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação
dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos.

Na qual é plenamente demonstrado o defeito na relação de consumo em análise,


devendo a requerida responder de forma objetiva pelos danos decorrentes de sua
conduta, nos termos do art. 14, caput, do CDC.
Com isso, fica espontâneo o vislumbre da responsabilização da requerida sob a
égide da Lei nº 8.078/90, visto que se trata de um fornecedor de serviços que causou
danos efetivos a um de seus consumidores.

IV- DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

Considerando os fatos narrados, resta a urgência na cobertura dos tratamentos


requisitados pelos médicos do Requerente, esses credenciados junto à Ré, de modo
que não resta alternativa senão requerer a concessão da tutela preconizada na lei.
Assim, o Código de Processo Civil autoriza o Juiz a conceder a tutela de urgência
quando “probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo”: “ Art. 300 - A tutela de urgência será concedida quando houver elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.”.Ademais, a documentação acostada, é apta para demonstrar a
verossimilhança das alegações.
No presente caso, estão presentes os requisitos e pressupostos para a concessão
da tutela requerida, existindo prova inequívoca das alegações, além de fundado receio
de dano irreparável ou de difícil reparação, principalmente no tocante à necessidade de
o requerente ter o amparo do plano de saúde contratado.

VI- DO DANO MATERIAL

Faz-se necessário, antes de tudo, tecermos algumas considerações preliminares


acerca do dano material, com o escopo de conceituá-lo à luz do nosso ordenamento
jurídico. Assim, a Constituição Federal de 1988, impondo sua hegemonia sobre todo o
ordenamento jurídico, demonstra com clareza a aplicação dos danos materiais em seus
axiomas legais.
Nesse arcabouço, corroborando com a aplicabilidade de ressarcimento dos danos,
nos ensina o artigo 5o, inciso X, da Carta Maior de 1988: “Art. 5o Todos são iguais perante
a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade, nos termos seguintes: X -são invioláveis a intimidade, a vida privada,
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação’. (Brasil, 1988).
Nesse panorama, é lamentável constatar a forma de atuação da ré, totalmente
contrária à Carta Magna, mormente considerando que os bens jurídicos envolvidos são os
mais caros ao ordenamento jurídico pátrio – a vida e a saúde, protegidos pelo art. 5o,
caput e 6o, caput, da Constituição Federal. Ora Excelência, evidente que a série de graves
sujeições ultrapassam em muito a barreira do mero incômodo, sendo assim, não restando
dúvidas sobre a responsabilidade da Ré, deve esta devolver o dinheiro gasto neste ínterim,
principalmente constatando que a recusa no atendimento em que o Autor precisou utilizar
o os serviços terapêuticos, não obteve êxito.
Assim, ratifica-se a propositura da ação ora em curso com o pedido do devido
ressarcimento à título de danos materiais, tendo em vista o pagamento pelo Autor dos
valores à título de despesas médicas que a genitora teve com os tratamentos do Autor, o
que corresponde à quantia de R$ 15.500,00 (quinze mil e quinhentos reais), devendo ser
corrigido e atualizado monetariamente, objeto este que não foi respeitado pela contratada,
pleiteando assim, perante este Juízo, o que lhe cabe de fato e de direito.

VI- DO DANO MORAL


Dessa forma, não restam dúvidas que a situação em tela gerou transtornos ao
Autor e a genitora, que ultrapassam o mero aborrecimento, quando não há boa fé por
parte da empresa Ré (art. 4o da lei 8.078/90) devendo ser aplicado o disposto no art.
6o, VI, do CDC, que prevê como direito básico do consumidor, a prevenção e a efetiva
reparação pelos danos morais sofridos. A Constituição Federal, em seu art. 5o, consagra
a tutela do direito à indenização por dano material ou moral decorrente da violação de
direitos fundamentais, tais como a intimidade, a vida privada e a honra das pessoas.
Os danos morais suportados pelo Autor tornam-se evidentes diante dos fatos que
deram origem a presente ação. Eles decorrem da injustificada ausência de prestação dos
serviços de saúde contratados pela mãe do mesmo, no momento em que este necessitou
de atendimento. Importante asseverar que o Autor possui TEA nível 3, o que agrava ainda
mais o caso em tela, visto que os cuidados com pessoas que possuem a doença no grau
mais severo, devem ter maiores e mais constantes.
Ante o exposto, considerando a recuso em ofertar o tratamento médico, entende
o autor que é justo, razoável e proporcional, a condenação da ré ao pagamento de R$
10.000,00 (dez mil reais) à título de indenização pelos danos morais, valor este
suficiente para amenizar o seu sofrimento moral e ao caráter pedagógico da medida.

VII - DOS PEDIDOS

Pelo o exposto, requer a parte autora:

a) A concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, conforme a Lei nº 1.060/50, a


Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e
seguintes;
b) A concessão tutela de urgência antecipada, determinando que a Ré autorize
imediatamente a realização dos tratamentos, sob multa diária no valor de R$ 10.000
reais em caso de negativa ou retardamento no cumprimento da medida;
c) A citação da parte Ré para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de
confissão quanto à matéria de fato e revelia;
d) A procedência dos pedidos elencados na presente ação, ratificando a tutela
concedida liminarmente, condenando a requerida, em definitivo, ao cumprimento da
prestação ora requerida.
e) A condenação da ré ao pagamento de danos morais no valor de R$ 10.000,00 ( dez
mil reais) ante o sofrimento psíquico causado ao autor e a sua família, e de danos
materiais no valor de R$ 15.500,00 (quinze mil e quinhentos reais), relativos aos
serviços médicos que a genitora teve que pagar para o autor.
f) Pagamento das custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência
calculados em 20% sobre o valor da causa, conforme o art. 85, § 2º, do Código de
Processo Civil;
g) Requer, ainda, a produção de todas as provas em direito admitidas, na forma dos
arts. 369 e seguintes do CPC, especialmente as provas documentais, periciais e
testemunhais.

Do valor da causa

Dá-se à causa o valor de R$35.500,00 (Trinta cinco mil e quinhentos reais).

Termos em que espera deferimento.

São Luís, 30 de outubro de 2023

DOCUMENTOS ANEXADOS:

● Procuração
● Comprovante de Endereço
● Declaração de Hipossuficiência
● Relatório, laudo e exames médicos que justificam a solicitação do
procedimento.
● Negativa do plano de saúde.
● Cópia do contrato do plano de saúde.
● Demonstrativo de pagamentos do plano de saúde.
● Carteira do plano de saúde.
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA COMARCA
DE SÃO LUÍS – MA

Processo nº XXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c TUTELA DE URGÊNCIA c/c DANOS


MORAIS E MATERIAIS

SALUTE VITA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n°


22.447.897/0001-88, com sede na Av. Jerônimo de Albuquerque, n° 400, São Luís,
registrada na ANS sob o n° 4445656623, nos autos do processo que lhe move LUCAS
PEREIRA SOUSA, 8 (oito) anos de idade, neste ato representado por sua genitora, a
Sra. ANA CAROLINA MENDES SOUSA, brasileira, casada, professora, inscrita no CPF
n° 615.943.666-37, documento de identidade n° 055789259852 SSP/MA, endereço:
Rua Bom Jesus, quadra 43, n° 14, Turu, telefone: 98 9 7551 5107, São Luís-MA, já
qualificado, vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art, 343 do
Código de Processo Civil, oferecer CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE
RECONVENÇÃO, nos termos a seguir articulados:

I – DOS FATOS

Diante da petição inicial apresentada pelo então autor , a ré decide propor esta
ação, resumidamente alegando que a representante de LUCAS PEREIRA SOUSA
entrou em contato com a autora solicitando a prestação dos serviços contratados.
Assim, foi informado que a ré finalizou a cobertura nacional com a cliníca ACOLHER
PSICOLOGIA LTDA, orientando que fossem estabelecidos contatos com três
instituições hospitalares diferentes para verificar se o plano de saúde cobria os
tratamentos recomendados, mas estes contatos não foram feitos.
No entanto, insatisfeito com a situação, a genitora do autor apresentou uma
reclamação administrativa contra a SALUTE VITA junto ao PROCON - MA,
argumentando que tinha o direito de realizar os tratamentos, haja vista estes serem
prestados apenas pela clínica ACOLHER PSICOLOGIA LTDA. Como resultado, foi
realizada uma audiência de conciliação, que foi infrutífera devido à inconsistência do
pedido e à impossibilidade de um acordo entre as partes. Por fim, o autor decidiu
ingressar com uma ação contra a ré, requerendo que esta seja condenada a
restabelecer a cobertura do plano na referida clínica.
Após o recebimento da petição inicial, este honrado Juízo entendeu por
conceder, de forma unilateral, a tutela antecipada, com o objetivo de viabilizar a
retomada do tratamento no prazo de 24h (vinte quatro horas) da publicação, e
determinou a citação da ré para apresentar sua resposta.

II – DO MÉRITO

Vossa Excelência, os pedidos do autor devem ser julgados improcedentes,


conforme razões que se apresentam em seguida:

a) Da violação ao código de defesa do consumidor

Conforme analisado na petição apresentada, os pedidos do autor baseiam-se na


suposição de que é obrigação do plano de saúde fornecer a cobertura do tratamento .
Além disso, o autor alega que a relação em questão está amparada pelo Código de Defesa
do Consumidor, pela Súmula 608 do Superior Tribunal de Justiça e pelas decisões de
tribunais em todo o Brasil. Diante disso, a ré reconhece que essa consideração do autor
é apropriada, com exceção das ponderações que serão apresentadas nas próximas
linhas.
O contrato estabelecido entre ANA CAROLINA MENDES SOUSA, genitora do
autor, e a SALUTE VITA é uma relação de consumo que decorre de vários anos. Ao longo
desse tempo, não foram identificadas irregularidades que violem essa relação, tampouco
práticas abusivas no fornecimento de serviço. Portanto, é válido afirmar que todas as
cláusulas foram e são interpretadas de maneira favorável ao autor, que é a parte mais
vulnerável neste contrato. Assim, como observado pela ré, a nossa Constituição Federal
(art. 170, V, CF/88) que defende o consumidor seguindo diversos princípios, sendo eles,
a boa-fé, equidade, equilíbrio entre as partes, transparência, comunicação, colaboração e
outros fatos apresentados nessa contestação.

b) Da violação contratual, da recusa Indevida para tratamento e da


inexistência de obrigação de Fazer

Conforme dito anteriormente, o autor sustenta que o plano de saúde tem a


obrigação de dar cobertura aos tratamentos terapêuticos pretendidos. Diante disto,a ré
afirma que, ao negar tal tratamento, viola contrato, agindo indevidamente, com a obrigação
de fazer. Contudo, nesse caso, a ré não violou o contrato, pois a cobertura de tratamento
clínico não consta no rol de procedimentos da ANS- Agência Nacional de Saúde
Suplementar, com previsão na Lei nº 9.656/98.
Art. 10. É instituído o plano-referência de assistência à saúde, com cobertura
assistencial médico-ambulatorial e hospitalar, compreendendo partos e tratamentos,
realizados exclusivamente no Brasil, com padrão de enfermaria, centro de terapia
intensiva, ou similar, quando necessária a internação hospitalar, das doenças listadas na
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a
Saúde, da Organização Mundial de Saúde, respeitadas as exigências mínimas
estabelecidas no art. 12 desta Lei.

São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que tratam o


inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, nas segmentações previstas nos incisos I a IV
deste artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura definidas no
plano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintes exigências mínimas:
I - quando incluir atendimento ambulatorial:a) cobertura de consultas médicas, em
número ilimitado, em clínicas básicas e especializadas, reconhecidas pelo
Conselho Federal de Medicina.

Do exposto, percebe-se que a ré em todos os meios de prova em direito admitidos,


tais como: documentos, testemunhas e depoimento pessoal, a ré não infringiu nenhum
normativo legal.

c) Do dano moral

É de conhecimento geral que a indenização por danos morais possui um caráter


meramente compensatório, em razão da ofensa aos valores imateriais do indivíduo.
Entretanto, conforme discorrido anteriormente, a ré não possui responsabilidade alguma
diante dessa situação, visto que não houve violação ao contrato estabelecido com a
SALUTE VITA relacionado aos objetivos, funções e princípios.
Portanto, reitera a ré que não há motivo para indenização por danos morais, posto
que ela agiu de acordo com contrato, seguindo os devidos princípios regidos por este.
Além disso, é importante ressaltar que, cumprindo os deveres estabelecidos pelo Código
de Defesa do Consumidor e os princípios inerentes aos contratos, a SALUTE VITA
ofereceu, após várias tentativas de comunicação, a oportunidade de realizar tratamentos
alternativos comprovadamente eficazes nas clínicas conveniadas no Estado do Maranhão.

d) Da reconvenção

Baseado nos argumentos que já foram expostos, a ré afirma que a


responsabilidade de arcar com as despesas de tratamento terapêutico efetuadas, visto
que a ré não possui plausibilidade nos termos estabelecidos no contrato, então autor
deve efetuar o pagamento conforme descrito no documento anexado.
Dessa forma, com base no art. 343 do Código de Processo Civil, a denunciação
da lide em relação ao autor, já devidamente qualificado, buscando o ressarcimento total
das despesas suportadas pela SALUTE VITA, no valor de R$ 15.500,00 (quinze mil e
quinhentos reais), portanto, requer-se que a presente denúncia seja recebida e que o
denunciado seja citado para ressarcir e responder por eventuais danos que possam ser
impostos à denunciante.

III- DOS PEDIDOS

Diante de todo o contexto fático apresentado e das contra-argumentações


defendidos no exposto, requer a ré que:

a) Sejam os pedidos do autor julgados totalmente improcedentes;


b) Seja julgado improcedente o pedido de indenização a título de dano moral, no
valor de R$ 10.000,00 ( Dez mil reais), pelo autor;
c) Seja deferida a denúncia da lide ao LUCAS PEREIRA SOUSA, 8 (oito) anos
de idade, neste ato representado por sua genitora, a Sra. ANA CAROLINA
MENDES SOUSA, brasileira, casada, professora, inscrita no CPF n°
615.943.666-37, documento de identidade n° 055789259852 SSP/MA,
endereço: Rua Bom Jesus, quadra 43, n° 14, Turu, telefone: 98 9 7551 5107,
São Luís-MA, a quem caberá, em ação regressiva, ressarcir a ré no valor de
R$ 15.500,00 (quinze mil e quinhentos) e responder por eventual condenação
que venha a ser imposta a ré denunciante em razão dos fatos narrados na
exordial.
d) Seja condenado o autor ao ônus de sucumbência, devendo custear o
pagamento dos honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do Novo Código
de Processo Civil;
e) Produza provas necessárias por todos os meios em direito admitidos, na
amplitude dos arts. 369 e seguintes do NCPC, especialmente pelo depoimento
pessoal das partes, juntada de documentos, oitiva de testemunhas e outras que
se fizerem necessárias.
II – DO VALOR DA CAUSA

Por fim, dá-se à reconvenção o valor da causa de 15.500,00 (quinze mil e quinhentos
reais).

Nesses termos, pede deferimento.


São Luís – MA, 10 de novembro de 2023.
DOCUMENTOS ANEXADOS:

Doc.01: Instrumento contratual firmado entre Lucas Pereira Sousa e a SALUTE VITA.
Doc.02: Extrato de serviços oferecidos na Acolher Psicologia
ANEXO

a) Classificar a ação e a exceção:

A ação da petição em questão, quanto ao número de beneficiários é de


caráter individual. Quanto ao provimento jurisdicional pleiteado, a ação é cautelar
ou mandamental, ou seja, ela busca que o juiz determine o provimento imediato
da obrigação de fazer, ou da conservação/proteção de um direito que está em
risco de perigo, o qual em decorrência da demora do andamento do processo,
pode ser irreparável.
A exceção é o direito de resistência do réu em face da postulação formulada
pelo autor. A exceção em questão, é classificada como exceção substancial, ou
exceção de mérito, indireta, a qual se caracteriza por levantar fatos que impediram
ou modificaram o direito alegado na petição, mas que não eliminam a sua
pretensão.

b) classificar o processo e o procedimento;

O processo em questão é classificado como processo cautelar, de interesse


individual e a jurisdição civil.

I – Procedimento

Na ação, o procedimento para o processo descrito é DE TUTELA DE


URGÊNCIA ANTECIPADA, descrito nos artigos 303 e 304 do CPC, a fim de que
mérito seja antecipado, ou seja, o que se pede ao final é concedido antes da
sentença, tem natureza satisfativa.
Segundo o Art. 303, do CPC – Nos casos em que a urgência for
contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao
requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a
exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco
ao resultado útil do processo.
Na exceção, há a apresentação de contestação, ou seja, abertura
processual ao réu para que faça a devida defesa das alegações. Nesse caso, há
contestação de uma Ação De Obrigação De Fazer com a presença de defesa
quanto a improcedência referente ao pedido de indenização a título de dano moral,
no valor de R$ 35.500,00 ( trinta e cinco mil e quinhentos reais) pelo autor
Conforme o Art. 335, do CPC – O réu poderá oferecer contestação, por petição,
no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data

b) Verificar a competência e estabelecer os critérios de sua determinação;

DA MATERIA: Esta é definida em razão da natureza jurídica da relação


jurídica controvertida, assim, leva-se em consideração a pretensão da parte. Para
aplica-lo vamos analisar os fatos e os fundamentos jurídicos (causa de pedir):
ação de obrigação de fazer com tutela de urgência movida por Lucas Pereira
Sousa contra a empresa Salute, uma vez que se trata de uma relação de consumo
entre o autor e o réu, conforme a fundamentação do CDC, temos a necessidade
que a ação seja ajuizada perante JUIZADO ESPECIAL CÍVEL.
VALOR: A atribuição de valores dos pedidos foi fixada em R$ 35.500 (trinta
e cinco mil reais), a título de danos materiais 15.500,00 (quinze mil e quinhentos
reais) e a título de danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), além da
multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) pelo não cumprimento da tutela de urgência.
Assim, este não ultrapassa o patamar de 40 salários-mínimos, conforme essa
classificação, a inicial e respectivamente a contestação foram distribuídas para o
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL, conforme a Lei 9.099/95.
TERRITÓRIO: A ação deve ser proposta no foro do domicílio do Autor,
conforme previsto no art.50 do CPC, “Art. 50. A ação em que o incapaz for réu
será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente”, o
representante está domiciliado na cidade de São Luís, assim, a ação será julgada
na Comarca da Ilha.

d) estabelecer os elementos da ação e as condições da ação

ELEMENTOS DA AÇÃO:
PARTES Polo Ativo (Autor) [LUCAS PEREIRA SOUSA] e Passivo (Reú)
[SALUTE VITA]
OBJETO/PEDIDO: A presente ação tem como objeto de pedido a
concessão tutela de urgência antecipada, determinando que a Ré autorize
imediatamente a realização dos tratamentos. Este pedido, faz-se necessário, pois
o autor é uma criança portador de TEA nível 3, sendo assim, precisa de
acompanhamento neurológico e terapias multidisciplinares, para desenvolver
habilidades necessárias para se adaptar de forma funcional ao dia a dia e em
diferentes ambientes, os quais eram garantidos pelo plano de saúde, mas que de
forma deliberada negou os serviços terapêuticos especializados, prejudicando a
parte autora.

CAUSA DE PEDIR – O pedido é fundamentado no Código de Defesa do


Consumidor (Lei nº 8.078/90) assegurado em seu artigo, 3º, 6º e 14º, os direitos
básicos e do consumidor. Na jurisprudência do STJ, a qual entende que, embora
o plano de saúde possa definir as doenças cobertas, não tem o direito de
especificar o tipo de tratamento necessário para cada uma dela, assim, torna -se
abusiva qualquer cláusula contratual que exclua um tratamento essencial para
preservar a saúde ou a vida do segurado. Assim como, na Lei nº 9.656/98, que
dispõe sobre os seguros privados de assistência à saúde, que determinada
expressamente no Art.35-C, o atendimento obrigatório que implicarem risco
imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente. Por fim, na Lei
12.764/2012 (Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista) no III do caput do Art. 2º, que estabelece à
atenção completa às demandas de saúde das pessoas com Transtorno do
Espectro Autista (TEA).

e) Condição da ação:

As condições da ação são a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de


agir e a legitimidade das partes.
POSSIBILIDADE JURÍDICA: No caso em questão, a possibilidade jurídica
do pedido é verificada, uma vez que o direito à saúde é garantido pela Constituição
Federal e pelo Código de Defesa do Consumidor.
INTERESSE DE AGIR: O interesse de agir também está presente, já que o
autor necessita do tratamento médico especializado e a negativa de cobertura da
empresa Salute Vita causou danos morais e materiais. Ainda cumpre ressaltar que
a ação inicial possui sua devida utilidade quanto ao proveito ao demandante em
que a proposição da ação permite que tal conduta de negar serviços terapêuticos
especializados não venha se repetir; acompanhada também da adequação em
que à mesma contempla dos requisitos de competência em conformidade.
LEGITIMIDADE DAS PARTES: A legitimidade das partes é verificada, uma
vez que o autor é o beneficiário do plano de saúde e a empresa Salute Vita é a
fornecedora de serviços. Nesse sentido, a legitimidade é Ordinária em que o titular
do direito material também é o titular da legitimidade processual. Nesse caso, atua
a Representação onde a parte no processo é titular do direito material, só que ela
depende da representação, ou seja, o representante.

f) Estabelecer os pressupostos de validade da relação processual

Quanto aos pressupostos de validade, tem-se o pressuposto objetivo no que


se refere a lide, sendo que se adite a constatação de ausência de litispendência,
isto é, ausência de ações similares em curso e ausência de coisa julgada, ou seja,
ausência de trânsito em julgado a decisão de mérito.
Quanto aos pressupostos subjetivos, tem-se a presença do autor Lucas
Pereira Sousa representado por Ana Carolina Mendes Sousa, réu Salute Vita; juiz
referente ao Juizado Especial Cível. Ainda quanto ao autor, encontra-se
devidamente consoante os requisitos de validade, apresentando: Capacidade De
Ser Parte em que o indivíduo apresenta a aptidão para figurar como parte em um
dos polos da relação processual. Pode ser parte todo aquele que tiver capacidade
de direito (artigos 1º e 2º do Código Civil).
Nesse sentido, ao se tratar do menor Lucas Pereira Sousa, artigo 71 do
Código de Processo Civil dista: “Art. 71. O incapaz será representado ou assistido
por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.” Por isso, tal individuo está
representado por Ana Carolina Mendes Sousa; Capacidade De Estar Em Juízo
Que conforme dista o Código de Processo Civil “Art. 70. Toda pessoa que se
encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.”
Por se tratar de criança, ou seja, possuir incapacidade civil o artigo 71 como
apresentado anteriormente já dista ampara tal situação haja vista que a
representante legal Ana Carolina Mendes Sousa possui capacidade para estar em
juízo; por fim Capacidade Postulatória em que a ação apresenta compatibilidade
visto que houve a presença de advogado caracterizando a capacidade postulatória
Quanto aos pressupostos subjetivos, tem-se a presença do juiz em que se
admite que houve o cumprimento dos requisitos de Investidura na Jurisdição, que
correlaciona com a competência havendo a correta distribuição na Juizado
Especial Cível em que declarar-se-á o juiz como competente. Além disso,
compreende-se que não houve nenhum tipo de impedimento e que ocorreu a
Imparcialidade quando se admitiu que o juiz após distribuição não houve nenhum
tipo de vínculo entre as partes

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