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COMARCA DE BOITUVA/SP
Nome Completo, qualificação, endereço, por seu advogado dativo convenio da
OAB e defensoria que a esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C.C INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA e PEDIDO
DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
O requerente é irmã o do requerido que está com cinqü enta e seis anos.
ENELSON ABILIO CANDIOTTO é “dependente do á lcool”, possuindo dependência
em estado grave, conforme laudo do CAPS que ora anexa. Atualmente se recusa a
fazer algum tipo de tratamento e esta vivendo na rua como um andante.
Apesar de nã o ter reaçõ es agressivas contra seus familiares, o requerido passa o
dia todo embriagado, está a praticamente três meses sem tomar banho, nã o
trabalha a mais nã o querendo mais saber de nada.
Devido ao grau que se encontra o vício do requerido, bem como a gravidade dos
efeitos à sua saú de, a requerente possui laudo para solicitaçã o de autorizaçã o de
internaçã o hospitalar, porém o requerido recusa-se a se internar.
Na verdade, apesar deste quadro grave para sua saú de física e mental, bem como
para seu convívio em família, seu trabalho e na pró pria sociedade, o requerido
recusa-se a se internar, ou a submeter-se a qualquer tipo de tratamento.
De fato nã o somente o requerente, como toda a família e vizinhos do requerido,
vem sofrendo com os efeitos de seu vício, e seu conseqü ente desequilíbrio
psicoló gico.
O estado de saú de do requerido é grave, a ponto de sua vida estar constantemente
em risco, em virtude das mazelas que seu vício acarreta. As pessoas que estã o ao
seu redor, principalmente seu irmã o, também sofrem diante da patente
degeneraçã o do requerido, o que comprova a necessidade do deferimento do
pedido de internaçã o, para que, em estabelecimento adequado, possa receber os
tratamentos necessá rios.
Pelos documentos em anexo percebe-se que o requerido apresenta alto grau de
dependência química, e em razã o de seu vício nã o possui o discernimento
necessá rio para entender a necessidade de um tratamento médico para sua
melhora.
Como o requerente nã o possui condiçõ es para custear tratamento adequado em
clínica de recuperaçã o particular, procurou as vias pú blicas para ajudá -lo com a
internaçã o solicitada, porém até a presente data, apesar de já ter passado pela
avaliaçã o do CAPs, nã o foi providenciada a necessá ria internaçã o, até porque a
municipalidade alega que, em razã o da negató ria do requerido em concordar com
sua internaçã o, é imprescindível a autorizaçã o judicial para que possam
disponibilizar uma vaga em clínica adequada.
Assim, sendo tal internaçã o em entidade de desintoxicaçã o uma medida de alto
custo, e nã o tendo a família do requerido condiçõ es financeiras de arcar com o
pagamento, deve o Município de Iperó custear o tratamento, ou disponibilizar
tratamento equivalente e igualmente eficaz, em clínica pú blica especializada.
Assim, a intervençã o do Judiciá rio é imprescindível para que se determine ao
Poder Pú blico Municipal que custeie a internaçã o e o tratamento do requerido em
estabelecimento de custó dia e recuperaçã o de “dependentes do á lcool”.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes [...]”.