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História do Direito
Regente: Professor Doutor António Amado
Prof. Dra. Mara Rodrigues
Discente:
Ana Paula Gomes 22200141
Ramiro Fernandes 22208682
Rogério Carvalho 22200187
Direito 2º Semestre
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“A lei das XII tábuas é o alicerce sobre o qual se ergueu o edifício do Direito
Romano, um monumento duradouro que influenciou a civilização jurídica por séculos”
Justiniano I
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INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 3
.................................................................................................................................................... 6
Fig. A – O Senado.......................................................................................................................... 6
CONCLUSÃO................................................................................................................................. 2
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................. 1
SITOGRAFIA.................................................................................................................................. 1
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INTRODUÇÃO
A lei das XII tábuas,é um, senão, o mais antigo código legal escrito da história.
Desempenhou um papel crucial na formação do direito romano e contemporâneo.
Elaborada no Sec. V a.c., codificou normas e costumes romanos, estabelecendo os
fundamentos de um sistema jurídico duradouro.
Neste trabalho, de forma superficial que não comporta a magnitude e
importância total desta lei, viajamos um pouco até ao antigo Império Romano e a
criação das XII tábuas, dando um contexto histórico do seu surgimento, demonstrando o
conteúdo de cada tábua e tecendo algumas considerações sobre as mesmas, assim como
demonstrando a sua influência em diversas obras futuras.
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I.
A lei das XII tábuas foi um conjunto de leis elaboradas no período da República
Romana, relacionada pelas revoltas dos plebeus em confronto e por pressão dos plebeus
como as revoltas executadas pelos plebeus levaram a que decidissem ocupar o Monte
Sagrado exigindo direitos políticos. Resultante de tal facto a origem dos “Tribunos da
Senado.
Em (451 a.c.) também conhecidas por Lex duodecim tabularum / Duodecim tabulae
de origem do latim, concebe uma série de leis assinalado em 451 a.C. nasce uma peça
A formação da Lei das XII tábuas tinham como meta reduzir as mudanças de
com a incumbência da criação da lei para que os plebeus tivessem os seus direitos
assegurados.
Nesta época os patrícios que eram eleitos pela Assembleia Centurial é formada por
dezanove centúrias, composta por patrícios, mesmo tinham a maioria absoluta dos votos
nos costumes e normas não eram colocados de forma que toda a sociedade acabando e
permitindo o abuso do poder. Os cônsules careciam das limitações uma vez que as leis
eram formuladas de forma oral e deveriam ser redigidas escritas e tornadas públicas.
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Por iniciativa do Tribuno da Plebe Terentilo Arsa, Terentilo surgiu como defensor
da plebe um homem que era contra a injustiça, por outro lado colocou pressão no
Senado Romano que que fosse redigido um código acessível que pudesse ser visto e
Fig. A – O Senado
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asses, pois assim foi determinado pela Lei das XII Tábuas. Mas, se o litígio tratasse
acerca da Liberdade de um homem, por mais ilustre que ele fosse, a mesma lei (das
XII Tábuas), estabelecia que o depósito fosse de 50 asses.
2- Se uma enfermidade grave… ou o dia fixado para o julgamento com um
estrangeiro, for causa de impedimento para o juíz, para o árbitro, ou para o réu, seja
adiado o dia (da audiencia).
3 – Aquele que não tiver testemunhas vá, durante três dias consecutives, gritar em
altas vozes à porta do réu.
1 – Era imediatamente morto, Segundo a Lei das XII Tábuas, o rec+em-nascido monstuoso
(disforme).
2.
a) Como a lei (das XII Tábuas), conferisse ao pai o poder (direito) da vidte sobre o filhoa e
morte;
b) Se o pai vender o filho três vezes, este fica livre do patrio poder (poder paterno).
3 – Ordenou que a mulher apanhasse as suas coisas e, segundo a Lei das XII Tábuas, retirou-
lhe as chaves e expulsou-a de casa.
4 – Fui informado que uma mulher deu à luz no decimo primeiro mês, depois da morte do
marido, e este facto é como se ela tivesse concebido depois da morte do mardo, porque os
decenvitos escreveram que o homem era gerado em dez meses, não no decimo primeiro.
mais proximoz.
5 – Se não tiver agnado,recebam a sucessão (sejam herdeiros) os gentis.
6- Segundo a Lei da Xii Tábuas, os tutores são os agnados, no caso daqueles a quem
não tenha sido dado um tutor por testamento.
7–
a) Se (aquando da morte do pater) um demente não tiver quem cuide dele,
pertence aos agnados e gentis, não só o seu poder, como o dos seus bens;
b) … mas se não tiver quem cuide dele…
c) Pela Lei das XII Tábuas, é interdita ao pródigo a administração dos seus bens.
A Lei das XII Tábuas determina que o pródigo, a quem foi proíbido
administrar os seus bens, fique sob caratela dos agnados.
8–
a) A lei das XII Tábuas defere ao patrono a herança de um cidadão romano
liberto, se este morresse sem deixar testamento, nem herdeiros próprio;
b) Quando a lei trata do patrono e do liberto, diz: desta família para esta família,
ou seja, o património do liberto volta para a família do patrono a quem
pertencia inicialmente.
9–
a) As coisas que estão em dívida são, segundo a Lei das XII Tábuas, divididas em
proporções hereditárias, de acordo com o próprio direito;
b) De acordo com a Lei das XI Tábuas, as dívidas da herança eram divididas,
proporcionalmente, entre cada herdeiro
10 – Esta acção familiae erciscundae é oriunda da Lei das 12 Tábuas.
1 – Quando alguém fizer um nexum ou mancipatio oralmente, assim seja tido como
lei.
2- De acordo com a Lei das XII Tábuas, foi ordenado que se cumprissem as palavras
que tivessem sido pronunciadas, ficando aquele que negasse as suas delaraçoes
sujeito a pena do dobro do dano. Foi também estabelecida pelos jurisconsultos uma
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1 – Os intérpretes da Lei das XII Tábuas descrevem o ambitus como sendo a franja de
terreno que circunda a parede…Chama-se ambitus a uma superficie aberta em torno
dos edificos de dois pés e meis de largira com amesma longitude que o edificio.
2- Há-de saber que, numa aççao que regula a demarcaçao de limites, se deveobservar
o que se escreveu na lei das XII Tábuas, de certa maneira à imitaçao daquela lei que
se diz que Sólon propõs em Atenas.
3 – a) Na Lei das XII Tábuasnunca se emprega a palavra villa, mas com esse
significado aparece sempre a palavra hortus, e em vez de hortus diz -se heredium.
b)_ Chamavam-se tugúrios às miseráveis cabanas dos camponeses, desta palavra
deriva tecto… por este nome também é designado por Messala na explicação da Lei
das XII Tabuas.-
4 – As XII Tábuas não quiseram que houvesse usucapião num espaço de cinco
pés( que deveria existir entre os prédios).
5 – a ) Se litigarem…
b ) – Se existir uma controvérsia acerca dos limites, fixaremos os limites com ( a
ajuda de três) árbitros, de acordo com a Lei das XII tábuas.
6 – O caminho tem, segundo a ei das XII Tábuas, oito pés de largura, quando vai a
direito e dezasseis nas curvas.
7 – Conservem o caminho: se este não estiver empedrado, podem ir com um jumento,
por onde quiserem.
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1–
a) Todo aquele que dissesse cancões difamatórias seria condenado à pena capital;
b) Como as nossas XII Tábuas, castigassem poucas coisas com a pena de morte,
decidiram incluir o seguinte: “se cantasse, ou compusesse uma canção que
difamasse ou provocasse a desonra de outro (sofreria esta pena);
2- Se alguém destruir um membro a outro, e não chegar a acordo com o mutilado,
sofra a Lei de Talião.
3 – A acção de injúrias ou é legítima, ou honorária. Legítima pela Lei das XII Tábuas:
“quem causar injuria a outro, sofra uma pena de 25 sestércios, ou asses”; que foi a lei
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geral. Houve outra especiais, como esta: “Se alguém fracturou com a mão, ou com
um bastão, um osso a outro, sofra uma pena de 300 asses se (o ofendido) for um
homem livre, 150 asses se for um escravo.
4 – Se comete injuria a outrém, incorrerá numa pena de 25 asses.
5 – Reparai o dano….
6- Se se disser que um animal quadrúpede causou dano, a acção procede da Lei das
XII Tábuas, a qual diz que se entrgue aquele que prejudicou, isto é, o animal que
cometeu o dano, ou se ofereça a estimção do prejuízo.
7 – Se o fruto de uma árvore cai num fundo meu, e eu deixo o gado pastar (o dono)
não o poderá reclamar, segundo a Lei das Tábuas, nem por uma ação de pastoreio de
gado porque não pasta no que é teu, nem pela acção de empobrecimento.
8–
a) Aquele que atrair por encatamento…
b) Ou tirar os frutos do campo de outro (através do recurso à magia), será
castigado com a pena capital.
9 – A um adulto por pastar ou ceifar, de noite, os frutos obtidos pelo trabalho do
arado, a Lei das XII Tábuas punia com pena de morte e ordenava que morresse
enforcado por oferenda a Ceres, se era um jovem, Segundo o arbítrio do Pretor, era
condenado a sofrer açoites e pagar o dobro do prejuízo causado.
10 – Aquele que atear fogo a um edifício, ou a um depósito de trigo, junto a uma
casa, se o tivera feito de uma forma consciente e deleberadamente, manda-se que,
depois de atado e açoitado, seja queimado; se por outro lado, o fez acidentalmen te,
isto é, por negligência, manda-se reparar o dano e, se não o puder fazer, seja
castigado de uma forma mais leve.
11 – Advertiu-se, na Lei das XII Tábuas, que aquele que, com dano, cortar árvores
alheias, pagasse 25 por cada árvore.
12 – Se alguém mata aquele que cometeu um furto durante a noite, seja morto
cnforme o direito
13 – De dia (pode-se matar) se ele se defende com armas, (se não as tem ou utiliza)
peça-se ajuda com gritos
14 – Entre os demais ladrões manifestos (apanhados em flagrante delito), (os
decenviros) mandaram que, se fossem livres, os açoitava e entregava (como escravos)
a quem tinham roubado, sempre que o tivessem feito de dia e não tivesse utilizado
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25 – Aquele que falar sobre veneno, deve acrescentar se são bons ou maus; pois os
medicamentos também são venenosos.
26 – Sabemos que, através da Lei das XII Tábuas, se proibiu que ninguém
organizasse reuniões nocturnas tumultuosas dentro da cidade.
27 – Mas a Lei das XII Tábuas, permitiu que os membros das associações pudessem
realizar, entre si, os pactos que quisessem, desde que não fossem contra nenhum
preceito da lei pública. Porém, parece que este preceito foi tomado de uma lei de
Sólon.
1 – Não se devem propor leis contra uma pessoa em particular. Acerca da pena de
morte de um cidadão, só se poderá decider pelo comício centuriado. Das duas
ilustríscimas leis retiradas da Lei das XII Tábuas, das quais uma retirava os
privilégios e a outra proibia fazer propostas sobre a pena de morte, a não ser no
comício centuriado.
2 – Consideras dura uma lei que castiga com a morte o juiz ou o árbitro, nomeado
pelo magistrado, convicto de ter recebido dinheiro para pronunciar uma sentença?
3 – Questores… que presidiam às penas de morte, …. Chamavam-sr quaestores
parricidi, dos quai ainda conserva memória a Lei das XII Tábuas.
4 – A Lei das XII Tábuas manda castigar, com pena de morte, aquele que provocar o
inimigo, ou lhe entregar um cidadão.
5 – Pois os preceitos da Lei das Tábuas também proibiram que nenhum homem fosse
morto, sem antes ter sido julgado.
1 – Não seja sepultado nem queimado, dentro da cidade, qualquer cadaver humano.
2 – Não façais mais isto: não políeis a madeira para as fogueiras (piras).
3 – Ficando, portanto, reduzida a sumptosidade de luto a três véus, numa pequena
tunica purpura e a dez flautistass, e, além disso, aboliu também as lamentações.
4 – As mulheres não arranhem os rostos nem gritem nos funerrais.
5–
a) Não se recolham os restos mortais de um homem para, depois, lhe fazer um
funeral;
b) Excepção para aqueles que morressem na guerra ou em terra estrangeira
6–
a) Existem estes preceitos nas leis (das XII Tábuas); suprime-se a unção pelos
escravose toda a bebida, “nem sumptuosos derrames de vinho, nem grandes
coroas, nem acerras (altar n qual se queimava o incense)”:
b) Deduz-se que os antigos usaram poções com mirra, porque na Lei das XII
Tábuas se adverte que não se coloquem no morto.
7 – Aquele que conquistar uma coroa, pelos seus escravos, pelos seus cavalos, ou
pelos seus próprios méritos, que a mesma lhe seja colocada durante o funeral, sem
que isso seja considerado fraude.
8 – Não coloqueis ouro na sepultura, Mas se alguém tiver dentes de ouro, enterrem-no
ou queimen-no com eles, sem que isso seja ilícito.
9 – A lei das XII Tábuas proíbe colocar a pira funerária nova, ou o local de
incineração, a menos de sessenta passos de um edifício alheio, contra a vontade dos
donos.
10 – Proíbe-se de adquirir por usucapion o forum (vestíbulo do sepulcro), ou o local
da incineração.
1 – Através de uma lei como a das XII Tábuas, introduziu-se a toma de penhor contra
aquele que, tendo comprado um animal mediante empréstimo para sacrificar aos
deuses, não pagasse o preço e, também, contra aquele que não pagasse o preço obtido
pelo aluguer de um animal, se tal preço estivesse destinado a um banquete sagrado,
isto é, a um sacrifício.
2–
a) Se um escravo comter furto ou causar algum outro dano (será dado para
compensar o dano)
b) Pelos delitos dos filhos de família e dos escravos… deram-se acções noxais,
para que fosse lícito ao pai, ou dono, suportar a estimação da lide, ou entregar
o delinquente… As acções noxais criaram-se, ou pelas leis, ou pelo delito do
Pretor: pelas leis, por exemplo, a de furto pela Lei das XII Tábuas
3 – Se alguém obtém, de má fé, a posse de uma coisa litigiosa, nesse caso, o Pretor
nomeia três árbitros e, por sentença destes, será condenado a restituir o dobro dos
frutos.
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4 – Proibimos (Lei das XII Tábuas) consagrar uma coisa pela qual se litiga, caso
contrário sofremos a pena a dobrar… Porém, não apresenta nada acerca do dobro que
se deve entregar, se ao fisco, se ao adversário.
5 – Existe uma Lei das XII Tábuas, segundo a qual, qualquer decisão definitiva que o
povo adoptar seja considerada lei.
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Tito Lívio, História de Roma, III, 34 apud Fernanda Carrilho, “A lei das XII tábuas”, Almedina, pp.5,
introdução por Eduardo Vera-Cruz Pinto
2
Cícero, De legibus, II,23,59 apud Fernanda Carrilho, “A lei das XII tábuas”, Almedina, pp.9, introdução
por Eduardo Vera-Cruz Pinto
IV. O seu significado
A lei das XII tábuas, embora tendo forte significado jurídico, apenas
correspondia a uma tentativa de positivação de regras jurídicas, não tendo caracter
normativo1.
O seu significado jurídico traduzia-se pela separação do ius, da moral cívica
(Mores Maiorum) e religiosa (Fas). Assentou por escrito as regras fundamentais
para o desenvolvimento jurisprudencial do Ius Civile e era complementada na sua
aplicação pelos Mores Maiorum, costumes e usos da época, estando sujeita a
interpretação.
Marcou o desenvolvimento de novas normas posteriores no seu estilo escrito de
forma imperativa, directa e sucinta e trouxe também clareza ao Direito, nunca tendo
sido revogada pode-se dizer que se manteve em vigor até ao Corpus Iuris Civilis.
As normas das XII tábuas eram centradas no papel da família patriarcal e do pai
como chefe de família (Pater famílias) sendo um ponto de identidade Romana e das
suas tradições, actuou também como forma de limitar a jurisdição dos magistrados,
impedir o arbítrio dos tribunais, etc.
Tal como o próprio Direito, a lei das XII tábuas não era estática, sendo flexível.
Cinco anos depois da sua elaboração em 445 a.c. a lei Canuleia veio abolir a
proibição de casamento entre Patrícios e Plebeus nela presente, no entanto as
alterações legislativas nesta época eram feitas de forma cautelosa. Segundo uma
antiga lenda, era dito que quem pretendesse alterar uma lei o deveria fazê-lo com
uma corda ao pescoço para ser imediatamente enforcado caso a alteração fosse
reprovada2.
1
Mais sobre este assunto em Eduardo Vera Cruz, “Introdução ao estudo do Direito Romano, as questões
fundamentais”,AAFDL,Lisboa, 2021, pp.293 e ss.
2
Eduardo Vera Cruz, “Introdução ao estudo do Direito Romano, as questões
fundamentais”,AAFDL,Lisboa, 2021
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V. O Pater Potestas
O “Pater Potestas” foi uma instituição central do direito romano antigo que
concedia ao pai de família romano poderes e autoridade quase absolutos sobre os
seus filhos, netos e descendentes sob a sua autoridade legal. O termo significa
“poder do Pai” e era baseado no conceito de “pátria potestas” derivando da
autoridade do pai como chefe da família romana. Esta autoridade conferia ao pai
uma amplitude de poderes sobre a vida, liberdade, propriedade e casamento dos
descendentes sob a sua alçada. O Pai tinha assim o direito de autorizar ou proibir
casamentos, determinar a escolha do cônjuge, decidir sobre a adopção ou a
emancipação dos filhos e gerir os seus bens e propriedade, este poder também
concedia ao Pai a possibilidade de impor disciplina e punição aos descendentes
inclusive aplicar castigos físicos.
Os descendentes estavam assim sujeitos à autoridade do pai até atingirem a
emancipação, ocorrida quando se casavam ou eram adoptados por outra família e até
depois disso o Pai mantinha o direito de herança.
O Pater Potestas era assim uma instituição central na estrutura familiar e
social romana, reflectindo valores patriarcais e a importância da continuidade da
linhagem e do poder familiar sendo reflectida na relevância que se pode observar nas
XII tábuas.
[Escreva o título do documento]
Como já referido a lei das XII tábuas, como um dos primeiros códigos escritos
influenciou de forma significativa várias obras e ordenamentos jurídicos
subsequentes. Algumas das obras mais conhecidas foram:
Uma das partes do Corpus Iuris Civilis, foi compilado por ordem de
Justiniano I no Sec. VI. Era uma compilação do direito romano que incluía vastas
opiniões e interpretações de juristas romanos antigos. Muitos desses juristas citaram
e interpretaram as leis contidas nas XII tábuas nas presentes obras demonstrando a
sua influência.
Obra que não sobreviveu até aos dias de hoje, fragmentos e referências a
ela foram preservados em outras obras jurídicas e literárias. Estes Comentários
continham explicações e interpretações das leis romanas, incluindo das XII tábuas, e
influenciou a compreensão e interpretação das leis romanas e contribui para a
disseminação dos princípios contidos nas XII tábuas.
CONCLUSÃ O
A partir deste trabalho, podemos concluir que a Lei das XII tábuas teve uma relevante
importância em equiparar os Patrícios aos Plebeus, trazendo uma maior hegemonia ao
Direito Romano da época assim como as bases para o direito positivo e a sua forma de
realização.
Através dos seus primórdios influenciou todo o Direito positivo futuro, desde o
presente no Direito Romano até ao Europeu que possuí-mos hoje, com noções de
propriedade privada, direito das obrigações e sucessões e até mesmo contractos. Muito
do Direito contemporâneo português pode ser rastreado até ao Império Romano e a sua
legislação, inclusive as várias referências em latim que datam dessa altura.
Apesar de nem todas as obras terem sobrevivido ao teste do tempo , ao longo da
história foram sendo redescobertas e estudadas por vários juristas que nos fizeram
chegar moldando assim o Direito que hoje suportamos na palma da nossa mão na
legislação codificada.
[Escreva o título do documento]
BIBLIOGRAFIA
Carrilho, Fernanda, “A lei das XII tábuas”, Almedina
SITOGRAFIA
https://museuvirtual.trp.pt/pt/colecao/corpus-iuris-civilis-romani
https://www.youtube.com/watch?v=UVsTD1-
EbjE&ab_channel=ProfessorBernardoMoraes
https://www.britannica.com/topic/patria-potestas
https://www.migalhas.com.br/coluna/lauda-legal/158400/digesto-de-justiniano