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Direito Romano aula (04/10)

Direito- forma de gerir litígio que, inicialmente, estava nas “mãos” dos sacerdotes

Mores maiorum/mos maiorem – hábitos, costumes e tradições dos pater (antigos), fruto de
uma tradição oral.

Nota: auguria, capacidade analista sagrada restrita aos sacerdotes os augures. Também
existiram os pontífices.

Potestas- poder

Os poderes do rex (Imperium):

º Militar (imperium militae) Pode ser relegado a quem de direito

-- Judiciária/Criminal

º Administração (imperium domi)

LEGES Regiae- formação das regras consuetudinárias e rituais religiosos

Poderes do Senado:

- Interregnum

- Auctoritas patum—ratificar as decisões dos outros órgãos

- Ius belli et pacis—direito de fazer a guerra e de fazer a paz

- Conselho e auxílio real—Senatus Consultum

Atributos dos Cumicia Curiata (representantes da população), compostos pelos pater família e
os fillius homens:

º Adesão ou rejeição de uma decisão previamente tomada (no período da monarquia)

Próxima aula: passagem da monarquia para a república

(Aula 07/10)

Passagem da monarquia para a república:

º Escrever o glossário com toda a terminologia relevante do Direito Romano.

História do desenvolvimento de Roma.

º Na monarquia etrusca caracteriza-se um ambiente de tirania.

O Senado é deixado de lado durante este período.

“Cessação do avantino”.
https://escolakids.uol.com.br/historia/patricios-e-plebeus-na-
republica-romana.htm

Lex Canuleia (permite o casamento entre patrícios e plebeus) 445 a.C

Júlio César torna-se uma figura importante e que se demonstra um apoiante dos plebeus.
Passagem do Digesto, no livro 1 e capítulo 2. (surgimento das magistraturas) - Corpus Juris
Civilis.

El digesto del emperador justiniano / Bartolomé Agustin Rodriguez de Fonseca-REPÚBLICA

Análise das magistraturas

 Sexto Papirio--- reunia as leis curiadas, ou seja, as aplicadas nas 30 Cúrias romanas.
 O Corpus Juris Civilis ou Corpus Iuris Civilis Romanii (em português: Suma Completa do
Direito dos Romanos) é obra jurídica fundamental publicada em meados do século VI
d.C., a partir do Édito, especial por determinação imperial, o que na ocasião viera do
imperador bizantino Justiniano I (que assumiu o trono em 527 d.C.). Ele, dentro do seu
projeto de unificar e expandir o Império Bizantino, viu que era indispensável criar uma
legislação congruente e que tivesse capacidade de atender às demandas e litígios
vivenciados à época.
 Atualmente, entende-se que o que se convencionou chamar de Corpus Iuris Civilis
compreende quatro grandes partes: Institutas, Digesto, Código e Novelas.

Digesto 1, capítulo 2:

Digesto= Direito Civil Papiriano, porque Papirio condensou estas leis desordenadas.

-Com a expulsão da monarquia pela lei tribunícia (episódio de Tarquínio, o Soberbo),


durante 20 anos tolerou-se a aplicabilidade dos Mores Maiorum, depois exigiu-se a
formulação de leis escritas, universais e imutáveis.

- Lex Duodecim Tabularum com inspiração nas leis gregas. Os 10 pontífices adquiriram
durante o período de 1 ano um estatuto diferente aos restantes magistrados para a
correção e interpretação das leis, decisão sem recurso, adicionando, posteriormente, duas
leis. Aplicáveis no âmbito privado.

- Durante 100 anos o Colégio dos Pontífices é que detinham a hermenêutica em exclusivo.
Posição contestada pelos plebeus que se insubordinando, organizaram-se em plebiscitos*.
* Plebiscito (do latim plebiscitu, decreto da plebe) é um voto ou decreto passado em comício,
originariamente obrigatório apenas para os plebeus.

- Direito Civil Flaviano (feito)

- Ações da lei (feito)

- Lei Hortênsia 287 a.C --- A Lex Hortensia estabelecia que as decisões dos plebeus eram
válidas não somente para eles, mas também para todo o povo de Roma, sem
obrigatoriedade do sufrágio dos senadores.

Depois… O Senado ficou com o governo da república—Senadoconsulto.

Depois… surgiu a imperatividade de um só príncipe (magistrado), maior eficiência.

Que tipo de fontes de direito romano? (complementar com Lições de H.D.R, Paulo
Adragão)

+Príncipe cuja lei válida era a que ele outorgava.

+ Os magistrados outorgavam direitos, dos quais, deviam estar previamente disponíveis


em éditos.
+ O direito legítimo

+ Plebiscito

+ Senatusconsulto

Magistraturas ordinárias (5)


[ Durante a monarquia existiu o guarda real- chefe da cavalaria ]

º Censores- administração da fazenda pública (ager publicus), elaboração das listas dos
senadores, a organização do recenseamento dos cidadãos romanos e a tutela da
moralidade romana. Eleitos por períodos de 5 anos, nos comitia curiata.

º Consules- sucessores do Rex e gozavam do poder de soberania (Imperium), comandando


o exército, convocando o senado e assembleias populares e administrando a justiça.
Eleitos por período de 1 ano.

º Pretores (considerados colegas minores dos cônsules) - administravam a justiça entre


cidadãos (pretor urbano) ou entre cidadãos e peregrinos (pretor peregrino)

º Aediles curules- fiscalizavam a limpeza da cidade, manutenção das vias e dos edifícios
públicos e a vigilância do trânsito, a regulamentação dos preços, a organização dos
espetáculos e a guarda dos arquivos do Estado. Gozavam do poder punitivo.

º Questores- Administravam a justiça criminal, cobram multas, ocupam-se dos confiscos e


do governo da tesouraria estatal.

Magistratura extraordinária

Ditador- nomeado em momentos de perigo (calamidade pública, grave crise política)

Grandes nomes da literatura jurídico-romana (ver os mais relevantes)

- Publio Papirio (compilou as leis régias);

- Apio Claudio I,II e III (redação das 12 tábuas, em parte);

- Sempronio

- Gaio Escipião Nasica

- Quinto Múcio

- Tibério Coruncanio

- Sexto Elio

- Publio Elio

- Publio Atilio

- Catão

- Marco Catão

- Publio Mucio (pontifex maximus);


- Bruto (pretor);

- Manilio

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(Aula 11/10)

-Inicialmente o ius civile era aplicado, somente, nos cidadãos romanos. Com isto, há que se
criar um direito ius peregrino (aplicável aos estrangeiros).

-212 d.C- Édito de Caracala--- atribuição da cidadania romana indiscriminatoriamente.

- *pretor peregrino.

- O período de transição é repleto de decisões pragmáticas. A plebe tornou-se independente


através do comércio. Deste modo, exige uma posição de igualdade jurídica e política com os
patrícios (Aequatio iuris).

- Secessão do Aventino 494 a.C--- a plebe retira-se de Roma e desloca-se ao monte homólogo.

Dissolve-se as magistraturas ordinárias e estabelece-se o primeiro decemvirato (451-450


a.C)--- redigir as regras (tarefa sem sucesso)

2º Decemvirato (450-449 a.C)—Apio Claudio quis reter o poder na sua pessoa.

Com a revolta torna-se urgente a recolocação das magistraturas ordinárias (primeiro o


consulado). Os 2 cônsules publicam as Leges Valeriae Horatiae, que, segundo a tradição,
permitiram constituir alguns institutos novos que davam mais poder à lei.

Lex Valeriae Horatiae di Provocatione;


Lex Valeriae Horatiae di Plebisciti;
Lex Valeriae Horatiae di Tribunitiae Potestatae

Segundo as fontes, o Senado decide atribuir poderes à plebe durante tempos de guerra.

º Tribuno militum (444-377 a.C)—magistratura plebeia clarividente nas fontes verídicas;


impedir o agudizar dos conflitos entre as duas vertentes sociais.

O Direito Romano como origem do Jurídico pp. 39-72

1. O conceito de Direito Romano (DR)

Ius romanum, conjunto de regras criadas pelo Homem com o fim de garantir a liberdade da
pessoa e da sua vida em sociedade através de decisões justas paras os conflitos, as quais, se
necessário, resolvidas com recurso à força (sentido de coação bem presente).

2. A regra jurídica

Os romanos retiraram enunciados generalizadores do que havia de comum na resolução


de casos em que se verificaram as mesmas condições e circunstâncias, e surgiram as regras.
O conjunto dessas regulae designou-se “Direito”, pois permitia seguir um percurso direito.

3.O que separa a regra jurídica da norma legal


A norma legal está na política, ou seja, nos políticos votadas que nos diversos órgãos do
Estado, elaboram enunciados normativos. A regra jurídica está na iurisprudencia, ou seja,

A justiça do Direito afasta-se da justiça do Estado, na medida em que uma tenta impor* a paz e
a harmonia prudentemente e a outra impor a ordem e a tranquilidade.

* A saber, a força do Direito em impor a solução dada pela regra jurídica nada tem a ver com a
violência coerciva do Estado a coberto da norma legal. O que legitima, neste caso, é a justiça
da solução que lhe é dada em fundamento das regras jurídicas aplicadas para a resolução.

4. O DR e a ciência do Direito

Ciência da resolução dos litígios, com o estabelecimento de normas jurídicas.

5. Regra jurídica e regra religiosa (ius e fas)

O fas compreende as regras, os rituais e as fórmulas ditadas pelos deuses aos reis e aos
sacerdotes para serem cumpridas pelos romanos como atos sagrados. Trata-se de uma regra
ideal de vida, indiscutível e indubitável, criada pelos deuses para a felicidade dos homens.

6. O conceito de ius e o formalismo jurídico romano

O ius resulta do fas; corresponde a um conjunto de convenções humanas cujas legitimidade e


obrigatoriedade assentam no fas; é de construção progressiva e busca nos mores Maiorum a
inspiração e o critério para a interpretatio do fas que está na sua base criadora.

7. A justiça e os conteúdos jurídicos

8. O DR como referência de juridicidade

O direito romano está na origem de qualquer conjunto de normas e de soluções destinadas a


promover a pessoa humana e a dirimir conflitos entre pessoas que se pretenda “Direito”.

9. Estado de Direito e Direito do Estado (feito)

10. A criação jurisprudencial do Direito e a pessoa humana

11. A importância da periodificação para o estudo do DR (feito)

(Aula 18/10)

A guerra civil começou já no governo do César, Lucrácio e Pompeo. Mais precisamente, entre
César e Pompeo (49 a.C). A segunda guerra civil ocorre entre Marco António e Otaviano
Augusto (33 a.C).

Entre 27 a.C- a morte de César, ocorre o estabelecimento do principado!

Funções do Censor:

- POLÍCIA DA MORAL;

- Fazer o Censo;

- Capacidade de eleger os senadores; 312 a.C—Lex Ovinia de Senatus Lectione (LectioSenatus)

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Pesquisar sobre o ius Gentium. 242 a.C— Pretor peregrinus


Carlos Sardinha—cronologia de Direito Romano

As fontes dizem que o início do deterioramento das instituições republicanas:

º Ditador Sila—vitalício que deixa o poder

º Tentativa de usurpação do poder de Catilína

MANUAL—O QUE SE PODIA ENTENDER POR CIDADANIA ROMANA NESTE PERÍODO?

º Cidadania como vínculo jurídico de pertença a uma pessoa à comunidade politicamente


organizada em que se integra requer uma cidade-estado em que estão fixadas, por normas,
as formas e os graus dessa pertença. É ao direito que dar a base de agregação política das
pessoas com a “qualidade” de cidadãos.

º Neste período quem nascia numa família próprio iure, era integrado nas gentes (laços de
sangue) e pertencia ipso iure à civitas, como cidadão). O ato de “dare cititatem” era
reconhecer a pessoa como parte da comunidade política. Desde o rapto das sabinas que a
integração na romanidade se faz pela concessão da cidadania (reconhecer que a pessoa
passa a integrar a comunidade política e pela entrega de uma propriedade, de um terreno).

º A integração jurídica de estrangeiros na comunidade política através do vínculo único de


cidadania era a característica essencial da romanidade jurídico- política como sistema
aberto, embora isso não significasse igualdade de participação política (existe uma oligarquia
cidadã). Mais tarde , a densidade jurídica e o grau de efetividade desses laços entre pessoas
e instituições políticas passa pela garantia de acesso à participação política e à integração
social de cada um no todo, através de um conjugação equilibrada de direitos e deveres.

(Aula 15/11)
º Cada ano o pretor deveria adotar um édito novo. Com a politização do Direito, cria-se
fontes novas.

º Com o édito Perpetum (escrito) , já não se constroem novas instituições.

Recordando…

º Na monarquia o faz estava nas mãos dos sacerdotes através das responsa e das sentença.

º Nem todo o conhecimento dos Mores Maiorum está prescrita nas 12 tábuas.

º Leges actiones~~ forma de aplicação do fas divulgada.

º Inicialmente os iurisprudentes tinham uma maior liberdade, asfixiada pelo princeps


paulatinamente.

https://aafdl.pt/wp-content/uploads/2020/05/Direito-Romano-Te%C3%B3ricas-Sara-
Ferreira.pdf

(Pág. 247- 386):


A ação dos magistrados como fonte de criação de ius e As fontes políticas do ius
novum: A Lex Romana (ver 25/11).
Apontamentos do estudo autónomo:
º Lex Iulia de Collegiis—dissolução de colégios existentes, com exceção dos mais antigos e de
nobre tradição.

º Lex sumptuaria—contra o excesso de luxo e das manifestações exteriores de riqueza.

º Leges criminali de ambitu, de adulteris coercendis ( em 18 a.C) e de vi publica et privata


(em 17 a.C)—a primeira punia o ambitus (comportamento ilícito dos magistrados para obter
votos), a segunda o adultério em flagrante e a terceira:

de vis publici-- che ricomprendeva ogni azione violenta, posta in essere dai privati o da
funzionari pubblici, per impedire il regolare svolgimento delle funzioni pubbliche.

de vis privata-- che ricomprendeva tutte le azioni violente volte a turbare la libertà dei
privati.

º Lex Iulia iudiciorum privatorum— una revisione del sistema processuale romano. La Lex
Iulia iudiciorum privatorum eliminò del tutto le legis actiones sostituite dal processo per
formulas.

º Lex Iulia iudiciorum publicorum— per riordinare la procedura delle quaestiones perpetuae,
ovvero gli organi giurisdizionali giudicanti in materia penale.

º Lex Iulia de maritandis ornibus—obrigação das mulheres romanas e das viúvas casarem até
uma determinada idade. Além de estabelecer preferências de relacionamentos.

º Lex Iulia de senado habendo-- emitido en 9 AC, regula el procedimiento de votación en el


Senado en la antigua Roma. Esta ley lleva a cabo una reforma más amplia, centrándose en la
contratación de Senadores y su participación en reuniones para restaurar la dignidad y el
papel del grupo. Este Reglamento adoptó la forma de legislación.

Fontes de Criação do Ius Romanum

- Racionalização da iurisprudentia:

Lei das 12 Tábuas --- fixou o direito substantivo, ou seja, formulou regras escritas e
publicou-as, mas sem tornar evidentes as formas de exercer os direitos contidos nessas
regras (sem especificar as fórmulas processuais- direito adjetivo).

Ius Civile Flavianum --- divulgação das 16 legis actiones por Gneu Flávio, isto quer dizer,
tornou públicas as formas processuais e negociais, das quais 12 com origem na Lei das 12
Tábuas, permitindo uma maior aproximação a uma aequatio iuris.

Ensino público do Direito --- Tibério Coruncânio responde em público e oralmente as


decisões que tomou, dando origem a um procedimento de responder às questões jurídicas
colocadas pelas partes em conflito; fixando uma praxis no sentido de ensino público do
direito sem controlo pontifical.

Literatura jurisprudential --- FRUTO DA ATIVIDADE DOS IURISPRUDENTES ROMANOS.


Primeiro as obras são de estilo casuístico puro: a questão é colocada; são expostos os factos
e os argumentos; depois é dada a solução ou resposta. Mais tarde, por influência da filosofia
grega, surge a narrativa do ius civile e do ius praetorium, de forma organizada e
sistematizada, contudo, a tendência para a narrativa e descrição como pressuposto da
problematização das questões suscitadas coexistiu com a natureza casuística e prática.
Institutiones ou Enchiridia; espécie de manuais elementares para o ensino do direito,
escritos num estilo simples, com intuito didático e natureza introdutória destinados ao
jovens aprendizes. Da visão de docente, explana-se com desenvolvimento e ordem os
argumentos que fundamentam as suas opiniões e motivos que conduzem à solução que
propõe o caso, conjugando a interpretação de regras com a disposição de leis, com a opinião
de outros iurisprudentes procurando cobrir todas as vertentes em que a resposta se
estrutura.

Epistolae; coletâneas de pareceres apresentadas sob a forma de carta, ficando entre as


Responsa e as Quaestiones pela sua natureza casuística.

Digesta; obras de casuística com grande extensão funcionando como uma enciclopédia do
direito vigente (regras, procedimentos, práticas, actores etc…) apresentada através da
resolução de casos práticos.

Tratados. Exposições sistematizadas de ius civile, cujo conteúdo se resume a comentários de


obras já publicadas por iurisprudentes anteriores ou aditando inovações sem alterar a
ordem de exposição do autor comentado.

A Lei das XII Tábuas; Os Mores Maiorum; Ius Civile

A Lei das XII Tábuas, embora corresponda a uma tentativa de positivação de regras jurídicas,
não tinha caráter normativo, nem se pode comparar a uma Constituição ou Código Civil dos
nossos dias. Foi uma primeira tentativa de enunciar por escrito as regras mais importantes
do ius existente e de as aplicar de forma universal e respeitando a aequatio iuris. Tem um
forte significado jurídico, por racionalizar o ius, assim separado da moral cívica (mores
Maiorum) e religiosa (fas); depois, ao assentar por escrito as regras fundamentais para o
desenvolvimento iurisprudential do ius civile; finalmente, ao marcar a conexão necessária
entre ius e processo através das legis actiones, o que permitiu uma iurisprudentia criativa e
prática e abriu as vias para a criação da magistratura do pretor.

Mores Maiorum são um conjunto de regras vetustas (com teor sagrado, por inspiração
divina) comummente observadas de forma contínua e prolongada pelos romanos, no seu
relacionamento intersubjetivo e em sociedade. Tradição. Uma das fontes de ius (não são
ius).

Padrão normativo.

O consuetudo é fonte do direito. Operando de forma limitada a certo espaço e comunidade,


não de modo comum e geral como os Mores Maiorum, além de que deve estar em
conformidade com os segundos. É fonte de direito se e quando participa dos responsa
prudentium (”The considered opinions of jurists, legal scholars, and other technical experts)
e auctoritas prudentium (saber socialmente reconhecido da opinião do iurisprudente), não
como repositório normativo autonomamente considerado.

(Aula 22/11)

º Fontes políticas do Ius Romanum (pluralismo);

º Lex Iulia iudiciorum privatorum--- até aí prevalece o Agere per legem.


º Depois, fica o Agere per formulas.

º Para evitar que qualquer projeto pudesse ser aprovado, viu-se necessário que o Senado
desse a sua auctoritas antes de a proposta ser votada pelos Comicia Centuriata.

º A Lei intervinha em questões especiais. Não previa a aplicabilidade abstrata como hoje.

º O populus de Roma é chamado a participar no momento legislativo mias importante, por isso
é que se assume uma horizontalidade no processo legislativo antigo.

º O ius dá solução ao caso concreto.

º Com o ensino público do Direito se dá a autonomização da iurisprudentia.

(Pág. 411- 471)- ler na segunda!!!


Pretor urbano- 367 a.C
Antes do pretor, quem aplicava as legis actiones* eram os sacerdotes.
*A maior parte incluídas nas Leges Duodecim Tabularum.
º Gaio evidencia 5 em 16. Não se sabe o porquê…
Gneo Flávio--- explica a parte processual que estava em secreto com os sacerdotes.
Iudex- Livre, Homem acima dos 30 anos (25 na era de Augusto) .
Cognitiones extraordinem—os funcionários do princeps retiravam capacidade do
pretor. Formação do Ius Novum, através de outros institutos políticos.
O pretor tem auctoritas e Imperium.
Edito translatício- serve para fixar o Direito.
Corpus Iuris Civilis- coletânea de todo o Direito Romano Privado.
No Digesta, os iurisprudentes são citados.

º A iurisprudentia é a ciência do justo e do injusto, tendo como pressuposto certas coisas


divinas e certas coisas humanas. O iurisprudens tem prudentia (saber-agir) adquirida e
solidificada pela experiência de vida, procurando na prática, ao emitir as suas opiniões
cautelosamente, alcançar o valor de justiça.

º É uma praxis, por ser uma atividade prática, embora intelectual, virada para a busca do que é
justo, honesto, útil e oportuno na convivência social.

º Atividade de caráter gratuito.

º A partir do séc. IV verifica-se a racionalização da iurisprudentia:

- Leges Duodecim Tabularum- ( Antes, o Ius Romanum era baseado nos Mores Maiorum,
portanto, a sua interpretatio era reservada aos sacerdotes pontífices devido à sacralidade e ao
misticismo da atividade. Essa positivação das leges, permitiram a publicação de algum
conteúdo dos Mores Maiorum (anteriormente reservado em segredo pelos pontífices) e a
estabilidade dessas regras. Os iurisprudentes procuraram conhecer o seu conteúdo, o que,
inevitavelmente, levava à criação de direito novo.

- Ius flavianum- Segundo a tradição, Cneu Flávio, liberto, escriba do pontífice Apio Cláudio,
aproveitando-se da cegueira do seu patrono, publicou uma coletânea de fórmulas processuais
(16 legis actiones). Revelando o modo de aplicação dos conteúdos das Leges Duodecim
Tabularum.
- Ensino público do Direito iniciado por Tibério Coruncânio- o primeiro plebeu que teve acesso
ao cargo de pontifex maximus com a Lex Ogulnia cerca de 300 a.C.

Funções:

º Respondere- dar pareceres a particulares ou a magistrados sobre questões jurídicas.

º Agere- competência prudencial de dirigir os interessados perante a atividade dos tribunais


(prazos para apresentar as provas, a fórmula a empregar, palavras a usar…)

º Cavere- aconselhamento às partes sobre como deviam realizar os negócios jurídicos.

Relevância prática dos iuris-consulti:

º indicam as matérias que merecem ser reguladas juridicamente;

º dizem as normas de caráter meramente ético ou moral que devem passar a jurídicas e vice-
versa;

º precisam os termos em que deve ser redigida a norma jurídica e qual alcance deve ter;

º interpretam-na, não só com o sentido original, mas até com um conteúdo novo, se
necessário, determinando o modo como deve ser aplicada.

Ius honorarium- conhecido por ius edictale ou magistrale, é todo o ius romanum não-civile,
introduzido pelos edictos de certos magistrados, a saber: pretor urbano, pretor peregrino, edil
curul e governadores de províncias.

Ius civile- Deriva do populus de Roma, dos Comícios, do Senado, do Princeps (posteriormente)
e dos Iurisprudentes.

Ius praetorium- em rigor, é uma pars do Ius Honorarium, mas que chega a eclipsar o resto com
a sua importância.

Ius Romanum- formado pelo ius civile somado ao ius praetorium (que congloba o ius
honorarium)

As duas características fundamentais da atividade jurisprudencial:

- Gratuidade: os pareceres e conselhos não remunerados;

- Publicidade: respostas dadas em público;

As forma ou métodos utilizados pelos iurisprudente para formar ius eram:

A tópica- inserida na ars inveniendi (arte de encontrar argumentos). Antes do argumento


pessoal, o iurisprudente apresenta uma pluralidade de soluções antes de optar por uma.

As regulae- sínteses de comportamentos a seguir com vista à justiça, com forma ordinatória
(por causa da influência da Lei das 12 Tábuas)

As definitiones- referências etimológicas que permitiam o conhecimento histórico das figuras e


institutos jurídicos

Nota:
Ius novum- criada pelas Constituições Imperiais e válidas como tal.

Ius vetus- pluralidade de fontes (antes da Constituição Imperial)

Iustitia- fim do iurisprudente, como solução adequada

Aequitas- igualdade, proporção, equilíbrio nos meios e nos fins

Os expedientes do pretor fundados no seu imperium destinavam-se a interpretar,


completando ou até corrigindo, o ius civile.

º Stipulationes praetoriae—stipulatio* que é imposta pelo pretor com o objetivo de proteger


uma certa situação social, não prevista nas regras do ius civile, e que, no entender do
magistrado merece proteção.

*stipulatio ou conceptio verborum é um negócio jurídico (solene, formal, oral e abstrato)


entre presentes que cria obrigações a partir de uma pergunta feita pelo credor e numa
resposta imediata dada pelo devedor que se unem materialmente para constituir, com
autonomia face às duas, a obligatio.

Da stipulatio nasce uma obligatio para o devedor e uma actio para o credor. A actio serve ao
credor para obrigar o devedor a cumprir com a sua obligatio.

Quando o devedor não cumpria a sua promessa porque estava livre face ao ius civile, então
o credor recorria às stipulationes praetoriae, onde o pretor ordenava uma nova stipulatio,
agora com uma garantia pessoal.

º Restitutio in integrum- Com um efeito oposto ao das stipulationes praetoriae. Aplica-se a


casos em que o negócio jurídico (stipulatio), válido pelas normas do ius civile, resulta
desequilibrado e injusto, quando efetivado. Assim, um credor que tem uma actio ex stipulatu
a seu favor pode vê-la vedada pelo pretor, se a obtenção do crédito não for justa ou
adequada.

O pretor determina que as partes se vinculem ou obriguem nas restitutiones in interregnum,


desobrigando-se da stipulatio que criou a obligatio e a actio. Fica, assim, sem efeito, a
stipulatio.

Anula-se o negócio jurídico anterior com a celebração de um outro negócio jurídico pela via
dos seus poderes de imperium- de modo imperativo, sendo posteriormente simplificada com
a mera declaração de inexistência da stipulatio injusta. Logo, existe uma restituição integral
da situação anterior, porque a stipulatio é desfeita.

Com a Lex Aebutia de formulis (130 a.C.), o pretor, através de um decretum, concede:

º ou uma exceptio ao demandado inutilizando à cabeça os efeitos do pedido do credor,


dando-lhe tempo para encontrar argumentos válidos e, assim, se defender.

º ou uma denegatio actionis, impedindo o credor de usar a actio contra o devedor e, assim,
de obter o resultado injusto. Obtém, desta forma, o mesmo resultado, simplificando o
processo.

º Missiones in possessionem- embargos de bens determinados pelo pretor, como meio de


coação justo. O pretor dá uma ordem, assente nos seus poderes de imperium, autorizando
uma pessoa a apoderar-se ou a deter certos bens de outra pessoa (ou que estão na sua
posse), durante um determinado período, com a possibilidade de os administrar e deles fruir.
º Interdicta - O interdictum é uma ordem dada pelo pretor sucinta, imediata e
imperativamente, com base no seu imperium e tomando como fundamento uma aparência
jurídica para proteger uma certa situação que carece dela. A ordem do pretor, tendo efeitos
imediatos, fica condicionada e assim aberta a uma reapreciação sempre possível em
qualquer momento posterior à ação primeira do pretor. Normalmente o interdito é
concedido pelo pretor a pedido de um particular interessado na tutela assim obtida. Pode ,
no entanto, ser concedido, quando é de interesse pública, a pedido de qualquer cidadão
romano (designados interditos populares).

Os interditos podiam ser:

- exibitórios, quando a ordem do pretor se destinava a apresentar ou mostrar uma certa


coisa;

- restituitórios, se a ordem é a de devolver ou restituir uma coisa;

- proibitórios se a ordem do pretor é a de impedir ou proibir que uma pessoa perturbe o gozo
de um direito legítimo de outra.

Os interditos …

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