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CENTRO DE CIÊNCIAS

JURÍDICAS E SOCIAIS –
CCJS
UNIDADE ACADÊMICA DE
DIREITO – UAD
DISCIPLINA:
DIREITO ROMANO
DOCENTE: MS. IARLEY PEREIRA DE SOUSA
AULA 04: DIREITO ROMANO NO ALTO
IMPÉRIO
 Do governo de Augusto à morte de Diocleciano;
 Poderes concentrados nas mãos do Imperador
(primeiro senador, exército, sacerdote supremo,
tribuno vitalício, pai da pátria);
 Zelar pelo fiscus (tesouro privado);
 Diminuição do poder do Senado;
 Magistrados, chefes civis e militares indicados pelo
Imperador (rede de relações de amizade e
clientelismo);
 Extensão máxima do Império;
 Aperfeiçoamento da administração das províncias;
 Pão e circo;
 Dinastias de imperadores: Júlio-Claúdios, Flávios,
Antoninos e Severos;
 Integração política das aristocracias das várias
províncias (Gália, Espanha, Oriente, África);
 Costumes;
 Lex (aleges datae supera a leges rogatae);
 Senatoconsultos – medidas de ordem legislativa que
emanam do Senado. Feitas a pedido do imperador,
por iniciativa deste (oratio principis) e, o Senado,
por subserviência, vota as proposições do
imperador, sem discuti-las. Ela toma o nome da
pessoa que o provocou, não quem teve a iniciativa;
 Editos dos magistrados – neste período, os pretores
apenas reproduzem os editos de seus antecessores. Por
iniciativa de Adriano, o jurisconsulto Sálvio Juliano
(sabiniano) codifica os editos perpétuos do pretor
urbano que tinham permanecido imutáveis desde o fim
da República. Matou o direito pretoriano, mas abriu
espaço para os comentários das escolas de
jurisconsultos. Este edito não chegou aos nossos dias,
mas conhecemos partes dele que foram inseridas no
Digesto (Corpus Juris Civilis);
 Constituições imperiais – emanam
formalmente do imperador, mas são
elaboradas pelo colégio mais célebre de
jurisconsultos da época (consilium principis):
“quod principi placuit legis habet vigorem”
(o que agrada ao imperador tem força de
lei). Com Diocleciano, passa a constituir a
única fonte de Direito.
Podem ser:
 edicta – são proclamações feitas pelo
imperador, ao ser consagrado, do mesmo modo
que os pretores quando assumiam suas preturas;
 mandata – são instruções que o imperador envia
a funcionários da administração, principalmente
aos governadores imperiais das províncias,
indicando-lhes um plano a seguir no exercício de
suas magistraturas;
 decreta – são decisões que o imperador toma, como
juiz, nos processos que lhe são submetidos pelos
particulares em litígio. Seriam como os atuais
acórdãos que podem ser invocados para situações
iguais ou semelhantes.
 rescripta – são respostas dadas pelo imperador a
consultas jurídicas que lhe são feitas ou por
particulares (subscriptio) ou por magistrados
(epistula). NO primeiro caso, a Chancelaria responde
no próprio pedido e no segundo, à parte, com maior
desenvolvimento (em forma de carta);
 Respostas dos prudentes – são sentenças
e opiniões dadas a quem é permitido fixar
o direito, que são os jurisconsultos (jus
publice respondendi). Até antes de
Augusto, não eram autorizadas pelo
Estado, depois dele, são sempre escritas e
assinadas;
 index – contém o nome daquele que teve a
iniciativa de lei;
 praescriptio – lugar em que a lei foi
votada, bem como a referência aos títulos
dos magistrados que tiveram a iniciativa;
 rogatio – objeto e finalidade da lei;
 sanctio – comina penas aos infratores;
 Imperativas, proibitivas, permissivas e punitivas;
Segundo Ulpiano:
 perfectae – leis que infrigidas, ocasionam a
nulidade do ato, mas não impõe pena ao infrator
(Lex Voconia: certos cidadãos instituam uma
mulher como herdeira);
 minus quam perfectae – leis que infrigidas não
anualm o ato, mas impõe sanção ao infrator (Lex
Furia Testamentaria: comina à pessoa que recebe
um legado superior a 1000 asses a multa de quatro
vezes a quantia legada);
 imperfectae – leis que violadas não ocasionam
nenhuma consequência ao infrator (Lex Cincia de
donis et muneribus: proíbe a doação que ultrapasse
certa quantia, mas não anula as doações que a
contrariam, nem comina pena aos infratores);
 mais que perfeita – duas sanções ao ser infrigida:
nulidade do ato e pena para o infrator (Teodósio,
em 438: decreta a nulidade de todo ato que fere
frontalmente texto expresso de lei);
Sabinianos – Capito, Sabino, Cássio,
Javoleno, Sálvio Juliano;
 Proculianos – Labeão, Próculo, Celso,
Nerácio;
 Outras – Papiniano, Gaio, Paulo e
Ulpiano.
CENTRO DE CIÊNCIAS
JURÍDICAS E SOCIAIS –
CCJS
UNIDADE ACADÊMICA DE
DIREITO – UAD
DISCIPLINA:
DIREITO ROMANO
DOCENTE: MS. IARLEY PEREIRA DE SOUSA
AULA 05: DIREITO ROMANO NO BAIXO
IMPÉRIO
PARTE I
 Século I ao III: Pax Romana;
 Gastos públicos com manutenção do exército e
com o luxo da aristocracia;
 Redução do número de escravos: colapso da
economia romana;
 Alta dos preços, falta de alimento, menor
arrecadação de impostos: esfacelamento do
exército;
 Crise Política: assassinato e deposição de
imperadores, lutas entre generais e
senadores, Diocleciano (tetrarquia),
Constantino (Constantinopla: capital do
Império), Teodosio (Império do Ocidente e
do Oriente);
 Colonato: bases para o sistema feudal;
 Cristianismo: propagação da fé, igualdade de todos,
perseguição e martírio, conversão dos povos, Edito de
Milão (fim das perseguições) e Edito de Tessalônica
(391, religião oficial do Estado). O Cristianismo
questionava a divindade do imperador e as leis romanas
que contradiziam o Evangelho;
 Invasões Bárbaras: povos de línguas não-latinas,
migrações (pressão dos hunos, procura de terras
férteis);
 476: deposição de Rômulo Augústulo, queda de Roma e
fim da Idade Antiga.
Constituições Imperiais (leges) – somente
na modalidade de edicta, mas com uma
ressalva: são ordens expedidas pelo
imperador ao Senado ou a qualquer
funcionário;
 Compilações: Pré-Justinianéias,
Justinianéias e Pós-Justinianéias.

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