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Direito Romano

Lei Das Citações


Ensino do direito romano nas escolas (uma no império romano do
ocidente e duas no oriente)

Aparecimento de várias escolas a partir do séc.III há uma necessidade de


conhecer melhor o direito devido à Lei caracala (todos os residentes em
Roma eram cidadãos de roma – facilitação do processo legislativo;
aplicava-se logo o ius civile a uma daa de gente)
Há necessidade de formar pessoas, inicia-se o processo de burocratização
do império romano (criação e formação de gente para fazer as coisas)
A partir de Valentiniano 3 assistimos a um desenvolvimento cada vez
maior da aplicação da jurisprudência nos tribunais devido à lei das
citações. Logo foi necessário educar os juristas em direito.

Escolas:
 De Roma
 De Constantinopla
 De Beirute

Escola de Roma – características:


Surge por volta do sec.III e teria funcionado junto do fórum de Trajano até
à queda do império romano do ocidente teve um grande prestigio.
Tem grande influencia sendo considerada mais importante
Teve muitos alunos e como tal foram criados clausus para limitar tantos
Eram ensinadas as correntes ligadas ao método sabiniano ( Sabino ) e o
método proculeiano (Proculeo)
Na fase final da escola o ensino do direito era marcado pelo ensino do
direito romano vulgar (influenciado pelos povos com que Roma contacta)

Escolas do Oriente
Constantinopla (425 – 1453)
Desenvolve o pensamento do direito romano, saindo dela muitos dos
juristas que acompanhavam os emperadores.

Beirute (200 -
Extremamente importante
Não cria funcionários está mais dedicada ao pensamento do direito.
Formou os juristas que criaram o código justiniano.
Teve como objetivo metodológico o ensino clássico do direito como
outrora se fizera na de Roma (grande conexão entre as escolas).
Repositório do desenvolvimento do direito romano na sua vertente mais
clássica.

A Lei das Citações (séc. V d.C.)


7 de novembro de 426

Antecedentes desta lei: Lei de Constantino de 321 e outra de 328

Na lei de 321 Constantino determinou que não se podia nomear os textos


de Paulo e Ulpiano quando estes fossem contrários aos textos de
Papiniano.
Em 328 vem dizer que as Pauli sententiae podem ser invocadas em
tribunal sendo uma fonte de jurisdição desde que não contrariem as
merdas de Papiniano. Força jurídica preferencial ao Pauli sententiae.
A lei das citações tem este nome pois determina o que pode ser invocado
em tribunal. É direcionada aos juízes, para que estes possam perceber em
quem fundamentar as suas decisões.
Tribunal dos mortos – todos os juristas invocados já tinham todos morrido

Premissas da lei das citações:


 Fixa os cinco jurisprudentes que podem ser aceites pelo juiz:
Papiniano, Ulpiano, Paulo, Modestino e Gaio (todos menos Gaio
tinham ius publice respondenti) (não se sabe se Gaio realmente
existiu, se o nome é um acrónimo dos nomes de outros
jurisprudentes) (a principal obra de Gaio é Institutas)
 Opinião de Ulpiano e Paulo não pode ser aplicada quando contraria
a de Papiniano
 Retoma-se a de 328 – confirma-se autoridade de Pauli Sententiae
desde que não contrariem Papiniano
 Cria-se critério quantitativo e qualitativo para a fixação da
jurisprudência – quando existissem opiniões opostas sobre o
mesmo assunto entre os cinco jurisprudentes segue-se a posição
defendida por mais jurisprudentes; se existir empate nas opiniões
proferidas pelos juristas (se um não se tiver pronunciado sobre um
tema) a opinião de Papiniano prevalece se ele não se tiver
pronunciado pelo tema então segue-se a opinião que o juiz
entender mais adequada.

Decorre da própria lei que Papiniano é o crush do imperador.


Ficou claro que a aplicação da lei das citações que os principais juristas a
serem citados, além de Papiniano, eram Ulpiano e Paulo.
A única liberdade do tribunal é quando nenhum dos jurisprudentes tiver
dado opinião. Ditadura (Bora Samuel) do direito em Roma, limitação
máxima da liberdade de criação de direito.
Justiniano acrescenta que opinião de Marciano não pode contraditar a
opinião do Papiniano.

Caso dos Lobos e dos Porcos -

Teste – 23/11/2022
Não há casos práticos!!!

Distinção do principado e dominado: modo de exercício do poder


P
Traços personalistas de natureza hibrida, forma como os prínceps
foram exercendo as suas funções moldando o estado
Fins – já não há conquista, os cofres estão a esvaziar-se rápida e
perigosamente.
Roma era vista como um ideal mitológico, cheio de força e riqueza –
visão fortalecida pela extensão do território e pela raridade em que a
população podia realmente ir a Roma. (pobres não podiam viajar ☹)
Guarda pretoriana tornaram-se alvo de corrupção. Demasiado
poder militar corrupto, era só roubar. Elegiam os imperadores e tudo era
uma festa.
Ao se cessar a conquista e a guerra, os homens treinados somente
para matar criam instabilidade em Roma, roubando, matando e violando
quem lhes passasse à frente.

DIOCLECIANO SOBE AO TRONO – muitas reformas fixes


Cria regras rigorosas para o exercito de modo a poder disciplinar aquilo
tudo.
Muy terra então divide em dois. Império do Oriente e do Ocidente. (a
dimensão tornava ingovernável o Império)
Cria ideia de “vice-presidente” – dá a cada um dos dois imperadores um
césar, um ajudante que, quando se fosse o imperador, se tornaria o
próximo imperador. (ciclo de césar  imperador  toma um césar  c
torna-se imperador)
D. defendia que os imperadores deviam abdicar após algum tempo de
mandato, pois acreditava que somente alguém ainda novo tanto
fisicamente como mentalmente poderia lidar com a carga de trabalho que
vinha com chefiar um Império.

Maximiniano é um gajo que o D. escolheu para ser o outro imperador


enquanto ele também o era. M. não achou fixe abdicar do trono e como

Queria-se D. novamente no trono, após ele abdicar, como ele não quis ir
raptam-lhe a filha e posteriormente matam-na por ele não aceitar o trono
por nada. (problema filosófico pelos vistos)

NASCE DOMINADO

A Tetrarquia

Os expedientes do pretor
NÃO DIXER QUE O IURISPRUDENTE É UM MAGISTRADO POR AMOR DE
DEYS
Imagem A – pretor

Há intervenientes processuais:
Juiz , pretor, advogado
Três grandes poderes do pretor: potestas, iurisdictio e antes o imperium
A lex aebutia de formulis torna o processo escrito (antes era oral)
Para quê escrever ? Uma pessoa tem direito a se esquecer, volta e
meia, das coisas. Romanos não gostam disso logo começam a fazer umas
cábulas que tornam as coisas mais justas, seguras
Quem tem a axio tem o direito – quando o pretor faz isto reconhece
se faz sentido ir para a frente com aquilo; eram pragmáticos ( e
preguiçosos ) e não queriam andar de um lado para o outro com um
processo que não iria a lado nenhum – pretor pode dizer-lhe logo que
mais vale nem reclamar.

Pretor tinha ius imperium para poder escolher se usa lei ou não, via
que ao usar aquilo ia levar a injustiça no caso em questão logo decidia não
a usar.

Que tipo de direito é que o pretor criava?


Criava direito substantivo ou direito processual.
Direito substantivo – é o direito que nos dá direitos; importa a
matéria; regulam a vida em sociedade
Direito processual/adjetivo – processos; se eu tiver um direito e ele
for violado devo pôr uma ação logo é direito processual

Frequência dia 6
Aula por zoom para esclarecer dúvidas? (fim de semana)
17 ou 18 presencial

Transição do Principado para o Dominado

Poderes que o Princep assume:


 Tribunicia Potestas
 Hkh

Dificuldade de governar um Império tão grande


Governadores de Província nomeados pelo Senado, grande dificuldade
dos cônsules quanto ao governo e as divergências entre governadores que
não reportavam

Centralização do poder no príncipe

Pretora extinta apos edicto perpetuum de Adriano. Surge Concílio do


Príncipe.

Surgem contestações no séc. III


Aparece o Dominado
Divergencia na governação – governadores de provincia cada vez mais
distantes de roma e roma não tem capacidade para lidar com
Édito caracala – reconhecimento como cidadãos dos estrangeiros
residentes em Roma
Estrangeiros podem agora fazer parte das magistraturas, do poder militar
etc.
A coexistência dos vários órgãos na respublica vai se perdendo devido a
estes fatores

No fim do principado já não há conquistas – alteração de ordem


económica e social
Guerra trazia riqueza com os saques que não só aumentavam a riqueza de
roma como pagava os salários dos militares. Trazia também escravos
como mão de obra, número de capturas diminui e como tal precisam de
recorrer a trabalhadores pagos – muda a economia

A economia deixa de ser centrada em trabalho escravo e passa a ser


centrada em trabalho salariado.

Origem do Dominado - últimos prínceps assumem-se como divinos, e


surge o cristianismo, elo importante de transformação do império
(número aumenta rapidamente e eles recusam assumir o imperador
romano como deus – perseguição)

Objetivo Dominado – trazer de volta a velha glória de Roma


Vulgarização do Império, evidenciada pelo edicto de caracal.
Estrangeiros não partilham a cultura romana, as forças entre órgãos
políticos e não têm conhecimento histórico (mores maiorum).
Romanizar – centralizar o poder em Roma; com a dimensão do império
era impossível

Oriente e Ocidente acabam por ter visões diferentes.

Diocleciano quer voltar a por o poder em Roma, criação da tetrarquia. Ele,


como imperador, faz a ligação entre os deuses e a terra, tentativa de
reconstrução de Roma fazendo aquilo que houve na monarquia.
Essa tentativa acaba por levar ao Dominado devido à centralização do
poder.

Medidas de D que transformam P em Dominado:


Centraliza o poder através de um trabalho legislativo inspirado nas
constituições imperiais e através da criação de uma hierarquia
administrativa publica (imperador no topo, todos os funcionários estão
dependente)
Governadores já não tem autonomia são agora nomeados pelo imperador
e representam-no.
Centralizar o poder em Roma como sede do Império – local onde se
encontra diocleciano
Reforma tributária – forma de financiar Roma
Divinização do Imperador – algo de sobrenatural credibiliza a manutenção
da dignidade romana

Medidas não resultam D vê que não consegue unir tudo.

D cria então um novo modelo: a tetrarquia


Governo dos Tetrarcas
Divisão simbólica do império com dois imperadores
(imperador e co-imperador), que irão governar as duas partes do império
(ocidental (D) e oriental (Maximiano)) M intitula-se Augusto
Ambos devem escolher imediatamente os seus sucessores, que vão
assumir poder como titulo de césares, vão ser quase co-governadores com
D e M. Os dois primeiros são Galério e Constâncio.
Dois césares assumirão o poder imperial quando os imperadores
morrerem, quando assumirem o poder devem imediatamente tomar
sucessores. Isto tem como objetivo evitar as lutas de sucessões e as
mortes daí provenientes.

D pensou que assim conseguiria manter a estabilidade do império. D


morre e Galério substitui o no entanto já não consegue tomar um césar
pois os seus filhos entram em guerra. Constantino sucede a Galério e
acaba com a tetrarquia.
Quando M morre Constâncio não chega a tomar o poder porque é
assassinado. Constantino toma o império inteiro para si. Poder
centralizado no imperador que faz constituições imperiais e legislações.

Édito de Milão (313) – autoriza o cristianismo como outra religião do


império romano ao lado do paganismo
Constantino dá parte de Roma (Vaticano) ao papa que o ajuda a curar-se
(com o poder de deus)
Cristianismo vai levar a mudanças no direito romano – traz o principio da
igualdade (perante deus)
Na europa mantém-se a usar direito romano personalista
Um dos seus sucessores Teodósio I vai assinar o Edito de Salónica que
assume o cristianismo como religião oficial de Roma – perseguição do
paganismo
Energias franciscanas (?)
Quando Constantino morre ocorre novamente a divisão de Roma
Período marcado por desentendimentos entre imperadores e guerras.

Codificação, duas compilações privadas (próxima aula; última matéria)

Cronologia clássica
Época pós-classica – 230 a 530

Compilações pós-clássicas
Compilações de legem
Leges Novae – unificação politica do período do principado; poder político
assume a criação do direito romano; compilação do direito
estava tudo confuso logo criam-se os primeiros códigos, o Gregoriano e o
Hennogeneano,
O gregoriano contem compilações de rescrições
O hennogeneano contem as rescrições

Código teodosiano – código oficial, sec. V


Reforma dos estudos jurídicos (escola de Beirute e de
Constantinopla) e da
Publicado e aplicado no oriente (até c. justiniano) e no ocidente.
É o código mais importante, tem 16 livros com maior parte sendo direito
publico, foram empreendidas de coletâneas de ius (doutrinas dos
iurisprudentes),
Coleções privadas de doutrinas
 Pauli sentenciae – final sec. III
 Epitome de Gaio – sec. V – baseada nas institutas de Gaio

Código de justiniano ( o imperador) – o Codex (529)


Inspiraçoes classico romana e grega
Quis fazer uma coletânea que abrangesse todo o ordenamento romano.
Tribuniano e uma data de gajos de uma comissão tinham um mandato
para reunir as coisas todas para fazer o código
Era preciso renovar o outro codigo
Teve vigência curta
Justiniano apercebeu-se que a sua gang de jurisprudentes e professores
de direiro podia fazer mais do que o código

Em 534 aparece a segunda versão do código, o Codex Repetitae


Praelectiones

Durante os cinco anos entre os códigos tribuniano andou pelas ruas bem
perdido à procura de mais iurisprudência. À compilação que criou com
essas iurisprudencias fez o Digesto (ou Pandecta em grego).
Na primeira o Justiniano disse que havia de se encontrar os melhores
fragmentos do direito e expurgar a iurisprudencia de tudo aquilo que já
não fazia sentido e deu ordens à sua team para retirar expressões e
modificar as palavras (interpelou os textos – interveio com o objetivo de
mudar o seu sentido). Obra elaborada em tempo recorde, em três anos
(530-533) posta em 50 livros, divididos em títulos, divididos em parágrafos
que são divididos em frases.
Teses para explicar rapidez
Teoria das massas do digesto  só foi possível fazer aquilo em 3 anos
porque a team dividiu-se em grupos e cada grupo tratava de uma fonte a
compilarem fragmentos de apenas uma mesma origem ; teoria muy
popular
Tese dos pré-digesta  haviam obras antes desta, das quais não temos
conhecimento, o que facilitou muitíssimo o trabalho ; não tão popular
porque Justiniano tava super orgulhoso daquilo e tanto orgulho não
aconteceria se aquilo fosse apenas uma revisão

Citações do digesto identificam a fonte como? D. 1234 (livro 1 , titulo 2 ,


paragrafo 3 , frase 4)

O digesto é visto como a grande compilação de justiniano


J pensou que faltava uma obra para ensinar direito, foi então criada a
institutas de J.
As novellae – constituições imperais novas não incluídas no outro código

Coleção de novellae gregas – gregas porque a maior parte era escrito em


grego,
Corpus iuris civilis – nome dado posteriormente (bue posteriormente) ao
conjunto das obras de J. há quem ache que foram obras mesmo top (foi
muito estudada ao longo da historia) e quem ache que não eram nada de
jeito porque J meio que alterou o verdadeiro direito romano ao adulterar
o sentido das obras usadas na compilação

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