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Direito Romano

1ºAno
1ºSemestre
Regente: Prof doutora Susana Videira
Professores Assistentes:
 Mestre Madalena Santos
 Mestre Francisco Rodrigues Rocha
 Mestre André Caldas
 Mestre Raimundo Neto
Dia 18/09
 “A primeira não se dá, a última não se cobra”
 Base do direito português – Romano
Nota:
 Saber de onde vimos (origem do direito)
 Em direito, há opiniões (nem certas nem erradas)
 Falamos das leis (na maior parte das cadeiras)
 Falamos menos de justiça

 No direito
 Resolve casos da vida
 Não é só ler nem interpretar
 Há justiça
 Ex: Senhora de idade numa casa de Beja
 Temos de pensar na justiça (sentimento desígnio), não é só cumprir
rigorosamente a lei
 Amanhã a professora doutora dá a Bibliografia
Dia 20/09
 Exame Oral: preparar um tópico (não deve ser um tópico geral)

Programa e bibliografia
Percurso do Ano-letivo (fio condutor)

 Direito Romano (Base do direito) (753, 754 anos A.C)


 Rómulo mata Remo- nasce a cidade de Roma
(Século V) 473- cai o império romano e nasce a idade média
(Século VI) Um imperador (justiniano oriente) queria recuperar o direito
Romano- cria documentos (recolhe instrumentos jurídicos e estuda-os)
No século XII, em Bolonha, uma faculdade estuda os textos justinianos e cria
a primeira faculdade de direito
Século XVI (período das trevas- Idade média) (autores humanistas e
renascentistas)
 Querem esquecer os textos justinianos
 E voltam à base do Direito Romano
Século XIX: Escola Alemã
 Situações de direito que tivessem conceitos
 Conceitos mais genéricos até aos mais específicos
 E assim temos o nosso Código Civil atual
 Novo renascimento (o Direito Romano “está vivo”)
 Mas é aplicado de forma diferente
Temos um pouco de influência árabe no nosso direito
Houve vários processos de renascimento e de aperfeiçoamento do direito
A política e o direito são interconvertíveis
 Ex: Direito no poder absoluto e numa república
Roma: começa num Principado (forma monárquica)
 A origem do poder é a guerra
Depois, vai-se para a república (divisão dos poderes)
Muda-se para mistura de República e monarquia (parece uma república, mas
tem um pouco de monarquia)
Depois tornou-se num império
Tendência monolítica e centralizadora (Direito)
 Perfeição técnica do direito
Recuo Político e Social
Gregos é diferente (tem a Pólis)
Os Romanos têm um sentido mais prático
 Patrícios e plebeus
 Têm questões mais práticas (ao nível do comércio)
 + pragmático
 Inventaram a fiança
 Obrigações
 Antigamente, os empréstimos envolviam fisicamente as pessoas,
hoje em dia, um bocado menos

Bibliografia:
 Manual Base: Eduardo Vera Cruz, “O curso do direito Romano” -
 Síntese
 Sintetizou a matéria nos “apontamentos do direito romano”
 Síntese das sínteses:
 Lições do direito Romano (AAFDUL)

 O Prof Vera Cruz, disponibiliza na 1 semana de outubro, na reprografia


“o novo curso do direito Romano”
 Na biblioteca, há fotocopias, há medidas que vão sendo dadas
 O manual que formou a prof: Sebastião Cruz, “Direito Romano”
 Eu escolho!!

25/09
 AAFDUL- “Lições do direito Romano”, Vera Cruz (anterior) (manual
base)
 Depois juntamos os nossos apontamentos (resumos) e pelos
apontamentos do direito Romano
 Livro já não sai no início de outubro;
 Sebastião cruz é bom!!
 As aulas práticas começam dia 30/09

 Fonte do direito: (apela a uma imagem)


 Fonte do direito: modo de formação e revelação de regras
jurídicas;
 O direito pode expressar através de um conjunto de formas e
manifestações
 Formas de direito manifestação (fonte de direito)
 Leis das XII Tábuas, quadros – fontes de direito

 Formas de revelação/ criação de direito - leis


 A lei nem sempre expressa o direito
 Ex: Leis de Nuremberga
 Para os Romanos as leis não são direito
 O direito é muito mais para além das leis;
 Conceito de jurisprudência
 Não vamos conseguir definir direito sem saber primeiro como estava
primeiro distribuída politicamente Roma
 República – período de maior estabilidade
Roma:
Monarquia
República
Principado
Império
Direito: expressão da vontade do decisor

Fases do direito
1- Arcaísmo
2- Clássico
3- Pós-clássico (algum declínio)
4- Justiniano- já no ocidente, queda do império romano no ocidente;

 Direito - bipolarização
 Construção jurídica
Dois períodos: (professor Eduardo Vera-Cruz)
1-Período:
2-Período:
Medida de Octávio Cesar augusto (27 A.C) - principado
 Direito de responder em público (determinante na evolução da
jurisprudência) – atuações de magistrados, juristas
 Posso responder em público, mas para resolver uma solução, iria usar /
agradar o imperador Octávio;
 O direito perde a sua “originalidade“, “divertimento”
 “Princeps”??
 Tudo o que é justiça, para os Romanos, é direito;
 Estabelecemos períodos simbolicamente, para sabermos as formas
políticas e de direito e, Roma;
o É artificial (porque não existe)
o É subjetiva
o É subjetivo, cada autor estabelece o seu;
o Como fugimos a este subjetivismo? Através de marcos
históricos;
o Inculca que a ideia que está antes é diferente do que está depois

 História do direito português, no próximo semestre, há um livro do


Marcello Caetano (que estabelece períodos- divide em reinados)
 As leis da XII tábuas não chegaram até nós, mas como nós
conhecemos bem o período, podemos “reconstruir”
 Definir por épocas: fazemos a periodificação do professor Vera-Cruz,
tendo consciência que há continuidade (não há rutura)

27/09
 Jurisprudência (atualmente): decisões dos tribunais
 A prudência própria da ciência jurídica

 Prudência
 Virtude: contrapõe-se ao vício, é um hábito bom!
o Vício: mau hábito
Prudência- capacidade de discernir o bem do mal,
o devido do indevido e o
o justo do injusto
- Aplicada ao mundo do direito-

“Jurisprudência” (decisões dos tribunais):


 Poder de se fazer impor;
 A lei impõe-se pela força;
 o costume pode ser prudente ou irracional;
Justiça -
Doutrina: se forem coerentes, harmónicas, prudentes
Professor Vera- Cruz: podia resolver casos juristas, diziam os juristas:
“iurisprudentia antiga”
 Iurisprudentia Jurisprudência
Iuriprudentia: Prudência dos juízes, na altura;
Jurisprudência: decisão dos tribunais, hoje em dia;

Política e Direito: São intraconvertíveis


Monarquia 753- 754A.C e 510 A.C
Roma é uma monarquia (instável)
Quer ser república: 367 A.C (na república é estável, o direito evoluiu muito)
Os relatos históricos do período monárquico, tem propósitos
comprometidos (as certezas são muito poucas e as convicções são
abaláveis)
Roma: tinha um Rei;

Nível Sociológico
Monarquia: tinha 2 instituições
1-Família (base)
Há uma diferença de família em relação entre épocas e países;

- Família cognatitio: laços de sangue /parentesco


- As famílias em “Roma” agnatitio: é se membro da família, não há laços de
sangue mas sim de subordinação (ao pai)
 Era habitual que uma família, ficasse subordinada a outra família,
alargando a família (subordinados pelo “pai”)
 Se um filho cassasse, ficavam todos submetidos “ao pai”
 Se houver uma traição, é o “pater” que defende essa pessoa, só ela;
 Se alguém morresse, era o pater que distribuía os bens do defunto;
 Várias famílias integravam os “gens”
2-Agentes (pertença gentílica) – “gens”
 Conjunto de várias famílias (clã)
 Organização gentílica liderado por um “patrono” (lidera a “gens”
romana), relação de clientela;
 Dever e direito: correlativa
 Cada família tem um pater e por cima deles há, um patrono

 Direitos e deveres:
1-Proteção do patrono em relação ao cliente;
2-O cliente deve ser leal ao patrono;
o Subordinação jurídica;
Inventaram o contrato;
Honra
Palavra “dada” Muito importante para os Romanos
Lealdade

Como se faziam os contratos em Roma:


 Davam um pouco de terra ou uma folha de uma oliveira (davam
muita importância à “palavra dada”)
 Acordo simbólico de palavras (não há contratos escritos)
Se algum cliente violava os direitos para com o seu patrono, tinha a pena de
morte (conforme consta na pena de morte)
NOTA: Roma está divida em dois grandes grupos sociais:
Aristocracia / nobreza romana: Patrícios (Patrono)
População Romana: Plebeus (Clientes)
Um cidadão “plebeus” não tem direito político
Quem está numa relação em termos de dependência, os plebeus em
relação aos patrícios
Patrícios: exploração latifundiária, tinham escravos a explorar as terras (os
escravos não são pessoas, mas sim coisas) - hediondo;
 Só os patrícios é que tem terras;
 Só os Reis é que podiam julgar;
 Só os Deuses é que ditavam o Direito;
 Os sacerdotes pontífices: são patrícios;

 Nem todas as famílias trabalhavam nas terras (plebeus)

 Os Plebeus começam a dedicar-se ao comércio: cidade de Lácio;

 Quando o último rei etrusco morre, a cidade fica fragilidade, aumenta a


importância do exército romano;

 Roma protege-se (defesa) e expande-se (expansão);


 O exército tem muita infantaria (Plebeus)
 Tem poderes económicos e militares;
 Poderes políticos: não tem os Plebeus
 Os plebeus que vão para o exército começam a querer ascender da
infantaria para a cavalaria, e por isso, querem começar a ter poder
político;
Cavalaria - São poucos;
Infantaria - (há muitos poderes)

2/10
Curso do direito romano: já está no site?
Lições aproximadamente: sexta feira

 Monarquia: 753-754 AC até 509 AC


 Famílias em Roma: autoridade
 Lei das XII tábuas está na Net; vamos estudar nas práticas;
 Pater tem o poder absoluto (vida/morte)

 Conceito de clientela: patronos e clientela


 Comércio, muito importante;
 Querem ascender dos direitos políticos – plebeus;
 O Rei tinha a competência de propor leis para serem aprovadas pelo
Comício;

Monarquia- Rei
 Rei: comanda o exército (muito importante na organização política de
Roma;
 Administra a cidade
 Primeiro magistrado, penaliza os criminosos;
 Tem a função de propor as leis régias? – não há consenso entre
especialistas
 As leis de iniciativa régia, não se sabe se houve ou não, por Papiro
 Denuncia a influência etrusca (ler os auspícia - tinha um conteúdo
sagrado, lê os sinais através da interpretação do voo das aves –
previsão do futuro);
 Contorno sagrado (mediador entre Deus e homens)
 As leis de iniciativa régia, não se sabe se houve ou não, por Papiro
 O Rei tinha a competência de propor leis para serem aprovadas pelo
Comício (leis extraordinariamente diminutas)
 Manto púrpura- influência etrusca
 Trono – símbolos da dignidade régia;
 No Lácio, reina a Etrúria
 Passa a ser dominado pela Etrúria – 1ºRei romano, Tarquínio. Governa
de forma despótica;

Senado
 assembleia dos “Pater” (só à patrícios)
 Antigamente eram escolhidos pelo Rei
 eram feitos uns recenseamentos de importância das pessoas (poderio
económico)

Comícios- assembleia que tinha os “cives” - povos de Roma


Clero- concílios

 Como se ascende a dignidade régia?


 Recuperar a instituição e direitos Romanos;

Sucessão
ROMA: Hereditariedade e eleição;
Senado
Outra forma: Interregno (Período)/ Interex (Rei)
 Quando o Rei morre: Senado governa e lê os sinais auspicias +
designar por proposta o futuro Rei (O poder foi entregue a um dos
senadores e propõe em 5 dias aos Comícios a leitura dos auspícia
(voo das aves – ver o futuro)
 O comício (Povo) tem de analisar a proposta;
o Lex curiata de imperium
 Senado: apenas patrícios, escolha do rei, recenseamento pela sua
riqueza
o Aconselhamento ao Rei (mais idosos, mais sábios)
o Auctoritas – saber socialmente reconhecido
o Ratificar as leis (leis régias- proposta pelo monarca e aprovadas
pelos Comícia; mas primeiro são ratificadas;

o Criador de uma fonte autónoma: “Senados consultum” -aconselhar


os magistrados, Rei (não confundir)

o Ratificar os tratados internacionais

 Tarquínios trouxeram organização à política (simbolismo do trono,


Coroa (quando este morre, Roma já não quer a absolutização do poder)
(Sensor: magistrado que organiza o Censo- guardião dos costumes)

 Aconselhamento ao Rei
 Os mais velhos eram os mais sábios (Pater)
 Conceito de auctoritas: saber socialmente reconhecidos, muito
prestigiado

 Plebeu: só entra no Senado em 312 AC (grande luta)


 Um Rei despótico não convoca o Senado

4/10
 Direito serve uma sociedade, para a qual foi criado;
 Ponto de vista sociológico: patrícios e plebeus;
 Política e Direito: são conceitos intraconvertíveis
 Monarquia: Rei;
 Direito, Moral, Religião e Política era tudo a mesma coisa;

 O Rei não governa sozinho em Roma (também tem o Senado)


 Os últimos Reis eram cada vez mais absolutos
 Se o PR promulga um decreto de lei, vai de Belém a S bento, para ser
assinado pelo PM
((Silvestre Pinheiro (grande jurista))
 “Comitia Curiata” (tinham todos os cidadãos de Roma- patrícios e plebeus)
- aprovam as leis
 Propostas pelo Rei à assembleia do povo e depois aceitava ou não;
 O Senado só retificava;
 Práticas ancestrais: …
 Rei propõe e assembleia do povo aceita e o Senado retificava;
 As leis têm orientação horizontal:
 Isto é, todos os órgãos estão ao mesmo nível, o Rei propõe as
leis, assembleia do povo aceita e realiza-as e, por fim, o Senado
retificava;
 Antes, havia as leis em sentido vertical, onde havia uma hierarquia
para a elaboração de uma lei, isto é, nem todos estavam ao mesmo
“nível”
 Aprovar as leis régias (todas as leis são régias)
 Aprovar o novo Rei
“Comitia Centuriata”: decidir a guerra ou decidir a paz

Senadus consultum é do processo de intervenção do Senado

Aconselhar os magistrados, o Rei

 As mulheres, crianças, escravos e os estrangeiros não são cidadãos;

Só são cidadãos
 Filhos de pai e ou mãe Romanos
 Que nunca tivessem sido escravos;
Que o Senado permitisse/ concedesse a cidadania;
9/10:
 Ler AAFDUL lições
 “Potestas”
 Direito: “conjunto de regras que resolve caso da vida, com o valor maior
da justiça”
 Regra: Comando imposto por uma identidade permanente;
 Começam pelos sacerdotes pontífices, depois ocorre a secularização;
 Roma: foi
 monárquica (autoridade dos pater)
 É governada pelo Rex;
 Organização Gens (hegemonia patrícia)
O IUS ROMANO NÃO SE DISTINGUE DO FAZ
 O direito ainda está um pouco confundido com a religião;
 Roma: equilíbrio desarmónico (Senado e assembleia do povo)
 “Comitia Centuriata” e “Comitia Curiata”

Os sacerdotes pontífices: ligação entre os homens e Deus: dai surgem as


normas/leis

 S. Tomás de Aquino, morre a 1274: o Direito deve expressar a justiça


(principal fonte)
 Justiça: Constante e perpetua vontade de atribuir a cada um o seu
direito (equidade)
 Os sacerdotes jurídicos foram os primeiros iuriprudentes;
 Devem expressar a solução normal para os casos concretos;
 Os sacerdotes (intérpretes) invocam os Deuses, para ditarem a
solução justa para o caso concreto;
 Atividade iurispridencial:
o Primeiramente, opinião dos Sacerdotes pontífices;
o Eles têm autoritas: saber socialmente reconhecido: pretendem a
pacificação social
Colégio dos Augures: não tem função política, mas tinham a
função de invocar os deuses (leitura das tripas- vísceras- dos animais)
Mais tarde o pretor, administra a justiça em Roma;
A Jurisprudência hj em dia é a opinião dos tribunais: é “imposto”
pela força

PASSAGEM PARA A REPÚBLICA

O poder do Rex e a organização dos gentílicos é menor, e o poder


autárquicos dos Tarquíneos
 Aqueles que vão à frente: cônsules:
Exercem a sua funçõ de um 1 ano
o Eleitos pelas Assembleias populares, prestam conta da sua
governação
o No fim do mandato, prestam contas à assembleia popular;
o Plurais (dois: o mais velho e o mais votado): governam a cidade;
o O mais novo é o mais votado;
o O mais novo comanda o exército;
o Estão sujeitos à intercessio do Clero (qualquer um dos cônsules pode
anular a decisão do clero

Maior estabilidade (tentativa de pacificação social)


509-510 A.C
Período de forte instabilidade (mau para os plebeus- Comércio;
fronteiras mal definida )
367 A.C- Roma passa para uma República

15 minutos antes da aula: espaços de dúvidas


Etrúria, Tarquíneos e etruscos??

11/10
 Transição para a República 509- 510 AC (queda do último rei 367 AC
 Instabilidade externa e interna (luta pela equiparação entre patrícios e
plebeus)
 Lei de 509 AC (luta pela paridade!)
- Provocatio ad populum:

A pena de morte aplicada a um cidadão romano promulgado pelos


magistrados podia ser revogada pela assembleia populus (constituída
por patrício ou plebeus)
Um cidadão condenado à morte, podia revogar a pena de morte;
- Leges liciniae sextiad: são importantes

Patrícios:
 Poder económico, político e prestígio social
 Integram o Senado
Plebeus:
 luta pela paridade (paz), ficarem “iguais”/mesmo estatuto aos plebeus;
 Tem poder económico e querem começar a ter poder político;

Como é que o direito existia em termos de produção?


 O que são os maiores maiorum?
Tradição de uma comprovada moralidade: corpo normativo de regras
não escritas;
 Resulta do trabalho da interpretação dos prudentes e mais tarde, dos
sacerdotes pontíficies;
 Traduzem direito!
 prudente: não decide, não é um juíz tem iurus prudente:
 Quem o faz é que tem o saber socialmente reconhecido;
 Pretor:
 450 Ac:

 leis das XII Tábuas: traduzir a regras do direito, expressar os mores


maiorum em regras escritas;

Código decenviral: regras do estatuto de Pater Família,etc…


Contrato, vínculo entre duas pessoas
O objetivo é atingir a maior segurança

16/10
Augures: colégio dos augures: patrícios interpretar os sinais, mais vias de
interpretação dos sinais dos deuses
Auspícia: voo das aves (as vezes, não é suficiente)
Pontífices: ditar o direito

REPÚBLICA
 Cives: cidadãos 367 Ac
 Luta pela paridade (igualdade entre patrícios e plebeus)
 Tribune da plebe: magistrado com função de defender os interesses da
plebe;
 Leges liciniae sextiad: (acervo normativo) Conjunto de leis. Uma das
leis que permite que um dos consulados, um cônsul pode ser plebeu
 Não foi logo que isto aconteceu; Os magistrados não são
renumerados pelos cargos públicos. Por isso é que os Patrícios
eram os dois cônsules;

Empréstimos dos Patrícios para os Plebeus


 Patrício: mutuante
 Plebeus: mutuário
 Os juros eram escolhidos pelos patrícios;
 Os juros estão sempre a aumentar

 3ºlei: 500 jeiras/hectares dos patrícios

 4ºLei: Os guardas dos livros Sibilinos, metade seriam plebeus e metade


seriam patrícios;

REPÚBLICA: período mais estável: 367 AC e 27 AC


 “Equilíbrio”
 4 conceitos
Maestas (Naistas) Povo
Autocritas: Senado
Imperium: Magistrados (alguns não tem império)
Potestas: Magistrados (todos têm)

Maestas:
“a soberania”
 A república é património do povo
 O povo tem a soberania
 O governante sozinho não aprova uma lei;
 O povo é mt importante;
Potestas
 Posso dar ordens e obedecer;

Autoritas:

 Não se impõe pela razão da força, mas tem força pela razão
 Saber socialmente reconhecido;

Império:
 representa o povo de Roma;
 Convocado na assembleia do povo e preside as assembleias
 Comandar o exército
 Magistrados maiores
NOTA: O poder de império, para a assistente, é trocar potestas e
imperium

Cives: cidadãos
 Quirite = cives = cidadãos
 Conceção da cidadania / nacionalidade
1ª Nasceu em território Romano e fosse filho de pais Romanos;
2ª Ou filho de pai romano e mãe estrangeira, se o matrimónio
fosse concedido pelo direito Romano (consanguinidade);
3ª filho de mãe romana e pai estrangeiro; (ius sanguis)
4ª Todos aqueles que os magistrados considerem, a condição de
cidadão pelos serviços prestados a Roma

 Comício das cúrias (na Monarquia tinham mais poder e depois na


República perdem um bocado)

 Comitia curiata: assembleias que convocam o povo- rituais

 Elegem os magistrados (com império) mais importantes;


 Decidir a guerra ou a paz;
 Fazer as “
Soberania popular:

18/10
 Cúrias: obrigações políticas e obrigações militares;
 Tinha 10 cúrias;
 Ofereciam homem para os exércitos;
 Organização interna:

República:
367 a.C a 27ª.C
 Até ao Octávio César Augusto se intitula de Princeps
Império dos magistrados:
 Comando dos exércitos (Cônsul e Pretor)
 Presidir e convocar: Comitia Centuriata
 Decidem a vida ou a morte de um cive;

 Assembleia popular:
 Comícia curiata (não tem funções políticas: Rituais)

Comícia (cives) tributa:


- Funções políticas relevantes (um bocado menos relevantes);
- Convocar as assembleias do povo;
- Eleição de magistrados menores;
-Aplicação de penalidades (multa) por ofensas cometidas;
-Função de deliberar de assuntos que importavam ao povo
– Quando se trata de eleger um magistrado abaixo de si, os magistrados
maiores podem presidir para eleger os magistrados menores;

Concilia plebis (só plebeus):


- Exclusivamente para a luta de paridade entre plebeus e patrícios;
-Aprovam normas que salvaguardam os interesses dos plebeus =
“plebescitia;
- Evitar que que Roma caísse no foso societário anterior;
- Aprova normas (salvaguarda os interesses dos plebeus), porque depois a
vincular primeiro aos plebeus e depois aos patrícios em 287 AC
- A partir deste período já não vai haver nem patrícios nem plebeus, mas sim
uma classe de cives;
-Depois vinculam os plebeus;
- Tribunos da plebe: magistrados que salvaguarda os interesses da lei;
vemos na próxima aula
23/10
República- equilíbrio
Maestas- povo;
Assembleias populares- povo exerce o poder (maiestas= soberania)
1-Comitia Centuriata
2- Comitia Curiata
3- Comícia tributa
4.Concilia plebis (diferente composição- só tem plebeus- elegem o tribuna da
plebe) - aprova os plebisicta
Lex = ato aprovado pelo povo unido em comicia
Constituições imperiais= pelo imperador;

Senado:
 Dimensão internacional;
 Vacatura do lugar;1
Soberania- continuidade do Estado, o poder tem de ser continuo o Senado na
continuidade da governação
 Emite opiniões: aconselha = Autorictas
 Fonte de direito: Senadoconsultum
 Autorictas pratum- intervenção no processo de aprovação das leis

Magistrados
Potestas: todos tem, mas nem todos tem império;
 Magistraturas plurais, corpo de magistrados “Cursus honorum” - A
Carreira das Honras”;
 Dentro de cada magistratura, temos mais de um titular (Colegidade) –
Exceção: Pretor
 Gratuitidade: o desempenho do cargo não tem renumeração;
 Por isso que em 367 AC, quando foram admitidos os Plebeus nas
magistraturas, estes não podiam ir para lá, porque não havia
renumeração (só os mais ricos podiam ir)
1
Tempo durante o qual um cargo não está preenchido
 Progressão – cumprir as etapas (que quem avançasse tivesse
desempenhado o cargo de magistrado anterior) – Não se pode
acumular cargos;
 Todos tem império, alguns não tem império

 Censor (+ importante)( exceção)


Guardião moral, não têm império
 Cônsul;
 Pretor;
 Edil
 Questor (- importante)

 Magistrados maiores: Cônsul, Pretor


 Magistrados menores: Edil, Questor
Intercessio: pode-se vetar as decisões dos colegas ou de magistraturas
menores;
Exercício descendente ou ascendente
 Magistraturas:

1-Ordinários: constituídos em permanência (Censor, Cônsul, Pretor,


Edil, Questor)

2-extraordinária: manter o equilíbrio nas magistraturas, com


mecanismos extraordinários para evitar a revolta. Em determinados
momentos eram necessário aos magistrados extraordinários;

 Poderes muito relevantes- poder imenso;


 Às vezes, eram “chamados” no dia anterior;
- Ditador (diferente dos dias de hoje):
- Tribuna Plebis: elege o tribuna da peble

312 a.C.: Permissão de uma plebeu a uma magistratura;


367 a .CA.: Legis Licinae Sixtiae
Estão durante um ano e prestam contas;
1ºCensor:
 18 meses + eleito por um período por 5 anos
 Eleito pela comicia centuriata
 Recenseamento – para a presença do Senado;
 Não tem império;
 Poder incomensurável

Cônsul:
 Comanda os exércitos
 Representa o populus de Roma;
 Governa a cidade de Roma

Pretor ( a prof vai dar 2 aulas de isso)


Administra a justiça

Edil:
 Funções de Segurança interna (policiamento, fiscalização)

Questor (- importante)
 Gere o erário público (tesouro) – finanças;
 Aplica as receitas

 PARA COMEÇAR PELO PRETOR É NECESSÁRIO

20 anos;
Não pode ser escravo, nem filho de libertos;
Não pode ser sido condenado

 Idoneidade: Revela alguém conveniente, apto, capaz, que possui certas


condições para desempenhar certos cargos ou realizar certas obras.
25/10- Magistraturas
 Pluralidade:
 Colegidade: Excesso pretor (é único)
 Gratuitas;
 Processo eleitoral;
 Prestação de contas;

Direito em responder em público: começou-se a comportar-se de forma


diferente

1º patamar: Questor
 mínimo 28 anos
 determinado estatuto
 Agora é uma questão de tempo para subirem nos patamares;
 Não se pode ter sido condenado
 Ser ingénuo (n se pode ser escravo liberto ou filho de escravos libertos)

Tribuno da plebe (exceção): restrito


Magistratura Extraordinário:
tribuno da Plebe- paulatinamente reforçado, “potestas grande”
 Intercessio (paralisar o ato de qualquer magistrado) sobre os atos de
qualquer magistrado;
 Convocar o Senado;

Ditador- diferente conceito que atualmente é


 Constituição material: de todos os tempos;
 Senado- fortíssima perturbação, instabilidade, afasta-se a constituição
material e chega este magistrado;
 A normalidade normativa não é suficiente;
 Iminente Guerra civil;
 Atitude drástica;
 O Cônsul indica quem irá ser o Ditador, durante 6 meses e os outros
são afastados (cônsul, pretor) -fica com poderes plenos;
 Repor a ordem;
 Não presta conta dos seus atos;
 Reposta a ordem, reposta a normalidade normativa;
 Se não for suficiente, os órgãos competentes ou escolhem outro ditador
ou prolongam o mandato deste;
 Não há usurpação de poder;
 Se estes abusavam no poder, criou-se o senatosconsultum;

PRETOR
 Administra a justiça – Função essencial;
 “ius publici respondendi”- direito de responder em público.
direito que se vai criando paulatinamente (monarquia, transição para a
República.)

 Condicionado pelo programa de ação que o vai eleger;


 Tem de se apresentar perante os Comícia (o seu Edicto -Edicto do
Pretor) – limita o Pretor

 conjunto de medidas, preocupações diárias, que o Pretor considera


prevalente;
 As áreas de justiça que mais interessavam, para ele administrar;
 Direito ao repouso;
 Direito à propriedade

Édito repentino?

Como é que o Pretor trabalhava?

30/10
 Pretor: cria direito (ius praetorium) e administra a justiça
 Exceção à colegidade (só há um)
- Contraria um pouco o “ius civile”

 Ius honorarium (direito criado pelos magistrados): coloca-se ao lado do ius


civile (imperador, leis aprovadas pelo povo)
 Decreto/Edito: programa de atividades que o pretor apresenta, ao
apresentar-se ao cargo e era passado a escrito;
 Antes não era obrigatório;
 O Pretor tem de corresponder aos objetivos por ele
estabelecidos;
Edito: no momento inicial, estabelece responsabilidades que quer
cumprir; Está autovinculado ao Edito;
- Ex: mala que pertenceu a uma figura pública: alguém quer
comprar e afinal esta mala não pertenceu a uma figura pública
(dolo- engano?)
 Editos repentinos: numa situação que não abrange o ius civile, o pretor
passa a abrangi-lo;
Em Roma, a cada direito deve corresponder uma ação (axio?)

Lei das XII tábuas


-Perante o magistrado
-Perante o Iudex

2ªfases:
- “In iure”-Pretor
- “apud iudicem”- Juiz- o Pretor “desaparece” e aparece o “Iudex”- espécie de
juiz (condena ou absolve)

Iudex:
- Não é um iurisprudente;
- É um homem bom, com prudência

Até 130 a.C:


 processo oral mesmo tipo de prática, mesmo tipo de intervenção (muito
ritual, fechado)
 O Pretor olhava para os “ius civile” e dava ou não dava a axio à situação
em concreto,
Depois de 130 a.C:
Interprete do “ius civile”
Separamos o ius honorarum do ius ius pretorium
 O pretor cria direito de forma indireta, isto é, dava ou não axcto):
integração do Pretor peregrino
 Fórmula: escrito: dada ao iudex: consoante a prova constituída:
 Pretor: potestas (tem todos os magistrados) + imperium
Pretor: Julga mas não condena nem absolve
 Lex aebutis de formulis – 130 a.C
 Maior liberdade do Pretor (já não está condenado ao “ius civile”)
 Introduz a forma escrita, cria ou não a “actio” para o Iudex;
 Tem o poder de iurisdictio
 Tem toda a liberdade de:
-Viver honestamente;
- Não lesar o outro;
- Atribuir a cada um o seu direito;
“Actio”: ação
Código processual civil – CC
“Estipulatio”: obrigação “obligatio” o contrato entre civis;
Duas palavras:
“Spondes”
“”
Quem diz “Spondeo”- ter uma “obligatio”- dever;
Quem diz “Spondes”- tem a “actio”
Se for um estrangeiro, diz: “prometo”: “Fideo promitio”
Se houver algum litígio, vamos ao pretor (este pode não dar “axio”)
Actio- (direito de reclamação) só existe para uma correta “estipulatio”

Expedientes com base na iurisdictio


Expedientes com base no imperium:
- 4 expedientes

1ºExpediente do Pretor: O Pretor tem poder de imperium: o pretor pode


mandar criar uma “estipulatio pretorias”, se anteriormente fosse mal feita;
O Pretor abdica um pouco do “ius civile”

 Forma escrita: ordem dada ao Iudex

6/11
(Editos: 2 tipos não apanhei)
Exerce o decretum: casos da vida

Como é que o Pretor aplica o direito (antes da lex aebutia di formulis,


130ª.C) – concede a actio
 “Ius civilie”- direito dos cidadãos.
- Nasce de diversas fontes (surge dos mores maiorum)

 Quem é que interpretava os mores maiorum? “os sacerdotes pontífices”


- iuriprudentes- tem “auctoritas”; interpretação
“Iurisprudentia”: principal fonte de criadora do “ius civile”
Lex: fonte criadora do “ius civile”

Mais tarde, os Princeps: no principado – regras imperiais;

Costume – consuetudo (direito consuetudinário)

“Ius civile” ius honorarium (criado pelo pretor urbano, peregrino, Edil
curúis e governador das províncias)

Ius honorarium (carreira das honras) parecido ao ius praetorum (direito


criado pelo pretor)

Nem todo o “ius honarium” é criado pelo pretor


O direito criado pelo pretor envolve o “ius honorarium”

Ius preorium (autovinculação aos Editos)


 Administra a justiça nas causas cives;

 O Pretor concede uma actio- ter direito;

 Romanos: uma situação merece o direito: dá-se uma actio


Ex: “Stipulactio” (verbal, formal e solene)
Pretor tem 3 princípios:
- Viver honestamente;
- Não prejudicar os outros;
- Dar a cada um o que é seu;

Se o Pretor tem de ver se uma situação tem ou não o ius civile ( se é


abrangida ou não):
Expedientes:
1.Poder de imperium: (stipolactio: obligatio + actio)
 “Stipulaciones praetoriae;”
 “Restitutiones in integrum;”
 “Missiones in possessium”
 “Interdicto”

2- Poder de iurisdictio (surgem mais tarde, não anulam outros expedientes do


poder de imperium)
 Actiones praetoriae; (Pretor cria diretamente “ius”, concede a actio;
depois da lex aebutis di formulis)

 Actiones in factum conceptae; (Pretor concede a proteção jurídica,


quando não é abrangida pelo ius civile)

 Actiones ficticiae (ações fictícias); Cria uma invenção para administrar


a justiça”
ex: “pode ajudar o devedor juridicamente”

 Actione utiles: o Pretor aplica por analogia, “actiones” a casos


semelhantes do ius civile)

 Actiones adiecticiae qualitatis: responsabiliza o Pater famílias, total


ou parcialmente, pelas dívidas de um filius ou servus;

Expedientes do Pretor- com base no poder de imperium


 Stipulaciones do praetoriae:
- Antes de 130 a.C (Lex aebutia di formulis): ainda não cria ações
próprias;
- Se vê uma situação injusta: tem de fazer algo;

Expediente 1: Stipulaciones pretorium (poder de império)


 Não é válida pelo “ius civile”, mas o pretor acha que é válida;
 Antes de 130 a.C (lex aebutia di formulis): nova “Stipulatio”: assim já
pode dar a “actio”;

Expediente 2: “Restitutionem in integrum” (é o caso inverso do 1º


expediente)
 Válida de acordo do “ius civile”, mas não devia;
 Por exemplo: atualidade vício, fraude (dolo- com vontade de prejudicar)
 Alguém é obrigado a fazer uma “Stipolatio” falsa (ex: não deve nada)

Pretor pode agir das duas maneiras (a segunda é melhor)


 nega a “actio”
 Ou pode anular a actio (repor a situação no momento), isto é, ambas
revogam a “actio”;

(O juíz é a mera boca que refere a lei)


O PRETOR TEM IMPERIUM

Expediente 3: “Embargos de bens”2 Missiones in Possessionem


 O “Ius civile” não permitia o embargo dos bens”
2
o mecanismo processual à disposição de um terceiro destinado a impugnar e a paralisar a penhora ou qualquer outro
ato judicialmente ordenado de apreensão ou entrega de bens quando este seja suscetível de ofender a posse ou
qualquer direito incompatível com a realização ou o âmbito da diligência que esse terceiro exerça sobre o bem
penhorado.
 O Pretor podia “Embargar bens”;
 Também fazia o embargo de uma percentagem do património de
alguém)
 Embargo: o Pretor cria

Expediente 4: “Interdicta”
 Ordens dadas pelo Pretor às Partes, para proteger situações;
 Dizer que o bem está na sua posse (impedir a delapidação do
património)
 Quando o Pretor cria uma “ordem”- “Interdicta: paralisar algo”

Tipos de Interdicta: exibitório,restitutórios,proibitórios e ainda possessórios;


 O Pretor pode pedir a uma das parte que lhe devolva o bem
emprestado;

Isto tudo em nome da justiça

8/11
FASES HISTÓRICAS DO PRETOR:

1ª “Legis actiones”: até meados do século II a.C


2º “processo formulário” séc II a.C até ao séc III
3ª “Processo extraordinário”

Fases jurídicas:
Da 1ª e da 2º fase
Ideia fundamental: dois momentos distintos (“in iure” ou “iud apudicem”)
In iure: Pretor (não é só o pretor que tem a iurisdictio)
 Edil curul: também têm “iurusdictio”
As partes expressam o seu litigio;
iudicem: o juiz é escolhido pelas partes e o juiz (iudex) condena ou absolve
Iudex: cidadão normal de Roma (não existe FDR- Faculdade de Direito de
Roma) - orientação condicional dada pelo Pretor;
“1ºLeges actiones:” são declarações solenes acompanhadas por gestos
rituais que o particular diz à frente do magistrado; expressar a sua ideia;
- Há frente de todos (repetir uma ideia,” lenga lengas”: declaração solene,
sacramental);
- O particular tinha de exercer o seu direito;
Anterior à Lei das XII tábuas;
A Leis das XII tábuas: vai regular as “leges actiones”;
Podemos ver no livro do Sebastião Cruz (82 e seguintes)
 Dirigir-se o monopólio da interpretação do direito;

Pretor
 Dimensão religiosa com os “mores maiorum,” sacerdotes pontífices foi
paulatinamente desaparecendo e aumentando a reputação dos
magistrados;
 Não se sabe bem o papel, do Pretor nas leges actiones;

 “Denegatio actiones”: não hã ação: proibitivo

 Fase primitivo não existe dar a “actio”;

 Faculdade importantíssima: “actio ou não actio;”


Pretor: Verificava se a parte utilizava a leges actio adequada, isto é, se a
“lenga lenga” era igualzinha – (fase arcaíca)
 Fase arcaica, primitiva- a sociedade não estava completamente
construída; (sociedade rural)
Não se podia ser “gago”, “atrasado mental”- quem pronuncia-se uma
palavra mal, estava mal;
Não havia formulação do direito
Substituir o processo era necessário (tinham de seguir a fórmula)
CARÁCTER RELIGIOSO- colocar sempre “mores maiorum;”
 O poder dos sacerdotes diminuiu, perdem o monopólio do direito;
Os intérpretes ainda eram patrícios

Particulares sabedores do direito- jurisconsultos; (antes eram os


sacerdotes pontífices)
Progressiva laicização do direito;
O pretor tem + poder: deixa de ver se a “lenga lenga “ está correta, e passa a
ter uma perceção material do caso;

2)Processo formulário
Começa com a lex aebutia di formulis (130 a.C): legaliza o processo
formulário ( com carácter facultativo/ opcional)
As partes ou escolheriam ao “legis actiones” ou a lex aebutia di formulis
- Há uma doutrina defendem que não substitui todo o processo das “legis
actiones”, só uma (Legis actio per conditionem)

Ficamos aqui!!!
“Per concepta verba”- Leis passadas a escrito; temos exemplo no livro do
prof Sebastião Cruz;

Processo formulário: é um pequeno documento redigido pelas partes e


pelo magistrado condensa o litígio existente:
- Enquadramento da pretensão deduzida
E, (o magistrado dá uma ordem condicional) diz (aconselha) ao Iudex se
é para absolver ou condenar;
13/11/2019
 Concluir a atividade do Pretor;
 Acabar o “ius pretorium”
 Início do principado = O direito altera a sua forma mais significativa;

Importância do Pretor:
 Pretor: NÃO SE COMPARA AOS JUÍZES ATUAIS
- Atualmente, o juiz está sujeito à lei
- Pretor aplica o “ius civile”;
- Corrige e amplia o “ius civile”
- Dois expedientes:
. Stipolactio;
. restitutuiones integrum

 Administra a justiça;
 O Pretor foi fonte de Direito
 Administra a justiça

Processo formulário (revisão)


Fórmula: ordem escrita dada pelo Pretor ao iudex, o pretor é “feito
medida”
O Pretor não é um jurisprudente;
Pretor:
 1ª Cria uma ação própria ( nova stipulatio)
Pode não abranger o “ius civie”

Stipulactio:
Credor – “actio” – como proteção
Devedor- “obligatio”
Axio concedida ao credor;
Exceptio concedida ao devedor

“Exceptio”- atribuída ao devedor, de o “desobrigar” do cumprimento da sua


obrigação;

Pretor:
Depois de 130 a.C (Lex aebutia di formulis)
- Nega “actio”;
- Cria uma “actio”
- “Exceção”
 Pode criar direito através de ações

Ações: Expedientes com base no poder de iurisdictio do Pretor


1ªQuando não está prevista no “ius civile”
2ªPossa criar uma ação semelhante ou analógica para situações próximas
(toma por base o que já existe)
3ªAção fictícia: recorrer a ações fictícias para resolver casos;
Ex: cria-se uma stipolactio, contrato mútuo, fixar que o mês acabou mais
cedo, tempo no contrato já está cumprido;
Limites do Pretor: chegar a solução justa, chegar ao caso concreto;
Ter actio é ter “ius”
4ª: Em certos casos, responsabilidade parte ou totalmente pelo “pater
famílias” pelas dívidas em que ele não interveio no momento da constituição
(pater famílias não estando presente podia ter que contrair a dívida a um dos
membros da sua família ou escravo)
Justiça: dar a cada um o que é de direito
Juiz:”boca dalei”, “não faz nada”;
O juiz está condicionado à lei, mas pode “Defraudar a lei em nome da
justiça” – exemplo do caso da idosa no 1º dia!!! Ficou com ela, deu em troca a
sua “segunda casa”

- Pretor atualmente: parecido aos tribunais


Ver: “Capitas diminutio” e “Litis contestatio”

15/11/2019
- Outro sistema;
- Ius praetorium / honorarium do ius civile
- Ius civile- direito dos cidadãos
- Fontes
- “mores maiorum”- padrão normativo;
- “Consuetudo” – surge depois no direito Romano- Custume;
- Depois “juntam-se” – no império;

Uma aula- a iurisprudentia;


- Fonte primacial do “ius civile”;
Fontes de direito: relevação do direito através de normas;
Há mais direito para além da lei;

Fontes de Direito
 Modos de formação do direito
Essendi: ex: decreto-lei,
 Modos de revelação do direito
Cognoscendi ex: diário da república
Mores Maiorum – tradição de uma moralidade comprovada;
 Escrito oral de um ato de autoridade;
 De geração em geração;
 Moralmente comprovados;

 No início direito não é “ius” é “fas”

- Muito ligado à religião;


 É fontes das fontes do Direito Romano;
 mores maiorum diferente que o costume;
 Mores maiorum é vinculante;
 Padrão normativo;

Consuetudo

Costume Mores Maiorum


- Objeto objetivo: prática reiterada – Uso (falta a convição)
- Objeto subjetivo: juridicamente vinculante;
Costume- não tiver em conformidade com os “mores maiorum” – não é fonte
de direito Romano;
Ex: Tourada de morte: Barrancos; - O costume foi superior à lei;
VER conteúdo das XII tábuas

Outra fonte: a lei


 Ius Papirianum: conjunto de leis régias reunido por Papírio que
fundamentava o poder legislativos dos Reis;
 1ªLEI ROMANA: lei das XII tábuas;
 Requisitos:
- processo de aprovação das lei

Conciones: reuniões entre o preponente e quem o represente


(magistrados), sendo escrutinada pelo povo;

Lex Rogata: ultrapassa 6 fases:


1ª Promulgatio: A lei é promulgada (a proposta tem de ser divulga
durante um período de tempo)

2ª Conciones: O magistrado maior convoca a assembleia

3ªRogatio: o magistrado pede ao comicia (povo)

4ªVotação o Povo vota!

5ªAprovação Senado: concede auctoritas patrum;

6ªAfixação: projeto afixado no fórum, em tábuas de madeira;


Introdução de alterações – negação do projeto;
 Porque a proposta é do magistrado;
A lex rogata- norma que o povo se dá a si mesmo se dá (não é imposta)
Depois da lei 337 a.C lex pubiblia philonis:
1-Promulgatio
2-Conceciones;
3-Submissão ao Senado do auctoritas patrum;
4-Convoca os comícia (Rogatio)
5-Votação
6-Afixação no fórum;

A lei Romana pode ser dividida em partes:


-Identificação do magistrado que vai propor;
Ver: “Capitas diminutio” e “Litis contestatio”
VER conteúdo das XII tábuas
Atualmente:
- Preâmbulo;
- Artigos;
20/11/2019
Fontes de “ius civile”
- Mores maiores, consuetudo (depois misturam-se)
Direito novo: constituição imperial: passa para “esquema” vertical;

-Agora não podemos confudir consuetudo e mores maiorum


- Valor objetivo: “usus”
- Valor subjetivo: não é fonte criadora de direito
Lex leges dictae: proferida por um magistrado pelos próprios poderes (nas
suas competências próprias) (povo ainda está na origem do poder)
- adaptar o direito romano a um território

Lex rogata: proposta de um magistrado, aprovada pelo povo e submetida pela


“auctoritas patrum” do Senado

Tábuas de uma lex rogata


Ver Decreto lei:
- Preâmbulo (exposição)
- Artigos
- Descrições formulárias (datas, conselho de ministros que aprovou, e os
ministros sectorialmente que assinam e o PR que assinou)
TÁBUAS
- 1º momento:
- praescriptio: magistrado que está na origem da lei

- 2ºmomento:
- Rogatio: determinações (parte dispositiva da lei)
- 3ºmomento:
- Sanctio: afirmação que nos diz que a lei está em conformidade com os
“mores maiorum”;
Outras fontes de direito:
1º Pebiscita (aprovadas pelos” concilia plebis”); salvaguardava o direito dos
287C- os Plebiscita-são equiparados a leis (vincula patrícios e plebeus)

2ºSenado
- auctoritas patrum (retificação das lex rogata)
- Senatusconsultum: consulta feita ao senado pelos magistrados, que
não estava obrigados a conformar-se com essa opinião, em alguns
casos deviam pedir

Começa o principado?
Roma volta a cair na centralização do poder:
 Século I: ”senatus consulta” com força de lei;
 Senado pode legislar- o povo aceita a lei;
 Lex aebutia di formulis- 130 a.C
 Fórmula dada com equidade
4 a.C Senatus consulta força de lei (processual)
10.d.C Força de lei em matéria substantiva (ex:morte de um domus)
- Não se conhece o culpado;
- Se alguém ajudar, irá deixar de ser escravo (ele e a sua família)

4 a.C- ”Senatus consulta” fonte imediata de direito = pode determinar uma


norma sem o Pretor intervir;

Criar a unicidade do direito (constituição imperial);


Houve um tempo histórico, que o “Senatus consultum” era uma maneira de
consulta do Senado, agora já não!!!; Fonte imediata de direito
 Mores maiores: padrão normativo;
 Mores maiorum (foram positivados, na lei das XII tábuas)
“iusrisprudência”-
- Os “iurisprudentes” ajudam na laicização do direito (racionalização da
jurisprudência)3;
- Quem são? (no momento inicial)
- Sacerdotes pontíficies
Momentos da racionalização do direito (afastar o monopólio dos sacerdotes
poontíficies)
1ºLei das XII tábuas;
2º”Ius flavianum”
- Cneu Flávio era escriba de um sacerdote Apius Cláudio (era cego)
- O escriba compilou as fórmulas processuais das “leges actiones”;
-“ Leges actiones”: Ritual, formalismo;
O escriba: chegou a tribuno da Plebe e Edil curul;
Dias fastos e nefastos (dias de “invocar” o direito);
3
A professora gosta mais de racionalização do direito
3ºTibério Coruncâneo (primeiro plebeu a ascender ao cargo de
“pontificium maximus”)
- Fala em público, exprime os seus argumentos;
22/11/2019
- “Iurisprudência”: está mais bem , bexplicada no livro do Professor Eduardo
Vera-Cruz Pinto;

-Criação de direito pela “auctoritas” do “iurisprudentes”;


“Auctoritas”:
- Conhecimento das coisas divinas e humanas;
- Conhecimento do justo e do injusto;

“Iurisprudência”: ciência do direito;


Juristas, “iuriprudentes”: importante no desenvolvimento do direito (júris
autores)
Ver Páginas 451 (curso)

(Respostas dos “iuriprudentes”)


- Influência criativa: “Responsa” dos “iuriprudentes”: concilium príncipes;
 Desenvolve o direito (1º fonte mediata do direito e mais tarde fonte
imediata de direito)
 Responde caso a caso, as necessidades do momento;
 Relevância do trabalho dos “iurisprudentes” (Romanos são muito
pragmáticos)
 (Século XV) Adquirem importância com a “lei das citações” , estabelecem
regras
- Hierarquização da atividade jurisprudência que foi positivada
(escritas);

“Interpretatio”:
- 1ª fase: sacerdotes pontífices (âmbito religioso)
-Pessoas e reservadas;
(cria a impossibilidade da apreciação da decisão jurídica)

Quando existe a “auctoritas”, não é necessário dar “racio”

Há um calendário judicial

 Publicação das Leis das XII tábuas (racionalização do direito /laicização


do direito)
- Algumas partes dos “mores maiorum” foram positivadas; (carácter
processual)
- Positivação (tornar escrito) os “mores maiorum”;
- Passamos da “iurisprudentia pontífice” para uma iurisprudência laica
Agora os responsas são dadas em público (criação da literatura pública)
- Ensino do direito (3 fase)

 Ius flavianum
- O escravo de “Apius Cláudio” ( Cneu Flávio) publica Fórmulas
processuais das leges actiones;

Regime dos “iures” - terminado o secretário da aplicação do ius;


Participação da plebe nos colégios eleitorais;

Cria-se um grupo de leigos (peritos em direito) - “jurisprudentes”


- Durante vários séculos é feito pelos pontífices (religioso)
- Depois é + laico (séc I a.C)

 Atividade do século III (primeiro plebeu a ter acesso ao cargo de pontífice


máximo (253 d.C)
- Exerce/ desenvolve a sua atividade em público,

Ver características fundamentais do Principado


- O “iurisprudentes” vem a ser revestidos de autoridade com
carácter público (ius publice respondendi)
-Revestidos de poder imperial (Ius publice respondedi ex autoritate)

Cícero (1 a.c):
- diz sobre o fim da república;

Três faculdades do iurisprudente


Respondere: dar à resposta;
- Pode dar em público ou em privado;
Ágere: (o “iurisprudente” acompanha as partes no tribunal, diz as fórmulas)
Cavere (atividade de aconselhar particulares sobre como realizar os seus
negócios- palavras sacramentais)

Responder = responsa

Destinatários= particulares, + tarde o juiz, pretor e ainda mais tarde o


(príncipe)
O juiz tem assessores
Jurista= jurisprudente= jurisconsultos

Expedientes do Pretor= Norma com conteúdo novo

3 épocas da jurisprudência;
Época republicana
- Jurisprudência mediata, não vinculava os aplicadores do direito, tanto
como ius honorarium como no ius civile;
Época do Principado:
- Augusto tem a concentração do poder;
Vê que há pessoas com auctoritas que pode ir contra eles, por isso dá-lhes o
“ius publice respondendi ex-autoritate princeps” de forma a vinculá-los
ao seu poder;

- Adriano, século II
- A iurisprudência para a ser fonte imediata do direito
- “Ius publice respondendi” (uma atividade completamente livre, sem
condicionalismos;
Todavia, surgem juristas com este poder estando agora as respostas
destes informadas com poder de príncipe (passagem da iurisprudência
para jurispriudencia (corresponde aos objetivos do príncipe)

27/11/2019
Algumas ideias
 Concluir as fontes do ius civile;
 Pluralismo político;
 Em Roma, há um binómio ius pretorium/ ius civile;
 Ponto de vista do ius civile;
 Padrão de validade das demais fontes (modelo normativo) -mores
maiorum;
 Pretor- administra a justiça (integra o ius civile);
 Sacerdotes pontífices “primeiros iuriprudentes”
 Depois ocorreu a laicização da iurisprudentia
 “Cavere”, “Agere”, “Respondere” – iurisprudente
 Iurisprudência também ensina o direito

O tempo político em Roma vai mudar


- Termo inicial 27 a.C: o Octávio César Augusto (tornou-se Augusto)
- Júlio César;
Principado
 27 a.C-285
 27 a.C: o Octávio César Augusto (tornou-se Augusto)
 Fase difícil de interpretar
 Instituições republicanas mantém-se (na teoria)
 Na prática, não;
 O prínceps não é magistrado (mas tem os poderes das
magistraturas ordinárias e extraordinária)
- O poder foi retirado do Tribuno da Plebe;

 Principado parecido a uma monarquia;


 Princeps: pode tomar as decisões;
 Princeps: significa “entre iguais”
 Na prática, deve sancionar as propostas dos magistrados (agora
estes são condicionados)
- Magistraturas perdem algum poder;
 Censor (extinto no dominado)
 Edil curul mantém-se;
Há um magistrado que se mantém (o Pretor) administrador da justiça;
 “Ius publice respondedi”: liberdade de emitir decisões sobre um
caso concreto;
 Passa a ser “Ius plubice respondendi ex autoritate princeps”
(vincular o poder de alguns magistrados ao poder do prínceps

- Como o pretor recebia opiniões muito diversas de vários


iuriprudentes (é riqueza) mas também cria insegurança;
- Então o pretor restringe o poder de alguns magistrados (que ele
seleciona)
- Quando estes emitem a “responsa”, emitem a “autoridade” que o
prínceps teria;
- Todos os “iurisprudentes” continuam a exprimir a sua auctoritas,
mas alguns tem “ius publice respondendi- os que tiverem +
auctoritas);

“responsa”- força imediata de direito??


A opinião de um prudente com “ius publice respondendi”, é “fechada”
para não ser falseada;

Vinculativa num caso concreto

- AGORA O PRETOR ESTÁ CONDICIONADO;


O pretor resiste um pouco;
A atividade da jurisprudência: tem também a força de se fazer impôr
num caso concreto;
A importância da jurisprudência aumenta e criaram-se escolas de
iurisprudência;
 Mas com o tempo, a iurisprudência não vai quer desagradar ao
prínceps e mais tarde ao imperador; (querem todos agradar o
princeps)

Comitia, magistrados: decresce a importância;


Senado: aumenta um pouco a importância;
- Determina o nº de Senadores;
- Cria-se uma idade mínima;
- Mais prestígio;

Épocas de Roma: a prof não falou


- Época arcaica;
- Época pré-clássica;
- Época clássica;
- Época pós-clássica;
- Época de Justiniano

“Senatusconsultum”-
- Consulta feita ao senado com base nos magistrados;
- Envolve a “oratio princeps”- (opinião do prínceps)
- Proposta de senatusconsultum do prínceps
- Reprodução da opinião do princeps sobre aquela decisão;
 Depois, mistura-se o senatusconsultum com oratio principes

- O Senado
Édito perpétuo
- Também envolvia a consulta feita ao senado com base nos magistrados;

Lex publilia Philonis:


- A auctoritas patrum do Senado passa a ser antes da Rogatio (uma das
etapas da formação de uma lex rogata);
O Senado depois passa a ter com muita importância a opinião do
prínceps, através da auctoritas patrum;
Os senatusoconsulta passam a ter forma legal (4 a.C)
Instituto que atribui liberdade a um escravo: ….

Oracio prínceps e senatusconsulta: juntam-se;

Lex: muito específica: opinião de prínceps;


- Cai na lógica da constituição imperial
- Concilia: aprovação
- Senado ratificava ou não (tinha com base a oratio prínceps)

Iurisprudência vai perder a sua criatividade;

Édito perpétuo: duração de um ano;


Mesmo tempo do mandato do Pretor;
- Na maior parte das vezes os Éditos são repetidos do seus
antecessores;
- Já não é original, repetição incoerente a propostas de Éditos
anteriores;

Imperador Adriano II
- ÉDITOS PERPETUUM:
mandou olhar para todos os ÉDITOS DO Pretor e criar um modelo de um
Édito coerente, para ser possível ser utilizado por todos os Pretores;

Éditos perpétuos Éditos perpetum (compilação do imperador Adriano II)

O Pretor fazia, e procurava cumprí-lo

Com os Éditos perpetum: o Pretor perde a sua criatividade e já não


decid e se uma situação merecia ou não ser abrangida pelo ius civile;

Teodósio II: (Sec XV)


- Os juristas com “ius publice respondendi”, havia muitos que se contradiziam;
- O decisor /Juíz segue a lei das citações:
- Lei das citações (tribunal dos mortos) determina que
- Papinianus (+ importante)
- Gaius
- Paul
- Ulpinino
- Modestino

A opinião destes deveriam ser seguidos, em caso de contradição

29/11/2019
 Princeps: “Primeiro entre iguais”
- Algumas magistraturas perdem poder!

 Octávio César Augusto: As respostas dadas por alguns jurisprudentes são


iguais às dos prínceps (ius publice respondedi ex auctoritas princeps)

Edictum:
- Perpétuos: vai se limitar a atividade do Pretor;
- Composição em escolas: crescem em relevância;
- Escolas mais criativas;
Iurisprudentes: passam a ser consultor de prínceps
- Perde a sua criatividade

“Senatusconsultum”
- Vai ser fonte imediata de direito;

 Fragmentação do exército: fator de erosão do regime político e origina o


Principado

PRINCIPADO 27 a.C a 476


Prínceps:
- 1ºMagistrado
- 1ºCidadão
- Tem o poder de “intercessio” sobre todos os magistrados;
- Centralização absoluta do poder nas “mãos do prínceps”
- Mas ao mesmo tempo, a grandeza de Roma cresce;

 Princeps “senhor” e “DEUS”


 O “Princeps” passa a “domus”, “deus”
 “Afasta-se hierarquicamente dos cidadãos”
Quando Roma cai:
- Santo Agostinho: morre 430
- Dizia que a queda do império foi bom???

A transição de poder é um momento difícil:

Adotou-se o esquema de sucessão na tetrarquia (separa a lex rogata de


império)
- Solução da transição da sucessão, evitando sinais de desequilíbrio,
fraqueza;
285 a.C: Roma é um extenso império!!!

Esquema de sucessão de tetrarquia:

2 imperadores, coadjuvados por 2 césar;


- Comandar o exército;
1 situado em Bizâncio: Diocleciano
1 situado em Roma: Maximiano
Quando o imperador estiver idoso, dá lugar aos césares (estes últimos
passam a imperadores) e estes escolhem novos césares;
Quando há poder, normalmente abusam dele;

Imperador Constantino (fator de unificação)


- Édito de Milão: A religião católica passa a ser “iguais” as outras
380: Religião católica é a religião oficial de Roma;
Em Primeiro lugar, cai o império Romando do Ocidente; (476)
Só no século XV é que cai o império Romando do Oriente; (1453)

Direito novum Direito Vetum (velho)

Constituição imperial (não se diz lei porque a lei é no sentido da “velhinha” da


lex rogata)
A constituição imperial é a vontade do imperador

Lei:
Generalidade: pluralidade de destinatários
Abstração: pluralidade de situações
- (algumas constituições imperiais)
Existem vários tipos de constituições imperiais;

1ºtipo de “Edictum”
- Vontade do imperador expresso em termos gerais e abstratos
Ex: Ano de 212- Extensão a cidadania a todos os habitantes do império
Romano; (todos os que fossem homens livres)
(Antes, o “ius gentium” era aplicado pelo pretor peregrino)
- Aplicação do direito aos “estrangeiros”
 Vulgarização do Direito Romano (já não é só do cives, é qualquer
habitante livre do Império Romano)
- Lado Ocidental: Desprestígio, menor qualidade técnica do direito
aplicado (honra, boa fé, palavra dada – estes velhos princípios não vão
“sobreviver”
2ºtipo: “Decreto” (sentença/decisão do imperador, situações em que o
imperador é chamado)
- Era forma de o Pretor resolver os juízos de valor;
Imperador pode julgar em dois momentos: apelo ou instância de último
recurso!! (pode funcionar como tribunal superior)

3ºtipo: “Rescritos”
- Respostas dadas pelo imperador a “consultas” que lhe são pedidas a
particulares ou alguém de autoridade (entidade oficial)
- Pode ser uma mera referência (Anotationes) “concordo”

4ºtipo: “Mandata”
- Ordens que o imperador dá as várias autoridades;

Constituição imperial: É a fonte de direito!!!!!

---Forma da constituição imperial:


1ªNome do imperador
2ªCorpus: parte essencial, dispositiva;
3ª Assinatura e a data

(Direito vetum (velho): Lex rogata, senatusconsulta, plebiscitos, jurisprudentia


Agora a lei é imposta de “cima” para “baixo”

- Fontes edicendi, cognoscendi;

4/12/2019
- Aula de quarta (11/12) - aula de dúvidas

- Poder volta a centralizar- constituição imperial

“Mores maiorum”- reduzido a costume


“Senatusconsultum”: vai se confundir com a “oratio príncep”s (força legal)

Jurisprudência “era livre”


 Com o “ius publice respondendi ex autoritate prínceps”, vai se limitar

Constituição imperial (vontade do imperador)


- Éditos (leis abstratas e gerais)
- Leis especiais (circunstâncias do caso concreto)

Quando o imperador legisla com abundância;


- As outras leis passam a “ius vetum”/velho

Direito está cada vez mais difícil de entender;


 Compilar/codificar
 “Corpus iuris civilis”
 Justiniano (imperador do oriente)

((Códigos científicos, sistemáticos só surgem a partir do século XIX))


476 (século V)- Queda do império ocidental, o império oriental sobrevive;

Imperador Justiniano: século VI


- Coleção de leis e doutrina
Antes do “corpus iuris civile” também houve outras!

- Mas esta é a maior compilação de direito de sempre!!

Dionísio Godofredo, deu o nome ao “corpus iuris civilis”

A partir do século III- Compilações;


Código Gregoriano (Gregório): compilações de constituições imperiais (gerais
e especiais);

Código de Hermogeniano (hermogeniano?):


- “Segundo código”
“Rescritos”: determinações concretas colocadas pelos particulares ou pelos
oficiais- lei especial – para casos concretos
- COLEÇÕES PRIVADAS (não tiveram força de lei, foram criados por
juristas, tinham necessidade de o fazer)
- Talento dos juristas para recolher “rescritos” dos imperadores desde o
imperador Adriano até Deoclisiano;

 Escolas: maior relevância a partir do século 3


- Escola mais importante: de Roma
- Antes: Chancelaria: juristas que auxiliam os imperadores;
- Depois: Escola: um jurista ensina outros
- Escola de Constantinopla, Beirute (mérito de conservar para depois
compilar o “corpus iuris civilis” e também para criar o Digesto (pensaram no
futuro)
Síntese
Antes do “corpus iuris civilis”:
- Gregoriano;
- Hermogeniano; ??

 Código Teodosiano: valor legal


- Tem na génese um imperador;
- Não se restringe aos “rescritos”, mas também Éditos
- Compilar doutrina- opiniões de juristas;

Objetivo: criar compilações para depois ensinar para a formação


universitária (também podia ensinar doutrina que não fosse vigente, mas
que fosse relevante para o ensino);
- Reformou a escola de Constantinopla;

Código: Compilação de constituições imperiais; (também envolve leis


gerais)

Código Justiniano: lado do oriente;


- Justiniano: atualiza o direito!!!!!
- Atribui a tarefa de rever o código Teodosiano;

1ªfase do corpus iuris civilis”

Códex: constituição imperial


529- Conclusão da recolha
- Códex: não foi um trabalho completo (apenas esteve vigente durante 5
anos)

534 – Códex de Segunda leitura (chegou até hoje, em fragmentos)


2ª fase do “corpus iuris civilis”
533- Digesto:
- Recolha de Doutrina (de Gaius, Ulpiniano, Modestino)

3ª “instituciones”
- Pequeno manual para aprender e para ensinar;

Estas três (Codex, Digesto e as “instituciones”) tem força legal;


4ªNovelas (novas leis)
Justiniano: cria constituições imperiais?: novas leis (novelas)- natureza
privada

11/12/2019
- Frequência anfiteatro 9;
- TODA A MATÉRIA É MUITO IMPORTANTE!!!
- Jurisprudência e como hoje trabalha!!!!!! – muito cuidado;
-O Direito Romano é a base do direito Português;

Saber “sacerdotal”- para saber de todos (com criatividade)


- Tribunal em Roma (atividade do Pretor)
- O Pretor sempre administrou a justiça;

Significado da lei em Roma (comando vertical)


- Lex rogata aprovada pelo povo
 maestas do Senado;
 auctoritas patrum do Senado;
 “potestas” e “imperium” dos magistrados;

Codificação em Roma!!!!!

Diferença entre os vários órgãos políticos ao longo da história;

Principado:
- 27 – Octávio se intitula de Augusto;
Forma de governação!!!!
-Cônsul único e vitalício (matriz do principado)
- “Primeiro inter pares”- Primeiro entre todos;
Não é um magistrado (escapa as características)

 Regime republicano (os “comitia” continuam a ser convocados)


 Senado fortalecido pelo prínceps, os magistrados continuam a existir
(exceto o Questor)
- nº dos senadores reduzido, mas as suas competências saíram
reforçadas;

Estabilidade: Trará prosperidade económica!


Neste período não assim muita estabilidade;

Princeps:
- Convoca as assembleias popular;
- Convoca e preside o Senado;
- Poder de intercessio sobre o ato de qualquer magistrado;
- Centralização tendencial do poder;
- Ninguém vai desobedecer ao prínceps!!!!!!
- Falta de autonomia nas magistraturas;
Magistrado que sofre com os poderes:
- Tribuno da plebe (tinha o poder de agir pelo povo, convocar o Senado,
poder de Intercessio)
- Sofre mais

CRIATIVIDADE DO PRETOR- começa com a lex aebutia di formulis ( 130 aC)


“Ius publice respondendi”- a responsa do iuriprudentes equivale-se ao do
Princeps

O PRETOR E A JURISPRUDÊNCIA PERDE A CRIATIVIDADE!


Introduz-se o sigilo (onde o Direito era público)

Séc II depois de cristo: Edicto perpetum de Adriano!!!


- “Edicto perpetum” do Império de Adriano- constituição imperial: Édito
seguro, sem contradições internas (PRETOR PERDE PODER)

Codificação
-Não falar logo no Código de Justinaniano!!
Houve mais trabalho por detrás: Código Hermegeniano, Código gregoriano;

Oficial: Código Teodosiano


2ªTentativa: Código de Justiniano!

Conceção político-jurídica: Justiniano representava um império grandioso!!


Classista: atribui relevância aos estudos clássicos
Dar relevo às Escolas
- Escola de Roma: perde poder;
- Escola de Constantinopla;

Dar relevo aos jurispriudentes: por exemplo Tribuniano

Obras que integram o “corpus iuris civiles”


-Codex: 534 (de Segunda Leitura);
- Digesto: obra maior; compilação de opiniões de juristas
- “Instituciones”- Manual utilizado para ensinar o direito público!!!

Ius vetum e ius novum


- Novelas (Novas leis)

Falar de codificação, não esquecer de referir!!!!!!!!!:


- Escolas;
- Projetos políticos da génese de justiniano!!! (anterior)

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