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COCIHTEC – HISTÓRIA
A Geografia
Origens
Durante o período da monarquia (753 a.C. – 509 a.C.), a cidade foi governada
por sete reis etruscos, que desempenhavam funções políticas, militares e religiosas e eram
auxiliados pela assembléia dos anciãos (Senado) e por um agrupamento de famílias dos
três povos que habitavam a península Itálica: sabinos, latinos e etruscos (Assembléia
Curiata).
Em 509 a.C., os proprietários de terras romanos (patrícios), receosos de estarem
perdendo poder, destituíram o rei etrusco Tarquínio II. Substituíam a monarquia pelo
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regime republicano (do latim “res publica”, que significa coisa pública, de todos, do povo).
Dividiram a administração entre dois patrícios chamados cônsules, que exerciam esse
cargo por um ano e eram membros do Senado, escolhidos pela Assembléia Centuriata,
formada inicialmente por cem cidadãos. Mais tarde, todos poderiam dela participar, mas
somente os ricos teriam direito a voto. A centúria era unidade do exercito romano, que
agrupava cerca de cem soldados.
Havia também outros magistrados – funcionários administrativos – que
auxiliavam os cônsules na administração do Estado: os pretores encarregavam-se da
justiça; os censores eram responsáveis pelo levantamento da riqueza dos cidadãos
(censo), a fim de classifica-los estabelecer seus direitos e obrigações; os edis cuidavam dos
trabalhos públicos, como a conservação de templos, das estradas e abastecimento da
população; e os questores administravam os bens públicos.
Foi durante a república que os romanos iniciaram a expansão de seu território,
conquistando e dominando outros povos. As áreas conquistadas eram transformadas em
províncias de Roma, e suas riquezas eram exploradas ao máximo. Os prisioneiros de
guerra tornavam-se escravos. Nesse período, houve concentração de riquezas nas mãos da
aristocracia patrícia – embora tenham surgido “novos ricos” de origem plebéia –,
aumentado a pobreza das camadas populares – comerciantes, pequenos agricultores,
artesãos, etc de origem plebéia – e por conseqüência a tensão social.
O domínio sobre vastos territórios culturalmente diferentes entre si acabou
provocando alterações culturais, bem como econômicas, políticas e sociais. A escravização
de prisioneiros de guerra desequilibrava a oferta de trabalho e enriquecia os grandes
proprietários. Ainda durante a república, Roma deu início ao “imperialismo”, primeiro
conquistando toda a península itálica. Nos séculos III e II a.C. , após enfrentar os
cartaginenses, Roma passou a dominar a Secilia, a Sardenha, e o entorno do mar
Mediterrâneo. A civilização romana não foi mais a mesma. Com inúmeras mudanças no
campo cultural, econômico, e político.
Os pequenos proprietários agrícolas migraram para Roma em busca de trabalho e
alimento para suas famílias. Com tantos problemas sociais, corrupção no Senado e um
exército ávido por mais e mais conquistas e recompensas, a republica romana em crise
deu lugar ao império.
O império, que se iniciou em 27 a.C. com Otávio Augusto, teve um primeiro
momento de paz e prosperidade econômica, chamado de Pax Romana. Logo no inicio do
período imperial, uma nova religião surgiria numa das províncias romanas – o cristianismo
– e que acabaria por ter uma importância fundamental nos destinos do Estado e da
civilização romana, sem falar nas implicações em escala mundial.
Embora os 150 primeiros anos de império tenham sido de prosperidade, de
maneira geral, o período foi marcado pela crise militar. Muitos chefes militares voltavam
fortalecidos das guerras de conquistas e aspiravam a cargos políticos em Roma. Alguns
chegaram, inclusive, a tornar-se imperadores, pois a sucessão passou a ser feita pelos
interesses dos diferentes grupos que compunham o exército romano.
Em 395 d.C., Teodósio, tentando fortalecer as fronteiras contra o avanço dos
hunos, germânicos, anglo-saxoes, francos, burgundios, visigodos, ostrogodos, lombardos,
vândalos, e outros ..., povos que os romanos consideravam bárbaros, dividiu o império em
ocidental (com capital em Roma e, depois, Ravena) e oriental (com capital em
Constantinopla), que mais tarde veio a chamar-se Império Bizantino.
No Império Romano do Ocidente, invadido por povos de origem germânica, em
476 d.C. fragmentado, desencadeou-se um processo político-econômico – e também,
cultural – que viria determinar valores fundamentais para a nossa civilização, como a
cultura cristã e o sistema econômico que organiza a vida de quase todas as sociedades no
mundo de hoje.