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Apresentação
Já ouviu falar em obras clássicas ou modernas de arte? Você já dedicou parte do seu tempo para verificar a formação e
evolução da arte? E das emoções despertadas no momento da observação de uma obra de arte, você se recorda?
Você sabe a importância do estudo da arte na formação do ser humano? Você se lembra de alguma recepção subjetiva
sobre qualquer obra de arte que tenha desenvolvido sua consciência estética?
Aprender sobre a história da criação artística é importante para contextualizá-la, entendê-la e, sobretudo, para apreciá-la.
Nesta aula, conheceremos o mundo fantástico das obras artísticas.
Objetivos
Descrever a importância do estudo da arte na formação do indivíduo;
Estimular a recepção subjetiva da obra de arte para desenvolvimento de uma consciência estética.
Formação da arte
Você já pensou: preciso ir ao museu ou virar a esquina para ver determinada obra de arte? Pode ser um quadro, escultura ou,
até mesmo, um prédio, para observar sua arquitetura.
Você se lembra de possuir conhecimentos gerais sobre a história do cinema no Brasil e no mundo? Você se lembra do contexto
histórico e social da obra Guernica, de Pablo Picasso, por exemplo? Você se lembra dos elementos estéticos que aproximam a
poesia da letra de música ou da posição dos críticos em relação ao reconhecimento da letra de música como poesia?
Quando pensamos sobre a importância do estudo da arte na formação do educando, deparamo-nos com um dualismo:
Sim, a arte reproduz de forma abstrata aquilo que a sociedade pensa ou sente em determinados momentos, bem como ajuda
na promoção de mudanças na própria sociedade, quando chama a atenção para fatos, acontecimentos, conceitos ou
sentimentos acerca da realidade concreta.
Poderíamos afirmar que arte e sociedade se alimentam e se completam durante o percurso da humanidade.
Exemplo
Aquarelas de Debret. O artista retratou, há mais de
200 anos, o cotidiano dos escravos nas ruas do Rio
de Janeiro.
Os primeiros habitantes eram homens que viviam com padrões sociais instáveis, quase desorganizados, não acreditavam em
deuses e a vida, que girava em torno da subsistência, terminava com a morte. Nesse contexto, a arte tinha como objetivo
constituir um meio para obtenção de alimentos, reconhecida como uma técnica mágica.
O mundo da ficção e da representação da pintura se misturavam: as pinturas
eram um aparato técnico da magia (uma forma de armadilha); o desenho
significava a representação e a coisa representada. Pintar um animal na
rocha era o mesmo que produzir um animal real.
A pintura, no momento paleolítico, explicava o naturalismo da pintura representada, ela criava uma duplicação ao representar o
animal ou objeto (imitação).
"O animal que por artes mágicas seria evocado à vida, mas só poderia ganhar existência
se a cópia fiel e genuína."
- HAUSER, 2003, p. 7
Período Neolítico
Nesse período, a arte passou a adquirir outros aspectos, diferentes do que apenas o de imitação para fins mágicos. Ela deixou
de ter um caráter mais naturalista e o interesse passou a ser simbólico, deixando de lado a característica de ser um relato de
fatos concretos da vida. A arte não mais se assemelhava ao objeto representado.
Na história das civilizações, o homem deixou de ser coletor e caçador e passou a ser produtor de seus próprios alimentos. É
um fato revolucionário para os grupos sociais, que mudou a forma como os homens passaram a se relacionar com a natureza
e com o mundo espiritual.
Escultura do período Neolítico, produzida por volta de 3.500 a.C, originária da Necrópole de Cernavoda e confeccionada em terra cota.
O apego ao lar garantiu uma mudança na vida social e econômica. A economia diária passava a ser planejada e
regulada para períodos mais extensos. Houve a modificação de “desintegração social e anarquia para o estágio de
cooperação e economia de grupo”.
O lugar da magia e feitiçaria, praticado pelos grupos anteriores, foi substituído pelo culto e pela religião.
Com o sedentarismo, os homens passaram a ter consciência de sua dependência da natureza e seus fenômenos.
Junto com essa consciência, surgiu a concepção de “todas as espécies de demônios e espíritos que distribuíam
bênçãos ou maldições” e o mundo passou a ser dividido no espiritual e no corporal. O homem passa a ter a
necessidade de ídolos, amuletos, símbolos sagrados e profanos, que conduzirão a concepção artística para essa
divisão.
Se analisarmos os aspectos históricos, temos o entendimento da arte que mostra a magia como sensualista e
aplicada ao concreto e, no período Neolítico, marcado pelo sedentarismo, o pensamento se divide na vida deste e de
outro mundo.
Saiba mais
Na arte, buscava-se manifestar imagens de espíritos, de deuses e de homens, de utensílios decorativos e de joias.
Fonte: sumerianturks.org
Fonte: sumerianturks.org
Arquitetura na Antiguidade
Arquitetura na Antiguidade
Na arquitetura, houve destaque para as edificações dos templos simétricos, que eram construídos não para reunir
pessoas em torno de cultos, mas para resguardar e proteger as esculturas das divindades dos fenômenos naturais.
O Hephaesteion é um templo em estilo dórico dedicado a Hefaisto, deus do fogo, cujo nome latino é Saturno. Trata-se de um dos mais bem preservados de Atenas.
A cidade de Roma, em 753 a.C., estava repleta de mitos e lendas. A arte passou a receber influência cultural dos
gregos e etruscos, que contribuíram para Roma se tornar um vasto império.
Na época, a produção artística mostrava um ideal de beleza e a preocupação em expressar a realidade vivida. Um dos
aspectos mais importantes da influência cultural dos etruscos para a arte romana foi o uso do arco e da abóbada nas
construções.
A cidade de Roma, em 753 a.C., estava repleta de mitos e lendas. A arte passou a receber influência cultural dos
gregos e etruscos, que contribuíram para Roma se tornar um vasto império.
Na época, a produção artística mostrava um ideal de beleza e a preocupação em expressar a realidade vivida. Um dos
aspectos mais importantes da influência cultural dos etruscos para a arte romana foi o uso do arco e da abóbada nas
construções.
Esses elementos arquitetônicos permitiram aos romanos criar amplos espaços internos, livres do excesso de colunas.
No fim do século I, a produção artística arquitetônica superava as influências grega e etrusca e desenvolvia criações
artísticas originais e independentes.
A construção dos anfiteatros destinados a abrigar muitos espectadores representou uma mudança da planta do teatro
grego. O maior exemplo é o Coliseu de Roma, considerado um dos mais belos dos anfiteatros românicos.
Saiba mais
O nome românico foi criado para designar as obras arquitetônicas dos séculos XI e XII, na Europa, cuja estrutura se assemelhava
a das construções dos antigos romanos. Seus aspectos mais significativos são a utilização da abóbada, dos pilares maciços que
a sustentam, e das paredes espessas com aberturas estreitas usadas como janelas (PROENÇA, 2007).
Império Bizantino
Alcançou seu apogeu político e cultural de 527 a 565. Houve a consolidação e oficialização do Cristianismo, a arte cristã
passou a exprimir riqueza e opulência, representada na autoridade do soberano.
A arte mostrava a rigidez da personagem representada — veneração e respeito. Os pés, as mãos, as dobras das roupas, os
símbolos e o gestual possuíam significados e direcionamentos, justamente pelo fato de representarem os soberanos e figuras
sagradas.
"Há uma mistura proposital dos personagens sagrados e oficiais nas pinturas e
representações artísticas, para causar certa confusão nos observadores com o intuito de
levá-los a acreditar que os próprios soberanos representavam uma figura divina".
- (FAVERO, 2012)
Em oposição, Jesus Cristo e Maria eram representados com características das personalidades do Império. O poderio e caráter
majestoso da arte bizantina pode ser observado na arquitetura das igrejas.
No século VII, a Igreja continuava a contratar construtores, carpinteiros, marceneiros, vitralistas, decoradores, escultores e
pintores, pois as eram os únicos edifícios públicos que ainda se construíam (PROENÇA, 2007).
Em 800, Carlos Magno tornou-se imperador do Ocidente. Teve início o desenvolvimento cultural. Era a união do real com o
poder papal.
Atividade
1. Observe a imagem a seguir e identifique artista, obra e dê a sua interpretação.
3. O Império Bizantino durou do século IV ao século XV. Comente sobre a arte nesse período.
Referências
Notas
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. 2.ed. São Paulo: Companhia das Letras,
2013.
HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
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