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Material Teórico
Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Revisão Textual:
Profa. Ms. Natalia Conti
Grécia, Roma e Bizâncio –
Arte, Razão e Poder
• Introdução
• Arte Grega – O Belo
• Período Helenístico
• Roma – O Mundo a Seus Pés
• Arte Bizantina – A Entrada na Idade Média
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer os estilos e movimentos artísticos e estéticos da arte grega
e da arte romana.
· Elaborar opiniões referentes à produção artística contemporânea
e ao patrimônio histórico e artístico, relacionando-os a história,
sociedade, política e cultura do país.
· Respeitar e avaliar as diferentes correntes e tendências artísticas, suas
origens e características.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Introdução
A finalidade da arte é dar corpo à essência secreta das coisas, não copiar
sua aparência. (Aristóteles, 384-322 a.C.)
Na Grécia, a partir do século VII a.C. e em Roma, a partir do século V a.C. essa
produção artística é conhecida como arte clássica e refere-se a um conjunto de obras
que foram criadas segundo padrões surgidos a partir de conhecimentos estéticos
adquiridos pelo homem antigo, como harmonia, proporção, beleza e técnica.
A compreensão do mundo, o que era e como era, podia ser explicado por
meio do pensamento do homem, considerado naquele momento o centro do
universo. A razão estava acima da magia e da fé, fenômenos totalmente abstratos
e inexplicáveis.
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Arte Grega – O Belo
Conhecida desde a antiguidade por Hellas e oficialmente por República Helênica,
seu território se localiza no Sudeste da Europa e é banhado pelos mares Egeu,
Jônio e Mediterrâneo. De origem anterior a 2000 a.C., o período entre 1500 a.C.
e 800 a.C. ficou conhecido como Micênico ou Homérico, já que os poemas de
Homero ilustram com detalhes esse momento histórico. A produção artística grega
é dividida em três períodos: Arcaico, Clássico e Helenístico.
O poeta Homero escreveu, entre outros, dois poemas épicos: Ilíada, que narra os aconteci-
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mentos do nono ano da guerra de Tróia, consequência da ira de Aquiles; e Odisseia, continu-
ação do poema anterior, quando o herói Odisseu retorna à sua cidade natal, Ítaca.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Fig. 3 – Salto sobre o touro (c. 1500 a.C.), mural, arte egeia
Fonte: Wikimedia/Commons
Escultura Grega
No período Arcaico (c. 750 a.C. a 480 a.C.), os gregos seguiram o padrão
técnico egípcio de representação: o artista fazia abordagens frontais e laterais do
bloco de mármore até chegar aos limites da figura. Dessa forma de construção
nasciam figuras de grande rigidez e imobilidade, o que fazia muito sentido para as
grandes esculturas egípcias que tinham a função de servir de morada para o ka, a
alma do morto.
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Ainda que as esculturas de corpo humano desse período mostrassem vestígios
do bloco cúbico, típico da arte egípcia, a parte posterior do bloco passou a ser
trabalhada e a figura se desprendeu da parede, ganhando detalhes na parte de trás.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Os Jogos Olímpicos se originaram em Olímpia (Grécia antiga) em meados de 776 a.C. Naquele
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período, os jogos eram realizados em homenagem aos deuses gregos, sendo que Zeus era
o mais homenageado. Além disso, os jogos eram realizados com a intenção de promover a
amizade e integração entre os povos. O único esporte, até a décima terceira competição, era
a corrida. No quinto século antes de Cristo, já eram dez modalidades esportivas disputadas.
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A obra Discóbolo (c. 450 a.C.) (Fig. 8), lançador de disco, de Míron mostra o
esforço dos escultores em chegar a uma representação cada vez mais real do corpo
em movimento. Neste caso, o escultor conseguiu dar aos membros a torção do
esforço físico para aquela posição, porém, ainda podemos perceber que o tronco
parece estático.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Período Helenístico
É no terceiro e último período, o Helenístico (323 a.C. a 31 a.C.), que a emoção
aparece por meio dos dramas que as esculturas representam. No lugar de corpos
idealizados, podemos ver a feiura e a velhice, assim como a dor e o sofrimento.
Essa dramaticidade vai além da tensão indicativa do movimento, cenas inteiras
parecem se desenvolver diante dos olhos do espectador.
Fig. 10 – Laocoonte e seus filhos, cópia romana segundo original grego (c. 50 a.C.), mármore
Fonte: Wikimedia/Commons
Pintura e Cerâmica
O pouco que sabemos sobre a pintura grega deve-se ao fato de grande parte das
pinturas murais terem desaparecido com as destruições causadas pelas inúmeras
guerras que assolaram a região por anos consecutivos.
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Os vasos de cerâmica feitos tanto para orna-
mentação, quanto para armazenamento de itens
como água, vinho, azeite e mantimentos revelam
um grande primor na sua elaboração, não apenas
em relação à forma, mas também nas pinturas
feitas em seu exterior.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Fig. 15 – Preparativos para o sacrifício de um carneiro (c. 540 a.C.), madeira pintada
Fonte: Wikimedia/Commons
Fig. 16 – Pintura mural no Túmulo de Tuffatore (c. 490-470 a.C.), de Pesto, afresco
Fonte: Wikimedia/Commons
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Arquitetura Grega
Ao contrário do que podemos pensar, os templos gregos eram construídos para
abrigar as esculturas dos deuses e não tinham a função de reunir fiéis como as
igrejas. As três ordens arquitetônicas gregas – Dórica, Jônica e Coríntia – surgiram
a partir do século VII a.C. e são identificadas pelas plataformas de degraus, tipo de
colunas e entablamentos.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Ordem Dórica (600 a.C.) – Na mais simples das ordens, a coluna possui um
fuste formado por sessões com estrias verticais, apoiado diretamente na estilóbata
(base da coluna ou edifício) e um capitel retangular e simples, que sustenta uma
arquitrave lisa. Sobre ela ficam o friso e a cornija.
Fig. 19 – Templo Parthenon (448 a 432 a.C), Atenas (Grécia), ordem Dórica
Fonte: Wikimedia/Commons
Fig. 20 – Detalhe do capitel dórico no templo Parthenon (448 a 432 a.C), Grécia
Fonte: Wikimedia/Commons
Ordem Jônica (450 a.C.) – Mais leve e ornamentada que a ordem Dórica, seu
fuste é de menor diâmetro, com maior quantidade de caneluras e apoiada em uma
base ornamental. Possui um capitel ornamentado e formado por duas volutas. Sua
arquitrave é dividida em três partes e os frisos e métopas eram esculpidos em relevos.
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Fig. 21 – Templo de Atena Kiné (432-420 a.C.), Atenas (Grécia), ordem Jônica
Fonte: Wikimedia/Commons
Fig. 22 – Detalhe do capitel jônico no templo de Atena Kiné (432-420 a.C.), Atenas (Grécia)
Fonte: Adaptado de Wikimedia/Commons
Ordem Coríntia (400 a.C.) – Variante da anterior, Jônica, seu fuste tinha um
diâmetro menor e seu capitel era ornamentado com folhas de acanto. Foi muito
utilizado nas construções do período Helenístico.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
A cobertura dos templos gregos era simples, de duas águas e feita de madeira.
Seu frontão triangular era ornamentado com esculturas. Sua planta era simétrica,
com seu núcleo dividido em três partes: o pronau – o pórtico de entrada; a nau –
local onde ficavam as divindades e o epistódomo, os fundos.
Tanto os homens quanto as mulheres usavam, na Grécia antiga, uma túnica chamada
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de quitão, presa à cintura com um cinto. A maior parte era feita com lã de carneiro, pois
apenas os ricos podiam comprar as de linho ou de algodão. Sem cava nem modelagem,
diferenciava-se de acordo com a classe social de quem o vestia. A forma popular era mais
curta e a cerimonial, mais longa. A exemplo dos templos gregos, as roupas eram fartamente
coloridas. O único lugar em que era obrigatório usar branco era o teatro que, por ser
considerado sagrado, exigia um tom de pureza.
Fig. 25 – Exemplo de quitão feminino. Amazona Ferida (tipo Sciarra), cópias romanas
segundo um original grego de bronze de Crésilas (c. 440-430 a.C.), mármore
Fonte: metmuseum.org
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Roma – O Mundo a Seus Pés
A fundação da cidade de Roma, em 753 a.C. está ligada à lenda da Loba Capitolina. Virgílio,
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em seu poema épico chamado Eneida, datado de I a.C., conta que o rei Numitor e sua filha,
Silvia Reia, foram aprisionados por Amúlio, irmão do rei. O rei Marte, ao saber que a princesa
estava presa em uma torre, vai ao seu encontro e a engravida de gêmeos. Amúlio coloca
os bebês em uma barca e os lança no rio Tibre, mas são encontrados por uma loba, que os
amamenta. Um casal encontra os gêmeos Remo e Rômulo, que crescem e enfrentam o rei
Amúlio, fundando a cidade de Roma, em 753 a.C.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Roma foi fortemente influenciada pela cultura dos gregos e etruscos, que
moravam na península Itálica entre os séculos XII e VI a.C. Dos gregos herdou o
ideal de beleza, e dos etruscos dois elementos importantíssimos para a arquitetura:
o arco e a abóbada.
Escultura Romana
Apesar da importação das esculturas e do grande número de cópias feitas dos
originais gregos, os romanos desenvolveram um estilo próprio. Quando um chefe
de família morria, era encomendada uma cópia de seu rosto em cera para ser
preservada. Era uma forma de manter viva na memória a imagem dos antepassados
e transmitir a ideia de continuidade das famílias. A fragilidade do material fez com
que essas peças desaparecessem com o tempo.
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Fig. 29 – Estátua de Augusto de Prima Porta (c. 20 a.C.), sem pintura e com pintura, mármore
Fonte: Adaptado de Wikimedia/Commons
A maioria das obras romanas originais se basearam em modelos gregos, como é o caso da
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escultura de Augusto de Prima Porta (c. 20 a.C.) (Fig. 29). A posição escolhida pelo escultor
é a mesma da obra grega Doríforo, de Policleto (c. 440 a.C.) (Fig. 30), mas, com o romano
vestindo roupas e as feições do imperador, um braço e um olhar direcionados ao povo.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Pintura Romana
A pintura romana era feita sobre as paredes com a técnica do afresco, no qual o
artista aplicava a tinta sobre uma camada ainda úmida de gesso, tornando-a parte
da estrutura.
A destruição de Pompeia (Itália), causada pela erupção do vulcão Vesúvio, em
79 d.C., é uma das causas de sabermos tão pouco sobre as pinturas romanas.
Partes preservadas e descobertas, posteriormente, informam sobre sua origem,
função e qualidade.
Essas pinturas faziam parte da decoração interna das construções e podiam ser
apreciadas em painéis que recobriam suas paredes, no final do período republicano
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até o período do império, adotando os princípios e temáticas gregas dos períodos
Clássico e Helenístico, como natureza-morta e paisagem.
Fig. 34 – Pintura mural/afresco (c. 62 a.C.), casa dos Vetti, Pompeia (Itália)
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Arquitetura Romana
Os romanos aprenderam muito sobre construção arquitetônica com os etruscos
– povo que surge na península itálica, antes dos romanos, por volta do século
VIII a.C. – e deles herdaram os arcos de plena volta e o sistema de construção de
abóbadas, o que permitiu a criação de enormes espaços cobertos. Construíram
edifícios públicos e privados como casas, templos, termas, aquedutos, mercados e
prédios governamentais.
Fig. 35 – Aqueduto romano Pont du Gard (séc. I a.C.), na Gália Romana (atual sul da França)
Fonte: Wikimedia/Commons
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Um átrio cheio de colunatas leva a um pórtico de onde se abrem as portas
para seu belo interior, pleno de delicadeza e leveza, totalmente contrastante com a
sobriedade da sua fachada externa. Seu espaço interno possui proporções de um
equilíbrio perfeito.
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Explor
Na inauguração do Coliseu, a sua arena ficou cheia de água para a representação de uma
batalha no mar. Participaram da apresentação três mil atores. O anfiteatro tinha um
dispositivo que acumulava a água da chuva e era capaz de enchê-lo em poucos minutos.
Durante o reinado de Alexandre Severo (222-235 d.C.), o anfiteatro ganhou mais um andar
(quatro ao todo) e passou a ter capacidade para 90 mil pessoas.
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Fig. 41 – Pisos em mosaico romano (séc. I a.C.), sítio arqueológico de Volubilis (Marrocos)
Fonte: iStock/Getty Images
para discutir as questões da nova religião. Nesses lugares, começaram a surgir pinturas
nas paredes que ilustravam as passagens do evangelho. Os pintores dessas imagens, em
geral, eram pessoas comuns do povo e não especialistas, o que fica evidente nos afrescos.
As composições são simples e pouco elaboradas, sem profundidade, detalhes anatômicos e
pouca variação de cor. Essa produção artística ficou conhecida como Arte Paleocristã (início
do século II até o final do século V).
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Ele está de frente, com o olhar fixo e uma postura rígida, levando “o observador
a uma atitude de respeito e veneração” (PROENÇA, 2007, p. 48). A cor dourada
simbolizava o ouro e a riqueza e justifica o título dado a essa época de Idade do Ouro.
Fig. 43 – Justiniano e seu séquito (c. 547 d.C.), mosaico, Basílica de São Vital, Ravena (Itália)
Fonte: Wikimedia/Commons
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Fig. 44 – Detalhe de Justiniano e seu séquito (c. 547 d.C.), mosaico, Basílica de São Vital, Ravena (Itália)
Fonte: Adaptado de Wikimedia/Commons
Fig. 45 – Imperatriz Teodora com seu séquito e damas da corte Fig. 46 – Detalhe de Imperatriz Teodora com
(547 – 548 d.C.), mosaico, Basílica de São Vital, Ravena seu séquito e damas da corte (547 – 548 d.C.),
Fonte: Wikimedia/Commons mosaico, Basílica de São Vital, Ravena
Fonte: Wikimedia/Commons
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Pintura Bizantina
O ícone bizantino, surgido no século V, é uma pintura extremamente elaborada
e suntuosa, que mostra as figuras sagradas do evangelho como o Cristo, a Virgem,
os santos e os mártires. A técnica do afresco ou encáustica era aplicada sobre
uma base de madeira ou metal, podendo ser revestida com folhas de ouro e com
incrustações de pedras preciosas. Muitos ícones recebiam joias reais para conferir
um aspecto ainda mais luxuoso.
Fig. 47 – Madona entronizada (final do século XIII), têmpera sobre painel de madeira
Fonte: Wikimedia/Commons
A têmpera é uma técnica que foi muito utilizada pelos artistas até o surgimento da tinta
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Escultura Bizantina
O que conhecemos da escultura nesse período é a sua aplicação na arquitetura,
como os baixos-relevos feitos em capitéis que sustentam arcos e abóbodas herdados
da arquitetura grega e romana.
A estátuas foram excluídas das igrejas, pois poderiam lembrar os ídolos pagãos.
Apesar disso, podemos encontrar estátuas colossais de imperadores, do século IV,
tanto no Leste como no Oeste, como a Cabeça de Eutrópio (c. 450 d.C.) (Fig. 49).
Arquitetura Bizantina
As construções de planta redonda e com um domo central são tradicionais nessa
região desde o imperador Constantino, mas “a partir de Justiniano, as igrejas
abobadadas e de plano central passariam a dominar o mundo da Cristandade
ortodoxa...” (JANSON, 1996, p. 97).
A basílica de Santa Sofia (Fig. 50), um museu desde 1935, foi construída no
reinado de Justiniano e talvez seja a melhor forma de exemplificar o quanto a arte
bizantina é suntuosa. Sobre sua planta quadrada encontra-se uma imensa cúpula
circundada por várias outras, sustentadas por quatro arcos. Sua nave central é
circundada por colunas com capitéis coríntios. “O revestimento de mármore e
mosaicos e a sucessão de janelas e arcos criam um espaço interno de grande
beleza” (PROENÇA, 2007, p. 49).
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Fig. 51 – Interior da basílica de Santa Sofia (532 a 537 d.C.), Istambul (Turquia)
Fonte: Wikimedia/Commons
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A arquitetura bizantina se caracteriza pela riqueza de luz em seu interior, mosaicos
dourados e coloridos, os capitéis entalhados em mármore.
A maior parte das majestosas construções dessa época encontram-se na cidade italiana de
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Ravena, como as basílicas de San Vital e San Apollinaire in Classe (Fig. 53). O fato se deve a
Justiniano querer reunificar o Império novamente. A cidade de Ravena foi reconquistada em
540 d.C. e se tornou um local de muita importância no lado ocidental.
Fig. 54 – Interior da basílica de San Apollinaire in Classe (séc. VI d.C.), Ravena (Itália)
Fonte: Wikimedia/Commons
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UNIDADE Grécia, Roma e Bizâncio – Arte, Razão e Poder
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Arte Romana
Google Arts Project: Corinium Museum, Cirencester (Reino Unido).
https://goo.gl/PhBl1j
Arte Grega
Google Arts Project: Acropolis Museum, Athina (Grécia).
https://goo.gl/BhT86R
Vídeos
Arte Grega
https://youtu.be/zU8i3z9h-WQ
História da Arte - Arte Grega
https://youtu.be/Eg_Ml-1R7ow
Filmes
Gladiador
Direção: Ridley Scott, cor, 154 min, 2000, Estados Unidos/Reino Unido. Sinopse:
O ano é 180 e o general romano Máximo (Russel Crowe), servindo ao seu imperador
Marco Aurélio (Richard Harris), prepara seu exército para impedir a invasão dos
bárbaros germânicos. Durante o combate, Máximo fica sabendo que Marco Aurélio, já
velho e ciente de sua morte, quer lhe passar o comando do Império Romano.
300
Direção/Roteiro: Zack Snyder, cor, 117 min, 2007, Estados Unidos. Sinopse: o rei
Leônidas (Gerard Butler) e seus 300 guerreiros de Esparta lutam até a morte contra o
numeroso exército do rei Xerxes (Rodrigo Santoro). O sacrifício e a dedicação destes
homens uniram a Grécia no combate contra o inimigo persa.
Série de TV – ROMA
Direção: Michel Apted, Allen Coulter, Alan Poul, entre outros, cor, Estados Unidos/
Reino Unido. Sinopse: a vida dos grandes imperadores e de pessoas comuns e os
principais fatos históricos no final da República Romana.
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Referências
GRAHAM-DIXON, A. Arte: o guia visual definitivo. São Paulo: Publifolha, 2012.
Sites consultados
Arte romana. Disponível em: <http://umolharsobreaart.blogspot.com.br/2014/
02/7-arte-da-antiguidade-classica-arte.html?view=sidebar>. Acesso em: 16 dez 2016.
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