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Cenografia

Material Teórico
Conceitos e Definições de Cenografia Através da História:
Origem Teatro Grego

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Renata Guimarães Puig

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Conceitos e Definições de Cenografia
Através da História: Origem Teatro Grego

• Introdução;
• Definições de Cenografia através da História;
• Teatro Grego.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Veremos um panorama geral da cenografia, além dos cenários cria-
dos para as instalações efêmeras;
· Faremos um passeio pelos conceitos e definições de cenografia atra-
vés da História;
· Estudaremos seu surgimento, o termo, um breve histórico e a origem
do Teatro grego.
Orientações de estudo
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Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Conceitos e Definições de Cenografia Através da História:
Origem Teatro Grego

Introdução
Vamos começar a Unidade conhecendo alguns conceitos importantes para o
entendimento da Disciplina.

O que é Cenografia?
De acordo com o dicionário Aurélio (2008, p. 224), cenografia, substantivo fe-
minino, é a “Arte de criar cenários” e está ligada ao Teatro, ao cinema e à televisão.

“A cenografia, do grego skenographia e do latim scenographia, síntese histórica


e tecnológica do ato projetivo cênico, abrange, atualmente, todo o processo de cria-
ção e construção do evento estético-espacial e da imagem cênica” (URSSI, 2006).

A cenografia é uma palavra que escapa da sua maior vinculação, o Teatro. Ela nasce
antes dele, como veremos em nosso estudo.

Podemos dizer que a origem do Teatro é pré-histórica; nasceu da forma circular


definida pelo público, que se posicionava em torno do espetáculo primitivo.

O xamã, instrumento de ligação entre a natureza mística e o ser humano, era o


personagem. A intuição dos serviços cênicos que surgiu com os xamãs criou ade-
reços de cena, como a luz para os efeitos no fumo da queima de ervas intoxicantes
ou na fumaça de charutos.

Edifícios teatrais como cabanas com pouca iluminação, em que o Sol entrava atra-
vés de pequenas aberturas e fazia o papel dos refletores atuais.

As roupas especiais adornadas como as máscaras eram usadas para atrair ou assus-
tar os espectadores durante o trabalho de curanderia dos xamãs e, a cenografia por
fim, tornava-se o composto dos efeitos e da decoração de tetos e paredes.

Assim, os meios e os serviços teatrais são anteriores ao Teatro ocidental e tinham


o propósito de dar ambiente não só a um texto, mas a uma situação.

Mais tarde, a cenografia foi absorvida pelo Teatro, ganhou texto e dramaticida-
de, o que distinguiria o Teatro ocidental das manifestações religiosas e de dança de
outras regiões do mundo, além de ter acrescentado o conflito e a discussão entre
homens e deuses, de acordo com o professor e cenógrafo Cyro Del Nero (2008).

Xamã ou mago xamanista está ligado ao Xamanismo, uma religião de certos povos do norte
Explor

da África, baseada na crença de que os espíritos maus ou bons são dirigidos pelos xamãs,
com teatralidade (ainda não definida como Teatro).

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O termo cenografia, então, nasce no século V a.C., nos textos gregos, segundo
Aristóteles (A poética). Servia para designar embelezamentos da skené1, como um
desenho com noção de profundidade na tenda em que os atores trocavam de roupa.

Mais tarde, seria encontrado nos textos em latim, de Vitruvio (De architectu-
ra): scenographia.

No Renascimento, os textos de Vitruvio foram traduzidos e o termo cenografia


passou a designar a perspectiva no espetáculo teatral (MANTOVANI, 1989).

Em latim De Architectura (sobre a Arquitetura) ou, ainda, em seu título completo De


Explor

Architectura Libri Decem (Dez Livros Sobre a Arquitetura) é um Tratado sobre arquitetura
do romano Marcus Vitruvius Pollio (80-70 a.C. – 15 a.C.). Considerada a fonte mais confiável
de informações sobre a antiga Arquitetura romana, De Architectura realiza abrangente
reflexão sobre os conhecimentos da Disciplina em sua época.

Definições de Cenografia através da História


A cenografia existe desde o espetáculo teatral da Grécia antiga, mas, em cada
época teve um significado diferente, dependendo da proposta do espetáculo.

O Teatro ocidental tem sua origem na Grécia entre os séculos VII e VI a.C..

Dançava-se em festas, festivais e orgias em homenagem às estações do ano,


à colheita, aos deuses e a Dionísio, o Deus do vinho, do entusiasmo e do êxtase.

O Teatro está relacionado ao meio social em que surge e será definido de acordo
com o pensamento de cada época. Portanto, o Teatro e a cenografia da Grécia An-
tiga são diferentes dos demais períodos que se seguem, como estudaremos agora.

Do grego:
Explor

• Skené1 – cena;
• Graphein – Escrever, desenhar, pintar, colorir;
• Skené-graphein: skenographia ou cenografia.

O cenário da Antiguidade era fixo, com poucos elementos, e servia como ornamen-
tação para a cena. Na Grécia, as representações aconteciam ao ar livre, os primeiros
Teatros foram construídos em madeira e só no século V passaram a ser construídos
em pedra. Sua forma era concêntrica e circular e no edifício não havia divisões para o
público em classes sociais – tinha caráter religioso.

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Origem Teatro Grego

A estrutura do Teatro grego (Figuras 1) era:


1. Kôilon – bancada: era o lugar dos espectadores, uma estrutura em degrau,
seguindo o perfil natural do terreno, que envolvia o círculo central;
2. Orkhêstra: círculo central no qual atuava o coro;
3. Proskênion – palco: lugar para atuação dos atores;
4. Skené: era uma parede maior que o diâmetro do círculo central, com entra-
das e saídas (parodos) para os atores, junto à orkhêstra.
Explor

Planta baixa - Teatro de Epidauros – Século V a.C., Peloponeso - https://goo.gl/3UqGrM

Figura 1 – Teatro de Epidauros – Século V a.C., Peloponeso


Fonte: Wikimedia Commons

O Teatro romano era diferente, pois era dividido por classes sociais, em: os me-
lhores lugares eram reservados para poucos privilegiados; perde o caráter religioso
para dar lugar ao divertimento.

O edifício era concêntrico, circular e o círculo central do Teatro grego é eliminado;


em seu lugar surge um semicírculo construído. Praticamente, dispensa-se o coro e o
lugar do espectador acompanha a sua nova forma. O proscênio se amplia e o muro
que corresponde à skené aumenta, envolvendo todo o edifício grandioso. A decora-
ção era rica, como no Teatro de Marcello (Figura 2), com 14.000 lugares.

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Estrutura do Teatro Romano:
1. Orquestra: local das apresentações;
2. Cavea: arquibancada do Teatro romano;
3. Forma semicircular;
4. Cena fixa;
5. Pórtico multifuncional.
Explor

Planta baixa – Teatro de Marcello – Século VIII a.C., Roma. - https://goo.gl/iKR4mL

Figura 2 – Teatro de Marcello – Século VIII a.C., Roma


Fonte: iStock/Getty Images

Na Idade Média, século V ao XV d.C., o cenário adquire caráter místico e religioso,


representando um lugar: céu, terra, inferno.

O espaço cênico medieval era o próprio interior da Igreja, em que a represen-


tação dos dramas religiosos confundia-se com a própria Liturgia. Em um primeiro
momento, os fiéis participavam como figurantes e, posteriormente, como atores.

As encenações tornaram-se maiores e mais elaboradas; aos poucos, deixaram o


espaço eclesial; a cena migrou para o Pórtico da Igreja e em seguida para as áreas
públicas, como o pátio da Igreja, as ruas e a praça do Mercado (Figura 3).

Surgiu uma nova forma de representação, em que vários cenários eram


simultâneos.

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Figura 3 – Teatro medieval nas ruas


Fonte: Wikimedia Commons
Explor

Teatro Medieval com Cenários Simultâneos - https://goo.gl/Xr1xAS

Quando o Teatro começa a sair das Igrejas, é acolhido pelas cidades e sofre
adaptações – o Teatro passa a ser divertimento.

O Renascimento italiano (século XV ao XVI), apresentou cenários criados usando


as três dimensões, pintados usando a nova técnica desenvolvida da perspectiva, que
representava paisagens urbanas ou campestres.
Explor

Teatro Renascentista - https://goo.gl/Tjd7KJ

A Commedia Dell’Arte é uma das vertentes do Teatro renascentista oposta aos


ideais clássicos que surgiam nas Artes durante a época da Renascença, ou seja, de
caráter popular e itinerante.

Esse tipo de Teatro, surgido na Itália, no século XV, veio contrapor o academi-
cismo da época do Renascimento, por meio de uma linguagem coloquial.

Os atores apresentavam os textos de dramaturgia em locais públicos; os temas


não possuíam o caráter religioso que possuía o Teatro medieval, pela forte influên-
cia da Igreja.

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“Na Inglaterra o Renascimento trouxe a cena elisabetana, onde o cenário constru-
ído é permanente, e nele podem ser acrescidos alguns elementos cênicos adequados
à encenação” (MANTOVANI, 1989, p. 14) (Figura 4).

O Teatro Elisabetano corresponde ao teatro produzido durante o reinado de Elisabeth I, da


Explor

Inglaterra, de 1558 a 1603, tendo como grande expoente William Shakespeare. A influência
renascentista vinda do continente trouxe as referências da cultura grega, do Humanismo
e do Cientificismo. A autonomia da Inglaterra perante o continente e a Igreja foi definitiva
para o nascimento desse movimento teatral, tão importante para a cultura ocidental.

Outra característica que afasta a produção inglesa da do resto do continente euro-


peu é o alcance social das peças: enquanto na Itália o Teatro estava reservado à elite,
na Inglaterra,  príncipes, nobres, artesãos e camponeses assistiam e se deleitavam
com as montagens, embora cada um ocupasse seu lugar específico dentro do Teatro.

Essa fusão de públicos levou, também, a uma fusão de estilos. Nesse período, sur-
gem as  misturas muito particulares entre a tragédia, a comédia e o novelesco.

Inspirados nos circos da época, os Teatros elisabetanos, inicialmente, eram impro-


visados ao ar livre. Com o aumento da popularidade, foram surgindo os primeiros
Teatros, que eram construções simples, geralmente, circulares ou hexagonais.

Figura 4 – Teatro Renascentista Elisabetano


Fonte: Wikimedia Commons

O Barroco (Figura 5) traz a perspectiva oblíqua e os cenários foram construídos


em três dimensões, ricos em detalhes. A função da cenografia era encantar o
público e o palco era como uma caixa mágica.

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Figura 5 – Teatro Barroco – Cenário para Andromède, de Corneille, 1650


Fonte: Wikimedia Commons

Na Revolução Francesa, o contexto social muda, assim como na Revolução In-


dustrial, que marca a chegada da locomotiva e da velocidade.

A fotografia também muda o panorama artístico. Assim, o século XIX passa por
mudanças que são refletidas nas novas propostas de cenografia, como a luz arti-
ficial e com o escurecimento da plateia, favorecendo a ópera de Richard Wagner,
por exemplo (Figura 6).

O século XX traz os diversos movimentos dos ismos na Arte de Vanguarda e a


crença no progresso, com o telefone, o carro etc.

Figura 6 – Interior da sala de espetáculos – Richard Wagner – Século XIX


Fonte: URSSI, 2006

No Brasil, o termo cenografia tornou-se muito utilizado pelas gerações mais novas,
com o significado alterado desse processo criativo cênico, muitas vezes confundindo-
-se com a cenotécnica.

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Esses novos cenógrafos possuem a formação pela prática da montagem, desde
espetáculos, até estandes promocionais, exposições de Arte e festas. Poucos conse-
guiram condições adequadas para executar o cenário como haviam projetado.

Trocando ideias...Importante!
O que é Cenotécnica?
A cenotécnica compreende todas as técnicas que permitem a constrição de cenários,
assim como a criação e o uso das máquinas necessárias para fazer com que o espetáculo
aconteça (MANTOVANI, 1989).

O Teatro brasileiro tem sua origem com as representações de catequização dos


índios, com a Companhia de Jesus, ordem religiosa dos Jesuítas, que se encarregou
da expansão da crença pelos países colonizados. Os autores do Teatro nesse período
foram o Padre José de Anchieta e o Padre Antonio Vieira (Figura 7).

Figura 7 – Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu, por Benedito Calixto, 1927


Fonte: Wikimedia Commons

Mais tarde, a cenografia chega ao país com os gabinetes, influência francesa, o


décor fermé, que surgiu na Comédie-Française (Figura 12), em 1827.

Os gabinetes eram cenários construídos com trainéis1 formando paredes, janelas,


portas, que reproduziam o interior de alguma habitação ou, ainda, podiam ser utili-
zados como cenários telões pintados, colocados no fundo do palco.

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Origem Teatro Grego

Figura 8 – Interior do Comédie-Française, 1790


Fonte: Wikimedia Commons

Flávio de Carvalho, Santa Rosa (Figura 9), Cyro Del Nero, Flávio Império e
Daniela Thomas (Figura 10), entre outros, trabalharam a cenografia brasileira dos
anos 1930 até hoje.

Figura 9 – Cenário de Santa Rosa para a peça Uma Loura Oxigenada, 1937
Fonte: www.funarte.gov.br

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Figura 10 – Cenário da abertura dos Jogos Olímpicos Brasil, 2016
Fonte: Wikimedia Commons

Trainel: elemento dos cenários; é feito de uma armação de madeira geralmente recoberta
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de pano. É usado na vertical. Pode ser, por exemplo, o suporte das paredes do gabinete
(MANTOVANI, 1989, p. 92).

Teatro Grego
No início, as sociedades primitivas faziam rituais, misturando dança, música e
Teatro. O ritual tinha função social (Figura 11): ajudar na caça, na agricultura, na
cura de doenças.

De acordo com Cyro Del Nero (2008, p. 13):


A eira, nas propriedades rurais no interior da Grécia dos séculos VII e VI a.C.,
era o piso circular onde os grãos eram moídos por uma mó girada por uma
parelha de bois. Essa eira tem sido a mesma desde a mais remota Antiguida-
de até hoje. Alegres danças durante as colheitas e festivais religiosos foram
realizadas nela ou em terreno circular.

Quando foi construído o Teatro de Dionisos em Atenas, por Pisístrato


(600-528 a.C.), tais cerimônias rurais dentro de um círculo foram transfe-
ridas para ele.

Havia um santuário de Dionisos, um altar, uma gruta e uma “orquestra” (do


verbo dançar) circular de terra batida ou areia (arena), onde se realizavam
cantos e danças coletivas. Essa orquestra tinha um diâmetro de 27m (onde
caberia o Teatro shakesperiano). Esse primeiro edifício teatral era um espaço
com excelente acústica e democrática visão. O público estava sentado em
um espaço chamado theatron (local de onde se vê).

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Figura 11 – Eira de bois que criava um círculo com terra batida, onde os festivais
agrícolas eram realizados: a festa do Komos, origem da comédia
Fonte: comunidademoriah.org

O Teatro teve sua origem no século VI a.C., na Grécia, surgindo das festas dio-
nisíacas realizadas em homenagem ao deus Dionísio, deus do vinho, do Teatro e
da fertilidade.

Essas festas, que eram rituais sagrados, procissões e recitais que duravam dias
seguidos, aconteciam uma vez por ano, na Primavera, período em que se fazia a
colheita do vinho naquela região.

Um dos participantes desse ritual sagrado resolveu vestir uma máscara huma-
na, ornada com cachos de uvas e subiu no tablado na praça pública. Esse homem
chamava-se Téspis, considerado o primeiro ator da história do Teatro ocidental.

Você Sabia? Importante!

Aristófanes, dramaturgo grego (445 a 386 a.C.), é considerado o maior representante da


comédia antiga.

Para Aristóteles, a tragédia não era vista com pessimismo pelos gregos, e sim como
educativa. Tinha a função de ensinar as pessoas.

Aristóteles era o filósofo que tinha a função principal da tragédia, porque era descri-
ta por ele. Muitas das tragédias escritas perderam-se e são três os escritores importan-
tes: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.

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Ésquilo (525 a 456 a.C.) – Principal texto: Prometeu Acorrentado. Tema principal de que
tratava: fatos sobre os deuses e os mitos;
Sófocles (496 a 406 a.C.) – Principal texto: Édipo Rei. Tema principal de que tratava:
grandes figuras reais;
Eurípides (484 a 406 a.C.) – Principal texto: As Troianas – Tema principal de que tratava:
renegados, vencidos (pai do drama ocidental).

No início, fazia-se Teatro nas ruas; depois, tornou-se necessário um lugar. Surgem
os prédios teatrais gregos, que eram construções ao ar livre, formadas em encostas,
para facilitar o escalonamento das arquibancadas.

Os Teatros eram encravados numa colina (Figura 12), em que a plateia ficava na
arquibancada ou no barranco, e o palco tinha ao fundo três portas.

À frente do palco ficava o coro, onde, atualmente, fica o proscênio ou a orquestra,


como já visto nesta Unidade.

Figura 12 – Teatro de Dionísio – Século V a.C. – Atenas


Fonte: Wikimedia Commons

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Origem Teatro Grego

Figura 13 – Esquema do Teatro Grego


Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br

Assim, o Teatro ocidental nasceu de uma eterna cerimônia de louvor religioso e o


que lhe foi acrescentado foi a aparição do ator, alguém que, pela primeira vez, disse
que era quem não era (DEL NERO, 2008).

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Biografia de Santa Rosa
Entre no site a seguir e saiba mais sobre o cenógrafo brasileiro Santa Rosa:
https://goo.gl/B6Jy3B
Vestinado a Cena – Sobre Espaço, Imagem e Cenografia
https://goo.gl/7z8Qbz

Vídeos
Conheça o Teatro grego de Epidauros (Dublado)
https://youtu.be/9JjEoNo11XQ

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Origem Teatro Grego

Referências
DEL NERO, Cyro. Cenografia: uma breve visita. São Paulo: Claridade, 2008. 95p.
(Coleção Saber de Tudo).

DEL NERO, Cyro. Máquina para os Deuses: anotações de um cenógrafo e o


discurso da cenografia. São Paulo: SENAC/SESC, 2009. 384p.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio: o minidicionário da língua


portuguesa. 7.ed. Curitiba: Positivo, 2008.

MANTOVANI, Anna. Cenografia. São Paulo: Ática, 1989. 96p. (Série princípios; 177).

URSSI, José Nelson. A linguagem cenográfica. 2006. (Dissertação apresentada ao


Departamento de Artes Cênicas, Escola de Comunicações e Artes) Universidade de
São Paulo. São Paulo, 2006.

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