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Resumos HCA

Historia e cultura das artes (Escola Secundária de Albufeira)

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Cultura da Ágora (módulo 1)

! Ágora: Praça pública onde se discutiam ideias, se transmitiam informações e conhecimentos.


! Antiguidade Clássica: Período que compreende civilizações grega e romana. Entende-se por
classiocismo tudo que esteja relacionado com o período ou se assemelhe (arte grega, renascentista,
neo-clássica, arte romana)

! Deomocracia de Atenas: Após 444a.c houve uma época de grande flurescimento, paz e ócio e
liberdade. Século de Péricles ( Homem de estado de Atenas, mentor de um projeto artístico, cultural e
cívico)

! Cidadãos- Nascidos em Atenas, fihos de pai e mãe atenienses. Tinham direitos políticos tal
como podiam exercer cargos de governação.
! Metecos- Estrangeiros livres que habitam em Atens ( comerciantes ou artesãos). Não tinham
direitos políticos.

! Religião ateniense: Era celebrada ao ar livre e estava a cargo do estado. Era politeísta.

! Liga de Delos: Confederação das cidades-estados de Ásia-menor das ilhas da grécia dirigida
por Atenas. Goal: Defesa militar conjunta.

! Atenas: atraiu artista, filósofos e intelectuais dA Grécia, Mesopotânia, Egito, etc Criou uma
síntese cultural própria e original,

! Liga do Peloponeso- Associação de cidades dirigidas por Esparta em oposição a Atenas. Na


guerra do Peloponeso Atenas não só perdeu como foi destruída.

! Grécia:
I. Não costruiu impérios
II. Divida em cidades-estado
III. Democracia
IV. modo de vida: trabalho equilibrado por ócio e atividades culturais

! Pensamento Grego- Filosofia: “Amor pela sabedoria”


Surgiram pensadores que estabeleceram explicações sobre homem e vida e origem do mundo. Base da
atitude clássica: “O homem é a medida de todas as coisas”

• Sofistas: Corrente filosófica em que a verdade varia de homem para homem. Saber argumentar é o
mais importante.
• Sócrates: “Só sei que nada sei e sobre tudo devo refletir” Opõe-se aos sofistas- conhecimento
permite chegar à verdade, belo, virtude, bem.
• Platão: Descreve o conceito de cidade utópica e perfeita na “república”. Tentativa de alcançar modelo
de sociedade perfeita. Teoria que as coisas não se podem conhecer pelas aparências, apenas por
conceitos racionais.
• Aristóteles: Aluno de platão e um dos fundadores da filosofia. Espírito científico baseado no
abservação e experimentação.

! Batalha de Salamina- Persas (que tinham uma frota pesada) queriam/acabaram por conquistar
cidades gregas.
Gregos (Atenas, Esparta, Egina) formam união militar para preparar a resistência contra persas.
! Destaca-se o comandante Temístócles e a Trirreme grega ( navio leve e ágil)

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! Plano de resistência grego: Atrairam persas para o golfo de Salamina (devido ao boato de que
os gregos se iriam entregar) colocando estratégicamente as trirremes gregas. Sendo estas leves e
ágeis ao contrário dos pesados navios persas, os gregos tiveram mais facilidade a manobrar os navios.
No final através da inteligência, os persas foram cercados e derrotados.
! ! A vitória de Salamina acelarou o fim das guerras Persas, confirmou a independência da
Grécia e colocou Atenas em posição de liderança. Foi determinante para a continuidade da Grécia e a
sua cultura.

Péricles- Strategos autokrator de Atenas.


- Dominou inteligência (tinha uma familía ligada à tradição democrática, à tolerãncia e liberdade).
- Lutou pela justiça e diálogo
- Alcançou grande período de paz e prosperidade, Apogeu Económico.

Paz + Apogeu económico + apogeu cultural = desenvolvimento das artes

ARTE GREGA
! Goals:
• Alcançar o ideal de beleza e perfeição
• Atingir o ideal de estética absoluta através de racionalismo, pensamento lógico e científico.

! 3 fases:
• Arcaíco (IX e V a.C)
• Clássico/Apogeu (V e IV a.C)
• Helenísta (III e I a.C)

! Mitologia: Descrição simbólica de vida dos deuses e forças sobrenaturais.


! Homero- Escritor/poeta grego de Odisseia (Poema épicoem que relata o regresso de Ulisses
que venceu devido ao seu engenho representando o triunfo da inteligência e virtude) e Ilíada (poema
épico sobre guerra de Tróia e seus heroís). Ambos retratam superioridade de homem ideal.

! Antromorfismo- Deuses:
• Semelhantes aos homens (paixões, sentimentos, vícios)
• Imortais
• Qualidades: beleza, juventude, inteligência

Arquitetura Grega
! Relação entre geometria e arquitetura definiu noção de medida, proporção e composição.

! Elementos arquitetónicos: forma existente que define o tipo de


edifício.
!
! Cidade de Mileto: a 1ª composta por:
- Área sagrada- Acrópole na qual foram construídas os templos
- Área pública- Zona baixa da cidade onde se instalavam a ágora. Era o
centro da vida do Polis (reuniões públicas, eventos culturais).
- Área privada- menor importância monumental. Constituida por bairros
organizados por classes socias.
- Esta também conteve uma malha urbana ortogonal, sendo dividida por
quarteirões.
! Templo Grego: Tipologia- Naos sem janelas com estátuas. De
duas águas.

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Estrutura:
- Pronaus: espaço que antecede Naos (cella)
- Naos/cella: espaço divíno onde se encontrava estátua
de divindade
- Opistódomos- espaço posterior a naos. Tinha a
função de câmara de oferendas
- Peristilo- corredor externo circundante à naos (templo
perístilico)
Colonata- conjunto de colunas

ORDENS ARQUITETÓNICAS
!
I. Dórica:
• Coluna sem base
• Robusta, mais alta, relacionada com o sexo masculino
• Capitel em forma de coxim
• Analetes na parte superior do fuste
• Ábaco mais largo
• Arquitrave lisa
• friso dividido em métopas e triglifos
! Ex: Partenon, Propileus, Templo de Poseidon

II. Jónica:
•Capitel com volutas
•Tem base
•Fustos mais estreitos (relacionados com o sexo feminimo)
•Friso liso/corrido
•Arquitrave dividida em 3
! Ex: Erectheion- pórtico das cariatidas (colunas de estátuas), Atene Niké (hino à deusa Niké,
deusa da vitória, e à feminilidade que a ordem representa)
III. Coríntia:
• Capitel com volutas pequenas e com folhas de acant
• Tem base
! Ex: Templo de Zeus

! Sistema trilítico: Sistema construtivo cujo elemento de


elevação são pilares verticis unidos por vigametos horizontais.

! Alçado
I. Envasamento (junto ao solo)
• Esteriobato: degraus
• Estilobato: plataforma superioir do envasamento

II. Entablamento
• Arquitrave: Viga superior (Na ordem Jónica é dividida em 3)
• Métopas e tríglifos: no friso
• Tímpano: superfície triangular do frontão preenchido com baixos relevos
• Friso: Composto por baixo relevo
• Cornija: superfície triangular resultante do frontão

! Frontão: configuração triangular resutante do telhado


! Colunas: Definem a altura do edifício

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ESCULTURA GREGA
I. Kouros: Estatuária masculina, nua e jovem

II. Koré: Estatuária


feminina, vestida Escultura arcaica

III. Relevo no Tímpano


A. Apresenta cenas
narrativas
B. A posição da figura
acompanha o declive
do frontão ocupando
todos os espaços
C. Também foi utilizado estátuas justa postas.

! Escultura Arcaica
- Aspeto maciço
- Ombros largos
- Uma das pernas adiantadas (simulação de dinamismo)
- Aspeto vertical
- Olhos grandes
- Sorriso arcaico
- Cabelo geometrizado ao longo do pescoço (reforço estático) Kouro Kroisos

! Estilo Severo
- Transição da época arcaica para cássica
- Há severidade e sobriedade no tratamento dos corpos

! Escultura clássica
- A expressão é séria e pensativa
- Apresenta movimento ligeiro

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- Simetria arcaica passa para assimetria calculada no eixo e ancas (a esta


simetria equilibrada dá-se o nome de contraposto)
- Perna de apoio onde cai mais peso do corpo
- Perna livre
- Beleza ideal tal como condição psicológica

Exemplos:
1. Doríforo de Polícleto
- Considerado obra que mais determina os cânones da escultura clássica
- Cabeça de figura (1/7 da altura do corpo)

2. Estátua de Zeus de Fídias


- Escultor mais famoso da arte grega
- Também produziu relevos para edifícios (métopas e frontão do Partenon)
- Caracteriza-se pela robustez e perfeição anatómica

Outros escultores:
- Praxíteles: Primeiro a esculpir corpo feminino nú, caracteriza-se pelos
corpos mais efeminados e esbeltos
- Scopas: escultor com características mais expressivas
- Lísipo: estabeleceu um novo cânone nas proporções: cabeça passa a ser
Dorífiro de Polícleto
1/8 do corpo

! Escultura Helenística
- Realismo idealizado foi substituído por realismo mais expressivas
- Helenístico- expanção de cultura helénica por Alexandre Magno
- Aparece efeito dramatico e teatral na escultura helenística
- Houve influências de outras culturas devido à expansão de Alexandre
- Aparece gosto pelo retrato escultório (mais desenvolvido em Roma)
- Produzem-se e vendem cópias de estátuas clássicas para colónias gregas e Roma

Exemplo: Gaulês Moribundo


Este representa emoções, paixões e sofrimento.
A escultura passa a servir para ser uma narrativa, cantar uma história ou narrar um acontecimento
real.

Cerâmica Grega
!

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! Um dos melhores suportes para compreender a cultura grega, principalmente o


quotidiano. Normamente o que era representados nos vasos estava relacionado para a sua
função.
Plástica: tudo o que é relativo a obras de barro (plastiké, ou seja, moldar a forma).
!
Pastas:
• Barro
• Terracota
• Englobo
• Faíança
• Porcelana

Havia dois tipos:


1- figuras claras com fundo negro
2- figuras negras com fundo claro

! Estilo Geométrico
• Contém motivos geométricos
• Aplicações de ponto, linha, meandros, círculo e lnhas
quebradas
• Motivos realçados a negro sobre fundo claro
• Mais tarde aparecem elementos figurativos em silhuetas
esquematizadas. Representam batalhas e cerimónias
fúnebres.

! ESTILO ARCAICO- 2 fases


1ª- Fase orientalizante- Utiliza o figurativo com influências orientais.
Figurativo:
- Grifo: animais mitológicos
- Esfinges: figura com cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia
- Górgonas: figura assustadora. Também aparecem com corpo de mulher e sepente na cabeça
(Medusas)

2ª- Fase Arcaica: figuras pintadas a negro sobre fundo vermelo do barro
Figuras estilizadas apresentando-se com tronco de frente e cabeça de lado
Técnica de incisão, o que permite representar pormenores anatómicos.

! ESTILO CLÁSSICO
• Apogeu técnico e estético
• Foi implantado a técnica das figuras vermelhas no fundo preto
• O negro era revestido em negativo, deixando o vermelho do barro
• Aparece a representação tridimensional

Instituições mais importantes


! Estavam ao nível dos templos (celebrações relacionadas com os aniversários dos deuses)
Existe divinação destas funções.
- Festivais onde se realizavam cerimónias religiosas e concursos
- Grandes Panateneias- Eram as festas mais relevantes na cidade de Atenas
- Jogos Pan Helénicos- Jogos desportivos na Grécia toda.
! Nos jogos só participavam cidadãos gregos de boa sociedade. Não eram profissionais. Os
vencedores recebiam a coroa de oliveira e coroa de louros. Os vencedores eram imortalizados pelos
poetas e artistas, atingindo o supremo valor de espírito grego.

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! O conceito de vitória: consagração da vitória do homem dobre a existência. A vitória física


simboliza o triunfo da virtude e perfeição.

1. TEATRO- gosto pela cultura e formação cívica


! Origem: relacionado com culto ao deus Dionísio (vinho e fertilidade) e as suas celebrações em
Atenas, teatro com enredo.
! Teve grande importância para o desenvolvimento da cultura grega.
! Influência e inspiração para outros povos da antiguidade, nomeadamente os romanos.
! Era formado por diversos elementos, cenário e figurinos.
Tipos de representação:
- Tragédia- Peças de conteúdo dramático
- Comédia- Peças de conteúdo satírico
- Triologias- Estrutura teatral com tema comum e personagem unificadora
- Tentralogias- Composta por 3 peças trágicas e drama satírico

! As peças eram representadas por atores individuais e completadas pelo coro, cantavam com um
oboé.
! Os teatros eram as primeiras contruções de madeira, bancadas em hemiciclo que eram
colocadas de forma a aproveitar as inclinações naturais do terreno. Mais tarde aparecem construções
em pedra também assentes em declives que permita boas condições acústicas e visão do palco. Como
a paisagem era parte do cenário os teatros eram virados para o mar ou a montanha.

Tragédia- Género teatral mais antigo, baseado nas histórias de mitologia apresentando um final infeliz.
Teve o seu apogeu no tempo de Péricles; é escrita em verso; ligada às histórias religiosas na vida dos
deuses (condição humana); luta entre a vida e o destino, o fatalismo e a maldição; o enredo era cantado
em tensão crescendo até ao desfecho trágico
Comédia-
• Era um espetáculo divertido
• baseado em satirícas
• considerado pelos clássicos um género menor em relação à tragédia
• os juris não eram aristocratas tal como nas tragédias.
• Usa o ridículo para críticar as modas, vícios e atitudes politícas
• Grande espírito crítico

Esquilu- pai da tragédia grega


Sófacces- descreve o homem comum e os seus sentimentos (ex: “O Rei do Édipo”)
Eurípede- realçou o papel da mulher questionando a religião e tradição.

2. ESTÁDIO- gosto pelo exercício e aptidão física

PARTENON
! Existem relações simbólicas dos relevos externos (simbolizam vitória da civilização e ordem
sobre caos e barbário.
! A construção foi dedicada a Athenas Pallas, deusa dos atributos guerreiros e sabedoria, para
celebrar vitória ateniense sobre os bárbaros. Athena foi a protetora da cidade-estado.
! É um templo dórico períptero de mármore.
! Acima das colunas, de elegantes capitéis geométricos, encontra-se o entablamento cujo friso
alterna tríglifos com métopas esculpidas. A rematar as fachadas mais estreitas, os tímpanos dos
frontões, formados pelo telhado de duas águas, encontra-se uma riquíssima decoração escultórica,
pintadas em cores vivas, tal como outros elementos construtivos (fustes, capitéis e entablamento).
! Interior: grande cella dividida por naves com uma estátua de Atena Partenos, de Fídias em
marfim e ouro. Também existiam relevos pintados a dourado no resto do interior, como por exemplo no
teto.
! As Fachadas- deuses contra gigantes, gregos contra amazonas

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! Este templo sacraliza os fundamentos da sociedade e cultura grega pelas suas proporções e
equilíbrio formal e decorativo.
Conceito clássico
! Os gregos, e mais tarde os romanos, consideram a sua civilização como superior e opunha-se à
barbárie.
! É constante, permane-se transversal noutros momentos, ex: romanos que consideravam que o
que não fosse produzido em Itália era arte bárbara
! Para os gregos havia uma
dicomia entre ordem e caos.

ATENA NIKÉ
É um templo jónico de autoria de
calícrates.
Não é peristilo, é antipróstilo. Também
não tem opistodomos.
Simples de mármore. A decoração
concentra-se nos elegantes capitéis de
volutas, no friso contínuone nos
tímpanos dos frontões. Nos Tímpanos
existe decorações de temáticas
diferentes: os gigantes a este e as
amazonas a oeste.

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CULTURA DO SENADO (Módulo 2)

! A cultura romana é cultura helenística. Roma adquiriu-a pela conquista e compreendeu a


grandeza dos valores. A VIII a.C. Roma(?) surge como cidade, cresce politicamente e eventualmente
torna-se um império.
! Ao contrário da Grécia, esta tem unidade politica e estende o seu domínio:
• Politicamente- poder autocrático
• Jurídicamente- moderno e organizado
• Militarmente- disciplinado, meticulosamente organizado e com mais tecnologia avançada
• Socialmente- 3 classes: Patrícios (nobres); Plebeus (não nobres e remediados); escravos sem
liberdade
• Tecnologicamente- superior a outros povos, no engenharia, construção de estradas, pontes, etc
• Culturalmente- cultura eclética mas com forte base helenística

Octávio César Augusto: 1º imperador. Era sobrinho e herdeiro de Julio César. Está relacionado com o
apoheu cultural.
! Ações de Augusto:
• Militares: “Pax Romana”. Restabeleceu ordem e disciplina. Pacificou ações político-militares.
• Políticas:Reforço do poder do Imperador. Criou: novos orgãos de apoio; Conselho Imperial; guarda
preturiana. Reduziu poder do Senado.
• Sociais: Hierarquizou a sociedade, tornando-a mais coesa permitindo eleição de homens livres para
cargos politicos e de magistratura.
• Culturais: Protegeu artistas e intelectuais. Construiu templos, teatros, arcos do triunfo, abriu escolas.
• Religiosas: Restabeleceu religião tradicional ligando-a ao culto do imperador- detentor e interpretação
da vontade dos deuses.

! Urbanismo romano
! Roma tornou-se cidade cosmopolita. Foram construídas vias, praças, aquedutos, diversos
edifícios civis públicos. Mais de um milhão de habitantes. Passavam lá muitas pessoas
importantes.Construção de cidades criou urbanismo

! Latim: Língua de origem indo-europeia sofrendo influências de gaulês, grego, etc...


Tornou-se modelo de civilização e língua oficial do império. Língua de administração e o elo unificador
do sistema politico e de escritores, poetas (Cícerp, Virgília, Horácio)
! Existiam 2 tipos de latim:
1. Latim Erudito: falado por elites. É considerado mais puro e rigoroso
2. Latim do Povo/de Limes: Falado por povo. Este foi alterado pelas línguas locais e baixa confição
cultural. Por sua vez, este deu origem às atuais línguas norilatinas (francês, português, etc...)

! Ócio: Usufrutro dos tempos livres. Com a fluência dos escravos gregos, a língua grega começou
a ser utilizada por elites romanas. Existe maisgosto pela filosofia, música e artes. Os romanos adotaram
a cultura grega, como por exemplo no vestuário e penteados.

! Termas
! Socialmente praticou-se a ida às termas e convívio nos salões. O banho demorava geralmente
toda a tarde, por isso as termas também eram um local de convívio e conversa.
• Tepidarium- local de águas tépidas
• Solarium- “banhos” de sol ao ar livre

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• Caldarium- local de águas quantes e ambiente de sauna


• Frigidarium- local de águas frias
Comiam deitados em tricliniuns nos banquetes.

! Teatro: Tinham influência grega. Nas cerimónias fúnebres haviam representações do defundo
com os deuses.
! Combates: Combates com feras, entre animais ou caçadas. Eram combates entre guerreiros
normalmente recrutados entre escravos.
! Arena romana: A partir do Imperador Nero começaram também a existir rituais de sacrifício de
cristãos.
! Coliseu de Roma (Anfiteatro Flaviano): Deve o seu nome à expressão colossaum devido à
estátua colossal de Nero perto da edificação.
! Ócio entre elites: Práticas quotidianas eram repudiadas. Essas classes normalmente
refugiavam-se nas villae dedicando-se à leitura, música, arte e filosofia

! Períodos de história de Roma


• Monárquico (753-509 a.C)
• Repúblicano (507- 27 a.C)
• Imperial (27 a.C-476 d.C)

Monárquico
! Dominio Etruscos
! A cidade foi governada por reis de diferentes origens. Durante governo dos etruscos, Roma
adquirou aspeto de cidade. Construiu-se templos, drenagens de pânteno e sistemas de esgoto.
! O ultimo rei foi Tarquínio, o soberbo. Ele foi deposto em 509a.c por ter descontentado os
prádicios com medidas de plebeus. Para substituir os patricios colocaram ao poder os magistrados
(cônsules).

Período repúblicano
• Patrícios tinham poder e controlavam instituições politicas.
• Antigo poder do rei agora em 2 cônsules. Auxiliar conselho (100 cidadãos) e o Senado, que estava
responsável pelas finanças
• Cônsules: chefes de república tinham atribuições jurídicas e religiosas
• Senado: 300 senadores (geralmente patricios) eleitos por magistrados. Responsáveis por fazer leis e
decisões políticas
• Magistrado: responsabilidade: funções executivas e judiciárias
• Assembleia popular: patricios e plebeus destinava-se a rotação de leis e eleição de cônsules
• Conselho plebeu: composto só por plebeus. Responsável por decisões decretas do povo (plebiscitos).

Cidades romanos
! Nível administrativo: centro do governo em todas as províncias, tornando-se também centro de
aculturação de outros povos.
! Nível urbanístico: através de construção de cidades, o urbanismo, contituiu grande
características da cultura.

! Fórum: Praça pública da cidadee, nele estavam edifício importantes politicos e


religiosos!

! 2 eixos viários
Cardo: sentido Norte/Sul
Decumanos: sentido Este/Oeste
No centro dos 2 eixos encontra-se o fórum no periferia onde existia termas e teatros.

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! Senado: Assembleia constituidas primeiramente por anciãos das tribos. Mais tarde por ex-
magistrados eleitos ou nomeados. Primeiro tinham funções consultivas e depois funções deliberativas e
normativas (políticas e elaboração de leis)
Funções (período república)
• Política externa, guerra e paz
• Gestão de festas e solenidades religiosas
• Administração das finanças
• Ordem pública
• Declaração do estado de citio (figura jurídica. Suspensão temporária de direitos e garantias que
proporcionam a necessária eficiência na tomada de decisões para caso de proteção de estado pois
rapidez no processo de decidir é essencial)
• Suspensão de tribunais
• Gestão do exército

Funções (período império)


• Senado perde as funções de: comandar o exercito e intervir na politica externa
• Permanece com as funções de administração de Roma e algunas zonas pacíficas do império.

! Cícero: Cônsul e senador. Foi um dos maiores oradores de Roma no final da república. Foi um
profundo conhecedor das leis romanas.
!

! Lei romanas: Conjunto de normas de direito aplicadas em todo o mundo romano. Houve
uniformização dos procedimentos dos procedimentos jurídicos em todo o império.
!
! Direito Romano: Eram estabelecidas a racionalidade e pragmatismo nas situaçãos quotidianas.
Já separavam questões públicas das privadas. Vai até ao imperador do oriente Justiniano. O corpo
jurídico constituiu-se em um dos mais importantes e influênciou diversas culturas.
! Período Régio: Desde a fundação de Roma (753 a.C) até à república (510 a.C). Direito era
baseado no costume, tendo o direito sagrado ligado ao humano.

! Período Republicano: Vai desde 510 a.c até império com Augustos (27a.c)

! Período do principado: Período do direito clássico, época áurea de jurisprudência que vai do
reinado de Augusto até Dicleciano. Há mais participação dos jurisconcultas (conhecedores do direito);
substituição de direito magistratural que auxiliava, no lugar desde surge o cergnitio extra ordinem,
administração de justiça de aplicação partular do Imperador.

! Período Monarquia Absoluta: Após imperador Diocleciano até morte de Justiciano surge os
direitos pós-clássicos, havendo ausência de grande jurisconsulto. Existe adaptaçãp das leis por causa
do cristianismo. Ocorre formação de direito moderno.

! Constituições imperiais: leis promulgadas pelo supremo legislador. Imperador foi o supremo
legislador ao supremo juiz. Ele era a ultima instancia de recursos e apelações.

! Lei das 12 tábuas: 1º compilação escrita de leis de Roma

! Final deste período o poder de Julio César levou senadores a tramar a sua morte em 44a.c.
Segundo triunvirato: Marco António, lápio e Octávio impediram que o poder passa-se á aristocracia do
senado.
! Triunvirato seguinte: 31a.C (egito) Marco António foi derrotado por Octávio. Após isso ele pode
governar sem oposição.
!

Período Império

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! Após vitória, Octávio recebeu vários titulos de poder. A 27 a.C., pasou a ser Augusto
(consagrado majestoso).
I. Alto Império- Período no qual Roma atinge grande esplendor (até III d.C)

II. Baico Império- Fase marcada or crises que levaram à desagregação do império (até V d.C)

OCTÁVIO: Era herdeiro de Julio César; tinha grande habilidade e competência política; tornou-se figura
indispensável para o senado
! Na república romana:
• Impérium Proconsular- supremo comando militar
• Poder Tribunício- Presidência do senado, convocação, iniciativa de leis
• Poder de controlo- Sobre senadores e altos funcionários
• Augustus Pontifex Maximus- Controlo sobre poder religioso

Na monarquia romana
• 1º imperador designado pela virtude, clemência, justiça e piedade
• Aumento do império e consolidou as fronteiras impondo paz romana
• Reformou a administração e reestruturou a sociedade
• Rodeou-se de intelectuais, poetas e escritores

Incêndio 64d.C: Durou 7 dias


Consquências:
• Perdas de vidas
• Acusou-se Nero (imperador)
• Indignação contra Nero, este acusou os Cristãos
• Grande ofensiva contra cristãos
• Também mandou reconstruir Roma segundo regras

Arte
Teve 2 grandes influências:
! 1- Arte italoetrusca (expressão de realidade vivida e reveladora de povo alegre e amante da vida.
Herdaram vários conhecimentos e técnias (arco e abóbada), cidades com traçado retilíneo das ruas,
pontes, túneis, esgotos, edificação de templos compódio, pórtico com colunas de madeira, proporções
quase quadradas, paredes de tijolo cru, produção de túmulos de várias formas (características
semelhantes às casas dos vivos)
! 2- Greco-helenística orientada para expressão de ideal de beleza. Foram buscar concepções
clássicas dos estilos (dórico, jónico e coríntio) aos quais associaram novos estilos que apliaram na
decoração arquitetónica.

Arquitetura
! Esta reflete imponência do estado e do império. Também reflete a grandeza, retidão e
organização da cultura romana. Este conceito também se vê nos monumentos.
! Esta pragmática, preocupava-se com os aspetos práticos e funcionais. Foi muito influenciada
pela grega mas foi mais inovadora, existindo diferenças nos materiais, técnicas e tipologias.
! A arquitetura preocupava-se com a resolução de aspetos práticos e técnicos, respondendo com
soluções criativas e inovadoras às necessidades demográficas, políticas e culturais.
! Criaram novos sistemas construtivos que tiveram com base o arco e as construções que dele
derivam diferentes tipos de abóbadas, cúpulas e arcadas. Desenvolveram-se técnicas e instrumentos
de engenharia atribuindo-lhes base científica.

Inovações: usaram materiis mais baratos e fáceis de usar e trabalhar, para além da pedra, tijolo,
madeira e mármore. Esses materiais:
• Opus Caementicium (argamassa de com pedaços de calcário, cascalho e areia. É um inicio de betão)
• Opus Incertum (mesma massa com materiais de revestimento)
• opus quadradum (pedra em forma de cubo usada para edificação)

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• Opus tectorium (ladrilho cozido para revestimento)

! Vitruvio: Escreveu o 1º tratado de arquitetura, que foi muito influencial no renascentismo. Ainda
hoje é estudado como fonte de arquitetura clássica, na tentativa de criar teoria de arquitetura.
!
! Obras Públicas
• Nas construções públicas foi onde melhor expressaram o seu engenheiro técnico e originalidade
como desejo de poder e grandeza.
• (Período da república) Saliente construção de obras com caracter prático e utilitário (estradas, pontes,
aquedutos)
• (Período imperial) Deu-se ênfase a construções mais grandiosas e imponentes destinadas à vida
pública, cada vez mais complexa, ou ao lazer e divertimento da população , embora muitos deste já
existissem durante a república.

! Tipos de arquiteturs religiosa


• Templo (ex: templode fortuna de Verílis)
• Santuário (ex: santuário da fortuna primogénita)
• Altares (ex: Ara Pacis)

Templo:
1- Planta redonda Forma cilindrica com telhado cónico rodeado por colunata . Encontra-se em cima de
u “podium” com escadaria frontal.
2- Planta retângular Mais comum. Encontra-se num “podium” com escadaria frontal dando acesso ao
pórtico. Tinham 1 cella fechada sem peristilo. Às vezes tinham colunas adossadas às paredes exteriores
orientadas segundo determinação sacerdotal.

Santuário:
! Complexose de estrutura múltipla. Eram abertos para a paisagem através de vecintos ao ar livre
onde viviam os sacerdotes

Altar Ara Pacis


Constuido por Augusto, dedicado à deusa da paz. Planta quadrada sem cobertura erguido sobre um
podium decorado com relevos.

Panteão
! Vasto espaço interior pela estrutura construtiva, não tem colunas nos vãos resultante de uma
semi-esfera (rotação do arco de volta perfeita) sobre tambor circular. Contém pórtico com fachada em
frontão triangular com colonata. A sua altura é correspondente ao diâmetro da esfera.
Caixotões: formato côncavo- libertam peso da estrutura e criam um efeito estético, característico da
arquitetura romana.

ARCO
! O arco de volta perfeita/inteira foi grande inovação comparada ao sistema trilítico. A partir desta
também foi possível a criação de abóbadas de berço e cúpulas, ambas que permitem espaços interiores
mais amplos com vãos, portas e janelas, aproveitando melhor o espaço.
!
! Arcadas: Sucessão de arcos suportadas por colunas. Colunata ligada por arcos.
Clunas honoríficas: Colunas que contêm baixos relevos e inscrições relacionadas com acontecimentos.
! Arco do triunfo: Tinham várias formas e tamanhos. Decoradas com baixos relevos. Tinham
colunas adossadas de estátuas alegóricas. Encontravam-se em vias importantes/entradas de fóruns.
Por veze os arcos estavam adossados às portas das muralhas de cidade.

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! Elementos arquitetónicos: Arco, Frontões triangulares,


Colunas
! Houve utilização de revestimento com mármore.

! Basílica romana: tipo de edifício composto por abóbada


de arestas, cúpulas e semicúpulas sobre absides laterias. As
abóbadas permitem libertar peso das paredes laterias permitindo
também a abertura de vãos para o exterior e entrada de luz. Eram
edifícios multifuncionaisdestinados a albergar um número
considerável de pessoas (devido aos espaços mais amplos).
Continham tribunais, repartições públicas, bolsas de mercado,
termas, etc
!
! Fórum: Como a ágora, este é a praça principal da cidade funcionando como centro cívico,
religioso, político e comercial. Passam ideias do modo cultural.
!
! Ordens arquitetónicas:
• Toscana- sem caneluras
• Dórica
• Jónica
• Coríntia
• Compósita- aumenta o tamanho das volutas

Domus: casa unifamiliar privada, construida em tijolo, com ladrilhos cozidos no exterior e taipa (parede
feita em estrutura de madeira coberta com terra argilosa) e estuque (gesso de revestimento de paredes)
no interior.
Geralmente só tem um pátio e 1 piso. Tem 1 telhado inlinado
para dentro 8talha cerâmica) que escoava as águas de chuva
para o tanque (impluvium). Esse pátio interior permitia a
entrada de luz e de ar.
O interior tinha como decoração: estuque pintado nas paredes
revestido com mosaico policromático no chão. O Tablium era o
“escritório” e às vezes sala de jantar. Triclinium é a sala de
jantar.

Villae: moradias abastardas rodeadas por jardim. Normalmente


na zuna rural.
Insulae: prédio urbano destinado às familias mais pobres. Normalmente tinham 4 andares mas podiam
chegar aos 8. O rés-do-chão eram composto por lojas abertas à rua. Cada apartamento chamava-se
cenacula.

ESCULTURA
! Representa características de tradição clássica (por causa de importação de esculturas gregas)
! Vieram para Roma artistas gregos (produziam obras de período helenístico)
! A preocupação não é tão grande quanto à beleza ideal mas nates representá-la num contexto
realista.
! O tipo mais comum era retrato, a representação fiel da pessoa, as vezes com defeitos físicas
particulares. Também está presente o retrato psicológico. Representa figura humana no seu contexto
realista apesar de certa idealização nos homens de estado, estes que são aprsentados numa pose
solene.

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! Nos retratos oficiais está presente ”Augustu prima porta”,


vertende clássica deve-se ao factor do imperador se tornar divino, logo
autoridade essa idealização transmite respeito, serenidade e
autoridade, uma imagem idealizada de Augustus de mármore, na qual
foi policromada (foi baseado Doríforo de Polícleto) !
! Produção escultórica: Existe pela 1ª vez consumo privado de
obras de arte, nomeadamente esculturas que eram transportadas para
interior de habitações, como elemento decorativo. Apereceu gostopor
colecionismo. Para além de aplicação nos interiores privados e
públicos também foi aplicado nos palácios, jardins e balneários.

! Tipo de escultura
I. Bustos
(cabeça e ombros) Retratos escultóricos realistas do indivíduo.
II. Estátua de corpo inteiro
Formar mais idealizado de representando os homens de estados
III. Estátua questres
Mais para fins públicos e urbanos, dedicados aos chefes políticos e
aos imperadores.

! Relevo: Uma das suas características foi a exploração de


Augustu prima porta
profundidade e perspetiva através de sobreposição de figuras em alto,
médio e baixo relevo.
! Baixo-relevo: Formas não ultrapassam limites da visão frontal
e terceira dimensão é simulada de forma semelhante ao que
acontece no desenho.
! Alto-relevo: Formas possuem tridimensionalidade evidente
(mas prendem-se ao bloco de fundo)

Pintura
! Pintura mural: realizada em frescos no interior de edificios.
! Pintura móvel: realizada sobre paineis (suportes) de madeira
Fresco: feita sobre gesso húmido, depois de secar a tinta é infiltrada
no suporto parietal o que provoca um efeito diferente
! Encáustica: sobre suportes de madeira, marfim, pedra ou
metal. Nos pigmentos é se adicionado cera quente diluída.
! Tromp-l’oeil: técnica (em mosaico e pintura) que vai ser
continuada a usar. É a representação ilusória do espaço, aplicada
pelo desenho à escala natural. Simula elementos e espaço, materiais
e elementos arquitetónicos não existentes.

! Pintura triunfal: representação de cenas históricas (batalhas, acontecimentos políticos,etc). É


usada com funções politícas e comemorativas.

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! Pintura mitológica: Representação da vida dos deuses com cenas fantasiadas.


! Pintura de paisagem: Inspiração na natureza com carácter bucólico e poético. Pode ser realista
ou mais fantasista.
! Pintura de natureza morta:Representação realista e pormenorizada de objetos da natureza
(frutos,flores)
! Retrato: Muitos eram dedicados aos antepassados. Realismo quase fotográfico.

! Frescos
! Cobriam o interior de maior parte das habitações sendo elementos decorativos das mesmas.
I. Estilo de incrustação: Importado de Grécia e mediterrâneo oriental, paredes eram divididas em 3
setores horizontiais onde eram pintados falsos envasamentos de mármore, imitações de madeira e
até elementos como colunas jónicas. A paleta cromática consistia nos vermelhos, amarelos, azuis e
pretos.

II. Estilo arquitetónico: de influência helenística. Matém as 3 faixas e caracteriza-se pela presença
de elementos arquitetónicos pintados a partir do chão- colunas, arcos, frisos, etc... As cenas eram
mitológicas ou religiosas. Também há janelas fingidas que se abrem para a paisagem e efeitos
ilusórios através da perspetiva arquitetónica das cenas.

III. Estilo ornamental: É uma evolução do último estilo. Inovação: aparecimento decorativo de
grinaldas e ornatos vegetais conjuntamente com elementos arquitetónicos. Têm fundos lisos e
monocromáticos com pretos, verdes ou vermelhos.

IV. Estilo cenográfico: Há um carácter teatral da decoração. Aparecem cenas figurativas e descritivas
com temas irreais e mitológicos. Os enquadramentos apresentam-se através de elementos
arquitetónicos em perspetiva.

! A 24 de agosto de 79 a.C detonou o vulcão vesúrio sobre Pompeia e Herculano.A lava permitiu
durante séculos que maior parte do material tivesse ficado intacto, incluindo os frescos.

2º estilo

1º estilo

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3º estilo

! ! ! ! !
! ! ! ! ! ! 4º estilo

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Coluna de Trajano
Trajano mandou executar muitas obras públicas (Fórum romano)
• Tem 37 metros de altura
• Arquiteto: Apoloro de Damasco
• Função comemorativa inspirada nos obeliscos egípcios (Assinar a vitória dos romanos sobre os
Dácios)
• Está sobre sepulcro de Trajano
• Fuste oco, contendo no inteior uma escada espiral
• Aseente sobre um pedestal de forma cúbica
• A decoração comporta relevos (24 voltas) que narram acontecimentos da campanha da Dácia
• No topo há um capitel dórico que tem sobre si uma águia e mais tarde uma estátua de Trajano.
• Nos relevos da coluna o imperador é sempre um grande protagonista nas batalhas e do comando das
tropas. As cenas são realistas e tratadas de modo natural. Não há separação entre as cenas.

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Cultura do mosteiro (módulo 3)


• Invasões germânicas Idade
• Desagregação das estruturas clássicas (principalmente romanas) média
! O choque entre o mundo romano (em decadência) e o
bárbaro-germânico (em ascensão) trouxe alterações estruturais.
• Enfrqqueceu a economia mercantil (desorganizada pelas guerras)- degradação progressiva da
economia, esta que passa a depender da natureza.. A moeda chegou a quase desaparecer.
• Provocou declínio e redução de centros urbanos (mais sujeitos a assaltos devido ás suas riquezas)
• Desorganização da admnistração pública (desapareceu velhas instituições herdadas pelos romanos)
o que enfraquece o poder central do ex-império. O poder político esteve em constante agitação.
• Depressão demográfica devido também às constantes invaões, clima de medo, instabilidade e
insegurança.
! Todos estes fatores explicam o aparecimento de:
Feudalismo: hierarquia de direitos sobre a terra que corresponde à sos laçoes de dependência social.
! A sociedade torna-se rude, rural, guerreira e cavaleiresca.

Cristanismo cresce como força aglutinadora e ordenadora numa europa enfraquecida, violenta e
dividida em reinos feudais. Era a religião oficial do Estado Romano desde o século IV d.C.
! Os bispos aproveitam as estruturas administrativas e são as únicas autoridades junto das
populações. Desta aparece uma intensa campanha de cristianização entre os bárbaros. Para além das
suas obrigações religiosas e doutrinais, exerceu também um papel civilizacional (que levou à
cristandade, comunidade de povos da mesma fé com vínculos sociais, políticos, culturais)
! A partir dos mosteiros:
- A agricultura ganhou um novo impulso. Os mosteiros foram importantes centros difusores de novas
práticas e técnicas agrícolas.
- Artes e letras foram renovadas e os cotumes suavizados.
! Daí toda a cultura mediaval ter um carácter religioso e doutrinal.
!
! Monaquismo cristão tem origem no oriente. Ligado ao desejo de isolamento, de evasão do
mundo profano, entra direta a Deus através de ascetismo (meditação e contemplação). Um dos
primeiros legisladores da vida religiosa comunitária foi São Benton de Núrsia. Este escreveu “A Regra”
A Regra: modelo para a organização da vida religiosa comunitária.
- Mosteiro era uma “escola ao serviço do senhor”
- Contém principios básicos de obediência, humildade e silêncio.
A primeira obrgação dos monges era o ofício divino (culto religioso).
Scriptorium: era onde os monges escribas e copistas reproduziam os documentos e registos dos
mosteiros e copiavam à mão os livros religiosos e os dos grande autores clássicos. Lá também
aperfeiçoaram e desenvolveram caligrafrias e alfabetos diferenciados. A arte de escrever fora restrita a
esta elite. Este domínio, da escrita, ler e saber, engrandeceu o papel dos eclesiásticos na sociedade e
conferiu-lhes o monopólio dos cargos públicos e das chancelarias régias. Iluminuras é o nome dado às
ilustrações realizadas por estes.
! O regulamento benedito definia os cargos e tarefas de cada um na comunidade. Devido ao ideal
fuga mundi, muitos mosteiros localizavam-se em zonas isoladas mas também existia algúns no seio da
cidade. Eram pequenos mundos autossuficientes e autónomos, fechados por muralhas.
! O plano arquitetónico do mosteiro foi pensado por São Bento propondo o plano para a Abaadia
Saint-Gall (Suíça).
! O mosteiro, considerado sagrado, foi a materialização do Paraíso na Terra, onde a
convivialidade era uma liturgia constante. Estes foram beneficiados pelas condições estruturais da
época (ecocómicas, políticas e culturais) que para eles canalizavam grandes riquezas (através de
doações, dízimas, ect...). Transformaram-se centros dinamizadores da economia da época (difusores de
técnicas agrícolas, inovadoras,incentivadoras do artesanato e do comércio.

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! Mundo romano: era alfabetizado com escolas e bibliotecas públicas nas cidades (algumas eram
centros culturais de nível superior pelas academias, professores, filósofos). Os saberes e ideais
circulavam livremente. Isto tudo foi abalado pelas vagas de invasões. As cidades foram pilhadas,
incendiadas, devastadas, escolas e bibliotecas foram destruídas- o cenário cultural ficou em
decadência.
! O poder central ficou desorganizado, as autoridades administrativas desagregaram-se, a vida
pública ficou destruída. A vida na cidade também entrava em declínio, a ruralização do modo de vida, a
instabilidade e insegurança inviabilizou cada vez mais as viagens, comunidade ficaram isoladas.
! O analfabetismo agora prevalece. A cultura popular não escrita e não escolar ?tinham a
necessidade de ler e escrever as sagradas escrituras, a Bibía, os escritos dos doutores da igreja.

! A situação cultural da Europa só começa a mudar nos séculos VIII-IX com o renascimento
carolíngio. Carlos Magno, com a necessidade de melhorar a formação da classe dirigente e igualar o
brilho das cortes dos antigos césares, este empenha-se para fazer renascer as letras e as artes. Para
isso ele cria na sua corte uma academia qual atraiu os intelectuais mais distintos do seu tempo, como
Paulo Diácono ou Alcuíno de York. Também fomentou o interesse pelos autores clássicos, gregos e
principalemnte romanos e fundou uma biblioteca, uma espécie de fundo cultural permanente para
formação de estudantes. A partir deste núcleo inical, Carlos Magno cria uma rede de novos centros
culturais que funcionavam em quase todos em abadias e mosteiros, onde trabalhariam scriptoria
(oficinas de escrita e ilustração de livros) e escolas para a preparação de eclesiásticos. Assim, os
Monges foram os guardiões do saber. Nos seus scriptoria, cultivavam a arte da leitura e escrita e ao
mesmo tempo, harmonizavam o pensamento clássico (greco-romano) com o pensamento cristão. A
partir do século VIII, à tradição clássica associou-se a influência muçulmana, já espalhada por parte do
mediterrâneo.

! São Bernardo: Possuiu uma fé inabalável em Cristo, seu modelo, e um espírito combativo. e
persistente nas cuasa em que acreditava. Defendia a religião de autenticidade e ascese mística, vivida
no mais rígido voto de pobreza e desprendimento dos bens materiais e na valorização do trabalho
manual (oposição ao monaquismo de Cluny). A sua atividade editorial ( cartas, sermões, comentários
como Cântico dos Cânticos) valeu-lhe o epíteto de doutor da igreja.
! Foi essencialmente um místico, não um pensador. Acreditava que o homem devia meditar,
contemplar e aprender a “desprender-se de si mesmo”.
! A sua luta pelo regresso à pobreza e humildade levou, no domínio artístico, ao ascetismo
estético da construção cisterciense, que baniu a decoração faustosa das igrejas, propondo uma maior
simplicidade. Esta nova estética está relacionada com as origens da arte gótica (contrução de Claraval
é contemporênea do início da edificação da Abadia de Saint-Denis.

Coroação de Carlos Magno


! Quando Carlos I subiu ao trono em 768, a Europa era uma região inóspita e instável, em
constante agitação. Foi devido às suas qualidades como militar e governante, que o Ocidente teve a
sua primeira época de estabilidade e ordem após as invasões. As expedições militares foram
grandes sucessos devido à superioridade da cavalaria. Também se preocupou com a administração
dos territórios. Ele dividiu-os em condados, entregando-os à gestão dos condes, sendo estes vigiados
por missi dominici (enviados do rei com funções fiscais e jurídicas). Carlos Magno também procurou
restaurar as letras e artes, rodeando-se de sábios e estudiosos.
! O seu êxito deve-se de facto à aliança que fez com a Igreja. Nas suas missões, iam
acompanhados por missiorários e pregadores cuja função era converter os povos conquistados ao
mesmo tempo que os soldados os submetiam ao seu poder polítivo e militar. Assim, a igreja alargou
consideravelmente o horizonte da sua influência espiritual. Em dezembro de 800, o Papa coroou
Carlos Magno Imperador do Ocidente como recompensa pelos seus feitos. Este acontecimento
teve muita impotância política pois quebrou a dependência que havia entre o Papa e os reis
ocidentaisem relação ao império Bizantino. Magno restabeleceu o Império romano do Ocidente,
transferindo dignidade imperial para o rei dos Francos. Unificou o Ocidente sob o mesmo poder político
(o dos francos) e o mesmo poder espiritual- o do cristianismo e dos Papas de Roma. Ele tornou-se um
modelo de imperador cristão.

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Arte
! A arte tinha essencialmente 3 funções:
1- A maioria eram presentes oferecidos a Deus. Esta tradição artística desenvolveu-se em torno do altar,
do oratório e do túmulo.
2- Estas imagens e objetos serviam de mediadores, forma de comunicar com o outro mundo. Para
tornar uma correspondência com a perfeição do Além. Mas também com a funções pedagógicas para
com a maioria dos homens.
3- A arte era uma afirmação de poder. Esta celebra o poder de Deus, dos seus servidores, dos chefes
de guerra, dos ricos, etc... Daí a criação artística se desenvolver em lugares onde se concentravam
poder e os seus benefícios.

! Após a queda do Império, a arte europeia refletiu uma regressão material, técnica e cultural.
Devido aos fatores externos (as invasões, analfabetismo, barbarização do modo de vida das classes
dirigentes, etc...) as características romano-helenísticas da arte foram-se adulterando com a introdução
de novas características estéticas e estilístas provenientes dos povos invasores, levando a grande
diversidade regional. Esta diversidade foi principamente no domínio técnico-artístico e teve a sua maior
expressão nas artes decorativas. As artes ditas “maiores” foram condicionadas pela uniforização dos
modelos, temas, iconografia e expressividade que o cristianismo impunha. O estilo românico aparece
entre IX e XImas ainda reflete essa multiplicidade.

Arquitetura paleocristã
! Este é o nome dado às expressões artísticas dos primeiros Cristãos, entre 200 e VI, ou seja,
aproximadamente o período de expansão do Cristianismo.
! Apresenta grande diversidade regional mas ter alguns elementos estruturantes comuns.
! Na arquitetura, utilizou soluções estilísticas herdadas da arte romana classica com algumas
formas e técnicas das províncias do Oriente. A grande preocupação foi procurar uma tipologia
adequada para o templo cristão. Ao contrário do templo clássico, este deveria ser ao mesmo tempo a
casa de Deus e o recinto de culto, local de encontro, daí à necessidade de áreas amplas. As soluções
★ No Ocidente: modelo de basílica romans com 3 a 5 naves separadas por colunatas e cobertas por

tetos de armação de madeira.


★ No Oriente: planta centrada, circular ou octogonal ou em cruz grega. Estas igrejas eram sempre

cobertas por cúpulas e semicúpulas.


! Em ambas por volta do século V aparece a preocupação de acentuar as linhas cruciformes.
! A diferença entre os modelos arquitetónicos está relaconado não só com as tradições locais,
mas também com o nível de capacidade técnica. No Ocidente começava a ser visível a perda de
conhecimentos técnicos. As plantas centradas passaram só a ser utilizadas em contruções menos como
batistérios (edifício sagrado muito importante para época de conversões) e mausoléus, estes que
costumam aparecer associados a uma igreja.
! Nestas construções os exteriores eram revestidos com materiais pobres ,como tijolo, e os
interiores eram vivamente decorados por pintura a fresco ou por mosaicos coloridos.
! O modelo de templo cristão (impôs-se no séc. V) no Ocidente, foi de o planta basilical, de 3
naves (central é a mais larga, alta e mais iluminada) orientado no terreno para leste-oeste, com a
abside coberta por meia cúpula.

Arquitetura bizantina
! Bizâncio (ex-Constantinopla) foi ,nos primeiros séculos, o centro de uma nova cultura. A sua
cultura torna-se protagonista de esplendor que teve origem no universo estilístico do Oriente, onde se
fundiram tendências do helenismo, judaísmo e cristianismo. ! ! ! !
! A arquitetura teve grande inovações. Foi herdeira da basílica e dos sistemas construtivos da
Roma imperial (arco, abóbada, cúpula) e do plano centrado helenístico (forma quadrada ou em cruz
grega, com cúpula central e absides laterias.

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! No séc. VI, o estilo bizantino ficou bem definido, adquirindo a sua maior expressão na Igreja de
Santa Sofia (Hagia Sofia). Esta nasceu da vontade do imperador e lá solidou a pompa e ritual
hieráticos da corte.
! Foram usados métodos e recursos construtivos engenhosos. Por detrás da obra destacaram-se
os dois maiores estudiosos do tempo, o matemático Mileto e Antémio de Trales.
- A sua planta original combina a planta de uma basílica com 3 naves e a planta centrada.
- Está coberta com a maior cúpula até então.
- Ao contrario do Panteão, o suporte da cúpula não é uma parede tambor, são duas semicúpulas mais
baixas com o mesmo diâmetro da cúpula central.
- Estas possuem como esteios quatro êxedras.
- A norte e sul existem abóbadas de berço.
- O exterior é puro e sóbrio contistuído por volumes puros, principalmente circulares, contrastam com o
interior sumptuosa.
- Os arcs de volta perfeita são decorados com mosaicos e os pilares rendilhados de folhas de acanto.

! Outros exemplos desta primeira fase de desenvolvimento arquitetónico bizantino são as igrejas
de Santa Irene e a dos santos Sérgio e Baco, na mesma cidade.
! Em Itália também foram feitas construções Bizantinas como a igreja de Santo Apolinário ou a
igreja de São Vital.
! A cúpula foi elementro preferido para cobertura de edifícios principalmente de plantas centradas
e de cruz latina.

Arquitetura carolíngia
! A arte e cultura da Europa Ocidental na Alta Idade Média foram influenciadas pela cultura dos
povos germânicos (bárbaros).
! Francos tiveram papel civilizacional importante quando Carlos Magno procurou restaurar a
antiga unidade imperial do Ocidente, procedento a reformas religiosas e administrativas.
! No renascimento carolíngio (até séc. X) de inspiração clássica e bizantina com influência poelo
gosto estético do norte foram contruidos edifícios religiosos, como mosteiros e catedrais, e edifícios
civis.
! As construções deste período são caracterízadas pela severidade e robustez do seu exterior, o
que contrasta com o seu interior ricamente decorados com pinturas murais, mosacos evanescentes e
baixos-relevos. Algumas igrejas possuíam construções acopladas á fachada oeste que continham
tribunas abertas para o interior (onde o imperador assistia ao ofício religiosos). Exteriormente, estas
construções funcionavam como pórticos ladeados por 2 torres.

! Arquitetura otoniana
! O fracionamento do Império Carolíngio permitiu o aparecimento do Império Otoniano. Tal como
Carlos Magno, Otão também promoveu as letras e artes no seu reinado, dando origem ao renascimento
otoniano.
! A arquitetura das igrejas segue 2 modelos: o da plana centrada e o de planta basilical. Nesta
última introduz-se elementos originais, uma cabeceira, dois transeptos contrapostos, tribuna, torres de
cruzeiro e entradas laterais. Ex. Igreja de São Miguel de Hildesheim
! Estas características irão marcas toda a arquitetura românica alemã.

Arte românica
- A arte românica foi o primeiro estilo internacional da Idade Média
- Resultante de mistura provenientes da Antiguidade romana pagã, do Oriente bizantino e das artes
germânicastrazidas pelas invasões. Estas todas culnimaram nos séc.s XI e XII numa arte amadurecida
que se espalhou por toda a Europa.
! O esplendor atingindo pelo rômanico e a sua rápida expansão geográfica são o reflexo da
conjuntura de renovação e crescimento que se viveu.

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! Para esta grandeza também foi benéfico o maior fervor religioso que se espalhou após ano
mil, altura que muitos sábios e profetas previam o Juízo Final. Este sentimento de fé e temor religiosos
fez crescer aprática das peregrinações aos locais santos (como Jerusalém) ou possuidores de relíquias
sagradas ou túmulos de santos, mártires ou bispos.
! A Igreja aproveitou esta religiosidade para incrementar a Fé, mandar construir igrejas, santificar
a prática de peregrinações e lançar cruzadas, principalmente através de ordens religiosas. A ação da
Igreja foi fundamental no surgimento deste estilo artístico, do qual foi a principal encomendadora e até
mentora (alguns cléricos foram autores de projetos), logo seguida pelas cortes reais e senhoriais ro
regime feudal.
! A arte românica serviu o poder religioso e o poder político.

Arquitetura românica
! Mosteiros
- Importantes núcleos difusores do novo estilo
- Beneficiados pelo crescimento de religiosidade e por doações - foram possuidores de grandes
riquezas, permitindo encomendar obras de grande envergadura. (Ex. mosteiro de Fontefroide).
- Arquitetónicamente:
- dependências distribuídas pelas 4 alas do claustro, espaço quadrangular descoberto,
geralmente ao lado sul, o que o fechava ao exterior.
! O claustro eram sempre lugares serenos e aprezíveis usados para oração individual. Como se
encontrava ao centro também era um eixo vital de curculação entre várias alas.!
- As alas organizavam-se pela sua função:
✴ A nascente: sacristia, locutório, casa do abade, odrmitório e o scrptorium.

✴A sul: dependências mais utilitárias, como refeitório, a cozinha, as oficinas, as despensas e adegas.
✴A poente: destinada aos doentes e visitantes (enfermaria e hospedaria)
✴Junto à igreja: parlatorium (onde monges falam aos visitantes) e mandatum (onde lavam os pés aos

monges acolhidos como hóspedes na comunidade.


! Técnicamente e construtivamente, estes edifícios auxiliaram as descobertas e invenções obtidas
na contrução de igrejas.

! Igrejas
! Verifica-se vários tipos de igrejas românicas, desde capelas rurais modestas às dos grandes
centros de peregrinação. As mais ricas estilisticamente foram as igrejas abaciais ou monaicas,
pertencentes às ordens religiosas e integradas nos mosteiros ou conventos.

Planta (estrutura gráfica da igreja)


! Estabelece e condiciona as relações de proporções do edifício, resultando este da relaçãi com
os seus elementos. Os dois modelos de planta seguidos:
1- o de planta centrada- em cruz grega, hexagonal, octogonal ou circular. De influência oriental e pouco
usada.
2- tipo basilical, planta em cruz- com 3, 5 ou 7 naves. A nava principal é orientada no sentido este-oeste
e é mais larga e mais alta do que as laterais. O comprimento da igreja é um múltiplo da largura da nave
central, e a largura das laterais um submúltiplo da mesma.

A métrica espacial é determinante para o estilo românico.


! A naves são atravessadas por um transepto, simples ou tripartido. Em alguns casos existem
duplo transepto. No lado nascente podem existir absidíolos, que podem e costumam estar na sequência
das naves laterais.
! No cruzamento entre este e a nava central encontra-se o cruzeiro que é encimado pela torre-
lanterna/zimbório (parte do sistema de iluminação e de arejamento). No seguimento da nave central
(depois do cruzeiro) situa-se a abside/ capela-mor, onde havia uma zona exclusiva para a comunidade
clérical, o coro. A circundar esta emcontra-se o deambulatório, uma espécie de corredor que dá
continuidade às naves laterais. Neste podem estar mais absidíolos onde se encontram as capelas
radiantes com altares secundários.
! Capela-mor/abside + deambulatório + capelas radiantes é a cabeceira.

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! As cabeceiras mais complexas estão presentes principalmente nas igrejs de peregrinação pois:
- permitem vários ofícios religiosos ao mesmo temppo
- prestar igualmente andamento das procissões e vias sacras
! Algumas igrejas também tinham cripta (abaixo da abside com restos mortais ou relíquias).
! Também podiam possuir Nartex (espécie de vestíbulo antes da igreja) e/ou átrio (espaço
quadrangular rodeado por 4 alas abobedadas). Estas eram destinadas para catecúmenos (não
batizados) a energúmenos (possuídos).
! Dependendo da região, também existia 1, 2 ou mais torres sineiras junto da fachada principal.
(Itála 1, Normandoa 2, Alemanha 4)

! Cobertura
! Abóbadas de pedra (em vez de tetos de madeira). O arco estruturante destas é romano/de volta
perfeita. A estas abóbadas, resultantes da sucessão destes arcos, dá-se o nome de abóbadas de berço
(ou de meio canhão), muito usadas para a nave central. Às abóbadas que resultam do cruzamento
ortogonal de duas abóbadas de berço dá-se o nome de abóbadas de aresta, muito usadas para as
naves laterais.
! Nas igrejas de influência oriental usou-se cúpulas sobre pendentes ou trompas (sistemas
técnicos para que a planta quadrada suporte a circunferência da cúpula.
Arcos torais ou dobrados- limita transversalmente
Arcos formeiros- limita longitudinalmente
Arcos cruzeiros- ao centro, no caso das abóbadas de arestas.

! A pressão da cobertura é libertada através dos arcos para os pilares e colunas que dividem as
naves, que seguidamente passa para as naves laterais e a sua cobertura, reforçadas com grossos
contrafortes adossados e cortados em chanfro, situados no mesmo alinhamento dos pilares. Assim, as
naves laterais também ajudam a suster a abóbada.
! Os pilares, situados no ponto de charneira de 2 tramos, são composto e cruciformes, possuem 1
colunelo por arco.
!
! Alçado interno (nave principal)
O alçado interno tem organização vertical, sendo a arcada principal, que separa as naves) dividida em
3:
- Tribuna- uma galeria aberta para a nave principal destinada às mulheres que iam assistir aos ofícios
religiosos sozinhas
- Trifório- corredor estreito formado por 2 ou 3 arcos por tramo. Pode ser cego, aí sendo apenas uma
uma arcada cega com valor decorativo.
- Clerestório- parte superior onde se abrem janelas ou frestas de iluminação.

Iluminação
! Normalmente é pouco iluminada pois as paredes compactas não podem conter grandes vão
devido ao sistema construtivo da época.
! Luz: Janelas no clerestório; frestas exteriores (janelas altas e estreitas nas paredes); óculos
abertos na passagem do transepto para a cabeceira.
! Em Itália principalemente, aparecem grandes janelões na fachada ocidental.
! Na torre-lanterna existem aberturas que difundem luz para o transepto.
! As paredes grossas e a técnica de rasgamento de vãos resultam numa luz focal e rasante,
definindo fortes contrastes (luz intensa e penúmbra), sugeste recolhimento e oração e tão
própria do misticismo, fervor e peso religioso da época.

! Decoração exterior
! Tem um aspeto pesado, maciço, de solidez, fechado e horizontal, reforçado pelos contrafortes
salientes. É resultante da combinação de volumes esféricos (cabeceira), paralelepipédicos (corpo e
transepto) e poliédricos/piramidais (torres sineiras e lanterna).
! As pedras pedras eram colocadas com rigor sem argamassa. Mantinham-se em equilíbrio devido
ao peso e pressão.

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! A decoração arquitetónica tem um carácter didático, figurativo e ornamental, distribuindo-se


por todo o edifício, interna e externamente. No exterior limita-se essencialmente a cornijas e aberturas,
principalmente portais. Abaixo das cornijas encontra-se arcos cegos e cachorradas (figuras zoomórficas
e antropomórficas) e à mesma altura gárgulas ou algeroses (para escoar água) com motivos animalistas
e místicos.
! Na fachada principal o portal está mais decorado. Dependendo da região é formado por:
- uma entrada simples ou dupla que possui a meio do vão, um sustentáculo em forma de coluna, o
mainel
- uma arquitrave situada acima do mainel decorada com relevo esculpido, lintel/dintel
- tímpano, semicircular esculpido com relevos delimitado por arquivoltas (arcos concêntricos de volta
perfeita). é sustentado pelo lintel.

Ex: Igreja de Notre Dame-la-Grande


!
Castelo
! Os primeiros castelos de pedra surgiram, no Ocidente, nos finais do séc X. Eram fortificações
militares, de carácter defensivo, erguidos geralmente em locais estratégicos, junto de fronteiras ou
litoral. Eram constituídos por:
- grossos e altos panos murais
- terminados em merlões e ameias
- formados por blocos de pedra toscamente aparelhados e sobrepostos sem recurso a argamassa,
sustenta-se pelo pelo e por contrafortes adossados.
- Os mais simples, com uma torre, primeiro quadrangular e mais tarde cilíndrica, podendo estar rodeada
por um fosso de água ou de cinta de muralhas.
- Os mais complexos (após XII) possuíam uma torre alta central, no meio do pátio e eram fechados por
1 ou 2 cintas de muralhas que possuíam pequenos torreões de vigia e uma porta de entrada, também
ladeada com torreões defensivos.
- As torres não tinham quase abertura para o exterior, eram organizados por 3 ou 4 pisos com funções
diferentes.

! Românico (arquitetura religiosa) e a sua diversidade pelos países


! O românico possui grande variedade nacional, e até regional. Esta diversidade na unidade é
uma característica marcante to estilo.
!
! França:
- Varia entre sobriedade beneditina exuberância das igrejas de Aquitânia; de plantas centradas e
plantas em cruz latina; ou até entre as coberturas em madeira às abóbadas de berço e aresta.
- Ex.: Igreja de Notre Dame-la-Grande; Igreja Aquitânia; Fontevrault; Angoulême; Saint-Front, etc...

! Itália:
- Igreja de San Miniato al Monte: Catedral de Pisa

! Inglaterra:
- Influênciado pelo românico francês da Normandia
- Sobriedade das volumetrias sem qualuqer decoração esculpida
- Ex.: Catedrais Ely e Durham
! Alemanha:
-Escola renata melhor caracteriza o românico

! Espanha:
- Influência francesa e lombarda, com alguns aspetos visigóticos e árabes
- Arquitetura de forte personalidade estética
- Catedral se Santiago de Compostela; mosteiro de Ripol; Catedral de Jaca; Igreja de San Martín de
Frómista

! Portugal:

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- A partir do séc. XII até XIII e XIV


- Condições económicas, sociais e políticas identicas ao resto da europa ( nasce das dificuldades e
instabilidade provocadas pela afirmação da independência face a Leão e Castela + reconquista aos
mouros).
- igreja românica=símbolo de espiritualidade, estando sempre ligada a uma ordem religiosas, ou
mosteiro ou no meio da comunidade agrícola
- Tem fortes características rurais: pequenas igrejas que consoantes os recursos disponíveis revistiu-se
de maior ou menor qualidade técnica e exuberância formal e decorativa.
- Em Braga, Porto, Coimbra, Tomar e Lisboa as construções apresentam maior monumentalidade e
grande riqueza e variedade formal
- As pequenas igrejas rurais são caracterizadas pela sua robustez (paredes grossas, contrafortes
salientes e pelo emprego da pedra aparelhada); o arco de volta perfeita, por vezes imperfeito; nave
única com cabeceira quadrangular (em pedra), tapada por telhado de 2 águas, relevos com funções
didáticas e decorativas (no interior e exterior); aplicação de cachorrada mas cornijas.
- Ex.: Igreja de São Salvador de Bravões

Iconografia Portugal:
- Variada, copiada do formulário requisitado pelos encomendadores eclesiásticos da europa
- Representativa do imagiário popular, ingénuo e superticioso
- Linguagem técnico-formal rude e estilizada com 3 conjuntos de imagens:
- motivos abstrato-geométrico (em frisos e molduras) e naturalistas vegetais com função
ornamental
- figuretivos com sentido religioso (como por exemplo cenas to Antigo testamento)
- Formas e seres do imaginário popular e pagão como animais afrontados (geralmente leões),
grifos e outros animais místicos e figuras grotescas.
- Capitel historiado: conta um história. Possui função doutrinal e litúrgica. É comum no interior de igrejas
ou colunas arcadas. Ex.: Capitel da igreja Rio Mau. Este situa-se no inteior adossado à parede lateral
com 3 face visíveis. cena I- menestrel tangendo (começo da narrativa); cena II- guerreiro protegido e
com 2 personagens; cena III- Guerreiro levando ao colo uma pessoa com um bastão.

Arquitetura militar e civil


! Época de instabilidade político-militar, românico deixou em Portugal 3 tipos de fortificações:
1- Castelo de residência (alcáçavas)
2- Torres de atalaia
3- Castelos-refúgio
Os primeiros apresentam melhor construção e maior interesse estético-artístico. Ex.: Cstelo de Póvoa
de Lanhoso; Castelo de Guimarães.
! Os castelos-refúgio erguiam-se em zonas fronteiriças ou de instabilidade/insegurança longe dos
domínios senhoriais e eclesiásticos. Serviam para acolher a população em caso de perigo, Ex.: Castelo
de Moreira do Rei; o de Jarmelo; o do Almourol
! Na arquitetura civil destaca-se Domus Municipalis (Bragança), um edifício de planta pentagonal.
Na parte superior há uma grande sala com um banco de pedra corrido todo a volta e que era iluminada
por janelas contínuas com arcos de volta perfeita.

Escultura românica (poderes da imagem)


! Após a queda do império, a escultura perdeu a importância de arte no Ocidente e diminiu
bastante a quantidade. Isto deve-se ao retrocesso material e técnico que se abatera com as invasões e
à rejeição de representação figurativa Bizantina (devido à questão de iconoclasta e proibição do culto
da imagem). Este período do românico é uma “reinvenção” da arte da escultura, predominando relevos
mas aproveitando saberes das artes móveis germâncias, das raízes paleocristãs e do decorativismo
árabe.
! Relevo arquitetónico
! O relevo, tal como a pintura, teve completamente submetido à arquitetura, transmitindo uma
mensagem pedagógica e narrativa. “Ensinavam os ignorantes”.

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! O relevo apresentou uma nova expressão formal na qual a mensagem era mais valorizada do
que a execução (desde a arte paleocristã). A partir do séc XI manteve coerência e unidade temática,
formal, expressiva, técnica- cria um estilo próprio.
- O talhe é rude
- modelagem naturalista
- figura humana contornada, gravada e com pouca modelação
- figura humana representada de frente com pouco realismo anatómico, cabeça e olhos grandes
- verticalidade
- posição e gestos hieráticos e panejamentos esquemáticos, de pouca plasticidade
- nu era raramente representado
- figuras segradas começam a adquirir formas próprias (cânones de representação)
- A composição seguia regras de geometria e adaptava-se aos respetivos suportes arquitetónicos
- as personagens eram hierarquizadas de acordo com a sua importância religiosa e eram colocadas em
simetria ou alinhamento rítmico
- cenas eram narradas em poucos planos, sem perspetiva, sobre cenários espaciais mal definidos
- Temáticamente apresentam motivos vegetalistas, geométricos e figurativos (animalistas e
antropomórficos). Os 2 primeiros e os animalistas normalmente têm função meramente
decorativa, remetendo-se para arquivoltas, frisos exteriores, cornijas e capiteis dos colunelis
das entradas. Os antropomórficos organizavam-se segundo temas religiosos, sendo alegóricos
ou simbólicos, relatando histórias sagradas misturando o quotidiano com o metafórico e o
místico. Esta temática estava principalmente nos portais, nos capiteis e arcadas dos claustros e
igrejas contituindo (pelo significado doutrinal) um roteiro de religiosidade.
- O portal representa simbolicamente o acesso à Casa de Deus, ao Paraíso/à proteção, explicando os
temas e concentração decorativa que apresenta. O tímpano em cima é o elemento mais decorado
ricamente com fins religiosos, pedegógicos e estéticos.
- Outros temas de carácter mais alegórico e místico encontram-se nas cachorradas e nos algeroses ou
gárgulas com figuras animalescas ou burlescas, animais e monstros do imaginário pagão. Tinham o
papel exorcizante, como se afastassem o mal do espaço sagrado.
- Os relevos eram todos revestidos a cor. Nos tímpanos dominava o azul (rep. paraíso) e o vermelho
(inferno). O dourado também era muito usado para realçar as outras cores (luz/sagrado). Com a cor
existia mais vivacidade visual e mais sentido isusório, que com a força e ordem da mansagem,
“entrava no espírito” de todos os cristãos.
- Também existia policromia intensa e forte no interior das igrejas.

Portal sul da Igreja do Mosteiro de São Pedro Moissac (França, séc. XII)
- Estrutura típica dos portais românicos (enquadrado num pórtico saliente; emoldurado por 3 arquivoltas
de trasição com motivos vegetalistas apoiadas, através de capiteis vegetalistas, em 6 colunelos; sobre
a porta um tímpano apoiado num lintel decorado com motivos geométrico-vegetalistas; o lintel é
sustentado por um mainel.)
- A maior carga decorativa simbólica e doutrinal concentra-se no tímpano onde está esculpida uma cena
bíblica (Apocalipse). No centro e superior encontra-se Cristo inserido numa forma elíptica (a mandorla
ou amêndoa mística) rodeado por 6 figuras. Em torno destas figuras principais e preenchendo o
espaço livre estão os Vinte e Quatro Anciãos.

Estatuária
- Pouco tratada no período românico
- Dos poucos exemplos verifica-se imagens de culto como Cristo, Virgem, os santos, etc..., destinados a
serem colocadas nas igrejas e altares.
- Também surgem imagens jacentes em tampas de arcas tumulares
- Representação formal é sintetizada, esquemática e geometrizada, sem correção anatómica (cabeça
quase sempre desproporcional para o corpo, por ser maior).
- rostos são estereotipados, isentam de individualidade
- Composição é rígida:
- as figuras têm posturas e gestos hieráticos e são concebidas em funçãodo plano mural onde estavam
enconstadas.

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- Gramática decorativa: as imagens de vulto redondo ou estatuária (como as virgens) têm cariz mais
artesanal do que os relevos. Eram feitas com metais preciosos, madeira, gesso ou pedra e depois
policromada

Artes da cor
! Praticamente as únicas igrejas tão sóbrias, severas e frias como são vistas hoje eram as
cistercienses (fiéis ao espírito de São Bernardo). Nas outras igrejas predominava um brilhante
policromia devido às pinturas e até mosaicos.
! Também tinham um papel doutrinal e pedagógico. Assim, juntamente com a escultura, o sentido
místico e um ambiente de encantamento e surpresa, propícia à reflexão religiosa eram todos
reforçados.
! Os fundamentos das artes da cor românicas
- Pintura mural paleocristã (ocidental) executada a fresco
- Mosaico parietal (tradição helenístico-romana e bizantina)
- Tradição bizantina dos Ícones pintados

! A pintura paleocristã (séc.III VI) foi muito importânte para a definição da arte cristã mediaval.
- Teve inicio nas catacumbas
- Passou a ser usada nas igrejas,cobrindo interior de absides e cúpulas de frescos com cores suaves. A
temática já misturava o sagrado com elementos de origem vegetalista. As composições eram
delimitadas por linhas geométricas de cor.
- As composições não tinham profundidade, eram planas e lineares.
- Os corpos eram simplificados, com gestos formais e simbólicos
- A expressão dos rostos era dada pelos olhos grandes e olhas penetrante
- Temáticas: Baseadas no Novo Testamento (batismo de Cristo, Cristo bom pastor, C. e os apóstolos, C.
em ascensão)
! O mosaico bizantino foi a arte de mais esplendor mais relevante no Império Romano do Oriente
(à exceção da arquitetura). Influenciou arte parietal nas igrejas românicas italianas e das mais oriente.
- Cobria paredes e absides das igrejas
- Mosaicos emocionavam o espectador com a riqueza e brilho cromático, dando força emotiva aos
temas mas também possuindo uma representação esquemática e decorativas sem preocupações de
volume, modelação ou ilusão de profundidade.
- Ex.: (que fazem transição da arte paleocristã para bizantina) os da Igreja de Santo Apolinário-o-Novo;
(os mais famosos painéis representam o imperador) os de São Vital de Ravena
- As representações de Cristo são uma figura de barba e cabeça aureolada, com grandes olhos de
expressão frontal.
- As figuras são grave, serenas, imbuíbas de espiritualidade e apresentam colorido suave.
- No tratamento do rosto há uma preocupação pela representação volumétrica, justaposta a fundos lisos
de tesselas douradas

Pintura românica
- Influencias de: arte paleocristã, bizantina, carolíngia e otoniana.
- 2 modalidades:
- Pintura parietal, que decorava interiores arquitetónicos, e era realizada a fresco e têmpera
- Peuqena pintura, executada nos livros e constituída por miniaturas ou iluminuras, realizadas a
têmpera
- Ambas a temática era religiosa, contando histórias da bíblia, vida de Cristo, visões apocalípticas, etc...
Estes ciclos narrativos eram reproduzidos na maior parte das igrejas, atribuindo grande identidade
concetual.
- Aspetos formais e estilísticos dependem na região, criam-se estilos regionais. Os artesãos eram
anónimos mas as escolas ou oficinans incluíam artistas diversificados.

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- O trabalho era geralmente coletivo havendo especializações na pintura de rosto, de mãos e pés e de
panejamentos.
- Alguns dos aspetos comuns são:
- desenho prevalece sobre a cor, mantêm linhas estruturantes visíveis
- Falta de rigor anatómico, geralmente deformandas por acentuação
- Posições demasiado formalizadas, chegando a estar desarticuladas
- predomina a tendência para estilização e esquematização geométrica dos rostos e corpos, cuja
representação não respeita proporções nem perspetivas.
- corpos quadrados
- cor aplicada a cheio quase sem matizados ou sombreado, acentuando o carácter bidimensional
- Composições segundo esquemas geométricos complexos, sentido rítmico marcado pela
repetição
- No interior da igrejas as pinturas ema maioritariamente executadas a fresco e obedeciam a um
programa temático iconográfico preestabelecido.
- Ex.: frescos em frança- igrejas de Vicq-sur-Saint-Chartier, Saint Savain-sur-Gartempe e a capela de
Berzé-la-ville; Espanha- cripta de igreja de Santi Isidoro e igrejasde San Clemente de Taull e Santa
Maria de Taull.
- As diferenças entre estes todos são mais evidentes na tratamento da cor (França- fundos claros e
tonalidades brilhantes; Itália- tradição bizantina de fundos escuros e cores fortes; Espanha de
influência árabe cores intensas com brilhos metálicos).

! Foi menos frequente mas também existia pintura sobre madeira usada principalmente para
decorar os frontões do altar. A temática e representação formal, inclindo expressividade, foram
semellhantes às dos frescos. !
! Em Itália, devido a influência bizantina e tradição romana, existiu uma característica única, a
decoração com mosaico revestido nas paredes, cúpulas, pavimentos e até partes dos fustes, mas com
a mesma temática ! que a pintura.

Pintura sobre livros sagrados


! Isto era uma arte desde séc.V (período paleocristão). Ligada à tradição monástic, pois era feita
nos scriptoria das mosteiros e conventos onde se copiavam livros manuscritos. Eram produtos raros e
preciosos destinados a uma pequena clientela de eruditos, os únicos que os podiam apreciar numa
época de analfabetismo e de barbárie.
- Eram os próprios monges copistas que ilustravam os livros
- As ilustrações misturavam elementos vegetalistas estilizados e formass geométricos e abstratas
- Podiam preencher uma página inteira ou ser apenas a decoração das letras inicais de capítulos ou
parágrafos denominadas iniciais ornadas ou capitulares.
- As técnicas denotam grande destreza de execução, imaginação para a representação da variedade de
temas com sentido de ritmo e movimento nas composições. Assim as pinturas aparecem mais
diversificadas, originais e criativas do que os frescos (pois estes obedeciam a conceções plásticas
mais uniformes e internacionais
- Em muitos casos a pintura dos livros serviu de inspiração plástica e temáticas para pintores murais.
Enquanto que estes tinham um público analfabeto e simples, as ilustrações dos livros tinham como
público pessoas cultas que entendiam a simbologia. Também eram realizadas em lugares fixos, o que
proporcionou a continuidade das oficinas e amadurecimento das técnicas.
- Distinguem-se várias oficinas, principalmente:
- As alemãs- continuaram a tradição do classicismo carolíngio e otoniano. Tinham composições
simples e equilibradas sobre fundos neutros. (Monges de Reichenau)
- As inglesas- absorveu rica herança de iluminuras irlandesas e anglo-saxónicas, apresentavam
um estilo mais vivocom formas naturalistas e de sentido burlesco. (oficinas nas catedrais de
Canterbury e de Winchester, cuja bíblia iluminada se tornou famosa).
- Italianas- continuaram tradição bizantina. Sobressai o Exultet da Catedral de Bari
- Espanha moçárabe- de influência árabe, sobressai o grafismo e colorido intenso. Ex.
Apocalipse de Beatus.

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Arte muçulmana
! O islamismo nasceu na Arábia no início do séc. VII com Maomé. Esta deu coesão às tribos da
Península Ibérica que, apoiadas nessa fé, começaram uma notável expansão territorial.
! A arte muçulmana apresenta 2 característas, a diversidade resultante da assimilação das
diferentes tendências locais (quanto a materiais, técnicas e formas), e a unidade, atribuída pela religião
e pelo poder político com ela identificado.
! Características de uniformização:
- fidelidade temática e formal aos preceitos do Corão (aos quais subordinam a estética)
- valorização da arquitetura, que se apresenta em toda a arte islâmica como a arte maior
- aniconismo, isto é, recusa de representação figurativa em pintura e escultura para evital idolatria
- tendência para a geometria, na arquitetura pelo traçado de plantas e organização das volumetrias que
vivem da tensão linha reta/linha curva mas também para restantes artes, principalmente na decoração
(onde arabescos geométrico-abstratos substituem decoração figurativa
- atenção às artes aplicadas (cerâmica, azulejaria, estuques decoratives e tapetes).
- gosto quase sensual pelo exuberânia e luxo (vísivel na multiplicidade de materiais, ornamentação e
policromia interior)
Principais centros produtores: Damasco, Bagdad, Samarra, Cairo, Istambul
! ! ! ! (europa)- Península Ibérica e Sicília

Arquitetura: expressão de génio prático e elevado sentido estético árabe.


- Usaram diferentes materias como pedra, tijolo cru, gesso ou estuque, madeiras, azulejos e mosaico.
- Como elementos técnicos-estruturantes:
- Arcos em formas variadas e criativas, permitindo estéticas sobreposições e entrelaçamentos.
Mais comuns: arco de ferradura e arco aperaltado
- Abóbadas e cúpulas (mais abatidas ou bulbosas) que foram os sistemas de coberturam mais
aplicados. No entanto também existiu tetos planos em madeira. Podiam ter decorações
complicadas como muqarnas (pequenas saliências)
- colunas de sustenção, com fuste liso e capitéis de tradição tardo-romana, lavrados com
rendilhados florais estilizados.

! A arquitetura religiosa tem vários tipos de edifícios.


A mesquita foi o mais importante em cada cidade. Não é considerado a “casa de deus” mas sim uma
casa de oração.
! Estruralmente;
- sala funda coberta por teto plano ou cúpulas e abóbadas com telhado de 2 águas - o haram
- contruída virada para Meca, essa parede é a qibla
- extenso pátio descoberto - sahn - rodeado de pórticos para dar sombra.
No interior do haram a sala era cheia de colunas, na qual se organizava em naves paralelas e
perpendiculares à qibla. No interior desta ficava o mimbar, cadeira trono onde se anúnciava a jutua.
Também na parede da qibla ficava o mirabe, pequena sala ou apenas nicho onde se guaradava Corão.
Era a zona mais decorada da mesquita.
! Um outro elemento importante é o minarete, onde se chamavam os crentes para a oração.
! Também havia escolas de teologia, madrash, e mausoléus para homenagiar na mortes
guerreiros e príncipes.
! Na arquitetura civil, a mais importante é a arquiteturs áulica com o palácio que ra ambos centro
político e administrativo, morada dos reis e as vezes fortaleza.
! Os mais antigos foram construídos no deserto e obedeciam a plantas quadradas, com muitos
aposentos, dispostos em forma labiríntica em torno de um pátio quadrado interior aberto. Estava
fechado por muros altos e tinha torres de vigia, semelhando-se exteriormente a uma fortaleza.
Posteriormente, passaram para um modelo mais aberto com pavilhões rodeados por jardim.
! A decoração arquitetónica cobria quase todas as superfícios com mosaicos e ladrilhos, estuques,
madeiras, mármorese frescos. Os motivos eram geralmente geométricos, vegetalistas e epigráficos,
repetidos em entrelaçados rítmicos muito variados (gosto peka abstração da cultura árabe).

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! Na arquitetura militar destaca-se o ribat, ou convento fortificado, um edifício destinado às


obrigações militares da Guerra Santa e também aos fins religiosos. Tem uma planta quadrada, com
torres de vigia nas 4 ângulos e no interior tem habitações, armazéns e uma mesquita. Um dos mais
famosos é o Susa.

! Os povos árabes dedicaram grande atenção às artes decorativas ou ornamentais, tendo criados
estilos próprios. A cerâmica foi uma das artes mais desenvolvidas, ricamente decorada com desenhos
geométricos e pequenos elementos figurativos estilizados. A técnica do vidralho permite cores brilhantes
e refexos metálicos.
! Os azulejos eram profusamente decorados com elementos florais e geométricos (como os de
Isfahan e Arbadil.
! Praticaram também a miniatura, ou pintura de pequena pequenas dimensões para decorar livros.
A religião proibia figuração então os miniaturistas trabalhavam em livros de fábulas. No Corão eram
usados motivos geométricos e naturalistas estilizados e principalmente a caligrafa do alfabeto árabe
que devido ao aspeto cursivo podia ser artisticamente desenhado.
! Outra arte importante foi os tapetes. Podem estar divididos em vários painéis, rebordados à
maneira da moldura, ou então com motivos geométricos e simbólicos. Cada oficina e região tinham
estilos próprios. Podem ser divididos em 3 tipos: de nós; tecidos; bordados.

Arte moçárabe
! Este nome é dado à arte produzida por cristãos peninsulares que viviam em território
muçulmano. Esta reflete tradições hispano-visigóticas (assentes no tardo-romano), asturianas e
muçulmanas/califais.
! Na arquitetura deixou-nos essencialmente: igrejas em pedra, com aparelho de boa silharia, por
vezes alvenaria e tijolo; plantas de cabeceira reta ou absides contrapostas, uso sistemático de arcos em
ferradura; coberturas de abóbadas (abóbada de berço, de aresta ou galonadas) o planas e em madeira
com telhados de 2 águas. Ex.: (Espanha) Igrejas de São Miguel de Escalada e a de Santa Maria de
Lebena; (Portugal) as de São Pedro de Lourosa da Serra e a de São Pedro de Balsemão
! Na escultura, principalmente relevos nos modilhões dos beirais dos telhados, capitéis e aras de
altar. Representam motivos geométricos de influÊncia hispano-gótica, motivos figurativos como
pássaros e naturalistas como vidreitas. Também houve produções móveis que ream sobretudo
trabalhos a metal (cálices) com técnica de fino cinzelado.
! Na pintura destaca-se as miniaturas com base na tradição românica. As miniaturas moçárabes
estão rechadas de fantasia e realizadas numa ampla e viva gama cromática.

como é que a linguagem desta


Caso prático 1- O canto gregoriano
canto se enquadra e ! O canto ,como acompanhamento ao serviço litúrgico, foi um ritual cristão desde muiti cedo.
complementa a linguagem O canto grogoriano nasceu com a reforma do Papa GregórioI quando este unificou város cantos que
artística do românico? acompanhavam os rituais, até aí chamados cantos romanos, definindo o seu papel na liturgia como
integrante e necessário.
! Tinham funções ministeriais: exprimia a oração de forma mais suave, favorecia o carácter
comunitário da mesma e conferia amplitude e solenidade à palavra das escrituras.
! Com influências gregas, romanas e de cantos da sinagoga judaica, o canto é uma música
monódica de ritmo livre, destinada a acompanhar textos retirados da bíblia.
! Foi o mais antigo, rico e artístico do manancial delódicomediaval. Dele derivou a música erudita
cristã e a sua estrutura melódica foi a base da tradição musical até ao Barroco.

Caso prático 2- Igreja de São Pedro de Rates, séc XII


! Já existia um mosteiro em Rates com uma igreja de 3 naves, onde se começaram alterações.
Foi a primeira construção da Congregação de Cluny em Portugal. Nos séc. XII e XIII o edifício sofreu
muitas obras (naves laterias com larguras diferentes, tramos desiguais, pilares e contrafortes não
alinhados, fachada principal assimétrica) e na decoração, nomeadamente dos portais, capitéis, frisos e
modilhões (cujos relevos têm elementos baseados na tradição local e de influências dos modelos da

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Galiza e do românico coimbrão- com animais como leões, aves, cabeças de bois e folhas estilizadas). A
conclusão da contrusção foi precipitade, muito provavelmente devido a dificuldades económicas (pois a
cobertura é em madeira mas as naves estavm preparadas para suportar abóbadas).
! São Pedro de Rates apresenta um aspeto maciço, rude, simples no interior e exterior da sua
volumetria horizontal e fechada, esporadicamente decorada nos portais, na cabeceira e nos capitéis
com temática animalista de carácter exorcizante. Reflete a mentalidade e mensagem românica para a
Cristandade.
! Porta princiapal: Touro na base da arquivolta quebrada decorada com anjos. Cristo está na
mandolar perto de uma representação da lua ou sol e de Evangelistas. Os capitéis dos colonelos estão
abundantemente decorados com animais místicos, figuras humanas e sereias.
! Porta sul: Cordeiro com cruz grega no tímpano com uma arquivolta de influência mulçulmana à
sua volta. Por sua vez à volta desta está uma arquivolta boleada em formal toral e a delimitar esta uma
dupla tarja ornamental.

Cultura da Catedral (módulo 4)


! A partir do crescimento económico, a partir do século XII aparece o chamado renascimento do
séc XII.
• Este período iniciou-se com desenvolvimento das atividades mercantis, resultantes do crescimento da
agricultura excedentária e atividades artesanais.
- Isto fez reaparecer os mercados internos e externos, multiplicando as feiras e contribuiu para
aparecimento de atividades financeiras intalando a economia monetária, chegando a aparecer bancos.
O sistema feudal-senhorial vai desaparecendo pouco a pouco.
• Crescimento e enriquecimento das cidades que foram sedes de produção artesanal, mercados e
negócios. Também foram o palco de desenvolvimento cultural e social
• Crescimento demográfico e libertação da mão de obra camponesa, que se desloca do campo para as
cidades, onde criou um novo grupo social- a burguesia (artesãos, mercadores, lojistas, letrados, etc)
A burguesia forma organismos sociais, companhias, algumas que ficaram poderosas ao ponto de
serem privilegiados pelas autoridades.
• Aparece movimento pela autonomia administrativa, movimento comunal
• Culturalmente: aparecem pequenas elites apreciadoras de um novo estilo de vida mais cortês
desenvolvendo novas exigências culturaise hábitos de luxo e ostentação. Aparecem as raízes do
mecenato.
• Desenvolvimento da cultura escrita- aumento do número de escolas e fundação das universidades,
onde se ensivana filosofia eclesiástica (conjunto de doutrinas eclesiásticas).
• O pensamento eclesiástico dividiu.se em 2 tendências: uma ideialista e mística e outra racional e
naturalista. A última era liderada pelo pensamento de São Tomás de Aquino que relacionava
diretamente a fé e a razão. Ele acreditava que pela observação do mundo poderia-se chegar às
como assim leva à
verdades religiosas, mostrando aqui interesse pelo conhecimento e levando à humanização da
humanização da religião? religião. Daqui ocorre o renascimento das ciências.
• A evolução do pensamento eclesiástico reflete mudanças de comportamentoe mentalidades das
populações: maior pragmatismo e procura de conhecimento novo, mais humanizado e menos
teocêntrico.
• O crescimento foi travado provisóriamente pela grande depressão, crise devido a muitos maus anos
agrícolas, inflamação monetária, Peste Negra, guerra dos cem anos e numerosas revoltas populares.
A Europa só vai sair desta devido ao maior dinamismo produtivo da Itália e Flandres e,
posteriormente, à abertura marítimo-comercial.
• Com o renascer do mundo urbano, as cidades passam a ser polos dinamizadores da vida económica,
social e cultural. Aumento demográfico das cidades deve-se à libertação de mão de obra e maior
dinamismo artesal e comercial.
• Surge nova mentalidade, mais livre, mais laica, dinância, pragmática e individualista.
• Flandres sobressaiu pela sua qualidade, variedade e riqueza dos produtos.

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• Aparecem cidades-porto, cidade de rota frequentadas pelos mercadores. Locais de confluência de


grande variedade de pessoas. Estas tiveram grande desenvolvimento social, económico e cultural.
Ex.: Génova, Florença e Veneza (Itália), Flandres; Sevilha e Lisboa.
• Universidades atraíam estudantes de muitos sitios, suplantando domínio cultural que fora exercido
pelos mosteiros no Românio.
• Osestudos dividiam-se em 2 áreas: o trivium: gramática, retórica e dialética; e o quadrivium:
Aritmética, geometria, astronomia e música. Primeiras universidades: Oxford, Praga, as de Pádua e
Bolonha

Catedral:
- Era o símbolo das cidades e o motivo de orgulho dos cidadãos.
- Era expressão da comunidade e reflexo da vitalidade e afirmação económica e político-social, que era
visto na beleza da catedral.
- Símbolo de poder
- Afirma a burguesia e a igreja com a sua grandeza
- Deviam refletir as conceções religiosas, ajudando a difundir nos fiéis a imagem doutrinal. Estas
nortearam os projetos contrutivos quase sempre idealizados.
- Ocurriam feiras, representações teatrais, aplicações de justiça e trocas de ideais (tornando a catedral
um centro cultural)
- Resumem os esforços de harmoniza raciocnalismo clássico com místicismo cristão.
- Começa com a Abadia de Suger (inicia estilo gótico). Nesta, na planta, volumes, decoração e
especialmente na iluminação permitida pelos vitrais, uma unidade estrutural, racional e lógica que
materializava a nova espiritualidade - Luz é Deus
- Estavam relacionadas com as vontades políticas e económicas e rivalidades económicas entre
regiãos.

Cidade:
- As novas aparecem perto do mar, perto de vias de comunicação, locais de feiras, perto de abadias ou
no prolongamento de aldeias.
- Nas praças havia o pelourinho, o mercado, atos de burgo e feiras. Estas ocupavam um lugar de
destaque sendo o centro da vida quotidiana. As próprias habitações contornnavam as praças.
- As velhas aumentavam o seu espaço urbano criando novas muralhas e outros burgos derivados do 1º.
- Cidade convivia com o campo pois todos possuíam pequenas parcelas de campo cultivadas no
exterior das muralhas para abastecimento de frutas e legumes frescos.
- Tinha uma configuração fechada e radioconcêntrica que caracterizava o urbanismo medial e
pensamento cristão que via neste esquema circular a representação simbólica do Universo.
Cultura cortesã:
- Em paz a nobreza cultivaram o conforto, luxo, prazer e diversão, dedicando-se à caça, torneios para
manutenção física e festas/convívios. (festas, romarias de motivos religiosas com dança,
representação teatral e cantares animados, que em Portugal eram as cantigas de amor, de amigo e de
escárnio.) Institui-se um novo código de cavalaria
- Assim aparece o primeiro género das literaturas nacionais europeias- poesia trovadoresca. Aos tarde
devido ao aumento de letrados aparecem novos géneros como: romances de cavalaria, narrativas de
viagem e até romance sentimental.
- Música: tradição popular com vários instrumentos
- Teatro: religioso realizado nas igrejas ou praças.
- O teatro satírico era fantasioso, religioso e simbólico. Usavam gestos convincentes e roupas
cintilantes.
- Novas regras sociais, como apresentação física mais cuidada e maior civilidade no falar e agir.
- Nova cultura popular, mais profana e humanista, essencialemente oral e gerada nas festas e romarias.
- Estes usos incentivaram artistas dando-lhes oportunidades para expor as suas criações e
origiganaram primeiras práticas de mecenato.

Dante Alighieri (biografia)

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- Homem de grande cultura e personalidade. Para ele a elevação intelectual do seu oensamento e rigor
moral impunha à sua própria conduta.
- Cortou a tradição mediaval de escrever a latim. Ele escrevia em Italiano, aperfeiçoando a língua e
contruibuindo para o nascimento da literatura italiana.
- Novo estilo literário: “dolce stil nuovo” que foi precursor da literatura do renascimento.
- Principais obras:
- Vita Nuova: romance sentimental e autobiográfico dedicado a Beatriz Portinari
- Le Rime: louvores à filosofia e ciência
- De Vulgari Eloquentia: estudos sobre língua italiana
- Monarchia: tratado sobre política
- Divina Comédia: Peça poética dividida em 3 partes. Nesta, Dante relata visão/sonho durante
qual realiza uma viagem ao mundo dos mortos. Ele usou esta “viagem” para analisar a vida
humana e expor o seu pensamento no campo da filosofia e da teologia demonstrando
conhecimento, humanismo e grande sentido moral e espiritual.
- Usa linguagem clara, pormenor, beleza no detalh e crítica social, religiosa e política.

Peste Negra (acontecimento)


- Foi trazida do Oriente entrando na Europa num porto de Itália.
- O contágio ocorre ou com a picado da pulga ou mordidela do rato já infetado.
- Tinham mortalidade elevadíssima, chegando a matar cerca de um terço da população da Europa,
fazendo desaparecer comunidades inteiras.
- Consequências:
- Alterou quotidiano, semeando terror
- Parou a produção por falta de mão de obra e o comércio, espalhando a carestia e a fome e
originando crises monetárias que instalaram a depressão económica
- A insegurança e instabilidade levaram a revoltas populares que causaram o pÂnico e a
violência
- O medo provocou em muitas pessoas o recurso exagerado à religião e à fé (práticas
extremistas de misticismo) e em outras o descrédito e crítica, aparecendo hereisas e cultos
satânicos.
- Resumindo: perturbação das estruturas económicas e socias e crise de valores e de
comportamento.

Arte: Gótico
! A sua estética está associada à mística da luz, sendo a catedral a ligação entre luz e razão. Isto
deve-se à interpretação simbólica dos elementos arquitetónicos da catedral: a fachada, ladeada por 2
torres remete para a ideia de porta do ceú; a iconografia da porta harmoniza com o espiritual pela
representação de profetas e reis. No inteior, a nave central, através das arcadas, guia-nos ao altar. O
sentido ascendente e vertical que converge na abóbada, cujo centro simboliza Cristo.

! Arquitetura
! Nasceu da evolução técnica da produção românica mas harmonizou no mesmo edifício
inovações técnicas e estéticas, originando um espírito novo. A sua abrangência geográfica fez da
arquitetura gótica a primeira arte do Ocidente, excluindo influências orientais, clássicas ou helenísticas.
! Inovações: arcos quebrados, ou apontados, ou ogivais. Este levou a que o tramo fosse
retangular.
Elementos:
- Arco ogival: Permite mais altura na construção (flechas sobem). É reforçado pelos pináculos e
arcobotantes. É mais flexivel e produz menos pressões laterais. Permite novas coberturas como a
abóbadas de cruzaria de ogivas
- Arcobotantes: ligação estrutural entre contraforte e parede com forma de meio arco

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- Abóbada:
- de cruzaria de ogivas- este proporciona uma melhor distribuição das forças ou pesos
construtivos, sendo mais fáceis de sustentar. Assim as abóbadas tornaram-se mais dinâmicas;
adaptando-se melhor às zonas a cobrir; e facilitando a cobertura de espaços mais amplos,
permitindo o aumento da área das construções.
- estrelada
- de leque
- reticulada
- Contraforte: mais esbelto e elegante. Serve de reforço estático para as grandes alturas que
agradavam à estética da época. Este era constituído por um elemento maciço e vertical afastado/
adossado às paredes exteriores, o Boratéu, e pelo arcobotante
Assim, esta nova técnica de sustento leva a: edifícios mais altos, o aspeto de verticalidade, colunelos e
pilares mais adelgados, abertura de vãos onde eram colocados vitrais, estes que davam uma nova
atmosféra ambiental, luminosa, transcendente, mística e simbólica.

Arquitetura civil
Castelos senhoriais, palácios urbanos, casas comuniais ou das corporações. Na catedral urbana, tida
como edifício-símbolo, que melhor se caracteriza esta arquitetura.

À semelhança das igrejas românicas, as catedrais góticas:


- Planta em cruz latina de tipo basilical
- Cabeceiras viradas para leste
- Corpo dividido em naves, normalmente 3 mas em alguns casos 5 (como em Notre-Dame em Paris)
No entanto foram introduzidas várias inovações:
• Cabeceira tornou-se mais complexa e aumentou de tamanho
• Transepto, agora é menos saliente
• Altura da nave central foi progressivamente maior concretizando o ideal de verticalidade da estética
gótica
• Janelas cresceram em número e em superfície, ocupando quase toda a largura das paredes entre os
pilares
• Rosáceas das fachadas tornaram-se quase imponentes. Preenchidas por coloridos vitrais permitiam
melhor iluminação.
Estas alterações contribuiram para ampliar o espaço inteior e encher a igreja de luz. Também
evidêmciavam o esqueleto construtivo deixado a nu pela diminuição da decoração interna, esta que fora
reduzida ao mínimo.

Exteriormente também houve alterações:


- As entradas tornam-se monumentais enquadrando-se em pórticos salientes mais profundos. As
arquivoltas ogivais tornaram o portal mais esguio, que também era acentuado pelas glabetes.
- O número de torres aumentou. Estas eram terminadas por telhados cónicosou em agulhas e pináculos
rendilhados, aumentando o impulso vertical.
- Ao contrario da sobriedade interior, o exterior tornou-se exuberante, abundantemente decorado com
estatuária e relevos que pareciam “pousar” em todos os lugares.
Esta decoração esculpida e pintada mais a estrutura irregular da construção contribuiram para tornar a
catedral etérea e quase imaterial, erguida para o céu exprimindo a procura constante do Além.

O estilo foi definido em França e os restantes dos países europeus seguiram o seu modelo.
Gótico inglês: prevalecem catedrais monásticas de corpo alongado, menores aberturas, transeptos
duplos e cabeceiras quadradas. A sua evolução foi marcada pelo gótico perpendicular (acentuação de
linhas verticais e decoração alongada e linear). Ex.: Catedral de Gloucester e a Capela do King’s
College.

Gótico alemão: Tardio e caracteriza-se pelas igrejas-salão, que são um único espaço mais amplo sem
arcadas, galeria nem trifório. Tipicamente também são fachadas de torre única e abóbadas reticuladas.
Ex.: Igreja de São Martinho

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Gótico espanhol: seguiu modelo francês com tendência para uma decoração mais exagerada. Esta
tendência culminou mais tarde o plateresco.

Gótico italiano: Primeiras construções na basílica de São Francisco e na Igreja de Santa Maria
Novella. Nestas há mais tenddência para horizontalidade e coberturas planas em madeira, paredes
ostentam pouca janelas e pequenas, o que permitiu a continuação da prática dos frescos como
decoração dos interiores. Assim estas pinturas conferem às igrejas viva policromia da qual vitrais
estiveram praticamente ausentes. No final do século XIV iniciou-se a construção da mais gótica das
igrejas italianas: a Catedral de Milão, que já obedece à fase flamejante.

Portugal:
! Recebeu influências da Europa (como por exemplo Mosteiro de Alcobaça). No entanto o gótico
português desenvolveu-se a patir dos finais do séc. XIII e em contruções monásticas das ordens
mendicantes militares (ao contrario da Europa que foi essencialmente urbana e episcopal). Isto foi
devido às limitações impostas pela continuação da guerra da Reconquista.
! O gótico de criação português portuguesa só se iniciou com edifícios como o mosteiro de Santa
Clara e Igreja-fortaleza de Santa Maria de Leça do Balio.
! Até so início dos séc XV as igrejas góticas portuguesas:
- Dimensões mais modestas, verticalidade menos acentuada;
- Estruturas, em planta e volume, mais simples, muitas vezes aproveitadas do românico como os
contrafortes;
- Janelas mais pequenas e em menor número
- Muitas mantiveram cobertura de madeira a par de abóbadas de pedra;
- Ostentam decoração menos rica e menos exuberante. Apresentam motivos naturalistas

! No final do século XV o gótico português ganha uma expressão única e autêntica, o Manuelino,
durante a altura da expansão comercial e marítima. Este não constituiu um estilo mas como uma arte
feita de muitos estilos, influenciada pelo gótico flamejante, plataresco espanhol, arte mudéjar peninsular,
conjugados com novas influências e gostos que refletiram numa imaginativa gramática decorativa.
Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha
- Apresenta planta de 3 naves de oito tramos e transepto largo; cabeceira com cinco capelas e eixos
paralelos; total abobadamento ogival da cobertura; finos pilares de sustentação; verticalidade da nave
central; uso de arcobotantes e sistema de iluminação com grandes janelões.

! Arquitetura Manuelino: As construções mantêm o essencial das estruturas góticas mas cm


novos conceitos de espaço e iluminação, as vezes já renascentistas. Estas apresentam elementos
inovadores como arcos e abóbadas, mas é na decoração arquitetónica que este ganha realmente a sua
expressão e identidade. A ornamentação escultórica é profusa e exuberante, concentrada em certos
suportes (portais, janelas, abóbadas) e é elaborada em finos cinzelados e rendilhados na técnica do
relevado. Os temas foram:
- motivos naturalistas inpirados na fauna e flora marínha
- símbolos da pátria (cruz de cristo, a bandeira de quinas e esfera armilar)
- heráldica da pátrica (coroa real e brasão do rei)
- Também há elementos ligados à navegação: velas, âncoras, cordas
! Nas igrejas as plantas mais comuns são de 3 naves à mesma altura (igreja-salão) e sem
transepto.
! Arquitetura civil: Palácio Real de Sintra, Paços de D.Manuel, solares da Sempre Noiva e de
Água de Peixe
! Arquitetura militar: Torre de Belém!
! Arquitetos de maior renome:
- Diogo de Boitaca (francês): Igreja de Jesus, Setúbal; Mosteiro dos Jerónimos
- Mateus Fernandes: Trabalhou no Mosteiro da Batalha e concebeu o Portal das Capelas Imperfeitas e
as suas abóbadas
- Diogo de Arruda: arquiteto das reformas manuelinas do Convento de Cristo em Tomar

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- Francisco Arruda: Sé de Elvas, Igrejas matrizes de Vila do Conde, de Azurara e da Conceição, Torre
de Belém
- João Castilho: ligado aos jerónimos, convento de cristo à Batalha e a Alcobaça.

Escultura
Afirmação no sécul XII-XIV
Emancipou-se da arquitetura, encontrando-se mais pousada que integrada ou submetida.
! Nos relevos, e na estatuária, nota-se talhe mais profundo, de maior modelação formal e com
escalonamento de planos.
! Novidade no domínio técnico-artístico: maior pormenorização das figura ganhando assim maior
realismo e naturalismo nas formas, gestos e posturas. A partir de Séc XIV caracterizam-se pela posição
de “s” estilizada.
! Novidade na expressividade: Abandona-se a rigidez formal do românico, a escultura gótica
torna-se mais humana e expressiva. Em todos os tipos de escultura, os rostos passam a ter pormenores
realistas e perseguem a individualização, adquirindo também emoção e sentimento, inclinam a cabeça,
denotam sofrimento, etc... Esta tendência atinge apogeu em XV e principalmente na Alemanha (devido
alterações de mentalidade e religiosidade).
Temas escatológicos como temas religiosos (descida de cruz, pietá, morte personificada) surgem como
temas dominantes. Os artistas espalharam pela europa representações macabrass e mórbidas,
! Aparecem outras temáticas para além das usadas no estilo anterior (cristo em Majestade, Último
julgamento, etc) como episódios da vida da Virgem e do nascimento de Cristo. Isto reflete maior
divulgação do culto mariano, incentivado pela igreja para suavizar os costumes e valorizando o papel da
mulher. Representações daSenhora do Leite e da Senhora do O, imagens de devoção (marcantes na
tradição portuguesa).
! Também aparece série de motivos vegetalista simples de grande verismo e naturalismo
complementado os temas ligados à história, fabulário, mundo animal usados na decoração exterior
(capitéis, arquivoltas e frisos).
! Esta nova iconografia ligada à nova expressão técnico-formal acenta a tendência para o
realismo e naturalismo que caracteriza a arte gótica e a identifica com o pensamento da época
! A escultura tumular (reflexo da grande preocupação com a morte e do maior individualismo e
desejo de notoriedade): decoração da caixa mortuária onde se colocam as estátuas jacentes, cujos
rostos são cada vez mais individualizados.
! A escultura nas catedrais era sempre colorido, o que conferia o aspero exuberante e etério que
as caracterizou, potencializando os efeitos de luz nas superfícies.

Túmulos de D. Pedro e D. Inês, Mosteiro de Alcobaça


- Situados no braço do transepto
- De autoria desconhecida mas provavelmente portuguesa com influências francesas
- Apresentam cinzelado fino e minucioso onde os elementos figurativos são sobrepostos por elementos
arquitetónicos que servem de cenário.

Itália e Flandres:
! Muitas cidades-estado italianas autónomas tinham características próprias: organizadas como
república, prosperam económicamente, têm desenvolvimento artesanal e comercial. Estas condições
criam um ambiente marcado por pragmatismo, individualismo e humanismo da mentalidade burguesa.
Este facto explica a fraca presença do gótico em Itália e o precoce desenvolvimento da pintura e
escultura.
! Escultura: inovações foram introduzipas por uma família. Essas eram: aproximação da plástica
das figuras à clássica proporção anatómica, no tratamento das vestes bem como na composição que
ganha realismo e expressividade dados pela gradação de planos e interação dramática das
personagens.
! Pintura: Primeiras inovações registam-se na região das Toscânia (iniciaram a renovação) e
Giotto di Bondone lhe deu expressão. Estes pintoram sobretudo murais a fresco e retábulos (decoração
aplicada por detrás de um altar. Painéis de madeira pintados)

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Mantendo-se fiél ao gótico pela espiritualidade, beleza formal das figuras e pelo cromatismo, a
importância dos pintores toscanos, principalmente Giotto, reside com a tradição bizantina e procura do
naturalismo, pela racionalização da representação, sempre enquadrada em cenários ingenuamente
captados. Outras inovações: individualização expressiva das personagens pela particularidade dos
rostos, posturas e gestos, principalmente da massa volumétrica e melhor tratamento do claro escuro.

Giotto:
- Introduz modelos de perspetiva
- Identificação de santos com humanos, estando estes destacados
- Visão humanista

Nos países baixos (Flandres) também se encontra regiões mais precoces e de desenvolvimento
ecómico e social. A sociedade burguesa caracterizava-se também pelo pragmatismo e pela valorização
da realidade quotidiana. I sto criou o florescimento da arte.
A pintura flamenga liga-se ao gótico pelo colorido vibrante, dourados dos retábulos e simbolismo
religioso. Inovações:
- Utilização de pintura a óleo
- interesse pela realidade quotidiana
- pormenorização dos cenários naturais e das vestes
- cenas sagradas no quotidiano
- enquadram temas nas paisagens
- grande realismo nos retratos físicos, que atestavam o individualismo burguês da sociedade flamenga.

A decomposição de cristo- Giotto (1303)


Momento em que Maria sepultam o corpo de Jesus.
Há 2 planos de personagens: as pessoas na parte inferior da composição e as pessoas de pé que
olham expressivamente. Atrás destas há um muro que corta em diagonal a composição, separando o
plano real do irreal, os anjos expressivamente espalhados.
A força plástica do quadro conduz-nos para a cena principal. A profundidade é dada pelo
escalonamento das personagens e pelo escalonamento das personagens e enquadramento
paisagístico. Personagens têm rostos e expressões individualizadas.

! Assim pelo interesse pelo quotidiano e empirismo, os pintores flamegos chegaram a objetivos
idênticos aos que os itanilianos procuravam pelo racionalismo técnico.
Destacam-se: Mestre Flémalle, Van Eyck, Van der Weyden, Hugo van der Goes.

! A partir do século XII, burgueses ricos, nobres, etc, praticam um novo estilo de vida mais
requintado e animado na sua corte fazendo aumentar as encomendas de arte. Estes senhores
mandavam vir das melhores oficinas objetos de luxo, como mobiliário trabalhado ou retábulos, ou
chamavam artistas à sua corte. Este crescimento de encomendas levou ao aparecimento de oficinas de
pintura e iluminura onde os artistas trabalhavam para alegrar os clientes.
! Por volta de 1400 surge estilo gótico internacional de pintura e iluminura. Caracteristicas:
- Realismo dos rostos e formas
- Tratamento mais correto do espaço (cenário de grande pormenor e realismo ou fundos lisos e
dourados
- Colorido mais rico e mais intenso
- Temáticas religiosas mas com pormenores da atualidade
Destacam-se: Melchoir Broederlam; Stefan Lochner; Gentile da Fabriano e Simone Martini.

Iluminura: Teve grande impacto na pintura a nível formal, cromático e técnico, estando na base de toda
a pintura gótica. Devido ao crescimento das cidades e evolução, o local de execução passou dos
mosteiros para oficinas de pessoas ligas a vida civil.
- Crescente realismo
- Interesse tardio pela composição do fundo. Este era repleto de formas humanas e animais
- Temática (sempre religiosa) combina o sentido da composição com riqueza cromática com
predominantemente azuis contrastandos com vermelhos.

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A iluminura ultrapassou temporalmente gótico. devido ao seu impacto.


Autores: irmãos Limburgo - Les Trèsm Riches Heures du Duc de Berry (livros de horas)
Obras anónimas: Livros de Horas do Marechal Boucicaut e de Maria de Borgonha.
Devido à peste morreram muitos pintoras da arte gentil e requintada o que aumentou o espírito
religioso.

Retábulo de São Vicente (XV)


- De Nuno Gonçalves
- Retrato da sociedade portuguesa
- Rostos reais, vincados e energético
- Tons ricos, como nos dourados
- Desenho subjacente mas de grande rigor e mestria, vísivel no escorço do pescador

Arte Muçulmana
Contexto:
- Nas primeiras dinastias foi relativamente unitário
- Seguiu se uma progressiva fragmentação política - maior diversidade cultural e artística.
- A arte islâmica esteve dependente de encomenta cristã
- Oriente islâmico: novas dinastias de origem turca no Irão, mongol na índia e Famitas no Egito.
- Ocidente: Houve guerra civil e deu origem aos reinos taifa
- Reis cristãos reforçam reconquista

A arte dos reinos Taifa


- Extraordinária unidade
- Desenvolvimento da arte do período anterior
- Uso de tijolo, estuque e argamassa (susbtituem mármore e pedra)
- Decoração abundante, grandemente exagerada
- Motivos florais predominam sobre geométricos e epigráficos
- Novos materiais - arte luxuosa e rica mas grágil e pouco duradora
- Edifícios mais significativos: palácios, alcáçovas (cidelas ou fortalezas)
- Existem numerosos banhos públicos

Arte dos Almorávidas


2 períodos distintos:
1-
- Austeridade e sobriedade decorativas de acordo com princípios religiosos desta seita
- Novo tipo de mesquita sem minarete e todo caiada de branco sem qualquer decoração
2-
- Integra tradição ornamental hispano-muçulmana
- Ex.: El Castillejo

Arte dos Almóadas


- Procura do purismo formal, simplicidade decorativa e de maior monumentalidade
- Formas geométricas entrelaçadas, intercaladas com grandes vazios.
- Criou capitel derivado do compósito possuindo um tratamento típico de volutas- o “capitel de orelhas”
- Planta geométrica de tradição hispano-árabe
- naves perpendiculares à qibla acentuando certos eixos lingitudinais
- Nave transversal paralela à qibla
- Ex.: Alcázar Real

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Arte nasride (Granada)


- 3º período das taifas
- 2 tipos de arquitetura:
- 1:
- funcional (utilizou materiais perecíveis e baratos)
- muralhas, banhos e alcáçovas
! -2:
! ! - mais rica, luxuosa
- usada em conjuntos palacianos
- ricos revestimentos de mármore
- colunas com capiteis lavrados
- elegantes arcos peraltados
- tetos ou de madeira ou com abóbadas de influência moçárabe
- painéis de azulejos
- superfícies revestidas com estuques decorados com motivos vegetalista, geométricos e
epigráficos

Arte mudéjar
- É a arte praticada por artífices árabes e mouros em território cristão sob encomenda cristã mantendo
características técnicas, formais e estéticas tipicamente islâmicas
- Reflete condições históricas - convivência e interinfluência entre tradições judaicas, cristãs e
islâmmicas (abundância de mão de obra moura e seu sistema de usar materiais mais baratos mas de
grande efeito ornamental)
- Simples revestimento decorativo feito sobre estruturas e tipologias arquitetónicas cristãs
- Estilo único que para além da decoração característica, possuiu elementos estruturais tipicamente
islâmicos como: torres-minaretes; tetos com sistemas de armação em madeira próprios de tradição
almóada, ritmos de composiçao fromal e decorativa tipicamente islâmicos.
- Variedade regional mas com foco em : Castela e Leão, Toledo, Aragão e Andaluzia.
- Igreja: planta basilical com 3 naves separadas por arcadas em ferradura, apoiadas em colunas, pilares
simples ou pilares com colunas adossadas, com torre sineira quadrada com estrutura de mnarete e
com abertuas de vão duplo
- No mudéjar cortesão salientam-se o Palácio Real de Tordesilhas; Sinagoga del Tránsito e Palácio de
Pedro I.

Palácio do Alhambra, Granada século XIV

Caso Prático 1: A Catedral de Notre-Dame de Amiens


- Construção começou a 1220
- Exemplo de gótico francês e maior catedral de toda a França
- Encomenda para abrigar a suposta cabeça de S. João Batista
- Risco do projeto foi de Robert de Luzarches
- Modelo basilical, cruz latina, com transepto muito pouco saliente e corpo de três naves, todas cobertas
por abóbadas de cruzaria de ogivas
- Verticalidade (devido à altura da nave central e pináculos as torres terminadas em agulhas
- Sistema de abóbadas é sustentado pelos pilares fasciculados (interior) das naves boteréus e
arcobotantes (exterior)
- Acima de arcada principal: trifório e clerestório
- Três portais
- Profusão de elementos decorativos, escultórios (que eram pintados). Esta está presente em quase
todas as estruturas construtivas
- Interior mais sóbrio e simples
- Vitrais coloridos que enchem o inteior com luminosidade e ambiente mais homogéneo e amplo

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Caso Prático 2: As festas do casamento de Frederico III com D.Leonor de


Portugal

Cultura do Palácio (módulo 5)

Idade Moderna: período histórico que se sucede à Idade Média. Entre queda do Império Bizantino e
eclosão de Revolução Francesa

Período de mudança que produziu uma extraordinária evolução no modo de vida - Renascimento
- alterações estruturais que abalaram o mundo feudal e provocaram o renascer do mundo urbano -
maior dinamismo socioenómico
- Abertura comercial da Europ aos mercados dos outros continentes (iniciada pela burguesia italiana +
descobertas geográficas)
- Quebrou isolamento europeu - intercâmbios culturais
- comércio de escala mundial (sustento financeiro até XVIII)
- Revelação da dimensão e forma do globo terrestre, dando a conhecer mais continentes,
variedade de climas e fauna e flora, multiplicidade de povos, raças, culturas, religiões
- Elaboração de novos saberes com base na experiência (o que obrigava a rever conhecimentos
antigos e assumir um novo pensamento)

Novos conceitos sobre Homem e existência


! Nova mentalidade que colocava o Homem no centro dos interesses e motivações (humanismo)
e usava-o como referência/modelo (antropocentrismo) e valorização das capacidades humanas. Esta
última levou a um maior racionalismo a partir do qual se desenvolveu espírito crítico e uma atitude
mais positiva e realista em relação à vida.
! Mais curiosidade e vontade de saber levou a um interesse por livros, História e até Arqueologia.
(Re)descobriu-se a antiguidade greco-romana que se tornou um ideal e exemplo (classicismo).Gerou
um olhar mais objetivo na natureza o que levou às bases do cinhecimento científico.
- Conceção mais pragmática e profana da vida - Individualismo (corrente que defende a concretização
das potencialidades e característas, valorizando o papel do indivíduo
! Condições que geraram renascimento (inicialmente em Itália) : crescimento demográfico e
urbano, abertura comercial e maior dinamismo socioeconómico, novos intercâmbios culturais e
redescoberta da Antiguidade Clássica
- Situação política invulgar - cidades-estado organizadas em repúblicas oligárquicas (mais abertas,
livres socialmente e culturalmente)
- Situação económica privilegiada (apoiada no argoartesanal e comércio internacional, atividades
financeiras
- Sistema social flexível - permite ascensão da clsses burguesa. Esta impõe-se como elite rivalizando
com a aristocracia e criou um estilo de vida próprio caracteizado pelo trabalho, riqueza, luxo e
formação intelectual, literária e artística - atributos de um homem novo
- Homem completo- prática do mecenato (atividade de apoio e proteção à produção intelectual,
científica e artística)
- o “novo espírito” também se deveu à redescoberta da cultural clássica, também ocurrendo em Itália
(Romanos e roma).
Cidades italianas: Florença, Roma e Veneza

Artistas assumiram-se como intelectuais e foram capazes de inovar artisticamente (devido a talento
técnico, raciocínio e compreensão).

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Arte como ciência levou os artistas a terem consciência do seu valor.- artes vão ser assinadas e o
reconhecimento do valor é testemunho da crecesnte ligação entre obra/autor. Reconhecimento público
elevou artistas no seu estatuto social, até elites.
- Artistas tornaram-se motivo de estudo- Giorgio Vasari foi o primeiro historidor da arte ao relatar em
“Vidas” os precurssos profissionais e pessoais dos mais célebres artistas italianos do seu tempo, com
“vidas exemplares”.
- Seguinndo o mundo clássicp, arte do Renascimento foi uma arte racional e científica, imitação
intelectualizada da natureza.

! A partir do início do século XVI começou alguma instabilidade. O movimento da Reforma


Protestante e a enorme cisão que causau entre cirstãos abalara. Guerras religiosas que se seguiram
dividiram as nações, instalaram perseguições e desesetabilizaram a vida económica. Absolutismo já se
anunciava, Igreja Católica iniciou Contrarreforma (combater o Protestantismo para continuar a doutrina
e dogmas católicas) reforçando os seus poderes ficalizadores da Inquisição e Índex.
! Expansão económica e crescimento popular- crises económicas e demográficas
! Racionalismo otimista e confiante é destronado pela inquietação, ceticismo e crise de valores
! À liberdade intelectual sucedeu a censura e controlo ideológico e religioso.
A arte perdeu a clareza e rigor lógico e formal, sendo estes substituídos pela exploração dos
sentimentos e da sensualidade, pelo individualismo estilístico e pelo decorativismo- Maneirismo

Palácio
! Vida centra-se na cidade, é onde os Reis instalaram as sedes e orgãos de administração, onde
moravam os bispos e as grandes colegiadas, onde se formaram universidades, onde os burgueses
desenvolveram castelos senhoriais. A vida mundana desloca-se definitivamente do campo para a
cidade.
! O paácio é a habitação típica das elites. Ocupa um quarteirão inteiro, possuindo três ou quatro
fachadas exteriores. De fora apresenta aspeto fechado, compacto e altaneiro, com poucas janelas ao
nível do rés do chão devido a segurança, mas já não existem torres nem terraços ameados.
Interiormente, eram organizados em torno de um pátio central descoberto (cortile) para onde abriam as
galerias (loggia), os vários andares. O cortile era decorado com mármores, medalhões de cerâmica
esmaltada, peças de estatuária ou murais com frescos. A elegância da loggia refletia o luxo da
decoração inteior onde tudo era tratado com requinte e arte.
! Palácios foram também símbolo da sua forma de vida e orgulho dos proprietários. Elites criaram
estilos e vidaonde conforto e luxo se associavam ao gosto pelos prazeres mundanos (como bailes e
saraus, música, poesia e teatro) e os prazeres do espírito. Estes últimos introduziram o hávbito das
bibliotecas e museus privados onde guardavam objetos raros, relíquias com fervor do colecionismo.
! Muitos homens cultos como a família Médicis organizaram as suas tertúlias intelectuais para
quais convidavam inúmeros filósofos e literatos. Outros amantes das belas-artes faziam encomendas e
patrocionavam a formação de artistas. Lourenço de Médicis instituiu no jardim do seu pácio verdadeiras
oficinas/escolas onde fizera, aprendizagem e passaram inúmeros génios do Renascimento.
Novos códigos de comportamento e civilidade e nova mentalidade. Cortsãos rivalizavam entre si na
elegância e dotes físicos e intelectuais, promovendo uma nova educação.

Humanisno e imprensa
- Expressão literária do pensamentoe valores renascentistas. Humanistas foram escritors, filósofos e
professores que renovaram o pensamento europeu influenciados pelo espírito novo do racionalismo,
individualismo e antropocentrismo e autores clássicos. Destacam-se Dante, Petrarca e Boccaccio.
- Estudaram e leram os autores da Antiguidade (aprendendo latim e grego clássicos).
- A redescoberta do mundo clássico também trouxe a paixão pelo arqueologia e pesquisa de inscrições,
monumentos, esculturas etc...
- O humanistas do Renascimento souberam recriar e reinterpretar os clássicos com um espírito criativo
e crítico, usando línguas nacionais.
- A cultura clássicafoi entendida sobretudo como instrumento pedagógico ao serviço de formação
pessoal, ou seja, serviço de desenvolvimento das capacidades intelectuais.

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- Consciência da modernidade (valorização da experiência pessoal, razão, espírito crítico e atenção


dada a problemas)
- Destacam-se: Camões, Shakespeare, Thomas More, Erasmo de Rotardão
- A rápida expansão do movimento humanista também deve-se ao aparecimento da impensa
- Trazida da China ou invenção de Gutenberg, surgiu na Alemanha em 1440/50 e o primeiro livro
impresso foi a 1456/58. Até final do sc XV os livros impressos eram maioritariamente religiosos. a partir
de XVI a procura evoluiu para géneros como romances de cavalaria, literatura de viagens, reedição de
clássicos, livros de medicina...
- A imprensa proporcionou enorme progresso na vida cultural: 1- rápida divulgação das ideias e
saberes; 2- generalizou as correntes culturais; 3- facilitou estudo e ensino; 4- aumentou gosto pela
leitura; 5- alargou horizontes mentais e geográficos do homem.
- No entanto, era um produto de luxo, muito caro.

Reformas
! Várias heresias e o comportamento corrupto do cléero levou a uma crise de fé e crescente crítica
à Igreja, expressa por humanistas e clérigos como Lourenço Valla ou Erasmo de Roterdão.
! Levou assim a grande divisão do cristianismo, a Reforma Protestante (movimento alemão de
Lutero que se expandiu pela Europa. Levou a uma forte contestação ao papado e reinterpretação das
Sagradas Escrituras dando origem às igrejas luterana, calvinista e anglicana.
! A reforma protestante obrigou a uma urgente revisão doutrinal da Igreja Católica. Assim no
concílio de Trento sairam as linhas orientadores da Contrarreforma, movimento católico para combater a
difusão do protestantismo e iniciar renovação interna para regressar à sagradas escrituras. Redifiniu-se
novos dogmas. A reforma interna também tinha como fim consolidar a Igreja, promovendo a
recuperação de fiéiscom missionação. Isto foi entregue a novas ordens religiosas, como Companhia de
Jesus. A vigilância ficou encarregue ao tribunal da Inquisição e a criação do Índex (relação formql das
obras interditas àqueles que professavam a fé católica, sendo vedada a leitura).
! Repercussão no modo como os povos vivenciavam a religião. A tradição era a exterioridade
religiosa com missas e festas... no entanto, começou uma tendência para uma espiritualiade mais
intimista e individualizada. Destaca-se a obra “Imitação de Cristo” de Kempis,

Lourenço de Médicis (biografia)


- Frequentou Academia Platónica onde humanista Marsílio Ficino exercia magistério
- Cultivou o seu espírito, era curioso e vivo, inteligência acima da média e grande sensibilidade artística.
Tornou-se um homem culto, eclético, sensível e sofisticado
- Governou Florença com grande sabetoria, impondo respeito aos governantes e aos cidadãos
prosperidade e fama que trouxe à cidade. Soube reunir apoio dos mais pobres e instituir um poder
quase absoluto.
- amante das letras e artes, desenvolveu um política cultural notável: atraiu À sua corte poetas,
pensadores e artistas, funfou tipografias, criou escolas e bibliotecas, colecionou livros e obras de arte,
estimulou os estudos clássicos, renovou arquitetonicamente a cidade...

O De Revolutionibus Orbium Coelestium (acontecimento)


- Escrita por Nicolau Copérnico (cónego polaco de saberes ecléticos)
- Pela primeira vez, de uma forma matemática e científica se expôs a teoria heliocêntrica do universo
cosmológico
- Copérnico chegou a esta conclusão após anos de estudo apoiado apenas por um quadrante solar,
uma esfera armilar e um torqueton
- Foi muito polémica pois as suas conclusões eram contrárias às evidências dos sentidos, teorias dos
Antigos e negavam afirmações biblicas, pondo em causa alguns dogmas religiosos.

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Arte
Pintura
- Nasce do aperfeiçoamento do gótico e rutura com essa, aproximando-se dos ideais clássicos
- Homem é medida de todas as coisas, tornando-se ele próprio um objeto de pesquisa
- Artista já não é um artesão anónimo, é um intelectual cosagrado. Possuía formação mais humanista e
científica que defendia a sua própria autonomia e emancipação
- Objeto artístico, a obra-prima, foi produto desse estudo e resultado nacional desse percurso
- Ghiberti afirmava que o pintor e escultor deviam estudar geometria, perspetiva, teoria da elaboração
de projeto, aritmética, gramática, filosofia, história, astronomia, anatomia.
- A pintura renascentista nasceu em Itália XV a partir do espírito novo cimentando-se em novos ideias
humanistas baseados no individualismo que levaram a práticasrealistas e antropocêntricas.
- Caracteriza-se por uma renovação estética, formal e técnica numa aprendizagem exigente e longa
- o conteúdo e finalidade era a beleza, representação objetiva da realidade e atingia com o
conhecimento e a cópia da Natureza. Aplicaram-se na dedução de regras racionais e soluções
científicas que deram origem aos cânones.
- A pintura passou a ser uma arte racional, científica e imitação intelectualizda e tecnicista da natureza
(procura da dimensão humana, representação da perspetiva, harmonia, equilibrio entre outros aspetos
que também foram teorizados e estudados)

Características técnico-formais e estéticas


- Invenção da perspetiva rigorosa e científica, que permitiu a construção do espaço pictórico segundo
as leis da ótica, de proporções geométricas da exatição matemática e do tratamento da luz, de modo
coerente e integrador
- Pintura a óleo (técnica importada da Flandres e das cidades alemãs). Como esta tem tempo de
secagem permitiu modelado (técnica que através de gradações cromáticas obtem ilusão de
volumetria) e velatura ( técnica que simula transparências), que pormenorizam . Também permite
brilhos e reflexos intensos de grande vibração cromática. Devido às tintas mais pastosas e
homogéneas. As gradações cromáticas permitem uma atmosfera e luminosidade corpóreas,
concretas.
- A pintura beneficiu progressos técnicos do tempo, como a divulgação do uso do papel e aparecimento
de telas e cavaletes (facilitaram criação, execução e transporte das obras):
- Temática: maioria religiosa, sobretudo mariana, onde incluiam representação dos doadores . Houve
também temas mitológicos ou ligados à literatura clássica, o que permitiram o renascimento da prática
do nu. Surgiram também temas laicos como retratos. Este ganhou autonomia e importância
(representação de pessoas importantes que pretendiam ser eternizados nas obras).
- Influência clássica: cópia das obras greco-romanas pela representação ideal do nu e uso da Natureza
como cenário integrador quer das temáticas religiosas quer mitológicas

2 períodos:
- Primeiro Renascimento (sc XV)
- Alto Renascimento

Quattrocento (XV)- Marcada pelo gótico com sentido mais lírico e místico. Os pintores usaram
figuração naturalista e espaços realizados por meio da perspetiva empírica. Destacam-se Fra Angélico,
Fra Fillipo Lippi e Sandro Botticelli.

Fra Angélico- austeridade religiosa nos temas e delicadeza nas figuras estilizadas que expressam uma
fé veemente. Intenso cromatismo feito com cores luminosas e douradas. Usou a perspetiva empírica no
tratamento dos espaços arquitetónicos.

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Botticelli- defendeu a prevalência do desenho sobre modelação, criando corpos esguios e graciosos,
integrados em harmoniosas composições. Carácter mitológico: O Nascimento de Vénus, A Alegoria da
Primavera. Carácter religioso: A Anunciação a Maria.

Outros pintures destacaram-se por estudos de anatomia, perspetiva e volume, entendendo a arte da
pintura como um objeto de reflexão e da aprendizagem. Por exemplo: Masaccio, teve papel
preponderante só igualável ao de Brunelleschi na arquitetura e de Donatello na escultura. Combinou
espiritualidade de Giotto com perspetiva empírica e serviu-se da luz e da sombra para obter volumes e
massas nas figuras.

Piero della Francesca, pintor florentino. As suas figuras possuem um carácter monumental; são solenes
e hierárticas e enquadram-se em ambiente construídos com grande rigor geométrico. A luz materializa
as personagens representadas e os elementos arquitetónicos.

Paolo Uccello- pintou ciclo de painéis sobre A Batalha de San Romano. As suas obras denotam um
estudo rigoroso e científico da perspetiva, quer nas figuras em escorço quer na orientação e ritmo das
lanças.

Andrea Mantegna- criador de figuras com forte volume escultórico, por vezes quase monocromáticas e
com domínio total da anatomia e aplicação da perspetiva.

Alto renascimento/ cinquecento, Perfeito Renascimento: Designado por Vasari pois neste período
se atingiu o auge das pesquisas e inovações, o equilíbrio e maturidade, tal como a obtenção de uma
terminologia mais sistematizada. Artistas como: Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael.
- Iniciada em Floreça mas foco principal em Roma devido aos grandes projetos arquitetónicos da época
terem sido encomendados pelos papas.
- Harmonia, graciosidade, proporções com base na forma humana, maior expressividade e ligação à
ciência,
- Crescente entendimento da Natureza e capacidade para a reproduzir. Ex: estudos de da Vinci,
Giorgione, Bellini.
- Maior conhecimento e compreensão da anatomia, como o fizeram da Vinci e Miguel Ângelo, e das
características psicológicas como fez Rafael.
- Aperfeiçoamento na pintura de óleo permituram uso mais subtil da cor, luz e sombra, assim como as
ilusões de ótica. Contribuíram a técnica do sfumato (transição da luz/sombra tão gradual que tornava
contornos quase impercetíveis + profundidade) de da Vinci, colorido forte e equilibrade de Rafael e luz/
cor dos pintores venezianos.
- Melhor compreensão da perspetiva, matemática e da óptica que conduziram maior domínio das
relações espaciais. Ex: A Última Ceia de da Vinci ou A Escola de Atenas de Rafael.

! Miguel Ângelo Buonarroti foi escultor, pintor, arquiteto, e evoluiu de Renascimento para
Maneirismo. As figuras apresentam escorços e estruturas escultóricas e expressam monumentalidade,
movimento, tensões e ansiedade.
! Rafael criou um desenho com grande força estático-contemplativa, equilíbrio, elegância e
serenidade, As Virgens ou Madonas, Anunciações e Sacras Conversationes constituem a sua mais
conhecida iconografia. As Madonas tinham olhos cândidos, sorrisos leves, sao figuras poéticas,
serenas, refinadas e doces, representadas em esquemas compositivos piramidais.
! Cidade de Veneza foi um foco importânte. Aí a pintura era notoria na decoração interior dos
palácios (com influências do Norte da Europa como a pintura a óleo). As festas da burguesia rica
contribuiu para produção artística que privilegiava a cor brilhante e a paisagem em detrimento das
temáticas principais. Destacam-se Giorgione e Ticiano.
! Giorgione- grandiosos enquadramentos paisagísticos explorados através do deslumbramento da
cor e sfumati o que dava protagonismo à paisagem e cria uma atmosfera envolvente, misteriosa. ex.: A
Tempestade.
! Ticiano- da escola veneziana com fama como retratista. Temas mitológicos onde sobressai da
forma sensual e luminosidade dos corpos feminimos nus, pintados com grande vigor. As obras
religiosas possuem movimento ascendente e são mais movimentadas.

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Estes pintores com tendências para composições complexas e movimentadas e exaltação cromática
fizeram a transição para o Maneirismo.

Arquitetura
Herdou os príncipios fundamentais da harmonia e equilíbrio de arte da Antiguidade. O estudo era feito
através de observação direta ou a partir de tratados antigos. A este acrescentaram o estudo rigoroso
das leis da Geometria e Aritmética e estudo das Cienências Naturais e A!natomia, tomando o corpo
humano como modelo e cânone.
Esta arquitetura nasceu em Itália, onde o gótico não deixou raízes profundas e existiam preocupações
racionais e humanísticas. Os arquitetos inventaram modelos, tratados e projetos onde os avanços
científicos, técnicos e tecnológicos da sua época servisse uma harmonia inteligível, racional, entre as
partes e o todo. Inventaram uma línguagem técnica, formal e estética inovadora. Os edíficos foram
projetados à escala humana.
Esteticamente, as inovações estavam relacionadas com a utilização e combinação de regras de
simetria, regularidade, proporção e alinhamento. Assim exigiu um traçado rigoroso, geométrico com
preferência pelas volumetrias fechadas circulares, cúbicas e paralelepipédicas. Nos edíficios, as
fachadas eram planas, com regularidade ortogonal, acentuando a sua horizontalidade.
Cabia ao arquiteto conjugar as várias estruturas clássicas com a decoração harmonicamente.

Primeiro Renascimento: Fillipo Brunelleschi e Leon Battista Alberti

Brunelleschi:
- Reconstrução da cúpula da Igreja de Santa Maria das Flores
- Projetou as capelas Ridolfi e Barbadoni
- Projeto do hospital dos Inocentes
- Trabalhou com Donatello (seu aprendiz) nas esculturas da Igreja de Santa Maria ds Flores

Alberti:
- Melhor articulou a capacidade estética e técnica à luz do ideal humanista
- Forma circular (“solução ideal de limitação do espaço”)
- Racionalismo traduzido na articulação de espaços concebidos a partir de formas geométricas puras
- Igreja de San Francesco; Templo de Malatesta; Palácio Rucellai
- Articulação do seu aspeto exterior com as restantes construções das cidades

Igrejas:
- Passam de planta basilical e cruz latina para plantas centradas ou cruz rega na procura de perfeição
absoluta.
- Cabeceira seguia o modelo de planta centrada; nave central alarga-se criando u espaço mais amplo;
conversão das naves laterias a pequenas capelas

Alto Renascimento: Modelo mais comum era a planta centrada nas igrejas. Donato Bramante
aplicou esta na Basílica de São Pedro em Roma, tal projeto que foi acabado por Miguel Ângelo.
Este edíficio tornou-se o paradigma das grandes plantas centradas que deram origem a edifícios
cobertos por cúpulas erguidas sobre um espaço unificado.
! 2º Quartel do século (orientações do Concílio de Trento):
- Única nave coberta por cúpula sobre a zona central que cria visão do espaço em absoluto.
- Paredes: locais priveligiados para decoração pictórica e escultórica
- Fachada e portal continuam fundamentais da contrução. Alguns parecem arcos do triunfo
- Decoração subordinada à estrutura do edíficio. No interior dominava pintura mural ou a madeira. No
exterior os poucos elementos escultóricos usados foram retirados da gramática clássica das ordens
(possuiam também funções estruturantes):
- No sec. XVI a decoração torna-se mais sóbria, tendo mais monumentalidade e grandeza

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Arquitetura civil:
Palácio (representação e exaltação do Homem) :
- Urbanos e contruídos para elites
- Segurança e conforto
- Estrutura cúbica ou paralelepipédica
- Normalmente 3 andares, quais tinham funções diferentes
- Fachadas de pedra aparelhada -> aspeto maçico e autero. São rematadas por uma cornija saliente e
profusamente decorada.
- As paredes são em silharia rusticada (paramento com pedra não lavrada, como se fosse ruína) no rés
do chão e em almofadados nos andares superiores
- Os andares estão separados por pilastras e/ou colunas que enquadram as janelas, alinhadas
horizontalmente e verticalmente. Em cada piso, os entablamentos e colunas pertencem às ordens
clássicas, geralmente evoluindo da ordem toscana ou dórica (rés do chão) para coríntia ou compósita
(último andar). Ex: Palácio Rucelai de Alberti
- A partir do sec. XVI os palácios têm um aspeto mais leve e elegante com fachadas de silharia plana e
portas e janelas encimadas por frontões triangulares e/ou semicirculares.
- A porta principal tem mais decoração, no séc XVI chaga Às janelas
- Miguel Ângelo defendia um estilo mais austero como no Palácio dos Senadores ou Palácio Farnese.
- As divisões mais importantes tinham tetos côncavos pintados.
- Alguns edifícios públicos como hospitais e universidades foram edificados seguno estes princípios.

Villae
- Palácios com grande propriedade fundiárias e destinados a moradia de férias com estruturas mais
livres e mais inovadoras
- Plantas centradas, a simetria, rigor geométrico e imitação de fachadas antigas
- Decoração interior: pinturas segundo os locais onde o palácio dora edificado
- Rodeados de jardins onde a água foi um elemento importante
- Ex: Villa Rotonda de Palladio e Villa Madama de Rafael

Urbanismo
- Novas conceções arquitetónicas -> novos conceitos de urbanismo
- As cidades deviam de se organizar através de eixos principais como na Antiguidade (contra
aglomerados caóticos mediavais)
- Cidades ideais possuiam estruturas organizadas segundo uma malha regular onde alinhamento de
igrejas, palácios e edifícios administrativos e políticos se articulava por planos matemáticos
- No centro estava a praça, um local nobre da cidade. Modelo ideal: Praça Ducal de Vigevano, um
espaço retangular cercado poruma enorme arcada
- Praça mais emblemática: Colina do Capitólio de Miguel Ângelo (praça trapezoidal delimitada por
fachadas de palácios)
- Conceito de cidade ideal: casas proporcionadas ao espaço, igreja circular e organizada numa
perspetiva linear. Ex: Cidade Ideal de Piero della Francesca

Escultura
- Teve processo evolutivo gradual com base no aperfeiçoamento (teve influência clássica direta)
- Destacam-se Ghiberti; Donatello; Miguel Ângelo
- Teve rápida evolução devido ao convívio com modelos do classicismo e capacidade de copiar a
natureza em todas as suas proporções
- Segundo espírito humanistae individualista, houve interesse pelo Homem e representaram-no com
fidelidade visual, nos aspetos físico-anatómicos (ossos, músculos, proporções, modelação de formas)
e nas capacidades expressivas (movimentos, gestos, rostos, sentimentos, sensualidade)
- Representação do nú
- Retrato sobretudo para burgueses, nobres, políticos e eclesiásticos. Houve retratos de corpo inteiro,
cabeças e bustos e equestres. Os retratos eram adornados com pormenores de época, como trajes,
joias e cortes de cabelo.

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- Relevo: principalmente em frisos, portas e tribunas. Destaca-se Ghiberti. Ex: Bastistério de Florença
de Ghiberti com grande beleza e grande rigor formal de execução.
- Temáticas: interesse pelo Homem e pelo quotidiano profano, principalemente em esculturas de
pequeno formato destinadas a colecionadores privados (menos condicionadas por fatores religiosos e
morais)
- Representação de modelos reais do povo em personagens alegóricas, mitológicas e bíblicas
- Interesse pela História: heróis, poetas, filósofos e figuras mitológicas eram retradas segundo modelos
desse tempo
- O modelo clássico para representar heróis mitológicos ou atletas também foi usado para figuras
simbólicas da bíblia (santos)
- Características renascentistas refletiam mudanças de gosto e sentido estético (devido a uma nova
mentalidade mais racional e objetiva)
- Autonomia da escultura em relação à arquitetura. Reformulação do papel das obrs e predomínio da
escultura de vulto redondo. Esta deu ao artista mais liberdade para conceber e executar onde quereria
imprimir uma marca individual.
- Linguagem própria leva a que a conceção da obra seja sobrevalorizada, atribuindo a cada peça um
novo valor subjetivo: o da autonomia

Século XV (Primeiro Renascimento)


- Grande produção escultórica e desejo de perfeição e realismo formal e técnico. Esta evolução deu-se
a partir de artistas como Ghiberti (painéis de bronze para as portas do batistério de Florença) Ghiberti
entendeu a aplicação prática de formas científicas que ajudaram À representação da realidade: a
geometria, perspetiva e autonomia. Os painéis são representados com corpos inteiros como se
estivessem num cenário real que simula a tridimensionalidade e a perspetiva. (os baixos relevos mais
pictóricos que se conhecem)
- Donatello- mestre da escultur. Usou pela primeira vez nos relevo schiacciato (técnica do esbatido ou
relevo achatado) que aumentava o número de planos representados e ajudava a uma leitura com
ilisão de maior profundidade. Principais dons: modelação anatómica das figuras de vulto redondo, na
imaginação formal das composições e sensualidade expressiva das suas personagens. Destacam-se
as obras: David (primeiro nú depois da queda do império);profetas esculpidos pra campanário do
Batistério de Florença e estátua equestre do condottiero Gattamelata.
- Outros escultures:
- Jacopo della Quercia- relevos com poderosa modelação dos volumes das personagens em
composições de grande dinamismo
- Luca della Robbia- escultura com barro cozido, esmaltado e policromado, em cores simples
como branco e azul ou até amarela e verde. Obra: relevos em mármore das tribunas da
Cantoria de coro de Catedral de Florença
- Andrea Verrocchio- David
- Pollaiuolo- anuncia o maneirismo

Cantoria de coro de Catedral de Florença


- espécie de varanda apoiada por 5 mísulas com motivos vegetalistas.
- Figuras cantam, dançam e tocam instrumentos
- Figuras com grande naturalismo e perfeição e anatómica, parecem saltar dos painéis
- Há sobreposições e escalonamento de planos constroem noção de espacialidade e provocam
interessantes jogos de luz e sombra que enriquecem a expressivadade. As composições vão variando

Miguel Ângelo
- estabeleceuum contacto direto entre ele e as obras, elaborando-as sozinho num ato de diálogo
permanente entre a conceção e a execução.
- Obras: Pietà do Vaticano (grande serenidade e naturalismo); David; túmulos dos Médicis;
Figuras de Moisés e Escravo Moribundo; Pietà de Florença (perde serenidade mas ganha
expressividade e emoção como por exemplo na estrutura da composição); A Pietà Rondanini
(figuras alongadas, anticanónicas e inacabadas, dramatismo que anuncia o maneirismo)

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Maneirismo
- Período entre Renascimento e Barroco
- Significa elegância mas também pode ter conotação depreciativa, pode significar artifical
- Aparecimento de tendências antagónicas que traduziram libertação das regras rígidas fixadas no
Renascimento e também a afirmação do individualismo de alguns grandes artistas.
- Afirmação do valor individual e da personalidade de cada artista aproximou esta forma de arte a outro
momento fundamental, o Barroco.
- Primeiro estilo transcontinental (coresponde à altura da expansão e colonização)
- Maneirismo deriva das conceções artísticas de Miguel Ângelo e Rafael
- Primeiros aspetos:
- Composições complexas , fluidas, sinuosas e movimentadas
- Assunção de novos desafios técnicos como o uso de escorço e trompe-l’oeil na pintura mural
- Pintura com forte carga emocional dada através de constrastes cromáticos, expressões
fisionómicas e corporais alteradas
- Uso exacerbado do nu em composições sofisticadas e densas e um sentido cenográfico muito
diferente do rigor racional renascentista

Pintores:

(Primeira fase do Maneirismo)


- Rosso Fiorentino- “O Descimento da Cruz” traduz a “revolta” contra o equilíbrio e serenidade
renascentistas: inesperada violência na forma como coloca uma amálgama de corpos contra um céu
escuro, numa espécie de movimento congelado reforçado por uma luz mais brilhante fria. Também
reflete uma ansiedade interior. Fisionomias conturbadas, perplexas e dramáticas..
-
- Pontormo- “A Decomposição” apresenta uma espécie de agitação, composição sinuosa reforçada com
a cor, violentamente luminosa e contrastante e pelos rostos cehios de dor. Grande desenhador com
personalidade introvertida e inacessível.

(Segunda fase do Maneirismo menos emotiva mas igualmente distante do mundo racional e estático)
- Parmigianino- influênciado por Rafael, afastou o seu conceito de beleza da realidade observável e
natural. Criou uma beleza “artificial” como em “Nossa Senhora do Pescoço Longo” (símbolo de
elegância, requinte e graciosidade. Figuras alongadas)

- Bonzino- influênciado por Pontormo e as suas obras foram um dos expoentes máximos do gosto subtil
e sofisticado, executando as obras com apoios aristocráticos. Em “Uma Alegoria com Vénus e
Cúpido” , os corpos nus são de uma frieza e sensualidade marmóreas. Os tons dos nus contrastam
com os azuis intensos do fundo do qual surge uma figura alegórica de expressão corporal e
fisionómica violenta.

Mais tarde a corrente teve foco em Veneza, destacamdo-se Tintoretto. Este desenvolveu uma pintura
anticlássica elegante. “A Última Ceia” é uma visão particular e anticanónica da cena que revela “muitas
coisas dentro desta”, vivendo de representações acessórias.
Outrous pintores: Corregio (misticismo), Andrea del Sartro (subtileza cromática), Dosso Dossi, Veronese
(“Ceia em Casa de Levi-sumotuosidade, rigor da composição, forma viva como as personagens se
movmentam e pela riqueza do cromatismo sublinhado pela luz reveladora de infinitas texturas e
volumes”)

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Arquitetura
- Rutura com cânones clássicos
- Sobre as estruturas clássicas foram inseridas irregularidades que destruíam o seu equilíbrio.
- As plantas dos palácios perderam as coordenadas axiais que organizavam os edíficos em simetria.
- Salas longas e estreitas, proporcionando uma ideia de maior profundidade.
- A gramática das ordéns clássicas ou foi abandonada ou usada de forma não regulaldar e
individualizada.
- Decoração mais caprichosa e exagerada ao cobrir as colunas de pedra almofadada (palácio Pitti), ao
usar silharia rusticada (palácio Te), ao criar elementos de surpresa e fuga espacial.
- Nas igrejas:
- Solidez pesada nas paredes
- Planta da nave única com cobertura em abóbada de berço
- Transepto é pouco saliente e nele surgem púlpitos (devido às imposições da contrarreforma
nas quais a igreja era local privilegiado para pregação) e a cabeceira reduz-se à capela-mor
- Cruzeiro é coberto por uma cúpula
- Miguel Ângelo e Vasari consideram-se os primeiros arquitetos maneiristas visto que nas suas obras há
um certo sentido introspetivo, libertador e fantasioso.
- Outros: Júlio Romano, Baldassarre Peruzzi, Vignola, Palladio (que defendiu retorno à ordem clássica
pois colunas e pilastras foram concebidas para sustentar um grande peso):
- Palladio- Igreja de San Giorggio Maggiore e Villa Rotonda. Nas suas obras personificou a serenidade
grega, ordem renascentista e criatividade maneirista.

Escultura
- Miguel Ângelo foi grande fonte de inspiração mas também fatos de inibição e esmagamento.
- Berruguete
- Cellini- o Saleiro de Francisco I
- Em Itália:
- Perda de rigor da representação clássica
- Substituindo-se o realismo racional por um grande virtuosismo técnico e formal que priviligiava
a subjetividade, os sentimentos, a sensualidade e o efeito puramente plástico e decorativo.
- Forma mais comum- estatuária de grandes dimensões que cumpriu funções monumentais,
representativas e decorativas com uma dimensão mais profana ue religiosa
-Estatuárias individual, grupos escultóricos, estátuas equestres e fontes esculpidas e de pequena
dimensão de sentido mais decorativo, destinada a colecionadores.
- Na estatuária individual:
- Figura contorcida sobre si mesma
- artificialmente serpenteada numa linha linuosa e helicoidal que evoluiu em ascensão.
- Acentuaram-se as expressões faciais e corporais, enfatizzando o jogo de volumes e contrastes
de luz e sombra
- As composições dos grupos escultóricos abandonou-se a regra renascentista do carácter unifacial das
obras, sendo esta substituída pela perspetiva estereométrica e multivisual que permite a observação
omnilateral da obra.

Escultores mais significativos:


- Bartolomeo Ammannati- O Carro de Neptuno onde foram explorados efeitos resultantes do forte
contraste cromático dos materiais usados (mármore branco e bronze)
- Giovanni da Bologna- A fonte de Neptuno (uso de água corrente como elemento decorativo); Apolo
(gosto pelas formas sinuosas e contorcidas sobre si mesmo); O Rapto da Sabina (composição sinuosa
que envolve 3 personagens num movimento helicoidal ascendente de grande expressividade e
dramatismo).
- Cellini- “Estátua de Perseu” e “Saleiro”

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EUROPA
- Ambos renascimento e maneirismo acabaram por chegar o resto da Europa, sendo estes interpretados
e aliados a expressões locais (nas quais o gótico tardio era dominante)
- Pintura melhor expressou as conceções devido a ser uma móvel aliada à tradição naturalista do retrato
e paisagem

França
- A pintura é continuadora do gótico internacional
- Laivos de delicadeza de Fra Angelico misturados com rigor geométrico de Pierro della Francesca.
- Escola de Fontainebleu- protagonista no maneirismo. Destacam-se Jean (também foi escultor com
grande elegância e realismo nas obras) e François Clouet
Arquitetura:
- Palaciana, combinou a estrutua gótica com a decoração renascentistas. Ex: Vale do Loire.
- outras obras: Palácio de Chambord, Palácio de Fontainrbleau
Escultura:
- Teve 2 fins: decoração de monumentos fúnebres e decoração arquitetónica
- maior pendor classicista, manifestado pela sobriedade e clareza da expressão formal e pelas
temáticas mitológicas
- Jean Goujon: os relevos da Fonte dos Inocentes e cariátides da Tribunas da Música na Sala dos
Guardas no Palácio do Louvre.
- Germain Pilon- retratos esculpidos para o túmulo de Henrique II e Catarina de Médicis

Norte da Europa
Alemanha
- Albrecht Dürer- grande desenhador, pintor e gravador. Na pintura dele a realidade é representada
através do uso da perspetiva e da observação da natureza, reproduzida com precisão e rigor de um
biólogo. Os seus qudros tiveram também um caracter incisivo. Sobressai a perfeição técnica. O retrato
físico e psicológico das personagens religiosas e profanas mostra que o pintor também era
conhecedor do espírito humano,
- Lucas Cranach- efeitos gráficos em tons frios que devem muito à estética maneirista; corpos graciosos
e frágeis
- Hans Holbein- retratista- “Os Embaixadores”: retratos de corpo inteiro mostram os intrumentos ligados
à sabedoria e tendências culturais. anamorfase de um crânio demonstra perícia do pintor em relação a
conhecimentos de ótica.

Frandes
- sec. XV: realismo seguro, minucioso e empírico.
- sec. XVI: arte da paisagem, que enquadrava cenas religiosas de pequeno formato, e a pintura de
género
- Pieter Brueghel, o Velho: associação temática religiosa com cenas campesinas e de paisagem.
Misturou alegoricamente o sagrado e o profano. Ex.: A Parábola dos Cegos

Arquitetura
- verticalidade do gótico
- uso de formas decorativas interpretadas segundo gosto maneirista- grotescos, arabescos, volutas,
formas abstratas e vegetalistas.
- Inglaterra (mais sobriedade)- Palácio de Hampton Court

Escultura
- Alemanha: Hans Daucher (Capela dos Függer); Peter Vischer (Túmulo do Imperador Maximiliano),
Hubert Gerhard (decoração da Igreja de São Miguel).

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Península Ibérica
Espanha
- Pintura espanhola: El Greco- adotou harmonias crómaticass e execução espontânea (de pintura
maneirista italiana) e construiu uma pintura onde sobressaem as formas rítmicas e alongadas dos
corpos em composições complexas e movimentadas como O Enterro do Conde de Orgaz (distribuição
das figuras- dinamismo na composição. As cores e pincelada rápida e fluente contribuem para a
sensação que é reforçada pelo alongamento das figuras. Apesar da densidade da cena há uma
sensação de leveza
- Arquitetura espanhola:
- influenciada pela expansão ultramarina e tradições de arte gótica e mudéjar, foi criado um estilo
decorativo próprio- O Plateresco.
- Só no sec. XVI é que foi feita uma rutura com as tradições (palácio de Carlos V em Granada).
-Escultura:
! - juntaram-se as infuências e destacaram-se plateresco e mudéjar
- período renascentista:
- Bartolomé Ordoñez
- Damián Forment
- época maneirista
- Alonso Berruguete
- Juan de Juni
- Gaspar Becerra

Portugal
- pintura renascentista é parciamente coincidente com manuelina, confundido-se com ela nas fontes de
inspiração e reatamento de persongens e cenário (resultados plásticos)
- Temática predominantemente religiosa
- Destaca-se
- Vasco Fernandes/ Grão Vasco- característas marcadamente renascentistas. S.Pedro Patriarca
(execução excecional, caracterização forte mas humana da figura, rigorosa perspetiva e
simetria, serenidade, trono renascentistas devido às volumetrias do corpo e motivos
ornamentais, vestes de S.Pedro introduzem uma nota escultórica de grande
monumentalidade.)
Jesus em casa de Marta e Maria:
- 2 colunas criam uma modura em redor da mesa, apresentando-a como um palco. Ogranizam
matematicamente o espaço pictórico, centrando a cena principal em que a figura de Cristo é o foco.
- perspetiva é reforçada com linhas diagonais formadas pelo quadriculado do chão
- cores sórias e suaves e o modelado de claro-escuro de grande correção e efeito
- Gaspar Vaz - alica realismo forte e incisivo, cromatismo sofisticado
- Garcia Fernandes - começou com características clássicas e foi se aproximando do
Maneirismo
- Pintura maneirista: Francisco Holanda (teve contacto direto com artistas italianos e contribuiu para a
prática e desenvolvimento do gosto maneirista em Portugal)
- Na fase final devido ao espírito da contrarreforma, a pintura aproximou-se do Barroco. Temáticas
religiosas, histórias e retratos. Destacou-se Gregório Lopes.

- Arquitetura do Renscimento:
- âmbito religioso (reflete espírito da contrarreforma)
- continuação do manuelino com as igrejas-salão, construções horizontais, abóbadas sobre
arcos abatidos e uso de nervuras.
- decoração é feita com elementos platarescos e elementos próprios da linguagem renascntistas
italinana.
- Também apresenta influênciasde vários países da Europa e colónias ultramarinhas.
- Durante a 1º metade do sec. XVI destacam-se:
- Irmãos Arruda- fizeram transição entre manuelino e renascimento, chegando até à
linguagem Maneirista.

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- Irmãos Castilho. João: Igreja da Conceição. Diogo: reconstrução do portal e abóbadas


de Igreja de Santa Cruz
- Maioria dos palácios localizam-se no Sul e são decorados com elementos mudéjares e renascentistas.
Ex.: Casa de Cordovil, Vila Rústica da Bacalhoa, Casa de Ribafria

! O maneirismo em Portugal durou muito mais do que o Renascimento. Também é conhecido


como “Estilo Chão” devido à sua horizontalidade e singularidade das fachadas.
! Os pácios apresentavam aparência esterior sóbria enquanto que os interiores eram exuberântes
e muito decorados.
! As igrejas foram as construções mais importantes. As estruturas e decoração são as
convencionais com especificidades portuguesas do manuelino, tradição nacional e influências externas.

Ecultura portuguesa:
- ligada ao gótico tardio (formas manuelinas e platerescas)
- ao serviço da arquitetura através de relevos decorativos e de estatuária colocada em nichos, mísulas e
baldaquinos
- talha para decorar de púlpitos, altares e retábulos
- estatuária de madeira policromada de temática religiosa
- escultura tumular
- Destaca-se
- Nicolau de Chanterene (forte classicismo italiano, estátuas jacentes dos reis, portal principal
do Mosteiro dos Jerónimos)
- João Ruão: A Deposição no Túmulo: as figuras são de tamanho real, estão bem modeladas e
apresentam proporções equilbradas, grande naturalismo nas vestes, posições e gestos. o
corpo de Cristo é quase clássico na beleza idealizada da cabeça e na notação anatómica
- Filipe Hodarte (apóstolos em barro policromado)

Caso Prático 1: A Anunciação (Leonardo da Vinci)


- Nota-se que pertence no Quattrocento devido a:
- interpretação
- composição
- rigorosa perspetiva linear
- Inovações:
- Paisagem de fundo- pintado à maneira vaporosa e desfocada para dar a sensação de distância
- luz- luz dourada de fim de tarde transformando as árvores de fundo em silhuetas
- composição das figuras- anjo: ajoelhado com asas abertas inclinado para a frente, braço
erguido e ogesto da mão correspondem numa perfeita harmonia à forma das asas
- expressão dos rostos- anjo: olhar intenso que revela como conhecedor do destino, boca
entreaberta para anunciar. Maria: olhar admirado, atento. olhos rasgados e oblíquos parecem
converter-se num gesto reconhecimento metidativo.

Caso Prático 2 : Fala do Licenciado e Diálogo de Todo o Mundo e Ninguém, Auto


da Lusitânia
- Gil Vincente: Escreveu, encenou e participou em várias peças teatrais; Utilizou a sátira e a comédia
- A obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da passagem da Idade Média para o
Renascimento; Diversidade de formas: O auto pastoril, a alegoria religiosa, narrativas bíblicas, farsas
episódicas e autos narrativos.
- Lusitânia – farsa Farsa – composição sem exigências de estilo que relata episódios cómicos da vida
quotidiana; Resumo – Fala do licenciado: 2 judeus pensam em organizar a festa para comemorar o
nascimento de D. Manuel, filho de D. João III; Escolhem Gil Vicente; Entra o Licenciado (argumentador
da obra) e faz a apresentação de Gil Vicente e do assunto que ele quer representar e a seu modo
ensinar os espectadores

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- Diálogo de Todo o Mundo (mercador rico ) e Ninguém (homem pobre – talvez Gil Vicente ou o povo):
Diálogo comentado por Berzabu e Dinato, diabos servidores de Lúcifer; Todo o Mundo além do
dinheiro quer fama, honrarias, mesmo que para tal tenha de enganar; Ninguém procura a consciência,
a virtude, a verdade. Aceita ser repreendido sempre que erra. Mensagem de Gil Vicente: Preferência
pela vida simples, despojada e verdadeira.

Cultura do Palco (módulo 6)


- Criação do Estado moderno como estrutura política, económica e
culturalmente autónoma, afirmando-se através de monarquias
absolutas. Antigo Regime: Sistema social e
político aristocrático caracterizado por
- Época do Barroco exuberante irradiando de Roma do Clácissismo
monarquias absolutas (poder
majestoso do Antigo Regime cujo centro era Versalhes concentrado no rei)
- Guerra dos Trinta anos foi um conflito europeu entre os países do
Norte (Reforma) e os países católicos do Sul Capitalismo: regime económico
- Absolutismo é um sistema político que se expande por toda a europa, caracterizado pela grande produção,
suporta práticas capitalistas e mercantilistas e uma sociedade por propriedade privada e mercado livre
Ordens (clero, Nobreza e terceiro estado)
- investimento na ciência, na arte e cultura o que permite Mercantilismo: modelo económico onde
desenvolvimento da filosofia e conhecimento científico o Estado tem papel relevante no
- Aumento da população, crescente papel nos meios urbanos, impacto
social e económico da burguesia, desenvolvimento do capitalismo e
predomínio das cortes absolutistas favorecem uma revolução intelectual e científica e uma renovação
cultural
- Característas sociais e culturais do século XVII: (pelas condições sociais, politicas e religiosas
proporcionadas pelo Renascimento, reforma, capitalismo, protagonismo da burguesia)
- Individualismo
- Racionalismo
- inquietação científica
- renovação cultural
- refinamento dos gostos
- Luís XIV foi o expoente da política absolutista do Antigo Regime, contruindo em Versalhes o modelo
da vida faustosa, luxuosa e sofisticada corte nos palácios.
- Também implementou regras de etiqueta para o estabelecimento derelações sociais no meio da
aristocracia, de acordo com o estatuto e prestígio de cada membro.
- Luís XIV impôs o seu poder através do deslumbramento de receções, festas, serões, musicais,
banquestes etc... que dava no palácio de Versalhes (demonstraçao de soberania e prestação de culto)

Palcos
- A sociedade cortesã do sec XVII teve na corte, igreja e academia os “palcos” privilegiados para o seu
“espetáculo”
- A corte é o palco de representação do poder do Rei aos olhos dos seus súbitos; a igreja recorre a
artifícios cenográficos das expressões artísticas de modo a afirmar o “triunfo” da Contrarreforma; a
academia é a modo de uniformizar as formas artísticas sob o modo clássico (estilo ofcial do Antigo
Regime)
- Tradição greco-romana de harmonia, ordem e proporção serviam não só como cenário da
representação do poder mas também à ostentação do prestígio, da grandeza e soberania das
monarquias absolutas.
- Parecer era mais importante que o ser, a ilusão, ficção e espetáculo confundiam-se com a realidade, o
quotidiano cortesão.
- Ópera reunia todas as artes numa só, recriava uma unidade plástica e estética que constítuia a grande
a pbcessão do Barroco, com o propósito de fascinar, seduzir e produzir espetáculo.

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- Numa reação às críticas da Reforma protestante, a Igreja Católica determinou, através do Concílio de
Trento, a manutenção das práticas religiosas coletivas (festas, procissões, rituais, etc), o reforço da
comunhão dos santos e o fortelecimento do papel da religião católica como instrumento de coesão
social.
- No século XVII houve o nascimento da ciência moderna, experimental e quantativa.
- Os progressos foram possíveis devido à transformação dos métodos científicos e contributo de
cientístas que estabeleceram as bases da ciência moderna.
- Descartes foi o fundador do espírito científico moderno, foi a partir de Newton que existem a
enunciação das leis da gravidade universal e as bases do Iluminismo do sec XVIII, segundo qual o
conhecimento do mundo resultaria da observação científica, da explicação empírica e da
demonstração através de experimentação.
- dinâmica, mecânica celeste, ótica astronómica, invenção do microscópio, leis de ótica, fenómenos
magnéticos, sistema circulatório e anatomia microscópia

Luís XIV, o Rei-Sol (biografia)


- Queria tornar França uma potência de supremacia no contexto europeu, então, este concentrou em si
todos os poderes do Estado, chegando a afirmar “o Estado sou eu” (limitando poderes da aristocracia)
- Construiu um grandioso palácio em Versalhes para onde transferiu a corte, onde patrocionou festas,
banquetes, receções, serões, musicais, teatros e óperas, numa manisfestação de poder e soberania
sobre a corte e a Europa.
- política de proteção das artes, letras e ciências através do fomento da produção artística e da
investigação
- Convicto da sua origem divina, fez com que todas as ações da corte girassem em torno de si próprio,
como os astros em torno do Sol, do qual precisavam para viver.
- A sua vida quotidiana torna-se num culto, atos pessoais tornam-se cerimónias ritualizadas
acompanhadas pela corte.

O Tratado de Utrecht (acontecimento) 1713


- Foi um acordo internacional que pôs fim à guerra da Sucessão em Espanha, que opôs a Grande
aliança à França e Espanha.
- O motivo da guerra era impedir a união entre estas potências através da sucessão deCarlos II, o
último monarca da casa de Áustria na coroa espanhola, já que fora nomeado Filipe Anjou (neto de
Luís XIV).
- Apesar deste ter vencido, devido às sucessivas batalhas e derrotas, este teve de fazer concessões
políticas e territoriais.

Arte
- O Barroco surge em Roma nos finais do sec XVI associado à Contrarreforma, referindo-se a
expressões artísticas dinãmicas e complexas e procurando impacto emocional.
- Esta arte projetava o mistério e impacto emocional (em vez da escala humana e racionalismo),
complexidade e ambiguidade (em vez de simplicidade e clareza), diversidade e pluralidade de efeitos
(em vez de ordem e regularidade da estética)
- Afirma-se como arte fundade na retórica das imagens, cenográfica, alegórica, dirigida à persuasão das
ideias e ao estímulo dos sentidos, sedução sensorial do povo (por: igreja e monarcas)
- O Barroco caracteriza-se pelo dinamismo e tensão, intensidade e contraste, ornamental e
teatralidade.
- Marcado por época de crise social, económica e reigiosa, a arte refletiu um conjunto de fundamentos
cuurais e artisticos da época. Concílio de Trento estabeleu normas estéticas e as determinações
ideológicas às quais a arte se deveria subordinar.

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Itália barroca
- Nos finais de XVI, Roma (capital do Estado da Igreja) representa o triunfo do Catolicismo face à
Reforma protestante: Roma Triumphans, a cidade foi redesenhada a fim de ligar os principais lugares
religiosos À basílica de São Pedro (para unir as sete grandes basílicas paleocristãs reativando pureza
inicial cristã e como rota de peregrinação)
- a reforma inaugurou o urbanismo moderno pois partiu da análise da realidade para melhorar a vida
dos cidadãos.
- A grande reforma urbanística pretendeu transformar Roma numa cidade-espetáculo, rasgando amplas
ruas, abrindo amplas praças e enriquecendo-as com estátuas, obeliscos, fontes e jardins onde seriam
lugares animados para festas, mercados e acontecimentos, destacando-se a igreja como um símbolo
de comunidade. Reformou igrejas antigas, mandou construir novas, ergueu palácios e villas, numa
linguagem Barroca, imponente, teatral e exuberante. Destacaram-se Bernini e Borromini
- o conceito do individual devia submeter-se ao geral.
- Ex.: Piazza Navona onde trabalharam Bernini na Fonte dos Quatro rios e Borromini na igreja de Santa
Inês, tendências mais expressivas e imaginativas da escultura e arquitetura barrocas.

Bernini
- David: distinto tratamento plástico, técnico e conceptual em relação às abordagens anteriore: a
captação do gesto é instanânea, o ponto de vista é único (o espetador é involvido na ação), e quer na
tensão física quer na tensão psicológica, é acentuada a expressão dramática.
- Arranjo urbanístico da Praça de São Pedro: nesta, Bernini deveria enquadrar e valorizar a fachada já
existente e cúpula de Miguel Ângelo, integrar o belisco egípcio, deveria conceber espaços cobertos
para proteger os fiéis e uma área ampla para receber multidões. Assim, foi desenhado um espaço
austero, simbólico e eficaz. Diante da basílica concebeu um espaço trapezoidal do qual saem duas
colunatas formando um oval enorme. Estas seriam como “braços maternais abraçando os católicos. O
seu valor consiste na conceção urbanística ali patente e na leitura do espaço como uma totalidade
integrada. (integra fachada e cúpula e cria um espaço significante e simbólico capaz de qualificar o
centro de cristandade).

Borromini:
- Igreja de San Carlo alle Quattro Fontane: planta complexa a partir de uma estrutura geométrica
produzindo efeitos de grande ilusionismo.
- composição baseada no módulo do triângulo, tanto a planta como a fachada.
- fachada sinuosa, movimento ondulante
- planta resulta de 2 triângulos unidos inscritos numa elipse (formas anticlássicas)
- linhas tracejadas que estruturam o traçado da planta e a origem triangular do seu desenho
- efeitos espaciais desconcertantes, inovações estruturadas e imaginação apurada tornaram a
sua obra uma das mais representativas da arquitetura barroca romana

Teatralidade
- retorno aos valores do classicismo e rejeição da complexidade do maneirismo, só uma linguagem
universal, expressiva e persuasiva capaz de chegar a todas as classes podia afastar ainda mais
fragmentação e insegurança política/religiosa na Europa
- Cidade barroca converte-se numa manifestação de poder onde o ideal de teatralidade, persuasão e
autoridade se traduz no dinamismo, esplendor e extensão espacial.
- Apesar do vocabulário da arquitetura barroca ser o mesmo do Renascimento, a plástica barroca
confere uma função simbólica: as ordens barrocas traduzem a autoridade, estabilidade e as glórias
celestais e terrenas.
- Conceito de monumentalidade pelas proporções, significados e universalidade.

Arquitetura barroca:
- Privilegia efeitos cénicos, virtuosismo e olusionismo das imagens
- Arte retórica visando a manipulação dos sentidos pelo impacto das imagens utilizando artíficio da
linguagem visual para tornar a mensagem mais expressiva, energética, compreensível

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- Expressão artística complexa, refinada e emotiva. Surgiu num século dominado por ideias de
dinamismo, intensidade, contraste, ornamentação e teatralidade.
- Linguagem e vocabulário clássicos: colunas, pilastras, frontões, arcos e frisos. No Barroco, estes
assumem uma função simbólica de afirmação do poder, autoridade e glorificação de reis e papas
- Formas onduladas, fachadas cenográficas e decoração abundante em composições
complexas. As formas ovais e elípticas vão substituir o círculo e quadrado.
- Cidade é um espaço simbólico que representa poder, centro político, económico e cultural. O ideal da
teatralidade, persuasão e autoridade traduz a cidade em dinamismo, esplendor e extensão espacial.

Igreja de Santo André do Quirinal - Bernini


Características da arquitetura:
- Torção, desequilíbrio, instabilidade
- Utilização exaustiva de elementos arquitetónicos para efeitos cengráficos
- Recurso a entablamentos curvos, formas ovais e triangulares
- Decoração e ornamentação excessiva
- séries de contrastes, contrapontos, jogos de formas côncavas e convexas, saliências e reentrâncias
que dinamizam o espaço.
- planta elíptica com capelas distribuídas radicalmente.

Escultura
- Num programa estético onde a finalidade é persuadir pelo pathos: termo grego que se refere à
deslumbramento, a escultura assumiu um papel determinante exteorização das emoções e sensibilidades.
recorrendo a uma retórica dos sentidos sob o signo do pathos.
- Como se o teatro fosse permanente, as igrejas, praças, jardins, tenebrismo: tendência artística que explora
os contrastes entre a luz e a sombra
etc..., a escultura constitui um elemento dinâmico dessa
(comum na pintura como a de Caravaggio)
cenografia
- Melhor expressão das imagens e sentidos do Barroco
- Alegórica, conduzindo a imaginação da matéria para o espírito e ajudando à contemplação e ao
êxtase
- Destaca-se Bernini
- ponto de vista é único (situando o espetador perante a ação)
- captação do gesto é instatânea e vigorosa
- espaço real confunde-se com o espaço fictício
- tensão extrema (física e psicológica)
- movimento e dinamismo traduzem-se pela fragmentação e torção dos corpos, estímulo
emocional, dramatismo dos assuntos e forte sugestão mística.
- Bernini esteve encarregue da decoração dos interiores da basílica de São Pedro. Baldaquino, um
dossel em bronze dourado para incorporar o altar-mor e o túmulo de S. Pedro. O escultor resolveu
assim o problema a uma escala digna do simbolismo do lugar e num material resplandecente
evocando o mundo espirítual.
- Capela Cornaro- a capela asemelha-se a um teatro, não faltam balcões nem no palco onde decorre o
tema O Êxtase de Santa Teresa.
- arte é assumida como espetáculo ao ponto de representar a capela como um palco de teatro
- um anjo trespassa continuadamente o seu coração com uma flecha, o prazer e dor confundem
- Santa Teresa surge numa núvem no momento do extâse, num corpo coberto de pregas cujos
movimentos acentuam os efeitos expressivos
- com um delicado sorrido, o anjo levanta suavemente as vestes da santa
- contrastes violentos entre rogosidade dos rogedos e agitação dos panejamentos, integração do
espaço real numa dimensão mística, contribuindo para o acesso do mundo celeste através da
comoção e deslumbramento.

Baldaquino, de São Pedro de Bernini


- Inaugurou o gosto barroco em roma
- sob a cripta das relíquias de S.Pedro
- imponente, tratamento escultórico, graciosidade, majestada e requinte

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- caprichose ornamentação
- colunas salomónicas espiraladas que se articulam num jogo de curva e contracurvas. estas são
rematadas por volutas e anjos, num jogo de movimento transparência que evoca ascensão ao ceú
- adoção de colunas torsas, movimento imprimido ao entablamento, os jogos de volume e a inserção
dinâmica na arquitetura, impondo um diálogo ativo com o espaço circundante
- plástica complexa e extrema tensão formal - efeito teatral e cénico ao espaço envolvente

Escultura
! Melhor concretização do seu programa estético. Invade os espaços públicos e privados com as suas
imagens, a escultura vai participar ativamente em toda a representação da vida social, sendo um
elemento dinâmico da cenografia em que a vida acontece.

Aspetos técnicos e expressivos:


- grande capacidade e virtuosismo técnico dos escultores na captação naturalista das formas
- domínio técnico na representação da anatomia, dos gestos, do movimento e escorço
- Exploração das capacidades expressivas das figuras, com acentuação dos sentimentos, emoções e
do dramatismo das ações
- Predomínio do movimento, das ações dinâmicas, panejamentos e gestos agitados

Aspetos plásticos:
- Exploração de contrastes, jogos de luz e sombra
- acentuação do impacto das expressões de dor, êxtase ou emoção
- recurso às texturas dos materiais, agitação dos panejamentos e teatralidade dos movimentos
- dinamismo e abertura das composições
- composições complexas e desiquilibradas

Aspetos e tipologias temáticas:


- Preferência por composições e grupos escultóricos
- Monumentos comemorativos, grupos mitológicos e estátuas alegóricas
- Temas religiosos (vidas dos santos, sagrada família)
- Monumentos fúnebres, mausoléus
- Retratos oficiais dos reis, paps. etc

Pintura
- “Arte das imagens” e cenografia- a pintura barroca rompe o plano de representação, acentuou a
sensação de profundidade, jogou com formas fluidas, ondolantes e um animado cromatismo e
recorreu a efeitos ilusionistas das composições. Igrejas e mosteiros combrem as paredes com quadros
e frescos (episódios sagrados e vidas dos santos) tal como palácios com coleções de retratos e cenas
mitológicas.
- Nos frescos no teto foi explorada a técnica de soto in sù, a vista de baixo para cima, abrindo os
interiores para um céu místico e rasgado até ao infinito, resultando em ambientes de grande
exuberância e teatralidade. Objetivo de abrir a arquitetura para um espaço imaginário
- Andrea Pozzo- frescos da Glória de Santo Inácio: o conjunto abre-se para um céu místico que
adquire profundidade no centro e a partir de trompe-l’oeil, a arquitetura prolonga o volume
espacial dando continuidade às paredes da nave.
- Pietro da Cortona- Glorificação do Pontificado de Urbano VIII- espaços de grande fluidez e
efeitos ilusionistas, abrindo a aquitetura para um espaço imaginário que estimulasse as
emoçoes dos espetadores
- Quadri riportati- imitações de quadros de cavalete inscritos nas paredes. Destacam-se:
- Annibale Carracci com os frescos da Galleria Farnese. Galeria de quadros de cenas
mitológicas (colorido vibrante, exuberante composição qua imita arquitetura, escultura e
paisagens com grande naturalismo, escorços vigorosos)
- Temáticas sobretudo religiosas

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- composições exuberantes, os escorços rigorosos e o colorido vibrante, estimulando o espetador a um


elevado estado emocional.
- Caravaggio
- inovação: utilizou gente do povo como modelo nos assuntos religiosos
- desenvolveu intenso contraste entre luz e sombra, um chiaroescuro conhecido como
tenebrismo, assumindo valor simbólico do qual resultavam atmosferas densas, expressivas e
de intensa espiritualidade
- fomenta pintura próxima da vida, dos seus males, mistérios e contradições
- Caravagismo: um estilo que se referia à inspiração na vida quotidiana e à luz violenta,
contrastada e obscura das composiçoes, numa técnica conhecida como tenebrismo
- A Dúvida de S.Tomé
- A conversão de S.Paulo- sem detalhes nem elementos supérfluos, a cena é representada em
toda a sua intensidade dramática e verdade perturbadora
- A Vocação de S.Mateus- caravaggio rompe as interpretações tradicionais reconhecidas pela
igreja, para exprimir o carácter sagrado da pintura, o artista usa uma luz artificial e brutal que
suspende os movimentos, acentua os gestos e evidencia o drama que se desenrola
- A Ceia de Emaús- os homens não são idealizados, são vulgar do povo, cuja verdade e
realismo ele sublinha através de uma luz violenta e um forte contraste claro-escuro que salienta
as emoções e expressões mais fortes

Pintura
! Em Itália, a pintura enquadrou-se num vasto programa cultural e artístico desencadeado pela
Contrarreforma da Igreja que tinha como objetivos: 1- divulgação de determinações do concílio de
Trento, 2- sedução e persuasão pelos sentidose criação de ambientes espetaculares

Tipologias:
- pintura sobre tela ou madeira
- sobre fresco em tetos ou paredes

Assuntos:
- temas religiosos
- temas mitológicos
- paisagens
- retratos
- cenas de género e natureza morta

Aspetos técnicos e expressivos:


- tratamento realista dos assuntos
- criação dos efeitos ilusionistas
- carácter cenográfico
- extensão espacial, sensação de profundidade, trompe-l’oeil
- perspetiva soto in sù

Aspetos plásticos:
- protagonismo da luz como principal valor plástico
- composições exuberantes, plenas de energia e ação
- contrastes cromáticos, tensões internas, formas vigorosas e sinuosas
- colorido vibrante

Caravaggio:
- inclusão de gente comum tratada com grande realismo nos papeis de personagens sagradas
- inspiração no quotidiano para tratamento de ccenas religiosas, de costumes ou mitológicas
- conceção de atmosferas densas, assuntos dramáticos e de intensa espiritualiade
- luz violenta, contrastes intensos e ambientes escuros numa técnica conhecida como tenebrismo
- Caravagismo: um estilo que se referia à inspiração na vida quotidiana e à luz violenta, contrastada e
obscura das composiçoes, numa técnica conhecida como tenebrismo

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Academias: surgiram em Itália em XVI


e eram associações particulares onde
França e o Rei-Sol se praticavam o desenho e discutiam.
- Palácio de Versalhes é um símbolo triunfal do absolutismo
- linguagem arquitetónica clássica, sóbria e racional ao contrário da extravagância barroca. O palácio e
os jardins festas, representações teatrais, concertos, bailes e fogos de artifício
- Segundo o Rei-Sol os ideais de ordem, harmonia e proporção veiculados pelo classicismo serviam
melhor a ostentação do prestígio, da grandeza e da soberania das monarquias absolutistas
- François Mansart e Harduin Mansart
- Ao segundo, devem-se as duas alas laterais e a faustosa galeria de grandes dimensões totalmente
coberta de espelhos, a Galeria dos Espelhos. Nas alas laterais estiveram importantes trabalhos de
decoração e pintura.
- Luís XIV pretendeu estabelecer normas para arte de modo a fixar a mensagem que estas deviam
reproduzir sobre o poder do soberano.
- A Academia Real de Pintura e Escultura, fundada por Luís XIV constituiu a grande autoridade para a
instituição dos padrões estéticos e dos valores artísticos, neste caso, fortemente ancorados no
Classicismo e na Antiguidade Romana
- O programa artístico desenvolvido no Palácio de Versalhes materializou o conceito de “obra de arte
total” do Barroco, fazendo com que todas as expressões artísticas se fundissem num mesmo discurso
estético, plástico e conceptual, numa mesma retórica dos sentidos, com o objetivo de glorificar o Rei
através da razão.
- Nôtre projetou todos os espaços exteriores, jardins, lagos, fontes organizados segundo o eixo do
palácio.
- Le Brun concebeu os interiores incluindo pinturas alegóricas que exaltavam o rei, o governo, militares
e até alusões a Apollo (deus do Sol)
- Importância das artes como meio de propaganda da glória real e grandiosidade, a arquitetura, artes
plásticas e decorativas, teatro, música, ópera, etc se fundiam num mesmo discurso e retórica a fim da
persuasão ideológica das massas. Também se convergeram para a criação de um mundo fantástico e
artifical.
- De La Tour: “S.José, o carpinteiro” e “Madalena Penitente e a Chama”. Usa caravagismo, intensidade
dramática e forte espiritualidade
- Poussin: maior representante de classicismo francês. Composições de rigor geométrico, ordem,
equilíbrio e simetria.
- Claude Lorrain: paisagens campestres e marinhas com visã poética, maravilhosa. luz suave e cálida e
cromatismo com valor simbólico. Ex.: Porto de Mar; Paisagem com Apollo a Guardar o Gado de
Admetus e Mercúrio a Roubá-lo.

Europa
- O barroco adotou características regionais próprias permitindo questionar se houve “vários barrocos”
- Salienta-se o modo clásico na arquitetura inglesa, destacando-se Christopher Wren com a Catedral de
S.Paulo (a sociedade inglesa foi mais sensível a uma expressão racional, clara, equilibrada), e a
inspiração romana na arquitetura alemã e austríaca, ex: Palácio de Zwinger de Pöppelmann ou palácio
de Belvedere de von Hildebrant (complexidade formal, compositiva e de exuberante decoração
barroca com uam imponente escadaria)
- Na escultura nota-se influência italiana em obras de Andreas Shlüter e Permoser.
- Na pintura nota-se o impacto de Caravaggio como Michael Willmann e Adam Elsheimer

Países Baixos
! Refletindo o seu potencial económico e mercantil, desenvolveram-se importantes escolas de pintura,
nas quais se destacam Vermeer, Rembrant, Rubens.
! Revolta que separaria Holanda protestante e Flandres católica e leal à coroa espanhola. A Holanda
era um país de ricos burgueses (tendo o maior centro financeiro e comercial da Europa). Levando a
uma sociedade rica com gosto refinado e imensa ativdade cultural interessada em inúmeras temáticas,
dinamizando o mercado de arte. Instituições civis e burgueses eram os principais clientes
destacando-se registos naturalistas do quotidiano, cenas domésticas, estudos de luz e retratos.

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Amestardão:
- Rembrant:
- eleva luz dramática de Caravaggio
- traçou retratos reflexivos e introspetivo do ser humano
- carácter cenográfico
- A Ronda da Noite- agitação, movimentos e expressões faciais, vibra complexo desenho
espacial que conduz o olhar.
- muitos autorretratos- onde estão presentes análise de carácter e expressão do sujeito.
- A pintura reflete a sociedade através de reflexão acerca do ser humano, numa obra
profundamente instrospetiva e oposta à exuberância
- virtuosismo técnico na manipulação do claro-escuro e da cor em tons suaves
- atmosferas densas e de uma profundidade psicológica que refletem emoções condicionadas da
Holanda calvinista
- Vermeer
- Pintura de extraordinária perfeição técnica
- manipulação da luz, que resulta num carácter intimo, evocando um bem-estar contagiante
- rigor de composição
- assume natureza ótica
- A Leiteira
- Mulher com Jarro de Água
- Rapariga com Brinco de Pérola
- Típicos interiores com figuras isoladasocupadas com tarefas do quotidiano.
- Tranquilidade e equilíbrio devem-se às qualidades plásticas da luz, natural e misteriosa
Flandres:
- Roubens
- área católica
- tratamento lírico das temáticas mitológicas
- exuberância e sensualidade dos corpos femininos
- pinceladas fluidas e sumptuosas
- privilegiava a cor e apelava aos sentidos, jovial
- composições energéticas
- foi o primeiro a pintar para si mesmo apenas pelo prazer de pintar
- Alegoria das Bençãos da Paz
- O Jardim do Amor
- A Apoteose de Henrique IV e a Proclamação da Regência de Maria de Médicis

Espanha
- sociedade e cultura fortemente dominadas por Roma e a Contrarreforma, Barroco teve uma expressão
muito significativa nas obras de:
• Zurbarán
• pintor religioso, das ordens religiosas para quem produziu muito para a decoração dos mosteiros
• apesar de ser condicionado pelas exigências das ordens, a sua pintura conseguiu uma estreita
comunhão entre o sobrenatural e o quotidiano, entre o tratamento realista das figuras e a
abordagem mística da luz.
• Velázquez
• interpretação das figuras e das atmosferas tão realistas quanto perturbadoras
• pintura mais luminosa e colorida ao mudar-se para Madrid
• As Meninas- extraordinárias qualidades de luz e do espaço ganham novos valores plásticos;
inclusão do espetador no espaço pictórico através do artifício do reflexo da imagem no espelho.
• O Triunfo de Baco ou Os Bêbados
• introduziu interpretação realista nos temas religiosos
• tratou temas do quotidiano com realismo ótico
• Vénus ao Espelho
• Murillo
• pintura delicada e harmoniosa aproximou a iconografia religiosa das novas formas de devoção
popular

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Portugal
- A persistência do maneirismo e estilo-chão deveu-se às crises políticas sociais (domínio castelhano,
guerras da restauração, etc)
- Beneficiando da situação económica favorável (devido ao ouro do Brazil), D. João V, O Magnânimo,
desencadeou uma política de apoio às artes, ciências e às letras, e à concretização de obras
grandiosas como o Real Edifício de Mafra e o Aqueduto das Águas Livres
- No norte os principais centros de difusão foram o Porto e Braga.
- Porto- Nicolau Nasoni
- Igreja e Torre dos Clérigos: na fachada usou abundante e diversificada decoração (painéis com
florões, grinaldas, numa composição cenográfica que denota a sua formação como pintor
ilusionista). A torre divide-se em 4 andares ao longo dos quais se vai desenvolvendo repertório
decorativoque remete para linguagem expressiva, de grande efeito estético como também para
a conceção de uma obra simbólica
- Braga- André Soares -
! - Igreja de Santa Maria Madalena de Falperra
- Afirmação da talha e do azulejo como mais genuína expressão do Barroco em Portugal. Estes vão
contribuir para o esplendor. Azulejos tinham grande cromatismo, teatralidade e riqueza ornamental.
- Igreja e Escadório do Bom Jesus do Monte de Carlos Amarante

Escultura e pintura:
- Machado Castro- estátua Equestre de D. José I que deveria glorificar o rei e coroar toda a intervenção
da reconstrução da Baixa Pombalina
- talha- onde a plástica barroca atinge expoente máximo. Forrava de ouro as igrejas
- fase de estilo nacional, de carácter plástico e escultórico
- fase de estilo joanino, com exuberante decoração de gosto italiano
- período rococó, intrudução do repertório rocaille
- Azulejaria também atravessou as mesmas épocas contribuindo decisivamente para o esplendor
- Pintura: novos valores plásticos a partir do século XVII. As temáticas religiosas juntam-se agora com
as naturezas-mortas e o retrato régio e nobiliário
- Destacam-se:
- Josefa d’Óbidos Êxtase Místico de Santa Teresa
- André Gonçalves
- Vieira Lusitano- Santo Agostinho aos Pés a Heresia

Brasil
- Coube à Igreja o papel de pacificação, evangelização e fundação de povoações, no processo de
colonização. Coube aos jesuítas a importação do Barroco como expressão da Contrarreforma.
- Estilo-chão, exuberância decorativa dos interiores forrados a talha dourada e cenográficos, devoção
coletiva, fachadas planas e austeras
- expulsão de jesuítas- tratamento mais dinâmico dos volumes e exuberância decorativa dos interiores
em talha, fachadas adquirem dinâmica compositiva e complexidade formal com jogos de massas e
volumes, frontões curvos e relevos no portais, frisos e cornijas.
- Pintura e escultura registamevolução técnica e plástica, contribuindo para impato visual e cenográfico
dos interiores. Dão continuidadeaos modelos nacionais, as temáticas são sobretudo religiosas, as
composições dinâmicas e cromatismo vibrante

Caso Prático 1: La Cérémonie Turque. Le Bourgeois Gentilhomme, de Molière e


Lully
- Encomendada por Luís XIV, a peça é um comédie-ballet que associa teatro, música, dança numa
fusão de artes.
- 1670, cenas turcas inspiradas na cultura oriental proveniente do Império Otomano.
- Sátira contra os vícios da sociedade da época, La Cérémonie Turque é uma cena onde, a pedido do
Rei, Molière ridiculiza a civilização Turca

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- qualquer financeiro rico comprava cargo que lhe conferisse nobreza ou qualquer burguês adquiria as
propriedades de um senhor arruínado apropriando-se do seu título, sendo assim esta comédie-ballet
atual na sátira contra snobismo

Caso Prático 2: O Real Edifício de Mafra


- Deve-se ao cumprimento de um voto de D.João V de ter um sucessor para o trono. Este seria o maior
empreendimento até então edificado em Portugal.
- Ludovice
- A imponência arquitetónica, a magnificência escultórica e sumptuosa decoração concretizam aqui o
conceito de obra de arte total, fazendo convergir todas as artes num mesmo discurso estético, plástico
e conceptual para uma extraordinária manifestação de glória e absolutismo do soberano
- Execução rápida devido a:
- elevado montante dos cofres estatais ali investidos
- coordenação de Ludovice
- empenho do Rei

Cultura do Salão (módulo 7)


- A revolução francesa marca o Fim do Antigo Regime, implementando um estado democrático, laico e
burguês e consolida uma sociedade dividida em classes - capitalistas, burgueses e trabalhadores.
- Fatores de transformação da rutura social e cultural e a implementação dos novos valores políticos,
morais e sociais: crescimento demográfico, desenvolvimento técnico e científico, o Iluminismo e a
Revolução Americana.
- Filósofos iluministas defendem uma nova ordem política e social baseada no progresso técnico e
científico, na moralização de costumes, no liberalismo político e na educação do povo.
- É o tempo da ética, conhecimento e razão, fé incondicional no Homem: filósofos criticam as injustiças
sociais, absolutismo tirânico e intolerância
- Liberdade, Igualdade, Fraternidade (lema da Revolução Francesa)- cria um estado republicano,
democrático, laico e burguês, fundado em ideais que iriam se expandir para Europa e USA com a
implantação do liberalismo
- Versalhes continua a ser o centro de uma França hegemónica. Muitas derrotas nos conflitos em que
entrava.
- Século das luzes:
- racionalismo filosófico
- exaltação das ciências e pela crítica da ordem social
- Nos salões aristocráticos salienta-se o papel das mulheres cultas, desafiando convenções sociais, que
dinamizavam os convívios, jogos galantes, debates literários e serões musicais, favorecendo o
despontar do Iluminismo. Ex.: Madame Pompadour (divulgador da vida cultural da época e
conselheira dos assuntos de estado de Luís V)
- salões especializaram-e em áreas de debate e pilares da cultura determnado orientações estéticas e
estilísticas, por exemplo a difusão do gosto clássico
- Gastos exagerados de Versalhes levaram ao descontetamento
- Napoleão faz-se coroar imperador após um período de instabilidade e agitação política. Este inicia
campanhas militares expansionistas. Após um longo período de invasões e guerras, é derrotado na
Batalha de Waterloo
- Na 2ª metade do sec.XVIII os salões aristocráticos adquirem grande protagonismo no debate
filosófico, literário, artístico e cultural. Dinamizados por mulheres aristocrátas nos seus palácios,
especializam-se em áreas de debate e convertem-se em autênticos “laboratórios” de ideias que muito
contribuíram para o surgimento do Iluminismo
- Novos ideais revolucionários com fim de corrigir as injustiças sociais. Rosseau, Montesquieu, Voltaire,
etc denunciaram a imoralidade e questionaram fundamentos da antropologia, sociologia e ciência
política.

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- Iluminismo, Ilustração, Século das Luzes são expressões que caracterizam um tempo marcado pelo
pensamento racional e científico, pelo respeito pela humanidade e pelo indíviduo, crítica da ordem
social e intolerância religiosa.
- mente esclarecida, felicidade de direito
- valorização da inteligência
- Percurssores: René Descartes- defensor do método lógico e racional; Newton- função da ciência é
descobrir leis do universo e enunciá-las de forma precisa e racional.
- Os cientistas defendiam que o conhecimento do mundo e das coisas devia resultar das observação
científica, da explicação empírica e da demonstração através da experimentação.
- Festas galantes, refletindo a pompa e a extravagância de um mundo aristocrático cujo modelo é
Versalhes, quer pelas festas cívicas, públicas e laicas, amplamente participadas por todas as clases
sociais, normalmente correspondendo a comemorações ou efemérides patrocinadas pelo Estado
- É ditado em Versalhes qual a sofisticação e elegância marcaram a sociedade francesa setecentista
que refletem a pompa e extravagância da corte.
- Espaços mais íntimos, confortáveis e idílicos
- festas têm carácter cívico dirigido ao fortalecimento do espírito cívivo e comunitário da população.
- Os prazeres artificiosos e íntimos da festa galante são subtituídos pela festa pública e laica.
- Salão- ordem sociopolítica à volta de habitações privadas; confortoa nível pessial; centro de
informação/cultura; decoração exagerada, sensualidade, intismo, ambiente despreocupado
- séc. XVIII é uma época de equilíbrio e estabilidade política, que favorecem crescimento do comércio,
desenvolvimento do capitaliso e atividade financeira. Assim, a aristocracia competia com a elite
burguesa em luxo e ostentação que se reflete na produção artística.

Jean-Jacques Rousseau (biografia)


- Uma das principais figuras do Iluminismo celebrizando-se pela defesa da “teoria do bom selvagem”: o
Homem é naturalmente bom mas, integrado na sociedade, acaba por deixar-se corromper.
- Num outro texto, revoltando-se contra as injustiças sociais, Rousseau sugeria que a desigualdade
social é consequência da propriedade privada e que o Estado degenerara no pior inimigo daqueles
que era suposto defender
- Contrato social, la Nouvelel Héloïse
- Liberdade é direito e dever
- Príncipios de liberdade inspiraram Revolução Francesa
- educação pública para todas as crianças
- igualdade de direitos e deveres políticos

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (acontecimento) 1789


- Redigida na sequência do processo revolucionário, este foi o primeiro texto a reconhecer direitos de
liberdade, igualdade e garantias de todos os indivíduos perante a lei. Era um manifesto contra os
privilégios da nobreza e as hierarquias sociais que serviria de inspiração para a Declaração Universal
dos Direitos Humanos votada no ONU em 1948
- ideia base- liberdade individual + homens são iguais.

Rococó
- Cada região produzia os seus próprios tipos de arte. Enquanto Roma continuava a ser o centro para a
aprendizagem artística e para com a tradição clássica, França permanecia o centro intelectual e
artístico da Europa
- Continuidade ao Barroco de tendência contrarreformista
- dá corpo à liberdade e irreverência das ideias iluministas e foi o suporto dos ambientes íntimos e
galantes dos salões
- carácter caprichoso e evasivo; ornamentação rocaille recorre a um território de inspirações, tais como
as formas vegetais, animais ou minerais; preocupação de transformar os interiores em ambientes
requintados.

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- decoração de interiores aristocráticos, através de formas caprichosas e fantasiosas, de


ornamentações requintadas e artificiosas, procurando obter efeitos expressivos, puramente visuais e
exaltando os prazeres dos sentidos
- rocaille: designava uma combinação orgânica que adotando formas vegetais, minerais e animais,
procurava obter efeitos artificais, grotestcos ou fantasiosos.
- Derivando do rocaille, o rococó é um sistema artístico eminentemente ornamental, aplicado à
decoração de interiores, mobiliário, ourivesaria e objetos de vário uso
- sistema artístico ornamental que se afastou de toda a ordem, regularidade e simetria, e se aplicou a
toda a decoração de interiores, mobiliário, ourivesaria e objetos de vário uso.
- Na pintura:
- diagonais nas composições
! ! - acentuação cenográfica do revestimento de paredes
- exalta os prazeres da vida e sentidos com temáticas eróticas e sensuais, de festas cortesãs e
paisagens idílicas
- Destacam-se:
- Watteau com representações expressivas do mundo evasivo em que vivia a aristocracia
cortesã, as fêtes galantes. Ex.: O Embarque para a Ilha de Cítara (pintura galante,
sumptuosidade, graça e elegência)

- Boucher. Ex.: Diana no Banho (exaltação quase mítica de temas eróticos e espírito libertino.
atmosfera voluptuosa, requintada e até luxuriante. Recorre À mitologia como meio para
exprimir uma atmosfera poética e sensual impregnada de erotismo); Odalisca (uso de
temáticas alegóricas com tratamento frivolo, gracioso e provocativo)

- Fragonard- pintura explicitamente mais erótica e libertina, que é uma expressão mais fiel da
decadência da aristocracia francesa, o centro da cultura europeia na época, distrída nas
fantasias do voyeurisme e do amor galante.
! ! ! Ex.: As Banhistas; O Baloiço (luxuriante vegetação, troca de olhares entre amantes.
Linhas curvas, delicadas e fluidas, cores suaves, carácter lúdico e mundano.

Na arquitetura o Rococó inundou os interiores de elementos decorativos, transformando os espaços em


ambientes requintados, caprichosos, fantasiosos e artificiosos
- paredes: exageradas em cores ténuas e claras, sobressai o dourado; cantos e limites quase que
desaparecem com as decorações
- pintura, trompe l’oeil e estuques
- fachadas alinhadas
- ângulos retos são suavizados
- telhados de 2 águas
- exterior simples com interior confortável e íntimo
- elementos decorativos: conchas, algas, rocalhos, chinoiseries (elementos chineses ou motivos
chineses)
- decoração com bibelots, porcelanas, chinoiseries, cerâmica
- extensão espacial dos interiores para os jardins

Pivilegiando as artes decorativas, o Rococó teve um forte impacto na França na grade produção de
gravuras de modelos decorativos destinados à arquitetura, à ourivesaria, ao mobiliário ou à porcelana
com os seus desenhos ornamentais de conchas e corais, ondas e espuma, rochas e plantas.
Porcelana e cerâmica:
-vitalidade e invenção decoraativa, sendo importante a influência da porcelana chinesa importada, cujos
motivos são conhecidos como chinoiseries
Tecidos decorativos, roupas e trajos refletem a cultura ornamental, marcada por motivos ousados e
extravagante, inspirados na vida animal e vegetal, criando padrões exóticos e exuberantes, e conferindo
requinte e elegância aos ambientes e à vida cortesã.

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Características (síntese do Rococó)


- sistema artístico essencialmente ornamental que exprime decadência do Antigo Regime e monarquias
absolutas
- linguagem frívola, vazia de significados, baseada em formas caprichosas, fantasiosas e graciosas de
inspiração vegetal e animal.
- essêncialmente decorativo
- ambientes requintados, delicados, graciosos como fundo dos encontros e elegantes festas galantes
- intimismo das luzes (preocupação com o interior)
- ornamentação expressiva
- artes menores: mobiliário, cerâmica, ourivesaria, tapeçaria
- fútilidade
- liberdade individual de cada artista
- deleita o público pela beleza rebuscada e não o conteúdo.
- função cenográfica nos espaços arquitetónicos dando preferência a cenas eróticas e sensuais
- mobiliário, porcelana e cerâmica o rococó alcança vitalidade com chinoiseries, decorações
exuberantes inspiradas na loiça oriental

Portugal:
- Interiores dos palácios e igrejas
- ornamentação rica e expressiva
- concheados, assimétricos, elementos vegetais e animais
- maior originalidade na talha e azulejaria
- decoração mais expressiva foi a talha gorda (inspirada nas estampas e gravuras alemãs e holandesas
do séc XVIII, utilizando repertório de volutas, flores, concheados, palmas e folhas, hum jogo de rocaille
(Convento de São Domingos)
- Igreja da Nossa Senhora dos Remédios
- Misericórdia de Viseu
- biblioteca do convento de Mafra revestida em talha rococó

Espanha:
- o carácter expressivo do barroco funde-se com o rococó numa grande expansão e fulgor plástico:
- composições complexas
- formas dinâmicas
- surpefícies côncavas e convexas, sinuosas
- ornamentação profusa e um acentuado expresionismo escultórico
- intensidade expressiva

América latina
- Variedade dos materiais, tradições indígenas e recursos económicos levam a desenvolvimento de
características própria.
- fusão de elementos tradicionais com a estética oficial
- Chega através de ordens religiosas, das confrarias, irmandades laicas.
- talha invade os interiores das igrejas produzindo resultados de grande riquea decorativa e
originalidade
- maiores referências devem-se ao arquiteto escultor o Aleijadinho
- Igreja do Mosteiro de São Bento

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Neoclássico
- decorre do espírito racional e científico do Iluminismo, inspirara-se pelos ideais igualitários e
progressistas da revolução e entende que a arte deve privilegiar o desenvolvimento e promover o bem
social.
- arquitetura inspirada nos ideais igualitários, racionais e progressistas (Igreja perde o papel de força
unificadora), pura, útil e funcional.
- Diderot- goal de arte deveria ser represental valores cosiais, exprimir ideias do indivíduo, uma
finalidade moral. Inaugura o género de Crítica de arte.
- interesse por passado histórico leva à redescoberta da antiguidade clássica, à criação da arqueologia
e do colecionismo.
- pragmatismo, simplicidade e clareza, arte se conciliou com a revolução e mudanças sociais e culturais.
- os iluministas consideravam a herança clássica a que melhor traduzia os ideias da nova sociedade

- O interesse pela Antiguidade deu lugar a estudos sobre roma e várias obras que inauguram a
moderna História da Arte (Winckelmann aplicou no estudo de arte clássica um sistema de análise
formal) e às pesquisas arqueológicas nas cidades de Pompeia e Herculanum. estas conservaram-se
os mais completos testemunhos arqueológico da cultura romana.
- Piranesi foi autor de gravuras que reproduziam monumentos em Roma, enaltecendo a imponência da
arquitetura romana, sendo testemulhos da civilização passada e modelo para o presente/fontes de
informação para ensino.
- peças escultóricas greco-romanas são levadas para Londres, Paris e Berlim e através de gravuras e
ilustrações servem de fontes de informação para ensino.
- UK:
- principal referência foi a obra de Palladio e o seu tratado Os Quatros Livros da Arquitetura
constituindo o suporte de uma linguagem arquitetónica de ordem racional, de proporções
rigorosas e simetria absoluta.
- deram preferência a valores formais mais puros e elementares
- Sir Wren
- criação da sociedade de diletantes (quem se dedica ao estudo de artes)

- França tinha como fundo o iluminismo e a revolução, daí que o neoclassicismo tenha ganho um corpo
mais sólido.
- Linguagem clássica é laica, materialista, pragmática, inspiradora dos ideais de igualdade, liberdade e
fraternidade conformes à Revolução.
- Assim, o Neoclassicismo expande-se por todo o mundo ocidental com carácter universalista e
representando os novos valores políticos, sociais e culturais.

- Necessidade da arquitetura ser representativa (ex: Laugier, origem da arquitetura estava nas cabanas
primitivas, regresso às origens) e significante (Lodoli, para além de racional e funcional, deve exprimir
sentido do uso e da função)
- Panteão de Paris de Soufflot-
- planta de cruz grega numa estrutura formada por colunas e entablamentos e frontões em que o
sentido ornamental era omitido
- realismo estrutural, clareza formal, expressão purista -> nova arquitetura simples, pragmática e
racional.
- linguagem clássica ditou regras de: unidade, harmonia, proporção, simetria e sobriedade.
- O interesse por Roma Antiga decorre do Pragmatismo dessa sociedade, da eficácia das suas
instituições e do Estado de direito republicano assente em princípios racionais e valores universais.
- ordens clássicas impõem-se à forma e adaptaram-se às diversas tipologias.
- formas monumentais, ouristas e geométricas
- Neoclássico “imitava” o Antigo mas também vinha de uma reflexão aprofundada e rigorosa da
Antiguidade, dando lugar a uma linguagem arquitetónica racional, geométrica e purista.
- expansão pela europa e USA
- Capitólio de Washington; Templo da Glória, Casa de Thomas Jefferson, Banqueting house

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- vertende radical com forte carga ideológica anuncia Romantismo, Lequeu, Boullée e Ledoux

! Síntese da arquitetura:
- formas e ideais clássicos + descobertas arqueológicas refletiu mudança do gosto de uma nova
sociedade fundada nos valores iluministas: espirito racional, científico e progressista
- arte deveria ser mais pura, útil e racional e:
- representar valores sociais
- exprimir grandes ideais do indivíduo
- privilegiar o desenvolvimento da sociedade e colocar-se ao serviço da comunidade
- para difusão e implementação contribuiram:
- enciclopéia
- academia e salões
- arqueologia e impilsos dos colecionadores, antiquários e críticos de arte.
- linguagem clássica com:
- ordem
- unidade
- equlíbrio
- simetria
- estabiliade
- narmonia
- sobriedade
-estes melhor representavam os valores políticos e sociais da revolução francesa e ideais
republicanos.!

Pintura e escultura:
- influência do classicismo traduz-se nas temáticas alegóricas e mitológicas, na monumentalidade das
obras, nas composições geométricas equilibradas, no apuramento técnico e no desenho linear, e
numa criação plástica cuja finalidade é atingir o ideal clássico de beleza.
- interesse pela grandeza humana
- Jacques-Louis David, “artista oficial” da revolução e criador da iconografia imperial de Napoleão
- O General Bonaparte (sobriedade e altivez)
- O Juramento dos Horácios (versão alegórica, facto simbólico em que o juramento coletivo,
unindo todas as frentes da sociedade francesa sob uma mesma bandeira, se converteu no
apanágio da revolução
- Napoleão Atravessando os Alpes (maior força incónica. Inspiração no retrato equestre e
associação do papel patriótico ao do imperador romano Marco Aurélio, ambos salvam o regime
por instaurar um império)
- A Consegração do Imperador Napoleão I e a Coroação do Imperatriz Josefina (solenidade do
acontecimento, enaltecendo o regime no qual o imperador é a principal figura. Todos os vetores
convergem na figura de Napoleão e tem sentido épico)
- Marat Assassinado: maior impacto, revolucionária artisticamente e ideológicamente. Um herói
doente, morreu na banheira traiçoeiramente assassinado por uma mulher. David enaltece as
características anti-heroicas com uma força única na pintura.
- O Rapto das Sabinas: alegóricamente uma interpretação do estado da Revolução, convidando
agressores externos e defensores internos à paz
- Ingres:
- Napoleão no seu Trono Imperial (imagem parecida a imperadores romanos)
- A Banhista de Valpinçon
- retrato sóbrio e inexpressivo
- atmosferas sensuais e exóticas
- desenho voluptuoso do nu feminimo
- serenidade dos ambientes
- suavidade das modelações

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Escultura:
- mais se notou influências das descobertas arqueológicas
- Thorvaldsen e Canova traduziram o espírito neoclássico
- Canova entendeu que a aplicação dos princípios estéticos da arte clássica era o caminho para
alcançar o belo ideal, ideal universal de beleza. Criou peças de uma calma, de contornos suaves e de
uma luz serena.
- Paolina Borghese
- Cupido e Psique
- Thorvaldsen
- Jasão com o Velo de Ouro- austeridade clássica

síntese da pintura e escultura:


- centro de inspiação e irradiação do modo clássico
- guiados pela razão, o objetivo: atingir o atingir o ideal clássico de beleza
- temas: literários, históricos, mitológicos, alegóricos
- características formais:
- pintura descritiva
- composições geométricas
- harmonia
- equilíbrio
- proporção e simetria
- características técnicas:
- perfecionismo técnico, desenho rigoroso, naturalismo e idealização da realidade
- características plásticas:
- traço linear
- predominância da linha e do contorno
- volumes sólidos
- tratamento elaborado da luz e do claro-escuro e sobriedade na aplicação de cor

Portugal
- Potugal vivia em crises políticas e económicas (terramoto, invasões francesas, fuga da família real
para o Brazil, perda do Brazil, monarquia constitucional)
- Na arquitetura, o Neoclassicismo manifesta-se através da influência do neopalladianismo inglês no
Porto e via Italiana em Lisboa.
- Racionalismo, pragmatismo, rigor geométrico das formas são aplicados na reconstrução da Baixa
Pombalina e ao longo do séc. XIX em diversos edifícios de Estado e representativos do regime liberal
(Teatro Nacional D.Maria II de Fortunato Lodi, Assembleia da República de Ventura Terra.
- Obras com traçado de enorme racionalismo, clareza formal, fundado uma linguagem racional s´bria,
simétrica e austera.
- reconstrução da Baixa Pombalina: pragmatismo da operação por razões económicas e de emergência
pública
- Gosto clássico foi introduzido por José Costa e Silva: Teatro de São Carlos; Palácio da ajuda
- Porto: discurso neoclássico com linguagem neopalladiana iglesa
- Palácio das Carrancas
- Palácio da Bolsa
- Carlos Amarante: restauro da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo: intervenção equilibrada

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- Quer pintura quer escultura tinham grande influência de Roma (tratados clássicos vinham de Roma,
mestres estrangeiros eram italianos, capital que convergiam os bolseiros portugueses)
- temáticas alegóricas, mitológicas, históricas e retratos
- No nível técnico e composição os artistas demonstravam conhecimento da cultura clássica em obras
de grande qualidade plástica
- Vieria Portuense
- D.Filipa Armando os filhos Cavaleiros (equilibrada composição de índole clássica)
- Domingos António Sequeira
- Retrato da Família do Visconde de Santarém: figuras claramente recortadas no espaço, exprime as
suas reconhecidas capacidades na arte do retrato

Escultura:
- Machado Castro: Generosidade: programa escultórico da Ajuda estabelecendo uma correta e
equilibrada leitura da linguagem clássica
- José de Aguiar: Consideração: atualizada interpretação da estatuária clássica

Caso Prático 1: Le Nozze di Figaro- Finale (1786) Mozart


- Antes da revolução francesa, a ópera As Bodas de Fígaro veiculam princípios e valores que estariam
na sua base: a crítica aos privilégios da nobreza e às injustiças sociais, a revolta e indignação dos
mais fracos.
- O Finale tem um particular significado histórico e político: o povo invade o salão aristocrático em
alegres danças, numa alegoria ao espírito de igualdade, fraternidade e liberdade presente na
Revolução. (desmoronamento da ordem social e moral existente)
- Mozart eleva o interesse dramático à universalidade, no tempo e no espaço, fazendo refletir os ideais
de amor, fraternidade e de generosidade que seriam o apanágio da Revolução. (no final o conde
arrepende-se e todos se reconciliam)
- Apesar de ópera bufa, o tema remete questões fraturantes na sociedade aristocrática.

Caso Prático 2: O urbanismo da Baixa Pombalina (1758)


- Após terramoto de 1755 que destruiu grande parte da cidade e causou milhares de vítimas, o marquês
de Pombal realizou uma das mais importântes intervenções urbanísticas em Portugal
- “enterrem-se os mortos e cuidem-se dos vivos”
- reedificar a baixa segundos novos planos
- Seguiu modelo iluminista, pragmático e racional, estabeleceu-se uma malha rigorosa ortogonal,
regular e uniforme, de geometria simples e clara, definindo unidades tipológicas de edifícios,
estruturadas antissísmicas, sistemas de construção indutrializada, redes de infraestruturas e
saneamento, e dispositivos de combate a incêndios.
- pisos térreos destinados para comércio
- ruas foram hierarquizadas através da largura e em função da sua importância
- estrutura em gaiola (armação de vigas de madeira)
- uma das primeiras produção industrializada em série de diversos elementos contrutivos obedecendo a
uma lógica de uniformização de tipologias e racionalização construtiva
- Manuel da Maia, Eugénio dos Santos, Carlos Mardel

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Cultura da Gare (módulo 8)


nacionalismo: ideologia em que a nação,
- Primeira metade do séc. XIX a Europa foi marcada por revoltas
etnia e identidade nacional são uma unidade
políticas e socias que acabaram por redefinir o traçado geopolítico
fundamental
- Congresso de Viena (distribuir território devolvido pelos
franceses; restaurar estruturas do antigo regime; reforçar Comunismo: ideologia política com o
união das nações contra movimentos liberais). Este não foi objetivo de uma sociedade sem classes
suficiente para travar doutrinas de liberalismo e
nacionalismo (força contra monarquias absolutas, socialismo: reflete duras condições do
incentivando povos à independência e aspirando por proletariado; igualitária e fraterna
sistemas governais mais justos)
! ! - proclamação da Segunda República em França de carácter
liberal e socialista
! ! - movimentos revolucionários de indepência nacional na
Grécia e Bélgica
! ! - as insurreições da polónia contra o domínio russo
- unificação da Itália
! ! - formação do Império Alemão por Bismarck
- primavera das nações: vários movimentos revolucionários de
independência

- Invenção da máquina a vapor (James Watt) e a sua aplicação aos Uk: avanços tecnológicos; máquina de tear
sistemas de produção traduziu-se na acelarada transformação da mecânica; aperfeiçoamento da máquina a
economia e da sociedade provocada pela Revolução Industrial vapor; progreso na metalurgia
- crescimento demográfico, rápida expansão da produção insdustrial
levavam a promessas de melhores condições de vida
- mais confiança no Homem, o único factor do progresso, dando
origem ao positivismo
- tempo de progresso científico e inovações tecnológicas (caminhos
de ferro e Exposições Universais
- Revolução Industrial, capitalismo e liberalismo levaram à fromação
de uma vasta casse de trabalhadores com salários baixos, longos
períodos de trabalho e precárias condições de vida, originando
conculsões sociais e filosofias políticas (socialismo e comunismo)
que defendiam uma sociedade mais justa e igualitária
- Primeiros sindicatos, operários vão lutar por melhores
remunerações e melhores condições de trabalho. Surgem novas
filosofias políticas como socialismo e comunismo.

- (industrialização que procura outros mercados e fontes de matérias


primas) Conferência de Berlim: potências europeias reuniaram-se
para partilhar a colonização de África. Acentuada rivalidade política
e económica resuta na rutura que vai desencadear a WWI
- Arte reflete o processo de transformação social e cultural

- Redes de canais, pontes metálicas e pavimentação de estradas


- O fator que mais revolucionou a economia e a sociedade foi o
desenvolvimento dos caminhos de ferro, que se converteu no
principal meio de transporte terrestre (de passageiros e
mercadorias) e constitui um dos principais agentes de
modernização e intercâmbio económico e cultural.

- Os caminhos de ferro foram um fator determinante na acelarada


modernização da sociedade europeia, aumentando o transporte de

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mercadorias e facilitando a circulação de pessoas, sendo um agente de mudança da imagem dos


campos e cidades.
- A gare representa o triunfo da industrialização e afirmação de uma sociedade urbana, cosmopolita e
liberal, e capacidades do Homem
- Gare é lugar de confluências de viajantes, espelho da sociedade de ambiguidades, contradições e
vicissidades
- dinamizou e alutinou ideais e experiências
- Nova classe de técnicos: engenheiros (aplicou sabres técnicos sobre novos sistemas estruturais +
visão pragmáticasobre formas e processos de construção)
- Arquitetura da Gare: grandiosodade, monumentalidade, funcionaliade, templos modernos.

- Uma das consequências mais negativas da Revolução Industrial foi o crescimento desregrado dos
aglomerados urbanos e apareciento de bairros operários sem condições mínimas de habitalidade.
- Responsabilizando a insdustrialização e o capitalismo por todos os males na sociedade, alguns
setores mais esclarecidos da sociedade propõem o regresso à Natureza, quer como refúgio para as
suas reflexões, quer como inspiração para as suas obras.
- paisagens são um género nobre de pintura
- meios rurais não são corrumpidos: mais profundos e genuínos, raízes da cultura nacional
- natureza é uma fonte inesgotável de inspiração, imaginação, produz emoções, expõe espiritualidade e
sensibilidade, intimidade para com artistas

- As primeiras teses designado “socialismo utópico” foram motivadas pelas miseráveis condições de
vida das populações operárias nas unidades industriais.
- Os seus objetivos eram reformar a sociedade económica e corrigir as injustiças e as desigualdades
sociais.

Engenheiro Gustave Eiffel (biografia)


- Gustave Eiffel foi pioneiro na utilização do ferro em construções metálicas arrojadas, valorizando não
só as suas propriedades de resistência, elastocodade e leveza, como também as qualidades estéticas
das estruturas metálicas
- Decorrendo da Revolução Industrial e da “revolução” das vias-férreas, a obra de Eiffel representa a
modernidade triunfante através dos novos materiais, novas tecnologias e dos novos processos
construtivos.
- inovação do ferro
- Torre Eiffel:
- simbolo de modernidade
- nova ordem de progresso
- industrialização e desenvolvimento económico e tecnologia
- Exposição de Paris em 1889
- peças preparadas para montagem
- inovadora expressão de cultura, leveza, transparÊncia, elegância nas construções de ferro e
vidro

I Exposição Universal, Londres 1851 (acontecimento)


- As exposições Universais eram promovidas periodicamente pelos países industrializados com o
pretexto de divulgar as mais recentes inovações e conquistas de âmbito científico, tecnológico, cultural
e artístico.
- As instalações da I Exposição Universal em Londres projetadas por Joseph Paxton, traduziram-se num
monumental edifício (o Palácio de Cristal) que, pelo seu arrojo técnico se converteu na “catedral” da
sociedade industrial.
- Joseph Paxton: Palácio de Cristal- “catedral” da sociedade industrial
- estufa com espaço amplo e translúcido
- pavilhões cobertos de ferro e vidro dá-lhe um carácter monumental
- demonstração de potencial industrial, tecnológico, arrojo técnico e inovação científica

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- apologia da máquina: industria produzia novos sistemas de pré-fabricação e estandardização


de elementos contrutivos

Romantismo
- Foi um movimento literário, filosófico e artístico, cujos seguidores procuravam a originalidade, a
imaginação e a exacerbação das emoções. (afirmação da liberdade individual e rejeição da vida na
sociedade industrializada)
- rutura no sistema clássico
- Reagindo à industrialização e monotonia da vida quotidiana, criaram universos imaginários,
fantásticos, patéticos e sublimes
- Inspiraram-se na Idade Média, na Natureza, nas civilizações exóticas ou nas culturas marginais.
- idade média remete para origens de nações europeias e manifestações nacionalistas
- emoção > razão
- sonho > realidade
- idealismo > pragmatismo
- traduz inquietação existêncial com processos mais espontâneos e técnicas que exprimem melhor
estados de alma (esboços e aguarelas passam a ter estatuto de obra)
- a obra traduz sentimentos pessoais e não verdades universais
- desafia valores estéticos
- rejeição do público e afastamento da crítica
- marginalização do artista

Arquitetura
- A arquitetura enquadra-se num contexto historicista, inspirando-se em períodos do passado,
salientando o revivalismo gótico, quer através do restauro de edifícios mediavais, quer através da
recriação do seu vocabulário arquitetónico
- Recurso a diversas fontes históricas viria, nalguns casos, a traduzir-se num ecletismo arquitónico
através da fusão da vários estilos históricos
- gótico: tinha a gramática ideal para aplicar, apogeu do progresso para responder a uma necessidade
prática e exprime o génio humano dessa tecnologia
- verdadeiramente universal sem influência de outros estilos
- Casa do Parlamento em Londres- neogótico
- Pavilhão Real- neoárabe (fascínio por culturas exóticas)

- Ecletismo arquitetónico:
- ópera de Paris- neo barroco (densidade decorativa, escultórico e ornamental, sobrepostos a
uma estrutura basicamente clássica)
- França: revivalismo gótico, renovado interesse no património histórico.

Pintura
- mais reflete valores românticos
- inspiração na Idade Média
- culto da natureza e sentimento
- culto do índividuo, exaltação do eu, predomínio da sensibilidade e imaginação
- Os pintores românticos representaram as emoções fortes, os sonhos e pesadelos, visões místicas e
fabulosas, imagens do seu universo subjetivo.
- Trabalharam temas históricos, mitológicos, literários, exóticos, populares e paisagens com sentido
nostálgico e melancólico
- fixação espontânea
- preferência por emoções fortes, sentimentos de compaixão ou revolta (contra opressão)
- representação dos sonhos e pesadelos
- figurações do seu imagnário interior
- traduz inquietação existêncial com processos mais espontâneos e técnicas que exprimem melhor
estados de alma e espontaneidade dos atos
- Termos formais, expressivos e plásticos:

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- composições movimentadas
- estruturas dinâmicas
- pinceladas largas, fluidas e vigorosas aplicadas com espontaneidade
- linha e desenho perdem definição das formas e volumes
- cor usada em fortes contrastes com uma paleta muito variada
- luz com intensos efeitos de claro-escuro (acentua sentimentalismo dos ambientes, dramatismo
da ação)

- A Liberdade Guiando o Povo- Delacroix


- mulher simboliza liberdade dirige o povo vitorioso com a bandeira tricolor (liberdade, igualdade
e fraternidade)
- A Jangada de Medusa- Géricault
- mais realismo possível
- metáfora à desagregação dos valores da revolta em que se convertera o sonho napoleónico
- Constable
- registo íntimo detalhado da natureza com precisão científica
- olhar poético com suaves efeitos
- explora atmosferas e formas de campos
- paisagem é um cenário idílico, poético e sensível
- William Turner
- natureza sublime e heróica
- tempestades, tormentos e desastres naturais
- manchas de cor e luz numa diluição formal aproximada da abstratação
- objetivo de recirar certos efeitos visuais nos quais as formas passavam a sensações e
estímulos cromáticos.
- capta sensações percetivas que anunciam impressionismo
- Friedrich- diálogo entre paisagens e condição humana; forte sensação de irrealidade, o espetador é
colocado num lugar inderteminado, num vazio inquietantecom paisagens imensa, lugares inacessíveis,
atmosferas melancólicas e olhares impossíveis
- O Mar Polar / O Naufrágio de Esperança: documento trágico do destino, o pintor manifesta as
poderosas forças da natureza face à impotência do Homem. Os destroços são erguidos
lentamente
- O Caminhante sobre um Mar de Núvens: homem no topo de um rochedo contemplando a
imensidade do mar de névoa; atmosfera límpida, nostálgica e longíqua; paisagem deslumbre
romântico, universo fantástico, espiritual, idealista
- intensidade existencial
- universo poéticp, espiritual e sublime
- melancólico, vazio e inquietante
!

Portugal
- influência pela exaltação nacionalista- aproximação ao rústico e ao pitoresco
- assuntos relacionados com passado histórico, costumes, tradições do povo
- aspetos que se refletiram no revivalismo arquitetónico e na pintura que privilegiou a representação da
Natureza, do mundo rural e tradições populares.
- identidade como nação: natureza, meios rurais.
- Garret: neomanuelino- estilo naconal genuíno
- Palácio da Pena- paradigma do espírito

Pintura:
- Tomás da anunciação- Vista Tirada do Sítio da Amora
- João da Silva
- Metrass: pintura histórica

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Escultura em Portugal:
- ideário românico refletiu-se na valorização da história e na celebração de heróis nacionais.
- Victor Bastos: conjuntura política e económica;

Realismo
- progresso científico e tecnológico, ideias democrática, socialista e republicanas levam ao gosto do
artista pelo imediato, observação do envolvente e por uma pintura mais objetiva, mais verddeira,
vinculada à realidade
- papel da arte: denunciar opressão, desumanização da sociedade burguesa
- positivismo: cultivou crença no progresso
- procuram objetivamente como artistas: tomam consciência do seu tempo
- corrente artística antiacadémica, objetiva, preocupada com a realidade social, mundo contemporâneo.
- pintura da realidade visível, do quotidiano, cantacto direto com a natureza (contexto social, realidade
física)
- pintura concreta com paisagens real e pessoas vulgares

Honoré Daumier:
- denúncia as duras condições da vida do povo
- A Carruagem da Terceira Classe
- sentido político e social da estética realista

2 vertentes:
1- compromisso social: Millet e Courbet
2- mais naturalista: Escola de Barbizon, Corot, Rousseau

Millet:
- Homem com Enxada:
- meio rural, figuras brutalizadas pelo trabalho e personificação de uma fatalista visão da vida
- imagem pessimista do esforçoe pobreza humana
- O Angelus:
- mais exprime os objetivos do realismo
- episódio quotidiano rural (casal reza depois de um dia ardúo de trabalho
- confere mais dignidade moral às humildades e resignadas pessoas do povo
- obra ideológica que revela o mundo rural com autenticidade, sem sentimentalismo ou ídilicos
- sentido social, retrato do campo nos gestos simples, ações humildes e existência em
consonância com a natureza

Courbet:
- influenciado por Baudelaire e Proudhon (ideais revolucionários e socialistas)
- II República favoreceu o caminho para a estética realista
- O Ateliê do Artista:
- alegorial real
- artista pinta uma paisagem da terra natal rodeado por figuras simbólicas e de outras da vida
real (tema da pintura)
- obra mais notável e polémica
- autor apresenta: os ideais que o inspiraram; figuras que participaram na sua formação como
homem e artista (esquerda: exemplos de realidade, o motivo principal da pintura, guitarra,
chapéu (símbolos do romantismo); à direita estão intelectuais e Proudhon, um filósofo)
- mulher é a verdadeira natureza e a criança é a inocência
- Enterro em Ornans:
- assunto banal recebido com tratamento artístico grandios
- enterro anónimo que retrata a sociedade burguesa da sua terra natal.

Escola de Barbizon:
- grupo de pintores com objetivo de tornar a pintura mais sincera e verdadeira

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- destacam-se Corot ( A Catedral de Chartes”- olhar concreto sem envolvimento sentimental) e Rosseau

Fotografia
- afasta a pintura de todas as conceções académicas sobre composição e representação da realidade.
- abre novos caminhos estipulando o olhar casual, movimentos espontâneos e novas qualidades
lumínicas
- permite observar uma imagem real refletida sobre uma superfície
- “niépce”: heliografia- imagem negativa
- daguerreótipo- processo permite obter a imagem positiva
- pintura influenciou a fotografia nas referências às temáticas, composições e enquadramentos de
imagem.

técnica e expressão artística:


- tratamento naturalista das formas, cor e luz
- desenho objetivo e rigor nas composições
- recurso à fotografia para estudar enquadramentos e proporções das figuras

Paris:
- prosperiedade económica e progresso social
- revolução industrial: construção de uma sociedade moderna, invenções como telefones e caminhos de
ferro transformam a sociedade.
- produção em série e diversificação das indústrias
- cidade moderna, cosmopolita onde convergem artistas, escritores e intelectuais
- cescimento demográfico (costumes, mentalidades e vida quotidiana) e das cidades (mais populosas,
desenvolvimento de transportes, comunicações)
- hábitos sociais passam a acontecimentos sociais

Impressionismo
origem do impressionismo:
- nova maneira de ver o mundo
- momentos de ócio e lazer e festas
- acontecimentos mundanos
- reflete o mundo em constante movimento e mutação
- impressionistas interessam-se pelo momento fugaz, captação do instante irrepetível, observação de
uma realidade visível

Influências do impressionismo:
- paris- cultura urbana e espírito moderno favorece rutura dos cânones academicos
- fotografia: processo mecânico para reproduzir com exatidão a realidade. exige alterações de métodos
de representação, liberta a pintura para novas formas de interpretação e para representar a realidade
- japonismo- conceção livre da forma e da perspetiva, aplicação de cores puras e claras e linearidade
dos desenhos (também inspira rutura nos cânones)
- luz e cor: investigações sobre luz e cor e descoberta de mecanismos de perceção
- realismo- pintura ao ar livre, inspiração na natureza, quotidiano, realidade objetiva
- tubos de tinta: produção de tinta facilita o seu transporte para locais de trabalho.

- novo modo como os pintores captam o momento da luz, instante do tempo, espaço volátil
- artistas foram rejeitados por salões oficiais então organizaram exposições expressionistas- reprovação
e renovação da arte académica: pintura não deve ser só no atelier e deve-se conceber as formas num
sentido plástico e pictórico como resultado da luz e cor

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Monet:
- Impressão: Sol Nascente:
- Money causa uma impressão, efeito visual que a obra devia provocar no observador
- abandona cânones e adapta uma forma de pintar ao funcionamento da visão.
- sensibilidade cromática
- contribui para fragmentação do espaço, diluição das formas, esbatimento do desenho e
desmaterializaão da pintura.
- estudos en plein air sobre infinitas vibrações e reflexos de luz sobre superfícies
- séries sobre Catedral de Roven
- A Dare de Saint-Lazare

Esta conceção enquadra-se no espírito científico e na mentalidade positivista pois privilegia a perceção
através dos sentidos e emoções
Benefícios de teorias científicas como: tratados de luz, leis de visão, teorias sbre cor, decomposição de
luz solar.

Edgar Degas:
- dinamizador das exposições impressionistas
- criou em ateliê imagens retiradas ao instantâneo da ação quotidiana
- aplicou visão pura e perspetivas invulgares
- O Absinto:
- 2 amigos na composição
- olhar vago e distante perdidos na solidão e melancolia
- descentrada denota improviso do instantâneo fotográfico (acentua espontaneidade)

Manet:
- Almoço na Relva
- choque pelo abandono do claro-escuro e meios tons
- contrastes de tons claros justapostos aos escuros e a técnica de pinceladas de cor rápida e
soltas- definem figuras; traduzem ambientes cromáticos e atmosferas transparentes

Renoir:
- enquadramento que era contra uma conceção racional do espaço tradicional
- reduziu a tela a um fragmento da realidade
- em vez de perspetivas lineares, usa princípios óticos baseados nos temas de efeitos luminosos,
atmosferas brilhantes, superfícies transparentes- numa síntese pictórica instantânea
- O Baloiço:
- universo alegre e inocente de gente elegante que habita a tela poeticamente
- luz filtrada pelas folhagens das árvores
- Baile do Moulin de la Galette
- Almoço dos Remadores
- pincelada subtil, fluida e espontânea
- atmosfera vibrante, luz friltrada
- síntese pictórica

Sisley
- As Regates de Molsey- ambientes animados, atmoferas cintílantes e transparentes, instantes
movimentados, reflexos vibrantes na água

Escultura:
Rodin:
- aproxima esculturanda plástica impressionista através da:
- espontaneidade do modelado
- expressividade das formas
- movimento
- energia transposta para a matéria

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- Impressionado com a energia e formas deixadas inacabdas da pedra do renascimento


- independência da escultura face às normas académicas (próximo da plástica impressionista)
- O Pensador- capta movimentos fluidos e livres, registo de uma luz impressionista; modelação
espontânea das massa
- Homem a andar- energia concentrada no corpo e intensidade expressiva do modelado

síntese:
1- motivações:
- mundo em mudança
- pintura pretende captar o momento fugaz, instante
- expressão de acontecimentos mundanos e pela agitação e intensidade da vida moderna

2- plástica:
- rejeitados dos salões oficiais- criam exposições de renovação total da pintura com novo modo de
conceber as formas resultante da luz e cor
- importante:
- como captar a luz
- espaço volátil
- pintura é o resultado de uma impressão, um efeito visual que a obra deve provocar no observador

3- técnica
- en plein air
- divisão de cor
- pinceladas e traços rápidos
- tintas industriais
- mistura de cor na tela
- procura de transparência
- cores vibrantes
- desmaterialização da pintura

4- temas:
- paisagens e ambientes físicos captadps ao ar livre
- ambientes urbanos e do quotidiano
- cenas de movimento
- cenas lúdicas, de diversão e tempo

Neo impressionismo
- método da divisão da cor, baseado nos estudos científicos em relação a cor e luz. Lei do contraste,
Seurat definiu pintura ótica a partir de pontilhismo
- semelhanças com impressionismo: en plein air, temas da vida quotidiano, paleta de cores claras
- diferenças: substituiu a técnica intuitiva de justaposição de tons sobre a paleta pelo método de divisão
de cor
- cor é afetada pela luz e cores vizinhas

Seurat:
- para este ainda não se tinha atingido visão exta e científica da natureza.
- a visão é a baseada na perceção pura

divisionismo:
divisão de tons aplicados em pequenos pontos de cor pura- sistematização científica das impressões
empíricas de Monet, Renoir e Sisley. Codificação do uso de cores e das pinceladas recorrendo ao
circulo cromático

Pontilhismo: técnic onde as cores são aplicadas em pequenos tons complementares junto uns dos
outros- a leitura resulta da mistura ótica destes tons e efetua pela retina

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Banho em Asniéles
- desmaterialização da pintura
- todas as figuras estão de frente, costas ou perfil
- todas em planos consecutivos delimitados
- volumes foram reduzidos a formas geométricas simples

Um domingo à Tarde na Ilha da Grande Jatte


- vibrações de luz
- burgueses desfrutam do sol e prazeres
- a ação está congelada em vez de ter sido captada
- composição estruturadacom máximo de rigor e personagens geométricas

As Modelos: técnica devisionista e pontilhista era executada laboriosamente e lentamente

Pós-Impressionismo
- narrar uma história já não é o objetivo
- execução é privilegiada sobre composição
- cor sobre desenho
- componentes materiais sobre espirituais
- Maurice Denis- fundador do grupo simbolista Nabis

Van Gogh
- critica impressionistas pela falta de sentimento ao pintar
- pintura traduziu tensões, energias, emoções do artista
- explorou as potencialidades expressivas da cor
- sentimentos de solidão, desencanto, frustração
- temas realistas
- intensidade expressiva na qual a cor é determinante
- cor é o veículo de transmissão entre interior e exterior do artista
- obra é carregada de emoção, angústia e subjetividade
- valor simbólico da cor
- técnica energética do empastelamento das tintas
- valor autónomo da linha
- vibração que agita volumes e espaço

Quarto de Van Gogh em Arles


- tons complementares, cores luminosas- intensidade expressiva
- conceito espacia- acentua a deformação e aprofundamento- efeito opressivo, ameaçador

Seara do Trigo com Cipestres


- pincelada rápida espontânea (técnica impetuosa) e empastelamento
- linhas onduladas, espiraladas e agiatadas- visão cósmica quase surrealista

Cézanne
- pintura mais racional, geométrica e estruturada
- luminosidade do en plein air
- estudo da natureza- energia do mundo em formação e visão mais estável e sólida
- acrescenta pensamento racional e rigor geométrico à perceção visual do mundo para contruir este de
forma consistente e duradoura
- recupera materialidade da pintura e construção da forma que era diluida
- pretendia recriar harmonia estrutural e formal da natureza
- motivos: figuras, formas, espaço, matéria plástica
- pinceladas regulares devolvendo a condição de volumes
- conceção geométrica da natureza- nova linguagem pictórica que influencia o cubismo.

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Jogadores de Cartas
- composição estática
- equilibrio entre persongens
- solidez e fixação dos gestos não são destruídos pelos diferentes pontos de vista
- preocupação pela construção da forma e pela ordem estrutural do quadro

Monte Sainte-Victoire
- representação de vistas majestosas da montanha e perfeita assimilação ao espaço pictórico revelam-
se um desafio
- forma uma nova realidade: espaço pictórico onde se organizam formas, volumes e cores

Gauguin
- utilizou a cor pura (sintetismo)
- próximo da arte primitiva
- amplas zonas de cores vivas
- técnica do cloisonismo (técnica de cores em camadas planas delimitadas por linhas negras)
- opõem-se à visualidade pura
- insatisfeito com a pintura fragmentada, conheceu fundador de Nabis e pintores liagods ao simbolismo,
estes que criticam a leviandde na interpretação dos impressionistas.
- estilo mais simplificado, forma mais elementar, cor mais pura- sintetismo
- sem a representação tridimensional nem modelações da forma

Passatempo:
- pintura de fortes referências simbólicas e alegóricas
- valor de cor aplicada com tons vivos e contrastantes
- técnica à plat
- ele criou o seu próprio universo simbólico com elementos do seu mundo pessoal

Dia dos Deuses


- procura pureza original junto das componesas e mais tarde do primitivismo das ilhas
- aí encontrou ambiente desejado para uma pintura do exótico, mistério, incerteza e dimensão simbólica

repugnado pela Europa industrial e corrompida- procurou o mundo verdadeiramente espiritual


procurou pureza orignal, primitiva, primordial

Portugal na segunda metade do séc. XIX


- naturalismo e realismo por influência francesa
- culto pela natureza e pintura ao ar livre
- representação da natureza, de costumes e retratos
- renovação artística (mostrou algumas sugestões impressionistas)
- Academias de Belas artes de Lisboa e Porto- bolsas para estrangeiro (paris- estética naturalista
inspirada na escola de Barbizon e realista)
- introdutores do naturalismo:
- José Marques de Oliveira
- Silva Porto- Vista Tirada da Charneco de Belas ao Pôr do Sol- culto da paisagem, vida
quotidiana dos camponeses, poética e natureza, fidelidade à estética naturalista na pintura ao
ar livre. Forma o Grupo Leão
- Grupo Leão (quadro de Columbano Pinheiro, que sugere impressionismo)- obra naturalista e
emblemática por renovar pintura portuguesa
- destaca-se desta- José Malhoa
- pintura de género
- simplicidade da vida rural
- rusticidade das gentes
- naturalidade dos seus gestos
- alegria das festas
- riqueza plástica, expressividade cromática e intensidade poético

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- O Fado- preferência de temáticas mais intimas de reflexões pessoais do quotidiano em vez de


paisagens
- ambiente rústico e rural

Escultura Portugal
- António Soares dos Reis com obra de transição do romantismo para naturalismo.
- O Desterrado- significa uma geração desencantada e é uma metáfora à situação cultural e ostracismo
dos artistas

Arquitetura do Ferro
- é necessário materiais e técnicas para exigências founcionais
- os engenheiros vão aplicar saberes técnicos e científicos como também vão introduzir a visão racional,
sentido funcional e atitude pragmática
- 1º construções metálicas: estações ferroviárias, viadutos, pontes
- I Ecposição Universal em Londres- Complexo de ferro e vidro (Palácio de Cristal de Paxton)
- Torre Eiffel- dmonstração de capacidades técnicas de engenharia, símbolo da nova arquitetura
- edifícios passam a ter como base construções metálicas e processos construtivos industrializados
- mais resistentes, mais económicos, de execução rápida

- 2ª metade do século XIX- grandes estruturas e armazéns comercais


- amplos interiores cobertos por extensas superfícies envidraçadas e iluminadas naturalmente
- novas tipologias mais arrojadas (como arranha-céus) e novos princípios na conceção do projeto:
racionalidade, funcionalidade e comodidade (valores apropriados à sociedade industrial
- ferro, vidro e betão

Arte Nova
- unidade das artes
- renovação das artes industriais
- inspiração nas formas da Natureza
- movimento de implantação urbana
- exprime “tempos modernos”
- adoção de formas orgânicas e assimétricas de inspiração naturalista
- exotismo decorativo
- exprivvidade dos elementos utilizados
- principalmente: artes decorativas, mobiliário, objetos do quotidiano, artes gráfcas, tecidos, papeis de
parede.
- rompe revivalismo historicista da arquitetura e afasta-se do racionalismo da arquitetura de ferro-
primeira proposta modernista na arquitetura
- Inovações
- assimilou os novos materiais, sistemas e técnicas de construção
- nova relação forma-função, criou plantas de traçado livre
- orgânico e introduziu o ornamento como elemento primordial da linguagem arquitetónica

Belle Époque- período de relativa prosperidade económica e acalmia política e social, introdução de
“modernidade”- revolução cultural; vanguardas das 1º décadas
ideal de moderno: rutura com a tradição; inovação e afirmaçãodo tempo presente

Arts and Crafts


- raízes da arte nova- espírito decorativo e motivos naturalista
- grupo inglês de teóricos, arquitetos e designers revoltam-se contra:
- excessos de industrialização
- falta de originalidade e vulgarização formal da produção
- estandardização de objetos utilitários

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fundadores: Ruskin e Morris


objetivo:
- restituir a qualidade estética dos produtos
- restabelecer harmonia entre processo criativo (ligação entre ciração e execução)

Arquitetura:
- rejeição de novas tecnologias de construção
- manutenção de tradição rústica inglesa

Características:
- formas orgânicas inspiradas na flora e fauna
- linhas fluisas, sinuosas e estilizadas
- estruturas assimétricas e fantasiosas

interpretação orgânica do espaço-forma assimétricas e expressivas acentuando valores plásticos de


novos materias ferro, vidro, betão

Arquitetura Arte Nova


- assimilou os sistemas, técnicas e os materiais modernos da construção valorizando qualidades
plásticas e expressivas
- nova relação função-forma- planta de traçado livre e orgânico
- ornamento como elemento primordial de linguagem
- do sentido decorativo dos Arts and Crafts- o arquitetuto passou a controlar integralmente o projeto do
edifício desde a conceção da estrutura e forma até interiores e adereços, onde exprimir uma
linguagem efusiva , exuberante e até poética e lírica.

Bélgica:
Victor Horta
- livre organização dos espaços interiores com profundo sentido funcional
- expressividade no tratamento dos materiais (conjuga texturas, cores, formas inventivas)
- Casa Tassel
- tirou partido da fluidez dos espaços e submeteu todas as formas à estética da linha sinuosa
- todos os elementos são inspirados na Natureza, em motivos vegetais e orgânicos (inspiração
para trabalhos em cerâmica, ferro, madeira e vidro)

Henry Van de Velde: arquiteto designer e professor

França:
Hector Guimard:
- entradas das estações do Metropolitano
- vertente vegetalista
- linhas fluidas e vurvilíneas
- candeeiros e gradeamentos evolvem em composições de inspiração floral num desenho
orgânico

Modernismo Catalão- Barcelona


Antoni Gaudí:
- uma das vertentes mais expressivas e originais
- Catedral da Sagrada Família
- inspiração gótica
- exuberância, dinâmica e expressividade arquitetura plástica
- fachadas modeladas- formas orgânicas e articuaaão imaginativa de materiais
- Casa Batlló
- Casa milà La Pedreda

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Áustria:
Otto Wagner
Adolf Loos- proclama a contenção decorativa, sobriedade formal e geometrização compositiva
Klimt:
- conjuga figuras realistas com fundos decorativos
- plástica de referências líricas
- O Beijo

Portugal
- Arquitetura de Ferro final do século XIX com caminhos de ferro e mais tarde gares, pontes, viadutos.
- Estação da Santa Apolónia
- Palácio de Cristal no porto- generalização do trabalho do ferro e as suas tecnologias

Aplicação às novas insdustrias, armazens portuários, fábricas e pavilhões


Mercado Ferreira Borges
Estação do Rossio- revivalismo neo manuelino

ferro- é usado para mobiliário urbano de jardins e parques e fachadas de lojas


Elavador da Santa Justa

Arte Nova- ferro e betão armado- revestimento de superfícies, certa expressão de azulejaria-
estabelecimentos comerciais, animatógrafos e fachadas de palacetes burgueses (gosto moderno da
classe média urbana)
estética da linha curva, assimetria e motivos vegetalistas

Caso Prático 1: Palácio da Pena


expoente máximo do romantismo nacional
inspiração mediaval nas capelas
capela com referências renascentistas
evocações árabes
sentido revivalista e historicista
fascionio pelo exótico
expressões de ecletismo iconográfico
planta irregular
integra-se no evolvente

Caso Prático2: Italian family in ferryboat leaving ellis island- fotografia de Lewis
Hine
A partir de 1904, Lewis Hine Regista de um modo naturalista os movimentos de imigrantes em ellis
Island, o maior local da entrada nos EUA. Nesta Imagem, Hine capta a expressão de uma familía de
imigrantes italianos que, exibindo humildemente todos os seus bens, chega em busca da realização do
sonho americano.

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Cultura do Cinema (módulo 9)


- Nas primeiras décadas do século XX, dinâmica de mudança e rutura de estética, Paris afirma-se como
capital da cultura e das artes e a Europa como centro do mundo.
- ascensão dos US como potência mundial
- expansão da civilização europeia deixando marcas do mundo ocidental no Mundo.
- Novos inventos e descobertas na área da ciência e da tecnologia impuseram mudanças a um ritmo
vertiginoso
- progresso económico, científico e tecnológico, sociedade urbana e massificada
- tensões políticas, rivalidades ideológicas e clima de instabilidade
- a publicidade determinou os gostos, atitudes e interesses massificadas
- a mulher alterou a sua condição social
- a comunicação social constituiu-se como um poder autónomo
- eletrodomésticos facilitaram progressivamente as tarefas rotineiras
- automóvel é um símbolo de civilização moderna
- o cinema afirmou-se como a mais excelente revelação da modernidade
- ambiente de condições favoráveis à pesquisa e à inovação. exposição das Fauves (1905)

WWI
- a WWI opõe as grandes potências industrializadas e detentoras de uma poderosa indústria bélica, com
consequências catastróficas.
- foi o culminar da radicalização dos nacionalismos oitocentistas
- desmembramento do império Austro-Húngaro
- tríplice aliança (alemanha, império austro-húngaro, Itália) vs tríplice entente (UK, França e Rússia)
- herdeiro do império é assassinado e este declara guerra à Sérvia
- novas tecnologias militares, bombardeamentos massivos, artilharia pesada e gases tóxicos
- Tratado de Versalhes- indemnizações, restrições militares e cedências territoriais.

- Nos estados Unidos, o progresso económico e o clima de bem-estar na sociedade americana marca
os “os loucos anos 20” em que as invenções, a velocidade e as comunicações contagiam a vida
moderna.
- celebra-se o renascimento da vida após guerra
- mulher conquista um estatuto independente
- moda tem papel de libertação e afirmação social
- primeiros mitos cinematográficos
- jazz, blues, swing e charleston
- invenções, velocidade e comunicações contagiam a vida moderna, fazendo esquecer as amarguras da
guerra

- revolução Bolchevique e seguida criação da URSS, rivalizando com os US, líder do mundo capitalista
- criação do partido nacional socialista (Nazi) na Alemanha
- Itália- Partido Nacional Facista
- guerra civil espanhola

WWII
- apela “nova ordem” baseada nos principios nazis da superioridade racial alemã
- Fuhrer do Terceiro Reich, Hitler, apela à unidade nacional para recuperar territórios perdidos e
exterminação de “raças inferiores”. Holocausto- genocídio sistemático em campos de concentração.
- a WWII, opondo a Alemanha nazi aos Aliados, transforma-se num dos conflitos mais mortíferos e
trágicos do século XX.

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- Potências do eixo (Alemanha, Itália e Japão) vs aliados (UK, US e união soviética)


- perda da influência política da Europa, os US emergem como grande potência mundial, disputando
com a união Soviética a hegemonia internacional durante o período da Guerra Fria, enquanto que a
Alemanha é dividida em 2 blocos (ocidental e oriental) num processo político que conduziu à
construção do Muro de Berlim.
- choque ideológico opondo os sistemas políticos da democracia ocidental e ditadura fascista e
comunista.

- blues é um canto melancólico que traduzia a revolta pela sua condição , gospel destinado a
acompanhar serviços religiosos das comunidades negras.
- desta combinação nasce o jazz, formando bandas em festas e barcos que sulcavam no Mississípi.

- Após a WWI, hollywood impõe-se como a “cidade do cinema”, concentrando grandes estúdios
cinematográficos e convertendo o cinema numa indústria.
- Institui-se o star system (fabrico de estrelas) e o cinema confunde-se com o american way of life,
difundindo os seus costumes, valores e a sua cultura.

Define-se em 1910
imãos Lumiére criaram os primeiros filmes dimentares
- línguagem e técnicas de teatro
- Buster Keaton, Charlin Chaplin
- D. W. Griffith- cinema adquire linguagem própria (planos vertiginosos, travelling, tratamento de luz,
montagem paralela) - abre caminho ara o cinema moderno
- Nascimento de uma Nação- montagem com uma função narrativa- alternamdo várias dimensões do
plano (quebra monotomia da camara fixa no centro)
- Sergei Eisenstein- O Couraçado Potemkine
- Recessão de cinema europeu devido e WWI hollywood impõe-se como cidade do cinema:
- grandes estúdios cinematográficos
- afirmação do cinema como indústria
- Star-system: sistema de fabrico de estrelas como: Mary Pickford, Tom Mix, Rodolfo Valentino
- Cinema sonoro- revolucionário - comceça com Warner Brothers com The Jazz Singer
- Cinema era dominado pela produção americana onde este se confundia o american way of life
(costumes, valores e cultura nos filmes)
- Os anos de Ouro de hollywood- após grande depressão (30s) com grandes produções de clássicos
como A Dama das Camélias, E Tudo o Vento Levou... Charlin Chaplin afirma-se em obrass de grande
atualidade política, como Tempos Modernos e o Grande Ditador.
- Europa: Friedrich Murnau e Fritz Lang (expressionismo alemão), Carl Dreyer, René Clair

Freud
- Aspetos como instabilidade política, choques ideológicos, conflitos bélicos, vertigem das inovações,
tecnológias etc criaram um clima de ambiguidade e incerteza entre o indivíduo e o mundo. Isto leva os
intelectuais a refletirem sobre o “eu”
- Sigmund Freud (interessado pelo estudo dos comportamentos, impulsos e motivações interiores)
dedicou-se ao estudo da mente humana e às patologias no domínio do comportamento.
- Segundo o seu estudo, o “eu” surge delimitado num sistema que compreende o consciente (estado de
lucidez e domínio de factos) e o inconsciente (psíquico de natureza insondável, misteriosa e obscura
que podia justificar paixões, medos, ansiedades e criatividade)
- A psicanálise e os estudos de Freud sobre o incosciente contribuíram para as ruturas artísticas das
vanguardas, justificando obras que segundo valores tradicionais seriam incompreensíveis. O
Dadaísmo exaltou a espontaneidade, anarquia e individualismo e desafiou a ordem, valores e normas
estéticas. Reclamou casualidade dos processos criativos, culto do irracional e recurso ao inconsciente
desenvolvendo um espírito subvertido e niilista que questionava o “eu”. Ambos o dadaísmo e as
esperiências de Freud estiveram na origem do surrealismo (emancipar a imaginação). Prevaleceu o
método da livre associação que procurava correspondência imediata entre o inconsciente e a ação
pictórica.

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-A vertigem da modernidade afetou uma nova sensibilidade criadora que afetou movimentos plásticos e
literários criando ruturas.
- As ruturas e inciativas, influenciadas pelo radicalismo, assumindo um carácter provocativo e até
escandaloso.
- Artistas das vanguardas reuniram-se em movimentos, publicaram revistas, adotaram programas onde
expuseram as bases e linguagem dos movimentos.
- A a carga ideológica, provocadora e agressiva contribuiu para a rutura entre arte e público
- Nas relações políticas: agudização de conflitos ideológicos, das exacerbações nacionalistas e
prepotência das doutrinas poíticas
- Na união soviética: após revolução Bolchevique apareceram campos de trabalho (Gulag) para
onde eram deportados e fuzilados dissidentes do regime comunista.
- Na Alemanha: Holocausto, determinando o extermínio sistemático e metódico de grupos socais
considerados indesejáveis.

Charles Chaplin
- Charles Chaplin foi uma das figuras mais carismáticas do mundo do cinema e dos primórdios de
Hollywood
- vagabundo deambulando, andar desajeitado com movimentos caricatos, expressões faciais irónicas e
sarcásticas- figura quase grotesca desajeitada e irónica. herói romântico pois domina a natureza,
charlot sai sempre triunfante
- transformou-se num mito, símbolo do indivíduo comum e crítico, triunfante perante adversidades e
injustiças, referência à liberdade indivídual.
- Charlot convertou-se num mito num símbolo do indivíduo crítico e interveniente na sociedade, numa
referência da liberdade individual
- Nas diversas obras este refletiu criticamente a sociedade da época

Fleming e descoberta de penincilina


- após ser médico na WWI questionara eficácia dos antisséticos que então eram usados.
- A descoberta da penicilina foi uma das maiores conquistas da ciência moderna, com forte influência na
sociedade contemporânea: combate à morte e prolongamento da vida eram sinais de um tempo de
progresso e fé no Homem

Vanguardas
- Objetivos comuns às vanguardas: destruição dos conceitos e valores estéticos tradicionais e novas
linguagens artísticas
- Vanguarda: do termo avant-garde, abre caminho, estavam à frente do seu tempo ao empenharem-se
numa transformação profunda da criação artística e contra as normas académicas e oficiais. São um
processo de pesquisa permanente numa atirude de contínuo experimentalismo, procurando a
originalidade e espírito de rutura.
- goal de transformação profunda e luta contra normas académicas e oficiais
- impulsionadas pelas novas pesquisas sobre conhecimento do indivíduo (Freud) os artistas assumem
uma nova sensibilidade criadora, valorizando o experimentalismo
- provocam a sociedade, afrontando as normas e valores com intervenções radicais, provocatórias e até
escandalosas.
- processo de pesquisa permanente, adotando o experimentalismo, novas técnicas, novos materiais e
novos meios de expressão.
- exigia-se ousadia, pioneirismo e originalidade
- arte afasta-se do público que não consegue compreender as expressões estranhas.
- verdadeira vocação: elitismo, erudição e distanciamento em relação à sociedade.
- As primeiras décadas do XX são marcadas pela rutura com os valores tradicionais e pela criação de
novas linguagens estéticas associadas à ideia de “vanguarda”.

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Fauvismo
- primeira vanguarda parisiense, altura que favorece experimentalismo, rutura e afirmação de
modernidade.
- valorização absoluta da cor, entendida como um elemento fundamental da estruturação e narração
pictórica e como veículo das emoções
- MAtisse, Derain, Vlamick etc marcam pela agressividade e autonomia da cor, tons forts e ouros,
distorção de volumes e formas

- goal pintura independente da experiência visual da realidade- conferir à pintura uma linguagem
autónoma e autosuficiente.- goal comum
- pretendeu libertar a utilização da cor da sua tradicional referência direta à realidade.
- fauve= fera- expressão utilizada por um crítico referindo-se à forma agressiva, quase selvagem como
era aplicada a cor em tons puros e diretamente sobre a tela, dependente exclusivamente das
emoções do artista.
- rejeitam tendências anteriors pictóricas, enaltecem o valor da cor como elemento privilegiado da
composição e representação.
- composições evidenciam força expressiva decorrente das qualidades plásticas dos elementos,
tensões internas e contrastes utilizados
- valores cormáticos:
- exaltar cores em tons fortes, quentes e vibrantes
- pretendem exprimir sentimentos em composições livres, berrantes e energéticas
- inovação:
- utilização de cor pura como elemento plástico autónomo, estruturante
- a cor deixa de se referir ao real para adquirir um valor próprio na organização da composição, cuja
força expressiva deriva das qualidades plásticas dos elemento utilizados, das tensões internas e
contrastes criados.
- Matisse
- Objetos são tratados sem volume, cor é o domínio pictórico
- cor é utilizada intensamente, criando impacto emocional e assumindo valor autónomo
- Mulher de Chapéu
- Grande Interior Vermelho
- Argelina
- Derain
- Londres: A Ponte em southwark
- retrato de Matisse
- Vlamick
- Rouault

Expressionismo
- processo de vanguarda de longa duração na Alemanha que exprime-se através da valorização dos
elemento cromáticos e da capacidade de as figuras transmitirem ideias, emoções e sentimentos.
- herança de Van Gogh, Edvard Munch (pintura dramática, obcessão mórbida pela angústia e solidão,
desespeto emocional através de forms distorcidades, linhas violentas e contrastes cromáticos fortes) e
Ensor afirma-se como exacerbação espiritual e emocional da obra, deliberada reação contra a
representação exata e científica do mundo exterior
- dramatismo dos temas e acentuação dos elementos plásticos decorrem da tensão psicológica do
pintor.
- pintura intensa, dramática, decorrente do mundo das emoções e das sensações interiores do índivíduo
- pintura mais intensa, por vezes dramática, decorrente do mundo das emoções e das sensações
- as teles deveriam ser expressões sensívels dos sentimentos através de cores intensas, formas
violentas e pinceladas bruscas- obra cheia de energia e vitalidade.
- é veículo do universo subjetivo do artista, uam interpretação da relação do Homem com um mundo,
tornando expressiva, sensível e comunicativa, viver a obra para além do suporte.

- contribuições da filosofia de Nietzsche, fenomenologia de Husserl e antimeterialismo de Bergson

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- situação político-económica da europa favoreceu- rapidez do desenvolvimento tecnológico, exceso de


industrialização, conflitos sociais e ideológicos, crescimento das áreas urbanas e aceleração do
consumo- crise de valores. esta explica a inspiração primitiva e na arte negra e tribal, cuja expressão é
considerada genuína, imagens arcaicas e infantis sem influências de civilização moderna.
- visão negra, pessimista, figuras macabras, bizarras, explorando dimensão poética

- 2 tendências: Die Brücke e Der Blaue Reiter


- Die Brücke:
- liderado por Kirchner
- Kirchner, Heckel, Schmidt-Rottluff e Nolde
- temáticas: crítica social, sentido irónico, grotesco ou dramático
- cores violentas
- figuras deformadas
- influência fo Fauvismo
- reflete angústia da condição humana, solitária e desamparada
- pintura estabelece “ponte” entre o vísivel e invisível, arte exprime diretamente e sinceramente o
seu impulso criador
- vivam em bairros operários privilegiando a criação pura numa procura do original, uma
expressão autêntica de uma vivência interior

- Der Blaue Reiter


- liderado por Kandinsky
- Marc, Macke, Jawlensky, Klee
- organizou-se em torno da forte personalidade de Kandinsky e das suas teorias Do Espiritual na
Arte (onde apresenta fundamentos para Abstracionismo lírico)
- composições com valor espiritual e dimensão poética, abstratas
- dimensão lírica e poética que seriam génese da arte abstrata
- pintura sem objeto
- arte é resultado de uma necessidade interior

Dadaísmo
- Grupo Dada foi uma reação violenta e radical contra o pretensiosismo da arte estabelecidade e que as
vanguardas não conseguiam destruir
- ideais: romperm com todos as normas, valores e conceitos estéticos estabelecidos
- os dadaístas juntaram-se no café Voltaire para participar em atividades de características estranhas,
ambíguase sem sentido: performances incluindo poesia absurda, música ruídosa, escrita automática
ou quadros com colagem aleatória
- contrapõe a espontaneidade, anarquia, casualidade da criação.
- adotam técnicas originais :
- ready-made- um objeto vulgar extraído do seu contexto original e exibido como arte
- colagem
- assemblage- uma reunião de objetos fragmentados num quadro
- fotomontagem
- performances
- criação de manifestos
- rayographs- fotografias feitas pelo contacto dos objetos com papel sensível
- música de Schoenberg e Satie
- intensifica-se o tom escândaloso, de provocação e subversão
- Tristsn Tarza- poeta romeno estabelece o nome do movimento pelo mesmo acaso e ironia que haveria
de presidir às suas criações.
- 17- destruiam ordem, valores, normas estéticas estabelecidas questionando já o próprio conceito de
arte e de obra.
- espirito militante, subversivo, individualismo da criação, anticriação, non-sense, antiarte,
impossibilidade de se ser “absolutamente original”
- 1918- Tzara apresenta Manifesto Dada

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- schwitters
- Man Rey
- Jean Arp
- Picabia
- Marcel duchamp
- Heartfield
- arte é tufo o que o artista afirma como tal.
- vai influenciar surrealismo, informalismo e arte conceptual

Cubismo:
- reflete o espírito de permanente rutura e pesquisa estética empreendida na época bem como o
ambiente artístico e cultural parisiense no início do séXX, favorável ao vanguardismo
- marca fim da tradição naturalista e da representação do espaço segundo a perspetiva renascentista
- influências:
- novos conceitos científicos de espaço
- teoria da relatividade
- obra plástica de Cézanne
- africana
- As Meninas de Avignon, Picasso- considerada a 1º criação cubista
- reduz realidade a estruturas simples e elementares (fase cécaniana)
- Violino e Uvas- Picasso
- Guitarra- Picasso
- Casas e Árvores em L’Éstaque- Braque
- Homenagem a Picasso- Juan Gris
- O Quotidiano- Violino e Cachimbo- Braque
- inovações:
- geometrização das formas e do espaço
- redução dos volumes à bidimensionalidade
- multiplicação de pontos de vista pela rotação, sobreposição e interseção de planos
- introdução da pluridimensionalidade no quadro
- experimentação de novas técnicas como colagem de materiais e introdução de lettering.
- destruiu radicalmente o modo de representar o espaço que vigurou na arte desde o
Renascimento

fases:
- cézaniana
- procura maior simplificação das formas
- experimentou reproduzir natureza através de geometrização dos volumes e redução extrema
das formas simples
- contacto com a clareza forma estrutural, pureza forma e intensidade expressiva da arte
primitiva africana

- analítica
- rejeita único ponto de vista e ilusão de profundidade
- todas as faces do objeto são representadas no mesmo plano do quadro
- o objetivo é representar o que se conhece do objeto, não o que se vê
- desaparece perspetiva, forma e espaço fragmentam-se em multiplas visões e planos
- a cor participa nesta estrutura, deixando de corresponder à natureza das formas

- sintética
- espaços e forma são reduzidos à expressão mais simples
- planos esquematizados
- cores lisas
- introduz-se a técnica de collage e letras impressas
- o quadro torna-se em si um objeto, o tableau-objet- absolutamente alheio à realidade exterior e
aproximando-se do conceito de abstração

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Futurismo
- movimento lutou contra o tradicionalismo cultural e persistência do “passado histórico” na arte
moderna
- Características:
- Recusam o ensino académico e defenderam a rutura total com a arte do passadp
- Elogiaram a inovação e originalidade acima de qualquer forma de imitação ou inspiração na
realidade
- Exaltaram o futuro, a velocidade, energia, máquina glorificada como símbolo da Modernidade.
- decomposição cromática e luminosa com objetivo de dinamismo e criação de energia
- Inovações:
- composições plásticas, dinâmicas, exprimindo tensões, movimento e captação de velocidade
- recurso às regras cubistas da geometrização do espaço, sobreposição e interpenetração das
imagens
- acentuação da forma e cor, sob influênciado Expressionismo
- publicação exaustiva de manifestos e realização se sessões públicas segundo o “método
futurista” de provocação e do “terrorismo verbal”

- apresenta-se a partir do Manifesto de Marinetti, exaltando a vida moderna, metrópoles industriais,


elogiando a máquina e a beleza da velocidade. Neste, Marinetti propõe violentamente a renovação
radical e regeneradora des temas, formas, linguegens artísticas.
- obras assentam na
- decomposição cromática
- multiplicação de pontos de vista
- dinamismo nas composições
- Umberto Boccioni- Formas Únicas de Continuidade no Espaço (traduz ideia de escultura espacial,
efeitos de velocidade e dinamismo sobre a matéria e corpo)
- Giacomo Balla- Velocidade Abstrata + Som (representa várias fases do movimento, sensações de
movimento absoluto, sem referências a objetos e evocando energia libertada por um turbilhão de
massas)
- Carlos Carrá- Mulher à Janela (simultaneidade)
- Severini
- Russolo

Rússia
- ambiente revolucionário favorece abertura cultural às vanguardas europeias, desenvolvendo-se a
tendência Cubo-Futurista.- de influência do cubismo, futurismo, ideolgia marxista, materialismo e apelo
ao progresso na sociedade industrial
- a partir desta (ópera futurista Vitória sobre o sol), Malvich desenvolver uma síntese plástica e pictórica,
estritamente geométrica e abstrata, o suprematismo.

Suprematismo
- pintura depurada, sem referências a seres ou objetos, a qualquer tipo de emoções ou ideias.
- figuras geométricas monocromáticas sobre fundos brancos
- no limite da abstração encontrava-se o ato pura da criação
- Quadrado Branco sobre Quadrado Branco- expoente máximo- a tensão interna fora reduzida ap
equilíbrio entre o nada e o braco
- redução do assunto a formas geométricas cromáticas suspensas no espaço, criando equilíbrios e
tensões internas
- orientação artística suprematista que Malevich descreveu como a “pintura da forma pura” e a
supremacia do sentimento puro”

Construtivismo
- com fundamentos idênticos, Tatlin propõe o Construtivismo, uma arte de sentido útil e funcional
empenhada no progresso trazido pela indústria e pelas tecnologias.

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- aasimilou as formas, os materiais e os processos da tecnologia moderna, colocando os seus conceitos


de “arte útil e fúncional” ao serviço de progresso e da construção da sociedade socialista em cujos
ideais se envolveu ativamente.
- Tatlin desenhou Torre da Terceira Internacional, o emblema da União Soviética.

Neoplasticismo
- apresentado por Mondrian
- preconiza arte totalmente abstrata, uma plástica pura, de ordem geométrica e matemática.
- formadas por linhas horizontais e verticias, espaços preenchidos com cores primárias e branco
- obras aspiram uma total harmonia, ordem, clareza, equilíbrio forma-cor
- arte sem qualquer referência à realidade percetível puramente plástica, abstrata e racional
- as obras são rigorosamente organizadas segundo uma estrutura geométrica, vocabulário é limitado a
linhas ortogonais, formas simples e bidimensionais, cores primárias e neutras que visavam o equilíbrio
forma-cor.
- privilegiada ação da cor e da sua configuração formal, traduzindo tensões, dinâmicas e ritmos de
sentido essencialmente racional.
- processo de depuração da forma

De Stijl- revista que agrupava pintores, arquitetos e designers insastifeitos com a arte. Goal: nova
plástica que elimine qualquer cópia da Natureza, combata o individualismo e anuncie uma harmonia
universal.

Berlim-Nova Objetividade
- Berlim apresenta um estilo de vida bizarro e decadente que atrai artistas e intelectuais
- durante este período, um grupo artistas herdou características expressionistas do die Brucke
- beckmann, Otto Dix, Grosz- enriquecem expressionismo com uma visão crítica e mordaz da
sociedade.
- designam-se Nova Objetividade
- desenvolvem visão crítica e mordaz da sociedade decadente que se vivia em Berlim (perversidade,
decadência e desordem), vindo a ser acusados de arte degenerada pelos nazis
- arquitetos “oficiais do regime”: Speer e Piacentini- linguagem classicista que condizia mais com
espírito autoritário e imperial.

Exposição Internacional de Paris


Pavilhão da Alemanha- água exalta raça e belicismo nazi
Pavilhão da URSS- foice e martelo exalta o triunfo da doutrina socialista.

Surrealismo
- movimento artístico e literário desenvolvido a partir do programa estético de André Breton procurando
exprimir as novas dimensões da condição humana
- reagem contra a guerra e padrões sociais; afirmão poder criativo do inconsciente
- influências:
- teorias de Freud sobre psicanálise, assumindo o sonho, o imaginário e o ato espontâneo como
fatores primordiais do processo criativo
- Pintura Metafísica- Giorgio de Chirico: representações figurativas de seres e objetos estranhos
em espaços ambíguos e impossíveis
- espírito niilista do Dada: o humor, insólito, grotesco e irónico, as atitudes provocatórias e
contestação aos códigos convencionais
Características
- explora o automatismo psíquico e livre associação, procurando a intervenção espontânea e aleatória e
visando exprimir as profundezas do subconsciente
- recorre ao mundo dos sonhos em representações estranhas e ambíguas, corrente onírica
- 2 vertentes:

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- Automatismo psíquico/livre associação: Miró (vagueia a abstração e a figuração, composições


complexas e densas), Ernst, Masson- procurou a correspondência imediata entre inconsciente
e ação pictórica, um exercício espontâneo e aleatório
- Via onírica: Salvador Dalí (tradicional virtuosismo técnico, visões alucinadas), René Magritte
(absurdo forçam espetador a interrogar-se sobre o sentido da representação da linguagem),
Tanguy- temática oriunda dos mundos dos sonhos, associações estranhas, enigmáticas.

Neorrealismo
- surge na America Latina, explorando temáticas revolucionárias em pinturas murais de grande
dimensão e de carácter realista.
- característcas:
- execução de pinturas murais de grande dimensão com representações de caracter realista
- exploração de temáticas revolucionárias de forte compromisso político e social a favor da
Revolução e da luta de libertação do povo
- obras de tendência ideológica e com uma explícita retórica propagandística.
- Diego Rivera, José Orozco, David Siqueiros assumem forte compromisso ético, político e social, com o
fim de colocar a arte ao serviço do povo e da revolução, representando temáticas revolucionárias, num
sentido expressivo, simbólico e poético.
- Rivera destacou-se: temas com realismo, figuras carregadas com surpreendente energis e vigor
expressivo, exprimindo forte poder emocional tendendo estimular o sentido nacionalista e ideantidade
com os ideiaa socialistas.
- Orozco e Siqueiros- heroísmo da classe dos trabalhadores
- arte como meio importante para espalhar a propaganda doutrinária e ideológica do regime comunista
na URSS, Estaline declara realismo socialista soviético como arte verdadeiramente ao serviço da
Revolução para educar as massas populares

Expressionismo Abstrato
- desenvolve-se a partir de 1940
- foi o primeiro movimento especificamente americano colocando NY no centro do mundo.
- conjug intensidade expressiva do Expressionismo Alemão com a estética abstracionista das
vanguardas europeias
- valoriza processo expressivo, movimento e ato de pintar
- consequência da WWII foi a deslocação do centro artístico de Paris para Nova Iorque- Escola de Nova
Iorque- renovação estética e plástica (herança de vanguardas europeias como surrealismo)

- transição protagonizada por Gorky, Motherwell e Kooning


- preocupação com o ato e fator casual, valorizando o processo mais do que o produto
- Aqui forma-se expressionismo abstrato, uma vanguarda que não rejeita a influência das vanguardas
europeias nem do surrealismo.
- destaca-se Pollock que explora o movimento e a energia aplicada no ato de pintar, usando action
paiting e dripping, vertento tinta e lançando pingos para a tela
- action painting (telas grandes no solo permitindo uma relação física com os suportes e materias) e
dripping são técnicas que privilegiam o fator casual e a relação física com os suportes, instrumentos e
materiais.
- all-over painting- pintura a toda a dimensão da tela sem valorização da zonas ou critérios de
composição

Newman, Rothko- idealizaram pintura absoluta segundos principios plásticos do abstracionismo


geométrico de Malvich ou Mondrian.
reduzem quadros ao essencial- imagem abstrata mais pura
Newman- sentido mais sublime
Rothko- submete o espetador a um espaço pleno de um cromatismo vibrante e sereno

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Informalismo
- na europa desenvolve-se uma tendência igualmente abstrata e expressionista e espontânea, o
informalismo
- uma pintura sem forma e sem referências figurativas ou geométricas.
- este conceito integrou tendências como Pintura Matérica, Arte Bruta, Tachismo e Espacialismo, que
exploram atributos e qualidades plásticas das matérias, criaram grafismos impulsivos e automáticos ou
integraram na obra elementos como o espaço, tempo e movimento.

Pintura Matérica- misturam materiais e substâncias insólitas sobre a tela (gesso, areia, resina, madeira)
explorando os valores plásticos, cromáticos, morfológicos resultantes.
técnicas destrutivas como cortes privilegiando o processo expressivo de formação de obra valorizando o
aspeto físico

Arte Bruta- decorre do modo de emprego de materiais pouco convencionais, aspirar arte em bruto,
primitiva e infantil sem referências culturais ou artísticas.
companhia da arte bruta: reunia obras produzidas sem qualquer condicionamento artístico

Tachismo- traduz impulso criativo sob forma de manchas e grafismo automático, integrando pinceladas
vigorosas e, manchas e escorrimento de tinta.

Espacialismo- integração na obra de conceitos como espaço, tempo, movimento distanciando-se dos
elementos tradicionalmente usados (linha, forma, cor, luz, matéria).
inovação. execução de cortes, perfurações, incisões sobre telas monocromáticas.
goal: nova dimensão espacial na tela

Arquitetura e design
- transição para o modernismo na arquitetura processa-se em torno de questões como a relação arte/
técnica, conflito entre tradição/modernidade, divergência entre academismo/funcionalismo, articulação
de forma/função.
- No contexto da Arte Nova salientou-se Mackintosh com uma linguagem sem excessos ornamentais
que iria seguir uma via mais racional e funcional.
- Na Escola de Artes de Glasgow- formas austeras e depuradas com tendências orgânicas e de
grande simplicidade estrutural. Prevalece espírito de unidade das artes, controlo integral do
projeto- da conceção do edifício aos interiores e mobiliário, introduzindo metodologia que
anuncia design moderno.
- Os ideais Arts and Crafts inspiram associação análoga alemã- Deutscher Werkbund. Esta admitia a
utilização da máquina e processos industriais com objetivos: melhorar o desenho arquitetónico e
industrial, reconciliar as belas-artes com as artes aplicadas, revalorizar papel do artista na sociedade e
promover indústria alemã.
- Peter Behrens- na inovadora Fábrica de turbinas da AEG, foi privilegiado a estética de grande
simplicidade formal e racionalidade estrutural onde a forma é determinada pela razão.
- Chicago- avanços tecnológicos permitiram criação de novas tipologias (arranha-céus, armazéns,
habitação coletiva) com soluções arrojadas e orientação pragmática e racional.
- Louis Sullivan e Adler (escola de chicago)- aperfeiçoaram as estruturas em esqueletos
metálicos, rasgaram fachadas com grandes envidraçados, conceberam plantas livres e de
grande funcionalidade e modernizaram os sistemas de isolamento, saneamento, aquecimento
e manutenção.

- Escola de Glasgow (Mackintosh), Escola de Chicago (sullivan) lançam as bases da racionalidade


estrutural, da simplicidade formal e da determinação da forma pela função que fundamentariam a
arquitetura moderna.

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Frank Lloyd Wright


- Herdeiro de sullivan
- criou teoria orgânica a partir da arquitetura tradicional, do Arts and Crafts, Arte Nova e arquitetura
japonesa
- arquitetura deveria de resultar das múltiplas circunstâncias e condiçõs de toda a ordem, fruto do
problrma a resolver do seu correto enquadramento.
- Wright adaptou o carácter rústico das residências rurais inglesas daquele movimento às necessidades
da burguesia americana.
- Prairie Houses- simplicidade formal, predomínio de linhas horizontais, suave pendente das coberturas,
involuntária assimetria e pela conceção da chaminé como núcleo físico e simbólico do lugar.

- criou Organicismo:
- arquitetura em sintonia com a natureza
- preocupada com a escala humana
- preconizando a liberdade da organização espacial
- articulação do interior com a envolvente exterior
- recurso intenso aos valores plásticos dos materiais.
Casa Robie- tecnologias modernas e articulação orgânica de espaços e formas que assimila o meio
circundante.
- estética orgânica, mais humana, espiritual, expressiva
- cada projeto resulta de uma solução original e específica articulando condicionantes paisagísticas,
funcionais, físicas e estruturais
- articulação do edifício com a envolvente, relação do interior com o exterior, integração do mobiliário
com espaço interior e o emprego de materiais locais.
- interação com meio envolvente e articulação dos espaços interiores.
Casa da Cascata

Bauhaus (escola de arquitetura, artes e design) 1919-1933


- Walter Gropius
- preconizava modernização das artes, ligação entre arte e técnica, valorização do artífice e papel social
da arte.
- mais importante projeto artístico deste período
- contribuiu para afirmação do Modernismo
- herdou experiências do Arts and Crafts e Deutscher Werkbund, recuperou o espírito da unidade das
artes e valor da artífice
- estabeleceu nova relação arte-técnica e arte-indústria num projeto pedagógico inovador em que
mestres, artesãos e alunos partilhavam experiências formativas numa grande diversidade de
expressões artísticas.
- introduziu uma base formativa teórica-prática no ensino artístico, articulou grande diversidade de
expressões artísticas
- Período em Weimar-
- estreita ligação entre artistas e artesãos, arte e indústria, utensílio e máquina.
- herança expressionista de Kandinsky e Paul Klee
- Itten- racionalidade formal e metodologia do design industrial
- período em Dessau-
- principios do Funcionalismo moderno: adequação da forma à função; racionalidade da forma;
redefinição do espaço urbano, emprego de tecnologias industriais (pré-fabricação, sistemas
mecânicos);
- Gropius-> Meyer-> Mies van der Rohe
- 1430- aprofundação de métodos de ciração industrial; valorização de novos materiais e novas
tecnologias. Na arquitetura- orientado pelo pragmatismo de Mies, assumia cada vez mais
importância no currículo.
- período em Berlim
- é encerrado pelos nazis
- mestres emigram para USA onde vão prosseguir a influência da Bauhaus na estética
funcionalista da arquitetura moderna e fundamentar Estilo Internacional.

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Cadeira de Breuer
Candeeiro de Mesa em Metal e Vidro

Le Corbusier
- influências:
- Deutscher Werkbund nas origens do design industrial
- Bauhaus pela relação da arte como técnica
- futurismo pelo elogiu da máquina, da energia, da cidade moderna
- Art Déco pela geometrização das formas
Características (bases do funcionalismo):
- subordinção da forma à função
- A cada é concebida como uma máquina de habitar
- Racionalismo formal e sinceridade dos materiais
- liberdade na composição de plantas e alçados, por via da autonomia dos materiais
- predominância da linhas retas e horizontais
- Casa Dom-ino: reduziu a expressão arquitetónica ao seu mínimo:
- esqueleto de betão com 2 lajes e 6 pilares, dando total liberdade na distribuição dos espaços
interiores e no arranjo das fachas
- Casa Citrohan- componentes normalizados, sistemas de pré-fabricação e formas simples mas
funcionais
- Villa Savoye- concretiza uma das suas teorias (5 pontos para uma nova arquitetura)
- edifício sobre polares cilíndricos
- planta deve ser livre, permitindo composições livres
- fachada livre
- janelas rasgadas horizontalmente
- cobertura deve ser plana
- edifício de habitação coletiva: Unidade de Habitação de Marsellha
- para depois da destruição da WWII
- bloco gigante
- solução para alojamento em massa
- sistemas de pré-fabricação, betão estilizado para diminuir custos e tempo

Art Déco
- dá continuidade ao processo de modernizaão das artes desencadeado pela arte nova, assmilando
novas tecnologias e novos materiais
- cenário de grande euforia quotidiana e agitação urbana- art déco afirma-se como expressão da vida
moderna.
- estilo decorativo que, marcando a modernidade emergente dos “loucos anos 20”, afetou a arquitetura
e os interiores, baseada em linhas retas e padrões geométricos e estilizados
- Chrysler Building
- Empire State Building

Estilo Internacional
- nasce no MOMA em NY
- designação que caracterizou a arquitetura pós-guerra até à decada de 1960
- segue programa racionalista e funcionalista
- regularidade das composições
- subordinação dos materiais
- prioridade da técnica e das novas técnologias
- formas urbanas, ideias racionais, novas tecnologias e internacionalismo.
- após guerras- recuperação económica- cultura de massas, afentando a produção, consumo e
comunicação.
- CIAM- produção mais eficaz de racionalização e estandardização- estilo internacional
- Carta de Atenas- programa de referência para edificação da cidade
- grande altura, grandes vias de circulação, zoning, cidade dividida em zonas funcionais.
- Gropius e Mies van der Rohe, Adolf Loos, Le Corbusier, Marcel Breuer

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- Edifício da ONU
- Sede da UNESCO
- Seagram Building

Portugal
- economicamente e socialmente pobre e distante
- resistência à mundaça estética (continuação de Naturalismo de Columbano e Malhoa)
- implantação da república- ideal de mudança e renovação
- Exposição da Arte Livre 1911- reação contra o sistema artístico
- Santa-Rita Pintor- Cabeça cubo futurista- destaca-se pela excentricidade
- Amadeo de Sousa-Cardoso- cubismo- pioneirismo com uma pesquisa que precorreu do Fauvismo até
Futurismo.
- Pintura: Coty: fusão de tendências
- colagem e iconografia desconcertante em torno do nu feminino imerso em objetos e planos
fragmentados, criando ritmos, movimentos e tensões várias
- Eduardo Viana
- Almada Negreiros- múltipla criatividade e irreverência- Autoretrato num Grupo
- O grupo do Orpheu, influenciado pelas vanguardas europeias, teve um papel determinante na
transição pera a arte moderna, impulsionada pelo estado novo
- apresentavam futurismo através de manifestos, exposições etc

- ditadura militar- Estado Novo: Estátua de Gonçalves Zarco, Franco- conceitos estéticos e padrões
plásticos da ideologia oficial do regime, estatuária monumental e comemorativa
- escultura- estratégia propagandística das regas e ideologias
- Exposição do Mundo Português- mais visível expressão ideológica do regime- Padrão dos
Descobrimentos
- artes plásticas- fieis ao academismo e naturalismo
- oposição: novas técnicas e temas: Abstracionismo, Neorrealismo e Surrealismo
- Arte não figurativa:
- Vieria da Silva, Júlio Resende e Fernando Lanhas
- Neorealismo- registo de militância antifascista: Júlio Pomar, Abel Salazar
- Surrealismo- Vespereira, António Dacosta

Arquitetura PT-
2 vertentes: corrente cosmopolita e urbana na expansão das Avenidas Novas em Lisboa e corrente
estética de bases nostálgicas que pretende revalorizar a tradição e raízes culturais
Na defesa da estilização nacional: Lino com influências de arts and crafts, integração na paisagem,
modelação orgânica- Casa O’Neill
Corrente historicista- Casa Serralves-José da Silva; Palacete de Ventura Terra que o aproximou de
correntes pragmáticas e depuradas do Modernismo europeu

Modernismo- imposto pelo Estado Novo pela sua dinâmica de desenvolvimento


- novos materiais
- adesão à estética racionalista
Praça do Areeiro traduzia gosto oficial, austero, clássico e monumental
Exposição do Mundo Português culminava discurso celebrativo da grandiosidade nacional pela
exaltação dos valores pátrios.

Caso Prático 1: Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX, de


Almada Negreiros (1917)
- Esta foi o documento mais relevante da intervenção do grupo do Orpheu no âmbito do modernismo
português, onde Almada Negreiros apelava à reação das gerações futuras portuguesas.
- Almada foi um dos artistas que impulsionou das revistas Orpheu e Portugal Futurista

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Caso Prático 2: Guernica


- Resultando da atitude de contestação em relação ao bombardeamento nazi da vila basca, picasso
acabou por executar uma das obras mais importantes de toda a arte moderna.
- distorção expressionista, organização cubista do espaço e forma
- geometrização estruturante, sobreposição e interceção de planos, diversidade de pontos de vista
- modifica a ordem dos dedos, muda a proporção das mãos do guerreiro, suprime partes do corpo
- daí resulta a acentuação do efeito do sofrimento e sensação de guerra.
- o cavalo no centro tem ambos flancos feridos
- espaço não está construido em função de leis de ótica mas segundo a vontade do artista
- é uma alegoria, situa-se num imaginário universal de horror, sofrimento e dor.
- ele converte o sofrimento de cada um no sofrimento de todos- simbolismo expressionista- obra adquire
nova uniade.

Cultura do Espaço Virtual (módulo 10)


- A Guerra Fria e o antogonismo entre as duas potências (EUA e URSS) ficaram marcados pela
construção do Muro de Berlim (61), resultante da agunização das relações internacionais e da divisão
da Alemanha entre a República Federal Alemã (ocidente) e a República Democrática Alemã (este sob
control do regime soviético). Com o colapso da União Soviética e a queda do muro de Berlim, a
Alemanha reunificou-se e terminou a Guerra Fria
- Foi o contexto da Guerra Fria de ameaça mútua que as duas pontências apostaram na tecnologia
espacial e se envolveram na conquista ao espaço.
- 1969- a missão Apollo 11 pousou na Lua num acontecimento que emocionou o mundo.

- A partir de 1985, Gorbachev desencadeou um processo de democratização da sociedade soviética


que conduzira à independência política das repúblicas soviéticas. (acabar com burocracia política,
combatendo corrupção, democratizando a vida política, liberdade de impresa, eleições livres)
- Na Europa ocidental registou-se crescimento económico com explosão do consumo e a acelaração do
capitalismo.
- 60s- explosão de cultura do consumo
- problema do capitalismo consistiu em contrariar a imagem de degradação intelectual e moral que o
próprio modelo de sociedade oferecia: sociedade de consumo (induzido pela publicidade)
- publidade é o espelho da sociedade que pretende seduzir. pelo uso de psicologia social e perceção.
- A publicidade e a forte presença dos meios de comunicação na vida quotidiana vão contribuir para a
divulgação dos valores deste modelo de sociedade- moldar gostos, costumes, valores, etc
- Expansão dos sistemas informáticos, vulgarização das comunicações e evolução da internet converte
a sociedade contemporânea numa aldeia global, abrindo novos mercados, angariando mais
consumidores e gerando uma aculturação dos povos; revolucionou tecnologias de comunicação
facilitando a transmissão e receção de informação.

- tecnologias de informação tornaram possível comunicação em tempo real à escala mundial


- Os mass media definem-se como meios de comunicação em massa, sendo canais de difusão e meios
de expressão, que, ao dirigirem-se a públicos determinados, lhes faz despertar comportamentos
globais uniformizados
- Através do espaço virtual, a informação difundida “em rede” abrange todo o tipo de conteúdos, edições
eletrónicos, fonetecas, bibliotecas, etc...

- A “sociedade da rede” é uma estrutura complexa que se ocupa da circulação da informação, tendo
como objetivo a intereção entre indivíduo e a rede.
- A revolução da era digital, do espaço virtual e da aldeia global teve um grande impacto na vida
quotidiana das pessoas, modificando as formas de comunicação, de pensamento e de
comportamento, e interferido com os seus costumes e hábitos de vida.

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- Apelo ao corpo como meio expressivo, quanto sujeito operativo e objeto das ações
- O apelo ao corpo como meio expressivo trouxe uma novas dimensão às intervenções artísticas,
introduzindo o conceito de body art, caracterizando-se como uma arte para o corpo a partirdo corpo.
- Aqui, o artista recorre ao corpo como suport e referência da sua intervenção, reduzindo-o à essência
da obra plástica.
- Body art- artista recorre ao corpo como suporte e referência da sua intervênção. suporte e matéria
consundem-se como meios expressivos, corpo através da transfiguração é reduzido à essência da
obra plástica.
- Na cultura contemporânea, a Body Art assume-se como um processo crítico do artista relativamente à
sociedade em ações que podem atingir manifestações do puro masoquismo, envolvendo a
automutilação, autoflagelação, exposção direta à dor. à emoção, etc..
- Happening é uma manifestação artística que valoriza ato criativo em detrimento da obra plástica, um
acontecimento que se desenvolve na presença do público sem que o artista recorra a outros meios
sem ser o corpo.

- procura de consumo é mais importante do que produzir e vender os bens


- As décadas após WWII registaram um grande desenvolvimento económico com o aumento de
produção e o correspondente aumento de consumo. Daí que, no modelo económico capitalista, o
estímulo ao consumo seja determinante para garantir o escoamento dos produtos e o aumento dos
lucros da empresa.
- Através de publicidade uniformizam-se os gostos, estimulam-se necessidades e promove-se o
consumo massificado, difundido a mensagem do puro e simples prazer por comprar.
- A rapidez com que se sucedem as modas reflete a aceleração do consumo, uma característica do
sistema capitalista que constitui a sua própria sobrevivência.
- o cidadão resume-se a comprar, adquirir os símbolos, os mitos e os ritos que regem os
comportamentos consumistas.
- marketing e persuasão para adquirir prazeres fugazes para um consumo insaciável.

Autobiografia: aluno como ser crítico e agente social:


- O que somos é consequência do modo como estivemos no mundo, dos lugares que frequentámos,
das opções que tomámos, das experiências que vivemos, ou seja, é o corolário da nossa participação
cívica na sociedade enquanro ajentes ativos, autónomos e responsáveis.
- a autobriografia é um exercício autorreflexivo que não só contribui para nos conhecermos melhor,
como também para pôr à prova o nosso juízo analítico, crítico e imparcial.

Chegada do Homem à Lua 1969- a ficção torna-se realidade


- No contexto da Guerra fria e do clima de tensão internacional instalado, os US e a URSS
desencadearam uma disputa pelos avanços tecnológicos e pela “conquista do espaço”, tentando levar
o homem à lua.- qual das pontências detinha superioridade técnica.
- após um grande esforço financeiro, o lançamento de satélites e diversos voos espaciais tripulados,
seria a missão do Apollo 11 a pousar na Lua e o astronauta Armstrong o primeiro homem a pisar o solo
lunar.
- se, por um lado, a conquista do espaço resultou do confronto entre as duas potências, por outro lado
os avanços tecnológicos e os progressos científicos daí decorrentes contribuíram para o
desenvolvimento dos computadores, das telecomunicações e da televisão por satélite

Arte
Novo Realismo
- As reações ao informalismo e ao Expressionismo Abstrato surgem na Europa, França, através do
Novo Realismo, uma tendência que valoriza o quotidiano e a vida real como tema de inspiração,
pretende integrar a realidade no processo de formação da obra

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- Uso de objets trouvés e materiais despertiçados de vida comum, montando-os ou reorganizando-os


em assemblages ou novas formas e composições, cartazes rasgados e descolados numa estética com
fins poéticos que propunha uma reflexão nova sobre o objeto e sobre a vida.
- Yves Klein. IKB 79- experiência espiritual e meditativa para qual o quadro nos convoca
- Césas Baldaccini- Compressão
- Spoerri- Snare Picture

Pop Art
- No UK e US surge um movimento enraizado na cultura popular, na civilização urbana e nos mass
media, fazendo das imagens, dos objetos, dos produtos e dos mitos mediáticos o seu material e fonte
de inspiração.
- collage de Hamilton (O que é que faz exatamente os lugares de hoje tão diferentes tão atrativos?)-
alcance crítico em relação aos hábitos da sociedade de consumo
- Jasper John, Rauschenberg- transformação de objetos banais em objetos artísticos
- Tom Wesselmann- nus americanos
- Rosenquist- universo dos estereótipos da cultura urbana
- Oldenburg- ampliações inquietantes dos grandes ícones americanos
- Roy Lichtenstein- mitos da sociedade do consumo através da linguagem de banda desenhada.
- Andy Warhol- converteu Pop Art num fenómeno pop global.
- experimentou novas técnicas (fotomontagem, serigrafia)
- fixou a inconografia americana num sentido irónico da inspiração dadísta
- inspirado na sociedade de consumo, as suas imagens são símbolos de cultura americana
através dos quais estabelece um novo olhar sobre a vida e o quotidiano
- todos os acontecimentos colocados no mesmo plano cultural porque são oriundos da cultura de
massas.
- Como meios expressivos a Pop Art, utiliza os procedimentos da publicidade, da banda desenhada e
técnicas que favorecem a estandardização do objeto final, tal como um vulgar produto comercial.
- artistas assumem atividade crítica em relação aos hábitos de consumo da sociedade.

Hiper-realismo
- Já nos 1970, o hiper-realismo visa um registo realístico do mundo e dos objetos, aproximando-se com
o máximo rigor e precisão da realidade
- surge nos US
- artistas fotorrealistas usam técnica virtuosa, com recurso a grandes ampliações fotográficas, para
surpreender os espetadores com situações excessivamente reais cujo estatismo surge estagnado no
tempo.
- interesse pela vulgaridade do quotidiano
- Chuck Close- John
- Richard Estes- Water Taxi, Mount Desert

Arte Cinética
- A Arte Cinética refere-se, sobretudo, à obra de Alexander Calder e às suas estruturas metálicas
articuladas e suspensas (os móbiles) mantendo movimento.
- Concebeu igualmente estruturas abstratas e coloridas para apoiar no solo (os stabiles) cujas formas
evocam idêntica dinâmica.
- fortes dinâmicas entre a forma, cor e movimento
- conferiu mobilidade às suas esculturas
- influências de Miró, Mondrian, Jean Arp e Marcel Duchamp- aproximou-se da arte abstrata e
tendências neoplásticas.
- cores puras e formas orgânicas
- ao serem suspensas produziam movimentos permanentes

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Op art
- espírito instável, dinâmico e mutável
- Op art refere-se à exploração de efeitos visuais e ilusões óticas em superfícies planas, através de
padrões e motivos geométricos que produzem sensação de movimento, de vibração e arrastamento,
permanente agitação
- final dos 60s
- efeitos visuais a partir de tons vibrantes, contrastes violentos, círculos concêntricos e formas que
parecem latejar
- Victor Vasarely
- Bridget Riley- confunde observador com sensações dinâmicas e ilusões óticas que sugerem
movimento, instabilidade e volubilidade.
- convocam participação involuntária do espetador

- Nas últimas décadas do XX são experimentados novos processos expressivos que tendem a integrar
a vida e o quotidiano na arte, arte não representa a vida mas faz parte dela.

Happening
- Happening é uma manfestação artística dinamizada diante do público, no qual o artista recorre ao
corpo, gestos, atitudes e comportamentos para desencadear determinada ação e comunicar com o
intervenientes e público- estimula envolvimento
- ligações com body art pois o corpo é assumido como protagonista da ação

Performance
- Performance suporta-se na dimâmica do espetáculo, consistindo numa ação preparada e integrando
diversas áreas artísticas no seu programa.
- linguagem artística interdisciplinar baseada nas técnicas do espetáculo, preconizando uma
aproximação da arte ao quotidiano e à realidade
- interferência artística na vida e no quotidiano

Instalação
- instalação consiste numa intervenção alargada a um espaço, com recurso a técnicas, materiais e
meios expressivos mais diversos.
- arranjo arquitetónico de um espaço interior através da disposição de materiais, objetos e recursos
diversos cuja finalidade é desenvolver um projeto, uma ideia, um conceito ou simplesmente recriar um
determinado ambiente.

Arte Minimal
- Contrariando a profusão iconográfica da cultura pop e da sociedade de consumo,
- os “minimalistas” valorizam as estruturas geométricas, as matrizes lineares e simplicidade das
composições, afastando-se de toda a representação, figuração ou referência a algo existente.
- redução de efeitos expressivos da obra à simplicidade extrema, à forma pura
- forma pura, clareza, simplicidade neutra e a exclusão de todo o acessório do objeto artístico.
- objetos unitários, repetição de estuturas, formas simpes e lineares e grelhas cujas formas são
integradas e relacionadas com o espaço envolvente, invocando a experiência física
- utilização da meios mecânicos e tecnologias modernas na produção artística distanciam os artistas da
execução da obraa, fazendo prevalecer a ideia ou o suporte conceptual
- Donald Judd, Dan Falvin

Arte Conceptual
- centra a sua preocupação no processo criativo, no projeto artístico, em detrimento do objeto final.
- a ideia ou conceito que gerou essa ideia é então mais importante do que a “obra” em si.
- assim, são utilizados todos os elementos que suportaram a conceção da obra (textos, mapas,
documentos, vídeos, fotografias, desenhos) constituindo estes elementos a própria “obra”.
- abolição e desmaterialização do objeto artístico
- Kosuth, Weiner, Burgin
- abordagem crítica e analítica da própria linguagem da arte- fragiliza métodos e linguagens tradicionais

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Land Art
- esírito de renovação, transgressão de normas e conceções; matéria, técnica e plástica são
substituidos por idea, palavra e comunicação- aspiram liberdade total e expandir a sua ação
- desmaterialização do objeto artístico
- Outras pesquisas vão alargar o campo de ação do artista levando-o a intervir diretamente na paisagem
e na natureza.
- as designadas “artes da terra” de que a Land Art é a expressão mais evidente, dirigem-se às
intervenções na Natureza, nais paisagens ou nos espaços públicos, tirando partido das tecnologias
que permitem ao Homem sobrepor-se à Natureza.
- Devido à escala grandiosa em que estas ações decorrem e aos locais, por vezes, inacessíveis, as
obras só podem ser vistas através de fotografias ou vídeos.
- novas tecnologias e materiais
- Crítica generalizada ao espetáculo mediático veiculado pela Pop Art e formalismo tecnológico da arte
Minimal.
- Robert Smithson; Heizer, Walter de Maria
- rejeição da obra de galeria- reelaboração da Natureza, remodelando a paisagem- motivam a
discussão em torno de natureza destas ações num campo expandido.
- intervenções de carácter efémero na paisagem rural ou urbana, modificando a natureza e deixando a
marca da presença física do Homem no território através do puro ato artístico.
- outros percurssos nos espaços públicos: “embrulhos” de Christo e Jeanne-Claude

Pós-Modernismo
- instabilidade e insegurança internacional, ameaça de terrorismo, acontecimentos terrívels difundidos.
- internet permite acesso a exposições e inovações, sendo os artísstas confrontados com diversidade,
pluralidade e interdisciplinaridade, numa permanente demanda sobre o propósito, significado e o valor
da arte.
- surge nas derradeiras décadas do séc.XX tendo como pano de fundo massificação da informação,
homogeneização da cultura, globalização dos mercados e do consumo e a expansão das tecnologias
de comunicação, multimédia interferem cada vez mais nos processos, nos meios e nos contéudos das
obras.
- reflete o esgotamento dos modelos vanguardistas, multiculturalismo, pluridade e interdisciplinidade das
propostas: abstração, neoexpressionismo, land art, multimédia, instalações, body art, etc...
- discurso eclético, plural e fragmentário
- período de revisão e fusão de estilos, meios e de processos
- Surgem percursos artísticos artísticos empenhados em causa sociais e políticas: arte femininistas,
afro-americana, hispânica,etc...

Arquitetura Pós-Modernismo
- o pós-modernismo assume expressão mais evidente na arquitetura, na reação à pureza formal e à
frieza tecnológica do Funcionalismo e Modernismo
- propõem aproximação ao contexto cultural marcado pela diversidade cultural, globalização e consumo.
- linguagem eclética, historicista e vernacular
- recorre ao revivalismo clássico numa revisão plástica dos seus códigos,
- Pop Art pelo carácter lúdico, irónico e comercial de algumas propostas.
- Michael Graves,
- US- Venturi, Moore (carácter lúdico e figurativo da Pop Art com citação clássica)
- Europa: Bofill, irmãos Krier, Rossi
- simultaneamente desenvolve-se uma linguagem high-tech, valorizando e tornando vísiveis as
estruturas, técnicas e materiais oriundos da alta tecnologia.
- Estruturas e infraestruturas totalmente visíveis tal como os recursos tecnológicos utilizados

Descontrutivismo
- afasta-se destas expressões para colocar em ênfase na complexidade formal, dinamismo geométrico,
sobreposição de planos, fragmentação de espaços e nas tensões internas do projeto
- tendência de libertar a arquitetura de conceitos modernistas como “a forma segue a função”, “purismo
formal”, “verdade dos materiais”.

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- promove o acaso, imprevísivel, complexidade, formas, planos e espaços resultam fragmentados,


deslocados, deslocados, subordinados a uma estrutura implícita no todo que rege o projeto
- Frank Gehry, Eisenman, Libeskind; Hadid
- rutura com a ortigonalidade e racionalismo moderno
- deslocação e sobreposição de planos inclinados
- complexidade espacial das plantas e dinamismo geométrico com ênfase nas tensões internas do
projeto.

Portugal
- abertura política proporcionada pela revolução de abril favoreceu o experimentalismo, o
desenvolvimento das novas linguagens e propostas irreverentes e interventoras.
- Nos vários campos da arte e da arquitetura impôs-se uma nova geração de artistas e arquitetos, mais
próxima dos movimentos internacionais mas definindo linguagens e percursos muito personalizados e
contextualizados.
- Perspetiva 74- intervenções de arte conceptual, arte proceso, arte ideia, arte transversal,etc numa
vontade explícita de vanguardismo, provocação e rutura
- grupo Acre- total liberdade de criação
- Alternativa Zero- Mulher-Terra-Vida de Menéres
- 80s- amadurecimento de projetos e linguagens desde exposição “Depois do Modernismo”- progressivo
individualismo, característica da pós modernidade.
- Centro Cultural de Belém e Fundação Serralves
- D. Sebastião de Cutileiro- pioneira transgressora dos códigos de estatuária do Estado Novo
- Arquitetura renovou linguagens oscilando entre o purismo da escola de Porto maior ecletismo de
referências em Lisboa.

Caso Prático 1: Coca-Cola de Andy Warhol (1960)


- objetivos do movimento: evidenciar a extrema vulgaridade, kitsch e mau gosto na cultura de massas e
globalização
- Warhol focou-se:
- niilismo
- materialismo
- manipulação dos media
- consumo ostensivo
- “fabrico” de heróis mediáticos
- criação de aspirações e necessidades artificiais
- as suas obras refletem essas contradições e superficialidades acentuando-as através da utilização dos
mesmos processos e técnicas de reprodução industrial que as originaram
- Tornou-se um dos melhores exemplos de Pop Art, na sua referência à sociedade de consumo, à
cultura das massas, à civilização urbana e à iconografia produzida pelos mass media.
- Por outro lado, converte-se num ícone popular (uma imagem vulgarmente reconhecida) e uma
representação da prória sociedade americana.
- aplicava sobre as serigrafias cores fortes e excêntricas, denotando a mesma extravagância e
conflitualidade visual que encontramos no quotidiano.
- fazia arte a partir de marcas e produtos massificados, acabando por converter a sua arte num produto
comercial e massificado.
- reproduz as garrafas com diferenças subtis procurando aproximar-se do processo de produção
semelhante ao que tinha originado aqueles produtos.
- garrafas de coca-cola adquirem importância por serem autênticos símbolos da cultura americana e do
american way of life.

Caso Prático 2: Café Müller, Pina Bausch (1978)


- Constitui um dos percursos mais experimentais e inovadores no campo da dança nas últimas décadas.
- explorou as qualidades dinâmicas do movimento e relação entre corpo e espaço, incorporando gestos
abstratos, atitudes vulgares, mobiliário e objetos, canto e palavras, etc...

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- carácter alegórico cuja tensão, emoção e dramatismo são acentuados pela espiritualidade quase
fantasmagórica de Pina.
- ritmo da peça não é constante
- dispostos em esquemas estruturados, os movimentos são repetidos sistemáticmante, oscilando entre
uma crescente acentuação e obstinada invariabilidade.
- repetição ritmada dos gestos comuns e na integração de elementos do quotidiano no espaço cénico
- forte impacto visual, plástico e dramático que a peça provoca resulta desta repetição exaustiva de
movimentos vulgares que se convertem em elementos estéticos e abstratos
- evidencia articialidade existente na banalidade do quotidiano, através de coregrafias sublimes e
imponentes.
- dançarinos usam roupas normais, os espaços são realistas integrando materiais orgânicos e naturais
que os protagonistas vão utilizando no seu desempenho.

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