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2º FORUM DE DEBATE

HISTÓRIA DE ARTE I

TEMA DE DEBATE: Arte Egípcia

1. As principais características e elementos da Arte Egípcia que a tornam tão reconhecível


e única.

A arte egípcia é uma arte que tem características profundamente ligadas à religiosidade, presente
na pintura, nas esculturas, na arquitectura e nos demais objectos e amuletos.

Para Aldred (1980) afirma que a arte egípcia é reconhecida por suas características distintivas,
como a simetria, frontalidade, hierarquia de escala, uso de cores simbólicas e representações
convencionais de figuras humanas e divindades. Ela também é conhecida por seu uso de
hieróglifos e relevos em paredes e monumentos, bem como por suas técnicas de pintura e
escultura em pedra.

Para BARBOSA (2023) refere que a a arte egípcia é uma arte muito ligada à religiosidade, à
espiritualidade e à mitologia dos povos egípcios. Assim, pode ser vista principalmente em
túmulos, sendo que dentro deles há/havia diversas pinturas e esculturas. As próprias grandes
obras arquitectónicas do Egipto Antigo, as pirâmides, também tinham essa finalidade, afinal os
egípcios acreditavam na vida após a morte, e, por isso, os faraós e nobres eram enterrados com
vários objectos, para que tivessem uma boa vida no além.

2. O papel da arte na sociedade egípcia antiga e os seus propósitos.

Para Robins (1997) refere que a a arte desempenhava um papel fundamental na sociedade egípcia
antiga, servindo a diversos propósitos. Ela era usada para expressar crenças religiosas, representar
a realeza e os deuses, celebrar eventos importantes, adornar túmulos e fornecer uma forma de
comunicação visual. A arte também tinha uma função social, transmitindo valores culturais e
ajudando a manter a ordem e a estabilidade na sociedade egípcia.
3. Como a religião influenciou a Arte Egípcia Quais eram os deuses e símbolos mais
representados.

A religião desempenhou um papel fundamental na arte egípcia, com muitas obras de arte
representando deuses, rituais e mitologia. Os antigos egípcios acreditavam que os deuses estavam
presentes em todas as coisas e que a arte era uma forma de honrá-los.

Os templos eram decorados com pinturas e esculturas de deuses e faraós, enquanto os túmulos
eram decorados com cenas da vida após a morte. As imagens dos deuses eram frequentemente
acompanhadas de hieróglifos que explicavam seus poderes e atributos.

A religião marcava a vida no Antigo Egipto. Os animais eram adorados como divindades. As
suas formas e normas eram adoptadas e condicionavam o procedimento humano. Isto justifica a
forma como os deuses eram vistos: com cabeça de animal e corpo humano ou vice – versa. Por
exemplo: Hátor a deusa do amor, da música e do vinho era representada com corpo de uma vaca
ou de uma mulher ou misto. O deus Hórus era representado com cabeça de falcão. O deus Anubis
era representado com cabeça de chacal.
Os deuses eram relacionados também com o Sistema Solar. O Sol era engolido ao anoitecer pela
deusa Nut e ao amanhecer era representado pelo escaravelho, o deus da vida. Este mudava de
nome conforme a posição do Sol: Jepre de manhã, Rá ao meio dia, Aton ao anoitecer.

Para SILVA (2023) refere que Deuses do Egipto eram as divindades adoradas pelos egípcios
antigos. Eles associavam esses deuses com forças e fenómenos da natureza e acreditavam que
eles regiam o Universo. Os deuses do Egipto eram as divindades da religião dos egípcios antigos.
Eles acreditavam que os deuses eram os criadores do Universo e controlavam a vida das pessoas.
Para os egípcios, seus deuses actuavam de forma a preservar a harmonia do Universo, havendo
centenas deles. Os egípcios eram politeístas e acreditavam na existência de diversos deuses,
como: Osíris; Ísis; Rá; e Amon;

Osíris: Era conhecido como quem julgava os mortos em seu tribunal e era tido como quem
ensinou os homens a plantarem e a cuidarem do solo, e, por isso, era considerado o inventor da
agricultura. Foi morto por seu irmão, Set, mas foi ressuscitado por sua irmã e esposa, Ísis, e,
desde então, passou a governar o submundo. Era um dos deuses mais adorados de todo o Egipto
Antigo.

Ísis: Foi a deusa mais importante do panteão egípcio e era considerada a mãe de todos os faraós.
Essa associação de Ísis com os faraós é manifestada no próprio nome dela, cujo significado é
“deusa do trono”. Era casada com seu irmão, Osíris, e era mãe de Hórus. Os egípcios acreditavam
que ela auxiliava os mortos a alcançarem a pós-vida.

Rá : Conhecido como Deus Sol, era um dos deuses mais importantes do panteão egípcio, e, em
determinado momento da história do Egipto, foi considerado de fato o mais importante deles.
Nesse período, foi visto como o deus mais poderoso, criador do Universo e aquele que governava
os vivos e os mortos. Era representado pelos egípcios na forma de um falcão.

Amon: Considerado deus do Sol e do ar, Amon tinha um culto muito forte na cidade de Tebas.
Também foi um deus muito importante, e muitos textos religiosos o colocam em um lugar de
predominância, assim como foi com Rá. Em determinado momento da história egípcia, houve
uma unificação dos cultos de Amon e Rá, dando origem à divindade Amon-Rá.

4. Os principais estilos ou períodos da Arte Egípcia e como eles evoluíram ao longo do


tempo;

Ao longo dos séculos, a arte egípcia passou por várias mudanças estilísticas. O estilo amarniano,
por exemplo, foi desenvolvido durante o reinado de Akhenaton (1353-1336 a.C.) e é conhecido
por suas formas mais suaves e naturais.

O estilo ptolemaico, por outro lado, foi influenciado pela arte grega e é caracterizado por figuras
mais realistas e detalhadas. Outros estilos incluem o estilo saíta (664-525 a.C.), que é conhecido
por suas esculturas em madeira, e o estilo romano (30 a.C.-395 d.C.), que foi influenciado pela
arte romana.

Para BARBOSA (2023) refere que a civilização egípcia durou milénios, bem como sua arte. Ao
longo do tempo, passou por amplas modificações, diferentes influências e, além disso,
influenciou diversos povos, como se pode perceber, por exemplo, na cultura grega e romana.
Somente os mais ricos egípcios eram quem podiam pagar pela arte que os guiaria em suas vidas
após a morte.
"Período Pré-Dinástico: período em que as primeiras manifestações artísticas egípcias surgiram
desenhos em rochas que datam dos anos 6000 a.C. a 3150 a.C."

Fig. Paleta de Narmer, uma importante arte egípcia do Período Dinástico.

Período Dinástico: entre 3150 a.C. e 2613 a.C., a simetria passou a ser o atributo mais
importante da arte egípcia. É desse período uma conhecida obra, chamada Paleta de Narmer, uma
grande placa que contém uma narrativa sobre a unificação dos dois reinos egípcios, Alto Egipto e
Baixo Egipto. As pirâmides e a Grande Esfinge de Gizé foram construídas durante o Império
Antigo, quando o padrão estético era ditado pela capital, Memphis.

Primeiro Período Intermediário: apesar da característica não autónoma da arte egípcia, entre os
anos 2181 a.C. a 2040 a.C., existiu uma certa autonomia, devido à baixa centralização política do
período. As estátuas foram produzidas em maior volume durante o Médio Império, ou seja, entre
os anos de 2040 a.C. a 1782 a.C. Foi também nesse período que a arte egípcia começou a
representar mais os pobres e passou a ser um pouco mais realista.

Fig. Máscara mortuária de Tutancâmon, uma importante arte egípcia do Período Intermediário.
Período Intermediário: entre 1782 a.C. e 1570 a.C., a arte egípcia sofreu influência dos hicsos e
núbios. Por fim, no Império Novo, houve a produção de obras famosas, como a máscara
mortuária de Tutancâmon (faraó de 1336-1327 a.C.). Esse período também é marcado pela
influência dos hititas, especialmente, no que diz respeito às técnicas de metalurgia.

5. Como os faraós e a realeza egípcia foram retratados na arte e os elementos simbólicos


associados a eles.

Os faraós e a realeza egípcia foram retratados na arte com diversos elementos simbólicos
associados a eles, como coroas, cetros, barbas postiças, o cetro "nekhakha" e o flagelo
"hekat". Além disso, a iconografia da realeza egípcia inclui imagens de figuras divinas,
como Hórus e Rá, que representavam a autoridade e o poder divino dos faraós. As
representações dos faraós também eram frequentemente acompanhadas por hieróglifos e
textos que descreviam sua genealogia, conquistas e virtudes (David Rohl, 1995).

6. Os principais sítios arqueológicos e monumentos que revelam a grandiosidade da Arte


Egípcia e como eles nos ajudam a compreender essa antiga civilização.

Para HAUSER (1982) refere que:

Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Os túmulos são
divididos em três categorias:

• Pirâmide - túmulo real destinado ao faraó;

• Mastaba - túmulo para a nobreza; e Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.

As pirâmides tinham base quadrangular eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte
toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da
frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre
a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava
a múmia do faraó e seus pertences.
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitectónicas mais famosas e, foram construídas
por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três
pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação
erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático
e misterioso.
Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon. Os tipos de
colunas dos templos egípcios são divididos conforme seu capitel:
• Palmiforme - folhas de palmeira;

• Papiriforme - flor de papiro; e Lotiforme - flor de lótus.

Fig. Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos – deserto de Gizé –Egito.

7. A influência da Arte Egípcia na arte e cultura contemporânea.

A influência da arte egípcia na arte e cultura contemporânea pode ser vista em várias áreas, como
arquitectura, moda, design de interiores e até mesmo no cinema. Muitos artistas e designers
contemporâneos se inspiram nas formas, símbolos e representações icónicas da arte egípcia para
criar obras contemporâneas. Além disso, a arte egípcia continua a ser estudada e apreciada por
sua beleza estética, riqueza simbólica e importância histórica e cultural.

8. Quantas dinastias conheceu o Egipto faraónico.

O Egipto faraónico teve cerca de 31 dinastias ao longo de sua história.

Para Donadoni (1994), refere que:


A história do Egipto faraónico é dividida em várias dinastias que governaram o país ao longo de
milénios. Cada dinastia tinha seus próprios faraós e períodos de governo. Durante esse tempo, o
Egipto passou por diferentes fases, como o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império,
cada um com suas realizações culturais, arquitectónicas e militares. Os faraós construíram
grandes pirâmides, templos impressionantes e deixaram um legado duradouro na história egípcia

9. Qual das Dinastias este mais tempo no poder e diga o nome do faraó.

A dinastia que mais tempo permaneceu no poder foi a Dinastia 4, com aproximadamente 2750
a.C. a 2625 a.C., e o faraó mais conhecido dessa dinastia é Quéops, responsável pela construção
da Grande Pirâmide de Gizé (Dodson, 2004).

10. AUTO REFLEXÃO:

Depois de várias leituras em obras, cheguei a conclusão que a arte egípcia é uma das mais
reconhecidas e distintas do mundo antigo, com suas características simbólicas, convencionais e
hieroglíficas. Ela desempenhou um papel importante na sociedade egípcia antiga, expressando
crenças religiosas, celebrando eventos importantes e transmitindo valores culturais. A religião
teve uma grande influência na arte egípcia, com os deuses e símbolos mais representados sendo
amplamente utilizados. A arte egípcia passou por vários estilos e períodos ao longo do tempo,
cada um com suas próprias características estilísticas e temas representados. A arte também
retratou a realeza egípcia com elementos simbólicos associados à sua autoridade. Monumentos
como as pirâmides de Gizé e o Templo de Karnak nos ajudam a compreender a grandiosidade da
arte egípcia e da antiga civilização egípcia como um todo. A arte egípcia teve uma influência
significativa na arte e cultura contemporânea e continua a inspirar artistas e designers em todo o
mundo.
3º FORUM DE DEBATE

Tema: Arte Grega - Explorando a Beleza e a Influência

1. As principais características estilísticas da Arte Grega que a tornam tão admirada e


estudada até os dias de hoje.

Para (Soares 2021, p.21) refere que os gregos trouxeram grandes contribuições para o mundo
ocidental, sobretudo, no que diz respeito às artes. Não é à toa que suas esculturas, pinturas e
arquitectura impressionam, até os dias atuais, pela beleza e perfeição de suas formas. Os artistas
gregos buscavam representar, por meio das artes, cenas do quotidiano grego, acontecimentos
históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos.

De acordo com Strickland e Boswell (2014), defende que “durante a Idade de Ouro, de 480 a
430a. C, houve na Grécia uma grande efervescência cultural que contagiou os mais diferentes
campos do saber. Esse período, inclusive, foi chamado de Época de Péricles, uma homenagem ao
político ateniense que defendeu a democracia e estimulou o livre pensar”.

A cultura grega teve grande influência na arte e na arquitectura da civilização ocidental.


Conforme Strickland e Boswell (2014), os gregos tratavam os monumentos como grandes
esculturas, construídas com as mesmas normas de simetria e proporções ideais.
Os principais estilos explorados foram: o jónico, o dórico e o coríntio. Eles eram diferenciados
principalmente pelo feitio da extremidade superior das colunas, o capitel. No estilo Jónico,
destaca-se o uso evidente dos traços de elegância e beleza. Sua estrutura delgada revela uma
ligação entre o interior e o exterior do templo e entre as paredes e os suportes.

2. Como a mitologia grega influenciou a Arte Grega e quais são os deuses, heróis e
histórias mais representados na arte.

A mitologia grega teve um impacto significativo na arte grega, especialmente na


escultura, pintura e arquitectura. Os deuses mais representados incluem Zeus, o
rei dos deuses; Poseidon, o deus do mar; Atena, a deusa da sabedoria e da guerra
estratégica; Afrodite, a deusa do amor e da beleza; Apolo, o deus do sol e das
artes; e Hermes, o mensageiro dos deuses. Quanto aos heróis, Hércules é um dos
mais retratados, conhecido por seus Doze Trabalhos. Outros heróis populares
incluem Perseu, que matou a Medusa; Teseu, que enfrentou o Minotauro no
Labirinto de Creta; e Aquiles, o grande guerreiro da Guerra de Troia. Histórias
famosas como a Guerra de Troia e a Odisseia de Homero também foram
frequentemente representadas na arte grega. Essas histórias mitológicas eram uma
fonte rica de inspiração para os artistas gregos, permitindo-lhes explorar temas
como heroísmo, amor, guerra e mitos fundamentais da cultura grega (soares,
2017).

3. O papel da arte na sociedade grega antiga e como ela era usada para expressar valores e
ideais.

De acordo com Funari (2011) refere que a a arte na Grécia Antiga ocupava um lugar de destaque
na sociedade e várias foram as formas de representar as acções humanas por meio de formas e
expressões. Os gregos acreditavam que a beleza estava na proporção e na simetria e por isso suas
obras estavam norteadas por este princípio.

4. Os principais estilos ou períodos da Arte Grega e como eles se desenvolveram ao longo


do tempo.

Para (Esaak, 2019) os períodos arcaico, clássico e helenístico subsequentes, continham fases
“inicial, alta e tardia” separadas.

Arte Arcaica

Fig. Templo de Apolo, em Pesto (Itália), região que pertenceu a chamada Magna Grécia.
Construído no período Arcaico, no século VI a.C.
A fase arcaica é mais conhecida pelo início de representações realistas de seres humanos e
esculturas monumentais de pedra. Foi durante esse período que as estátuas de calcário kouros
(masculino) e kore (feminino) foram criadas, sempre representando jovens, nus e sorridentes.

Arte Clássica

Fig. A Arte Clássica (480-323 a.C.)

Esta fase testemunhou um grande realismo de forma, bem como um aumento nas representações
de narrativas. Os objectos não apenas retratavam pessoas e actividades comuns, mas também
capturavam cenas nas quais os deuses estavam trabalhando ou brincando.

As figuras eram frequentemente pintadas de vermelho, em vez de preto – como no período


anterior – e com grande detalhamento. O Partenon de Atenas foi construído durante esse período,
que também testemunhou um florescimento da escultura.

Arte Helenística

Fig. Pérsia na Batalha de Gaugamela.

Ela está associada ao reinado de Alexandre, o Grande. Sob seu governo, a arte grega foi
espalhada para novos territórios, onde frequentemente se misturava à cultura local.
Nessa fase, a produção artística tende a ser mais “enérgica”, e mostra cenas heróicas, como
Athena lutando contra um gigante.

A arte grega influenciaria profundamente a romana e, portanto, teria efeitos duradouros em toda a
arte ocidental.

5. Os principais exemplos de arquitectura grega, como o Partenon, e qual é a sua


importância para a história da arte.

O Partenon é um templo localizado na Acrópole de Atenas, construído no século


V a.C. durante o período clássico da Grécia Antiga. Foi dedicado à deusa Atena e
é considerado um dos maiores exemplos da arquitectura dórica. Sua importância
está relacionada à sua harmonia visual, proporções matematicamente precisas e
ao uso das colunas gregas, que se tornaram uma referência para a arquitectura
ocidental. Além disso, o Partenon também possui relevância histórica e cultural
como símbolo da democracia ateniense (Neer, 2001).

6. Como a escultura grega retratava o corpo humano e qual era a ênfase na representação
da forma humana na arte grega.

A escultura grega buscava representar o corpo humano de maneira realista, mas


também idealizada. Os escultores gregos se preocupavam com a anatomia
precisa, expressão facial e postura corporal. A ênfase estava na busca pela
harmonia, proporção e equilíbrio, resultando em figuras esculpidas que
transmitiam uma sensação de perfeição física e atemporalidade. Essa abordagem
influenciou profundamente a arte ocidental e continua sendo admirada até hoje
(Andrew Stewart, 2018).

7. De que forma a Arte Grega influenciou a cultura ocidental ao longo dos séculos.

A influência da arte grega foi veiculada por diferentes civilizações como a romana que, em
contacto como mundo grego, produziram uma síntese cultural, adaptando-a, assimilando-a e
produzindo correntes artísticas em que o enaltecimento do Homem e da Natureza predominavam.
A arte clássica, como passou a ser designada a influência grega e romana, traduziu o pensamento
de sociedades da Antiguidade que se materializava nas criações artísticas produzidas.
As criações artísticas da cultura grega são o reflexo do pensamento grego. Evidencia-se o
racionalismo. A beleza é alcançada pela observação e conhecimento que os artistas revelavam
acerca da Natureza e do Homem que representavam. A arte produzida entre o século V e IV a. C.
é conhecida como arte clássica, estilo que constitui um modelo seguido até aos nossos dias e
caracteriza-se pela procura do belo, da harmonia, do equilíbrio e da perfeição nas formas e nas
proporções (Torres, 2021).

8. O primeiro artista Grego a esculpir o nu feminino;

Conta-se que foi encomendado a Praxíteles, famoso escultor ático do séc. IV a.C. uma estátua de
Afrodite e que ele criou duas versões: uma vestida e outra nua. O corpo feminino nu, uma
novidade na época quando só se esculpiam homens nus, chocou os cidadãos e foi rejeitada.
Desprezada e considerada de pouco valor, foi depois comprada por alguns cidadãos de Cnido e
exposta em um templo ao ar livre. A Afrodite vestida não sobreviveu, e a Afrodite de Cnido
chegou até nós por uma cópia romana (Eco, 2010).

9. AUTO REFLEXÃO:

Depois de várias leituras em obras, cheguei a conclusão que as principais características


estilísticas da Arte Grega são a busca pela harmonia, proporção e equilíbrio, a representação
idealizada do corpo humano e o uso de elementos como colunas gregas nas construções
arquitectónicas. A mitologia grega influenciou a arte, sendo os deuses Zeus, Atena e Apolo, e os
heróis Heracles e Perseu, alguns dos mais representados. A arte grega desempenhava um papel
importante na sociedade, expressando valores como a busca pela perfeição física e a adoração aos
deuses. Os principais estilos da arte grega incluem o arcaico, clássico e helenístico, cada um com
suas características distintas. O Partenon é um exemplo importante de arquitectura grega,
simbolizando a harmonia e proporção perfeita. A escultura grega retratava o corpo humano de
forma realista e idealizada, enfatizando a beleza e proporção. A arte grega influenciou
profundamente a cultura ocidental ao longo dos séculos, sendo referência para artistas e
arquitectos. O primeiro artista grego conhecido por esculpir o nu feminino foi Praxíteles.

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