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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

Maria Eduarda Brasileiro Santos


Matrícula: 121210515

ATIVIDADE AVALIATIVA
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE

Campina grande – PB
2022
Arte Egípcia

A história do Egito divide-se em três grandes impérios (antigo, médio e novo). cada
Império possuía várias dinastias de diferentes faraós, todos com características
artísticas distintas entre si. No antigo Egito o poder político adotado era a monarquia
teocrática, os faraós eram também deuses e detinham poder absoluto. Além de
possuir uma sociedade estratificada e hierarquizada, os egípcios também eram
politeístas, eles acreditavam também que a vida após a morte era mais importante
que a terrena. Para os egípcios a morte era só o começo.
A arte no Egito Antigo esteve diretamente ligada a vida religiosa e política. A maioria
das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas exaltavam deuses e
faraós. Hoje temos informações detalhadas sobre essa cultura, graças a sua escrita
bem estruturada. A escrita hieroglífica desenvolveu-se através de códigos e símbolos.
Na pintura, tanto quanto na escultura egípcia, era seguido um gabarito, para que, a
arte egípcia parecesse eterna, independente do artista, lugar ou época. Grande parte
de suas obras retratavam aspectos da vida quotidiana ou cenas religiosas. Estes
desenhos obedeciam sempre a lei do frontalidade: cabeça, pernas e pés eram feitos
de perfil; o olho e o tronco de frente e as mãos sempre como vistas de cima; sem
qualquer expressão facial.
A arquitetura deste período reflete a funcionalidade, o que lhe conferia solidez e
durabilidades incomparáveis para época. As pirâmides do deserto de Gizé são as
obras arquitetônicas mais famosas da arquitetura egípcia. É também na região de
Gizé que se localiza a Grande Esfinge de Gizé. Enquanto o mastaba era o túmulo dos
egípcios, as pirâmides eram os túmulos dos seus faraós. A base do triângulo
representava o faraó e a sua ponta representava a sua ligação com Deus.
A música estava interligada com a dança e era usada em cerimônias sociais, política
e religiosas. Muitos instrumentos egípcios foram mais tarde usados pelos gregos
romanos (como cítara), e depois, aperfeiçoados na idade média.
Um achado muito importante para que a arte egípcia pudesse ser entendida melhor
foi a pedra roseta, um bloco de pedra contendo um mesmo texto em 3 línguas
diferentes, hieróglifos egípcios, demótico e grego.
Arte Grega

Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à razão, à
inteligência. Ao contrário do que que era praticado nas civilizações da antiguidade
oriental, os gregos buscavam o antropocentrismo, ou seja, todas as respostas são
buscadas no homem e não na fé, busca a perfeição, criando uma arte de elaboração
intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Após o “Grande
Despertar” os gregos promoveram uma revolução nos padrões artísticos. A arte grega
é feita à medida do homem. A sua arquitetura e escultura não tem semelhanças com
as das civilizações anteriores. Sua execução atinge uma perfeição, proporção,
equilíbrio e harmonia. É uma arte antropocêntrica e racionalista.
O tema mais comum na estatuária grega, eram as narrativas dos feitos dos deuses e
semideuses. Mas os deuses gregos, contrariamente dos egípcios ou persas, são
concebidos à imagem e semelhança do homem. Inspiravam-se também nas guerras
de Tróia, e representavam atletas e heróis. Na escultura, o antropomorfismo foi
insuperável. As esculturas também ocupavam os tímpanos dos templos. Dividimos a
escultura grega em três períodos: Período Arcaico, séculos VIII-VI a.C.; Período
Severo, 500-450 a.C.; Período Clássico, século V a.C.; Período Helenístico, século
IV-I a.C.
A pintura grega encontra-se na arte cerâmica, pois, restam poucos vestígios da
pintura mural grega, que serviam para decorar as paredes internas das casas,
templos e túmulos. As primeiras pinturas tinham caráter geométrico, e as figuras
humanas e de animais eram bem estilizadas, com temas inspirados na mitologia e no
quotidiano. Os vasos gregos são conhecidos pela harmonia entre o desenho, as
cores e o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos,
esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e
mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que fossem
destinados.
Inicialmente, a arquitetura grega usou materiais como a madeira, depois substituída
pela pedra calcária, sobretudo o mármore. Sua arquitetura possui desde sempre uma
ligação à matemática e à geometria, o que conduz as primeiras noções de medida,
proporção e ritmo. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria
entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base
de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram
erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado
por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram
construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
Surge um espaço dedicado, ao lazer teatral, construído em espaços abertos,
aproveitando as montanhas para aí escavar a bancada para os espectadores. É
composto por: orquestra, uma área circular em torno dá qual se organiza ao teatro e
onde atua o coro; proscénio ou palco, plataforma onde estavam os atores; cenário ou
escena (estrutura arquitetônica fingida). Existiam ainda as bancadas e os párodos
(acessos laterais).

Arte Romana

Embora a arte romana seja muito influenciada pela grega, principalmente quando se
fala em ideal de beleza, os romanos conseguiram exprimir um espirito próprio e
autentico em sua arte. Afinal, os romanos também foram formados pelos povos
etruscos e herdaram deles o caráter realista e popular da arte. Uma boa prova da sua
herança grega é o templo Panteão em Roma. Sua fachada (o frontão e as colunas) é
bem parecida com a do Partenon na Grécia. Sua produção era voltada para os feitos
militares e políticos. Sua temática apresentava um forte caráter de registro histórico.
Na arquitetura suas construções exibiam grandeza material, força, energia e caráter.
O senso de realismo contribuiu para que as suas construções fossem mais racionais,
voltadas para a funcionalidade. A concepção arquitetônica romana de teatro é
diferente da grega, que preferia o modelo circular (um eclipse) ao invés de
semicircular. Subordinado à arquitetura, o alto relevo teve fins ornamentais,
comemorativos e narrativos ou históricos.
Os romanos também usavam colunas e arcos triunfais para homenagear seus heróis.
Serviam como demonstração de poder e prestígio perante a população. As colunas
romanas (com base circular) foram inspiradas nos obeliscos egípcios (com base
quadrangular).
A escultura romana está diretamente ligada à cultura grega, embora adaptada à
estrutura política social da Roma antiga. As classes dominantes utilizavam a escultura
com carácter propagandístico. A escultura romana também representou bustos de
personagens importantes da época. A situação dos detalhes no rosto mostra a
influência etrusca na escultura romana.
A pintura romana sofreu um grandes influências etruscas (paredes dos templos e dos
túmulos com sentido narrativo), egípcias (arte do retrato) e gregas (pintura imitando
placas de mármore). Sua pintura mural revestia as paredes interiores dos edifícios
(frescos), já a pintura móvel, geralmente encontrada sobre painéis de madeira,
realizada e encaustica ou a têmpera. A técnica do mosaico importada do oriente,
consistia em colocar pedacinhos de cerâmica bem juntos.
Arte Bizantina

Em 323 d.C., Constantino, o Grande, mudou a capital do Império Romano para


Bizâncio, antiga colônia grega. Ele levou em consideração a localização geográfica
que poderia favorecer o comércio e a ampliação do Império. O regime era teocrático
e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais, ele era o representante
de Deus, tanto que se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça.
Graças à localização de Constantinopla, a arte bizantina sofreu influências de
Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessas culturas formou
um estilo novo, rico tanto na técnica como na cor. A arte bizantina está dirigida pela
religião. Ao clero cabia, além das suas funções, organizar também as artes,
tornando os artistas meros executores.
Na arquitetura, havia a presença de grandes e imponentes igrejas, cuja característica
principal era a presença de cúpulas sustentadas por colunas. Em seu interior eram
muito utilizadas as decorações e pinturas religiosas
O mosaico é a expressão máxima da Arte Bizantina. Ele estava presente nas igrejas
e arquiteturas da época. Uma de suas funções era ser decorativo e iluminativo, mas
também catequético. Os temas dos vitrais retratam as passagens bíblicas do antigo
e novo testamento, e por vezes retratavam os santos. O mosaico bizantino não se
parece com o romano, porque são usadas técnicas diferentes. Além disso, o estilo
das figuras mosaicas segue o da pintura: pessoas representadas de frente,
verticalizadas, sem focar na perspectiva ou volume.
Como Arte Bizantina é uma evolução da arte paleocristã, a temática religiosa é muito
forte em suas pinturas e esculturas. Além disso, o uso de cores nobres é muito usado
para simbolizar a majestosidade e a técnica do afresco, essas pinturas podiam ser
em paredes de igrejas ou telas pequenas e portáteis.
As esculturas compartilhavam a mesma temática, mas o material utilizado era o
marfim. Não havia um comprometimento rigoroso com o realismo e elas eram feitas
nos dípticos (dois pequenos painéis que se fecham).

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