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ARTE GREGA

A arte grega abarca todas as manifestações artísticas e revela a história, a estética e mesmo
a filosofia desta civilização.
O povo grego foi na antiguidade um dos que exibiam manifestações culturais mais livres,
rendendo-se pouco às ordens de reis e sacerdotes, pois acreditavam que o ser humano era a
concepção mais incrível do universo.
A arte grega passou pelos períodos arcaico, clássico e helenístico, e cada uma dessas fases
históricas, influenciou a elaboração das obras.

Pintura Grega

A arte da pintura era desenvolvida em cerâmicas, bem como nas paredes das grandes
construções. Os vasos nem sempre foram peças de decoração, sendo utilizados no trabalho diário ou
para guardar mantimentos, tais como vinho e azeite.
As pinturas mostravam harmonia e rigor nos detalhes. No que respeita às cores, seguia-se o
seguinte padrão: figuras negras sobre fundo vermelho ou figuras vermelhas e douradas sobre fundo
negro ou fundo branco.
Os principais pintores foram: Clítias, Exéquias e Sófilos.

Arquitetura Grega

Os grandes templos erguidos pelos gregos tinham o propósito de prestar culto aos seus
deuses. Uma das suas características é a utilização das colunas e a simetria entre a entrada e os
fundos do templo.
Igualmente, as praças eram importantes dentro da polis grega, pois eram um local de
encontro e de passagem para seus habitantes.
Outras obras de interesse na arquitetura grega foram a Acrópole de Atenas, Colosso de
Rodes, Estátua de Zeus, Farol de Alexandria, Templo de Ártemis.
A princípio, apenas as obras públicas recebiam atenção e imponência, entretanto, no século V
a.C., as moradas também começam a ser realizadas de forma mais confortável e espaçosa.
Podemos definir três estilos arquitetônicos gregos:

 Coríntio: rico em detalhes;


 Dórico: simples e maciço, representa o masculino;
 Jônico: luxuoso, representa o feminino.
Os principais artistas da arquitetura grega foram: Calícrates, Fídeas e Ictinos.

Escultura Grega

Esta arte se manifesta nas esculturas dos deuses e dos atletas cuja perfeição dos detalhes
dos corpos tornam os gregos excepcionais nessa manifestação artística.
As esculturas, chamada de kouros - homem jovem e korés - mulher jovem, eram inicialmente
feitas de mármore. Encontravam-se numa posição rígida e simétrica com o objetivo de dar-lhes
equilíbrio.
No entanto, com a necessidade de retratar movimentos, o mármore foi substituído pelo
bronze por se tratar de um material mais leve. Assim, reduzia a probabilidade de a esculturar se partir.
Com o tempo, as esculturas femininas que eram vestidas, passaram a se apresentar sem
roupa. Da mesma forma, as estátuas não tinham grandes expressões faciais e passaram a retratar
sentimentos.
As esculturas gregas que chegaram até o dias de hoje são cópias feitas pelos romanos.
Poucos exemplos, como a Vênus de Milo, são originais.
Os principais nomes da escultura grega foram: Fídias, Lisipo, Miron, Policleto e Praxíteles.

Teatro Grego

O teatro teve início com as festas em honra aos deuses, mais precisamente com o culto
à Dionísio e se constituíam numa parte das celebrações religiosas.
Além dos atores, contavam com o coro que comentavam a cena e explicavam as sutilezas
das tramas para o espectador. A tragédia grega constitui uma das maiores heranças artísticas desse
povo e são encenadas até hoje.
O desenvolvimento artístico do teatro está intimamente ligado à arquitetura dos anfiteatros
gregos que aproveitavam o máximo a acústica para que todos pudessem ouvir o texto.
Mais tarde, o teatro passou a retratar o cotidiano através da comédia.
Os principais artistas do teatro grego foram: Choerilus, Phrynichus e Pratinas.
ARTE MEDIEVAL
A arte medieval é aquela que foi produzida durante o período da Idade Média (século V ao
XV).
Está associada à religiosidade, uma vez que nesse período a Igreja tinha grande poder e
influência na vida das pessoas.
Assim, o teocentrismo (Deus como centro do mundo) foi a principal característica da cultura
medieval.

Arte Medieval Românica

A arte românica recebe esse nome uma vez que está associada à cultura romana. O estilo
românico foi desenvolvido durante o período denominado de Alta Idade Média (entre os séculos V e
IX).
Na arquitetura, temos castelos, igrejas e mosteiros que revelam o estilo mais “pesado” se
comparado à arte gótica. Com poucas janelas, nesses locais a entrada de luz era escassa.
Ou seja, na arquitetura românica as paredes das construções eram grossas, os quais
revelavam o intuito principal de defesa.
Nesse período prevaleceu as abóbadas e os arcos de volta perfeita. A horizontalidade das
construções representou uma importante caraterística desse período. As plantas arquitetônicas eram
construídas em forma de cruz e a horizontalidade da construção era evidente.
Na pintura e escultura, os temas estavam essencialmente voltados para a religião. Essas
manifestações artísticas eram encontradas nas igrejas e nos castelos e tinham o intuito de adornar,
bem como de instruir as pessoas sobre os temas da religiosidade.
Em relação ao estilo gótico, a decoração românica era mais simples.

Arte Medieval Gótica


A arte gótica é posterior à arte românica, e foi desenvolvida no período denominado Baixa
Idade Média (século X ao XV). Diferente da arte românica, a arte gótica revelou maior leveza e
abertura.
Ou seja, se compararmos a arquitetura dos dois períodos, notamos que na arte gótica, as
construções não possuíam paredes tão grossas. Além disso, as entradas (seja das igrejas ou dos
mosteiros) já incluíam mais aberturas, desde janelas e portas.
Devemos lembrar que as janelas da arte românica eram muito estreitas, enquanto na arte
gótica as janelas já são maiores e em maior número, permitindo assim, a entrada da luz. Nesse
período prevaleceu os arcos de volta-quebrada e as ogivas.
Ainda na arquitetura, a arte gótica utilizou os vitrais para a entrada da luz. A maioria deles
com temas religiosos.
Uma das características mais relevantes da arquitetura gótica era verticalidade. Ou seja, as
construções eram muito elevadas, as quais revelam a força da religiosidade. Quanto mais alto, mais
perto de Deus estavam.
Da mesma maneira que na arte românica, as pinturas e esculturas góticas tinham como
principal tema a religião.
Os vitrais foram muito comuns nesse período. Eram feitos de vidro e repleto de cores.
Geralmente representavam temas religiosos, no entanto, há aqueles em formato arredondados, tal
qual as rosáceas e mosaicos.

Arte Cristã Primitiva

A partir de 313, a expansão do cristianismo pelo Império Romano estabeleceu outra fase no
desenvolvimento das expressões artísticas ligadas a essa nova crença. De acordo com as bases
fundamentais do Edito de Milão, documento oficial outorgado pelo Imperador Constantino, o
cristianismo passava a ser uma religião reconhecida pelo Estado romano. Após essa determinação,
as igrejas cristãs se proliferaram e abriram espaço para um novo campo de expressão para tal arte.
Os primeiros templos cristãos foram visivelmente influenciados pela tradição arquitetônica dos
prédios públicos romanos. Uma das maiores manifestações dessa influência é vista na utilização da
palavra “basílica” para nomear as igrejas. Antes de tal acontecimento, esse mesmo nome era
somente empregado para os prédios que cuidavam da administração do império.
Sendo uma verdadeira homenagem à confissão cristã, essas primeiras igrejas construídas
tinham um projeto arquitetônico bastante elaborado. Os recursos financeiros utilizados eram elevados,
pois se tinha uma grande preocupação com a solidez da obra construída. Internamente, as primeiras
basílicas cristãs eram dotadas de um grande teto segmentado em três grandes abóbodas ogivais
apoiadas por ogivas menores que, por sua vez, eram sustentadas por várias colunas.
Em algumas situações, por conta da falta de conhecimento do arquiteto ou pela simples
contenção de despesas, algumas igrejas contaram com um projeto menos elaborado. Contudo,
vemos que parte considerável dessas igrejas valorizava a concepção de espaços amplos que
pudessem se adequar à congregação de vários seguidores do cristianismo. Além disso, as paredes
eram ricas em pinturas que faziam referência a passagens bíblicas.
As pinturas que aparecem nessa época assinalam bem o estado de hibridação cultural vivido
no mundo romano. Muitas das imagens representadas no interior destas igrejas, que faziam sentido
ao culto cristão, também poderiam despertar os sentidos dos seguidores das demais religiões pagãs.
A representação de videiras nos arabescos das basílicas que poderia ter origem nos rituais
dionisíacos, agora, no contexto cristão, fazia referência ao sagrado ritual eucarístico.
Além dessa fusão, percebemos que a liberação do culto propiciou a inauguração de uma série
de novos elementos que integraram a iconografia cristã. Como exemplo, podemos citar uma
interessante imagem presente na Igreja de Santa Constanza. Em tal construção, podemos apreciar a
imagem do Cristo em um cenário paradisíaco entregando as leis nas mãos dos apóstolos Pedro e
Paulo.
Ainda durante o século IV, temos que ainda destacar as ações tomadas pelo Imperador
Teodósio. Por meio dos poderes a ele concedidos, este governante romano, no ano de 391, elevou o
cristianismo à condição de religião oficial de todo o Império Romano. Dessa forma, podemos
compreender por quais razões a pintura e a arquitetura cristã se desenvolveram tanto nesse espaço
de tempo.
Arte Bizantina

A arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de Constantinopla, capital do
Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes
de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria.
A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por Teodósio
procuraram fazer com que a religião tivesse um importante papel como difusor didático da fé ao
mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter
sagrado e governava em nome de Deus.
A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente
destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o desenvolvimento de rituais, cânticos e
basílicas.
O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de Justiniano ( 526-565 d.C. ),
considerada como a Idade de Ouro do império.

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