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HISTÓRIA GERAL DA ARTE

-HGA-

O Classicismo (Grécia e Roma)


e a sua crise (a relação Oriente
e Ocidente na idade Média)
LINHA DO TEMPO ARTE OCIDENTAL
ARTE GREGA
Sua civilização se deu
entre
o século XII a.C e X a. C.

Na formação inicial,
participaram os aqueus,
jônios, dórios e eólios,
depois foram se reunindo
em grupos, chamados
'pólis' grega, os povos da
Grécia continental e das
ilhas do Mar Egeu.

No início, eram uma


sociedade pobre, mas
depois enriqueceram,
tiveram contato com a
cultura egípcia e
desenvolveram a sua
própria arte.
ARTE GREGA

A arte grega começou a se manifestar em


quatro períodos:

 Período Homérico (776 a.C.);


 Período Arcaico (século VIII a VI a.C.);
 Período Clássico (século V a IV a.C.);
 Período Helenístico (século III a II a.C).
HOMÉRICO
ARCAICO

 O período arcaico da história grega durou do século VIII aC até a segunda


invasão persa da Grécia em 480 aC. O período começou com um aumento
maciço da população grega e uma revolução estrutural que estabeleceu as
cidades-estados gregas, ou polis .

 O período arcaico viu desenvolvimentos na política grega, economia, relações


internacionais, guerra e cultura. Também lançou as bases para o período
clássico, tanto política como culturalmente.

 Durante esse tempo, o alfabeto grego se desenvolveu e a primeira literatura


grega remanescente foi composta. A escultura monumental e a cerâmica de
figuras vermelhas também se desenvolveram na Grécia e, em Atenas, as
primeiras instituições da democracia foram implementadas.

 As primeiras tentativas de escultura assumir a forma de pequenas figuras de


homens, deuses e animais em argila ou bronze.
ARCAICO- KORAI
ARCAICO- KORUS
CLÁSSICO

 No Período Clássico, século V a.C., passou-se a procurar


movimento nas estátuas, há maior uso do bronze, mais
resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem
se quebrar.

 Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de


mulher eram esculpidas sempre vestidas.

 As principais características desse período são


o realismo idealizado, o naturalismo, o equilíbrio e a
serenidade.
CLÁSSICO
CLÁSSICO

alpendre de cariátides na Acrópole, Atenas


HELENÍSTICO
 Período Helenístico, séculos IV-I a.C., podemos observar o crescente
naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de
acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as
emoções e o estado de espírito de um momento.

 O desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi


a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras
que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de
todos os ângulos que pudessem ser observados.

 Além disso, aparece o pathos muito pronunciado, a composição


desequilibrada para valorizar o dramatismo, a expressão da dor física
através do rosto e na tensão muscular e o abandono do realismo
idealista e da serenidade.
HELENÍSTICO

Altar do templo de Zeus em Pérgamo representando a Gigantomaquia. Séc. II a.C.


HELENÍSTICO

Grupo de Laocoonte
HELENÍSTICO

Vitória de Samotrácia

Afrodite de Milo
EVOLUÇÃO DOS ESTILOS
ORDENS
ORDEM DÓRICA
ORDEM DÓRICA

Templo da Concordia, Agrigento (Sicilia)


ORDEM JÔNICA
ORDEM JÔNICA

Erecteion da Acrópolis de Atenas


ORDEM CORÍNTIA
ORDEM CORÍNTIA

Templo de Zeus Olímpico em Atenas


ORDENS
ROMA: origens
 Segundo ARAÚJO (1993), do ponto de vista histórico, na sua origem,
Roma era um forte construído pelos habitantes do Lácio (latinos e
sabinos) para impedir as incursões dos povos etruscos.

 Os etruscos, ao ocupar o Lácio, no século VII a.C., deram à cidade de


Roma a sua estrutura final.

 O poder político etrusco declinou a partir do século VI a.C., à medida


que Roma ascendia, a princípio libertando-se, depois dominando os
latinos da Itália central, antes de voltar-se contra os Estados
circundantes: sabinos, équos, volscos e samnitas.

 Em 265 a.C., a anexação de toda a Etrúria e a subsequente vitória


sobre os gauleses da costa do Mar Adriático, deram aos romanos o
controle total da Península Itálica.
ARTE EM ROMA
Influenciada fortemente pelos etruscos e gregos,
as manifestações artísticas romanas mais
significativas remontam ao estabelecimento da
República no ano de 509 a.C.

Apesar disso, conhecemos poucos nomes de seus


artistas e arquitetos, posto que era uma arte
coletiva ou feita para seus mecenas.

A arte romana é dividida em arte da :


 Roma Republicana (antes de 27 a.C.) e a da
 Roma Imperial (do ano 27 a.C. em diante).
ARTE EM ROMA
Os romanos aproveitaram a cultura dos
etruscos, cuja arte era bastante
desenvolvida, bem como deixaram-se
influenciar pelos padrões estéticos
gregos, que admiravam.

Quando os romanos conquistaram a


Grécia ficaram fascinados com a sua
arte e começaram a imitar os gregos.
Daí resulta que muitas das
características da arte grega são
encontradas na arte romana.
ARTE EM ROMA

 A arquitetura foi a maior de todas as expressões artísticas dos


romanos. Nela, a característica que mais se destaca é o uso
dos arcos.

 As esculturas romanas, por sua vez, são essencialmente


cópias das originais gregas e nela o realismo é uma
característica marcante.

 A pintura romana, caracteriza-se ora pelo colorido das


paredes, ora pelo ilusionismo ou pela riqueza de detalhes.
PINTURA EM ROMA
Os temas usados nas
pinturas eram baseados
em temas religiosos,
cenas do cotidiano, figuras
da mitologia, conquistas
militares.

Os gêneros mais
retratados eram
paisagens, retratos e
pinturas diversas.

A matéria –prima era


retirada da natureza.
Usavam pós de metais,
vidros pulverizados, pós
de madeira, etc., para
fabricarem suas tintas
ESCULTURA EM ROMA

Sarcófago etrusco de Cerveteri, 520 a.C.

Diana. Século II d.C.

Escultura do Rio Nilo, com esfinge egípcia e cornucópia.


Séculos I-II d.C
ARQUITETURA DE ROMA
A arquitetura romana não é “pura”, ela nasce com uma
forte influência de outras duas arquiteturas:
a grega e a etrusca.
ARQUITETURA DE ROMA
 Da Grécia, os pontos principais adotados pelos os romanos são: as
ordens dórica e jônica (fazem referência a regiões do país, onde as
técnicas eram mais usadas).

 o dórico se vê nas colunas externas dos templos romanos e na parte


sul da península Itálica.

 Enquanto o jônico, era mais presente nas colunas da parte interna.

 Para completar, essa mistura na arquitetura romana, a ordem


coríntia, também serviu como inspiração.

 Os etruscos influenciaram a arquitetura romana com os seguintes


elementos: arco e abóbada.

 Alguns historiadores, afirmam que foram os etruscos que ensinaram


o povo de Roma Antiga a construir pontes e outras edificações.
ARQUITETURA DE ROMA

Apesar de ser considerada uma derivação da arquitetura grega,


a arquitetura da Roma Antiga conseguiu criar as próprias
características, deixando um grande acervo e ideias para o
mundo ocidental.

As obras desse período estão espalhadas por toda Europa e


ainda hoje servem de estudos para historiadores e encantam os
admiradores de grandes valores arquitetônicos
ARQUITETURA DE ROMA

Coliseu Panteão
ARQUITETURA DE ROMA

Coliseu romano
ARQUITETURA DE ROMA
ARQUITETURA DE ROMA

Aquedutos romanos
ARQUITETURA DE ROMA

Teatro romano
IMPÉRIO ROMANO

PALEOCRISTÃ BIZANTINA

Primeiras Arquitetura em
edificações igrejas Constantinopla
cristãs
Cúpulas, pendentes
Adaptação de e planta
basílicas centralizada
(cruz grega)
PALEOCRISTÃO
Paleocristão: período
de transição entre o
culto politeísta e a
definição do
cristianismo como
religião oficial do
império.

Arco de Constantino,
Roma: Vitória na
batalha da ponte Mílvio
(312), deveu-se à
“inspiração da
divindade”, onde seus
soldados lutaram com
cruzes pintadas nos
escudos.
PALEOCRISTÃO

Somente após a proclamação de tolerância para todas


as religiões do Império Romano, por parte do imperador
Constantino, em 313, os cristãos adquiriram o direito de
construir edificações para a realização de cultos
públicos. Antes disso as missas eram realizadas em
moradias privadas.
PALEOCRISTÃO
Em muitas cidades, os cristãos
estabeleceram casas comunitárias
com um
salão de culto, um batistério e cômodos
para ajudar os necessitados.
Também organizaram cemitérios
separados para afastar seus funerais de
outras religiões, já que os cristãos
desaprovavam a cremação.

Quando não havia terreno disponível


para o cemitério, criavam subterrâneos,
geralmente em pedreiras abandonadas,
hoje conhecidos como catacumbas, os
espaços cristãos mais antigos que
sobreviveram ao tempo.
PALEOCRISTÃO

Por motivo de segurança, Constantino transferiu em 330dC a


capital de Roma para a cidade de Bizâncio
(depois chamada Constantinopla, atual Istambul, Turquia).

Ao sancionar oficialmente o cristianismo, Constantino tornou-se


responsável por alguns dos primeiros esforços para a
construção de igrejas, em sua maioria baseadas nas basílicas
romanas, adequadas às reuniões da nova religião.
PALEOCRISTÃO

Basílica Ulpia, Roma


BASÍLICAS
As basílicas podiam acomodar grandes multidões, importante
para uma religião que atraía cada vez mais convertidos.

Com modificações pequenas, a forma da basílica romana foi adaptada


para o ritual cristão: o altar era colocado na abside onde
anteriormente ficava o assento do magistrado, as entradas ficavam
na elevação oposta e um átrio em frente às portas acomodava grupos
de fiéis e permitia que as pessoas não batizadas (que não podiam
participar da missa), ao menos escutassem a celebração.

O arranjo longitudinal de átrio + nave central + abside formava


um eixo marcado para procissões que terminavam no altar.
BASÍLICAS

Basilica Ulpia, Roma, Itália

nave lateral

abside
central
átrio

nave

nave lateral

Igreja San Apollinare Nuovo (500), Ravena, Itália


BASÍLICAS
O clarestório sobre a parede
da nave central iluminava o
espaço central enquanto
pequenas janelas nas naves
laterais forneciam luz para os
espaços secundários.

As naves eram cobertas por


tesouras de madeira
apoiadas em paredes de
concreto revestido de tijolo ou
colunas de pedra.
BASÍLICAS

Mudança de função
em prédio existente:
decoração como
importante modo de
transmitir ensinamentos
cristãos para
um público na maior
parte analfabeto.
Ornamentação maior
dentro do que fora.

Igreja San Apollinare Nuovo (500), Ravena, Itália


BASÍLICAS

Igreja San Apollinare Nuovo (500), Ravena, Itália


ARQUITETURA BIZANTINA
A divisão entre os períodos Paleocristão
e Bizantino é feita no reinado de
Justiniano (527-565) que, como
imperador instalado em Constantinopla,
iniciou um programa vigoroso de
edificação de igrejas.

O reinado de Justiniano serve como um


marco conveniente para as diferenças
cada vez mais claras entre os lados
ocidental e oriental do Império Romano.

As obras efetivamente construídas ou tradicionalmente atribuídas à


Constantinopla são chamadas de
Arquitetura Bizantina.
ARQUITETURA BIZANTINA

Uma característica sua é a


preferência por cúpulas
(símbolo da abóbada
celeste)
em igrejas, em comparação
com os telhados de duas
águas sustentados por
tesouras de madeira
construídos nas igrejas
ocidentais.
ARQUITETURA BIZANTINA

As cúpulas inovadoras vistas nas


igrejas de Justiniano em
Constantinopla são importantes
contribuições para a história da
arquitetura e sofreram influência
dos antigos edifícios pagãos
erguidos na Roma antiga, como o
Panteão.
ARQUITETURA BIZANTINA
Em Constantinopla, duas basílicas com cúpula foram construídas
simultaneamente: Santa Irene e Santa Sofia

A menor, Santa Irene (532), tem:

 Planta baixa retangular dividida em naves central e laterais com abside


semicircular.

 Duas cúpulas cobrem a nave central e seu empuxo é contrabalançado


por grandes apoios retangulares.

 Nas naves laterais, cobertas por abóbadas de berço, há fileiras de


janelas com arcos que garantem luz interna.

Santa Irene representa uma nova interpretação de basílica,


combinando a lógica litúrgica da planta baixa longitudinal com as
características centralizadoras da construção com cúpula.
ARQUITETURA BIZANTINA
cúpula cúpula
menor maior

apoios
Abóbada de
berço
Santa Irene (532)
nave lateral

nave central abside

nave lateral
ARQUITETURA BIZANTINA

Santa Irene (532)


ARQUITETURA BIZANTINA
A maior, Santa Sofia (ou Hagia Sofia, 532) é a obra-prima da arquitetura
bizantina, projetada pelos arquitetos e matemáticos Antêmio de Trales
e Isidoro de Mileto.

Em planta baixa, é uma basílica com cúpula central, complementada por


pares de semicúpulas na frente e nos fundos.

Essa configuração é ao mesmo tempo linear (eixo longitudinal


dominante) e centralizada, com cúpula apoiada em pilares, ao centro.

Somando-se o diâmetro da cúpula (32,6m) com as duas semicúpulas


(21,8m cada), há um vão sem apoios de 76,2m, elevado do chão em
54,9m.
ARQUITETURA BIZANTINA

semi- cúpula semi-


cúpula central cúpula

76,2m

Santa Sofia (ou Hagia Sofia, 532)


ARQUITETURA BIZANTINA

Santa Sofia (ou Hagia Sofia, 532)


ARQUITETURA BIZANTINA

Santa Sofia (ou Hagia Sofia, 532)

Foram muitos os problemas estruturais impostos por um projeto tão audacioso e, ainda
assim, os suportes necessários não interferem no espaço interno, criando a sensação
de que a cúpula flutua sem esforço.
DECLÍNIO DE ROMA

Enquanto as culturas
bizantina e islâmica
floresciam no leste
europeu e na orla sul
do Mediterrâneo, na
Europa Ocidental o
Império Romano
entrou em declínio
DECLÍNIO DE ROMA
Os povos bárbaros cruzaram as fronteiras estabelecidas pelos
romanos e ocuparam Roma em 476:

 Os Francos se assentaram na futura França


 Os Lombardos no norte da Itália (atual Lombardia)
 Os Borgonheses no centro-leste da França (atual Borgonha)
 Os Godos e Visigodos desenvolveram o estilo arquitetônico
gótico
 Os Vândalos, por seu modo de domínio, deram origem ao termo
vandalismo
DECLÍNIO DE ROMA
Os assentamentos urbanos e a economia monetária
A cultura romana se que sustentava o governo de Roma foram substituídos
baseava na vida urbana por pequenas unidades agrícolas organizadas por
e dependia de um líderes locais que moravam em habitações fortificadas
governo centralizado e e controlavam à força as terras do entorno.
forte.

No caos que se seguiu


às invasões bárbaras,
a educação básica
necessária para a
manutenção da
autoridade
governamental (como
a alfabetização),
praticamente
desapareceu.
IDADE MÉDIA

Os camponeses cultivavam o
solo em troca de uma
subsistência miserável e da
proteção militar oferecidas pelos
líderes.

Esse arranjo de serviços e


proteção mútua formou o sistema
feudal, que englobava todos os
níveis sociais, do vassalo ao rei,
em uma complexa ordem social,
política e econômica.
IDADE MÉDIA

Entre os muitos líderes do sistema feudal, se destacou Carlos, o Grande (ou Carlos Magno),
responsável pela unificação de grande parte dos territórios das atuais França, Bélgica e Alemanha.
Sua influência se estendeu até Roma onde foi coroado pelo Papa Leão III como Sacro Imperador
Romano.
ROMÂNICO- Carolíngias
Carlos Magno sonhava com o renascimento da civilização romana (no que diz
respeito à administração do Estado, à literatura e às artes). Para isso, incentivou
artistas e arquitetos, além de investir na construção de novas igrejas
e monastérios.

As edificações desse
período (768-814) são
chamadas de Carolíngias
(derivação de Carolus,
nome latino de
Carlos Magno).
ROMÂNICO- Carolíngias

Um exemplo é o complexo
palaciano de Aachen,
Alemanha (792):
a capela foi inspirada na
de San Vitale (Ravena)
e o salão de audiências
segue o modelo das antigas
basílicas romanas.
ROMÂNICO- Carolíngias
Apesar de Carlos Magno e seus arquitetos admirarem as edificações romanas, não dispunham dos
conhecimentos de construção necessários para replicá-las, parecendo até um tanto grosseiras.
O interior da Capela
Contudo, estavam efetivamente resgatando a edificação monumentaléem alvenariapesado,
bastante
em uma região que não construía com tal técnica há cerca de 500 anos.
especialmente
devido aos enormes
pilares que
sustentam
a cúpula.

Como primeira
edificação ao norte
dos alpes a ser
coberta por uma
cúpula após a
queda do Império
Romano, reflete o
grande desejo do
imperador de fazer
renascer os ideais
clássicos
Capela do palacio de Aachen, Alemanha (792) da arquitetura.
ROMÂNICO- Carolíngias
O acréscimo das cabeceiras ocidentais às igrejas é uma das contribuições
carolíngias à arquitetura ocidental. Enquanto as igrejas paleocristãs apresentavam
campanários ou torres de sinos independentes, no período carolíngio as torres
passaram a ser geralmente incorporadas à própria igreja.

Capela do palacio de Aachen,


Alemanha (792)
ROMÂNICO- Carolíngias
Como o nome sugere, as edificações românicas
guardam algumas afinidades com a arquitetura da
Roma Antiga, principalmente pelo emprego de arcos e
abóbadas.

A tentativa de Carlos Magno para associar seu nome ao


império romano produziu um falso renascimento da
tradição clássica.

O estilo românico, pesado e escuro, nunca foi maior que a


tradição clássica.
ROMÂNICO- Carolíngias
A maior parte das
edificações
românicas se
baseia nas
massas de
paredes
portantes
contínuas que
sustentam o
peso das
abóbadas das
coberturas. Já
que as aberturas
poderiam
enfraquecer as
paredes, as
janelas eram
muito limitadas.
ROMÂNICO- Carolíngias

Outro pequeno edifício


que ainda resta do
período carolíngio é o
Oratório de Germigny-
des-Prés, França (806),
com planta em cruz grega
e uma torre central de
base quadrada.

Arcos em ferradura
estão presentes tanto na
planta baixa como nas
elevações.
ROMÂNICO- Carolíngias

Oratório de Germigny-des-Prés, França (806)


ROMÂNICO
O governo unificador de Carlos Magno não durou após sua morte, sendo
dividido entre seus 3 herdeiros, fazendo com que o poder na Europa
Ocidental gradualmente voltasse às mãos dos lordes locais.

A única instituição socialmente coesa que transcendia os grupos


regionais era a Igreja, que organizou a Europa medieval em dioceses
eclesiásticas, cada qual administrada por um bispo, localizadas nas cidades
principais das províncias.

Além da divisão de dioceses nas cidades, havia os monastérios (na


maior parte rurais) que cresciam e prosperavam. Carlos Magno havia
encorajado a fundação dessas entidades como meio prático de controlar os
territórios conquistados (além de suas contribuições espirituais e
educacionais).
ROMÂNICO
Poucas instituições tiveram impacto
tão amplo na arquitetura do período
medieval como os monastérios. Senhor feudal (rei)

A sociedade de Idade Média se


dividia em 3 classes: aqueles que
lutavam (os senhores feudais, Clero (sacerdotes)
proprietários da terra e seus
cavaleiros), a classe trabalhadora
Nobres e
(camponeses – vassalos, ferreiros, guerreiros
padeiros, comerciantes) e aqueles
que oravam (sacerdotes e monges).
Servos
O trabalho de cada um era
considerado essencial ao bem-estar
de todos.
ROMÂNICO
O monastério de St.
Martin de Canigou,
França (1001), é um
exemplo do processo de
difusão do monasticismo e
suas edificações ilustram o
progresso da arquitetura no
período românico.

Seu lugar na história da


arquitetura é garantido
como uma das primeiras
igrejas românicas
totalmente abobadadas.
ROMÂNICO

Em planta baixa a igreja


é uma basílica com
absides finalizando as
naves laterais e central.

As abóbadas de berço
de todas as naves se
apoiam em 10 suportes
(8 colunas atarracadas e
2 pilares) e nas pesadas
paredes externas.

monastério de St. Martin de Canigou, França (1001)


ROMÂNICO
A única fonte de luz natural são as
pequenas janelas nas
extremidades, resultando em um
interior escuro.

Uma torre de planta quadrada


se eleva contígua à igreja,
protegendo a entrada da abadia.

A construção de pedra é
simples, articulada pelos arcos
plenos usados sobre as janelas e
pelos relevos superficiais.

O escalonamento no alto da
torre lembra as fortificações monastério de St. Martin de Canigou, França (1001)
islâmicas encontradas na
Espanha
ROMÂNICO

monastério de St. Martin de Canigou,


França (1001)
GÓTICO
 Na Europa Ocidental, até o século XII, a vida se desenvolvia no campo.

 Os mosteiros eram os locais onde ficavam as bibliotecas, onde a Arte era


ensinada, divulgada e executada. A partir do século XII, o comércio promoveu o
desenvolvimento das cidades e com isso, o surgimento da burguesia,
composta pelos comerciantes.

 As cidades passaram a ser locais de discussões sobre fatos, sobre ideias e


sobre pensamentos. Ao lado dos novos conhecimentos, a Arte ganhou maior
vigor.

 À medida que o gótico se desenvolveu, podemos perceber o desejo de redução da


massa das edificações e o aprimoramento das características do espaço e da
iluminação, por motivos tanto metafísicos (Santo Agostinho) como práticos,
estimulando inovações técnicas e artísticas.

 Dessa forma, o gótico, antes de ser uma expressão do virtuosismo técnico, era
uma materialização de ideias religiosas e culturais, uma tentativa de alcançar o
céu, verticalmente.
GÓTICO
O termo “gótico”, utilizado pela primeira vez pelo escritor italiano Giorgio Vasari
no século XVI faz referência aos povos godo e visigodo, “bárbaros” que
dominaram parte de Europa após a queda do império romano.

Pejorativo, referia-se ao que não


tinha raiz clássica, já que no
século XVI, durante o
Renascimento, tratava-se de
algo importante.
GÓTICO
Se no românico o
mosteiro rural era
a principal peça
arquitetônica, no
gótico o papel
central
é da catedral, que
passa a se
destacar na
paisagem da
cidade como um
elemento vertical.

“Por definição, a
catedral é a igreja do
bispo, portanto, a
igreja da cidade, e
o que a arte das
catedrais significou
primeiramente na
Europa foi o
renascimento das
cidades” DUBY, 1978
GÓTICO

A definição do termo gótico envolve os elementos-chave


empregados em muitas edificações góticas:
o arco-ogival, a abóbada nervurada, os arcobotantes,
as janelas com rendilhado e colunas fasciculadas.
GÓTICO
Ao contrário das edificações românicas, nas quais paredes eram necessárias para
resistir às cargas, nas góticas a estrutura é um sistema em forma de
esqueleto que transfere as cargas da cobertura ao solo, o que libera grandes
áreas de parede para a fenestração.
GÓTICO

Uma vez que as construções


góticas concentram as cargas nos
pilares em vez de distribuí-las
uniformemente pelas paredes, a
necessidade de reforços em
pontos específicos é fundamental.

Os arquitetos góticos
Chave
desenvolveram contrafortes Nervuras
externos colocados em ângulo Arco transversal
reto à parede e conectados a Abóbada nervurada
ela em junções estratégicas Trifório
por meio de arcos Arco ogival
Coluna fasciculada
(arcobotantes), que parecem Janela
“voar” ou saltar para se afastar Contraforte
e reforçar as seções superiores Pináculo
da estrutura independente. Arcobotante
GÓTICO

Catedral de Saint-Pierre,
Beauvais, 1225, França
GÓTICO

O gótico originou-se no norte da


França, na região próxima de Paris
conhecida como Ile-de-France.
Nessa região viveu um dos
patronos das artes mais bem
informado e inovador da época, o
Abade Suger, uma das figuras
religiosas mais influentes do
período.

Criado na abadia de Saint Denis


desde criança, virou abade aos 33
anos e desenvolveu projeto de
ampliação da igreja, em 1137, na
tentativa de transformar a antiga
igreja carolíngia na mais importante
do mundo ocidental.
GÓTICO
A qualidade da luz e do
espaço criados em Saint
Denis não passou
despercebido por quem
visitava a abadia.

Duas décadas após, havia


igrejas góticas em
construção em vários locais
da Ile-de-France.
GÓTICO

A catedral de Notre-
Dame de Laon, 1155,
mostra com clareza os
elementos
típicos do gótico:
rosácea, arcobotantes,
Rosácea

nervuras vitrais e arcos


ogivais.
GÓTICO - Pinturas
Às vésperas do Renascimento, a pintura gótica surgiu nos séculos XII, XIV e início
do século XV.

Geralmente, as pinturas buscavam representar os seres com realismo e tratavam


de temas religiosos. Os principais artistas do período foram os que deram início à
pintura do Renascimento:

 Giotto - os santos eram reproduzidos como seres humanos com


simplicidade. A visão humanista, na qual o homem é o centro de todas
as coisas, começava a surgir nas pinturas dos artistas. As obras mais
importantes foram os Afrescos da Igreja de São Francisco de
Assis, localizada na Itália e o Retiro de São Joaquim entre os
Pastores.

 Jan Van Eyck - ele retratava a vida da sociedade da época,


registrando as paisagens urbanas e as suas características e detalhes.
As obras mais importantes são O Casal Arnolfini e Nossa Senhora
do Chanceler Rolin
Giotto
Ele tinha o nome de Ambrogiotto Bondone, mas ficou
conhecido como Giotto (1267-1337).
Viveu sua infância entre os campos e as ovelhas de
seu pai. A maior parte das suas obras foram afrescos
que decoraram igrejas.

A principal característica da sua pintura foi a


identificação da figura dos santos com seres
humanos de aparência bem comum. E esses santos
com ar de homem comum eram o ser mais importante
das cenas que pintava, ocupando sempre posição de
destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem
ao encontro de uma visão humanista do mundo,
que vai cada vez mais se firmando até ganhar
plenitude no Renascimento.
Giotto

Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis


Giotto

O casamento da Virgem, 1305


Giotto

A lamentação, 1305
Jan Van Eyck
Na pintura O Casal Arnoufini, realizado segundo os
princípios de um evidente realismo, Jan Van Eyck
mostra com riqueza de detalhes como eram os
aposentos e as vestes de um rico comerciante do
século XV.

A representação dos personagens e do ambiente é


detalhista, que o espelho convexo que se encontra na
parede do fundo reflete todo o quarto, dando-nos uma
visão completa do ambiente. Assim, o casal aparece
de costas refletindo no espelho e pode-se ver aí a
porta de entrada dos aposentos e até mesmo uma
pessoa que se encontra nela, olhando para o interior
do quarto
Jan Van Eyck

Arnolfini Portrait ,1434


Para saber mais...
BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Perspectiva, 2003

MUMFORD, L. A cidade na História: suas origens, transformações e


perspectivas. 2.ed. São Paulo, Livraria Martins Fontes Editora, 1982

https://www.nationalgeographic.com.es/historia/grandes-reportajes/dorico-jonico-y-
corintio-tres-ordenes-griegos_12757/3

http://historia-da-arte.info/idade-media/arte-gotica.html

https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-medieval/arte-gotica/

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