Você está na página 1de 11

Índice

A Origem da Arte Grega_________________________________________________3


Períodos da Arte Grega__________________________________________________4
Artes constituintes da Grécia Antiga________________________________________6
Bibliografia___________________________________________________________12
A Arte Grega
A arte grega engloba todas as manifestações artísticas e revela a história, a estética e a
filosofia desta mesma civilização. Uma característica da arte grega é a presença de
intelecto.
Foi a primeira expressão artística que valorizou o homem e suas possibilidades. O uso
de desenhos e linhas, a proporcionalidade, o equilíbrio e a expressividade atingida
foram conquistas surpreendentes.
Os historiadores da arte geralmente definem a arte grega como a arte produzida no
mundo de língua grega a partir de cerca de 1000 a.C. a cerca de 100 a.C.

A origem da Arte Grega


O que conhecemos como a arte do mundo
ocidental, principalmente a europeia, muito se
deve ao mundo grego e a sua cultura. Os Gregos
influenciaram a arte romana e outros períodos da
História da arte como o renascimento. Muitos
valores que tiveram sua origem na arte
grega exerceram influência fundamental sobre o
gosto estético predominante até o século XX.
A civilização minóica, particularmente Ilha de
Creta, tendo em conta algumas fontes, foi uma das
origens de uma arte que acabou por ser incorporada no continente grego, principalmente
através de Micenas. Posteriormente, uma onda de invasões de povos como os dóricos e
os jônios acabaram por formar o povo grego.
Essas invasões tiveram um impacto profundo sobre os povos da região. Não se sabe em
concreto o que aconteceu com as civilizações que a ocupavam anteriormente como a
micênica, mas a arte produzida até então acabou nesse momento, apesar de se poder
avistar influências dela na futura arte grega.
O resultado dessa época não foi unicamente o aparecimento de formas artísticas de
destaque desde as invasões dóricas, cerca de aproximadamente 1200 a.C. até o ano 800
a.c. Pensa-se que os dóricos não trouxeram com eles uma arte já desenvolvida e forte,
sendo a arte grega que acaba por despontar o resultado da intervenção das culturas dos
invasores com a dos habitantes da região.

3
Períodos da Arte Grega
A arte grega é dividida em três períodos: período arcaico, período clássico e período
helénico e helenístico.

Período Arcaico
Este período decorreu de 600 a 500 a.C. O estilo orientalizante
evoluiu para o arcaico, sem rompimento dos vínculos culturais,
mas pela gradativa assimilação dos elementos alienígenas no
repertório artístico nacional grego, já perfeitamente articulado no
fim do século VII. Tiveram início então a grande estatuária e os
baixos-relevos de características monumentais. Surgiram ainda o
koúros termo genérico para a estátua masculina, de pé e a kóre
donzela de túnica, ainda de influência egípcia pela rigidez e
ausência de movimento. Destacam-se as formas atléticas do
koúros de Anaviso 650 a.C., as figuras aristocráticas de meados
do século koúroi de Milo e de Tênea e o monumentalismo do grupo de Súnio 600 a.C..
A escultura arquitetónica chegou ao apogeu na decoração dos frontões do templo de
Aféia, em Egina c. 490 a.C., que resolveu problemas de composição insolúveis um
século antes, e dos frontões do templo de Ártemis, em Corfu.
No fim do século VII a.C., Atenas voltou a ser o principal centro de cerâmica pintada
estilo de figuras negras. A acrópole era o centro da atividade artística, com templos,
capelas, mercados e tesouros. Em meados do século VI a.C., Exéquias foi o artista que
representou o ponto alto da produção de cerâmica como em "Aquiles e Ajax", ânfora
dos Museus do Vaticano.
Por volta de 525 a.C., entrou em cena um novo estilo: o das figuras vermelhas, deixadas
na cor natural da argila para contrastar com o fundo pintado de negro. O novo estilo
permitia ao artista desenhar, em vez de grafar, detalhes naturalistas, dentro da tendência
geral observada na pintura mural e de cavalete. Os motivos decorativos eram numerosos
e incluíam cenas cotidianas ao lado de representações heroicas.

Período Clássico
Período clássico de 500 a 300 a.C. No início do
século V a.C. a arte grega subtraiu-se à influência
jônica, proveniente das ilhas do mar Egeu e
cidades litorâneas da Anatólia, o que deu lugar a
uma reação dórica, mais evidente após o começo
das guerras greco-pérsicas. A vitória sobre os
persas transmitiu aos gregos uma noção de
segurança e independência que se transmitiu a sua
arte, livrando-a de todo remanescente oriental.

4
Na segunda metade do século V, a arte clássica grega atingiu o apogeu, superando
inteiramente os traços arcaicos e dirigindo-se rapidamente para o realismo idealizado e
para o rigoroso equilíbrio que se revelou no estilo "severo" não só na escultura, como
nas demais artes e na arquitetura.

Período Helénico
Nasceu então uma conceção tipicamente grega do universo,
totalmente desligada de tradições culturais ou intelectuais
herdadas do mundo antigo. O novo conceito helênico da
ordem universal e a vocação heroica influenciaram toda a
produção artística grega. O ideal puramente helênico
manifestou-se em grupos escultóricos como "Os tiranicidas"
de Crítio e Nesiotes, e "Auriga de Delfos", de autor não
identificado, e culminou por volta de 457 a.C. nos frontões
do templo de Zeus, em Olímpia.
Entre as esculturas de Míron, cuja obra sobreviveu graças a
cópias romanas, é famoso o "Discóbolo", obra-prima na
qual o artista procurou representar o máximo da tensão que
antecede o movimento, ideal do período clássico. Pitágoras de Samos (primeira metade
do século V a.C.), considerado introdutor do realismo na arte grega, foi o primeiro
escultor a realçar a importância do ritmo e da simetria.
A arte grega atingiu seu ponto mais alto com
Pártenon 447-432 a.C., templo que é, em si mesmo,
uma obra-prima da arquitetura helênica, e cuja
decoração, a cargo de Fídias, corporifica os mais
altos ideais da sensibilidade nacional, num conjunto
extraordinariamente harmônico de forma e estrutura.
Toda a arte grega subsequente foi influenciada pelo
exemplo do Pártenon e mostrou a mesma conceção
idealizada da forma humana e de suas proporções.

Período Helenístico
Período helenístico de 300 a 100 a.C. A Grécia continental passou a segundo plano
quando, após a morte de Alexandre o Grande em 323 a.C., foram criados reinos
independentes na costa da Anatólia e no Egito. O centro da produção artística do mundo
helênico se deslocou para cidades como Rodes, Alexandria, Antioquia e Pérgamo. Deu-
se a esse período o nome de helenístico, para diferenciá-lo do helênico. De modo geral,
foram paulatinamente abandonados os princípios clássicos da harmonia rigorosamente
orgânica e do movimento em potência, para representar o movimento desencadeado, de
influência asiática.

5
Gradualmente, a arte deixou de satisfazer as
necessidades estéticas das comunidades para
preencher as dos indivíduos. Teve início o gosto pelo
colossal, a estética do dramático, a representação da
velhice, da fealdade e da infância e a multiplicação
dos retratos individuais. Na arquitetura, a ordem
dórica cedeu lugar ao estilo coríntio, de decoração
profusa, como no templo de Zeus em Atenas. A cidade
de Pérgamo destacou-se pelo altar de Zeus, com friso
expressionista. Em Alexandria, ergueu-se o famoso
farol, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
A escultura foi a arte helenística por excelência. Lisipo, escultor oficial de Alexandre e
autor do "Apoxiomenos" (cópia romana no Museu do Vaticano), introduziu uma nova
conceção de realismo e foi imitado por Eutíquides e Fânias. Em Pérgamo, em meados
do século III, um grupo de escultores assimilou as características da escola de Lisipo e
do estilo mais tradicional em vigor em Atenas, ao qual, no entanto, adicionou elevado
senso dramático, como no "Gaulês moribundo" (cópia romana no Museu Nacional de
Roma).
No fim do período helenístico ocorreu em Atenas uma reação classicizante, responsável
pelo surgimento do estilo denominado neoático, especializado no retrato e na
reprodução de originais de épocas anteriores, que teve em Roma seu maior mercado.

Artes constituintes da Grécia Antiga


A Arte Grega é constituída pelo conjunto de todas as artes que compuseram o cenário
da Grécia Antiga. A Arquitetura, a Escultura, a Pintura, as Artes Cênicas e a Literatura.
A arte grega é feita à medida do homem. A sua arquitetura e escultura não têm qualquer
semelhança com a das civilizações anteriores. As obras de arte são feitas á escala
humana. A sua execução atinge perfeição, proporção, equilíbrio e harmonia que servirá ,
e tem servido, de modelo a outras civilizações, ao longo dos tempos.

A Arquitetura
Na arquitetura, os gregos destacaram-se pelas suas grandes construções. O Dórico, o
Jónico e o Coríntio eram os modelos que os inspiravam.

Alguns exemplos da grandiosidade da arquitetura grega:


Acrópole de Atenas, Templo de Ártemis, Farol de Alexandria, Pártenon.
Principais Artistas: Ictino, Calícrates e Fídias, entre outros

6
Estilo Dórico
O estilo arquitetónico dórico é representado pela mais
básica coluna grega. Esta coluna, que podia chegar até
cerca de 12 m de altura, era canelada do topo até o chão. A
base da coluna não possuía nenhum revestimento ou
moldura desenhada. Entretanto, o topo era coberto por uma
moldura trabalhada e um contorno quadrado logo abaixo do
friso onde a coluna encontrava o ornamento triangular.
Estas colunas foram descobertas na arquitetura grega,
representando a evolução em construção e design do país.

Estilo Jónico
A arquitetura jônica também apresentava colunas que
chegavam até cerca de 12 m de altura e 1,5 m a 2 m na base.
O estilo jônico apresentava uma base quadrada e uma
moldura ao redor, e uma voluta onde encontrava o friso da
construção e a linha de decoração. A moldura do topo era
mais decorativa do que a apresentada nas colunas dóricas e a
base ostentava uma largura de 1 m a mais do que o topo.

Estilo Coríntio
O último dos estilos arquitetónicos gregos é o mais
elaborado e restrito a palácios reais e templos da coroa
grega. Este estilo é rebuscado, com colunas de base que
alcançam de 1 m a 1,5 m a mais de largura do que o topo. A
base se situa em um bloco redondo circundado por uma
moldura. O topo é decorado com ornamentos de folhas,
flores e volutas, combinados para formar o famoso estilo
coríntio.

7
Ornamentos Triangulares ou frontão
Todos estes estilos arquitetónicos são cobertos e finalizados com o ornamento
triangular que caracteriza a arquitetura grega. O teto triangular dos templos e
complexos gregos representam uma culminação definitiva da ordem grega que se
iniciou na base das colunas e se tornou uma refinada decoração no topo, conectada ao
teto para acabamento. Os gregos seguiram uma forma definida de simetria em que
todas as colunas, janelas e portas
apareciam em pares,
independentemente da quantidade
instalada na construção. Finalmente,
a ordem grega se completa, seja estilo
dórico, jônico ou coríntio, pelo
ornamento triangular na entrada da
construção.

Os templos são as construções mais famosas.


Eram construídos com o objetivo de resguardar
as esculturas dos Deuses das intempéries do
tempo.
Ficaram na história como símbolos da
engenharia arquitetónica grega. Bom exemplo é
a Acrópole. Situada na parte mais alta da cidade
de Atenas. Representa com suas edificações a
riqueza desta terra no auge de seu poder.
Os gregos utilizavam materiais como: mármore, calcário, pedras, madeira. Suas obras já
naquela época eram realizadas à base de cálculos matemáticos e geométricos. Além
disso, trabalhavam com proporções, simetrias e perspetivas.
Alguns exemplos da grandiosidade da arquitetura grega: Acrópole de Atenas, Templo
de Ártemis, Farol de Alexandria, Pártenon.

Principais Artistas: Icnitos, Calícrates e Fídias, entre outros

Escultura Grega

Nas imagens que esculpiam, os gregos buscavam a perfeição completa. Veias, músculos
e nervos eram ressaltados nas estátuas com o objetivo de retratarem o real da figura
humana em toda sua essência.
Características da escultura grega:
Realismo- As esculturas eram muito realistas, pois os artistas gregos eram exímios em
representar o real ao máximo. Por este motivo quando se admira uma escultura grega,
são notados detalhes perfeitos do corpo humano. Inclusive expressões que denotam os
sentimentos.

8
Temática: Essencialmente religiosa, com representação de Deuses
e Deusas, além de atividades esportivas relacionadas
principalmente às Olimpíadas. Também muito comum era
representarem sua rotina diária

Esta distingue-se em três tipos: a arcaica, a clássica e helenística.

A Arcaica – primitiva ( figuras estilizadas de corpo triangular e


longo pescoço) do sec. VII até VI a.C.

Caracterizam-se: pelo sentido de volume do desenho; figuras de


influência egípcia e suméria; simetria religiosa; rigidez e falta de
naturalidade; utilização de corpos cilíndricos, rosto triangular oval
e braços ligados ao logo do corpo; cabelos aos caracóis presos à
cabeça, sem leveza. São características as Kóre (femininas) e os
Koúros (masculino)

Fase de transição

Fins do sec.VI à segunda metade so sec. V a.C.

A Clássica

Da segunda metade do sec. V ao IV a.C.

Caracteriza-se: pela representação de uma beleza


idealizada e perfeita. É a perfeição dos deuses
humanizados. As vestes são suaves, delicadas e
transparentes, dando a ideia de movimento, vida e
volume por baixo delas; a anatomia do corpo é
atentamente estudada de modo a ser representada de
forma realista. Durante o sec. IV, as figuras tornam-se
mais delicadas e graciosas. O artista consegue fazer do
material aquilo que quer, criando obras de uma graça
natural e coesão perfeita.

9
Helenística

Dos fins do sec. IV ao sec. II a.C.

Tem como características, a expressividade, a emoção, ação


sentimento, dor, angústia, alegria... Por outro lado, movimento,
realismo, são comuns deste período. O sec. III é um seculo
racionalista, onde os deuses olímpicos já não têm razão de existir.
Criou-se uma arte à ,medida do homem e virada para a realidade da
vida. Agora os temas são o homem e a vida na terra, desde o seu
nascimento à sua morte, retratando o sofrimento e a alegria.

A Pintura
A pintura servia como elemento de decoração
da arquitetura realizada nos painéis e nas métopas. Porém,
destaca-se a pintura realizada nos potes de cerâmica cuja
forma de cada um dependia do uso que dele seria feito.
Serviam para rituais religiosos e também para armazenar
água, vinho e mantimentos. A decoração era feita com
figuras geométricas, pinturas mitológicas ou cotidianas,
mas na medida em que se tornaram cada vez mais belos,
transformaram-se em objetos artísticos.
Inicialmente, o artista pintava em negro as silhuetas das
figuras, depois fazia sulcos para gravar o contorno do corpo
e por volta de 530 a C. um artista inverteu o esquema de
cores: deixou as figuras na cor do vaso e pintou o fundo de negro, o efeito conseguido
foi sobretudo dar maior vivacidade às figuras.
Principais Artistas: Sófilos Exéquias, Clítias

Artes Cénicas (Teatro)


O que impulsionou as artes teatrais foi a necessidade de honrar os Deuses. As festas em
homenagem a estes foram as primeiras formas de organização teatral.
Um exemplo que pode ser citado é o “Culto a Dionísio”.
Nestes eventos a arte teatral teve início. Foram as festas
dedicadas ao Deus Dionísio que deram origem à
Comédia e a Tragédia gregas.
O teatro era interpretado por atores masculinos, que
utilizavam máscaras consoante o papel desempenhado.
Quem podia assistir eram apenas os cidadãos gregos.

10
Os teatros eram feitos num espaço redondo rodeado por bancadas com um inclinamento
perfeito para que todos conseguissem visualizar.
Principais Artistas: Pratinas, Phrynichus e Choerilus.

Literatura Grega

“mente e corpo são”


Os gregos nos deixaram um grande legado com sua arte literária. Foram os pioneiros na
literatura europeia. Sua contribuição tornou-se tão significativa que definiu alicerces
para diversos gêneros. Sua cooperação associada aos clássicos latinos e absorvida pelos
romanos, compôs padrões que serviram de moldes para a literatura ocidental.
A arte grega influenciou a arte romana. A habilidade grega era admirada por este povo
que passou a imitá-la em muitos pontos. No entanto, a influência foi recíproca, pois os
gregos também deixaram-se fascinar pelo povo de Roma.

11
Bibliografia

 “ Um novo Tempo da História” Parte 1- Porto editora


 “ No tempo da Grécia Antiga” – História do mundo
 Arte Grega, Antiga, Templo, História Arte Grega (portalsaofrancisco.com.br)
 Arte Grega - Resumo das Características na História da Arte
(historiadaarteweb.com)
 Teatro na Grécia Antiga – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
 A arte grega (slideshare.net)
 Arte Grega - Toda Matéria (todamateria.com.br)
 Arte da Grécia Antiga – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
 Arte na Grécia Antiga - História - InfoEscola
 Sua Pesquisa - textos didáticos para pesquisas escolares

12

Você também pode gostar