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A guerra do Peloponeso

Carlos Henrique castro da silva, Universidade Veiga de Almeida.

Resumo:

Nesse artigo iremos ver diferentes ângulos sobre a guerra do Peloponeso (guerra entre
Atenas e Espatas) e a narrativa Tucídides (460-400 a.C.) sobre os fatos. Discutindo as
diferenças entre as obras e os reflexos de tal guerra na atualidade contemporânea.

Introdução a guerra do Peloponeso:

A guerra do Peloponeso foi um importante conflito militar entre as cidades estados


Espatas e Atenas, tendo ocorrido no século V a.C, pois a vitória grega na guerra dos
medicas ( vitoria dos gregos sobre os persas) o medo de novas invasões levou a criação
da liga de delos pelos atenienses vendo a prosperidade, influência política e militar que
tal aliança proporcionou Esparta como resposta criou a liga do Peloponeso.

Conflitos entre aliados das respectivas alianças forçaram um posicionamento de ambas


assim criando o tratado de paz de 30 anos porem frequentes influencias de Atenas em
conflitos de seus aliados quebraram esse tratado levando Esparta por pressão de seus
aliados a declara guerra a Atenas. A guerra foi longa e marcada por intensos combates e
longos tratados de trégua, porem Atenas não aguentava mais sustentar tanto empenho e
recursos e se rendeu. Mesmo vitoriosa Esparta estava enfraquecida assim ruindo nas
invasões macedônicas lideradas por Felipe II e por seu filho Alexandre, o grande, esse
fato levou o fim da era clássica grega e proporcionou a expansão e mistura da cultura
grega esse evento ficou conhecido como Helenismo.

Desenvolvimentos-pensadores:

A professora, advogada e historiadora Carla Gastaud observa em seu artigo


“HISTORIOGRAFIA GREGA: TUCÍDIDES E A GUERRA DO PELOPONESO” a
narrativa de Tucídides e sua coerência com os fatos, Tucídides (460-400 a.C.) foi um
historiador ateniense, Gastaud evidencia a importância do método narrativo e as
diferenças com a de Heródoto. Tucídides (460-400 a.C.) critica o caráter amplo e
interpretativo usado por Heródoto. Em seu artigo fica claro a o uso de uma narrativa
severa narrando os fatos vivenciados sem influências de poemas e contidos usados
popularmente pelos gregos pra narra grandes acontecimentos temos como exemplos
citados por ela a ilíada de Homero e os contos da guerra de troia, a guerra em si e
descrita de forma simples e na visão tucidiana.

A doutora em historia Marinalva Lima observa em seu artigo “NARRATIVAS DA


PESTE NA HISTÓRIA DA GUERRA DO PELOPONESO DE TUCÍDIDES” a
importância do método de dedução lógica e cronologia usada por Tucídides (460-400
a.C.) em sua narrativa rejeitando o uso de mitos, a doutora lima da um forte destaque na
peste que assolou Atenas e aliados em meio da guerra, em seu artigo também e expostos
o abandono de velhos ritos religiosos e a medicina pandêmica da época, Atenas era uma
cidade desenvolvida no campo da filosofia, artes e medicina mesmo com métodos de
combate a pestes como isolação de doentes, observação de resistência e descarte de
corpos porem o cenário de guerra serviu pra amplificar os eventos da peste e abalar o
governo com revoluções civis. Com uma analise um pouco mais interna de Atenas a o
artigo nos proporciona uma visão mais política e biológica da guerra.

O doutor em historia Caio Gomes observa em seu artigo “A MORTE EM


TUCÍDIDES: CONSIDERAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA GUERRA DO
PELOPONESO” a relação política e fúnebre da guerra, fica claro o uso da oratória pra
incentivar o nacionalismo, temos o discurso de Péricles oração fúnebre o uso do termo
bela morte o auto destaca a relação da sociedade da época com a morte onde era bem
visto e ate desejado a morte em campo de batalha que e cheias de glorias, porem com o
andar da guerra e a peste os ritos fúnebre foi sendo decaído deixados lado por falta de
matérias assim a bela morte iria perdendo seu sentido.

Desenvolvimento- ângulos:

Ficou claro que um mesmo fato histórico pode ser observado de varias perspectivas
diferente sem perde sua varicosidade. Todos os três pensadores utilizados nesse trabalho
baseavam-se em nas narrativas tucidianas, dando a devida importância ao método
cronológico e lógico do mesmo. Tucídides (460-400 a.C.) por tal metodologias e
reconhecido como “Pai da Historia” nos dois primeiros artigos e dado grande
importância em relatar sua metodologia pois ele usava um método de relatar os fatos
minuciosamente transportando o autor pro fato, rejeitando mitos e lendas.

O segundo e terceiro artigo exploram mais intensamente a questão da peste e políticas


da guerra dando destaque a os grandes números de mortos, um complementa o outros,
pois no segundo e exposto os grandes índices de mortes ocorridas da peste levando ao
fim inviabilização dos ritos fúnebre e na decadência da ideologia da bela morte
defendida pelo terceiro.

Vemos também grandes diferenças onde o primeiro da grande destaque em Tucídides


(460-400 a.C.) e suas metodologias, o segundo já nos expõem a medicina e métodos
pandêmicos da época e o terceiro nos mostra uma marte mais política e religiosa da
guerra porém algo ficou em evidencia por se baseado nas narrativas de um ateniense o
autor ver a guerra unilateralmente sem um conhecimento sobre o cenário pré-guerra,
durante e pois espartana.

Reflexos na atualidade:

Graças as metodologias desenvolvidas por Tucídides (460-400 a.C.) pra narra a guerra
tivemos grandes avanços no campo da historia onde sua ideologia de narrar os fatos
mais fieis possíveis pra assim preserva-los na historia e utilizada ate os tempos atuais.
Com a guerra tivemos o fim da era clássica também isso teve com grande impacto na
filosofia do mundo, com a dominação macedônia principalmente a ascensão de
Alexandre, o grande (356- 323 a.C) assim disseminando a cultura e filosofia grega a todos
os povos dominados e misturando com as culturas próprias. Diminuindo a xenofonia e
levando avanços na área da filosofia, medicina, matemática, arquitetura, etc.

Conclusão:

O cenário mundial atual mostra que mesmo depois de séculos não temos políticas de
combate a epidemias eficazes comparando a peste de Atenas com a epidemia de Covid-
19 no Brasil observamos que mesmo com grandes avanços na medicina os governos são
lentos e ineficazes, Atenas ainda estava num cenário de guerra isso torna a situação
brasileira ainda mais alarmante. Temos muito a aprender com as civilizações antigas a
guerra do Peloponeso nos proporciona muitas informações sobre estratégias militares,
políticas, pandêmicas... O leitor automaticamente pode ligar sua realidade com a do
passado.
Referencias:

Gomes, Caio Cesar Machado. A MORTE EM TUCÍDIDES: CONSIDERAÇÕES


SOBRE A HISTÓRIA DA GUERRA DO PELOPONESO ( VIII Congresso
Internacional de Historia- 10/2017)

Disponível em:

http://www.cih.uem.br/anais/2017/trabalhos/4032.pdf

Gastaud, Carla Rodrigues. HISTORIOGRAFIA GREGA: TUCÍDIDES E A GUERRA


DO PELOPONESO (Este artigo é parte de dissertação de mestrado defendida junto ao
PPG em História da UFRGS)

Disponível em:

https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/HistRev/article/viewFile/11891/7555

Lima, Marinalva Vilar. NARRATIVAS DA PESTE NA HISTÓRIA DA GUERRA DO


PELOPONESO DE TUCÍDIDES (Alétheia Revista de Estudos sobre Antiguidade e
Medievo – Volume 10/1, 2015)

Disponivel em: file:///C:/Users/carlos.J%C3%A9ssicaBatalha.000/Downloads/6696-


Texto%20do%20artigo-16862-1-10-20150214.pdf

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