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ATENA S E
ESPARTA
GRÉCIA ANTIGA: PERÍODO ARCAICO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. ESPARTA
2.1. MAPA DE ESPARTA
2.2. ESTRUTURA SOCIAL
2.3. ESTRUTURA POLÍTICA
2.4. REIS ESPARTANOS
2.5. GUERRAS MÉDICAS
2.6. LIGA DO PELOPONESO
3. ATENAS
3.1. MAPA DE ATENAS
3.2. ESTRUTURA SOCIAL
3.3. ESTRUTURA POLÍTICA
3.4. A FIGURA DE DRÁCON
3.5. EXÉRCITO E A CRISE SOCIO-ECONOMICA
3.6. ENRIQUECIMENTO DE INDIVÍDUOS NÃO NOBRES
3.7. GOVERNO DE SÓLON
3.8. LEI SEIXATEIA
3.9. FIM DO GOVERNO DE SÓLON
3.10. FIGURA DE CLÍSTENES E O INCIO DA DEMOCRACIA
3.11. DESENVOLVIMENTO ECONOMICO
3.12. FIGURA DE PÉRICLES
3.13. LIGA DE DELOS
3.14. GUERRA DO PELOPONESO
INTRODUÇÃO

• Período Arcaico (séculos VIII - VI a.C.);


• Expansão das cidades-estado (Polis);
• Fim da monarquia: conselhos e cargos públicos;

“[...]centro de tudo está a criação de instituições que


submeteram mesmo os homens mais poderosos a órgãos
formais e normas de autoridade. [...]” (FINLEY, 1990, p.99)

• Expansionismo afim de conquistar terras;


• Esparta e Atenas - 800 a.C. e 500 a.C.
ESPARTA

• Localizada na Lacônia ou Lacedemônia, na Península do Peloponeso


ao sul do território grego;
• Área de 1.200 km, após conquista da Messênia, sudeste Peloponeso,
5.100 km;
• Surgiu em algum momento do período Homérico, fundada pelos
dórios no século X a.C.;
• Nome tem origem de Esparta, filha de um rei local chamado Eurotas
• Margens do Rio Eurotas; acesso ao mar era dificultado pelos
grandes despenhadeiros e pântanos;
• Minas de ferro e solo fértil.
MAPA DE ESPARTA
ESTRUTURA SOCIAL

• ESPARCIATAS/Iguais ou pares: não trabalhavam, ESPARCIATAS


donos de terras, ocupavam os cargos públicos 5%
(dirigia a cidade-estado);
• PERIACOS: Homens livres, comerciantes (viviam
na periferia), pagavam altos tributos(eram proibidos PERIACOS
de ter terras), convocados nas batalhas; 10%
• HILOTAS: NÃO ERAM ESCRAVOS, pagavam uma
porcentagem do produzia ao estado e trabalhavam em
suas terras.
HILOTAS
“[...] vassalos do estado espartano, os hilotas eram 85%
designados a indivíduos, sem liberdade de ir e vir ou de
mandar na própria vida, mas detendo certos direitos, que PIRÂMIDE SOCIAL DE ESPARTA
geralmente eram respeitados [...]” (FINLEY, 1990, p. 120)
• Relação de desprezo aos estrangeiros por receio de
influências externas;
• As mulheres espartanas desfrutavam de status e eram
respeitadas;
- Eram incentivadas a praticar esportes;
- Comportamentos diferentes antes e depois do casamento,
função de dar a luz a guerreiros.

• Crianças viviam com a família até os 7 anos;


- Entregues pelos pais aos centros de treinamento;
- Um processo educacional militar chamado agoge.

“[...]para aprenderem a suportar a dor, os meninos eram


chicoteados até sangrarem e eram ensinados a serem cruéis,
desde garotos, caçando e matando hilotas. [...]” (FUNARI, 2002,
p. 31) Uma mulher espartana dando um escudo
para seu filho, por Jean-Jacques-François
Le Barbier (1805), Neuberger Museum of
- Aos dezoitos anos, ingressavam nos hippeis (responsáveis Art em Purchase, Nova York, EUA
por missões secretas e servidão a escolta real).
ESTRUTURA POLÍTICA

• Estrutura rígida, supostamente formulada por Licurgo


• Leis de Licurgo por Plutarco em 1470:

- Estado que escolhe educador da criança;


- Funcionário tinha autoridade sobre os filhos, auxiliando
na educação;
- Uso de chicotes para punição;
- Éforos responsáveis por decidir a vida da criança.

• Participação política restrita (Esparciatas);


• Governada por uma diarquia (funções religiosas,
militares e judiciárias);
- Em períodos de guerra, um rei liderava as tropas Lycurgus of Sparta, Pintura de Merry-Joseph
espartanas, o outro ficava cuidando da Polis. Blondel (1828), Musée de Picardie, Amiens,
France
5 ÉFOROS
Monitoram Elege

• Ápela: Assembleia de cidadãos


esparciatas com mais de 30 anos
poderiam reunir-se para aprovar ou Compõem
rejeitar as propostas. DIARQUIA GERÚSIA ÁPELA
Elege

• Gerúsia: Funcionava como um senado, Comandam


composto pelos dois reis e 28 cidadãos Participam
com mais de 60 anos, realizava
julgamento de civis.
Formam
EXÉRCITO ESPARTANOS
• Éforos: Conselho formado por cinco
esparciatas para um mandato anual,
função de monitorar o trabalho dos reis. Formam
PERIACOS

HILOTAS: SEM DIREITOS


REIS ESPARTANOS

Leônidas I (491 - 480 a.C.): ficou famoso por sua


liderança durante a Batalha das Termópilas em 480
a.C. Comandou um pequeno exército de espartanos
que resistiram heroicamente aos persas.

“Em terra, mais precisamente no Desfiladeiro das


Termópilas, Xerxes sofreu um atraso de três dias e a
perda de 20 mil homens que foram barrados por
destemidos oito mil gregos sob o comando do Rei
Leônidas de Esparta. [...] juntamente com seus 300
espartanos e outros 100 gregos morreram, os outros
gregos conseguiram fugir. De qualquer modo, os Estátua de um hoplita
espartanos tiveram um importante papel no atrasar o com elmo que
acreditam ser Leônidas
exército persa[...]” (VIERA, 2017, p. 61) I – Século V a.C.
Cleômenes III (235 - 222 a.C..): foi conhecido
como um rei reformista. Ele tentou fortalecer
Esparta ao implementar reformas sociais e
militares, mas enfrentou resistência da
aristocracia espartana.

“Foi durante o governo de Cleômenes e


Demerato que os aliados passaram a ter papel
no progresso espartano. [...] os aliados
passaram a ser consultados ,em reuniões mais
ou menos formais convocadas para essa
finalidade, sempre que seu apoio militar era Tetradracma de prata (16,83 g). 227-222
necessário, ou pelo menos quando se a.C. Cabeça com diadema de Cleômenes
III.
considerava uma operação conjunta em grande
escala." (FINLEY, 1990, p. 126)
GUERRAS MÉDICAS

• Série de conflitos entre o Império Persa e as


cidades-estado gregas, no século V a.C;
• Primeira guerra após a revolta das cidades
gregas da Ásia Menor, controladas pelos Persas;
• Batalha de Maratona, em 490 a.C.: primeira
grande vitória dos gregos;
• Xerxes, rei da Pérsia, organizou uma segunda
invasão à Grécia em 480 a.C., impedida pela
batalha de Salamina;
• Vitória grega possível devido à superioridade na
batalha naval e habilidade de liderança de Relevo rupestre de um rei aquemênida,
provavelmente Xerxes I, localizado no Museu
Temístocles e Leônidas I. Nacional do Irã
LIGA DO PELOPONESO

• Aliança militar liderada por Esparta no século V


a.C;
• Composta por Corinto, Tegea e Mantineia, além
de outros aliados espartanos em toda a Grécia;
• Garantir a segurança e a proteção dos membros
contra possíveis ataques externos (Pérsia,
Atenas).

“Historiadores modernos chamam-na de Liga do


Peloponeso, embora os gregos tenham sempre se
unido aos espartanos e seus aliados[...]” (FINLEY, Hoplita grego e guerreiro persa lutando entre si.
Representação em kylix antigo. 5º c. BC Museu
1990, pp.128). Arqueológico Nacional de Atenas
ATENAS

• Localizada no sudeste da península grega central, na Ática, na encosta


sudoeste do Monte Licabeto, entre os pequenos rios Cefiso, Ilissos e
Eridanos;
• Surgiu ainda no período da Civilização Micênica, estabelecida pelos
jônios, cretenses, aqueus e eólios por volta de 1.600 a.C;
• Mitos gregos narram que Atenas recebeu seu nome em homenagem à
deusa Atena;
• Solo pouco fértil e exploração da prata;
• Plantações de oliveiras e uvas nas colinas;
• Costa sul e leste favorável a navegação.
MAPA DE ATENAS
ESTRUTURA SOCIAL
• EUPÁTRIDAS: Homens atenienses, filhos de atenienses
EUPÁTRIDAS e grandes proprietários de escravos;
• DEMIÚRGOS: Comerciantes que enriqueceram e
DEMIÚRGOS
também possuíam o status de cidadãos;
GEORGÓIS • GEORGÓIS: Pequenos proprietários de terras que
perdiam propriedade e se tornavam escravos por dívida;
• THETAS: pequenos proprietários rurais endividados e
THETAS
dependentes dos eupátridas, eram os credores de suas
dívidas;
METECOS • METECOS: Estrangeiros comerciantes, não possuíam
direitos políticos;
ESCRAVOS
• ESCRAVOS: Prisioneiros de guerra, endividados e filhos
de escravos.

PIRÂMIDE SOCIAL DE ATENAS “[...] todos os homens livres da Ática eram atenienses, quer
vivessem na cidade principal, quer em Maratona, Elêusis ou
qualquer outro lugar da zona rural.[...]” (FINLEY, 1990, p.
129).
• Homens com mais de 18 anos eram considerados
cidadãos;
- Participavam do governo e tinham direitos;
- Podiam ter propriedades e pagavam impostos.

• Mulheres não tinham direitos;


- Não participavam da política;
- Deviam obediência a um homem (pai ou marido);
- Ricas ficavam em casa, pobres trabalhavam.

• Educação em Atenas direcionada somente aos


homens a partir dos sete anos de idade;
- Objetivo: formar cidadãos politicamente ativos
Escola de Atenas, por Rafael Sanzio pintada entre 1509 e 1510 na Stanza (paideia);
della Segnatura
- Educação dividida em duas: primária (leitura,
escrita, matemática e música) e secundária (filosofia,
Platão aponta para o alto, o mundo inteligível. literatura, política e retórica);
Aristóteles tem a mão na horizontal, representando
- Restrita a homens livres e a elite. Mulheres e
o terreste, o mundo sensível.
escravos não tinham acesso.
ACRÓPOLE/ÁGORA ESTRUTURA POLÍTICA

• ECLÉSIA: Cidadãos atenienses com mais de 18 anos


ESTRATEGOS
ARÉOPAGO de idade;
• BULÉ: 400/500 cidadãos atenienses com mais de 30
anos, assembleia restrita, cidadãos cuidam de
Sorteio assuntos recorrentes na cidade;
Elegem BULÉ • HELIEU: Tribunal popular formado por 6.000
juízes com mais de 30 anos;
• ARÉOPAGO: Julgava os crimes religiosos e de
ARCONTES HELIEU morte vitalícios;
• ESTRATEGOS: Dez cidadãos eleitos pela Eclésia
Sorteio
anualmente para comandar o exército e a marinha;
Sorteio • ARCONTES: Nove cidadãos com mandado de 1
ECLÉSIA
ano.

“[...] Estado passou a ter oficias eleitos pelo povo, mas


Formam Formam com poderes limitados pelo próprio povo, cujo corpo
principal era composto de dez estrategas, líderes
EUPÁTRIDAS GEORGÓIS DEMIÚRGOS militares, e nove arcontes, que ajudavam na
administração geral da polis.” (FRANÇA, 2013, p. 21)
A FIGURA DE DRÁCON
“[...] em 621 a.C., nomearem Drácon como arconte e lhe concederem
poderes extraordinários para por fim nesse conflito, bem como preparar um
código de leis escritas (até então eram orais). [...] elaborou um rígido
código de leis baseado nas normas tradicionais arbitradas pelos juízes. [...]
Em seu código, Drácon afirmava, essencialmente, a supremacia dos
poderes públicos. Consagrava o direito de jurisdição do pai sobre o filho,
mas suprimiu a vingança particular. Para os crimes graves, aqueles
submetidos ao conselho dos anciãos, Areópago, as penas eram a morte ou o
exílio. O código escrito [...] não era uma constituição pois não contemplava
os problemas econômicos e sociais [...] tensão social na polis, materializada
pela revolta dos grupos sociais atenienses em contraposição aos eupátridas
Entalhe de Draco Lawgiver na biblioteca da [...] Esses aristocratas, chamados eupátridas, que já possuíam as melhores
Suprema Corte dos EUA.
terras, monopolizavam o poder e o sistema em voga, todo ele baseado na
riqueza de seus integrantes, o que gerava uma revolta sem precedentes, com
frequentes lutas políticas, já que os cidadãos eram privados de qualquer
direito, tornando-se devedores dos eupátridas, e muitos acabavam como
escravos por não quitar as exorbitantes dívidas.” (FRANÇA, 2013, p. 6. 7)
EXÉRCITO E A CRISE
SOCIO-ECONOMICA

"[...]com a adoção da falange hoplítica no campo de batalha. Este novo


método de combate propiciou a indivíduos não pertencentes à aristocracia
defender a pátria na guerra [...] A abertura do exército a homens não nobres
põe fim ao monopólio dos aristocratas no campo militar, e,
consequentemente, a participação na defesa da cidade permite aos
primeiros exigir melhores condições de vida e participação política, já que,
doravante, desenvolvem a consciência de que a segurança da cidade é de
responsabilidade de todos os cidadãos [...] a nova técnica militar propiciou
ao cidadão-soldado compreender que o destino da cidade não dependia
mais de uma rica aristocracia, mas sim do esforço coletivo de seu exército
hoplítico, no interior do qual todos os membros tinham vital importância,
pois de cada um deles dependia toda a formação, ou seja, a perda de um
indivíduo acarretava o desequilíbrio da falange.” (FRANÇA, 2013, p. 7)
ENRIQUECIMENTO DE INDIVÍDUOS NÃO NOBRES

"[...] mudança socioeconômica tenha ocorrido em virtude da intensificação


do comércio, ocasionada pelo fenômeno da colonização e do desenvolvimento
produtivo, que, em médio prazo, provocou modificações na estrutura social
das cidades-estado, posto que o espírito empreendedor de cidadãos
envolvidos com o comércio ocasionou o surgimento dos chamados
plutocratas, indivíduos que por meio das atividades comerciais obtinham
fortuna.[...] a riqueza deixa de ser vista como um atributo exclusivo do nobre
[...] partir do momento em que homens não oriundos da aristocracia
começam a concentrar riquezas, ocorre uma grande transformação social em
diversas polis, pois a obtenção de fortuna faculta aos novos ricos pleitear o
direito à participação política. Diante da crise acentuada, com o apoio dos
não eupátridas, comerciantes e artesões ricos, foi nomeado arconte Sólon, um
grande estadista ateniense com reconhecida capacidade de dirimir as
questões e pendências de modo sábio e satisfatório." (FRANÇA, 2013, p. 7, 8)
GOVERNO DE SÓLON

“A história foi documentada e que possibilita aos historiadores a


possibilidade de obter conhecimento do seu período de governo.[...]
expressou-se não em prosa mas em poemas que se conservaram por
séculos[...] o texto original do seu código de leis, escrito em tábuas
madeira, foi preservado por muitos anos ,embora a confusão nas fontes
tenha provocado divergências entre os estudiosos moderno, no que diz
respeito à detalhes e até mesmo período de tempo que elas continuar
acessíveis. A respeito de Sólon, sua personalidade o tornou admirado a
grande massa de plebeus em Atenas, que em contraste com a
aristocracia da época, que elevou a figura ao cargo de arconte, a pedir
que ele tornasse tirano, o que o mesmo recusou [...] mas aceitou o
arcontado especial, pondo-se por um complicado caminho entre as
exigências extremas do campesinato e a linha dura da nobreza”
Sólon, autor desconhecido, replica (FINLEY, 1990, p. 132)
de 90 d.C. ca do original grego
em 110 a.C..
LEI SEIXATEIA
• Durante o governo de Sólon, Atenas sofreu modificações em seu sistema político e de leis
• Primeiro ato as dívidas dos camponeses foram canceladas e diversos atenienses que sofriam em
prol dessas tornaram-se livres, mesmo aqueles que haviam sido vendidos a custas das suas dividas
foram trazidos de volta a Atenas.
• Não providenciou o confisco de grandes terras a fim de redistribui-las à classes de pessoas
comuns, o que não dificultou para que estes, por meio de outras alterações políticas pela ordem de
Sólon, tivessem melhor conhecimento e clareza dos regimentos de Atenas.
• Durante o seu governo encontrou obstáculos na camada aristocrática, o que resultou a ele instituir
uma produção de "hierarquia formal de posição social" nela, a produção agrícola mais rica, mais
numerosa, era o ponto chave para determinar o lugar que ocuparia.
• Sólon, ocupava a primeira classe, mais alta, compondo o Conselho do Areópago, que continha
demais membros da nobreza. Por conseguinte, as duas outras classes ocupavam cargos menores,
que compunham o conselho dos 400. Aos restantes era limitado o uso da assembleia.
• Quanto às essas instituições, as informações são limitadas, mas muito dizem respeito ao poder que
essas classes detinham e que passaram a ter após as inovações políticas e sociais implantadas por
Solon, uma vez que, seguindo o critério de determinação das classes, povos com produção agrícola
elevada,mas que não possuíam lugar entre os nobres, por exemplo, encontraram posição no
Conselho de Areópago, bem como, soldados e pobres puderam alcançar a possibilidade de
participação no governo.
FIM DO GOVERNO DE SÓLON

Contudo, após tais transformações que tanto


impactaram a estrutura social ateniense,
muitos de seus indivíduos descontentes
levaram a Sólon suas reivindicações, o
mesmo, no entanto, afastou-se da região de
Atenas, a fim de fugir da possibilidade de
elevar-se ao cargo de tirano, dessa maneira, a
região então encontra um novo cenário, com
a figura nova de Pisístrato, cujo filho Hípias
Escultura de Pisístrato, autor governou por conseguinte em Atenas.
esconhecido Statens Museum
for Kunst, Dinamarca.
FIGURA DE CLÍSTENES E O
INCIO DA DEMOCRACIA

• A região de Atenas sofreu outra grande


transformação após um longo tempo, com a figura de
Clístenes, após um governo que regressou à estrutura
política de Atenas a antes das modificações de Sólon,
governo este posterior a Hípias.

"[...] Clístenes reelaborou a constituição e assentou a


base estrutural da democracia ateniense." (FINLEY,
1990. p. 137)

• Importante ressaltar a ajuda nacional envolvida, que


Clístenes, 'O Pai da Democracia mais tarde tornou-se o motivo para o
Ateniense', 2004, Christoforidis, desenvolvimento econômico de Atenas.
Anna, Statehouse de Ohio,
Columbus, Ohio, EUA.
DESENVOLVIMENTO ECONOMICO

Após as modificações feitas por Clístenes, uma rede de acontecimentos fomentaram a


exaltação à edificações e festivais na região ateniense, que já encontrava-se repleta de
celebrações a Homero, templos de devoção aos seus deuses, a exemplo de Zeus e
patrocínios à arte em geral, que foram de grande importância para o crescimento
econômico em Atenas, a cerâmica, atividade econômica que já tinha certo destaque na
região, por exemplo, recebeu ainda mais atenção e incentivo, que logo veio a torná-la
uma das maiores exportadoras do material para cidades Gregas e demais regiões,
como o Ocidente. Outrora, é importante citar a cerca das moedas produzidas na
região, continuamente, essas grandes transformações e inovações, com o tempo,
elevou a entrada de gregos no território tão produtivo que Atenas tornou-se.

“A grande atenção dada a edificações e festivais públicos constituiu um fator de


crescimento na economia da cidade.[...] a única moeda grega genuinamente
internacional, ocorreu ou no reinado de Pisístrato, ou no do seu filho.[...]a cidade se
convertia num centro cultural pan-helênico.”
FIGURA DE PÉRICLES
“Quando adulto, se vinculou ao partido democrático, tendo como
mentor Efialtes, líder do partido, e participou ativamente do processo de
mitigação dos poderes do Areópago, que era controlado pelos
aristocratas. Essa proposta foi aceita pela Eclésia, e deu início a era de
uma democracia radical. Buscando cativar o povo, Péricles conseguiu a
permissão para permitir aos pobres assistir gratuitamente peças teatrais,
subsidiada as entradas pelo Estado.[...]conseguiu abaixar a exigência de
propriedade necessária para a eleição de arconte, e concedeu salários
generosos para os cidadãos que serviam ao Tribunal de Heliaia.
Procurou pôr em pratica leis que concediam às classes mais baixas
acesso ao sistema político e aos cargos públicos, dos quais eram
barrados anteriormente devido aos seus recursos limitados ou origens
humildes.
Com a morte de Efialtes[17], em 461 a.C., Péricles se consolida líder do
partido democrático e soberano de Atenas, onde permaneceu quase que
Busto de Péricles com a inscrição
ininterruptamente até a sua morte em 429 a.C. Cumpre destacar que o
“Péricles, filho de Xantipo, Ateniense”. único cargo público ocupado por Péricles foi o de generalato, e mesmo
Cópia romana em mármore de assim era o soberano de fato de Atenas.” (FRANÇA, 2013, p. 13)
um original grego, 430 a.C.
(Museus Vaticanos, Roma).
A Reconstruction Of The
Parthenon, Athens, Art
Painting by Thomas
Allom

“Desenvolveu pessoalmente os planos do Partenon, assim como iniciou um


ambicioso projeto de construções de grandes estruturas na Acrópole de Atenas,
projeto este que não só serviu para embelezar a cidade e exibir a sua glória, como
também para dar emprego a população.” (FRANÇA, 2013, p. 12)
LIGA DE DELOS
• Liga de Delos foi uma organização militar formada por Atenas para
combater a presença persa no Mediterrâneo;
• A Liga teve a sede em Delos e Esparta, mas após a ameaça persa ter sido
afastada, Esparta deixou a Liga, gerando um atrito com Atenas;
• A concentração de poder em Atenas e a arrecadação de impostos fizeram
com que a cidade dominasse ainda mais a região;
• A transferência do tesouro da Liga de Delos para Atenas em 450 a.C.
aumentou o poder da cidade,usadp para reconstruir a cidade e investir
em seu processo de urbanização e remodelamento, no governo de
Péricles;
• A Liga de Delos foi a base do poder e da hegemonia ateniense no século
V a.C., considerado o período clássico ateniense;
• A forma de arrecadação da Liga pesava para as cidades menores, que
Oração fúnebre de Péricles (Perikles hält die
contribuíam com impostos, enquanto as cidades maiores contribuíam
Leichenrede) por Philipp Foltz (1852) com tropas e navios;
• A cobrança de impostos gerou contestações e rebeliões de cidades que
buscavam se libertar do poder ateniense;
• Em 431 a.C., a Liga de Delos entrou em colapso após o início da Guerra
do Peloponeso, quando várias cidades-Estado abandonaram a aliança e
se juntaram ao lado oposto.
GUERRA DO PELOPONESO
• A Guerra do Peloponeso foi um conflito militar entre as cidades-estado gregas de Atenas e
Esparta, que ocorreu entre 431 a.C. e 404 a.C;
• Foi travada em duas fases, com um intervalo de paz de dez anos entre elas;
• A guerra foi desencadeada pela rivalidade entre Atenas e Esparta pelo controle da Grécia e
pelo domínio do comércio e da política marítima na região;
• A guerra foi caracterizada por uma série de campanhas militares em que as duas cidades-
estado lutaram em terra e mar, bem como por uma série de revoltas de cidades que mudaram
de lado ou se rebelaram contra seus governantes;
• As fases da guerra foram marcadas por várias vitórias e derrotas para ambos os lados, mas
Atenas acabou perdendo a guerra depois de um longo cerco de sua cidade e a imposição de
condições severas de paz pelos espartanos;
• A guerra deixou as cidades-estado gregas enfraquecidas e vulneráveis a outras invasões, como
a invasão macedônia liderada por Alexandre, o Grande, que levou à conquista da Grécia.

“Os avanços de Sólon e Clístenes e a consolidação da hegemonia grega com Péricles e o


início da era de ouro de Atenas proferiram a sentença de morte da paz no império grego.
Percebendo isso, Péricles acumulou uma notável reserva financeira para suportar um conflito
em larga escala que estava por vir.” (FRANÇA, 2013 p. 13)
REFERÊNCIAS

FINLEY, Moses. Grécia Primitiva: Idade do Bronze e Idade Arcaica. 1 ed. Martins Fontes, 1 de janeiro de 1990. P.
119 – 138.

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. 1 ed. São Paulo: Editora Contexto, 2002. P. 28 – 42.

PLUTARCO, Lúcio Méstrio. Licurgo in Vidas paralelas. 1 ed, São Paulo: Palmape. 1991.

VIERA, Jadir. A arte da guerra: e as dez táticas mais eficazes da Antiguidade. Indepente, Florianópolis, Santa
Catarina, 2017.

FRANÇA, José Felipe Quintanilha. Democracia, A herança da Grécia de Atenas no pensamento universal (Sólon
/ Clístenes / Péricles). In: Giordano Bruno Soares Roberto, Gustavo Silveira Siqueira, Ricardo Marcelo Fonseca.
(Org.). HISTÓRIA DO DIREITO - XXII CONGRESSO NACIONAL DO CONPEDI/UNICURITIBA. 2013.

SILVA , Daniel Neves. Esparta: fundação, organização e política. História do mundo, 8 maio 2023 , p. 0-1.
GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2010. GUARINELLO, Norberto Luiz.
História Antiga. São Paulo: Contexto, 2010.
Σας ευχαριστώ για
την προσοχή σας!
(Obrigado pela atenção!)

Universidade Estadual de Feira de Santana


História 2023.1
Docente: Rui Marcos
Discentes: Maysa Rodrigues, Maria Aparecida,
Jacson Oliveira, João Câncio, Samara Gomes

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