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Revisão História — Grécia

 Os povos gregos formaram uma das mais importantes civilizações da


Antiguidade.
 Tiveram grande influência na formação do mundo ocidental.
 Áreas do conhecimento, como a filosofia, a ciência, a literatura, a escultura, a
arquitetura e o teatro foram influenciados pela cultura grega. Além de palavras
que tiveram origem na Grécia Antiga.

Os primeiros povoadores
Introdução
 A ilha de Creta era povoada pelo povo cretense em 3000 a.C. Essa civilização,
também chamada de minoicos, ficaram conhecidos pela criação de cidades e
portos, além da comercialização marítima com outros povos, como os fenícios e
os egípcios.
 Os cretenses também criaram um tipo de escrita, Linear A.
 Ficaram conhecidos, ainda, pelos grandiosos palácios, como o de Cnossos.
A civilização creto-micênica
 Enquanto o povo minoico vivia sua época de ouro, os povos indo-europeus
(povos das regiões do Planalto Iraniano ou dos Estepes da Ásia Central que
chegaram na Europa no fim do período Neolítico) se estabeleciam em regiões da
península Balcânica.
 Entre esses povos, estavam os aqueus, que se instalaram principalmente no
Peloponeso e fundaram cidades como Micenas, Tirinto e Argos. A primeira era
mais importante, e virou ponto de expansão das civilizações aqueias, que
ficaram conhecidas depois como civilização micênica.
 Os micênicos realizam trocas comerciais com outros povos, como no sul da
península Itálica e no Egito.
 Os micênicos também mantinham relações comerciais com os cretenses, e com
eles aprenderam coisas como: fundir bronze e produzir objetos de marfim, ouro
e prata. Além de adaptarem seu sistema de escrita, para ser usado para controlar
estoques de alimentos e registrar dados sobre os tesouros do palácio.
 Por volta de 1450 a.C., uma série de catástrofes naturais atingiu a ilha de Creta,
deixando suas cidades e portos vulneráveis, com isso, os micênicos aproveitaram
a oportunidade e invadiram Creta, tomando o palácio de Cnossos. Essa invasão
deu origem ao povo creto-micênico, considerado o ancestral direto da
civilização grega antiga.
O mundo helênico
 Os povos indo-europeus foram os principais fundadores das cidades-Estado da
Hélade Antiga. No período clássico, as que mais se sobressaíram foram Esparta
e Atenas.
 O comércio nessas cidades era feito por meio de moedas de prata, bronze e ouro.
Linha do tempo
 Período Pré-homérico: 2000 a.C. a 1200 a.C. Os primeiros povos indo-europeus
se fixaram no território que viraria a Hélade.
 Período Homérico: 1200 a.C. a 800 a.C. As sociedades eram organizadas em
genos (conjuntos de famílias governadas por patriacrcas).
 Período Arcaico: 800 a.C. a 500 a.C. O crescimento populacional fez com que
cidades-Estado se formassem, e houvesse colonização de novas áreas.
 Período Clássico: 500 a.C. a 338 a.C. Cidades-Estado gregas, em especial
Atenas e Esparta disputaram entre si hegemonia política e militar.
 Período Helenístico: 338 a.C. a 145 a.C. Grécia foi invadida pelo rei da
Macedônia, depois de sua morte, seu filho, Alexandre, assumiu o poder e
ampliou o território, conquistando desde o norte da África até a Índia.

Esparta
Introdução
 Esparta foi fundada pelos dórios, na região da Lacônia, no século IX a.C. Essa
região não favorecia o uso de embarcações, então os espartanos não
desenvolveram boas técnicas de navegação, dedicando-se mais ao treinamento
militar.
A conquista de territórios
 No século VIII a.C., os espartanos já haviam conquistado e subjugado os povos
de toda a região da Lacônia e da Messênia. Distribuíram as terras entre si, e os
povos conquistados, em vez de serem expulsos ou vendidos como escravos,
foram obrigados a permanecer como agricultores necessários para a sustentação
de esparta. Esses povos eram chamados de hilotas, e representavam a principal
força de trabalho na sociedade espartana.
 Os hilotas eram obrigados a dar metade dos frutos da terra. Não eram
escravos, pois não eram, de fato, propriedade dos espartanos, porém, não
tinham direitos políticos e podiam ser mortos sem nenhuma punição pelo
assassinato.
 Outro povo que foi subjugado era chamado de periecos, eram povos livres
que moravam nas regiões periféricas de Esparta. Não tinham direitos
políticos, e trabalhavam geralmente como artesãos e comerciantes.
 Os únicos que podiam participar da política eram os homens nascidos em
Esparta, descendentes dos dóricos. Eles administravam a cidade e exerciam o
ofício militar, e não podiam trabalhar com comércio e agricultura.
O militarismo espartano
1. O militarismo era uma parte marcante de Esparta.
2. Até completar 60 anos, os homens espartanos eram considerados guerreiros.
3. Durante os conflitos de conquista, os povos homoioi eram minoria, e
dominavam grupos muito maiores, então se sentiam constantemente ameaçados,
com isso, implantaram um sistema rigoroso para a manutenção da ordem nas
terras conquistadas.
4. Muitas vezes, os hilotas se revoltavam contra os espartanos.
A educação espartana
1. A educação, tanto de meninos, quanto de meninas, era rígida.
2. Desde crianças, passavam por um rigoroso treinamento físico.
3. Os meninos eram treinados para serem guerreiros, enquanto as meninas, para
serem mães de filhos fortes e saudáveis.
4. Quando jovens, os meninos aprendiam a ler e a escrever, apenas o que era
considerado necessário para um guerreiro.
5. O casamento era permitido para os homens a partir dos 30 anos de idade, mas
mesmo assim, não deixavam seus serviços militares.
O governo em Esparta
1. Em Esparta, existiam dois reis (diarquia).
2. Os reis possuíam poderes administrativos, religiosos e militares.
3. Seus poderes não eram absolutos, podendo ser controlados pelos seguintes
órgãos:
4. Eforato: Cinco éforos, que exerciam o poder por 1 ano. Função: Responsável
por fiscalizar as ações dos reis e dos membros da Gerúsia e da Ápela. Além de
controlar o sistema educacional.
5. Gerúsia: Dois reis e 28 gerontes (espartanos com mais de 60 anos) com poder
vitalício. Função: Formular leis, julgar crimes e decidir sobre a participação de
Esparta em guerras.
6. Ápela: Todos os cidadãos com mais de 30 anos. Função: Escolher os membros
da Gerúsia e do Eforato e votar as propostas de lei.

Atenas
Introdução
1. Atenas foi fundada pelos jônios no século X a.C., e por cerca de 200 anos, seu
regime político foi monárquico.
2. Nesse regime, havia um só rei, também chamado de basileu. Seu poder era
limitado apenas por um conselho de aristocratas, o Aerópago.
3. Ao final desse período, a aristocracia foi aos poucos assumindo o poder,
conduzindo a transição para a oligarquia (governo de um pequeno grupo de
pessoas).
4. O domínio dos aristocratas causou desapropriação das terras dos camponeses,
que ficavam cada vez mais pobres e endividados. Os camponeses eram
obrigados a hipotecar suas propriedades para o pagamento de dívidas, porém,
muitas vezes não era o suficiente, e tinham que se entregar, ou entregar seus
filhos como escravos.
A sociedade ateniense
1. No período arcaico, grande parte da população de Atenas era composta por
escravos.
2. Haviam também, estrangeiros, que eram chamados de metecos. Esses podiam se
estabelecer na cidade, eram livres, mas não tinham direitos políticos.
3. Os eupátridas eram os membros das antigas famílias aristocráticas, e eram uma
minoria privilegiada. Proprietários de terras mais férteis e tinham direitos
políticos.
4. Outra parte da população eram os pequenos proprietários de terras, camponeses,
comerciantes, artesãos e rendeiros.
A população exige mudanças
1. A grande desigualdade social em Atenas fez com que os mais pobres se
revoltassem, exigindo mudanças durante o século V a.C.
2. Os pequenos proprietários que participavam das guerras ganharam mais
prestígio, e passaram a ter participação política. Eles lutaram junto aos artesãos e
comerciantes para uma distribuição de terras mais justa, e a favor da abolição
das dívidas.
3. Devido as revoluções populares, os aristocratas criaram a figura de um
legislador.
4. O principal legislador foi Sólon, ele acabou com a escravidão por dívidas,
aumentou o número de cidadãos com direitos políticos, estabeleceu critérios de
renda, para a ocupação de cargos públicos, dessa maneira, somente os mais ricos
possuíam os cargos mais importantes.
5. Sólon criou três instituições: o Bouleuterion (ou conselho dos 400), a Eclésia
(assembleia popular, na qual se reuniam todos os cidadãos) e a Helieia (tribunal
popular de justiça).
6. No campo econômico, Sólon incentivou o comércio e o artesanato, a
padronização monetária e a adoção de um sistema único de pesos e medidas.
A revolução hoplítica
1. Os soldados mais importantes eram chamados de hoplitas, eles combatiam a
cavalo e tinham os melhores armamentos. No período Arcaico, somente os
aristocratas podiam se tornar hoplitas.
2. Ao longo do tempo, os homens que conseguissem comprar seus armamentos,
poderiam se tornar hoplitas, eles lutavam a pé, lado a lado, nas falanges.
3. A participação dos homens comuns nas batalhas fez com que um sentimento de
igualdade se estabelecesse. Isso ajudou a intensificar a oposição popular ao
domínio aristocrata em Atenas.
4. A revolução hoplítica contribuiu para a conquista de direitos iguais entre os
cidadãos.
A tirania
1. Devido a parcialidade de Sólon, os conflitos populares não cessaram, e mesmo
os aristocratas começaram conflitos entre si. Essa situação ajudou a ascensão dos
tiranos, que eram indivíduos que, com o apoio das camadas populares, tomavam
o poder por meio da força.
2. O tirano mais conhecido foi Psístrato, que alcançou o poder por volta de 560
a.C. Ele controlou as massas populares por meio de reformas sociais e
distribuição de terras e empréstimos.
3. Com o objetivo de gerar trabalho para as massas urbanas, estimulou a
construção de obras públicas, como canais e portos.
4. Incentivou a produção cultural de artistas e sábios, e construiu bibliotecas.
5. Seus filhos, Hípias e Hiparco, governaram de forma violenta, o que fez com que
fossem afastados do poder e assassinados.
A consolidação da democracia
1. Por volta de 510 a.C., o aristocrata Clístenes assumiu o governo de Atenas. Ele
propôs reformas que reduzem o poder oligárquico e consolida o regime
democrático.
2. Clístenes dividiu a população em 10 tribos, cada uma formada por demos.
3. Ele aumentou o número de participantes do Bouleuterion, de 400 para 500
pessoas, sendo 50 de cada tribo. Além disso, esses membros começaram a ser
sorteados, não eleitos.
4. Clístenes criou o ostracismo, que era o exílio, decidido por votação, de dez anos
para aqueles que desrespeitassem a ordem democrática.
5. Eliminou a divisão censitária, permitindo todos a participarem das magistraturas.
6. A consolidação da democracia só ocorreu no governo de Péricles, entre 461 a.C.
e 429 a.C., que estabeleceu a mistoforia, ou seja, a remuneração dos cargos
públicos.
Democracia ateniense
1. Só poderiam participar das decisões políticas, homens maiores de 18 anos e
filhos de atenienses, excluindo, assim, mulheres, escravos e estrangeiros.
Organização da cidade de Atenas
1. Durante o período Clássico, o espaço urbano de Atenas era dividido em áreas
privadas e públicas.
2. Nas áreas privadas ficavam as casas, geralmente de argila, ou pedra.
3. Nas áreas públicas, ficavam dois espaços principais, a Ágora, que era uma
grande praça onde ficava o Bouleuterion, a Eclésia, a Helieia, os templos, os
mercados e oficinas de artesanato, e a Acrópole, construída na parte alta da
cidade, era centro religioso e de defesa. Lá estavam localizados templos
religiosos, como o Partenon e o Erecteion.

Os jogos Olímpicos
1. Os Jogos Olímpicos aconteceram pela primeira vez em 776 a.C., no santuário de
Olímpia, na região ocidental do Peloponeso.
2. As principais modalidades eram corridas, pugilato e arremesso de disco e dardo.
3. Inicialmente, os jogos eram realizados em apenas um dia, na primeira lua cheia
após o solstício de verão.
4. Os jogos eram realizados a cada 4 anos.
5. Durante os jogos, as guerras eram cessadas, para que os expectadores pudessem
assistir sem serem atacados.
6. O prêmio era uma coroa feita de ramos de oliveira.
7. Até o século IV, os antigos gregos realizaram os jogos periodicamente, porém, a
partir dessa época, devido a guerras, problemas econômicos e a dominação
romana, ocorreu o fim da tradição olímpica. No ano de 393, o imperador romano
Teodósio I aboliu os Jogos Olímpicos, pela implantação da religião católica.
O alfabeto grego
Introdução
1. Foi criado no século VIII a.C. por meio de uma adaptação do alfabeto fenício.
2. Tem 24 letras, e ficou bem conhecido por ser inovador para a época. Foi
difundido no mundo helênico e também em outras regiões.
3. Usado na península itálica e pelos romanos, que a adaptaram para o latim, sua
língua.
4. O alfabeto latim foi criado através do grego, e tornou-se base para muitos
idiomas conhecidos hoje, como o português, italiano, espanhol e o francês.
A literatura dos antigos gregos
1. A escrita grega era mais fácil de aprender do que a de outros povos, isso fez com
grande parte da civilização grega fosse alfabetizada.
2. A propagação da escrita entre os gregos propiciou o desenvolvimento da
literatura. Os gêneros literários mais apreciados eram poesia e o drama.

A Guerra do Peloponeso
Introdução
1. Esparta e Atenas, no século V a.C., lideraram uma guerra que envolveu outras
cidades e colônias gregas.
2. O conflito durou certa de trinta anos, e representou a ruina de uma das principais
cidades da Grécia Antiga.
O conflito
1. Atenas era líder da Confederação de Delos, uma união militar de cidades gregas
criada durante as guerras Greco-Pérsicas. Com a transferência do centro
administrativo para Atenas, a cidade começou a ter os impostos pagos pelas
demais cidades. Além de que, passou a interferir nas relações comerciais,
causando reação de uma outra grande potência, Esparta.
2. Os espartanos lideraram a Liga do Peloponeso, que atacou uma cidade aliada de
Atenas, começando uma guerra.
3. Vários conflitos aconteceram com o passar do tempo, causando grande
destruição. O fim dessa guerra marcou também o fim da supremacia grega nos
territórios do Mediterrâneo.

O período helenístico
Introdução
1. Por volta de 340 a.C., os macedônios invadiram vários territórios da Grécia
Antiga, e como essas cidades estavam enfraquecidas pela Guerra do Peloponeso,
não conseguiram resistir e foram conquistadas.
2. Quando Alexandre, o Grande, subiu ao trono macedônico, continuou com a
política expansionista estabelecida por seu pai, Filipe II, conseguindo conquistar
diversos outros territórios, fundando um dos maiores impérios da Antiguidade, o
Império Macedônico.
A integração cultural
1. As vitórias de Alexandre causaram grandes mudanças na organização dos povos
dominados.
2. Ele buscou juntar os povos por meio da miscigenação, estimulando casamentos
entre homens macedônicos e mulheres de civilizações diversas.
3. Alexandre também traçou novas rotas de comércio e fundou mais cidades.
4. Suas conquistas possibilitaram o intercâmbio entre as culturas gregas e a de
outros povos antigos, e assim foi marcado um novo período da história, o
Período Helenístico.
A Biblioteca de Alexandria
1. Alexandria foi fundada por Alexandre e se tornou uma das maiores cidades da
Antiguidade.
2. Nela estava a Biblioteca de Alexandria, que foi fundada por um dos sucessores
de Alexandre.
3. Ptolomeu queria que essa Biblioteca possuísse as principais obras de todo o
mundo, de todas as áreas do conhecimento. Assim, ele pediu aos governantes de
diversos reinos, cópias de seus acervos. Além disso, na biblioteca, eram feitas
traduções de obras persas, indianas e hebraicas.
4. A cidade de Alexandria ficou ainda mais conhecida pela biblioteca, que atraia
vários sábios.

Guerras médicas
1. As Guerras Médicas ocorreram entre 500 e 448 a.C., entre os gregos e os persas, pelo
domínio do Mundo Antigo.
2. O termo Médicas se refere a como os gregos chamavam os persas, de Medos.
3. A expansão da Pérsia ameaçou os territórios gregos, e o motivo da Guerra foi a reação
grega à invasão persa na Grécia Continental.
4. As cidades-Estado se uniram para defender o território de um inimigo em comum.
5. A Grécia foi vencedora, e assim ganhou o domínio do Mundo Antigo.

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