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Antiguidade Ocidental:

Grécia Antiga
A formação da Grécia Antiga
• Localização geográfica
A Grécia Antiga localizava-
se na bacia do Mar Egeu,
abrangendo o território
europeu ao sul da
Península Balcânica (Grécia
continental e Grécia
peninsular, a Hélade), as
ilhas dos mares Egeu e
Jônico (Grécia insular), a
costa ocidental da Ásia
Menor (Grécia asiática). E
também o sul da península
Itálica (Magna Grécia).
Características gerais
• Relevo montanhoso e acidentado;
• Solos, em sua maioria, pouco férteis;
• Litoral extenso e bastante recortado;
• Portos naturais;
• Grande quantidade de ilhas;
• Dificuldade de contato;
• Fragmentação política.
Civilização minoica ou cretense
• Localização: ilha de Creta;
• Povoamento: por volta de 6000
– 3000 a. C.;
• Desenvolvimento da agricultura,
artesanato e de ferramentas de
metal;
• Sociedade e religião matriarcal;
• Comércio e navegação marítima:
talassocracia;
• Centralização política:
– “Rei Minos” (+ 1450 a. C.)
– Rei Cnossos (c. 1700 a. C.)

A Grande Mãe
O Palácio de Cnossos
Labrys (a casa do duplo machado, ou martelo de dois gumes) – labirinto.
Interior do Palácio de Cnossos
Afresco “O touro”
Vaso de cerâmica

Pintura Mural
em Cnossos Mosaico cretense
Invasões aqueias (c. 2000 a. C.)
• Aqueus – nômades indo-
europeus;
• Dominavam técnicas de
fundição de metais;
• Instalação no Peloponeso:
– Domínio sobre os pelasgos
– Desenvolvimento agrícola
– Fundação de cidades
• Micenas: a civilização
micênica;
• Expansão e domínio sobre
Creta (1400 a. c.)
Civilização Creto-micênica

Escrita Linear B
Cidade de Micenas
Civilização helena (grega) e seus períodos
históricos

• Pré-Homérico (séc. XX – XII a. C.)


• Homérico (séc. XII – VIII a. C.) – 1100 – 800 a. C.
• Arcaico (800 – 500 a. C.)
• Clássico (500 – 336 a. C.)
• Helenístico (336 – 146 a. C.)
Pré-Homérico (séc. XX – XII a. C.)
• As invasões arianas
– Aqueus (2000 – 1700 a. C.)
• Contato com cretenses: técnicas agrícolas e navais
• Conquista sobre Creta (1400 a. C.): expansão comercial
• A guerra de Tróia: aqueus x teucros (1150 a. C.): controle do tráfico
marítimo

– Jônios e eólios ( c. 1700 a. C.)


• Integração a cultura creto-micênica
• Jônios fundam Atenas; eólios fundam Tebas

– Dórios (c. 1200 a. C.)


• Destruição da civilização creto-micênica
• Fundação de Esparta
• Dispersão de povos: Primeira Diáspora Grega
Reconstrução da cidade de Troia
Homérico (séc. XII – VIII a. C.) – 1100 – 800 a. C.

• Diminuição da vida urbana


• Surgimento das Comunidades Gentílicas ou Genos
– Clãs patriarcais formados por famílias que descendiam de um mesmo
antepassado e adoravam o mesmo deus;
– Chefiados por um pater, que exercia funções religiosas, administrativas e
judiciárias;
– Autonomia política;
– Estrutura comunitária agrícola autossuficiente e coletivista;
– Economia agropastoril;
– Fatrias: corporação de guerra formada através da associação de genos;
– Tribo: reunião de várias fátrias, era comandada pelo basileu, que exercia
funções militares, religiosas e jurídicas.

• Disputa pelas terras: instabilidade crescente


Arcaico (800 – 500 a. C.)
• Decadência da estrutura gentílica
– Concentração do poder político pelo chefe do genos;
– Diferenciação social dos membros determinada pelo grau de parentesco
com o chefe do genos:
• Eupátridas - “os bem nascidos” – os parentes mais próximos do pater
• Georgoi - “agricultores”, pequenos proprietários
• Thetas - marginalizados, excluídos
– Concentração e privatização das terras;
– Rompimento das relações familiares e desagregação dos genos.

• Surgimento das Póleis


– Cidades-Estado independentes, e as vezes rivais;
– Retorno urbano;
– Aumento populacional: necessidade de expansão territorial;
– Segunda Diáspora Grega – 750 a. C. – as colônias gregas
A Polis grega
Esparta (séc. IX – VII a. C.)
• Fundada pelos dórios na região da Lacônia no Peloponeso
• Região fértil: desenvolvimento agrícola
• Sociedade regida por um código de leis atribuído a Licurgo, personagem lendário, e
se baseava no monopólio político dos cidadãos-guerreiros, os espartanos, e na
marginalização dos demais.
• Divisão social:
– Esparciatas ou espartanos – composto pelos descendentes dos conquistadores
dórios, eram os únicos detentores do poder político, econômico e também
religioso, utilizando a força militar para manter seus privilégios;
– Periecos – descendiam dos aqueus que se submetiam aos espartanos. Embora
fossem considerados livres, não tinham direitos políticos e tinham que prestar
serviço militar. Dedicavam-se às atividades rejeitadas pelos espartanos, como
o artesanato, o comércio em pequena escala.
– Hilotas - eram descendentes das populações originárias do Peloponeso. Não
tinham nenhum direito político ou civil. Eram servos pertencentes ao Estado
(escravos) e tinham seu trabalho explorado.
• Estrutura e organização política
– Sistema oligárquico e aristocrata
• Diarquia – dois reis como chefes militares e religiosos;
• Elforado – era formado por cinco magistrados , os éforos,
escolhidos pelos gerontes e aprovados pela Apela. Comandavam
as reuniões da Gerúsia e da Apela, controlavam a vida econômica
e social, vigiavam as ações dos reis, podendo destituí-los;
• Gerúsia ou Conselho de Anciãos – composto por 28 membros da
aristocracia com mais de 60 anos. Eram eleitos pela Apela.
Exerciam atividades administrativas, legislativas e judiciárias.
Supervisionava as atividades dos diarcos;
• Apela ou Assembleia Popular – era a base das estruturas políticas,
formada por todos os esparciatas maiores de 30 anos. Tinham
função de votar e aprovar ou rejeitar as leis encaminhadas pela
Gerúsia, e ainda escolher os gerontes.

• A educação militar e a figura de destaque da mulher como provedora de


bons soldados.
Atenas (séc. X – VII a. C.)
• Fundada pela unificação de pelasgos, aqueus, eólios e jônios.
• Região pouco fértil: desenvolvimento marítimo comercial.
• Divisão social:
– Eupátridas – tinha direitos políticos e participavam do governo.
Tinham direito a cidadania, exceto os homens menores de 21 anos,
mulheres e crianças;
– Metecos – eram os estrangeiros que viviam em Atenas. Não tinham
direitos políticos e estavam proibidos de possuir terras. Podiam se
dedicar ao comércio e ao artesanato. Tinham de pagar impostos;
– Escravos – formava a grande maioria da população. Eram considerados
propriedade do seu senhor, mas havia leis que proibia os maus tratos.
Podiam ser prisioneiros de guerras ou por dívidas.
• Estrutura e organização política
– Sistema monárquico chefiado pelo basileu, responsável pela
guerra, justiça e religião. Com o enfraquecimento da monarquia,
no século VII, a aristocracia eupátrida toma o poder, e institui o
arcontado.
– Arcontado – era formado por nove magistrados, ou arcontes,
eleitos a cada anos entre os grandes proprietários de terras, os
eupátridas. Acumulavam as funções de administradores da
cidade e chefes da justiça e militar;
• Areópago – era um conselho composto de eupátridas que
nomeava os arcontes, fiscaliza sua conduta e julgava os
crimes mais graves;
• Eclésia – era a assembleia dos habitantes livres. Seu papel
era limitado, já que era convocada apenas para aprovar as
decisões tomadas pela aristocracia.
• Reformas políticas
– Drácon – organizou e tornou público um registro de leis, que até então se
baseavam na tradição oral e eram conhecidas apenas pelos eupátridas;
apesar de significar um avanço, os privilégios dos eupátridas continuaram
inalterados e a insatisfação social, crescente.
– Sólon – eliminou a escravidão por dívidas, libertando todos aqueles que
haviam se tornado escravos por esse motivo; dividiu a sociedade de forma
censitária. Criou a Bulé (Conselho dos 400), a Eclésia (Assembleia Popular) e
o Helieia (Tribunal de Justiça).
– (A instalação da tirania por Pisístrato em 560 a. C.)
– Clístenes (510-507 a. C.) – liderou uma rebelião e derrubou o último tirano,
iniciando as reformas que culminaram na implantação da democracia e na
pacificação da polis. Dividiu os cidadãos de acordo com o território que
habitavam (30 demos) e não pela riqueza, (Princípio da Isonomia). Ampliou
a Bulé e a Eclésia. Criou o Ostracismo, mecanismo de defesa da democracia,
que exilava aqueles que fossem consideram ameaças à democracia.
– Perícles (443- 429 a. C.) – consolidou as instituições democráticas. Instituiu a
mistoforia (soldo pago aos soldados) e remuneração aos cargos públicos. O
século V ficou conhecido como a era de ouro da democracia ateniense.
Clássico (500 – 336 a. C.)

• Apogeu econômico e cultural


• As Guerras Médicas (492 - 479 a. C.)
• A Guerra do Peloponeso (431- 404 a. C.)
Reconstituição de Atenas
Helenístico (336 – 146 a. C.)
• Decadência da polis grega
• Domínio macedônico
• Cultura helenística
Religião
• Zeus - deus do céu e Senhor do Olimpo;
• Héstia - deusa do lar;
• Hades - deus do mundo subterrâneo (inferno);
• Deméter - deusa da agricultura;
• Hera - deusa do casamento;
• Posêidon - deus dos mares
• Ares - deus da guerra;
• Atena - deusa da inteligência e da sabedoria;
• Afrodite -deusa do amor e da beleza;
• Dionísio - deus do vinho, do prazer e da aventura;
• Apolo - deus do Sol, das artes e da razão;
• Artemis - deusa da Lua, da caça e da fecundidade animal;
• Hefestos - deus do fogo;
• Hermes - deus do comércio e das comunicações;
• Asclépio - deus da medicina;
• Nike – deusa alada da vitória, do triunfo e da glória.
Artes
Jogos Olímpicos
Mitologia
Pensadores e Filósofos

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