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DEMOCRACIA
E FILOSOFIA
A pólis
Acrópole
Asty
Khora
Formas de governo, legislação e
economia
■ Do ponto de vista econômico, a pólis era uma unidade autossuficiente (autarkeia,
αuταρχία) dotada de moeda própria. Do ponto de vista jurídico, apresentava uma
legislação própria.
■ A maioria das cidades-estados eram governadas por oligarquias. Em Esparta, por
exemplo, havia o Rei, os éforos (funcionários que auxiliavam o rei e conduziam as
políticas de estado) e a assembleia dos anciões (Gerousia).
■ O regime democrático ocorreu em diversas cidades. Embora a experiência democrática
ateniense seja a mais citada e discutida, também podem ser mencionados os governos
democráticos de Corinto, Megara e Siracusa.
■ Em diversas ocasiões da Grécia Antiga, as cidades-estados se reuniam em
confederações chamadas Ligas . Tais reuniões tratavam de assuntos internacionais ou
de conflitos bélicos. A Liga Aqueia, a Liga Etólia e a Liga do Peloponeso são os exemplos
mais conhecidos dessas confederações.
O advento da democracia ateniense
■ Antes da democracia despontar em Atenas, a cidade era governada, de forma aristocrática, por
magistrados conhecidos por arcontes. Havia também o Aerópago, um conselho decisório formado por ex-
arcontes.
■ Uma poderosa aristocracia agrária (“eupatridaes” ou “os bem nascidos”) formava os primeiros governos
atenienses. Conflitos gerados pelo aumento da desigualdade social entre os aristocratas e as classes
médias impulsionaram as reformas legislativas que originaram o regime democrático.
■ Reformas legislativas sucessivas foram promovidas no intuito de diminuir a grande desigualdade social e
os conflitos entre os clãs. Nas mãos de Solon (594 a.C.), Clístenes (508 a.C.) e Efialtes (462 a.C.) o
regime democrático foi aprimorado.
■ Péricles foi o político ateniense que exerceu o governo democrático de maior duração (461 a 429 a.C.) .
Suas realizações deixaram marcas na sociedade ateniense e constituíram o ápice da chamada Era de
ouro ateniense.
■ A democracia ateniense sofreu inúmeras modificações ao longo do tempo e foi vítima de golpes que
estabeleceram governos tirânicos. Dois desses golpes oligárquicos encontram-se diretamente
associados à Guerra do Peloponeso (Liga de Delos (Atenas) x Liga do Peloponeso (Esparta)), um conflito
interno de longa duração que trouxe grandes prejuízos para os gregos.
Estrutura de funcionamento da democracia
ateniense
CONSELHO DOS 500 (Boule)
500 cidadãos (50 por tribo, ASSEMBLEIA POPULAR (Ecclesia)
escolhidos por sorteio) Cerca de 6000 membros
Responsável, dentre Responsável pela votação das leis,
inúmeras outras funções, dos tratados e pela escolha dos
pela supervisão da magistrados e funcionários.
assembleia popular e da No século V a.C., ocorria cerca de uma
ação dos magistrados, bem vez por mês em um período total de
como, pela elaboração de 10 meses.
decretos e projetos de leis.
ANTIGO TRIBUNAL
(Aerópago)
TRIBUNAL POPULAR Cerca de 150 cidadãos
(Heliaia) Com o advento da democracia, teve
Possuía um número bastante variado, sendo pequena parcela de suas funções reduzidas
seus membros composta por magistrados militares. sucessivamente. Uma das
Responsável pelo julgamento de ações civis e criminais, pela responsabilidades do Aerópago era o
análise da legalidade dos decretos e pelo exame dos magistrados julgamento do homicídio de cidadãos
atenienses.
A cidadania ateniense
■ Cidadãos plenos de direito: adultos do sexo masculino nascidos de pais atenienses,
livres de histórico criminal (incluindo dívidas) e possuidores de treinamento militar
completo.
■ A cidadania poderia ser concedida a alguém que tivesse suas realizações pessoais
reconhecidas em votação unânime da Ecclesia (6 mil votos), como grandiosas.
■ Estima-se que apenas 30% da população atenienese usufruísse da cidadania plena.
■ Por sua vez, não eram considerados cidadãos:
❖ Estrangeiros (metecos) residentes em Atenas (Os estrangeiros podiam apenas
comercializar, lecionar e trabalhar em questões jurídicas.)
❖ Mulheres
❖ Escravos e escravos libertos
Características da democracia
ateniense
■ A Assembleia Popular não era representativa, mas direta. Seus membros não eram eleitos. As votações
se davam por maioria simples. Os votantes deveriam comparecer presencialmente.
■ Não existiam partidos políticos, blocos de governo ou de oposição.
■ A Assembleia era a instância máxima de poder. Apenas os propositores poderiam ser julgados, jamais a
assembleia.
■ As propostas eram defendidas por hábeis oradores e votadas com o levantar de braços dos cidadãos.
■ Em Atenas, os membros da Boule (bouleutas) eram escolhidos entre as tribos locais por votação. Uma
vez no poder, recebiam uma quantia em dinheiro, não prestavam serviços militares, tinham vaga cativa
nos teatros e podiam ser julgados por seus pares.
■ Para ser bouleuta em Atenas, o cidadão não poderia ter cometido crime algum. Ele só poderia ser
bouleuta duas vezes na vida e cada mandato durava um ano.
■ Nas cidades onde famílias nobres poderosas comandavam, os bouleutas eram determinados pela
hereditariedade.
A pólis, o discurso e os sofistas
■ Eram mestres da oratória (a arte da boa fala) e da retórica (arte do discurso). Cobravam caro por seus
ensinamentos e, a partir do domínio da argumentação, preparavam seus discípulos para a vida política e
cultural grega.
■ Os sofistas peregrinavam de cidade em cidade, discursando e debatendo, no intuito de ganhar
discípulos.
■ Ensinavam sobre temas gerais (gramática, artes, matemática) e tinham objetivos bastante práticos em
seus ensinamentos.
■ Trabalhavam a ideia de que podiam vencer qualquer argumento. Conforme as técnicas desenvolvidas, o
pior poderia passar pelo melhor e o branco pelo preto. De igual forma, por intermédio de manobras
retóricas, diziam poder falar sobre qualquer assunto.
■ Ao contrário dos pensadores pré-socráticos, estão preocupados com a sociedade, as leis humanas e a
cultura.
■ Foram os primeiros advogados, atuando em julgamentos pelo poder de persuasão de seus discursos.
■ A virtude para os sofistas era o domínio do discurso e podia ser ensinada