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Tipos de Fontes Históricas

 Primárias

 Secundárias

Organização do espaço
cívico da pólis
Cidade-estado ou pólis: Comunidades independentes organizadas em torno de um núcleo
urbano, com um território, governo e leis próprios.

 Devia ser capaz de satisfazer as suas necessidades, sendo autossuficiente (ideal de


autarcia).
 Era a unidade política da Hélade (Grécia antiga), Heleno grego

Ainda assim, os gregos tinham vários elementos de união como a língua, a religião e a escrita.

Século VIII a.c. – Inicio da civilização Século V a.c.- Desenvolvimento e crescimento

 Acrópole – [Inicio] A insegurança (refúgio quando a cidade era atacada) e as praças


fortes;
– O aproveitamento do relevo;
– [Fim] principal local de culto.
 Ágora Praça pública

– Mercado;

– Convívio;

– Discussão de assuntos políticos;

– Construções destinadas ao governo da pólis.

 Zona Rural – Campos agrícolas.


 Porto (do Pireu, no caso de Atenas).
 Pnyx – local de reunião da Eclésia (discussão sobre política).
 Oikos (casas gregas) Zona habitacional

Um dos contributos da civilização grega para a história foi, na ordem política, a instituição da
DEMOCRACIA – lenta evolução.

Monarquia

Oligarquia (grupos que controlam este poder baseado em seus interesses ou visões de
sociedade)
Tirania (o chefe governava com poder ilimitado, embora sem perder de vista que deveria
representar a vontade do povo)

Democracia – Igualdade política entre os cidadãos

Época arcaica – Leis promulgadas por Drácon (séc. VII a.c.) e Sólon (séc.VI a.c.)

Época clássica – Leis promulgadas por Clístenes e Péricles (entre o séc. VI e o séc. V a.c.)

A caminho da democracia
Igualdade:

 Isonomia – Igualdade perante a lei.


 Isocracia – Igualdade de acessos a cargos políticos.
 Isegoria – Igualdade no uso da palavra (importância da retórica e da oratória).

Retórica: Arte de bem falar e de organizar um discurso.

Oratória: Arte do bem discursar, em público, e de convencer as pessoas.

Clístenes: fundador da democracia ateniense

 Divisão do território da pólis em demos (grupos de cidadãos).


 Sorteio ou eleição dos cidadãos para a governação da pólis.

Péricles: deu continuidade às reformas de Clístenes, melhorando-as.

 Estabeleceu as mistoforias (indenização diária, paga aos cidadãos atenienses que


participassem de actividades políticas).
 Aumentou o grau de participação dos cidadãos na vida política.

Uma democracia direta


Os cidadãos:

 Exerciam o governo da pólis, atuando por si próprios.


 Elegiam os membros do governo da pólis.
 Cumpriam o exercício da cidadania.

Privilegiava-se o sistema de sorteio e não o de eleição, de modo a garantir que todos os


cidadãos participavam na vida política da pólis.

Uma democracia protegida


Graphé Paranomon: medida legislativa do séc. V a.c. que tinha como objectivo revogar uma
proposta que fosse contra as leis fundamentais da pólis.
Pretendia-se:

 que os cidadãos fossem honestos;


 evitar abusos de poder;
 evitar a corrupção;
 controlar a demogogia.

Ostracismo: lei criada por Clístenes que previa o exílio (durante 10 anos) para os casos graves
de abuso de poder ou de perturbação do bom funcionamento da Democracia.

Limitações da Democracia
Por questões ligadas à própria governação da pólis:

 O método de escolha por sorteio levava à governação por parte de inaptos (pessoas
sem grandes capacidades), em detrimento dos mais hábeis.
 Instabilidade causada pelas demoradas e controversas discussões deliberativas.
 Constante mudança dos magistrados

Quem era considerado um cidadão, em Atenas, no séc. V a.c.?

 Homem;
 Livre;
 Filho de pai e mãe ateniense;
 Participava no governo da cidade: Direitos políticos;
 Tinha que ter 20 anos (18 + 2 anos de serviço militar)

Uma Democracia só para cidadãos.


Dificuldade de deslocação dos cidadãos da costa ou do interior.
Afazeres privados ou desinteresse dos cidadãos da própria cidade-estado.

As mulheres não eram detentoras da cidadania, embora fossem necessárias à sua transmissão.
Passavam grande parte do tempo em casa e no Gineceu (localidade onde estavam as crianças
e eram educadas).
Dependiam da figura masculina mais próxima (pai, marido e filho).
Uma das maiores virtudes era passarem despercebidas.

Os estrangeiros (ou metecos) não tinham direitos políticos.


Não podiam adquirir propriedades.
Tinham de ter um patrono entre os cidadãos que os representasse.
Pagavam impostos como os cidadãos.
Não podiam casar com mulheres atenienses.
Tinham poder económico (comerciantes).
Os escravos não tinham direitos políticos nem civis.
Eram instrumentos de trabalho (ao nível doméstico, nas minas, nas pedreiras ou no
policiamento das cidades).
Alguns eram escravos pedagogos, músicos ou poetas.
Eram considerados objetos.

A partir dos finais do século V a.c. a Democracia ateniense fechou-se em torno da


intocabilidade das leis, não se admitindo qualquer censura, o que levou à redução da liberdade
de expressão dos seus cidadãos.

“Oligarquia dos Cidadãos” “Democracia Esclavagista”

Não esquecer…
 Grande número de cidades-estado/pólis;
 Forte unidade cultural, através da língua, deuses e tradições;
 A necessidade e vontade constante de competição (para agradar aos Deuses);
 Todos os que não estivessem associados a esses elementos de unidades eram
chamados de “Bárbaros”.

O culto cívico
“Os gregos eram grandes amantes do ócio e do social”

 Todos os habitantes, dos diversos estratos sociais, podiam participar;


 Todos os cidadãos participavam na organização e contribuíam monetariamente;
 Participar era considerado um dever cívico, tal como participar na política.

A religião desempenha um papel fundamental da vida dos gregos e fomentou a identidade


cultural:

 Culto aos Deuses protectores da cidade (Atena, filha de Zeus, Deusa da sabedoria e
estratégia)
 Culto aos Deuses pan-helénicos – adorados por todos (Dionísio, Deus do vinho,
produção e consumo)

Panateneias (culto a Atena) – em Julho, de quatro em quatro anos, durante 2 semanas)

Grandes Dionísias (culto a Dionísio) – em Março, anualmente, duravam 6 dias)

O culto cívico – Grandes Dionísias


Principais santuários onde chegavam peregrinos de toda a Hélade e onde se realizavam
competições artístico-desportivas de carácter religioso.
 Delfos (jogos píticos – deus Apolo)
 Nemeia (jogos nemeus – deus Hércules)
 Corinto (jogos ístmicos – deus Poseidon)
 Olímpia (jogos olímpicos – deus Zeus)

O esforço físico era uma homenagem aos Deuses. O mais famoso dos festivais pan-Helénicos –
Jogos Olímpicos (776 a.c.). Em honra de Zeus, de quatro em quatro anos. Momento de tréguas
em todos os locais da Hélade. Importante contributo para o sentimento de união entre os
gregos.

[mulheres casadas não podiam ver (participar) os Jogos Olímpicos porque os homens participavam nus.]

A Arte Grega
Foi dada a conhecer pelos romanos, com a realização de cópias e, mais tarde, durante o
Renascimento (séc. XV).

As principais manifestações artísticas dos gregos que chegaram até nós foram a arquitectura e
a escultura. Em relação à pintura, são poucos os exemplares que se conhecem (cerâmica e
frescos).

A Arquitetura Grega
“ O templo era a expansão máxima da arquitetura grega”
Trata-se de uma arquitetura associada à construção de edifícios religiosos.

Existência de um sistema racional de construção:

 Traçado geométrico, com uma planta simples;


 Dimensões proporcionais (das partes entre si e das partes como todo) – Harmonia;
 A coluna torna-se o elemento mais importante;
 Existência de três ordens arquitectónicas;
 Edifícios construídos para serem admirados do exterior.

Tímpano

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