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07/09/2023 (teórica)

Noção de direito fiscal:


→ o Direito Fiscal trata de disciplinar os termos da relação entre os contribuintes e administração tributária com vista à
obtenção das receitas tributárias necessárias ao financiamento da despesa pública. Representando a disciplina jurídica das
relações em que o contribuinte e os demais obrigados tributários surgem como sujeitos passivos e quem incube um dever de
prestar específico cujo objeto consiste na entrega de uma determinada quantia em dinheiro ao Estado ou restantes entes
públicos colocados na posição de credor e de sujeito ativo da relação jurídica respetiva.

Autonomia do direito fiscal:


Direito Fiscal se assume actualmente como um ramo de direito autónomo, já que reúne todos os requisitos que
convencionalmente se exigem para classificar uma disciplina jurídica como autónoma.
Utilizando como critérios:
- A autonomia didáctica, traduzida por um ensino específico;
- A autonomia legislativa formal, traduzida na existência de leis próprias; - A autonomia substancial traduzida em princípios
próprios e distintos,

Do ponto de vista didáctico, para fins de ensino, a autonomia do Direito Fiscal está fora de dúvida.
No plano legislativo formal, podemos dizer hoje que existem, codificadas, um conjunto de normas específicas do Direito
Fiscal, de que assume relevância digna de realce a Lei Geral Tributária
No plano substancial, sem dúvida o mais importante nesta sede, acontece que o Direito Fiscal possui princípios próprios que
estruturam e explicam as normas fiscais tendo em conta uma base diferenciada em relação aos outros ramos de direito em geral
e mesmo do direito administrativo em particular. É que no Direito Fiscal a preocupação dominante é a satisfação do interesse
público como valor fundamental a atingir.

Direito fiscal e direito tributário:

→ Direito Fiscal fica confinado ao estudo das relações jurídicas do imposto e dos princípio jurídicos respeitante à criação,
extinção e modificação dos impostos, no que pode designar-se como Direito dos Impostos.
→ Direito Tributário é mais amplo, no sentido em que abrange todas as receitas coativas, onde se incluem os impostos, taxas e
contribuições especiais e ainda receitas parafiscais.

O Direito Tributário engloba o estudo das relações jurídicas relativas à exigência de todas as prestações ablativas exigidas aos
particulares.Contudo, a doutrina portuguesa prefere empregar as expressões Direito Tributário e Direito Fiscal como
expressões sinónimas do Direito dos Impostos, dado que a mesma realidade abrange o estudo dos impostos e demais figuras
tributárias e bem assim as relações jurídicas que a esse propósito se estabelecem entre um sujeito ativo que pode ser o Estado
ou outro ente público e um sujeito passivo que será sempre um particular colocado na posição de obrigado tributário em razão
da verificação subjetiva dos pressupostos de facto previstos na lei tributária.

Assim, o Direito Fiscal ou Direito Tributário pode ser definido como um conjunto de normas que disciplinam a obrigação do
imposto, isto é, a relação jurídica nuclear que se estabelece entre o Estado e demais entes públicos por um lado e os
particulares pelo outro, a título de imposto.

Surge assim o Direito Tributário material, que abarca:


→ as normas positivas e negativas da incidência tributária real e pessoal
→ as normas que regulam a matéria coletável
→ as normas que fixam as taxas de imposto e os benefícios fiscais
O Direito Tributário engloba as normas administrativas que regulam a atividade processual administrativa desenvolvida na
aplicação das leis de imposto, incluindo normas de fiscalização e controlo tributário e ainda as garantias jurídico-processuais
dos contribuintes.
Surge assim, o Direito Tributário formal que é visto como o domínio das normas que disciplinam o procedimento e o
processo tributário, isto é, que regulam o imposto nas suas várias fases:
→ determinação da matéria coletável (lançamento)
→ liquidação e pagamento
→ fiscalização e controlo fiscal
→ garantias da reclamação e do recurso.

Direito fiscal e direito privado


há muitos e estreitos pontos de contacto do direito fiscal com o direito privado – direito civil e direito comercial. Desde logo,
o núcleo central da relação tributaria tem a estrutura de uma obrigação (de um lado está um poder de exigir do contribuinte
do outro o dever de a realizar). Daí que, a obrigação de pagar imposto tende a uma estrutura idêntica e utiliza princípios e
conceitos do direito das obrigações. O mais importante ponto de contacto surge na circunstancia de o direito fiscal ligar a
obrigação de pagar imposto à pratica de actos, ao exercício de actividades ou ao gozo de situações disciplinadas enquanto tal
pelo direito privado. Isto explica o recurso do direito fiscal a conceitos de direito privado, em relação aos quais se coloca a
questão se estes conservam o mesmo sentido que lhes é dado em direito privado ou se são reelaborados.
Neste sentido, muitas são as vezes em que a lei adopta os conceitos de direito privado, como acontece com o conceito de
transmissões de imóveis no IMT. O mesmo se verifica em sede de IRS e de IRC.

Direito Fiscal e Direito Penal


As relações entre estes dois ramos de direito resultam basicamente da disciplina da infracção fiscal, onde se faz, obviamente,
apelo aos princípios ou regras do Direito Penal, nomeadamente no que respeita aos fundamentos da responsabilidade e
princípios da punição.

Direito Fiscal e Direito Processual


A relação resulta do facto de o lançamento, liquidação e cobrança dos impostos implicarem processos, a cuja regulamentação
são chamados os princípios e regras do Direito Processual Civil. O mesmo se diga do Direito Processual Penal quando
estiverem em causa processos relativos a infracções de natureza fiscal.
Tal encontra-se expresso desde logo no teor do artigo 2 do Código do Processo e Procedimento Tributário.

Direito fiscal e direito comunitário


embora possamos conceber o direito comunitário com um domínio especial do direito internacional, será preferível trata-lo
autonomamente na sua relação com o direito fiscal (embora o direito comunitário prevaleça sobre o direito interno). Ora, há
relações importantes entre o direito fiscal e o direito comunitário, no sentido em que:
• existe um direito comunitário fiscal próprio: há impostos comunitários próprios;
• alguns aspectos do direito fiscal interno exigem uma harmonização ao nível comunitário (direito comunitário fiscal
interestadual);

Noção de Direito Financeiro:

O enquadramento jurídico da atividade financeira é alcançado através do Direito Financeiro, concebido como um conjunto de
princípios e normas reguladoras da atividade financeira do Estado e demais entidades públicas.
O Direito Financeiro é um ramo de direito público, com base no:
• Critério do interesse visa a regulamentar interesses públicos.
• Critério da qualidade dos sujeitos, estão em causa relações entre o ente público (sujeito ativo) e particulares.
• Critério da posição dos sujeitos, o Estado atua munido de poderes de autoridade, quando fixa os impostos
O Direito Financeiro integra-se no Direito Público, dado que o seu objeto consiste na realização de interesses públicos e o
sujeito ativo exerce a respetiva função munido do seu poder de autoridade. Assim, o Direito Financeiro é integrado por um
conjunto de normas heterogéneas:
• Normas que disciplinam a perceção das receitas voluntárias
• Normas que respeitam a arrecadação de receitas coativas
• Normas que regulam a realização das despesas, sua contabilização e respetiva fiscalização.
• Normas reguladoras da elaboração, execução e fiscalização do Orçamento de Estado.

Para que o Estado possa fazer despesas tem de obter receitas. Contudo, o Estado incluindo os fundos e serviços autónomos só
pode contar com as receitas que foram previamente previstas e discriminadas no Orçamento de Estado, por força do artigo
105o, no1 alínea a) e no4 da CRP.

Assim, o Direito Financeiro abrange:


• Direito das despesas – conjunto de normas que regulam a cabimentação, a autorização e a realização das despesas
públicas.
• Direito das receitas – conjunto de normas que regulam os procedimentos de arrecadação das receitas.
• Direito do orçamento – conjunto de normas que regulam a preparação, elaboração, aprovação e execução do orçamento. O
Orçamento de Estado é o documento onde se prevêem as despesas e as receitas anuais, e se autoriza a realização daquelas
e a cobrança destas.

Noção de despesas públicas:


A despesa pública consiste no gasto de dinheiro ou no dispêndio de bens por parte de entes públicos com o propósito de criar
ou adquirir bens suscetíveis de satisfazer necessidades públicas, conceito que abrange realidades diversas como pagamentos
das remunerações dos funcionais públicos, o gasto com construções (ex: estradas), entre outros. Os destinatários são os
cidadãos (administrados-contribuintes), as famílias e todos os centros de interesse em que estes se envolvem.

Noção de receitas públicas:


Para fazer face às despesas públicas, o Estado e demais pessoas coletivas de direito público têm de lançar mão de meios
económicos indispensáveis à satisfação das necessidades coletivas e consequentemente ficam obrigados a garantir as
respetivas fontes de financiamento. O meio de financiamento da produção e afetação de bens públicos é construído pelas
receitas públicas.

Direito financeiro

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Direito das receitas Direito das despesas Direito da administração ou gestão financeira
Na segunda situação estamos perante a matéria do direito das despesas públicas que se distribui pelos diversos setores do
direito de ação e intervenção Estadual, pelo que se reduz ao direito administrativo sem que, quanto à intervenção económica e
social, podemos referir o direito da economia quanto às despesas cuja realização tenha por objetivo essa intervenção.

No Direito da administração ou gestão financeira o domínio mais unificado é constituído pelo direito orçamental ou direito
da contabilidade pública em sentido amplo, que não deixa de ser um setor do direito administrativo.

O Direito das receitas encontra-se distribuído por:

→ Direito patrimonial - relativo às receitas patrimoniais dos entes públicos, derivadas do património imobiliário dos domínios
rurais e das explorações industriais e comerciantes de utilidade pública
→ Direito do crédito público - disciplina o recurso ao crédito por parte das entidades públicas e a gestão da dívida pública)
→ Direito tributário - disciplina as receitas coativas do Estado e demais entidades públicas, no qual se destaca o direito fiscal
(relativo ao mais importante setor das receitas coativas, os impostos)

Os Impostos
Os impostos incidem tendencialmente sobre todas as manifestações de riqueza e sobre todas as atividades económicas. O
Direito fiscal é chamado a regular a relação jurídica pública que se estabelece entre quem tem as obrigações materiais e/ou
formais relacionadas com os impostos (sujeito passivo) e a entidade de Direito público titular do direito de exigir o
cumprimento das obrigações tributárias (sujeito ativo)

Os impostos assentam em contratos sociais onde os respetivos cidadãos comprometem-se a pagar impostos com a exigência
de o Estado conceder bem-estar. (36,4% do PIB vai para o Estado)

Sem prejuízo de posteriores precisões, podemos definir o imposto como uma prestação, geralmente pecuniária, coativa e
unilateral, assente essencialmente na capacidade contributiva avaliada através do rendimento ou do património, sendo exigida
com base na lei, pelo Estado ou outros entes públicos menores, a favor de entidades que exerçam funções públicas, sem
qualquer contrapartida directa para quem a paga, e exigida de forma definitiva, com carácter contributivo para o financiamento
de despesas públicas com o propósito de satisfazer as necessidades coletivas (Art. 104 CRP)

O imposto é objetivamente uma prestação pecuniária, definitiva, unilateral, coativa e sem carácter de sanção mediante o
devido estabelecimento por lei. Subjetivamente, o imposto é suportado pelas pessoas singulares ou coletivas com capacidade
contributiva, tendo como principal finalidade a satisfação de necessidades públicas sendo a sua receita sempre atribuída a
entidades de natureza pública.

A quem é devido?
I. A favor de um entidade incumbida de uma função pública
→ Uma prestação com caraterísticas objetivas e é exigida a detentores individuais ou coletivos de capacidade contributiva a
favor de uma pessoa coletiva privada ou uma pessoa coletiva de Direito Público, sendo o sujeito ativo da relação ser o Estado
(Administração central direita ou indireta), as autarquias locais, as Regiões Autónomas ou entidade privada que desenvolva
atividades públicas. Ou seja, as pessoas coletivas às quais a lei atribua a qualidade de titulares ativos de relações jurídicas
fiscais (artigo 18o, no1 e no2 LGT).

A quem é exigido?
II. Exigido a quem tem capacidade contributiva
→ A capacidade contributiva, do ponto de vista subjetivo, constitui um elemento essencial para a caraterização da figura do
imposto, sendo indispensável como critério material da igualdade ou da justiça fiscal.
→ A nossa LGT determina que os impostos assentam essencialmente na capacidade contributiva dos indivíduos, revelada
através:
• rendimento ou da sua utilização (consumo)
• património
Com a receita dos impostos, o Estado cria e mantém serviços públicos, satisfazendo necessidades coletivas. O Estado constrói
estradas, escolas, hospitais e, dessa forma, fornece bens e presta serviços a toda a sociedade, beneficiando indistintamente
todos os cidadãos, quer paguem ou não impostos.
Esta norma transporta para o plano fiscal a concretização dos princípios constitucionais consagrados no artigo 104o CRP.
• exigido pelas entidades que exercem funções para a realização das suas funções.

III. Para a realização de fins públicos

→ A finalidade do imposto é a arrecadação de receitas que permitissem a realização de despesas públicas. Porém, o imposto
não tem apenas esta finalidade, servindo também para a realização de fins públicos.
→ Por um lado, a par dos impostos fiscais, existem os impostos extrafiscais, cuja finalidade e justificação extravasam o
domínio estrito da arrecadação de receitas:
O estabelecimento e a exigência dos impostos visam a obtenção dos meios necessários à realização dos fins públicos
cometidos ao Estado de acordo com a forma como este se organiza na Constituição. Existe assim um fim primário de natureza
financeira e que corresponde à cobertura das despesas públicas, no que se designa de finalidades fiscais do imposto, sendo que
no Estado social e democrática os impostos estruturados, tendo em conta objetivos de ordem económica e social, tem
finalidades extra- fiscais do imposto.
→ os fins públicos da tributação estão previstos no artigo 5o LGT, sendo eles a satisfação de necessidades financeiras do
Estado e de outras entidades públicas, a promoção da justiça social, da igualdade de oportunidades e das necessárias correções
das desigualdades na distribuição da riqueza e do rendimento.

Anteriormente o imposto tinha como finalidade adotar os agente públicos com meios para a realização de tarefas fiscais. Com
o alargamento da intervenção do Estado – o Estado de Direito Social – o imposto aparece como um mecanismo de
redistribuição de riqueza, crescimento económico.
O interesse geral enquanto fim é mais amplo do que o interesse financeiro. Justamente, por isso, os impostos têm por
finalidade a realização de fins públicos.
Assim, no atua estado social, os impostos prosseguem os mais variados objetivos de natureza económico e social e existem os
impostos que são utilizados com vista a determinar comportamentos sociais dos seus destinatários.

Os mesmos dispõem de determinadas características de importante análise:

1. Integra uma relação de natureza obrigacional imposta por lei

2. Prestação patrimonial ou pecuniária:


→ trata-se de uma obrigação de natureza patrimonial, no sentido de que a realização da respetiva prestação implica uma
transferência do património do sujeito passivo para o património do ente público
→ trata-se de uma obrigação de natureza pecuniária, quando dado o objeto de obrigação de imposto se concretiza sempre
num dever de entrega de uma determinada quantia em dinheiro (nesta perspetiva o imposto traduz-se na obrigação do ato de
entregar a quantia em dinheiro mediante análise)

3. Carácter unilateral:
→ a unilateralidade encontra-se diretamente relacionada com o facto de ao imposto não corresponder qualquer contraprestação
genérica em favor do contribuinte, não existindo qualquer relação entre o montante do imposto pago por um contribuinte e as
vantagens que o mesmo, eventualmente, possa auferir dos serviços públicos (por outras palavras - o Estado recebe o imposto e
não oferece nada em troca ao contribuinte de forma definitiva)
→ é a unilateralidade do imposto que estabelece a principal distinção entre este e a taxa, uma vez que ao contrário do
imposto,
a taxa é bilateral, dando sempre lugar a uma contraprestação que se concretiza na prestação individualizado de um bem do
domínio público.

4. Prestação definitiva:
→ o imposto pago não pode ser restituído ao sujeito passivo, impondo a extinção da relação jurídica obrigacional. Assim, uma
vez cobrado não existe abertura para qualquer tipo de reembolso, este carácter definitivo é essencial para realizar a distinção
do imposto em relação à requisição administrativa e da expropriação da utilidade publica e do empréstimo público.
5. Prestação caoticamente:
→ a obrigação deste fator é imposta ao sujeito passivo, independente da vontade do mesmo, uma vez que o imposto tem a sua
fonte na lei e o seu nascimento prescinde da vontade de quem está diretamente vinculado ao seu cumprimento. Como
estabelece o artigo 36º LGT, a relação jurídica tributária constitui-se com o facto tributário e os elementos essenciais dessa
mesma relação não poderem ser alterados pelas partes.
→ assim, o Estado e as respetivas pessoas coletivas de direito, considerados os sujeitos ativos do imposto, a quem a lei
confere a faculdade de lançar e cobrar determinados impostos, exigem a prestação de todos os cidadãos com as devidas
condições previstas na lei.

Processo de execução fiscal


→ o processo de execução fiscal corresponde ao meio processual à disposição do Estado destinado a promover as medidas
necessárias à cobrança coerciva de tributos, juros de mora e demais encargos legais.

No respeitante à competência da execução fiscal, é de salientar a distinção entre os actos da competência da administração
fiscal e os actos da competência dos tribunais tributários. Os demais actos, designadamente a instauração da execução, a
reversão da execução contra terceiros, a penhora dos bens, a venda dos bens penhorados, a anulação da dívida, etc., deverão
ser praticados pela administração tributária, mais precisamente o serviço periférico local da administração tributária.

Isto vale também em sede da execução das dívidas à segurança social, nomeadamente as relativas às contribuições sociais, às
taxas e prestações pecuniárias acessórias, competindo às secções de processo das delegações do Instituto de Gestão Financeira
da Segurança Social, a instauração e instrução do processo de execução das dívidas à segurança social, competindo aos
tribunais tributários da área sede da execução os correspondentes actos judiciais.
Quanto às autarquias locais, as competências atribuídas pelo CPPT ao dirigente máximo do serviço ou a órgãos executivos da
administração tributária serão exercidas pelo presidente da autarquia.

→ como se inicia? O devedor é notificado pelas finanças, segurança social ou por qualquer outro serviço do Estado para
proceder ao pagamento da dívida num determinado prazo estabelecido. Terminando o prazo para o pagamento voluntário da
dívida sem que esta tenha sido regularizado é realizada por parte dos serviços competentes uma certidão de dívida.

Sistema fiscal português


→ IMI: O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) é um imposto de pagamento anual que é calculado com base no valor
patrimonial tributário dos prédios rústicos e urbanos situados em território nacional. A definição das taxas de IMI é anual e da
responsabilidade do município onde se insere o imóvel, que estipula uma taxa dentro de um intervalo definido pelo Código do
Imposto Municipal sobre Imóveis

→ IRC: O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas, e aplica-se aos lucros obtidos pelas empresas com sede em
Portugal. As empresas que estão sediadas noutro país, mas que exercem atividade em Portugal, também estão sujeitas ao IRC.
Contudo, neste caso, o imposto não incide sobre a totalidade dos rendimentos, mas apenas sobre a percentagem obtida em
território nacional. O IRC é calculado com base nos rendimentos que as empresas obtiveram no ano anterior, e a base de
tributação (o montante sobre o qual incide o imposto) varia de acordo com a natureza da atividade, volume de faturação e
sede fiscal.

→ IVA: O Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) é um imposto aplicado às vendas ou prestações de serviços em Portugal.
O IVA é pago pelo consumidor no momento em que paga pelo bem ou serviço prestado. O vendedor ou prestador de serviços
recebe o valor do IVA e, posteriormente, entrega-o à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)

→ IRS: O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) aplica-se ao rendimento dos cidadãos residentes em
território português e dos não residentes que obtêm rendimento em Portugal. O imposto é determinado de acordo com o
rendimento obtido, sendo aplicada a taxa corrente conforme o escalão a que pertence, e consideradas as deduções previstas na
lei (por exemplo, despesas de educação ou de saúde).

O IRS é apurado individualmente, mas os casais ou as pessoas em união de facto podem optar por entregar o IRS em
conjunto. Neste caso, o imposto é cobrado sobre a soma dos rendimentos das pessoas que compõem o agregado familiar.
Princípio basilar - não pode existir uma dupla tributação (apenas 1 tipo de imposto)

Facto gerador - a causa do imposto cria a obrigação de proceder ao ser pagamento (ex: feita do momento - salário (fonte
de rendimento para os impostos) e venda de imóvel)

Direito fiscal na União Europeia


A UE não tem responsabilidades diretas em matéria de cobrança de impostos nem da fixação das respetivas taxas. Cada
governo nacional decide os impostos que os contribuintes devem pagar, assim como o modo como são gastas as receitas
auferidas.

No entanto, a UE supervisiona as disposições nacionais em matéria fiscal em alguns domínios, nomeadamente nos
relacionados com as políticas europeias que afetam as empresas e os consumidores, a fim de:

• assegurar a livre circulação de bens, serviços e capitais no mercado único europeu


• garantir que as empresas de um país não beneficiam de uma vantagem desleal em relação às empresas suas
concorrentes de outros países
• garantir que os impostos não discriminam os consumidores, os trabalhadores ou as empresas de outros países da UE

Além disso, a UE colabora com os Estados-Membros para coordenar as respetivas políticas económicas e os impostos sobre as
sociedades e o rendimento, a fim de assegurar a sua equidade e eficácia e garantir que são favoráveis ao crescimento. Trata-se
de um aspeto fundamental para garantir uma maior clareza relativamente aos impostos devidos pelas pessoas que se mudam
para outro país da UE ou pelas empresas que investem noutro país da UE. Esta coordenação também contribui para prevenir a
evasão e a elisão fiscais.

1º Tributação (tendencialmente) harmonizada

2º Tributação (parcialmente) harmonizada

1. incide sobre o consumo e sobre o sistema comum do IVA:

3 sujeitos do IVA:
• Estado
• Regiões Autónomas
• União Europeia

Leis processuais (códigos tributários)


Visam atribuir a garantir aos contribuintes

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