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Desse modo, uma norma da base da pirâmide não pode contrariar outra
norma mais ao topo. Para além disso, cada faixa da pirâmide e, mais
especificamente, cada norma ali indicada tem uma função diferente no
ordenamento jurídico. Ao mesmo passo em que todas contribuem para a ordem
e organização da sociedade e do Estado, algumas dão diretivas mais gerais e
outras são específicas, algumas tratam de princípios e outras de questões mais
práticas de funcionamento de órgãos, cidades, etc. A especificidade tende a
crescer de cima para abaixo, sendo a Constituição a norma mais geral e os atos
administrativos os mais específicos.
Na Constituição, temos uma norma elaborada figurativamente pelo povo,
trazendo seus valores básicos na forma de princípios e direitos fundamentais, de
organização do Estado, dos Poderes Públicos, dentre outras disposições gerais
ligadas à formação da ordem social. Além dessas normas, a Constituição prevê
também a forma de custeio dessa estrutura estatal, a qual deverá garantir todos
os direitos previstos. Assim, estabelecem-se os bônus, mas também os ônus que
o sustentam, pois para concretizar direitos o Estado precisa de recursos.
Por fim, cumpre mencionar que nem sempre os tributos são fixados
apenas com intuito de arrecadação de receitas (fiscalidade). Por vezes, o
montante arrecadado ou a tributação de determinada atividade pode ser
estratégica, buscando desestimular o consumo de um produto por exemplo (caso
da tributação de maior monta em produtos como cigarros e bebidas alcóolicas),
estimular determinadas atividades (caso dos incentivos fiscais sobre o setor
automobilístico, por exemplo), dentre outras. É o que chamamos de
extrafiscalidade.
CONCEITO DE TRIBUTO
Segundo o art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN), o tributo pode ser
definido da seguinte forma: