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Nem a CRP, nem a legislação ordinária relevante (caso da LGT) dão uma
definição de tributo. A professora Ana Paula Dourado define como receitas
criadas pelo estado ou outras entidades públicas para a satisfação de
necessidades públicas e sem função sancionatória.
Impostos:
O imposto constitui uma prestação pecuniária, coativa e unilateral, exigida
por uma entidade pública com o propósito da angariação de receita.
----Do ponto de vista objetivo, o imposto caracteriza-se por constituir uma
prestação pecuniária, coativa e unilateral.
Ao caracterizarmos o imposto como uma prestação pretendemos dizer
que ele constitui o objeto principal de uma relação jurídica de natureza
obrigacional, através da qual uma pessoa fica adstrita para com outra à
realização de um comportamento que a lei reconhece judicialmente
exigível.
Ao caraterizarmos o imposto como uma prestação pecuniária queremos
dizer que ele constitui uma obrigação de dare pecunia, isto é, que deve ser
satisfeita através de um pagamento em dinheiro ou meio equivalente, não
podendo satisfazer-se através de entrega em espécie nem de um qualquer
comportamento de facere por parte do sujeito passivo. Isto que se diz
resulta hoje com inteira clareza da LGT- art 40.
Ao caracterizarmos o imposto como uma prestação coactiva queremos
dizer que este constitui uma obrigação que é gerada pela simpres
concretização de um pressuposto legal e não pelo encontro da vontade
das partes, prefigurando assim uma obrigação ex lege e não uma
obrigação ex voluntare. També, esta é uma nota característica do imposto
reafirmada pela LGT que nos diz, no seu artigo 36, que a relação jurídica
tributária se constitui com a mera verificação do “ facto tributário” e que
os elementos essenciais dessa relação jurídica “ não podem ser alterados
por vontade das partes.” É claro que a concretização do pressuposto legal
se traduz por regra num comportamento voluntário do contribuinte – só
pago o importo do tabaco se quiser comprar um maço-, porém a maior ou
menor liberdade que haja na concretização do facto tributário, porém,
deve ser tida para este efeito como irrelevante, pois o certo é que,
concretizado aquele facto, gera-se inescapavelmente a obrigação
tributária, sendo a vontade do contribuinte indiferente ao seu conteúdo e
validade.
Classificações de impostos
TAXAS
--- Os casos em que a prestação a compensar por uma taxa é futura não se
devem confundir com aqueles em que a prestação é meramente
presumida. Ao olharmos ao pressuposto tributário, o que nestes casos
encontramos não é a prestação cujo custo ou valor se pretende com a taxa
compensar mas tão só um facto que, de acordo com as regras da
experiencia, permite concluir pelo aproveitamento dessa prestação com
grau maior ou menor de certeza.
O art 2,1, do EBF, define os benefícios fiscais como “as medidas de caráctr
excepcional instituídas para tutela dos interesses públicos extrafiscais
relevantes que sejam superiores aos da tributação que impedem”. O
significado de “interesses públicos extrafiscais relevantes superiores aos
da tributação”, deve ser concretizado.
Para tal, podemos recorrer aos princípios materiais legitimadores dos
benefícios fiscais. Esses princípios ( que podemos considerar também
aplicáveis no nosso ordenamentos constitucional) são o principio do bem
estar social como principio geral, o principio da proporcionalidade em
sentido amplo( abrangendo os princípios da necessidade, adequação e
proporcionalidade) e o principio do ganho ou do mérito. O principio da
proporcionalidade do beneficioo fiscal concretiza-se por exemplo, no
principio da necessidade económica das famílias com repercussões
positivas em toda a comunidade, e portanto no bem estar social ( por
exemplo: benefícios fiscais para a aquisição de casa própria ou para contas
de poupança-reforma); e o principio do ganho significa a recompensa fiscal
de um comportamento que serve o interesse geral.
A própria atribuição em concreto dos benefícios fiscais, no uso de uma
margem de livre apreciação ou discricionariedade, está sujeita a limites,
nomeadamente, aos princípios da proibição de arbitrariedade, da
proibição do excesso e da proporcionalidade. A reserva de lei parlamentar
é o instrumento que formalmente legitima o desvio ao principio da
igualdade, nas vertentes da capacidade contributiva e, eventualmente, da
progressividade.
Resolução:
No caso procedesse á criação de uma aparente taxa especial. Temos de
analisar este tributo, visto que de acordo com o arti 165,1,i) a reserva
relativa de lei destina-se apenas à criação de impostos e ao regime geral das
taxas e demais contribuições financeiras a favor das entidades pública.
Portanto porque é isto relevante? Sendo uma taxa especial não haveria
violação do arti 165 1,i, se chagarmos á conclusão que estamos na presença
de outro tributo, poderemos estar perante uma situação de incompetência e
consequentemente uma inconstitucionalidade orgânica.
“ portanto a professora tinha pedido as consequências da classificação
como imposto e da classificação como taxas, e foi isso que tentei responder
com este paragrafo- Se chegarmos á conclusão que estamos na presença de
um imposto, existe violação da reserva de lei art 165,1,i) quem teria
competência para a criação do mesmo eria a AR ou o governo mediante
autorização legislativa, se chegarmos á conclusão que estamos perante uma
taxa, não haveria violação do 165,1,i porque apenas há reserva de lei para o
regime geral das taxas e não para as taxas especiais”
Objeto: património
. imposto direito, incide sobre a própria pessoa que se pretende suporte o encargo económico do
imposto, onerando a riqueza que se encontra na esfera do sujeito passivo, neste caso o
património.
Os impostos indiretos qualificam-se os que incidem sobre pessoa distinta daquela que se
pretende suporte o encargo económico do imposto, onerando riqueza que se encontra na esfera
do terceiro( ex iva)
Função: imposto pessoal, os que ponderam a ondição social do contribuinte. Os reais são
aqueles que não ponderam a condição social do contribuinte.
Modo como atinge o objeto: imposto direito, incide sobre a própria pessoa que se pretende
suporte o encargo económico do imposto, onerando a riqueza que se encontra na esfera do
sujeito passivo, neste caso o património.
Os impostos indiretos qualificam-se os que incidem sobre pessoa distinta daquela que se
pretende suporte o encargo económico do imposto, onerando riqueza que se encontra na esfera
do terceiro( ex iva)
Período temporal e da extinção: obrigação única, aqueles que cujogactor gerador surge
isolado no tempo, gerando sobre o contribuinte uma obrigação de pagamento com carácter
avulso. Os impostos periódicos são auqeles cujo facto gerador se repete no tempo, gerando
sobre o contribuinte a obrigação de pagar o imposto com carácter regular (IRS e IRS constituem
exemplos de escola de impostos periódicos, incidindo sobre o rendimento angariado pelos
sujeitos passivos ao longo do ano, facto que tende por natureza a repetir-se no tempo
Sujeito ativo: CML
Sujeito passivo: dono do reclame publicitário
Outras características dos impostos: valor tributário dos prédios
Quanto à taxa/alíquota o caso é omisso
O beneficio fiscal está sujeito a reserva de lei pelo que as autarquias não
podem conceder benefícios fiscais: inconstitucionalidade orgânica.
Contudo, em situações excecionais, desde que devidamente justificadas e
desde que o benefício fiscal não seja concedido por mais de 5 anos, a Lei
das Finanças Locais permite (art. 16.º/ 2 e 3). Desde que as mesmas sejam
justificadas e não podem ser superiores a cinco anos, no contexto de taxa.
Quanto aos partidos políticos como desenvolvem uma atividade para a
democracia.
Violação constitucional
Por serem exceções às normas de incidência, os benefícios fiscais violam o
principio da igualdade. Assim, eles têm de ser justificados por principios
que se soprenham à igualdade e, em regra devem ter duração limidada.
O artigo 2/1 do estatuto dos benefícios fiscais, refere que os benefícios
visão tutelar interesses públicos extrafiscais, e segundo a professor ana
paula dourado este interesse publico é concretizado através do principio do
bem estar social, que deve estar sempre presente como forma de controlar o
arbítrio; o principio da proporcionalidade em sentido amplo (abrangendo os
princípios da necessidade ,adequação e proporcionalidade); e o principio do
ganho ou do mérito que visa recompensar um comportamento que sirva um
interesse geral. Deve haver então uma relação e poderação entre os
princípios materiais legitimadores dos benefícios fiscais e os princípios
fiscais materiais.
- Penso que na noção do art 18, o legislador dá abertura para que uma
entidade desprovidade de personalidade jurídica. Aliás a LGT estatui no
seu artigo 15 que a personalidade tributaria consiste na “susceptibilidade
de ser sujeito de relações jurídicas tributáras” e por vezes ocorre essa
personalidade ser reconhecida a entidades insusceptiveis de outras
relações jurídicas, seja para assegurar a igualdade de tratamento, seja para
evitar que a lei fiscal seja contornada pela irregular constituição de
pessoas coletivas.
Substituição tributária
A substituição tributária verifica-se quando, por imposição da lei, a
prestação tributária for exigida a pessoa diferente do contribuinte (art
20/1)
e podemos ter:
Substituição com retenção
Responsabilidade
As hipóteses em que é a própria retenção que está em falta são algo mais
complexas mas também aqui o legislador se procurou nortear pelo
principio da igualdade tributária, fazendo embora alguma concessão às
exigências de praticabilidade. Assim, nas hipóteses de retenção por conta
do imposto devido a final, às quais se refere o n2 do art 28, faz sentido que
seja o substituído a responder em primeira linha pelo imposto, pois que a
falha na retenção resulta num reforço indevido da sua capacidade
contributiva, que o imposto pretende em ultima análise onerar. A
responsabilização do substituto nestes casos dá-se apenas a titulo
subsidiário, na medida em que o contribuinte substituído não seja capaz
de satisfazer a prestação, e encontra a sua explicação no facto de o
substituto ter desrespeitado a obrigação de retenção a que estava
vinculado e ter concorrido desse modo para o incumprimento.
Já nas hipóteses de rentenção definitiva, às quais se refere o art 28 no seu
n3, o legislador ve-se obrigado a sacrificar pontualmente o principio da
capacidade contributiva às razões mais imperiosas da praticabilidade.
Também aqui a falha na retenção gera um reforço indevido da força
económica do contribuinte substituído mas sucede, no entanto, que se
mostra impraticável responsabilizá-lo em primeira linha pelo imposto,
dado o particular campo de aplicação da retenção definitiva. Com efeito, a
retenção a titulo definitivo materializa-se atraés da aplicação de taxas
liberatórias que oneram preponderantemente rendimentos de não
residentes ou rendimentos de capitais, relativamente aos quais a
responsabilização do contribuinte substituído se mostra sempre difícil, por
razões de facto presas com a distancia ou por razoes de direito ligadas ao
sigilio bancário. Em virtude disso, o legislador dispõe no art 28,2 que o
substituído apenas a titulo subsidiário é responsável “pelo pagamento da
diferença entre ass importâncias que deveriam ter sido deduzidas e as que
efetivamente o foram”, cabendo a responsabilidade primária ao substituto.
Uma das questões mais delicadas que este défice regulamentar suscita é a
de saber se são aplicáveis à substituição sem retenção as regras de
responsabilidade previstas no art 28 da LGT para os casos de substituição
tributária com retenção na fonte. Na opinião do professor sergio vasques,
a resposta é negativa, em virtude de duas razões fundamentais. O
principio da legalidade, e razões de igualdade tributária.
A lei geral tributária di-lo empressamente, ao dispor no seu art 8 que está
sujeita ao principio da legalidade toda a matéria da incidência subjectiva
dos tributos públicos, a sua liquidadação e cobtrança, assim como “ a
regulamenteção das figuras da substituição e responsabilidade
tributárias”. A análise da LGT deixa ver com clareza que a substituição
tributária de que esta lei cuida é a substituição tributária com retenção na
fonte que é característica dos impostos sobre o rendimento e não a
substituição tributária sem retenção. O legislador deixa claro que assim é
ao afirmar no art 20 que a substituição tributária “é efetivada pelo
mecanismo da retenção na fonte do imposto devido” e é dessa
substituição tributária que cuida também no art 28, em cujas disposições
se encontra sempre presente a retenção na fonte.
Além disto, importa reter que, qualquer que seja o modo como se
distribua a responsabilidade pela contribuição entre o substituto e
substituídos, ela há de fazer-se com respeito pelo principio da igualdade,
sendo de excluir que dela resulta uma redistribuição materialmente
infundada dos encargos tributários.
Num primeiro momento, torna-se relevante identificar os sujeitos da relação jurídica tributária
presentes no caso concreto. Em qualquer relação jurídica tributária existem sujeitos ativos e
passivos: os sujeitos ativos, nos termos do 18º/1 LGT, é a entidade de direito público titular do
direito de exigir o cumprimento das obrigações tributárias, quer diretamente quer através de
representante; já o sujeito passivo é a pessoa, singular ou coletiva, o património ou a
organização de facto ou de direito que, nos termos da lei, está vinculado ao cumprimento da
prestação tributária (18º/3 LGT).
No caso concreto, podemos identificar como sujeitos ativos desta relação, o Estado (em
relação às receitas dos trabalhadores) e a Segurança Social (em relação às quotizações dos
trabalhadores). Do lado dos sujeitos passivos, podemos começar por referir que, os sujeitos
passivos originários seriam os trabalhadores (na qualidade de contribuintes diretos e
originários), todavia, através da figura da substituição tributária (presente no 20º LGT), deixam
de ser estes os sujeitos passivos da relação em causa, passando a ser, em seu lugar, o
substituto tributário (Lagoas e Mares, Lda.). Contribuinte direto e originário é o sujeito passivo
obrigado, por lei, a pagar tributos e outros encargos legais a estes associados; por outro lado,
substituto tributário, é o sujeito passivo que, por imposição legal, está obrigado a cumprir
prestações materiais e formais da obrigação em lugar do contribuinte (20º/1 LGT), que passa,
agora a ser chamado de substituído.
No nosso ordenamento jurídico, a substituição é efetivada, fundamentalmente, através da
retenção na fonte, nos termos do 20º/2 LGT. Segundo o Prof. Sérgio Vasques, a substituição
tributária com retenção na fonte constitui uma técnica de intermediação característica dos
impostos sobre o rendimento. Aqui, desloca-se a obrigação tributária para o substituto dado
que este é o devedor do contribuinte substituído, a fonte dos rendimentos que se sujeitam a
impostos, sendo claramente mais fácil exigir que o substituto deduza uma parcela desse
rendimento aquando do seu pagamento, para entrega ao Estado, do que exigir semelhante
esforço ao substituído.
Houve retenção mas não houve entrega para a segurança social -> em relação a esta
situação, o dever de retenção por conta foi cumprido, todavia, o montante não foi entregue.
Perante estas situações, estabelece o 28º/1 LGT, que o substituto é responsável pelas
importâncias retidas e não entregues nos cofres do Estado, logo, fica o substituído desonerado
de qualquer responsabilidade no seu pagamento. Subjacente a este regime, existe uma
presunção de que o substituído não sabe, nem tem a possibilidade de saber, se o montante
retido foi, ou não, entregue ao fisco. O substituído sabe apenas que o montante foi retido e,
por isso, fica liberto de quaisquer obrigações relacionadas com a retenção. Isto significa que,
em relação a estas, o substituto é o único responsável.
Na relação entre substituto e substituído, trata-se de uma responsabilidade objetiva, não
sendo possível demonstrar que houve alguma razão para a não entrega do imposto. Entende-
se que o substituto reteve montantes que não são da sua propriedade, mas do sujeito ativo, e,
por isso, não há justificação para a aplicação destes montantes a outras finalidades.
O comportamento do substituto configura o crime de abuso de confiança contra a segurança
social, nos termos do 107º/1 RGIT, o qual remete, em termos de sanção para o 105º/1 e 5 RGIT.