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Capítulo I - Contas a receber e a pagar
Exercício 1.01
Contas a receber e a pagar - Adiantamentos recebidos
-
ENUNCIADO
A empresa T P Q Lda., recebeu em 01 de Janeiro de 200N u m cheque
~.° 12345 sobre o Banco Xpto, do cliente Lápis de Cera, S.A., no montante
ie € 12.300,00 juntamente com a nota de encomenda n.°35 do cliente. Este
valor respeita a u m adiantamento para fornecimento de mercadorias sujeitas
i IVA à taxa normal, com preço previamente fixado.
A empresa TPC Lda., emitiu no dia 10 de Janeiro de 200N, a factura
r..° 135, relativa à venda a prazo, de mercadorias no valor de € 20.000,00,
iando satisfação à nota de encomenda n° 35 do cliente Lápis de Cera, S.A.
CONTABILIZAÇÃO
ENQUADRAMENTO
O SNC relativamente aos adiantamentos atende à sua natureza monetá-
ria ou não monetária e também ao seu destino. Assim, se o adiantamento for
de natureza não monetária, significa que o preço é conhecido (o preço está
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previamente fixado) e será reconhecido no balanço: ou como um activo não .io 1.02
financeiro, na conta « 3 9 - Adiantamentos por conta de c o m p r a s » e na conta • mit Ai a receber e a pagar - Adiantamentos pagos
« 4 4 5 - Adiantamentos por conta de investimentos»; ou como u m passivo
não financeiro, na conta « 2 7 6 - Adiantamentos por conta de v e n d a s » . i N V N CIADO
Se o adiantamento for de natureza monetária, significa que o preço não A nnpresa A L F A Lda., procedeu em 10 de Junho de 200N à emissão do
é conhecido (sem preço fixado) e será reconhecido no balanço ou como um lirqiic n.° 12345 sobre o Banco Xpto, a favor do fornecedor BETA, S.A. no
activo financeiro, na conta « 2 2 8 - Adiantamentos a fornecedores» e na con- t.mte de € 4.920,00. Este valor respeita a u m adiantamento para forne-
ta « 2 7 1 3 - Adiantamentos a fornecedores de investimentos»; ou como um l InuMito de mercadorias sujeitas a IVA à taxa normal, sem preço previamente
passivo financeiro, na conta « 2 1 8 - Adiantamentos de clientes». li xtido, e segue acompanhado da nota de encomenda n° 123 ao fornecedor.
Relativamente à exigibilidade do IVA nos adiantamentos, o CIVA refere A empresa ALFA Lda., recebeu no dia 15 de Junho de 200N, a factura
que "...a exigibilidade do imposto é ainda aplicável "aos casos em que se veri- i i " ¿35 do fornecedor BETA, S.A., relativa à compra a prazo de mercadorias
fique emissão de factura ou documento equivalente, ou pagamento, precedendo o mi valor de € 15.000,00, dando satisfação à nota de encomenda n° 123.
momento da realização das operações tributáveis."
Os adiantamentos poderão ser documentados por um recibo ou por uma CONTABILIZAÇÃO
da conta « 2 1 8 - Adiantamentos de clientes» no caso do preço dos forneci- Depósitos à ordem 12x 4.920,00
mentos não terem o preço fixado, ou a crédito da conta « 2 7 6 - Adiantamen- Pela facru™ « ° ""5 do fornecedor _
tos por conta de v e n d a s » no caso do preço dos fornecimentos terem o preço 15-06-N Compras de mercadorias 311 15.000,00
IVA - Dedutível 2432 3.450,00
fixado e crédito da conta « 2 4 3 3 - IVA - Liquidado; sendo o total do valor
Fornecedor c/c 221 18.450,00
recebido debitado na conta de « M e i o s financeiros líquidos» respectiva.
Quando do fornecimento ( e m i s s ã o da factura dos bens ou s e r v i ç o s Pela anulação do adiantamento _
15-06-N Fornecedor c/c 221 4.v¿u,uu
fornecidos), a factura é contabilizada normalmente e, simultaneamente, o(s) 4.000,00
Adiantamentos a fornecedores 228
valor (es) recebidos na forma de adiantamento (s) são transferidos para a con- 920,00
IVA - Regularizações - A favor do estado 24342
ta « 2 1 1 - Clientes c / c » , isto é, debita-se a conta « 2 1 8 - Adiantamentos de
clientes», ou a conta « 2 7 6 - Adiantamentos por conta de v e n d a s » , e debita-
-se a conta « 2 4 3 4 1 - IVA - Regularizações - A favor da e m p r e s a » ; por cré-
dito da conta « 2 1 1 - Clientes c/c».
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ENQUADRAMENTO ei cicio 1.03
Adiantamentos pagos Contas a receber e a pagar - O p e r a ç õ e s com letras: saques e aceites
O valor pago na forma de adiantamento é contabilizado a débito da
conta « 2 2 8 - Adiantamentos a fornecedores» e da conta « 2 7 1 3 - Adianta- A letra é um título de crédito através do qual uma determinada pessoa
mentos a fornecedores de investimentos», no caso do preço dos fornecimen- ou entidade (o sacador) ordena a outra entidade (sacado), o pagamento de
tos não terem o preço fixado; ou a débito da conta « 3 9 - Adiantamentos por uma importância (valor nominal da letra), a si ou a outra entidade (toma-
conta de c o m p r a s » e da conta « 4 4 5 - Adiantamentos por conta de investi- dor), numa determinada data.
m e n t o s » , no caso do preço dos fornecimentos terem o preço fixado e débito
da conta « 2 4 3 2 - IVA - Dedutível, sendo o total do valor pago, creditado na Para produzir efeitos plenos a letra deverá conter os seguintes elemen-
conta de « M e i o s financeiros líquidos» respectiva. tos essenciais:
Quando do fornecimento (recebimento da factura dos bens ou ser- - A palavra letra escrita no próprio título;
viços fornecidos), a factura é contabilizada normalmente e, simultaneamen- - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
te, o(s) valor (es) pagos adiantadamente são transferidos para débito da conta - O nome da entidade que a deve pagar;
« 2 2 1 - Fornecedores c / c » ou da conta « 2 7 1 1 - Fornecedores de investi- - O nome da entidade a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
mentos - contas gerais», quer se trate, respectivamente, de fornecedores de - Indicação da data em que é sacada;
bens e serviços ou se trate de fornecedores de investimentos, e credita-se a - Assinatura de quem passa a letra (sacador).
conta « 2 4 3 4 2 - IVA - Regularizações - A favor do E s t a d o » , também para Os elementos n ã o essenciais, são:
débito daquelas contas. - Data de pagamento (quando não se indica, entende-se que é pagável à
vista);
- Lugar de pagamento (quando não se designa, considera-se que será
paga no domicílio do sacado);
- Lugar onde a letra foi emitida (quando não é mencionado, considera-se
como tendo-o sido no domicílio do sacado).
O aval corresponde a uma garantia de pagamento dada por u m terceiro,
ou mesmo um signatário da letra. Quando não é mencionado o interveniente
a favor do qual se dá o aval, considera-se como sendo dado pelo sacador.
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(sacado) o pagamento de uma certa quantia na data de vencimento. Sendo - C o m i s s ã o de cobrança: substitui o antigo prémio de transferência e
assim, ele é efectuado pelo sacador. incide também sobre o valor nominal da letra. A sua taxa depende do
O endosso consiste na transmissão da letra a outra entidade pelo toma- tipo de letras: sendo domiciliada é menor do que não o sendo e, den-
dor ou portador. Apenas podem ser transmitidas, por endosso, as letras que tro daquela, deverá ainda distinguirse entre letras da mesma praça e de
contenham a cláusula à ordem (títulos à ordem). praças distintas.
O endossante é a entidade que transmite a letra; - Imposto, ou selo de verba: incide sobre o juro e comissão de cobran-
O endossado (normalmente u m credor do tomador) é a entidade que ça e corresponde à arrecadação por parte do banco, para posterior en-
recebe por endosso. trega ao Estado.
O direito de regresso na falta de aceite ou pagamento cada endossado - Outras despesas: engloba despesas diversas tais como portes, telefo-
pode exercer os seus direitos de acção contra os endossantes que o prece-
nemas, faxes, e outros.
dem.
O portador apresenta a letra a desconto, que poderá ser ou não aceite
O sacador, para poder exercer os seus direitos de acção, pode dispensar
pela instituição de crédito. Sendo-o, é-lhe depositado na conta de de-
o portador de fazer o protesto por falta de aceite ou de pagamento bastando,
pósitos à ordem, o valor nominal da letra deduzido de todos os encar-
para tal, inscrever na letra a cláusula "sem despesas" ou "sem protesto".
gos com o desconto.
O aceite é dado pelo sacado e consiste na declaração da responsabilida-
de pelo pagamento da letra na data do vencimento. A declaração consiste na Não havendo nada estipulado em contrário, o portador deverá debitar
assinatura do sacado na face da letra. cobrar do aceitante as despesas que lhe foram deduzidas pela instituição
O desconto realiza-se nos bancos comerciais e consiste numa realiza- e crédito, devendo o segundo exigir o documento comprovativo de tais en-
ção antecipada do seu valor, ou seja, possibilita ao portador realizar o valor argos.
da letra antes da data do seu vencimento, pagando-se os juros e os encargos Para verificação e controlo dos encargos apresentados pelas institui-
relativos ao período compreendido entre a data da apresentação a desconto ções de crédito, a fórmula é a seguinte, considerando-se os seguintes ele-
e a de vencimento.
mentos:
20 21
Encargos do desconto = Juros + Comissão de cobrança + Imposto + Outras despesas os) como, também, todos os encargos bancários a suportar pelo desconto
da nova letra.
Juros = [(Vn x i x (n+2)]/ 36000 O sacador normalmente debita outras importâncias além das referidas,
Comissão de cobrança = Vn x t para custear despesas internas.
Imposto = (Juros + Comissão de cobrança) x r%
Relativamente aos encargos bancários, a taxa de juro é estabelecida,
O recambio: quando a letra é apresentada, no vencimento, ao aceitante tomando como base não o prazo da nova letra, mas sim o que decorre entre
para que este proceda ao seu pagamento, isto é, efectuase a sua cobrança. No a sua data de vencimento e a data da operação inicial, isto é, data de saque da
entanto, duas situações podem ocorrer: primeira letra. Tal procedimento, origina a utilização de uma taxa superior e,
- O aceitante paga a letra terminando, assim, a sua vida e função; consequentemente, o agravamento dos encargos da reforma. Tais encargos
- O aceitante recusa-se ao pagamento da letra, sendo esta devolvida ao são, muitas vezes, debitados pelo sacador na data da reforma, podendo ser
sacador, por incobrabilidade. Tal devolução por falta de pagamento calculados segundo duas bases distintas:
constitui o recambio. - Encargos não incluídos no valor nominal da nova letra;
- Encargos incluídos no valor nominal da nova letra.
O recambio de letras não cobradas comporta sempre despesas, que de-
vem ser debitadas ao aceitante, na sua totalidade, se a responsabilidade de tal O Protesto: consiste numa acção levada a efeito pelo portador da letra,
facto lhe for imputada. motivada pela falta de aceite ou falta de pagamento:
A reforma: consiste na substituição de uma letra antes do seu vencimen- - O protesto por falta de aceite deverá efectuar-se durante os prazos fixa-
to, por outra ou outras, com vencimento posterior. Esta operação, muito fre- dos para a apresentação ao aceite;
quente, deve-se ao facto do aceitante não poder liquidar, no todo ou em parte, - O protesto por falta de pagamento deverá efectuar-se num dos dois dias
o valor nominal da letra na data de vencimento. úteis seguintes àqueles em que a letra é pagável. Sendo a letra pagável
até ao limite máximo de dois dias úteis seguintes à data de vencimento,
Na reforma podem ocorrer duas situações: o protesto deverá efectuar-se nos 3 o ou 4 o dias úteis seguintes àquela.
- Reforma parcial: em que o aceitante paga uma parte do valor nominal
da letra antiga, aceitando uma nova letra pelo restante; ou Pelos encargos do protesto é responsabilizado o aceitante (devedor),
- Reforma total: em que o aceitante substitui a letra antiga por uma devendo todos os seus débitos serem considerados em situação de impari-
nova, não pagando qualquer quantia. dade.
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I OPERAÇÃO CONTA DÉBITO CRÉDITO I I DIM KAÇÃO CONTA DÉBITO CRÉDITO I
Saque (corresponde à emissão da própria letra): 2121C X < K procedimentos a seguir são idênticos aos vistos anteriormente:
2111C X \. cite: 2211F X
Endosso (consiste na transmissão da letra a outra 2211F X 2221F X
entidade, normalmente u m credor do sacador): 2121C X 1 ii cargos do desconto debitados pelo sacador: 6914 J
Desconto (consiste na realização antecipada 12x X 2211F J
do valor da letra): 2121C X Cncargos do recambio debitados pelo sacador: 69881 P
69 lx J 2211F p
12X J Kclorma:
Débito do desconto ao aceitante (devedor da letra): 2111C J Anulação do aceite: 2221F X
69 lx J 2211F X
Recambio (consiste na devolução por falta 2111C X Keforma parcial:
de pagamento): 12x X Pagamento parcial: 2211F X
6988x P 12x X
12x P Encargos da reforma debitados pelo sacador: 69 lx E
Débito dos encargos do recambio ao aceitante: 2111C P 2211F E
6988x p Contabilização do novo aceite: 2211F X
Reforma: 2221F X
Reforma parcial: 111 X Pagamento do aceite: 2221F X
2111C X 12x X
Débito dos encargos da reforma ao aceitante: 2111C
7918
E
E
r VANTAGENS DAS LETRAS. QUANDO DESCONTADAS:
Contabilização do novo saque: 2121C X Para o credor (portador e, normalmente, sacador) visto possibilitar-lhe
2111C X realizar meios líquidos que doutra forma não conseguiria. Debitando ao acei-
Letras em carteira: tante os encargos do desconto, o portador, vê realizado antecipadamente o
Recebimento do valor da letra no vencimento: 111 X seu crédito sem que tal lhe origine gastos de financiamento; e
2121C X Para o devedor, visto conseguir assim crédito (s) que doutra forma não
Reforma de letra em carteira: alcançaria. De facto o desconto resulta, na prática, num empréstimo a curto
Anulação da letra a reformar: 2111C X prazo concedido pela instituição de crédito ao aceitante ou devedor, limitan-
2121C X do-se este ao pagamento dos encargos ao portador ou sacador e ao reembolso
do valor nominal na data do vencimento.
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Exercício 1.04 ícios económicos seguintes deverão ser contabilizadas a débito numa
Contas a receber e a pagar - Devedores e credores por a c r é s c i m o : nta divisionária da conta « 2 7 2 1 - Devedores por acréscimos de rendimen-
Rendimentos de juros ainda n ã o recebidos | 0 I » , por crédito da conta « 7 8 6 2 - Outros rendimentos e ganhos - Rendi-
IMInlos e ganhos nos restantes investimentos financeiros - J u r o s » , ou da con-
ENUNCIADO t l « 7 9 1 - Rendimentos e ganhos de financiamento - Juros o b t i d o s » .
A empresa ALFA, Lda. procedeu em 31 de Dezembro de 200N à especia-
lização dos juros de depósitos a prazo relativos ao exercício, mas que o banco
creditará no exercício seguinte, no montante de € 1.000,00.
CONTABILIZAÇÃO
ENQUADRAMENTO
A conta « 2 7 2 Devedores e credores por acréscimos» regista a débito, na
sua subconta « 2 7 2 1 Devedores por acréscimos de rendimentos», o crédito
de rendimentos que devam ser reconhecidos no próprio período e a crédito,
na sua subconta « 2 7 2 2 Credores por acréscimos de g a s t o s » , o débito de gas-
tos que devam ser reconhecidos no próprio período, ainda que não tenham
documentação vinculativa, cuja receita ou despesa só venha a ocorrer em pe-
ríodo ou períodos posteriores.
Os rendimentos de juros imputáveis ao exercício (período) económico
em curso, mas cuja receita e recebimento apenas ocorrerá no exercício ou
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Exercício 1.05 A conta « 2 8 - Diferimentos» regista a débito, na sua subconta « 2 8 1 -
Contas a receber e a pagar - Diferimentos: Rendas pagas astos a reconhecer», o crédito de despesas (e/ou pagamentos) efectuadas,
antecipadamente cujos gastos só devem ser reconhecidos em períodos posteriores e a crédito,
na sua subconta « 2 8 2 - Rendimentos a reconhecer», o débito de receitas (e/
ENUNCIADO ou recebimentos) obtidas, cujos rendimentos só devem ser reconhecidos em
A empresa ALFA, Lda. procedeu, em 8 de Dezembro do ano 2 0 0 ( N - l ) , períodos posteriores.
à transferência bancária referente ao pagamento mensal da renda do armazém
do mês de Janeiro de 200N, no montante de € 5.000,00 (sujeito a retenção
na fonte).
CONTABILIZAÇÃO
ENQUADRAMENTO
Uma contabilidadebaseada no acréscimo, permite a obtenção do resultado
económico através da diferença entre os gastos e os rendimentos do exercício.
O regime do acréscimo (periodização económica), preconiza que os ren-
dimentos e os gastos são reconhecidos quando obtidos e incorridos, inde-
pendentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas
demonstrações financeiras dos períodos a que respeitam. Significa atender ao
fluxo real dos gastos e dos rendimentos e não ao seu fluxo monetário (fluxo
de caixa).
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E x e r c í c i o 1.06 ENQUADRAMENTO
Contas a receber e a pagar - Processamento dos ordenados O processamento contabilístico dos ordenados e salários, comporta
e salários três fases distintas:
Na I a fase, pelo processamento dos ordenados, salários e outras remu-
ENUNCIADO
nerações, dentro do mês a que respeitem, debitam-se as subcontas da conta
A entidade ALFA, S.A. procedeu ao processamento dos ordenados e sa- « 6 3 - Gastos com o pessoal», por crédito da conta « 2 3 1 - Remunerações
lários do pessoal da entidade em 23 de Janeiro de 200N, tendo efectuado a a pagar», pelos valores líquidos apurados no processamento; por crédito das
transferência bancária correspondente ao pagamento dos vencimentos em 30 contas « 2 4 - Estado e outros entes públicos», nas respectivas subcontas,
de Janeiro de 200N. « 2 4 2 - Retenção de impostos sobre rendimentos» e « 2 4 5 - Contribuições
Pessoal para a Segurança S o c i a l » ) ; as contas de « 2 3 2 - Adiantamentos» (no caso de
Ordenados brutos 20.000,00 serem regularizados por vencimentos); e contas « 2 7 8 - Outros devedores e
Encargos por conta do trabalhador
credores», consoante as entidades credoras dos descontos efectuados (parte
IRS (conforme tabelas de retenção) 1.000,00
Segurança social (11%) 2.200,00 do pessoal), como por exemplo, os sindicatos e outras organizações profis-
Ordenados líquidos 16.800,00 sionais.
Encargos por conta da entidade patronal
Na 2 a fase, pelo processamento dos encargos sobre remunerações (parte
Segurança social (23,75%) 4.750,00
patronal), dentro do mês a que respeitem, debita-se a conta « 6 3 5 - Gastos
com o pessoal Encargos sobre remunerações», por contrapartida da conta
CONTABILIZAÇÃO : « 2 4 5 - Estado e outros entes públicos - Contribuições para a Segurança So-
HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO cial»
Processamento dos ordenados: Na 3 a fase pelos pagamentos ao pessoal e às outras entidades, debitam-
23-01-ON Ordenados do pessoal 632 20.000,00 -se as contas que foram creditadas na I a e 2 a fase, por crédito de contas da
Ordenados a pagar ao pessoal 2312 16.800,00 classe « 1 - Meios financeiros líquidos», « 1 1 - caixa» ou « 1 2 - Depósitos à
Retenção de impostos sobre os rendimentos 2421 1.000,00 ordem».
Contribuições para a Segurança Social 245 2.200,00
Processamento dos encargos
23-01-0N Encargos por conta da entidade 635 4.750,00
Contribuições para a Segurança Social 245 4.750,00
Pagament o dos vencimentos
30-01-0N Pagamento dos ordenados ao pessoal 2312 16.800,00
Transferência bancária 12x 16.800,00
30
E x e r c í c i o 1.07 | l a receber - Clientes» por contrapartida da conta « 2 1 9 - Clientes - Per-
Contas a receber e a pagar - Perdas por imparidade em dívidas i Li-, por imparidade acumuladas»
a receber Uma vez que a contabilidade deve reflectir, o mais verdadeiramente
1'n.sível, a posição financeira da empresa, as dívidas dos clientes que foram
ENUNCIADO i ibjecto de reconhecimento de perdas por imparidade devem ficar individu-
Em 31 de Dezembro de 200N foi identificado na empresa ALFA, S.A. tllzadas na conta « 2 1 9 - Clientes - Perdas por imparidade acumuladas»,
um cliente que tinha ultrapassado o prazo concedido para pagamento da sua Milulividindo a conta por cada cliente nessa situação.
dívida. A empresa, após várias promessas de pagamento, considerou existir No caso das dívidas de difícil cobrança que não resultam de operações
risco de incobrabilidade, com probabilidade significativa de não vir a receber < i >m clientes, a conta de gastos a reconhecer a perda por imparidade é a conta
60% da dívida de u m total de € 10.000,00. Contudo, 5 meses após se ter « 6 5 1 2 - Perdas por imparidade - Em dividas a receber - Outros devedores».
identificado a situação, o cliente pagou integralmente a sua dívida. Quando deixar de se verificar o motivo que originou a perda por imparidade,
ou porque a dívida foi recebida ou porque a dívida foi considerada incobrável
CONTABILIZAÇÃO a conta que registava a perda por imparidade, deve ser anulada (NCRF 27,
DATA HISTÓRICO
$28).
CONTA DÉBITO CRÉDITO
Perda por imparidade em dívidas a receber em 200N Se a dívida a receber foi anteriormente considerada em situação de im-
31-12 Perda por imparidade em dívidas a receber 6511 6.000,00 paridade e reconhecida numa das seguintes contas: « 2 1 9 , 229, 239, 269 a
Perdas por imparidade acumuladas 219 6.000,00 279 Perdas por imparidade acumuladas», o desreconhecimento (anulação)
Reversão de perda por imparidade em dívidas a receber em 200(N+l) da dívida é feito por contrapartida da correspondente conta da classe 2, que
31-05 Recebimento do cliente 121 10.000,00
contém o débito do reconhecimento inicial da dívida (conferir notas de en-
Perdas por imparidade acumuladas 219 6.000,00
quadramento das contas referidas).
Cliente 2111 10.000,00
A anulação da conta de perdas por imparidade acumuladas, é feita por
Reversão de perda por imparidade 76211 6.000,00
crédito na conta « 7 6 2 1 1 - Reversões - De perdas por imparidade - Em dí-
ENQUADRAMENTO vidas a receber - Clientes», caso se trate de dívidas de clientes e na conta
As dívidas de terceiros, pela sua natureza, correm elevados riscos de se « 7 6 2 1 2 - Reversões - De perdas por imparidade - Em dívidas a receber - Ou-
degradarem. Assim, sempre que a empresa constate haver forte probabilidade tros devedores», no caso de outros devedores que não clientes.
de não vir a receber uma dívida, a empresa deve acautelar-se e, para isso, reco- Se a dívida a receber não foi anteriormente considerada em situação de
nhecer uma perda por imparidade na demonstração dos resultados (NCRF imparidade, o desreconhecimento (anulação) é feito por débito da conta de
27, § 23). gastos, « 6 8 3 - Outros gastos e perdas - Dividas incobráveis», por contra-
No caso das dívidas a receber relacionadas com operações da actividade partida da correspondente conta da classe « 2 - Contas a receber e a p a g a r »
operacional, a conta a debitar é a « 6 5 1 1 - Perdas por imparidade - Em dívi- (conferir nota de enquadramento da conta 683).
32
E x e r c í c i o 1.08 líxercício 1.09
Contas a receber e a pagar - C r é d i t o incobrável Contas a receber e a pagar - Divida de cliente em moeda estrangeira
ENUNCIADO ENUNCIADO
Em 31 de Dezembro de 200N foi identificado na empresa ALFA, S.A. A empresa ALFA, S.A., em 31 de Dezembro de 20N0, apresentava
um cliente que tinha ultrapassado o prazo concedido para pagamento da sua na conta corrente do cliente White Bird uma dívida de 25.000,00 dólares
dívida. A empresa, após várias promessas de pagamento, considerou existir americanos, reconhecidos contabilisticamente por € 18.181,82. Na data
risco de incobrabilidade, com probabilidade significativa de não vir a receber ilo reconhecimento da dívida, o câmbio de compra era de € 1,00 euro =
60% da dívida de um total de € 10.000,00. No final do ano 2 0 0 ( N + l ) a dívi- $ 1,375.
da do cliente foi considerada incobrável. Contudo, em 200(N+2), no segui- Em 31 de Dezembro de 200N, o câmbio de compra era de € 1,00 =
mento da acção de recuperação da empresa, o cliente pagou integralmente a $ 1,465.
sua dívida.
ASSIM TEM-SE:
CONTABILIZAÇÃO Em 31 de Dezembro de 200N, o valor dos dólares em caixa correspon-
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO diam a [25.000 / 1,465] = € 17.064,85.
Perda por imparidade em dívidas a receber em 2 0 0 N Na actualização do valor dos dólares a empresa reconhece, em gastos,
31-12 Perda por imparidade em dívidas a receber 6511 6.000,00 uma diferença de câmbio desfavorável igual a [17.064,85 - 18.181,82] =
Perdas por imparidade acumuladas 219 6.000,00 € 1.116,97.
Reconhecimento de crédito incobrável em 2 0 0 ( N + l )
31-12 Perdas por imparidade acumuladas 219 6.000,00 CONTABILIZAÇÃO
Dívida incobrável 683 4.000,00
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
Desreconhecimento da dívida 2111 10.000,00
Actualização dos valores em caixa
Recuperação de dívida a receber em 200(N+2)
31-12-0N Reconhecimento da diferença de câmbio 6887 1.116,97
31-MM Recebimento do cliente 121 10.000,00 1.116,97
Actualização do valor em caixa 211x
Recuperação de dívida 783 10.000,00
ENQUADRAMENTO
ENQUADRAMENTO As variações das cotações monetárias explicam-se por várias razões, no-
Idêntico ao do exercício « 1 . 0 7 - Contas a receber e a pagar - Perdas por meadamente:
imparidade em dívidas a receber». - A s alterações estruturais num determinado país, com a criação de no-
vas indústrias, tornam-no mais competitivo, o que estimula as exporta-
34
ções e reduz as importações, provocando alterações na procura e oferta t r a n s a c ç ã o (NCRF 23, §§ 21 e 22). Todas as empresas devem converter as
de moeda e incrementando a cotação da moeda desse país; Nlias transacções em moeda estrangeira para a sua moeda funcional.
- A variação positiva ou negativa das taxas de juro de um país, relativa- A moeda funcional é geralmente a moeda do país no qual a empresa está
mente às de outros países, atraindo ou repelindo investimentos, leva a Kltuada, isto é, a moeda do ambiente económico principal no qual a entidade
que, no primeiro caso as cotações subam e no segundo desçam; opera, que é aquele em que a entidade gera e gasta meios monetários (NCRF
- A inflação, resultado de u m maior volume de detentores de moeda re- ,' ), § 9). Porém, a moeda funcional pode ser diferente da divisa nacional, em
lativamente ao dos agentes que a procuram, provoca o aumento das I>.M licular para as empresas que realizam a maior parte das suas operações
importações e a diminuição das exportações. muna outra moeda (as empresas europeias de corretagem de matérias-primas
- A moeda de u m país em que a taxa de inflação é superior à de outros operam principalmente em dólares ou, também, no caso de filiais situadas
países, tende a sofrer uma desvalorização relativa. | m países com níveis de inflação muito elevados. (As economias hiperinfla-
(lonárias, são aquelas em que os preços duplicam em 3 anos ou menos). Se
Taxa de câmbio - é o preço de uma moeda expresso numa outra a moeda funcional for a moeda de u m economia hiperinflacionária, as de-
moeda. monstrações financeiras da entidade são reexpressas em conformidade com
Taxa de câmbio ao certo - é o número de unidades de moeda estrangeira a « I A S 29 - Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias» (NCRF
necessárias para adquirir uma unidade de moeda nacional. 23, §14).
Taxa de câmbio ao incerto - é o número de unidades de moeda nacional Quando a transacção é liquidada dentro do mesmo período contabilísti-
necessárias para adquirir uma unidade de moeda estrangeira. co e m que ocorreu, toda a diferença d e câmbio é reconhecida nesse período.
Por exemplo, consideremos que € 1,00 = $ 1,25. Neste caso, o euro está Porém, quando a transacção é liquidada num período contabilístico subse-
cotado ao certo e o dólar está cotado ao incerto. Diz-se que a taxa de câmbio quente, a diferença de câmbio reconhecida em cada período até à data de
é de 1,25. Com o euro cotado ao incerto ter-se-ia $ 1,00 = € 0,80. liquidação é determinada pela alteração nas taxas de câmbio durante cada
Uma transacção em moeda estrangeira é uma transacção que seja deno- período (NCRF 23, § 2 8 ) .
minada ou exija liquidação numa moeda estrangeira, incluindo transacções Os itens monetários, unidades monetárias detidas e activos e passivos
que resultem de quando uma entidade compra ou vende bens ou serviços a receber ou a pagar num número fixado ou determinável de unidades mo-
cujo preço é expresso numa moeda estrangeira, pede emprestado ou empres- netárias, resultantes de uma transacção em moeda estrangeira, são expressas
ta fundos quando as quantias a pagar ou a receber sejam expressos numa mo- no balanço do final do período contabilístico ao câmbio em vigor nessa data
eda estrangeira ou adquire ou aliena activos ou incorre em ou liquida passi- (NCRF 23, §§ 8 e 21 e NCRF 27, § 14, al. d ) ) .
vos, expressos numa moeda estrangeira (NCRF 23, § 20). As diferenças de câmbio apuradas são contabilizadas nas contas de gas-
A transacção deve ser registada, na moeda funcional, no momento do re- tos e de rendimentos de período (NCRF 23, § 27).
conhecimento inicial, pela aplicação à quantia em moeda estrangeira da taxa
de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira à data da
36 37
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
ENUNCIADO:
A empresa ALFA, S.A., em 31 de Dezembro de 200N, apresentava na ENQUADRAMENTO:
conta corrente do fornecedor Blue Bird uma dívida a pagar em 01 de A b r i l de Idêntico ao do exercício 1.09 - Contas a receber e a pagar - Divida de
2 0 0 ( N + l ) no montante de 125.000,00 GBP (Libras esterlinas), reconheci- t lioiite em moeda estrangeira.
dos contabilisticamente por € 147.058,82. Na data do reconhecimento da
dívida, o câmbio de venda era de € 1,00 euro = GBP 0,85.
Em 31 de Dezembro de 200N, o câmbio de venda era de € 1,00 = GBP 0,80.
EmOl d e A b r i l d e 2 0 0 ( N + l ) , o c â m b i o d e v e n d a e r a d e € 1,00 = GBP0,83.
ASSIM TEM-SE:
Em 31 de Dezembro de 200N, a dívida correspondia a [125.000 / 0,80]
= € 156.250,00.
Na actualização do valor dos dólares a empresa reconhece, em gastos,
uma diferença de câmbio desfavorável igual a [147.058,82 - 156.250,00] =
€9.191,18.
Em 01 de A b r i l de 2 0 0 ( N + l ) , a dívida correspondia a [125.000 / 0,83]
= € 150.602,41.
Na actualização do valor dos dólares a empresa reconhece, em rendimen-
tos, uma diferença de câmbio desfavorável igual a [156.250,00 -150.602,41]
= € 5.647,59.
CONTABILIZAÇÃO:
18 (4
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
Capítulo I - Contas a receber e a pagar
E x e r c í c i o 1.11 - Contas a receber e a pagar - Gratificações zer tais pagamentos em consequência de acontecimentos passados e possa
er feita uma estimativa fiável da obrigação.
ENUNCIADO:
Deste modo, a estimativa da obrigação, e o respectivo reconhecimento
A empresa Alfa, S.A. tem como pratica comum a atribuição de gratifica- o gasto com pessoal deverão ser feitos de acordo com a prática passada. As-
ções aos administradores numa percentagem de 15%. No final do ano 200N, im, em termos práticos e de acordo com a NCRF 28, o lucro do ano já deverá
a entidade prevê u m resultado líquido do período de € 2.000.000,00. Os r deduzido do valor da gratificação a atribuir.
administradores não são detentores directa ou indirectamente do capital da
empresa.
CONTABILIZAÇÃO:
ENQUADRAMENTO:
De acordo com a NCRF 28, §§ 4 e 9, os benefícios dos empregados in-
cluem a participação nos lucros se pagáveis dentro de 12 meses do final do
período. Ainda de acordo com a NCRF 28, § 22, "uma entidade reconhece o
custo de planos de participação nos lucros e de bónus não como uma distri-
buição do lucro líquido mas como um gasto".
Assim, a norma contabilística e de relato financeiro estabelece que as gra-
tificações devem ser consideradas gastos do próprio período a que respeitam
os lucros e, como tal devem ser logo reconhecidas numa conta de gastos com
o pessoal.
Contudo este reconhecimento como gastos apenas o pode ser quando, e
só quando, a entidade tenha uma obrigação presente legal ou construtiva de
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
Contas a receber e a pagar - Pagamento com desconto Na actividade comercial existem dois tipos de desconto: comercial e fi-
CRÉDITO j
desconto, tanto do lado do comprador como do lado do vendedor, não vão
Pela compra e pagamento das mercadorias
01-07-ON IVA - Dedutível 2432 328,00 corrigir o valor pelo qual a mercadoria é transaccionada.
Aquisição de mercadorias 311 1.500,00 Quando o desconto é de natureza financeira é sempre contabilizado,
Depósitos à Ordem 12x 1.753,00 quer nas próprias facturas de venda ou prestação de serviços, quer obtido
Descontos de pronto pagamento obtidos 782 75,00 fora da factura.
Guia de entrada em armazém
01-07-ON Entrada em armazém 321 1.500,00
Transferência para armazém 311 1.500,00
Pelo pagamento com desconto de pronto pagamento
01-07-ON Fornecedores c/c 221 4.920,00
Depósitos à Ordem 12x 4.772,00
IVA - Regularizações a favor do estado 24342 28,00
Descontos de pronto pagamento obtidos 782 120,00
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
CONTABILIZAÇÃO:
ENQUADRAMENTO:
•M
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
tado no processamento do próprio mês. O processamento do ordenado do Transferência bancária 12x 1.350,00
vendedor ocorreu em 23 de Janeiro de 200N, tendo sido efectuada a trans-
ferência bancária correspondente ao pagamento do vencimento em 30 de ENQUADRAMENTO:
Janeiro de 200N. Os adiantamentos ao pessoal consistem em valores que a entidade entre-
ga aos colaboradores na forma de adiantamento. Normalmente estes valores
Pessoal são descontados no valor a pagar do próprio mês, ou em meses seguintes. De
Ordenado bruto 2.500,00
Encargos por conta do trabalhador
acordo com a NCRF 28, em conjunto com a NCRF 5, o conceito de remune-
IRS (conforme tabelas de retenção) 125,00 ração inclui todos os benefícios dos empregados. Estes benefícios são todas
Segurança social ( l l % ) 275,00 as formas de retribuição paga, a pagar ou proporcionada pela entidade, ou em
Ordenados líquidos 2.100,00
nome da entidade, em troca de serviços prestados à entidade. Também inclui
Encargos por conta da entidade patronal
Segurança social (23,75%) 593,75 as retribuições pagas em nome da empresa-mãe da entidade com respeito aos
serviços prestados à entidade. A remuneração inclui:
CONTABILIZAÇÃO: a) benefícios de curto prazo de empregados no activo, tais como orde-
nados, salários e contribuições para a segurança social, licença anual
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
paga e pagamento de baixa por doença, participação nos lucros e bó-
Adiantamento efectuado ao vendedor
03-01-0N Adiantamento ao pessoal 2322 750,00
nus (se pagáveis num período de doze meses após o fim do período)
Transferência bancária 12x e benefícios não monetários (tais como cuidados médicos, habitação,
750,00
Processamento do ordenado automóveis e bens ou serviços gratuitos ou subsidiados);
23-01-0N Ordenados do pessoal 632 2.500,00 b) benefícios pós-emprego tais como pensões, outros benefícios de re-
Ordenados a pagar ao pessoal 2312 2.100,00 forma, seguro de vida pós-emprego e cuidados médicos pós-emprego;
Retenção de imp. sobre os rendimentos 2421 125,00 c) outros benefícios de longo prazo dos empregados, incluindo licença
Contribuições para a Segurança Social 245 275,00 por anos de serviço ou licença sabática, jubilação ou outros benefícios
por anos de serviço, benefícios de invalidez de longo prazo e, se não
•lí.
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
forem pagáveis na totalidade num período de doze meses após o final Exercício 1.15
do período, participação nos lucros, bónus e remuneração diferida; Contas a receber e a pagar - S u b s í d i o à e x p l o r a ç ã o
d) benefícios por cessação de emprego; e
e) pagamento com base em acções (benefícios de remuneração em capi- ENUNCIADO:
CONTABILIZAÇÃO
Reconhecimento do subsídio
02-01-ON Reconhec. do subsídio à exploração 278x 90.000,00
Rendimentos a reconhecer 282x 72.000,00
Subsídios do est. e outros entes públicos 75 lx 18.000,00
Recebimento do subsídio
01-06-ON Depósitos à ordem 12x 90.000,00
Recebimento do subsídio 278x 90.000,00
Reconhec imento do subsídio, no ano 200(N+l)
31-12-200 Imputação do subsídio à exploração 282x 18.000,00
(N+1)
Imputação do Subsídio à exploração 75 lx 18.000,00
ENQUADRAMENTO:
De acordo com a NCRF 22, os subsídios são auxílios do Governo na
forma de transferência de recursos para uma entidade em troca do cumpri-
mento passado ou futuro de certas condições relacionadas com as actividades
operacionais da entidade.
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
De acordo com a NCRP 22, §§ 8 e 22, os subsídios só devem ser reco- Exercício 1.16
nhecidos após existir segurança de que a entidade cumprirá as condições a Contas a receber e a pagar - E l a b o r a ç ã o da D e m o n s t r a ç ã o
eles associadas e os subsídios serão recebidos. Neste sentido, o recebimento dos fluxos de caixa
de um subsídio não proporciona ele próprio prova conclusiva de que as con-
dições associadas ao subsídio tenham sido ou serão cumpridas. ENUNCIADO:
No que diz respeito ao reconhecimento dos subsídios, a NCRF 22, § 24 Considere-se o balanço e a demonstração dos resultados por naturezas,
refere que os subsídios do Governo que são concedidos para assegurar uma de 200N, da empresa Alfa, Lda.
rentabilidade mínima ou compensar deficits de exploração de um dado exer-
cício imputam-se como rendimentos desse exercício. Nos casos em que estes Balanço em 31 de Dezembro de 200N
subsídios se destinarem a financiar deficits de exploração de exercícios futu- RUBRICAS NOTAS DATAS
ACTIVO
Activo não corrente
Activos fixos tangíveis (1) 276.000,00 (2) 281.000,00
Propriedades de investimento 0,00 0,00
Goodwill 0,00 0,00
Activos intangíveis 0,00 0,00
Activos biológicos 0,00 0,00
Particip. financ. - método da equival. patrimonial 0,00 0,00
Participaçõesfinanceiras- outros métodos 24.000,00 17.000,00
Accionistas/sócios 0,00 0,00
Outros activos financeiros 0,00 0,00
Activos por impostos diferidos 0,00 0,00
300.000,00 298.000,00
Activo corrente
Inventários 220.000,00 230.000,00
Activos biológicos 0,00 0,00
Clientes 126.500,00 75.000,00
Adiantamentos a fornecedores 0,00 0,00
Estado e outros entes públicos 0,00 0,00
Accionistas/sócios 0,00 0,00
Outras contas a receber 22.000,00 0,00
Diferimentos 0,00 0,00
Activos financeiros detidos para negociação 0,00 0,00
Outros activos financeiros 0,00 0,00
so
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
(1) Activo bruto € 540.000,00; (2) Activo bruto € 526.000,00; (3) diz respeito a remunerações a liquidar
SNC ( ON I Allll IDAKI I INAN( 1 1KA t .isos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber c a pagar
Custo das mercad. vendidas e das matérias consumidas -1.320.000,00 - 1.286.600,00 Fluxos de caixa das
Fornecimentos e serviços externos - 22.500,00 - 42.400,00 actividades operacionais ( l ) -128.000,00
Gastos com o pessoal - 30.000,00 -37.500,00 1 luxos de caixa das actividades de investimento
Imparidade de inventários (perdas/reversões) 0,00 0,00 P.igamentos respeitantes a:
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 0,00 0,00 Activosfixostangíveis (6) 158.000,00
Provisões (aumentos/reduções) 0,00 0,00 Activos intangíveis 0,00
Imparidade de investimentos não depreciáveis/ Investimentos financeiros (7) 7.000,00
amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00 Outros activos
Aumentos/reduções de justo valor 0,00 0,00 Kecebimentos provenientes de: 0,00
Outros rendimentos e ganhos 0,00 0,00 Activosfixostangíveis (5) 130.000,00
Outros gastos e perdas (1) -8.500,00 -3.000,00 Activos intangíveis Investimentos financeiros 0,00
Resultado antes de depreciações, gastos Outros activos 0,00
de financiamento e impostos 55.000,00 121.300,00 Subsídios ao investimento 0,00
Gastos/reversões de depreciação e de amortização -40.000,00 -28.000,00 Juros e rendimentos similares 0,00
Imparidade de investimentos depreciáveis/ Dividendos 0,00
amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00 Fluxos de caixa das actividades
Resultado operacional (antes de gastos de investimento (2) -35.000,00
de financiamento e impostos) 15.000,00 93.300,00 1 luxos de caixa das actividades de financiamento
Juros e rendimentos similares obtidos 0,00 0,00 Recebimentos provenientes de:
Juros e gastos similares suportados - 5.000,00 -5.000,00 Financiamentos obtidos (8) 90.000,00
Resultado antes de impostos 10.000,00 88.300,00 Realizações de capital e de outros
Imposto sobre o rendimento do período 6.000,00 -29.300,00 instrumentos de capital próprio (9) 80.000,00
Resultado líquido do período 4.000,00 59.000,00 Cobertura de prejuízos 0,00
Doações 0,00
(1) Perdas de alienação de equipamentos € 6.000,00 e € 2.500,00 outros gastos relacionados
Outras operações de Financiamento 0,00
com fornecedores.
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos 0,00
Juros e gastos similares (10) 5.000,00
Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa
Dividendos (11) 25.000,00
( S ó conhecidos dados para o ano de 200N) Reduções de capital e de outros instrumentos
R E N D I M E N T O S E GASTOS NOTAS PERÍODOS
de capital próprio 0,00
200N
Outras operações de financiamento 0,00
(200N-1) I
Fluxos de caixa das actividades
Fluxos de caixa das actividades operacionais de financiamento (3) 140.000,00
- método directo
Recebimentos de clientes (D 1.384.500,00 - 23.000,00
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3)
Pagamentos a fornecedores (2) -1.475.000,00 Efeito das diferenças de câmbio 0,00
Pagamentos ao pessoal (3) -22.000,00 Caixa e seus equivalentes no início do período 7.000,00
Caixa gerada pelas operações 112.500,00 Caixa e seus equivalentes nofimdo período (12) -16.000,00
Pag./recebimento do imposto sobre o rendim. ' (4) -15.500,00 - 23.000,00
Outros recebimentos/pagamentos 0,00
54 55
' " - " M ^asos práticos - Tomo \ Capítulo I - Contas a receber e a pagar
Porém, este quantitativo não coincide com o respeitante à aquisição de (7) Este quantitativo corresponde ao que consta na alínea c) das informações e corresponde
à variação, entre 31/12/200N e 31/12/200(N-l), evidenciada no balanço, na rubrica
novos equipamentos, que, nos termos da alínea b) das informações do balan-
Participações financeiras - outros métodos.
ço, foram de € 158.000,00.
(8) Este valor corresponde ao que consta na alínea a) das informações do balanço.
Então, quer dizer que, para além das aquisições, houve outras operações
1
56
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
ENQUADRAMENTO
59
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
E x e r c í c i o 1.17 Um passivo classifica-se como corrente quando não tem carácter de per-
Contas a receber e a pagar - Escolha múltipla III M i n u c i a na entidade, ou seja, espera-se que seja liquidado num período até
IIH/I- meses após a data do balanço (no decurso normal do ciclo operacional),
ENUNCIADO: detido essencialmente para a finalidade de ser negociado ou a entidade
Na questão de resposta múltipla, existe apenas uma afirmação verdadeira. i i ii i tem u m direito incondicional de diferir a sua liquidação durante pelo me-
Identifique a resposta correcta. i n i - , doze meses após a data do balanço. Contudo, alguns passivos correntes
H' |>.trte do capital circulante usado no ciclo operacional normal da entida-
' 1. O valor das dívidas a pagar aos fornecedores a mais de 12 meses a partir da data de dr, mesmo que estejam para ser liquidados mais de doze meses após a data
Balanço devem ser classificadas?
i l n lulanço.
a Como passivo não corrente se o ciclo operacional da empresa for superior a 12 meses
Um passivo classifica-se como não corrente quando é u m passivo que
b Como passivo de curto prazo
llflo se enquadra na definição de passivo corrente.
c Como passivo não corrente se o ciclo operacional da empresa for inferior a 12 meses
d Como passivo corrente se o ciclo operacional da empresa for superior a 12 meses
ENQUADRAMENTO:
De acordo com a N C R F 1, § 14 a 24 uma entidade deve apresentar ac-
tivos correntes e não correntes, e passivos correntes e não correntes, como
classificações separadas na face do balanço.
U m activo classifica-se como corrente quando não tem carácter perma-
nente na entidade, ou seja, espera-se que seja realizado, vendido, ou consumi-
do, num período até doze meses após a data do balanço (no decurso normal
do ciclo operacional), permanece na entidade essencialmente para ser nego-
ciado ou é caixa (dinheiro) ou equivalente de caixa ao qual o seu uso não
está restrito. Contudo, os activos correntes incluem activos que são vendidos,
consumidos ou realizados como parte do ciclo operacional normal mesmo
quando não se espere que estes sejam realizados num período até doze meses
após a data do balanço.
U m activo classifica-se como não corrente quando este não se enquadra
na definição de activo corrente.
..i
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
E x e r c í c i o 1.18 Vi. Na empresa Alfa, no exercício de 200N, se as vendas totalizarem 2.000.000,00 e as contas
•i receber de clientes decrescerem de 80.000,00, os recebimentos de clientes serão de:
Contas a receber e a pagar - Escolha m ú l t i p l a
1 € 1.920.000,00
3 € 2.000.000,00
ENUNCIADO:
€ 2.080.000,00
Nas questões de resposta múltipla, existe apenas uma afirmação verdadeira.
1 Depende da proporção das vendas a dinheiro e a crédito
Identifique as respostas correctas.
' 1 . Os pagamentos ao pessoal efectuados pela empresa Alfa no ano de 200N, aumentaram '•I. ('onsidere os seguintes dados contabilizados na empresa Alfa em 200N
relativamente ao ano anterior. Então, na demonstração dos fluxos de caixa de 200N os Fornecimentos e serviços externos 240.000,00
pagamentos ao pessoal deverão ser iguais a: Custo das mercadorias vendidas 1.680.000,00
a Gastos com o pessoal mais as remunerações a pagar no inicio do exercício Saldo inicial da conta de fornecedores 320.000,00
Gastos com o pessoal mais o aumento das remunerações a pagar no decurso do exercício Suldo final da conta de fornecedores 160.000,00
b
Saldo inicial da conta de inventários - mercadorias 400.000,00
c Gastos com o pessoal menos o aumento das remunerações a pagar no decurso do exercício Saldo final da conta de inventários - mercadorias 120.000,00
d Gastos com o pessoal Hm 200N, os pagamentos aos fornecedores foram de:
a € 1.240.000,00
'2. Considere a seguinte informação relativa à empresa Alfa reportada a 31-12-200N: b_ € 1.800.000,00
(.1
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo I - Contas a receber e a pagar
a 31-12-200(N-l), constavam os seguintes saldos: Para o cálculo dos recebimentos e pagamentos de cada rubrica da de-
onstração dos fluxos de caixa deve proceder-se do seguinte modo:
3 1-12-200N 31-12-200
(N-l)
- Considerar todos os ganhos e perdas e todos os rendimentos e ganhos
relacionados com a rubrica;
2721x Devedores por acréscimos de rendimentos - Juros 81.000 65.000
-Ajustar esses elementos da demonstração dos resultados, dos paga-
2722x Credores por acréscimos de gastos - Remunerações a pagar 77.000 30.000
mentos e dos recebimentos que irão ocorrer em períodos ulteriores,
281x Gastos a reconhecer - Seguros 15.000 19.000
que constem dos saldos finais das contas do balanço relacionadas com
a rubrica;
'5. Com base na informação, o montante dos juros recebidos em 200N foi de: - Considerar todos os pagamentos e recebimentos, que irão ocorrer no
a € 678.000,00 período, constantes dos saldos iniciais das contas do balanço relaciona-
b € 808.000,00 das com a rubrica.
c € 824.000,00
d € 840.000,00
'6. Tomando em conta a mesma informação, 0 montante dos salários pagos em 200N foi de:
a € 823.000,00
b € 883.000,00
c € 977.000,00
d € 1.037.000,00
'7. Tomando ainda em conta os dados anteriores, 0 montante dos prémios de seguro pagos
em 200N foi de:
a € € 34.000,00
b € 52.000,00
c € 82.000,00
d € 90.000,00
01
Capítulo 2: Inventários 67
I Ixercício 2.01 - Inventários - Mensuração de inventários 70
I Ixercício 2.02 - Inventários - Venda de mercadorias com recebimento diferido • 7S
COS.
55 2.970,00
70 71
H 2 : N o final de 2 0 0 ( N + l ) o valor realizável líquido f o i de 58 € / u n , l o g o
Ano 200(N+1):
há lugar à reversão da p e r d a p o r i m p a r i d a d e , p e l o uso da fórmula d o custeio
Vfiiila ile mercadorias
m é d i o p o n d e r a d o ( C M P ) , n o m o n t a n t e de € 220,00.
dil-0l- Clientes 211 1.291,50
(Ni 1)
VALOR D O INVENTÁRIO NOVO VALOR Venda de mercadorias 711 1.050,00
——-— , V . „ m , l S A O
Aquisição de mercadorias
dd-09-0N Aquisição de mercadorias 311 3.000,00 ENQUADRAMENTO
IVA - Dedutível 2432 690,00 U m a entidade deve usar a mesma fórmula de custeio para t o d o s os i n -
Fornecedores 2211 3.690,00 ventários que t e n h a m u m a natureza e u m uso semelhantes para a entidade
Entrada em armazém 321 3.000,00 ( N C R F 18, § 2 5 ) .
Transferência para armazém 311 3.000,00 Neste exercício u t i l i z a m o s a contabilização de acordo c o m as fórmulas
Perda por imparidade
F I F O e C M P , para efeitos de exemplificação.
31-12-ON Perdas por imparidade em inventários 652 320,00
A f ó r m u l a F I F O t e m c o m o consequência que os itens que permanecem
Perdas por imparidades acumuladas 329 320,00
em inventário n o fim d o período sejam os mais recentemente comprados o u
produzidos, enquanto pela f ó r m u l a do C M P o custo de cada i t e m é determina-
do a partir da média ponderada d o custo de itens semelhantes ( N C R F 18, § 2 7 ) .
72
73
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
Capítulo II - Inventários
Os activos não devem ser escriturados p o r quantias superiores àquelas Exercício 2.02
que previsivelmente resultariam da sua venda o u uso. O custo dos inventários
Inventários - Venda de mercadorias com recebimento diferido
deverá ser r e d u z id o para o valor realizável líquido se esses inventários estive-
r e m danificados, se se t o r n a r e m t o t a l o u parcialmente obsoletos, se os seus ENUNCIADO
preços de venda tiverem diminuído o u se os custos estimados de acabamento
A empresa A L F A , S A . vendeu, e m 1 de J u n h o de 2 0 0 N u m a mercadoria
o u os custos estimados a serem i n c o r r i d o s para realizar a venda tiverem au-
em que o preço é de € 1.500.000,00, n o caso de ser recebido n o prazo de
m e n t a d o ( N C R F 18, § 2 8 ) .
30 dias. Porém, a empresa acordou c o m o cliente, receber n o m o m e n t o da
E m cada período subsequente é feita u m a nova avaliação d o valor reali- ntrega da mercadoria € 600.000,00 mais o I V A da factura à taxa n o r m a l e o
zável líquido e quando as circunstancias que originaram u m reconhecimento estante 7 meses mais tarde. A mercadoria f o i facturada p o r € 1.554.000,00
de perda p o r imparidade deixarem de existir o u q u a n d o houver u m claro au- ais I V A à taxa n o r m a l .
m e n t o d o valor realizável líquido, a quantia d o ajustamento deverá ser rever-
tida, sendo esta reversão limitada à quantia da perda p o r imparidade inicial- ASSIM TEM-SE
mente reconhecida ( N C R F 18, § 3 3 ) .
O valor da factura é [1.554.000,00 x 1,23] = € 1.911.420,00
E m c o n f o r m i d a d e c o m o § 34 da N C R F 18, a quantia escriturada dos
O valor d o I V A é [1.554.000,00 x 0,23] = € 357.420,00
inventários deve ser reconhecida c o m o gasto n o período e m que o respecti- A empresa A L F A , para este prazo e risco de débito, aplica u m a taxa de 6%, o
vo rédito dos inventários vendidos seja reconhecido. A quantia de qualquer que corresponde a u m a taxa de j u r o equivalente mensal de [ ( 1 , 0 6 ( l / 6 ) ) - l ]
a
ajustamento dos inventários para o valor realizável líquido e todas as perdas = 0,9758794%
de inventários devem ser reconhecidas c o m o u m gasto d o período e m que o
V a l o r actual da dívida e dos gastos financeiros a reconhecer n o final de
ajustamento o u perda ocorra. A quantia de qualquer reversão d o ajustamento cada mês, são os seguintes:
de inventários deve ser reconhecida c o m o u m a redução d o gasto (se ocorrer
n o período e m que o gasto f o i reconhecido o u e m rendimentos/reversões se
HBH
ocorrer e m período e c o n ó m i c o subsequente, p o r débito da conta de perdas
p o r i m p a r i d a d e acumuladas).
E58S
01-06-ON B L c I B f i l l WBÈÊIÊÊSMÈÈÊÈ
01-06-ON 1.857.420,00
957.420,00 957.420,00 900.000,00
30-06-0N 8,782,91 8,782,91 908.782,91
31-07-ON 8,868,63
8,868,63 917.651,54
31-08-0N 8.955,17 8.955,17 926.606,71
30-09-ON 9.042,56 9.042,56 935.649,28
31-10-0N 9.130,81 9.130,81 944.780,09
30-11-0N 9.219,91 9.219,91 954.000,00
01-12-0N (),()()
0,00 954.000,00
(S)xTJF.
(més0) + [(4)mêsl]
CONTABILIZAÇÃO xcrcício 2.03
Inventários - Mercadorias em trânsito
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
__
Na data da entrega da mercadoria
01-06-ON N / f a c n ° ... 2111 ENUNCIADO
1.857.420,00
Vendas - Mercadorias 711 1.500.000,00 A empresa Celtinfor, Lda., que i m p o r t a da A l e m a n h a equipamentos de
IVA - Liquidado 24331 357.420,00 telecomunicações, recebeu n o dia 4 de D e z e m b r o de 2 0 0 N , a documentação
Recebimento no acto da entrega da mercadoria ivlativa à importação (intracomunitária), i n c l u i n d o a factura d o fornecedor
01-06-ON Recebimento parcial da n/ fac n° ... 111 957.420,00 llemão, de 1.000 telemóveis X T L , ao custo unitário de € 60,00. Os telemó-
Recebimento parcial da n/ fac n° ... 2111 957.420,00 veis foram recepcionados n o armazém da empresa Celtinfor, n o dia 23 de
Reconhecimento do rendimento de juro, em cada final de mês Dezembro de 2 0 0 N .
a começar em 01-06-ON até 01-12-ON
Fim mês Gastos financeiros - juros 21111 Juro do mês
Jun a Dez
Juros imputados 7918 Juro do mês CONTABILIZAÇÃO
Liquidação da dívida
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
01-12-ON Recebimento - n/ facn° .... 111 954.000,00
n/ chqn° .... 2111 954.000,00 Contabilização dos documentos relativos à importação
ill 12-ON Compras
1 311 60.000,00
Fornecedor alemão 2211 60.000,00
IVA - Dedutível - Intracomunitário 24321 13.800,00
ENQUADRAMENTO
IVA - Liquidado - Intracomunitário 24331 13.800,00
N u m a transacção quando o i n f l u x o de dinheiro o u equivalentes de d i -
Mercadorias em trânsito
nheiro f o r diferido, se o justo valor da retribuição f o r m e n o r que a quantia n o - 04-12-ON Mercadorias em trânsito 325 60.000,00
m i n a l d o d i n h e i r o recebido o u a receber, devido a u m acordo que constitua Compras 311 60.000,00
efectivamente u m a transacção de financiamento, o justo valor da retribuição Contabilização das mercadorias quando recepcionadas e depois de conferida a factura
é determinado descontando todos recebimentos futuros usando u m a taxa de 23-12-ON Mercadorias em armazém 321 60.000,00
Mercadorias em trânsito 325 60.000,00
j u r o efectiva e a diferença entre o justo valor e a quantia n o m i n a l da r e t r i b u i -
ção é reconhecida c o m o rédito de juros ( N C R F 20, § § 11 e 3 0 ) .
A dívida d o cliente, dado tratar-se de u m activo financeiro, deve ser va- ENQUADRAMENTO
lorizada ao custo a m o r t i z a d o menos qualquer perda p o r imparidade ( N C R F A s mercadorias e m trânsito correspondem a inventários (mercadorias)
27, § 1 1 ) . adquiridos pela empresa, mas que ainda não entraram n o armazém. Esta si-
tuação acontece, n o r m a l m e n t e , c o m empresas importadoras, e m que entre
a data da recepção dos documentos de c o m p r a das mercadorias e a data da
recepção das mesmas decorre u m período de t e m p o alargado.
76 77
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo II - Inventários
CONTABILIZAÇÃO
CONTABILIZAÇÃO
Oferta de mercadorias
15-12-ON Oferta de artigos Rjc 6884 1.230,00
ENQUADRAMENTO
A reclassificação e regularização de inventários e activos biológicos con-
siste n o reconhecimento contabilístico de variações nas contas de inventários
que não resultem de compras de inventários, vendas de inventários o u perdas
p o r imparidade de inventários. Incluem-se n o conceito contabilístico de re-
classificação e regularização de inventários o u activos biológicos as ofertas
de inventários, quebras (e sobras) de inventários e transferências para e de
activos fixos tangíveis. O registo contabilístico destas operações é efectuado
através da conta « 3 8 - Reclassificação e regularização de inventários o u acti-
vos b i o l ó g i c o s » que, sendo u m a conta transitória, após perfazer a sua função,
é saldada através da conta de «Inventários e activos b i o l ó g i c o s » adequada.
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo II Inventario*
ENUNCIADO ENUNCIADO
A empresa B E T A , Lda., que comercializa electrodomésticos, recebeu n o A empresa Gama, Lda., que comercializa óleos, na inventariação reali-
dia 18 de D e z e m b r o de 2 0 0 N , d o seu fornecedor JCP, SA., dois televisores zada e m 30 de N o v e m b r o de 2 0 0 N , verificou u m a quebra de 250 litros nos
marca H O H E R , m o d e l o 6230 ( m o d e l o n o v o a entrar n o mercado p o r t u - óleos vegetais, t i p o X T . O custo unitário ( l i t r o s ) deste t i p o de óleo é de
guês), que f o r a m valorizados p o r € 175,00/cada. A empresa B E T A , Lda., € 0,80/por litro. Esta quebra é considerada n o r m a l neste t i p o de mercadoria.
contabiliza os seus inventários e m sistema de inventário permanente ( S I P ) . A empresa Gama, Lda., contabiliza os seus inventários e m sistema de inven-
tário permanente ( S I P ) .
CONTABILIZAÇÃO
CONTABILIZAÇÃO
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO |
L
30-11-0N Quebra mercadoria X T 382 200,00
S>
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
Capítulo II - Inventários
ENUNCIADO
Nas quebras normais, n o caso de haver alteração das quantidades (para
E m 23 de D e z e m b r o de 2 0 0 N , a empresa B E T A , Lda., que comercializa
menos) e do custo unitário (para mais), de tal f o r m a que se mantenha o valor
electrodomésticos, sofreu u m r o u b o n u m a das suas lojas. D e p o i s de se inven-
global dos inventários existentes n o armazém, não é necessário fazer qualquer
tariar as perdas, veriíicou-se que t i n h a m sido roubadas 10 Sony Playstation 3,
lançamento contabilístico. N o caso de haver alteração das quantidades (para
ao custo unitário de € 200,00.
menos) e d o valor global dos inventários existentes n o armazém (para me-
nos), mantem-se o custo unitário da mercadoria.
S i t u a ç ã o 1: Esta mercadoria está coberta pelo seguro ( C T u d o seguro),
a
CONTABILIZAÇÃO ENUNCIADO
ENQUAD RAMENTO
N o caso de sinistros o u de roubos, e se a mercadoria sinistrada ( o u rouba- ENQUADRAMENTO
da) é objecto de indemnização de u m terceiro, o u se está coberta p o r seguro, A s sobras são aumentos de inventários que p o d e m resultar de fenóme-
o reconhecimento e m resultados da perda, só será aquele que de facto não f o i nos naturais. É o caso, p o r exemplo, das sobras verificadas e m mercadorias
recebido p o r indemnização o u pelo seguro. Podendo acontecer m e s m o que cuja unidade de m e d i d a é o peso ( q u i l o ) e m que se a inventariação f o r feita
a indemnização recebida d o terceiro o u d o seguro, seja superior ao valor da e m dias c o m m u i t a humidade, esta p o d e apresentar pesos superiores aos re-
Exercício 2.11
Exercício 2.10
Inventários - Correcção de erros
Inventários - Transferências de inventários para activos fixos
tangíveis
ENUNCIADO
A empresa Filosinfor, Lda., que comercializa equipamentos informáti- gos, n o valor de € 15.000,00 que p o r lapso f o r a m incluídos nas mercadorias
mas que f o r a m vendidos em D e z e m b r o de 2 0 0 N . A empresa apresentou ain-
cos, transferiu e m 23 de N o v e m b r o de 2 0 0 N , para o seu departamento ad-
da os seguintes elementos:
ministrativo 2 P C s Sony Vaio V G N - Z 2 1 W N / B , cujo custo unitário é de
€ 1.250,00. A empresa Filosinfor, L d a . , contabiliza os seus inventários e m R E N D I M E N T O S E GASTOS
• • • •
sistema de inventário permanente ( S I P ) .
31-12-(N+1) 31-12-0N
Vendas e serviços prestados 200.000,00 150.000,00
CONTA DÉBITO CRÉDITO
DATA HISTÓRICO
CMVMC 160.000,00 100.000,00
Transferência para activo fixo tangível
23-11-ON Equipamento administrativo: (2 x 1.250) 435x 2.500,00 Resultado antes de impostos 40.000,00 50.000,00
ASSIM TEM-SE
R E N D I M E N T O S E GASTOS
o(s) período (s) anterior (es) apresentado (s) e m que tenha o c o r r i d o o erro
31-12-(N+1) 31-12-ON
( N C R F 4, § 3 7 ) .
Vendas e serviços prestados 200.000,00 150.000,00
U m erro de u m o u mais períodos anteriores deve ser c o r r i g i d o para o
CMVMC 145.000,00 115.000,00
período mais antigo para o qual seja praticável a r e e x p r e s s ã o retrospectiva
Resultado antes de impostos 55.000,00 35.000,00 ( N C R F 4, § 3 8 ) .
A correcção de u m erro de u m período anterior é excluída dos resulta-
31-12-ÍN+l) 31-12-ON
dos d o período e m que o erro é descoberto. Qualquer informação apresenta-
Resultados transitados 125.000,00 70.000,00
da sobre exercícios anteriores deve ser reexpressa para períodos tão antigos
quanto seja praticável ( N C R F 4, § 4 1 ) .
N o Anexo, na nota «Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas
C ONTABILIZAÇÃO contabilísticas e e r r o s » , deverão ser indicadas a natureza d o ( s ) erro(s) de
período(s) anterior(es), a quantia das correspondentes correcções e a i m p r a -
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
ticabilidade de reexpressão restrospectiva.
Correcção do erro
31-12- Resultados transitados 56x 15.000,00
(N+l) CMVMC 61x 15.000,00
Nota: Por simplificação, não foram considerados os efeitos tributários da operação (ver capítulo dedicado
aos Impostos diferidos).
ENQUADRAMENTO
são aqueles que p r o p o r c i o n e m prova de condições que existiam à data do mentos, embora possam necessitar de divulgações adicionais, são aqu
que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balan
balanço.
Exemplos de acontecimentos ocorridos após a data d o balanço que não
A venda de inventários após a data d o balanço p o d e dar evidência acerca
lugar a ajustamentos:
do valor realizável líquido à data do balanço, c o n f i r m a n d o que o activo estava
- D e c l í n i o n o valor de mercado de investimentos entre a data d o
e m imparidade, logo evidenciando que a entidade necessita de ajustar o custo
lanço e data e m que f o i autorizada a emissão das demonstrações
dos inventários.
nanceiras, que n o r m a l m e n t e não se relaciona c o m as condições
Exemplos de acontecimentos ocorridos após a data d o balanço que dão investimentos à data d o balanço, mas reflecte situações que surgir
- Iniciar litígios importantes que p r o v e n h a m unicamente d e aconteci- ( ustos estimados para completar a obra (Ce):
Inicialmente 720.000,00
mentos que ocorreram após a data d o balanço.
Nofimdo ano 200N 760.000,00
Nofimdo ano 200(N+l) 640.000,00
Adiantamentos:
Ano 200N 400.000,00
Ano 200(N+l) 400.000,00
Recebimento no ano 200(N+2), após facturação 200.000,00
ASSIM TEM-SE
ANO lOON
95
S N C C O N I A I U I , l l ) A I ) i : I'I NA N( Iii KA ( lasos práticos lomo 1 Capítulo I I - Inventários
ANO 2 0 0 ( N + l )
Fornecimentos e consumos .... 6xy 200.000,00
Rendimentos correspondentes = (1.000.000,00x46.6666%) =466.666,00 Transferência das provisões do período para resultados
11 12-ON Resultados antes de impostos 811 126.666,00
Rendimentos no início do período = 166.666,00
Provisões do período - Contratos onerosos 676 126.666,00
Rendimentos facturados no ano = 0,00
Acréscimo de rendimentos = (466.666,00 - 166.666,00)] = 300.000,00
A n o 200(N+1):
Necessidades de provisão = (Ce - (P - Rendimentos)
= [640.000,00 - (1.000.000,00 - 466.666,00)] = 106.666,00 li ATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
lU-cebimento da 2 prestação
a
3 z
7 -t-
Provisão existente = 126.666,00 Adiantamento por conta de vendas 276 400.000,00
Reversão de provisão = 20.000,00
( 11 st os incorridos no ano para a obra em curso
ild-m- Fornecimentos e consumos .... 6xy 360.000,00
(Nfl)
Fornecedores/ Depósitos à ordem 2211/12x 360.000,00
CONTABILIZAÇÃO
Acréscimos de rendimentos
A n o 200N:
» 1 12- Devedores por acréscimos de rendimentos 2721 300.000,00
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
(Ni 1)
Produtos acabados e intermédios 712 300.000,00
Recebimento da I prestação
a
Kcversão de provisão
dd-m-0N Recebimento de ... s/ Chqn° 11 400.000,00 31-12- Provisões - Contratos onerosos 296 20.000,00
Adiantamento por conta de vendas 276 400.000,00 (N+l)
Contratos onerosos 7636 20.000,00
Custos incorridos no ano para a obra em curso l Va nsferência das vendas para Resultados
dd-m-0N Fornecimentos e consumos .... 6xy 200.000,00 31-12- Produtos acabados e intermédios 712 300.000,00
Fornecedores/ Depósitos à ordem 2211/12x 200.000,00 (N + l )
Resultados antes de impostos 811 300.000,00
Acréscimos de rendimentos Transferência da reversão das provisões para resultados
31-12-ON Devedores por acréscimos de rendimentos 2721 166.666,00 »1-12- Contratos onerosos 7636 20.000,00
Produtos acabados e intermédios 712 166.666,00 (N+l)
Resultados antes de impostos 811 20.000,00
Prejuízos estimados para a obra Transferência dos gastos para resultados
31-12-ON Provisões do período - Contratos onerosos 676 126.666,00 31-12- Resultados antes de impostos 811 360.000,00
Provisões - Contratos onerosos 296 126.666,00 (Ntl)
Fornecimentos e consumos ... 6xy 360.000,00
Of,
S N C C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A Casos práticos - Tomo I Capítulo I I - Inventários
A n o 200(N+2): ENQUADRAMENTO
Anulação dos rendimentos a reconhecer (166.666,00 + 300.000,00) nal, que difira significativamente na c o n c e p ç ã o , tecnologia o u função d o ac-
dd-m- Produtos acabados e intermédios 712 466.666,00
livo coberto p e l o c o n t r a t o original, a c o n s t r u ç ã o d o activo adicional deve ser
(N+2)
Devedores por acréscimos de rendimentos 2721 466.666,00
Matada c o m o u m c o n t r a t o de c o n s t r u ç ã o separado, N C R F 19, § 10.
Regularização dos adiantamentos (400.000,00 + 400.000,00)
31-12- Adiantamento por conta de vendas 276 800.000,00
(N+2)
Cliente Gama 21111 800.000,00
Anulação da provisão
31-12- Provisões - Contratos onerosos 296 20.000,00
(N+2)
Contratos onerosos 7636 20.000,00
Reversão de provisão
31-12- Provisões - Contratos onerosos 296 106.666,00
(N+2)
Contratos onerosos 7636 106.666,00
A empresa Filoconstroi, S.A, celebrou u m contrato de construção não Rendimentos correspondentes = (3.000.000,00 x 29,0323%) = 870.969,00
Rendimentos facturados = 600.000,00
sujeito a revisão de preços, c o m o seu cliente Gama, n o ano de 2 0 0 N , pela
Acréscimo de rendimentos = (870.969,00 - 600.000,00) = 270.969,00
quantia de € 3.000.000,00, nas seguintes condições:
1(1(1 LO]
Custos incorridos no ano para a obra em curso nsferência dos gastos para Resultados
31-12-ON Fornecimentos e consumos ... 6xy 810.000,00 I 12 Resultados antes de impostos 811 1.140.000,00
102 103
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
Capítulo II - Inventários
= €(5.000,00). ponto de venda, excepto n o caso e m que o justo valor não p o d e ser fiavel-
A alteração n o justo valor menos custos estimados n o p o n t o de venda B e n t e mensurado ( N C R F 17, § 13). Q u a n d o os preços determinados pelo
f o i de [40.000,00 - 30.000,00] o u [ 1 0 0 x (150,00 - 5 0 , 0 0 0 ) ] = € 10.000,00. mercado não estejam disponíveis e as estimativas alternativas d o justo valor
m.
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capitulo II - Inventários
sejam claramente p o u c o fiáveis, o activo biológico deve ser mensurado pelo Exercício 2.16
custo menos qualquer depreciação acumulada e qualquer perda p o r i m p a r i - Inventários - Venda de mercadorias com bens não entregues
dade acumulada ( N C R F 17, § 3 1 ) .
O p r o d u t o agrícola c o l h i d o dos activos biológicos deve ser mensurado ENUNCIADO:
pelo seu justo valor menos custos estimados n o p o n t o de venda n o m o m e n t o A empresa A l f a , L d a , e m i t i u u m a factura sobre o seu cliente C l e m 30
da colheita, passando tal mensuração a ser o custo nessa data para aplicação de D e z e m b r o d o ano 2 0 0 N , n o valor de € 6.000,00, sujeitos a I V A à taxa
da N C R F 18 o u outra n o r m a aplicável ( N C R F 17, § 13). normal, cuja entrega apenas se efectuou e m 3 de Janeiro d o ano 2 0 0 ( N + l ) .
U m ganho o u u m a perda, proveniente do reconhecimento inicial de u m O custo relativo a estas mercadorias f o i de € 5.000,00.
activo biológico o u p r o d u t o agrícola e de u m a alteração n o justo valor menos
os custos estimados n o p o n t o de venda de u m activo biológico devem ser CONTABILIZAÇÃO:
incluídos n o resultado líquido d o período e m que surja ( N C R F 17, § § 27 e
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO
CRÉDITO 1
2 9 ) . A divulgação da quantia de alterações n o justo valor menos os custos es-
Pelo registo da factura
timados n o p o n t o de venda d e v i d o a alterações físicas e a alterações de preços 31-12-0N Cliente c/c 211 7.380,00
é encorajada ( N C R F 17, § § 27 e 2 9 ) . IVA - Liquidado 2433 1.380,00
Rendimentos a reconhecer 282 6.000,00
Pelo rédito relativo à factura
02-01- Rendimentos a reconhecer 282 6.000,00
(N+l) Vendas de mercadorias 711 6.000,00
Pelo custo das mercadorias
02-01- Custo das mercadorias vendidas 611 5.000,00
(N+l) Saída de armazém 321 5.000,00
ENQUADRAMENTO:
CONTABILIZAÇÃO:
ENQUADRAMENTO:
IIW
Capítulo I I - Inventários
S N C C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A Casos práticos - Tomo I
que não resultem de compras de inventários, vendas de inventários o u ajusta- Exercício 2.18
Inventários - Devolução de mercadorias adquiridas
mentos e m inventários.
Para o registo contabilístico destas operações deve usar-se a conta « 3 8
ENUNCIADO:
- Reclassificação e regularização de inventários o u activos b i o l ó g i c o s » que,
A Empresa A L F A , Lda., que comercializa diverso material de escritório,
sendo u m a conta transitória, após perfazer a sua função, salda através da con-
a d q u i r i u ao seu fornecedor de mercadorias n o dia 0 2 de M a r ç o de 2 0 0 N , 100
ta de «Inventários e activos b i o l ó g i c o s » adequada.
pastas de arquivo ao preço unitário € 10,00, sujeito a I V A à taxa n o r m a l .
Posteriormente, n o dia 25 de M a r ç o de 2 0 0 N , a Empresa L F A , Lda.,
procedeu à devolução ao seu fornecedor de 10% da mercadoria adquirida n o
dia 02, devido ao facto de estas pastas apresentarem pequenos defeitos de
fabrico. Neste sentido, o fornecedor procedeu à emissão da N o t a de Crédito
n°15, referente à nossa devolução das unidades adquiridas n o dia 02. A nota
de crédito regulariza I V A .
A empresa A L F A , Lda., contabiliza os seus inventários e m sistema de i n -
ventário permanente ( S I P ) .
CONTABILIZAÇÃO:
Aquisição de mercadorias
02-03-ON Aquisição de mercadorias 311 1.000,00
IVA-Dedutível 2432 230,00
Fornecedores 2211 1.230,00
» .liia de entrada em armazém
02-03-ON Entrada em armazém 321 1.000,00
Transferência para armazém 311 1.000,00
Devolução das 10 unidades pela nota de crédito do Fornecedor
25-03-0N Fornecedores 2211 123,00
IVA - Regularizações a favor do Estado 24342 23,00
Devoluções de compras 317 100,00
phiia de saída do nosso armazém, relativa à devolução das 10 unidades
25-03-0N Regularização da saída de armazém 317 100,00
Regularização da saída de armazém 321 100,00
S N C C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A Casos práticos - Tomo I
CONTABILIZAÇÃO:
Aquisição de mercadorias
01-02-ON IVA - Dedutível 2432 3.450,00
Aquisição de mercadorias 311 15.000,00
Fornecedor clc 2211 18.450,00
Guia de entrada em armazém
01-02-ON Entrada em armazém 321 15.000,00
Transferência para armazém 311 15.000,00
Recepção da Nota Crédito
08-02-0N Fornecedor c/c 2211 922,50
Regularização do IVA a favor do Estado 24342 172,50
Descontos e abatimentos em compras 318 750,00
Regularização da entrada em armazém
08-02-0N Regularização da entrada de armazém 318 750,00
Regularização da entrada de armazém 321 750,00
S N C C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A Casos práticos - Tomo I Capítulo I I - Inventários
CONTABILIZAÇÃO:
114
S N C C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A Casos práticos - Tomo I
- P r o d u t o s acabados e i n t e r m é d i o s » , d e v e m ser imputadas à conta « 7 3 2 - d Custo ou valor realizável líquido, dos dois o mais baixo
Variações nos inventários da produção - P r o d u ç ã o » u m a vez que o rédito da
p r o d u ç ã o t e m que ser igual aos gastos de produção verificados n o período. 3. Determinada empresa tem em stock 10.000 unidades de um artigo em vias de fabrico.
Neste caso, f o r a m v e n d i d o s da produção d o m ê s 2.990 unidades, cujo custo Os custos totais incorridos até à data, foram de € 4,00 por unidade sendo estimado que,
para concluir o processo de fabrico, ainda será necessário incorrer em € 10,00 por cada
de produção f o i de ( 2 . 9 9 0 x 8,00 = € 23.920,00, p o r isso, o rédito de p r o -
unidade produzida. O preço de venda actual desse artigo é de € 15,00, sendo que os
dução f o i de (23.920,00 + 80,00 + 21.000,00 = 4 5 . 0 0 0 , 0 0 ) , o que iguala os custos de vender estimam-se em € 3,00 por unidade. Neste sentido a empresa deverá
gastos de p r o d u ç ã o (36.000,00 + 9.000,00 = 4 5 . 0 0 0 , 0 0 ) . reconhecer na sua contabilidade?
a Um aumento no valor dos seus inventários no montante de € 80.000,00
C r i a r subcontas, p o r e x e m p l o :
L.
D Uma impandade em inventários no montante de € 30.000,00
73 - Variações nos inventários da produção
C Uma imparidade em inventários no montante de € 20.000,00
7 3 1 - Custo das vendas de p r o d u t o s
j
U
732 - P r o d u ç ã o Não deverá efectuar qualquer registo
7 3 2 1 - Inventários iniciais
7 3 2 2 - Inventários finais
7323 - Regularizações
I lo
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
ENQUADRAMENTO:
Os inventários devem ser mensurados pelo mais baixo de dois valores:
( i ) custo o u ( i i ) pelo valor realizável líquido ( N C R F 18, § 9 ) . O valor realizá-
vel líquido é o preço de venda estimado n o decurso ordinário da actividade
empresarial menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados
necessários para efectuar a venda ( N C R F 18, § 6 e § § 28 a 3 3 ) .
O custo dos inventários deve incluir todos os custos de compra, custos
de conversão e outros custos i n c o r r i d o s para colocar os inventários n o seu
local e na sua condição actuais. Os custos de c o m p r a i n c l u e m o preço de
compra, direitos de importação e outros impostos (que não sejam recupe-
ráveis) custos de transporte, manuseamento e outros. Os descontos comer-
ciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se na determinação
dos custos de compra. Os custos de conversão (produção) i n c l u e m os custos
directamente relacionados c o m as unidades de produção, tais como, de entre
outros, a mão-de-obra directa e as matérias-primas. Os outros custos são p o r
exemplo, custos de concepção de p r o d u t o s para clientes específicos, incor-
ridos para colocar os inventários n o seu local e na sua condição actuais; o u ,
também, os custos dos empréstimos obtidos que estejam directamente rela-
cionados c o m os inventários ( N C R F 18, § § 10 a 2 2 ) .
UB
Capítulo 3: Investimentos 119
Exercício 3.01 - Investimentos - Compra de equipamento com pagamento diferido 122
Exercício 3.02 - Investimentos - Depreciação de activo fixo tangível, pelo método do desgaste
funcional 124
Exercício 3.03 - Investimentos - Depreciação de um activo fixo tangível complexo 127
desmantelamento 129
Exercício 3.05 - Investimentos - Revalorização de activofixotangível 131
Exercício 3.06 - Investimentos - Perdas por imparidade de um activofixotangível 134
Exercício 3.15 - Investimentos - Activos intangíveis desenvolvidos pela própria empresa 153
maturidade) 169
em curso e os activos não correntes detidos para venda.
i.U
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimento
Investimentos - Compra de equipamento com pagamento diferido RATA HISTÓRICO CONTA DEBITO ca i
Na data da entrega do equipamento:
ENUNCIADO 01-06-ON Compra de equipamento - s/ fac n° ... 433x 1.500.000,00
A empresa A L F A , S A . a d q u i r i u , e m 1 de Junho de 2 0 0 N u m equipamen- IVA - Dedutível - Compra equipamento 2432... 357.420,00
to e m que o preço é de € 1.500.000,00, n o caso de ser l i q u i d a d o n o prazo S/facn° .... 271 lx i:. 1'11,1111
de 30 dias. Porém, a empresa acordou c o m o fornecedor, pagar n o m o m e n - Pagamento no acto da entrega do equipamento:
to da entrega d o equipamento € 600.000,00 mais o I V A da factura à taxa 01-06-ON Pagamento parcial da s/ fac n° ... 271 lx 957.420,00
n o r m a l e o restante 7 meses mais tarde. O equipamento f o i facturado p o r n/ chqn° .... 12x •.. IJIIIHI
€ 1.554.000,00 mais I V A à taxa n o r m a l . Reconhecimento dos juro mensal, em cada final de mês
a começar em 01-06-200N até 01-12-200N:
Fim mês Gastos financeiros - juros 691 lx Juro do mÒH
ASSIM TEM-SE Jun a Dez
Juros imputados sobre o passivo 271 lx IHIII .1
O valor da factura é de [ 1.554.000,00 x 1,23] = € 1.911.420,00. Liquidação da dívida:
O valor d o I V A é d e [ 1 . 5 5 4 . 0 0 0 , 0 0 x 0 , 2 3 ] = € 357.420,00. 01-12-ON Pagamento - s/ fac n° .... 271 lx 954.000,00
A empresa fornecedora, para este prazo e risco de crédito, aplica u m a taxa n/ c h q n ....
0
12x •- .1 (100,00
de 6%, o que corresponde a u m a taxa de j u r o equivalente mensal ( T J E ) de
( ( l , 0 6 ( l / 6 ) ) - l ) =0,9758794%.
A
ENQUADRAMENTO
Valor actual da dívida e dos gastos financeiros a reconhecer n o final de A materialidade da operação exige que o equipamcnlo SI-|.I <out,ililll
cada mês, são os seguintes: zado pelo s e u p r e ç o n a s c o n d i ç õ e s n o r m a i s de l i q u i d a ç ã o «l.i l . u l u . .
a diferença d o preço seja contabilizada c o m o gasto l i n . i i u c u . . (|in<>) . . . . . .
nhecer durante o período d o crédito ( N C R F 7, § 2 4 ) , ,i n.m , i , , ,
sob certas condições, seja capitalizado e reconhecido n.i q u . o i i i i ..I.
01-06-ON - - - 1.857.420,00
do item de acordo c o m o tratamento alternativo p e r m i t i d o ( N ( K l ' 10, 9) (
122
Exercício 3.02 CONTABILIZAÇÃO
Investimentos - Depreciação de activo fixo tangível, HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
II ATA
pelo método do desgaste funcional
lU-ionhecimento da depreciação:
II 12 0N Depreciação do equipamento 6423Y 36.000,00
ENUNCIADO Depreciações acumuladas 4383Y 36.000,00
A empresa A L F A , S A . , pretende satisfazer u m contrato de fornecimento IU-conhecimento da depreciação:
de 150.000 unidades e m 3 anos. Para o efeito, a empresa a d q u i r i u , e m Janeiro 11 12- Depreciação do equipamento 6423Y 54.000,00
(Ni 1)
de 2 0 0 N , u m equipamento estritamente especializado para esta fabricação Depreciações acumuladas 4383Y 54.000,00
Ano 200N 30.000,00 Nota: A depreciação deverá ser feita mensalmente, deformaa obterem-se os gastos mensais.
Ano 200(N+l) 45.000,00
Ano 200(N+2) 75.000,00
ENQUADRAMENTO
150.000.00
O p e r í o d o de d e p r e c i a ç ã o de u m activo fixo tangível, representa o pe-
O equipamento será desactivado n o final do período de fabricação. ríodo durante o qual a empresa conta utilizá-lo, o u o número de unidades
produzidas ( o u equivalentes) q u e espera realizar c o m a utilização d o activo.
ASSIM TEM-SE O período de depreciação p o d e t a m b é m basear-se e m dados físicos (número
A depreciação d o activo e m l i n h a recta (quotas constantes) o u p e l o de unidades a serem produzidas, quilómetros a percorrer, e t c ) . Esta possi-
m é t o d o d o saldo descrescente (quotas degressivas) e m três anos, n ã o tra- bilidade é particularmente indicada para os activos que se depreciam mais
d u z o r i t m o real de depreciação, sendo preferível basear as depreciações pela utilização d o que pelo seu envelhecimento o u se o r i t m o de utilização é
nas quantidades p r o d u z i d a s . A s s i m , as depreciações nos três anos serão as irregular.
seguintes:
Relativamente à d e t e r m i n a ç ã o d a v i d a útil e m c o n f o r m i d a d e c o m o §
Ano 200N (180.000,00x30.000) / 150.000 = € 36.000,00
56 da N C R F 7, deve ter-se e m consideração u m a série de factores, tais c o m o :
Ano200(N+l) (180.000,00x45.000) / 150.000 = € 54.000,00
- C a p a c i d a d e p r o d u t i v a d o activo (uso esperado);
Ano 200(N+2) (180.000,00x50.000) / 100.000 = € 90.000,00
- Desgaste n o r m a l esperado, tendo e m conta o número de t u r n o s d u -
Total = € 180.000,00
rante os quais o activo será usado e o programa de reparação e m a n u -
tenção, e o cuidado e manutenção d o activo enquanto estiver parado;
- O b s o l e s c ê n c i a t é c n i c a o u comercial à qual está s u b m e t i d o ;
124 125
- L i m i t e s legais de utilização, e m particular a duração de locação para OK Exercício 3.03
bens objecto de contractos de locação financeira. Investimentos - Depreciação de um activo fixo tangível complexo
ASSIM TEM-SE
T e n d o e m conta a dificuldade de tais previsões, é preferível depreciar
cada elemento c o m base na sua vida útil esperada, e m vez de ter p o r base a
duração de utilização daquela subestação pela empresa.
Assim, a depreciação nos 8 primeiros anos de exploração é calculada da
seguinte f o r m a :
126 127
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
ASSIM TEM-SE
Motor (componente 2) 433 250.000,00 A empresa ALFA, S.A. que possui u m edifício adquirido p o r
Inspecção (componente 3) 433 25.000,00 € 3.000.000,00 e depreciado e m € 1.000.000,00, decidiu, n o final d o exercí-
Provisão desmantelamento 298 50.000,00 cio de 2 0 0 N , reconhecê-lo pelo seu valor de mercado que é, à data da revalo-
Fornecedor de investimentos 2711 1.006.000,00 rização, igual a € 7.000.000,00.
CÁLCULO DO ÍNDICE ( C O E F ) :
130 Iu
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
CRÉDITO
revalorização» ( N C R F 7, § 3 9 ) .
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO
ENQUADRAMENTO
i h
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capitulo III - Investimentos
ASSIM TEM-SE
CONTABILIZAÇÃO
Nota: Por simplificação, não foram considerados os efeitos tributários da operação (ver capítulo dedicado
aos Impostos diferidos).
i i.s
SNC CONTABILIDADE FINANÇAI KA ( ,is..s |>i .tinos Tomol Capítulo III - Investimentos
ASSIM TEM-SE
O custo d o equipamento actualizado a 3 1 de D e z e m b r o de 2 0 0 N , consi-
derando u m a taxa de actualização de 10%, é igual a [40.000,00 + (35.000,00
/ 1,10) 4- (30.000,00 / 1 , 1 0 ) ] - € 96.611,57.
a 2
Exercício 3.08 N o caso d o activo ter sido objecto de revalorização, a diferença de reva-
Investimentos - Venda de um activo fixo tangível com ganho lorização (excedente de revalorização) residual deve ser reconhecida directa-
mente em resultados transitados, sem passar pela conta de resultados ( N C R F
ENUNCIADO 7,5 4 1 ) .
A empresa A L F A , S.A., e m 2 de Janeiro de 2 0 0 N , vendeu u m equipamen- Se, u m a entidade reconhecer na quantia escriturada de u m item d o activo
t o p o r € 25.000,00 (mais r V A à taxa n o r m a l ) , cuja quantia escriturada era de fixo tangível o custo de u m a substituição de parte do item, então ela desreco-
€ 18.000,00, sendo o seu valor de custo de € 45.000,00 e as depreciações nhece a quantia escriturada da parte substituída independentemente desta
acumuladas de € 27.000,00. ter sido depreciada o u não separadamente. Se não f o r praticável que u m a en-
Á v i d a útil d o activo f o i estimada em 10 anos (depreciações pelo método tidade determine a quantia escriturada da parte substituída, ela p o d e usar o
da l i n h a recta) e o seu valor residual nulo. custo da substituição c o m o indicação do custo da parte substituída reportada
ao m o m e n t o e m que f o i adquirida o u construída ( N C R F 7, § 6 9 ) .
CONTABILIZAÇÃO N o caso do valor a receber pela alienação ser diferido, a retribuição re-
Desreconhecimento do activo
02-01-ON Depreciações acumuladas 4383 27.000,00
ENQUADRAMENTO
ENUNCIADO ENUNCIADO
140
CONTABILIZAÇÃO - Se a troca provoca u m a alteração de valor à parte das operações da en-
tidade afectada pelas alterações na transacção.
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
- A exclusão da avaliação ao justo valor nas trocas sem substância comer-
Contabilização da troca e desreconhecimento do activo
30-06-ON Lote de terreno 431 375.000,00
cial é para evitar que as empresas possam contabilizar ganhos elevados
Os activos fixos tangíveis em que a aquisição resulta de u m a troca c o m € 1.200.000,00, embora a simples troca dos escritórios não altere significati-
outros activos não monetários são, n o r m a l m e n t e , contabilizados pelo seu jus- vamente o seu valor.
t o valor, que é a quantia pela qual u m activo p o d e ser trocado o u u m passivo
liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, n u m a transacção e m
que não exista relacionamento entre elas. A não ser que o justo valor d o activo
recebido seja mais claramente evidente, o justo valor d o activo cedido é usado
para mensurar o custo d o activo recebido ( N C R F 7 , §§ 25 e 2 7 ) .
Porém, se a transacção não t e m "substância comercial" o u se o justo valor
dos activos trocados não p o d e ser m e d i d o c o m fiabilidade, o activo fixo tan-
gível a d q u i r i d o é contabilizado p o r u m valor igual à quantia escriturada d o
activo cedido.
N a troca de activos fixos tangíveis é preciso entender o que quer dizer
"substância c o m e r c i a l " . A n o r m a não define o conceito de substância co-
mercial, porém, refere que u m a troca de activos p o s s u i substância comer-
cial se ( N C R F 7 , § 2 6 ) :
142 143
Exercício 3.11 ENQUADRAMENTO
Investimentos - Alterações nas estimativas contabilísticas A quantia depreciável de u m activo é determinada após dedução d o seu
Valor residual, que é a quantia estimada que se obteria correntemente pela
ENUNCIADO ,i lie nação de u m activo, após dedução dos custos de alienação estimados.
U m a empresa a d q u i r i u , e m Janeiro de 2 0 0 ( N - 5 ) , u m equipamento i n - O valor residual p o d e aumentar até u m a quantia igual o u superior à quan-
dustrial p o r € 30.000,00, estimando a sua v i d a útil e m 10 anos, a amortizar tia escriturada d o activo. Se a s s i m for, o gasto de d e p r e c i a ç ã o d o activo é
pelo m é t o d o da linha recta (quotas constantes). zero a menos que, e até que, o seu valor residual d i m i n u a p o s t e r i o r m e n t e para
N o final d o exercício de 2 0 0 N , tendo e m conta o estado d o equipamento uma quantia abaixo da quantia escriturada d o activo ( N C R F 7, § 5 4 ) .
a sua v i d a útil f o i reestimada, prevendo-se que esta seria de mais 7 anos e no O gasto de depreciação de u m período é geralmente reconhecido nos
final dos quais, teria u m valor residual de € 3.000,00. resultados. Porém, quando os futuros benefícios e c o n ó m i c o s incorporados
n u m activo são absorvidos na produção de outros activos, o gasto de depre-
ASSIM TEM-SE ciação c o n s t i t u i parte d o custo do o u t r o activo e está incluído na sua quantia
N o final d o exercício de 2 0 0 N , antes da contabilização da depreciação d o escriturada ( N C R F 7, § 4 9 ) .
exercício, a quantia escriturada d o equipamento era de [30.000,00 - (3.000,00 C o m o consequência das incertezas inerentes às actividades empresariais,
x 5)] = € 15.000,00.
muitos itens nas demonstrações financeiras não p o d e m ser mensurados c o m
C o m a reestimação da vida útil e considerando ao valor residual de precisão, p o d e n d o apenas ser estimados.
€ 3.000,00, o equipamento irá ter mais 8 depreciações anuais de € 1.500,00,
A estimativa envolve juízos de valor baseados na última informação dis-
sendo a p r i m e i r a a do exercício de 2 0 0 N .
ponível. Por exemplo, p o d e m ser exigidas "estimativas da vida útil de, o u m o -
Os gastos de depreciação dos exercícios de 2 0 0 ( N - 5 ) até 2 0 0 ( N - l ) não
delo esperado de consumo dos benefícios económicos futuros incorporados
são postos e m causa. N o entanto, as depreciações dos exercícios posteriores
e m activos depreciáveis" ( N C R F 4, § 2 7 ) .
são alteradas de f o r m a a que o activo n o final do exercício de 2 0 0 ( N + 7 ) tenha
O efeito de u m a alteração n u m a estimativa contabilística deve ser reco-
u m a quantia escriturada de € 3.000,00, que será o seu valor residual estimado.
nhecido prospectivamente i n c l u i n d o - o nos resultados d o período ( N C R F 4,
CONTABILIZAÇÃO
§31).
144
Exercício 3.12 ASSIM T E M - S E
Investimentos - Alterações nas políticas contabilísticas A s alterações nas políticas contabilísticas da empresa são as seguintes:
- A s depreciações de 2 0 0 N deveriam ser de [600.000,00 x 2 0 % ] =
ENUNCIADO € 120.000,00.
A empresa A L F A , S A . i n i c i o u a sua actividade n o ano 2 0 0 N . E m -As depreciações de 2 0 0 ( N + l ) devem ser de [ ( 6 0 0 . 0 0 0 , 0 0 -
2 0 0 ( N + l ) efectuou as seguintes alterações nas suas políticas contabilísticas: 120.000,00)] x 15% = € 72.000,00.
- U m equipamento a d q u i r i d o n o ano anterior p o r € 600.000,00, depre- Os efeitos das alterações nas políticas contabilísticas são:
ciado pelo m é t o d o da linha recta, passou a ser depreciado pelo m é t o d o LINHA RECTA SALDO D E C R E S C E N T E DIFERENÇA |
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 60.000,00 60.000,00 Activos fixos tangíveis em curso 453 2.000,00
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 90.000,00 40.000,00 Depreciações acumuladas 438 12.000,00
146
ENQUADRAMENTO Exercício 3.13
Políticas contabilísticas são os princípios, bases, convenções, regras e Investimentos - Custos de empréstimos obtidos elegíveis
práticas específicos aplicados p o r u m a entidade na preparação e apresentação para capitalização ( l )
das suas demonstrações financeiras ( N C R F 4, § 5 ) .
U m a entidade deve alterar u m a política contabilística p o r exigência nor- ENUNCIADO
mativa o u voluntariamente se a alteração resultar e m informação fiável e mais A sociedade B E T A , S.A contraiu e m 3 1 de J u l h o de 2 0 0 N , u m emprésti-
relevante. Q u a n d o a alteração na política contabilística resulta de aplicação m o bancário n o valor de € 50.000,00 para a construção de u m edifício que
inicial normativa, u m a entidade deverá contabilizar a alteração de acordo passou a estar e m condições de f u n c i o n a m e n t o , n o âmbito da sua actividade,
c o m as disposições transitórias específicas. Q u a n d o u m a entidade altera uma no final de 2 0 0 N . O empréstimo vence juros anuais postecipados à taxa de
política contabilística p o r aplicação inicial de N o r m a o u Interpretação que 6% tendo sido aplicados inicialmente na construção € 35.000,00 c o m a con-
não inclua disposições transitórias específicas, o u quando a alteração é v o - tracção do empréstimo e o restante e m 1 de D e z e m b r o de 2 0 0 N . A empresa
luntária, ela deve aplicar a alteração de f o r m a restrospectiva. C o n t u d o se a constituiu u m depósito a prazo, entre 3 1 de J u l h o e 30 de N o v e m b r o d o ano
aplicação retrospectiva f o r impraticável, a entidade deve aplicar a nova p o - 2 0 0 N , que vence juros à taxa efectiva de 3%, a receber n o final d o período.
lítica contabilística às quantias escrituradas dos activos e passivos n o início
do período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação retrospectiva, ASSIM T E M - S E :
ajustando o saldo de abertura de cada c o m p o n e n t e do capital próprio afec- O r e n d i m e n t o é igual [15.000,00 x (4/12) x 396] = € 150,00.
tado e as outras quantias comparativas divulgadas para cada período anterior O custo elegível para capitalização é de [50.000,00 x 6% x (5/12) -
apresentado ( N C R F 4, §§ 17 a 2 1 ) . 15.000,00 x 3 % x ( 4 / 1 2 ) ] = € 1.100,00.
CONTABILIZAÇÃO
HISTORICO
ENQUADRAMENTO
Por ser difícil identificar u m relacionamento directo entre certos emprés-
t i m o s obtidos e u m activo que se qualifica a determinação da quantia dos
custos de empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveis à aquisi-
148
ção de u m activo que se qualifica é difícil sendo de exigir o exercício de b o m Exercício 3.14
senso ( N C R F 10, § 1 1 ) .
Investimentos - Custos de empréstimos obtidos elegíveis
A t é ao p o n t o e m que sejam pedidos f u n d o s emprestados especificamen- para capitalização (2)
te c o m o fim de obter u m activo que se qualifica, a quantia dos custos de
empréstimos obtidos elegível para capitalização nesse activo deve ser deter- ENUNCIADO
m i n a d a c o m o os custos reais dos empréstimos obtidos i n c o r r i d o s nesse em- A sociedade A L F A , S.A recorreu aos serviços de u m a empresa de cons-
préstimo durante o período, menos qualquer r e n d i m e n t o de investimento trução para construir u m edifício fabril para utilizar n o âmbito da sua acti-
temporário desses empréstimos ( N C R F 10, § 1 2 ) . vidade, devendo estar concluído n o final de 2 0 0 N . Conhece-se ainda que a
empresa t e m u m empréstimo n o valor de 1 milhão de euros, contraído em
Janeiro de 2 0 0 N , à taxa de 4 % , e u m empréstimo hipotecário de 4 milhões de
euros contraído e m 2 0 0 ( N - 5 ) , à taxa de 5%.
A empresa s u p o r t o u despesas n o valor de 4 milhões durante o período,
( 1 milhão de euros n o início de cada t r i m e s t r e ) .
ASSIM TEM-SE
Os pagamentos relativos à construção originaram u m a despesa média
acumulada d o período de [(1.000.000,00 /12) x 12] + [(1.000.000,00 /12)
x 9 ] + [ ( 1 . 0 0 0 . 0 0 0 , 0 0 / 1 2 ) x 6 ] + [ ( 1 . 0 0 0 . 0 0 0 , 0 0 / 1 2 ) x 3 ] = € 2.500,00.
O valor da despesa efectiva de juros d o período d o ano 2 0 0 N é de
[1.000.000,00 x 4 % + 4.000.000,00 x 596] = € 240.000,00.
O j u r o potencialmente capitalizável adoptando o m é t o d o d o emprés-
t i m o específico é de [1.000.000,00 x 4 % + (2.500.000,00 - 1.000.000,00)
x 5 % ] = € 115.000,00.
A média ponderada das taxas de j u r o é de [(1.000.000,00 x 4 %
+ 4 . 0 0 0 . 0 0 0 , 0 0 x 5 % ) / (1.000.000,00 + 4.000.000,00)] = 4 , 8 % .
O j u r o potencialmente capitalizável adoptando a média ponderada das
taxas de j u r o é de [ 2 . 5 0 0 . 0 0 0 , 0 0 x 4 , 8 % ] = € 120.000,00.
150
151
CONTABILIZAÇÃO Exercício 3.15
1 DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
Investimentos - Activos intangíveis desenvolvidos
Contabilização d
J o
capitalizável de acordo com o método do empréstimo esperífi™
u r o pela própria empresa
31-12-ON Activo fixo tangível em curso 452 115.000,00
Trabalhos para a própria entidade ENUNCIADO
/ Juros suportados 741 / 691 115.000,00
A empresa B E T A , d o sector bioquímico, a 1 de Janeiro de 2 0 0 N , em-
Contabilia ação do juro capitalizável de acordo cc >m a média p
niderada das t ixas de juro
31-12-ON Activo fixo tangível em curso preendeu u m projecto de investigação e desenvolvimento devendo, n o final,
452 1
120.000,00
Trabalhos para a própria entidade
obter u m n o v o p r o d u t o para o tratamento de pragas e m castanheiros.
/ Juros suportados 741/691 120.000,00 O p r i m e i r o ano f o i dedicado à investigação visando compreender m e -
llior o processo de formação das pragas tendo a empresa suportado despesas
ENQUADRAMENTO de investigação n o m o n t a n t e de € 100.000,00.
Até ao p o n t o e m que sejam pedidos f u n d o s emprestados especificamen- N o final de 2 0 0 ( N - r l ) a empresa c o m e ç o u o desenvolvimento do p r o -
te c o m o f i m de obter u m activo que se qualifica, a quantia dos custos de duto contra as pragas nos castanheiros, c o m despesas totais n o m o n t a n t e de
empréstimos obtidos elegível para capitalização nesse activo deve ser de- € 300.000,00. D u r a n t e os 18 p r i m e i r o s meses desta fase, as chances de obter
terminada c o m o os custos reais dos empréstimos obtidos i n c o r r i d o s nesse o p r o d u t o não eram suficientemente fortes para que se pudesse reconhecer
empréstimo durante o período menos qualquer r e n d i m e n t o de investimento c o m o u m activo.
temporário desses empréstimos ( N C R F 10, § 1 2 ) .
Por f i m , e m J u l h o de 2 0 0 ( N + 2 ) , verificou-se que as condições de conta-
N a m e d i d a e m que os fundos sejam pedidos de u m a f o r m a geral e usa- bilização de u m activo fixo tangível estavam reunidas.
dos c o m o fim de obter u m activo que se qualifica, a quantia de custos de
empréstimos obtidos elegíveis para capitalização deve ser determinada pela CONTABILIZAÇÃO
aplicação de u m a taxa de capitalização aos dispêndios respeitantes a esse ac- CONTA DÉBITO CRÉDITO
DATA HISTÓRICO
tivo. A taxa de capitalização deve ser a média ponderada dos custos de em-
Contabilização das despesas de pesquisa suportadas no ano 200N
préstimos obtidos aplicável aos empréstimos contraídos pela entidade que 31-12-ON Despesas de investigação 6x 100.000,00
estejam e m circulação n o período, que não sejam empréstimos contraídos Pagamento das despesas 12x 100.000,00
especificamente c o m o fim de obter u m activo que se qualifica. A quantia dos r n n t a h i l W a r ã n das desnesas de desenvolvimento no ano 200(N+l)
custos de empréstimos o b t i d o s capitalizados durante u m período não deve 31-12- Despesas de desenvolvimento 6x 300.000,00
exceder a quantia dos custos de empréstimos i n c o r r i d o s durante o período (N+l) 12x 300.000,00
Pagamento das despesas
( N C R F 10, § 14).
152
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capitulo III - Investimentos
as duas fases da criação d o elemento, a fase de pesquisa e fase de desenvolvi- t| uando estes são criados pela própria empresa, tais c o m o dispêndios c o m
A fase de p e s q u i s a corresponde a u m a investigação original e m que o tes. E m substância itens gerados internamente não p o d e m ser distinguidos
objectivo é adquirir u m a compreensão e conhecimentos científicos o u novas do custo de desenvolver a empresa n o seu todo. Por isso, tais itens não são
técnicas. Nesta fase, as condições necessárias para a contabilização de u m ac- reconhecidos c o m o activos intangíveis ( N C R F 6, § 6 3 ) .
t i v o intangível não estão reunidas. A s s i m , as despesas verificadas nesta fase A s despesas c o m actividades de arranque, despesas de formação, des-
A fase de desenvolvimento segue n o r m a l m e n t e a fase de investigação. ganização de toda o u parte da empresa são exemplos de dispêndios que são
É a aplicação desta na produção de protótipos, novos procedimentos, servi- reconhecidos c o m o u m gasto quando i n c o r r i d o s ( N C R F 6, § 6 8 ) . A não per-
ços inovadores o u substancialmente melhorados, concepção de ferramentas, missão de capitalizar estes elementos resulta na dificuldade de determinar os
moldes e suportes envolvendo novas tecnologias, antes de serem utilizadas na esperados benefícios e c o n ó m i c o s futuros.
É p o r vezes possível, na fase de desenvolvimento, determinar se u m pro- sua não activação se deve, p o r u m lado, ao facto de ser praticamente impossí-
vel m e d i r c o m fiabilidade o acréscimo de p r o d u t i v i d a d e conseguido p o r u m a
jecto é susceptível de dar o r i g e m a u m activo intangível. Por isso, as despesas
formação. Por outro, o facto d o c o n t r o l o exercido pela empresa sobre este
relativas a este período, e m certas circunstâncias p o d e m ser reconhecidas no
eventual activo ser posto e m causa, tendo em conta, p o r exemplo, a possibili-
balanço. Porém, condições m u i t o estritas são exigentes para isso. A empresa
dade do trabalhador se demitir.
terá de demonstrar que ( N C R F 6, § 5 6 ) :
D e referir que, segundo a n o r m a interpretativa do I A S B , « S I C 32 - A c -
- A viabilidade técnica do projecto está assegurada; tivos Intangíveis - Custos c o m Web Sites», o custo de desenvolvimento de
- A empresa t e m intenção e a capacidade de utilizar o u vender o activo u m «Web site» não p o d e ser considerado c o m o u m activo intangível, se a
fixo tangível; empresa não conseguir demonstrar que a sua presença gera u m suplemento
de fluxos de caixa. O que acontece se o site tiver p o r único objectivo tornar
- A empresa dispõe de recursos técnicos, financeiros e outros necessários
conhecidos os p r o d u t o s da empresa. Por o u t r o lado, se o site se destinar à
ao acabamento d o projecto;
realização de u m a actividade comercial electrónica, e m que os retornos au-
- É capaz de m e d i r c o m fiabilidade as despesas de desenvolvimento.
m e n t a m os lucros realizados pelas vias tradicionais, então os gastos c o m o de-
- O activo gerará prováveis benefícios e c o n ó m i c o s futuros. Para isso, pre-
senvolvimento d o site p o d e m , eventualmente, ser reconhecidos n o balanço.
cisa de demonstrar que existe u m mercado para a produção d o activo
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
ASSIM TEM-SE
CONTABILIZAÇÃO
ISO 157
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
i.ss>
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
Capltulo I I I - Inveitlmentm
ASSIM TEM-SE
CONTABILIZAÇÃO
ENQUADRAMENTO
U m a propriedade de investimento é a propriedade (terreno, edifício - o u
parte de u m edifício - o u ambos), detida ( p e l o d o n o o u pelo locatário n u m a
locação financeira) para obter rendas o u para valorização d o capital o u para
ambas as finalidades ( N C R F 1 1 , § 5 ) .
U m a propriedade de investimento deve ser mensurada inicialmente pelo
custo, compreendendo o seu preço de c o m p r a e qualquer dispêndio direc-
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
Exercício 3.18
Investimentos - Reconhecimento de propriedade resultados.
ASSIM TEM-SE
O ganho, n o final d o ano 2 0 0 N , proveniente da alteração n o justo valor da
propriedade de investimento é de [800.000,00 - 750.000,00] = € 50.000,00.
CONTABILIZAÇÃO
ENQUADRAMENTO
162
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
Investimentos - Transferência de activo fixo tangível entidade deve aplicar a N C R F 7 até à data da alteração de uso e qualquer
para propriedade de investimento ao justo valor diferença nessa data entre a quantia escriturada e o seu justo valor deve, e m
c o n f o r m i d a d e c o m o § 63 da N C R F 1 1 , ser tratada da mesma f o r m a que u m a
ENUNCIADO revalorização de acordo c o m a N C R F 7.
E m 30 de N o v e m b r o de 2 0 0 N a empresa A L F A , L d a . desocupou uma Por outras palavras, qualquer diminuição resultante na quantia escritu-
parte sua de u m edifício, que usava c o m o armazém, passando esta a ser detida rada da propriedade é reconhecida nos resultados. Porém, u m a diminuição
para ser locada segundo u m a locação operacional. A parte d o edifício estava deverá ser debitada directamente contra qualquer excedente de revalorização
escriturada pelo seu custo, tendo esta sido adquirida p o r € 700.000,00 e de- relacionado até ao p o n t o e m que a diminuição não exceda a quantia regis-
preciada e m € 200.000,00 (de acordo c o m o § 30 da N C R F 7 ) . O justo valor tada n o excedente de revalorização n o que respeita a essa propriedade. Se a
da propriedade na data e m que houve a alteração de uso era de € 800.000,00, quantia da propriedade f o r aumentada este aumento deve ser creditado d i -
passando a empresa a escriturar a propriedade pelo justo valor. rectamente n o capital próprio n o excedente de revalorização. Porém, até ao
p o n t o e m que o aumento reverta u m a anterior perda p o r imparidade dessa
CONTABILIZAÇÃO propriedade, o aumento é reconhecido nos resultados ( N C R F 11, § 6 4 ) .
Q u a n d o u m activo fixo tangível f o r revalorizado, qualquer depreciação
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
acumulada à data da revalorização é reexpressa p r o p o r c i o n a l m e n t e c o m a al-
Imputação das depreciações acumuladas ao custo do activo
30-11-0N Imputação das depreciações 438x 200.000,00 teração b r u t a n o activo a f i m de que a quantia escriturada iguale a quantia
Aiustamento do valor do activo para o seu valor revalorizado activo, sendo a quantia líquida reexpressa para a quantia revalorizada d o acti-
30-11-0N Acréscimo do custo 432x 300.000,00 vo ( N C R F 7, § 3 5 ) .
Excedente de revalorização 5891x 300.000,00
ENOUAD RAMENTO
Q u a n d o u m a propriedade ocupada pelo d o n o se t o r n a u m a propriedade
de investimento escriturada pelo justo valor, a entidade deprecia a proprie-
Ifvl los
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
prazo. E m 3 1 de D e z e m b r o de 2 0 0 N , a empresa A l f a ainda m a n t i n h a aquele Ganhos por aumentos de justo valor 77 lx 25.000,00
investimento, e a cotação das acções era de € 3,50/ cada. E m 3 1 de M a r -
ço de 2 0 0 ( N + l ) , a empresa ainda m a n t i n h a a totalidade d o investimento e Ano 200(N+1)
foram-lhes atribuídos € 0,75 de dividendos p o r cada acção. E m 15 de M a i o
I DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
de 2 0 0 ( N + l ) , a empresa alienou a totalidade das acções pelo valor de cota-
Dividendos atribuídos
ção na data, que era de € 3,95. T a m b é m , nesta data, f o i recebido o d i v i d e n d o 31-03- Beta - Resultados atribuídos 264xy 37.500,00
(N+l)
atribuído e m 3 1 de Março. Dividendos 7884 37.500,00
Ajustamento no valor das acções
ASSIM TEM-SE 15-05- Ajustamento no valor das acções 1421x 22.500,00
(N+l)
O ajustamento das acções e m 3 1 de D e z e m b r o de 2 0 0 N é de [ ( € 3,50 - Ganhos por aumentos de justo valor 77 lx 22.500,00
IM» If
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
ASSIM TEM-SE
VALOR DO
JUROS A N U A I S RENDIMENTO AMORTIZAÇÃO D O
ANOS INVESTI M F NT
A RECEBER FINANCEIRO PRÉMIO
(CUSTO A M O R T . )
01-01-200N - - - 10.457,97
31-12-200N 400,00 313,74 (86,26) 10.371,71
31-12-200(N+1) 400,00 311,15 (88,85) 10.282,86
31-12-200(N+2) 400,00 308,49 (91,51) 10.191,35
31-12-200(N+3) 400,00 305,74 (94,26) 10.097,09
31-12-200(N+4) 400,00 302,91 (97,09) 10.000,00
•ooo.oo 1.542,03 457,97
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
Contabilização do investimento
e m condições potencialmente favoráveis;
01-01-ON Aquisição de 200 obrigações Beta 4151X 10.457,97 - Q u a l q u e r contrato n o final d o qual a entidade é obrigada o u poderá ser
Subscrição das obrigações 275 10.457,97 obrigada a receber u m a quantidade variável dos seus próprios i n s t r u -
Liberação das obrigações mentos de capital próprio, o u u m i n s t r u m e n t o derivado que seja l i q u i -
Dd-MM- Credores p/ subscrições não liberadas 275 10.457,97 dado de f o r m a diferente da troca de u m a quantia fixa e m d i n h e i r o o u
ON
Banco x 12x 10.457,97 o u t r o activo financeiro p o r u m número fixo de instrumentos de capital
Rendimentos financeiros (juros a receber e amortização do prémio). próprio da própria entidade.
Os lançamentos dos rendimentos financeiros e do recebimento dos juros
das obrigações repetem-se no final de cada ano do contrato.
31-12 Juros do ano (Banco x) 12x 314,00
U m i n s t r u m e n t o de capital próprio, é qualquer contrato que evidencie
I R C capital, retido 2413 86,00
u m interesse residual nos activos de u m a entidade após dedução de todos os
Amortização do prémio 4151X 86,26
seus passivos.
Rendimentos de obrigações 7862x 313,74
U m i n s t r u m e n t o financeiro primário, é, entre outros, o dinheiro, as dívi-
Contabilização dos rendimentos financeiros
das a receber e a pagar e as aplicações e investimentos financeiros.
31-12- Juros do ano 12x 314,00
(N+4) U m i n s t r u m e n t o derivado, é u m i n s t r u m e n t o financeiro o u o u t r o con-
I R C capitais, retidos 2413 86,00
trato cujo valor se altera devido a alterações verificadas n o p r o d u t o p r i n c i p a l
Amortização do prémio 4151x 97,09
à qual está associado o derivado. São instrumentos derivados, entre outros,
Rendimentos de obrigações 7862x 302,91
os futuros, forwards, opções e swaps, que t e n h a m o efeito de transferir u m o u
Contabilização do reembolso do valor investido
31-12- Banco x 12x 10.000,00 mais dos riscos financeiros inerentes a u m i n s t r u m e n t o financeiro primário
(N+4) subjacente, e e m que o justo valor do contrato reflicta n o r m a l m e n t e as altera-
Reembolso do valor das obrigações 4151x 10.000,00
ções n o justo valor d o i n s t r u m e n t o financeiro primário subjacente.
ENQUADRAMENTO
170
S N C C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A Casos práticos Tomo I Capítulo III - Investimentos
Exercício 3.22 aqueles que não se classificam c o m o correntes, o u seja, u m passivo deve ser
Investimentos - Empréstimos concedidos classificado c o m o corrente quando se espere que seja l i q u i d a d o durante o c i -
clo operacional n o r m a l da entidade, o u esteja d e t i d o essencialmente para a
ENUNCIADO: finalidade de ser negociado, o u deva ser l i q u i d a d o n u m período até doze me-
A empresa A l f a , S A . concedeu, e m 0 1 de Fevereiro de 2 0 0 N , u m emprés- ses após a data do balanço, o u a entidade não tenha u m direito i n c o n d i c i o n a l
t i m o p o r 2 anos, n o valor de € 10.000,00, à sua associada Beta, S.A. F i c o u de diferir a liquidação d o passivo durante pelo menos doze meses após a data
xas, n o m o n t a n t e de € 1.475,00. O pagamento da p r i m e i r a prestação, e m 0 1 N a conta « 2 6 - A c c i o n i s t a s / s ó c i o s » incluem-se ainda, para além das ope-
de A g o s t o de 2 0 0 N , incluía € 1.050,00 de amortização de capital e € 425,00 rações relativas às relações c o m os titulares de capital, os empréstimos con-
de juros, sendo que os juros d o empréstimo estão sujeitos a retenção na fonte cedidos à empresa-mãe e excluem-se consequentemente as operações c o m
à t a x a de 21,5%. os titulares de capital que respeitem a transacções correntes e a transacções
relativas a investimentos (financeiros o u não financeiros).
Pela 1. prestação
a
ENQUADRAMENTO:
Os investimentos financeiros são registados, de acordo c o m o S N C , na
conta « 4 1 1 3 , o u 4123 o u 4133 o u 4142 - Investimentos Financeiros - em-
préstimos c o n c e d i d o s » , e m função d o t i p o de participação detida. Estes são
aplicações financeiras que se classificam para efeitos de apresentação n o ba-
lanço c o m o passivos não correntes. Por passivos não correntes entende-se
173
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
ENUNCIADO: ENUNCIADO:
A empresa Alfa, S A . , e m 0 1 de Janeiro de 2 0 0 N , detém u m a participação de E m cada u m a das questões de resposta múltipla, existe apenas u m a afir-
25% na empresa Beta, S. A . e emprestou € 25.000,00 àquela sociedade. E m 31 mação verdadeira. Identifique as respostas correctas.
de Dezembro de 2 0 0 N , o valor recuperável d o empréstimo era de € 12.500,00.
'1. A empresa B apresenta um edifício reconhecido no Balanço como activo fixo tangível se for:
a Detido para fins administrativos
CONTABILIZAÇÃO :
b Adquirido para venda
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
c Detido para obter rendas
Pela concessão do empréstimo
d Detido para valorização do capital
01-01-ON Investimentos financeiros
- Empréstimos concedidos 41X3 25.000,00
Depósitos à ordem 12x 25.000,00
'2. Quais dos seguintes custos, de acordo com a N C R F 7, são custos directamente atribuí-
Pelo registo da perda por imparidade veis aos activos fixos tangíveis com que se relacionam:
31-12-ON Perdas por imparidade 653 12.500,00 a Custos de abertura de novas instalações
em investimentos financeiros
Perdas por imparidade acumuladas 419 12.500,00 b Custos de administração e outros custos gerais
c Custo de instalação e montagem
d Custo de condução do negócio numa nova localização
ENQUADRAMENTO:
A conta « 4 1 9 - Investimentos Financeiros - Perdas p o r imparidade acu-
'3. O reconhecimento dos custos na quantia escriturada de um activo fixo tangível cessa
m u l a d a s » , serve para registar as diferenças acumuladas entre as quantias es-
quando este:
crituradas e as que resultam da aplicação dos critérios de mensuração dos
a Está na localização e condições necessárias para que seja capaz de funcionar da forma
correspondentes activos incluídos na conta « 4 1 - Investimentos financei- pretendida
r o s » , p o d e n d o ser subdivididas a f i m de facilitar o c o n t r o l o e possibilitar a b Está na localização necessária para poder entrar em funcionamento
apresentação e m balanço das quantias líquidas. c Está reconhecido como activo da entidade
As perdas p o r imparidade anuais serão registadas debitando as subcontas d Nenhuma das anteriores
da conta « 6 5 3 - Perdas p o r imparidade - E m investimentos financeiros»
p o r crédito da conta « 4 1 9 - Perdas p o r imparidade acumuladas», e as suas
reversões (quando deixarem de existir as situações que originaram as perdas) ENQUADRAMENTO:
são registadas nas subcontas da conta « 7 6 2 3 - Reversões - D e perdas p o r A conta « 4 2 - Propriedades de investimento» regista a quantia escritu-
imparidade - E m investimentos financeiros». rada das propi iodados de investimento (terreno ou edifício - o u parte de u m
i 'i • 175
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
que u m i t e m seja classificado c o m o propriedade de investimento esta não E m cada u m a das questões de resposta múltipla, existe apenas u m a afir-
p o d e ser detida para uso na produção, f o r n e c i m e n t o de bens o u serviços ou mação verdadeira. Identifique as respostas correctas.
para finalidades administrativas, considerando-se neste caso, u m activo fixo
tangível. C o n t u d o poderá ser detida para obtenção de rendas e/ou valoriza- ' 1. Se o custo de um activo fixo tangível incluir uma quantia referente à estimativa do seu
desmantelamento ou remoção:
ção d o capital e assim sendo considera-se propriedade de investimento.
a Esta não deve ser sujeita a depreciação
A conta « 4 3 - A c t i v o s fixos tangíveis» regista os bens que são usados na
Esta só está sujeita a testes de imparidade
produção o u f o r n e c i m e n t o de bens, serviços, para arrendamento a outros,
m Esta deve ser sujeita a depreciação
o u para fins administrativos, e cuja expectativa é de serem usados p o r mais
d Esta não faz parte do custo do activo fixo tangível
de u m período (incluem-se os sobresselentes principais e o equipamento de
reserva quando a empresa espera usá-los p o r mais de u m período, caso con-
trário são considerados inventários). '2. A entidade Alfa, Lda está envolvida num plano de venda de um activo não corrente e
classifica o como detido para venda. No período seguinte, as condições de mercado
D e acordo c o m as regras definidas pela N C R F 7, para o processo de men-
deterioraram-se originando que o activo não fosse vendido. No período seguinte a enti-
suração inicial o registo a i n c l u i r nos activos fixos tangíveis incluirá o preço de dade activamente solicitou mas não conseguiu obter compradores, optando por reduzir
compra, direitos de importação e impostos de c o m p r a não dedutíveis, dedu- o preço de venda. Qual o procedimento contabilístico adequado a adoptar?
zindo-se os descontos comerciais e abatimentos. Para além disso, quaisquer a Classificar um activo não corrente como detido para venda, se o atraso for causado por
acontecimentos fora do seu controlo.
encargos directamente relacionados c o m a colocação do activo e m normais
b Não classificar um activo não corrente como detido para venda, porque ultrapassou
condições de f u n c i o n a m e n t o , n o local pretendido, são t a m b é m incluídos no
o prazo máximo para a conclusão da venda.
valor d o activo b e m c o m o da estimativa de encargos relacionados c o m o seu
1 c Classificar um activo não corrente como detido para venda, porque a empresa não
desmantelamento e extinção, n o final da sua vida útil. continua envolvida no plano de vender o activo.
d Nenhuma das anteriores.
ENQUADRAMENTO:
176 177
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo III - Investimentos
verá ser mensurado p o r u m a quantia revalorizada, o u seja, o seu justo valor na E m cada u m a das questões de resposta múltipla, existe apenas u m a afir-
data da revalorização menos qualquer depreciação acumulada subsequente e mação verdadeira. Identifique as respostas correctas.
perdas p o r imparidade acumuladas subsequentes.
'1. A empresa Beta, Lda. procedeu à construção de um edifício para utilizar no âmbito da
A s contas da classe « 4 - Investimentos, são apresentadas n o balanço sob
sua actividade. Durante os 12 meses de construção a empresa suportou despesas no va-
a classificação de activo não c o r r e n t e » , c o m excepção da conta « 4 6 - A c t i - lor de € 300.000,00 de forma regular. A taxa média ponderada dos custos de emprésti-
vos não correntes detidos para v e n d a » , que á apresentada n o activo corrente, mos aplicável aos empréstimos em curso durante o período é 5%. Qual o procedimento
contabilístico adequado?
caso e m que se espera que o activo seja v e n d i d o n o espaço de 12 meses após
a Reconhecimento dos custos de empréstimos como gastos do período
a data d o balanço de acordo c o m a N C R F 8.
b Capitalização de custos de empréstimos no valor de € 15.000,00
c Capitalização de custos de empréstimos no valor de € 1.500,00
d Nenhuma das anteriores
ENQUADRAMENTO:
construtiva 187
Exercício 4.03 - Provisões e passivos e activos contingentes - Activos contingentes 189
Exercício 4.04 - Provisões e passivos e activos contingentes - Passivos e activos contingentes 190
Exercício 4.05 - Provisões e passivos e activos contingentes - Provisão resultante de contrato
oneroso !92
Exercício 4.06 - Provisões e passivos e activos contingentes - Escolha mútipla 194
Exercício 4.07 - Provisões e passivos e activos contingentes - Escolha mútipla 196
ISO
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
construtiva jgy
Exercício 4.04 - Provisões e passivos e activos contingentes - Passivos e activos contingentes 190
oneroso 192
IM)
Capítulo IV - Provisões e passivos e activos contingentes
Exercício 4.01 Esta assimilação a passivos traduz o facto que, só é constituída se existir
um risco provável de exfluxo de recursos da entidade que incorporem be-
Provisões e passivos e activos contingentes
nefícios económicos. Assim, uma provisão deve ser reconhecida se, e só se
- Provisão resultante de obrigação legal
( N C R F 2 1 , § 13):
CRÉDITO
rente suficientemente específica, a empresa tenha indicado a outras
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO
partes que aceitará certas responsabilidades; e que,
:
• • '•
Reconhecimento da provisão:
31-12-ON Garantias a clientes 672 75.000,00 - Em consequência, crie expectativas válidas de que a empresa cum-
Provisão - Garantias a clientes 292 75.000,00 prirá a obrigação.
Anulação da provisão
31-12- Provisão - Garantias a clientes 292 75.000,00 U m passivo é uma obrigação presente da empresa proveniente de acon-
(N+2) 7632 75.000,00
Reversão da provisão tecimentos passados, cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de
Nota: Por simplificação, não foram considerados os efeitos tributários da operação recursos da empresa que incorporam benefícios económicos (EC, § 59).
(ver capítulo dedicado aos Impostos diferidos). U m acontecimento que cria obrigações é u m acontecimento que cria
uma obrigação legal ou construtiva que faça com que uma empresa não tenha
nenhuma alternativa realista senão liquidar essa obrigação (NCRF 21, § 8).
ENQUADRAMENTO
Uma provisão é um passivo de tempestividade e quantia incerta ( N C R I 1 Uma obrigação legal é uma obrigação que deriva de:
21,5 8).
- U m contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos);
I KS
1 Hl
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo IV - Provisões e passivos e activos contingentes
que resulta da proporção entre a soma dos encargos derivados de garantias a DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
clientes efectivamente suportados nos últimos três períodos de tributação e Reconhecimento da provisão
a soma das vendas e prestações de serviços sujeitas a garantia efectuadas nos 31-12-ON Matérias ambientais 675 1.000.000,00
mesmos períodos., alínea b) do n° 1 e n° 5 do art° 39° - Provisões fiscalmente Provisões - Matérias ambientais 295 1.000.000,00
dedutíveis, do CIRC.
ENQUADRAMENTO
187
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo IV - Provisões e passivos i- ,u llvoi. onlln^i nli<«
U m outro exemplo é o caso de uma empresa que publicita reembolsar a Exercício 4.03
diferença de preço a todos os compradores que encontrem o mesmo produto Provisões e passivos e activos contingentes
a u m melhor preço nos seis meses seguintes à compra efectuada fica com
- Activos contingentes
uma obrigação implícita, mesmo se o compromisso não figurar no contrato
ENUNCIADO
de venda.
Com o objectivo de incentivar a formação profissional, a autarquia local
prometeu u m subsídio de € 3.000,00 por cada posto de trabalho criado para
pessoas sem qualificações. Porém, a concessão do subsídio está dependente
da realização de u m exame profissional a verificar-se u m ano após o recruta-
mento. A empresa ALFA, Lda. durante o ano de 200N contratou 4 pessoas
que correspondiam à definição.
CONTABILIZAÇÃO
ENQUADRAMENTO
189
Exercício 4.04 ENQUADRAMENTO
Provisões e passivos e activos contingentes Um passivo é uma obrigação presente da entidade, proveniente de acon-
- Passivos e activos contingentes lei imentos passados e cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de
recursos que incorporem benefícios económicos. U m passivo contingen-
ENUNCIADO te é uma obrigação possível, proveniente de acontecimentos passados mas
A empresa BETA, S.A. foi informada pelos seus advogados da existência cuja confirmação de existência depende de acontecimentos futuros incertos
de dois processos em tribunal. O primeiro movido pela empresa, o qual está (NCRF 21, § 8 ) .
relacionado com o fornecimento de produtos defeituosos por u m fornece- Um passivo contingente não deve ser reconhecido nas demonstrações
dor, cujo desfecho se prevê seja favorável com u m recebimento de uma in- financeiras devendo ser divulgado a menos que a possibilidade de qualquer
demnização no valor de € 50.000,00, por compensação dos danos causados. exfluxo na liquidação seja remota (NCRE 21, §§ 26 e 82).
O segundo movido por u m cliente, que pede uma indemnização no valor de Uma entidade deve divulgar uma breve descrição da natureza dos pas-
€ 10.000,00, mas cujo desfecho provável é de que a empresa não venha a sivos contingentes e, quando praticável (a menos que a possibilidade de
pagar qualquer indemnização. ex fluxos na liquidação seja remota), uma estimativa do seu efeito financei-
ro, indicação das incertezas que se relacionam com a quantia ou momento
CONTABILIZAÇÃO He ocorrência de qualquer exfluxo e a possibilidade de qualquer reembolso
A primeira situação origina a divulgação de activo contingente. N o Ane- (NCRF 21, § 8 2 ) .
xo, na nota «Provisões, passivos contingentes e activos contingentes», de- U m activo contingente é u m possível activo proveniente de acontecimen-
verá ser indicada a natureza do activo contingente à data do balanço (pro- tos passados, com desfecho incerto e cuja existência somente será confirmada
babilidade de influxo de benefícios económicos) e estimativa do seu efeito pela ocorrência de acontecimentos futuros incertos (NCRF 21, §§ 8 e 31).
financeiro (caso seja impraticável a divulgação, a empresa deverá declarar esse U m activo contingente não deve ser reconhecido nas demonstrações fi-
facto). nanceiras até que a realização de rendimentos associados seja virtualmente
A segunda situação origina a divulgação de passivo contingente. N o certa, deixando este de ser u m activo contingente e passando o seu reconhe-
Anexo, na nota «Provisões, passivos contingentes e activos contingentes», cimento a ser apropriado (NCRF 21, § 32).
deverá ser indicada a natureza do passivo contingente, estimativa do seu efei- Uma entidade deve divulgar uma breve descrição da natureza dos activos
to financeiro, indicação das incertezas que se relacionam com a quantia ou contingentes se for provável u m influxo de benefícios económicos e, quando
momento de ocorrência de qualquer exfluxo e a possibilidade de qualquer praticável, uma estimativa do seu efeito financeiro, (NCRF 21, §§ 33 e 84).
reembolso (caso seja impraticável a divulgação, a empresa deverá declarar
esse facto).
190 191
Exercício 4.05 Uma entidade deve reconhecer qualquer perda de imparidade que tenha
Provisões e passivos e activos contingentes pcoí rido nos activos inerentes a u m contrato oneroso antes de ser reconheci-
- Provisão resultante de contrato oneroso • a provisão (NCRF 21, § 67).
U m outro exemplo é o caso de uma empresa ter celebrado u m contrato
ENUNCIADO • arrendamento de uma unidade industrial, onde leva a cabo a sua activida-
A empresa ALFA, Lda. efectuou em Fevereiro do ano 200N, u m contrata de, som possibilidade de cancelamento e com uma cláusula contratual que
de venda de produtos acabados para Fevereiro de 2 0 0 ( N + l ) pelo valor d l Bio permite o seu arrendamento. Caso a empresa transfira a sua actividade
€ 100.000,00. N o final do ano 200N, a empresa tem a expectativa de que ira CNta mantém a obrigação legal de pagar a renda mensal durante a vigência do
ter custos com a produção destes produtos no valor de € 105.000,00, nào contrato. Assim, o acontecimento que cria a obrigação é, desde logo, a cele-
podendo a empresa cancelar o contrato sem pagar uma compensação à outra bração do contrato de arrendamento que criou a obrigação legal da empresa
parte no valor de € 15.000,00. pagar uma renda mensal. Por outro lado, é provável que ocorram exfluxos de
recursos incorporando benefícios económicos na liquidação, na medida em
CONTABILIZAÇÃO: que, ao não existir a possibilidade de rearrendar a unidade industrial aban-
j DATA HISTÓRICO donada a empresa deverá continuar a pagar o respectivo valor da renda con-
CONTA DÉBITO CRÉDITO
Reconhecimento d a provisão tratada. Consequentemente, a empresa deve reconhecer uma provisão pelo
31-12-0N Contratos onerosos 676 5.000,00 montante correspondente à melhor estimativa dos pagamentos inevitáveis
Provisão - Contratos onerosos 296 5.000,00 do arrendamento da unidade industrial que foi abandonada, correspondente
ao número de meses que faltam para o terminus do contrato.
ENQUADRAMENTO
193
Exercício 4.06 ENQUADRAMENTO:
Provisões e passivos e activos contingentes - Escolha múltipla A N C F R 2 1 , preconiza que, desde que possa ser efectuada uma i sllm
tiva fiável, provisões são reconhecidas como passivos porque sao ol•> n i n
ENUNCIADO: presentes e é provável que u m exfluxo de recursos que incorporem lu-in lli In
Em cada uma das questões de resposta múltipla, existe apenas uma afir- económicos será necessário para liquidar as obrigações.
mação verdadeira. Identifique as respostas correctas. Quanto aos passivos contingentes, estes não são reconhecidos como pau
sivos porque são obrigações possíveis, uma vez que carecem de confirmação
'1. Os passivos contingentes devem reconhecer-se quando: sobre se a entidade tem ou não uma obrigação presente que possa com I• i /11
a Seja provável que u m exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será a u m exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos. Podem,
necessário para liquidar a obrigação.
no entanto, ser obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reCO»
b Não se devem reconhecer passivos contingentes.
nhecimento de passivo, seja porque não é provável que será necessário u m
c A quantia da obrigação possa ser mensurada com suficiente fiabilidade.
exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos para liquidar a
d Seja possível que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será
obrigação, seja porque não pode ser feita uma estimativa suficientemente fiá-
necessário para liquidar a obrigação
vel da quantia da obrigação.
Quanto aos activos contingentes estes surgem normalmente de aconte-
'2. Os activos contingentes devem ser reconhecer-se quando: cimentos não planeados que dão origem à possibilidade de u m influxo de
a Seja provável que a empresa venha a ter um influxo de recursos que incorporem benefícios económicos para a entidade. U m activo contingente deverá ser di-
benefícios económicos;
vulgado quando for provável u m influxo de benefícios económicos, não sen-
b Não se devem reconhecer activos contingentes.
do reconhecido nas demonstrações financeiras se isso resultar no reconheci-
c A quantia a receber possa ser mensurada com suficiente fiabilidade.
mento de u m rendimento que nunca venha a ser realizado. Porém, quando a
d Seja possível que a empresa venha a ter um influxo de recursos que incorporem
realização do rendimento esteja virtualmente certa, então o reconhecimento
benefícios económicos.
do activo é apropriado.
194 195
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I
Exercício 4.07
Provisões e passivos e activos contingentes - Escolha múltipla
ENUNCIADO:
Na questão de resposta múltipla, existe apenas uma afirmação verdadei- Capítulo 5: Financiamentos 197
ra. Identifique a resposta correcta. Exercício 5.01 - Financiamentos - Locação financeira 200
c Perdas num processo judicial interposto contra a empresa, cujo resultado era incerto
no final do exercício
ENQUADRAMENTO:
|9í,
As empresas parafinanciaremos seus investimentos têm à sua disposição
duas fontes definanciamento,ou o recurso a capitais próprios ou o recurso a
capitais alheios. Nesta escolha deve pesar, entre outras questões, a perda ou o
ganho de autonomiafinanceira,a possibilidade de acesso às fontes de finan-
ciamento e ao custo (juros) desse financiamento.
No caso dosfinanciamentoscom recurso a capitais alheios temos os em-
préstimos obtidos nas instituiçõesfinanceiras(bancários, locação financeira,
etc), os empréstimos por obrigações, os empréstimos obtidos junto dos par-
ticipantes de capital (suprimentos e outros mútuos).
199
Exercício 5.01 - Financiamentos - Locação financeira IMu.imcnto da I a renda
2513 204.712,78
Q2 01 ON Aquisição de activo fixo tangível
1
l'.ii'.miento da 2 a r e n d a
ASSIM TEM-SE: Íl-12 Pagamento da obrigação 2513 169.184,06
( N i 1)
O valor presente dos pagamentos da locação ascende a 93% ilo Juros de financiamento 6911 35.528,72
justo valor do activo locado e é [204.712,78 + (204.712,78/1,10) +1 Pagamento da renda 121 204.712,78
CONTABILIZAÇÃO I V p i - e r i a ç ã n do equipamento
Gastos de depreciação 643 56.000,00
Ano 200N •1-12-
(N+2) Depreciações acumuladas 438 56.000,00
HISTORICO
Aquisição do equipamento
2-01-0N Aquisição de activo fixo tangível 433 560.000,00 ENQUADRAMENTO
Financiamento obtido 2513 560.000,(10 Locação é um acordo pelo qual o locador transfere para o locatário, em
Iroca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um activo
200 201
por um período de tempo acordado. A locação financeira é uma locação que líxercício 5.02
transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse de Financiamentos - Empréstimo por obrigações
um activo e uma locação operacional é uma locação que não seja uma locação
financeira (NCRF 9, § 4). ENUNCIADO
Em 1 de Janeiro de 200N, a empresa ALFA, SA, emitiu um empréstimo
Exemplos de situações que podem normalmente conduzir à classificação por obrigações com as seguintes características:
como uma locações financeiras:
Obrigações emitidas 10.000
- A locação transfere a propriedade do activo para o locatário no fim do
Valor nominal (Vn) € 100,00
prazo da locação;
Valor de emissão € 95,00
- O locatário tem a opção de comprar o activo por um preço que se es-
Valor de reembolso (Vr) € 100,00 (ao par)
pera que seja suficientemente mais baixo do que o justo valor à data em
Prazo do empréstimo (n) 5 Anos
que a opção se torne exercível tal que, no inicio da locação, seja razoa-
Data do reembolso Final do empréstimo (amortização única)
velmente certo que a opção será exercida;
Gastos de emissão € 29.854,20 (total) => € 2,98542/ por obrigação
- O prazo da locação abrange a maior parte da vida económica do activo
Taxa de juro (do cupão) 6% (no final do ano)
ainda que o título de propriedade não seja transferido;
Taxa de juro efectiva ( e) 8%
- No início da locação o valor presente dos pagamentos mínimos da lo-
cação ascende a pelo menos, substancialmente, todo o justo valor do
activo locado; e ASSIM TEM-SE
- Os activos locados são de uma tal natureza especializada que apenas o O valor encaixado (recebido) por cada obrigação é de [95,00 - 2,98542]
locatário os pode usar sem que sejam feitas grandes modificações. = €92,01458.
O cálculo da taxa de juro efectiva (por cada obrigação) é de [(6,00/
(1+ie)) + (6,00/(l+ie)* 2 ) + (6,00/(l+ie)* 3 ) + (6,00/(l+ie)* 4 ) +
((l06,00)/(l+ie) A 5 )l = € 92,01458.
Os juros pagos anualmente são de [(10.000 x 100)x 696] = 60.000,00.
No final de cada ano da vigência do empréstimo, repetem-se os lança-
mentos dos gastosfinanceirose do pagamento dos juros aos obrigacionistas.
No ano 200(N+4), em 31 de Dezembro, para além dos gastos financei-
ros, contabiliza-se também o reembolso do empréstimo.
O algoritmo de cálculo dos juros a pagar, dos gastos financeiros, da amor-
tização do desconto e do custo amortizado no final de cada ano é o seguinte:
202 203
JUROS ANUAIS VALOR DO
ANOS
A RECEBER
GASTO AMORTIZAÇÃO DO
INVESTMENT
Ano 200(N+4)
FINANCEIRO DESCONTO
(CUSTO AMORT.)
DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
01-01-200N - - - 920.145,80
Gastos financeiros (juros a pagar aos obrigacionistas e amortização do desconto)
31-12-200N 60.000,00 (1) 73.611,66 13.611,66 933.757,46 31-12- Gastos financeiros 6911X 78.518,52
31-12-200(N+1) 60.000,00 (2) 74.700,60 14.700,60 948.458,06 (N+4)
Obrigacionistas - juros 277xy 60.000,00
31-12-200(N+2) 60.000,00 75.876,64 15.876,64 964.334,71 Amortização do desconto 2521x 18.518,52
31-12-200(N+3) 60.000,00 77.146,78 17.146,78 981.481,48 Reembolso do empréstimo
31-12-200(N+4) 60.000,00 78.518,52 18.518,52 1.000.000,00 31-12- Reembolso do empréstimo 2521X 100.000,00
Totais 300.000,00 (N+4)
379.854,20 79.854,20 Obrigacionistas - reembolso 277xy 100.000,00
(1) 0,08 X 920.145,80 = 73.611,66 (arredondado) Pagamento dos juros e do empréstimo aos obrigacionistas
(2) 0,08 X 933.757,46 = 74.700,60 (arredondado) Obrigacionistas - Juros 277xy 60.000,00
Retenção IRC/IRS - capitais 2423 12.900,00
204 205
Quanto à forma de reembolso das obrigações o reembolso é abaixo do Exercício 5.03
par, quando o valor de reembolso das obrigações é menor do que o seu valor Financiamentos - Suprimentos
nominal, ao par, quando o valor de reembolso das obrigações é igual ao seu
valor nominal, acima do par, quando o valor de reembolso das obrigações é ENUNCIADO
maior do que o seu valor nominal. O contrato da empresa ALFA, Lda., exige a obrigação dos seus três só-
De acordo com a NCRF 27, § 5, os empréstimos por obrigações na óptica cios efectuarem prestações acessórias. Por este motivo, no dia 1 de Março de
do emitente são passivos financeiros e devem ser valorizados ao custo amorti- 200N, os sócios entregaram à sociedade € 30.000,00 que vencem juros poste-
zado (NCRF 27, §§ 12 e 13). O custo amortizado de um passivo financeiro é cipados à taxa de 6% ao ano. Os juros são pagos em 1 de Março de 200(N+l)
a quantia pela qual o passivo financeiro é mensurado no reconhecimento ini- e na data do reembolso do dinheiro aos sócios. Em 31 de Dezembro do ano
cial menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulati- 200(N+l) aquele montante será restituído aos sócios.
va usando o método do juro efectivo de qualquer diferença entre essa quantia
inicial e a quantia na maturidade, e menos qualquer redução (directamente CONTABILIZAÇÃO
ou por meio do uso de uma conta de abatimento) quanto à imparidade ou DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
incobrabilidade (NCRF 27, § 5). Contabilização do recebimento dos suprimentos
A contabilização de empréstimos por obrigações na contabilidade da en- 01-03-0N Recebimento do empréstimo 11 30.000,00
tidade emitente envolve a emissão/subscrição das obrigações, a liberação das Sócios 253x 30.000,00
obrigações, o processamento e pagamento(s) dos juros e o processamento e Contabilização de juros relativos ao ano 200N
dd-03-0N Outros juros a pagar (10 meses de juros 6918 1.500,00
pagamento (reembolso) das obrigações.
Juros a liquidar 27222 1.500,00
206 207
ENQUADRAMENTO Exercício 5.04
As prestações acessórias estão definidas na lei comercial (CSC). As pres- Financiamentos - Empréstimo com juros a pagar no período
tações acessórias podem ser ou não em dinheiro e podem ou não vencer juros
seguinte
e têm que estar contempladas no contrato de sociedade.
Se as prestações acessórias não vencerem juros e não forem objecto de ENUNCIADO:
posterior reembolso, em data definida, aos sócios devem ser contabilizadas A Empresa ALFA, Lda., no dia 31 de Março de 200N, contraiu um em-
no capital próprio, numa subconta da conta «53 - Outros instrumentos de préstimo bancário com o Banco XPTO no montante de € 100.000,00. Neste
capital próprio». Se, ao contrário, vencerem juros e forem objecto de reem- empréstimo foi contratualizado o pagamento de 1 prestação anual a liquidar
bolso, em data definida, devem ser consideradas como suprimentos e conta- em 31 de Março de 200(N+l), a qual vence juros postecipados à taxa de 6%.
bilizadas no passivo da empresa, na conta «253x - Financiamentos obtidos
- Participantes de capital». C
I AO) N
A TlAABt Ii Ll IHZi A
AÇVÃ
AOU:;
ENQUADRAMENTO:
De acordo com a NCRF 27, § 6, uma entidade deve reconhecer um pas-
sivo financeiro quando a entidade se torne uma parte das disposições contra-
tuais do instrumento.
No exemplo apresentado há que ter em conta o pressuposto do acrés-
cimo presente na EC, tendo assim que se reconhecer os gastos no período a
que dizem respeito (no ano de 200N), independentemente do seu pagamen-
to apenas ocorrer no período seguinte.
208 209
Exercício 5.05 No começo do prazo de locação, os locatários devem reconhecer as lo-
Financiamentos - Escolha múltipla cações financeiras como activos e passivos nos seus balanços por quantias
iguais ao justo valor da propriedade locada ou, se inferior, ao valor presente
ENUNCIADO:
dos pagamentos mínimos da locação, cada um determinado no início da lo-
Nas questões de resposta múltipla, existe apenas uma afirmação verda- cação (NCRF 9, § 20).
deira. Identifique as respostas correctas.
Uma locação financeira dá origem a um gasto de depreciação relativo ao
activo depreciável assim como a um gasto financeiro em cada período con-
' 1. A empresa Alfa, S. A . (locatária) celebrou em 01 de Agosto de 200N, u m contrato de
locação operacional sobre uma viatura, com a Alugacar, S.A. (locadora) cujo valor de tabilístico. Os pagamentos de uma locação operacional devem ser reconhe-
mercado é de € 25.000,00 e a vida útil de 4 anos. O contrato tem uma duração de 4 anos cidos como um gasto numa base linear durante o prazo da locação salvo se
e contempla o pagamento de rendas semestrais postecipadas no valor de € 3.750,00. A
uma outra base sistemática for mais representativa do modelo temporal do
empresa Alfa, S.A. (locatária) deverá reconhecer na sua contabilidade, em 200N:
a Uma depreciação de € 6.250,00
benefício (NCRF 9, §§ 24 e 30).
i
D
uma depreciação de 2.604,00 e um gasto em rendas e alugueres de € 3.125,00
C U m gasto em rendas e alugueres de € 3.125,00
ENQUADRAMENTO:
210 211
Capítulo 7: Impostos sobre o rendimento 269
Exercício 7.01 - Impostos diferidos - Revalorização de activo fixo tangível depreciável 272
Exercício 7.02 - Impostos diferidos - Revalorização de activo fixo tangível não depreciável 276
Exercício 7.03 - Impostos diferidos - Contabilização pela primeira vez 277
Exercício 7.04 - Impostos diferidos - Ajustamentos em investimentos financeiros, relacionados
comoMEP 282
271
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo VII - Impostos sobre o rendimento
- € 1.200.000 x 40% = € 480.000 não vão ser aceites como custos fiscais Impostos diferidos relativos ao excedente de revalorização
31-12- Resultados transitados 56xy 4.240,00
ao longo de 30 anos.
(N+i)
Impostos diferidos 5812 4.240,00
272 273
SNC CONTABILIDADE FINANCEIRA Casos práticos - Tomo I Capítulo VII - Impostos sobre o rendimento
ENQUADRAMENTO: Porém, se uma entidade fizer tal transferência, a quantia transferida é líquida
A revalorização de u m activo fixo tangível provoca um acréscimo na de qualquer imposto diferido relacionado (NCRF 25, § 58).
base do valor amortizável e, por isso, um aumento das amortizações futuras, Os efeitos tributários relatados como passivos por impostos diferidos de-
o que resulta numa diminuição dos resultados dos exercícios seguintes. 0 vem reflectir as consequências fiscais esperadas no momento em que o activo
aumento da quantia escriturada deve ser creditado directamente no capital é recuperado. Assim, os passivos por impostos diferidos devem ser mensura-
próprio numa conta com o título «excedente de revalorização», NCRF 7, dos com base na utilização das taxas de tributação aprovadas para os períodos
§39. em que se prevê venham a reverter as subjacentes diferenças temporárias fis-
Em Portugal, a revalorização de um activo não afecta o lucro tributável cais, devendo ser ajustados sempre que se verifiquem alterações nas taxas de
no período da revalorização, por isso, a base fiscal (tributável) do activo não tributação do rendimento ou em outros aspectos da legislação fiscal (NCRF
é ajustada. Porém, a recuperação futura da quantia escriturada resultará num 25, §§ 43 a 50).
fluxo tributável de benefícios económicos para a entidade e a quantia que será Na contabilização, após o reconhecimento na conta « 5 8 - Excedentes
dedutível para finalidades de tributação diferirá da quantia desses benefícios de revalorização de activos fixos tangíveis e intangíveis», por qualquer pro-
económicos (NCRF 25, § 2 0 ) . cesso, do valor do aumento do imobilizado líquido, aquela conta é debitada
Quando com o aumento da quantia escriturada provoca diferenças, para por contrapartida da conta « 2 7 4 2 - Passivos por impostos diferidos» pelo
menos, relativamente ao valor fiscal do activo, que corresponde ao valor atri- montante do imposto correspondente à fracção do excedente de revaloriza-
buído pela administração fiscal para a determinação dos resultados fiscais fu- ção não relevante para a tributação.
turos, estas diferenças temporárias fiscais levam ao reconhecimento de passi- Para o efeito, a conta relativa a cada excedente de revalorização é des-
vos por impostos diferidos (NCRF 25, §§ 7 e 15). dobrada em duas subcontas: uma, denominada « 5 8 1 1 - Antes de imposto
O excedente de revalorização pode ser transferido para «Resultados sobre o rendimento», que tem saldo credor, e outra, denominada por « 5 8 1 2
transitados» (e não para resultados do exercício), na medida que o activo é - Impostos diferidos» cujo saldo é devedor. O indicado débito terá lugar nes-
usado e o excedente realizado (NCRF 7, § 41). Assim, a quantia do excedente ta última subconta.
transferida é a diferença entre a depreciação baseada na quantia escriturada Aquando da realização do excedente de revalorização, a subconta « 5 8 1 2
revalorizada do activo e a depreciação baseada no custo original do activo. - Impostos diferidos» é creditada pela correspondente fracção do imposto
Por outro lado, quando o activo for desreconhecido, o valor residual do ex- sobre o rendimento, por contrapartida da conta « 5 6 x y - Resultados transi-
cedente de revalorização incluído no capital próprio é também transferido tados - . . . » . Simultaneamente, a conta « 2 7 4 2 - Passivos por impostos dife-
para «Resultados transitados», o que implica a transferência da totalidade r i d o s » é debitada por contrapartida da conta « 8 1 2 2 - Imposto diferido».
do excedente.
A NCRF 7, não especifica se uma entidade deve transferir ano a ano o
excedente de revalorização para resultados transitados uma quantia igual à
diferença entre a depreciação ou amortização baseada no custo desse activo.
27S
— -
Exercício 7.02 Exercício 7.03
Impostos diferidos - Revalorização de activo fixo tangível Impostos diferidos - Contabilização pela primeira vez
não depreciável
ENUNCIADO
O balancete da empresa Gama, em 31-12-200N, antes da liquidação do
ENQUADRAMENTO
Quanto aos bens não depreciáveis, considera-se a óptica da alienação, IRC, apresentava os seguintes saldos:
SALDO 1
tendo em atenção o seguinte: Independentemente da existência de nova re- CONTA h DEVEDOR CREDOR 1
valorização, o valor do imposto diferido resultante da diferença entre a base 357.000,00
219 Perdas por imparidade acumuladas
tributável e a quantia escriturada dos bens não depreciáveis deve ser ajustado 15.000,00
292 Garantias a clientes
tendo em atenção a variação da base tributável decorrente da aplicação dos 31.500,00
294 Acidentes de trabalho e doenças profissionais
coeficientes de desvalorização monetária, uma vez que estes são utilizados 96.000,00
5811 Decreto-Lei n°
para determinar tal base tributável no âmbito do apuramento das mais e me- 8.000,00
6266 Despesas de representação
nos valias fiscais. 700,00
68882 Multas não fiscais
Nos casos em que, por efeito de revalorizações, os elementos dos activos 25.000.000,00
811 Resultado antes de impostos
fixos tangíveis e intangíveis passem a ter uma base tributável superior (caso
das situações de imparidade) à correspondente quantia escriturada não deve-
rá ser registado qualquer correspondente activo por impostos diferidos. As contas de imparidades acumuladas e de provisões no exercício de
No caso de bens revalorizados não susceptíveis de depreciação, as quan- 200N, verificaram a seguinte evolução:
tias do passivo por impostos diferidos e do excedente de revalorização deve- S. I N I C I A L REFORÇO REVERSÃO S. F I N A L I
rão ser ajustadas de acordo com as alterações da base tributável, em função da Dívidas de clientes 535.500,00 178.500,00 357.000,00
219
aplicação dos sucessivos coeficientes de actualização monetária. Garantias a clientes 15.000,00 15.000,00
292
No caso da revalorização de activos fixos tangíveis destinados ao uso pela Ac trabalho e doenças profissionais 24.000,00 7.500,00 31.500,00
294
empresa deverá ter-se em atenção o valor da base tributável compatível com o
destino indicado. Assim, são irrelevantes as variações de valor que não corres-
pondam a revalorizações em diplomas legais que comportem efeitos fiscais.
O saldo inicial da conta « 2 1 9 - Clientes - Perdas por imparidade acu-
m u l a d a s » , diz respeito a dívidas em mora, tendo sido provisionada a totalida-
de das dívidas. O desdobramento das dívidas é o seguinte:
- Dívida do cliente A, no valor de 357.000, factura emitida em 30 de
A b r i l de 2 0 0 ( N - l ) , (7 meses de mora);
277
276
24.656.000,00
Base tributável
- Dívida do cliente L, no valor de 178.500,00, factura emitida em 31 de 6.533.840,00
I R C + Derrama (26,5%)
Março de 2 0 0 ( N - l ) , (8 meses de mora). O cliente liquidou esta dívida 800,00
Tributação autónoma: Despesas de representação (10% x 8.000) ( 1 )
em Junho de 200N. 6.534.640,00
Imposto corrente
Valor a acrescer ao resultado contabilístico em cada ano (40% de 12.000) 4.800,00 Diferenças temporárias fiscais:
38.400,00
Saldo de abertura
A taxa de IRC + derrama aprovada é de 26,5%, não se prevendo alteração 0,00
Aumento
para os próximos anos. (4.800,00)
Diminuição
33.600,00
Saldo final
Cálculo do valor dos impostos correntes e diferidos
Passivos por impostos diferidos:
200N 10.176,00
Saldo de abertura
Resultado antes de impostos 25.000.000,00 0,00
Aumento
A acrescer: (1.272,00)
Reversão
Provisões não dedutíveis 7.500,00 8.904,00
Saldo final
40% do aumento das depreciações resultantes da revalorização 4.800,00
Multas 700,00
A deduzir: <» A tributação autónoma das despesas de representação, em 2009, é de 10% (Lei n.° 64/2008, de 5 de
Dezembro). A taxa de 2005 a 2008, era de 5% (Lei n° 55/B/2004, de 30 de Dezembro - OE) e a taxa
Redução de provisões tributadas (178.500 + 50% de 357.000) (357.000,00)
2004, era de 6% = (20% de 30%), (Lei n° 107-B/2003, de 31 de Dezembro - OE)
278
CONTABILIZAÇÃO creditados ou debitados, no mesmo ou num diferente período, directamente
no capital próprio, NCRF 25, § 55. A empresa deve divulgar, separadamente,
DATA I HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÍDITO
esta situação, N C R F 25, § 74.
Excedentes de revalorização - Saldo de abertura
11 12 ON Imp. diferidos relativos à revalorização 5812 10.176,00 No que respeita ao capital próprio, os ajustamentos serão registados nas
Passivos por impostos diferidos 2742 10176,00
contas de, Outras reservas, Resultados transitados, Ajustamentos em activos
Excedentes de revalor. antes de imp. 5811 10.176,00 financeiros, ou Excedentes de revalorização, consoante for mais adequado.
Regularização de excedentes 56xy 10176,00
Se for necessário debitar uma conta de capital próprio e não houver saldo
Activos por impostos diferidos - Saldo de abertura suficiente nessa conta, os ajustamentos devem ser reconhecidos na conta de
31-12-ON Activos por impostos diferidos 2741 118.753,13 Resultados Transitados.
Ajustamentos por impostos diferidos 592 118.753,13
Reconhecimento do imposto corrente e impostos diferidos do exercício:
Imposto corrente:
31-12-ON Imposto estimado para o período 8121 6.534.640,00
I R C - Imposto estimado 241 lx 6.534.640,00
Reversão da diferença temporária fiscal
31-12-ON Passivos por impostos diferidos 2742 1.272,00
Imposto diferido 8122 1.272,00
Imp. diferidos relativos à revalorização 56xy 1.272,00
Regularização de excedentes 5812 1.272,00
Reversão da diferença temporária dedutível
31-12-ON Imposto diferido 8122 94.605,00
Activos por impostos diferidos 2741 94.605,00
ENQUADRAMENTO
Uma entidade deve, no seu balanço de abertura de acordo com a NCRF,
reconhecer todos os activos e passivos cujo reconhecimento seja exigido pe-
las NCRF, NCRF 3, § 7. Por isso a entidade deve reconhecer todos os ajusta-
mentos referentes a saldos de activos por impostos diferidos e de passivos por
impostos diferidos relativos a situações passadas.
O imposto corrente ou diferido deve ser debitado ou creditado direc-
tamente no capital próprio se o imposto se relacionar com itens que sejam
280 281
Exercício 7.04 CONTABILIZAÇÃO
Em 31-12-200N, a empresa Alfa, S.A., tem na sua conta « 4 1 2 1 - Investi- Reconhecimento de activo por impostos diferidos
31-12-ON Activos por impostos diferidos 2741 2.120,00
mentos em associadas - Método da equivalência patrimonial» u m saldo de
Ajustamento de perdas por imparidade 5713x 2.120,00
€ 67.000, correspondentes a 20.000 acções da empresa Beta.
Contabilização em 31-12-200N: Reconhecimento da reversão das perdas por imparidade
- A cotação das acções da empresa Beta em 31-12-200N, é de € 2,95.
31-12-ON Ajustamento de perdas por imparidade 4111x 8.000,00
- Não havia nenhuma perda por imparidade constituída para aqueles tí-
Perdas por imparidade acumuladas 5713x 8.000,00
tulos.
Reconhecimento da reversão do activo por impostos diferidos
31-12-ON Activos por impostos diferidos 5713x 2.120,00
Em 31-12-200(N+l) a empresa mantinha em carteira as acções. Com a Ajustamento de perdas por imparidade 2741 2.120,00
aplicação do método de equivalência patrimonial, o valor das acções aumen-
tou para € 70.000 e a cotação, naquela data, era de € 3,60.
A (taxa de IRC + derrama), em 200N e 2 0 0 ( N + l ) é igual a 26,5%. ENQUADRAMENTO
Tendo aplicado o método da equivalência patrimonial, o investidor deve
ASSIM TEM-SE determinar se é necessário reconhecer qualquer perda por imparidade adi-
Em31-12-200N: cional com respeito ao conjunto de interesses na associada, NCRF 13, § 51.
- Perdas por imparidade = (20.000 x 2,95) - 67.000 = - € 8.000,00 Em conformidade com os §§ 28 e 29 da NCRF 12, se a quantia recuperá-
- Impostos diferidos = 8.000 x 0,265 = € 2.120 vel de u m activo for menor que a sua quantia escriturada, esta deve ser reduzi-
da para a quantia recuperável e a perda por imparidade deve ser reconhecida
Em31-12-200(N+1): nos resultados, a não ser que o activo seja escriturado pela quantia revaloriza-
- Perdas por imparidade = (20.000 x 3,60) - 70.000 = € 2.000,00, não há da de uma outra norma, que, neste caso deve ser tratada como decréscimo de
perdas por imparidade. revalorização de acordo com essa outra norma.
- Anular os Impostos diferidos
282 283
Impostos sobre o rendimento:
Exercício 7.05
Imposto corrente 0,00 0,00 0,00 1.325,00
Impostos diferidos - Prejuízos fiscais
Imposto diferido:
Lucro tributável 20.000,00 30.000,00 Activos por impostos diferidos 2741 6.625,00
Exercício 200(N+l) -10.000,00 Deve ser reconhecido u m activo por impostos diferidos relativamente
Matéria colectável 0,00 0,00 0,00 5.000,00 aos prejuízos fiscais que possam ser deduzidos a lucros futuros, bem como
em relação a créditos fiscais que, por eventual insuficiência da colecta do pe-
284 285
ríodo a que deviam ser deduzidos, sejam diferidos para períodos seguintes. Exercício 7.06
Porém, o registo de activos por impostos diferidos apenas é possível quando
Impostos diferidos - Provisões não dedutíveis fiscalmente
e na medida em que for previsível que venham a ser apurados lucros fiscais
que permitam a utilização desses prejuízos ou a dedução dos créditos fiscais, ENUNCIADO
respectivamente. A empresa Gama no exercício de 200N, realizou um serviço muito es-
A simples existência de prejuízos fiscais pode suscitar dúvidas quanto à pecializado a u m cliente, tendo, por isso, em 31-12-200N, constituído uma
capacidade de obtenção de resultados fiscais positivos, que venham a possi- provisão para garantia a clientes no montante de € 75.000,00.
bilitar a utilização desses prejuízos.
Em 200(N+2), deixou de haver necessidade de manter a provisão por-
Assim, apenas deve ser reconhecido um activo por impostos diferidos,
que o trabalho realizado não teve qualquer tipo de reclamação por parte do
respeitantes a prejuízos fiscais ou a créditos fiscais, se existir uma quantia su-
cliente.
perior ou igual de diferenças temporárias fiscais, ou existirem expectativas
A taxa de IRC + derrama aprovada em 200N foi de 26,5%, não se alteran-
fundamentadas de que irão ser apurados lucros tributáveis, que permitam,
em ambos casos, a utilização desses prejuízos, N C R F 25, §§ 31 a 33. do nos anos seguintes.
ASSIM TEM-SE
Uma provisão cujo gasto não é aceite fiscalmente.
O activo por impostos diferidos = 75.000,00 x 26,5% = 19.875,00
CONTABILIZAÇÃO
p ^ n n W i m e n t o da p r o v i s ã o
31-12-ON Prov. do período - Garantias a clientes 672 75.000,00
292 75.000,00
Provisão - Garantias a clientes
P r r n n W i m e n r o do artivo p o r impostos diferidos:
2741 19.875,00
31-12-ON Activos por impostos diferidos
8122 19.875,00
Imposto diferido
D ^ n K o r i m o n t a Ha r p v e r s ã o da p r o v i s ã o
Provisão - Garantias a clientes 292 75.000,00
31-12-
(N+2) 75.000,00
Reversão da prov. - Garantias a cliente 7632
P r r m i h p r i m » " * » <** r e v e r s ã o do activo p o r impostos diferidos:
Imposto diferido 8122 19.875,00
31-12-
(N+2) 2741 j 19.875,00
Activos por impostos diferidos
287
ENQUADRAMENTO Exercício 7.07
Independentemente das expectativas que possam existir quanto à evo- Impostos diferidos - Contratos de construção
lução dos resultados fiscais futuros, devem ser contabilizados activos por im-
postos diferidos quando simultaneamente existirem passivos por imposto» ENUNCIADO
diferidos decorrentes de diferenças temporárias fiscais cuja reversão se preve- A empresa Alfa, SA, reconhece os réditos dos contratos de construção
ja tenha lugar, N C R F 25, § 28: numa base na percentagem de acabamento, de acordo com a lei fiscal.
- N o mesmo período fiscal em que se preveja que revertam as diferença» Para u m contrato de construção, no valor de € 100.000,00, com u m perí-
temporárias dedutíveis; ou odo de 2 anos de construção, os gastos incorridos e estimados para executar a
- E m períodos em que uma perda fiscal, decorrente de um activo por obra, e as facturações e recebimentos do contrato, são os seguintes, em euros:
impostos diferidos, possa ser compensada com ganhos posteriores. 200N 200(N+l) I
ao limite dos passivos por impostos diferidos nas condições referidas, NCRF Facturação emitida 40 000 60 000
25, § 29.
O registo deverá ser efectuado sempre que se mostre prcvável a obten- A taxa de IRC + derrama aprovada para os dois anos de construção é de 26,5%
ção de ganhos futuros que permitam a recuperação do active por impostos
diferidos, o u tenham surgido passivos por diferenças temporárias fiscais que ASSIM TEM-SE
compensem aqueles activos, até ao limite da compensação, NCRF 25, § 33. A percentagem de acabamento e os réditos totais e do período são os
Na data do encerramento das contas, deverão ser objecto de reapreciação seguintes:
todas as situações em que tenham existido activos por impostos diferidos que ^ 200N 200(N+l) J
não tenham sido reconhecidos por não estarem reunidas as condições para o Gastos incorridos acumulados 40 500 90 000
efeito exigidas, N C R F 25, § 34. Gastos estimados para acabar a obra 49 500 -
288 289
Usando as regras fiscais, calculase a percentagem de facturação. Se esta 2O0N 200(N+l) J
for inferior à da fase de acabamento, o lucro tributável do contrato será deter- Resultado antes de impostos 4.500 5.000
A deduzir:
CÁLCULO DA PERCENTAGEM D E FACTURAÇÃO
Lucro de contratos de construção -500 -
200N 200(N1 1 ) Lucro tributável 4.000 6.000
Contrato 100.000 100.000 Impostos correntes (taxa de 26,5%) 1.060 1.590
Facturação acumulada 40.000 100.000 Diferença temporária fiscal:
Percentagem de facturação 40,00% 100,00% Saldo de abertura 500 500
Anulação (reposição) 0 -500
Uma vez que a percentagem de facturação é i nferior à da percentagem Saldo de fecho 500 0
de acabamento, o lucro tributável do contrato é det erminado f ;m função da Passivo por impostos diferidos Taxa de imposto (26,5%):
percentagem de facturação, como se segue: Saldo de abertura 132,5 132,5
Anulação (reposição) 0 -132,5
200N 200(N+i) T O T A L 1 Saldo de fecho 132,5 0
Prestação de serviços tributados 40.000 60.000 100.000
Gastos de produção dedutíveis:
CONTABILIZAÇÃO
40% de 90.000 -36.000 -36.000
60% de 90.000 -54.000 DATA HISTÓRICO CONTA DÉBITO CRÉDITO
-54.000
. •••• • '.- : -.> . .. ....
O lucro tributável e o gasto de impostos correntes e o passivo por im- Passivos pc >r impostos diferidos 2742 132,50
postos diferidos para os períodos 200N e 2 0 0 ( N + l ) (supondo uma taxa de Reconhecimento do imposto corrente
31-12- Imposto estimado para o período 8121 1.590,00
imposto para ambos os períodos de 26,5%) é o seguinte:
(N+l) 1.590,00
I R C - Imposto estimado 241 lx
290 291
ENQUADRAMENTO Exercício 7.08
A lei fiscal, IRC, art° 19°, define que a determinação de resultado»! Impostos sobre o rendimento - Escolha múltipla
relação a obras cujo ciclo de produção ou tempo de construção seja s i i | •
a um ano pode ser efectuada segundo o critério de encerramento da < <\>i ,i nil ENUNCIADO:
segundo o critério da percentagem de acabamento, sendo obrigatóri.i ,i ntlll Em cada uma das questões de resposta múltipla, existe apenas uma afir-
zação do critério da percentagem de acabamento nas obras (públicas ou pr! mação verdadeira. Identifique as respostas correctas.
vadas) efectuadas em regime de empreitada, quando se verifiquem ía< luí l
ções parciais do preço estabelecido, ainda que não tenham carácter s i n esslvi i, Em 31-12-200N, a empresa Alfa efectuou a revalorização do seu edifício
e as obras realizadas tenham atingido o grau de acabamento correspoinlmii da sede com base em diploma legal, tendo obtido um excedente de revalori-
aos montantes facturados; e nas obras efectuadas por conta própria vendida zação de € 250.000,00, a realizar em 20 anos. Sabendo que a administração
fraccionadamente, à medida que forem sendo concluídas e entregues aos ad fiscal não vai aceitar 40% daquele excedente de revalorização e que a taxa de
quirentes, ainda que não sejam conhecidos exactamente os custos totais dan imposto sobre o rendimento é de 30%.
mesmas.
«1. E m 31-12-200(N+1), depois da contabilização das depreciações do exercício, o saldo da
Assim, os proveitos são reconhecidos à medida que a obra contratada
conta « 2 7 4 2 - Passivos por impostos d i f e r i d o s » , será igual a:
progride, atribuindo-se a cada período contabilístico um resultado correi*
a € 45.000,00
pondente ao grau de acabamento, mediante o balanceamento dos proveito»
b e 4? 7sn,nn
respectivos c o m os custos incorridos inerentes.
c €. 30.000,00
Para efeitos de tributação, calcula-se a percentagem de facturação e I I
d
esta for inferior à da fase de acabamento, o lucro tributável do contrato será
determinado em função da percentagem de facturação.
'2 Com base nos dados anteriores, no caso de se tratar de uma revalorização que nao tives-
se por base um diploma legal, o montante reconhecido na conta « 2 7 4 2 - Passivos por
impostos d i f e r i d o s » , em 31-12-200N, considerando a mesma taxa de imposto sobre o
rendimento é de 30%, será igual a:
a e 45 nno,oo
b e W nnn,n(i
293
EXERCÍCIO SOLUÇÃO |
EXERCÍCIO SOLUÇÃO |
ENQUADRAMENTO
l.c) Exercício 3.26 l.a)
Exercício 1.17
Lembra-se que, quando por efeito de revalorização emergir u m valor
l.c) 2.b)
Exercício 1.18
líquido dos elementos dos activos fixos tangíveis superior à respectiva base
2.b) Exercício 4.06 l.b)
tributável, ao aumento do valor líquido daqueles elementos corresponderá
3.c) 2.b)
um montante de imposto diferido respeitante à diferença entre o valor decor-
4.b) 3. a)
rente da revalorização e a inerente base tributável
5.b) Exercício 4.07 l.c)
O tratamento dos impostos diferidos envolve a consideração de alguns
6.b) Exercício 5.05 l.c)
pressupostos quanto à inclusão do valor dos bens no cômputo do resultado.
7.c) 2.b)
Assim, os elementos susceptíveis de depreciação podem afectar o resultado
l.b) Exercício 6.19 l.b)
Exercício 2.21
quer pela via da amortização, quer pela via da alienação, enquanto os elemen-
2. d) 2. d)
tos não susceptíveis de amortização apenas podem afectar o resultado pela
3.c) 3. d)
via da alienação.
l.a) Exercício 6.20 l.a)
Exercício 3.24
Relativamente aos bens depreciáveis, a adopção de uma ou outra dessas
2.c) 2. c)
ópticas não é indiferente em termos de tratamento dos impostos diferidos.
3.b) 3.c)
Por se afigurar mais razoável pressupor a continuidade dos activos ao serviço
1. c) Exercício 7.08 l.d)
Exercício 3.25
da entidade considera se para este tipo de bens a óptica do uso, através da
2. a) 2.c)
depreciação.
O aumento do valor dos activos fixos tangíveis terá como contrapartida
o respectivo passivo por impostos diferidos e o excedente de revalorização. A
reversão daquele valor do passivo por impostos diferidos processar se á por
efeito da realização do excedente de revalorização, quer pelo registo das quo-
tas de amortização periódica, quer por alienação do bem ou de outras opera-
ções que incidam sobre o mesmo.
Quanto aos bens não depreciáveis, considera-se a óptica da alienação,
tendo em atenção o seguinte: Independentemente da existência de nova re-
valorização, o valor do imposto diferido resultante da diferença entre a base
tributável e o valor contabilístico dos bens não depreciáveis deve ser ajustado
tendo em atenção a variação da base tributável decorrente da aplicação dos
coeficientes de desvalorização monetária, uma vez que estes são utilizados
para determinar tal base tributável no âmbito do apuramento das mais e me-
nos valias fiscais.
295
294
SIGLAS
SIGLAS
EC - ESTRUTURA CONCEPTUAL
NCRF 8 - Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas
NCRF 9 - Locações
NCRF 17-Agricultura
NCRF 18 - Inventários
NCRF 19 - Contratos de Construção
NCRF 20 - Rédito
NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes
NCRF 22 - Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo
Eusébio Pires da Silva
NCRF 23 - Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio
Professor no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de
NCRF 24 - Acontecimentos Após a Data do Balanço
Lisboa (ISCAL), do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL). Vasta experiência
NCRF 25 - Impostos Sobre o Rendimento
no ensino e na Contabilidade Financeira das empresas e dos grupos empre-
NCRF 26 - Matérias Ambientais
sariais.
NCRF 27 - Instrumentos Financeiros
NCRF 28 - Benefícios dos Empregados
J o s é Luís Miguel da Silva
NCRF-PE - Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades
Professor no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de
Lisboa (ISCAL), do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL). Vasta experiência
Normas Interpretativas ( N I ) :
no ensino da Contabilidade Financeira.
NI 1 - Consolidação Entidades de Finalidades Especiais
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