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ORGANIZAR E GERIR A

EMPRESA
Módulo 10 – Código de Contas e Normas
Contabilísticas
MÓDULO 10 – CÓDIGO DE CONTAS E NORMAS
CONTABILÍSTICAS – 50 H = 60 AULAS

1 . Análise das Normas Contabilísticas


1.1. Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF)
1.2. Norma Contabilística e de Relato Financeiro para
pequenas entidades (NCRF – PE)
1.3. Normas interpretativas

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MÓDULO 10 – CÓDIGO DE CONTAS E
NORMAS CONTABILÍSTICAS
2 . Código das Contas
2.1. meios Financeiros Líquidos
2.2. Contas a Receber e a Pagar
2.3. Inventários e Ativos Biológicos
2.4.Investimentos
2.5. Capital, Reservas e Resultados Transitados
2.6. Gastos
2.7. Rendimentos
2.8. Resultados
3. Lançamentos Contabilísticos
3.1. Debitar e Creditar 3
3.2 Operações com contas
A CONTABILIDADE E OS OBJETIVOS DA INFORMAÇÃO
FINANCEIRA

Noção de Contabilidade
 Contabilidade é uma técnica que consiste no registo das
operações realizadas pela empresa e na elaboração de
mapas específicos.
 Tem por objeto a análise em termos quantitativos dos
factos patrimoniais ocorridos nas empresas.

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 O Estado reconhecendo o papel que a Contabilidade tem, para
si próprio enquanto instituição e para as empresas, legislou
sobre essa matéria.

 Foram então criadas regras e princípios que uniformizaram a


Contabilidade e foram traduzidas no Plano Oficial de
Contabilidade conhecido por POC.

 Atualmente são os revisores oficiais de contas e os técnicos


oficiais de contas, os responsáveis, pela aprovação e pela
execução da Contabilidade nas empresas.
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 Através do POC e atualmente do SNC (Sistema de Normalização
Contabilística) permitiu facilidade na análise dos mapas
contabilísticos, assim comparar empresas, o que não acontecia
no passado, quando não existiam regras e cada contabilista
registava as operações realizadas pela empresa à sua maneira, o
que dificultava a sua análise por terceiros.

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 Em 1977 é aprovado o primeiro Plano Oficial de Contabilidade
– POC que em 1990 e 1991 é adaptado à 4.ª e 7.ª diretivas da
UE.
 
 Até Dezembro de 2009, as técnicas contabilísticas baseiam-se
no Decreto-Lei n.º 410/89, de 21 de Novembro, no Decreto-Lei
n.º 238/9, de 2 de Julho e no Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17
de Fevereiro.
 
 A partir de Janeiro de 2010 entra em vigor o SNC - Sistema de
Normalização Contabilística aprovado pelo Decreto-Lei n.º
158/2009, de 13 de Julho.
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As funções da contabilidade
 

Registar

Controlar

Avaliar

Analisar

Prever

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As funções da contabilidade (cont.)
 
 Registar - o contabilista tem de realizar o registo dos
documentos que entraram e saíram da empresa, por exemplo:
faturas referentes a vendas e a compras, os recebimentos e os
pagamentos, recibos dos vencimentos, entre outros.

 Controlar - consiste no controlo dos valores registados, sendo


realizada com base nos documentos registados. O contabilista
e os responsáveis pela empresa analisam os mapas
contabilísticos por forma a poderem controlar a atividade da
empresa.
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As funções da contabilidade (cont.)
 Avaliar - corresponde à quantificação do património da
empresa, ou seja, ao valor atribuído aos bens, aos direitos e às
obrigações.

 Analisar - é feita recorrendo aos dados contabilísticos, pois


estes permitem relacionar valores que indiciam qual a situação
económica e financeira da empresa.

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As funções da contabilidade (cont.)
Com base nesses indicadores ou rácios os
administradores/gestores irão “diagnosticar” a “saúde” da
empresa, o que lhes permitirá tomar decisões baseadas em
dados concretos e fiáveis.

por último

Prever - com base em documentos chamados orçamentos,


elaborados a partir de dados fornecidos pela contabilidade não
só da empresa mas também de outras empresas.

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Divisões da contabilidade
Quando falamos em Contabilidade geralmente referimo-nos à
Contabilidade Geral, ou seja, a contabilidade mais simples que é
realizada com base nas operações com terceiros.
Este é o tipo de contabilidade exigido pelo Estado às empresas que têm
contabilidade organizada.

 Contabilidade divide-se em:


 Contabilidade Geral incide sobre as operações de natureza comercial
ou financeira e regista as operações com terceiros.
 
 Contabilidade Analítica ou Contabilidade de Custos, é utilizada
principalmente pelas empresas industriais,
permite aos interessados saberem por produto ou por centro de 12
custos, o valor total gasto num determinado período.
Divisões da contabilidade

   Contabilidade Orçamental, a qual tem por base os valores reais


da contabilidade geral e da contabilidade analítica e tem por
objetivo a previsão dos valores futuros, permitindo aos
administradores/gestores a tomada de decisões sobre a
atividade futura da empresa.

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A Normalização Contabilística em Portugal

 Até 1977 não existia em Portugal um Plano Oficial de Contabilidade


aprovado.
 
 As empresas organizavam o seu próprio plano de contas de acordo
com as suas necessidades. Esta situação tornava-se insustentável e
dificultava o entendimento e comparação entre as diferentes peças
contabilísticas.

A normalização contabilística veio colocar um ponto final a toda a


indisciplina de procedimentos introduzindo uma uniformização no
que respeita à designação das contas, regras de movimentação e
mapas contabilísticos.
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A Normalização Contabilística em Portugal

Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro - são princípios de


contabilidade que constituem regras a observar na preparação e
apresentação das demonstrações financeiras.

 Em 1977 é aprovado o primeiro Plano Oficial de Contabilidade – POC.


 
 A uniformização que o POC veio trazer à Contabilidade permite que seja fácil
analisar os mapas contabilísticos, assim como permite comparar empresas, o
que não acontecia no passado, quando não existiam regras e cada contabilista
registava as operações realizadas pela empresa à sua maneira, o que dificultava
a sua análise por terceiros.

  Com a entrada de Portugal para a União Europeia (UE) surgiu a necessidade de


se proceder à reestruturação do POC de acordo com as diretivas comunitárias.
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A Normalização Contabilística em Portugal

 Diretiva contabilística é um instrumento legislativo que obriga


os estados-membros da UE a incorporarem as suas normas nas
legislações nacionais.
O prazo para esta adaptação é em regra de dois anos.

Em, 1990 e 1991 o POC é adaptado à 4.ª e 7.ª diretivas da UE.

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A Normalização Contabilística em Portugal
Atualmente as técnicas contabilísticas baseiam-se no Decreto-Lei n.º 410/89, de 21
de novembro, no Decreto-Lei n.º 238/9, de 2 de Julho e no Decreto-Lei n.º 35/2005,
de 17 de fevereiro.

A planificação e a normalização contabilística apresentam as seguintes vantagens:


  Informações mais precisas e Consequência da utilização de
uniformes procedimentos contabilísticos comuns a
todas as empresas
Confiança e transparência das Consequência da utilização de uma
informações terminologia uniforme, bem como de
conceitos, regras, contas, peças
contabilísticas
Estatísticas mais credíveis Os elementos obtidos são mais exatos e
de análise mais fácil
Uniformização do ensino da Facilita o ensino e a aprendizagem dos
Contabilidade conceitos e técnicas contabilísticas
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A Normalização Contabilística em Portugal

Algumas desvantagens:
 
 Todas as empresas estão sujeitas às mesmas regras ou normas,
independentemente da sua dimensão, atividade e natureza
jurídica;

 Existe menos motivação para a inovação e investigação


contabilística, uma vez que as regras existentes são de
cumprimento obrigatório.

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O que é o Sistema de Normalização Contabilística (SNC)?

O Sistema de Normalização Contabilística (SNC), é composto


pelos seguintes instrumentos:

 Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras


(BADF) ;
 Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF);

 Código de contas (CC) ;

 Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF);

 Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas


Entidades (NCRF – PE);
 Normas Interpretativas (NI). 19
O SNC cria três níveis de estrutura normativa contabilística
 
Estes níveis intermutáveis e integrados são os seguintes:

1.º nível - Aplicação das normas internacionais de contabilidade (IAS/IFRS) - tal como
adotadas na União Europeia;

2.º nível - Aplicação das normas de contabilidade e relato financeiro (NCRF) - normas
nacionais que se aplicam a empresas com um menor grau de divulgações tendo em conta o
facto de as suas contas não se dirigirem aos investidores em mercados regulamentados;

3.º nível - (Regime Simplificado) Aplicação de normas de Contabilidade e Relato financeiro


para pequenas entidades (NCRF-PE) - normas que correspondem a uma simplificação
adicional das NCRF. Neste nível enquadram-se as PME’s cuja dimensão não ultrapasse dois
dos três limites seguintes:
1.000.000,00 € de total de vendas líquidas e outros proveitos;
500.000,00 € de total de balanço;
20 Trabalhadores (número médio durante o exercício).
  20
NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro

 
A partir do ano de 2005, as empresas cotadas em bolsa passaram a ser
obrigadas a utilizar as normas internacionais de contabilidade (NIC’s).

Objetivos:
 A necessidade da linguagem universal para a contabilidade implica
que a mensuração de ativos e passivos seja efetuada pelos mesmos
critérios;

 As normas de relato financeiro sejam as mesmas para que um


investidor possa avaliar uma empresa independentemente do seu
enquadramento económico, financeiro ou social. 21
NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro

 
 Para as restantes empresas não cotadas, cada país
produziu as suas normas, baseadas nas NIC’s.

Em Portugal designa-se por NCRF - Normas


Contabilísticas e de Relato Financeiro.

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NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro

 
 Para as restantes empresas não cotadas, cada país
produziu as suas normas, baseadas nas NIC’s.

Em Portugal designa-se por NCRF - Normas


Contabilísticas e de Relato Financeiro.

Ver quadro

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 Constata-se assim que as NCRF são uma adaptação
das NIC’s

 Paraas Pequenas Entidades existirá apenas uma


norma (embora dividida por vários capítulos)
designada por NCRF-PE.  

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NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato
Financeiro para Pequenas Entidades
 
A NCRF-PE (Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades)
condensa os principais aspetos de reconhecimento, mensuração e divulgação extraídos
das correspondentes NCRF, com exceção das seguintes:

 NCRF 2 – Demonstração de Fluxos de Caixa


 NCRF 5 – Divulgação de Partes Relacionadas

 NCRF 8 – Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais


descontinuadas
 NCRF 11 – Propriedades de Investimento

 NCRF 12 – Imparidade de Ativos

 NCRF 13 – Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas

 NCRF 14 – Concentrações de Atividades Empresarias

 NCRF 15 – Investimentos em Subsidiárias e Consolidação

 NCRF 16 – Exploração e avaliação de recursos minerais

 NCRF 24 – Acontecimentos Após a Data do Balanço 25


Modelos de Demonstrações Financeiras previstos no
SNC

Os modelos de demonstrações financeiras do SNC são:


 O balanço;
 A demonstração dos resultados;
 A demonstração das alterações no capital próprio;
 A demonstração dos fluxos de caixa;
 O anexo.
De salientar que a demonstração das alterações no capital
próprio e a demonstração dos fluxos de caixa não serão
obrigatórios para Pequenas Entidades.
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As principais mudanças de conceitos

O SNC vai exigir maior domínio de conceitos e menor conhecimento das regras de registo
contabilístico, comparativamente com o POC.
A contabilização e a geração da informação financeira são essencialmente baseadas em
conceitos expressos nas normas NCRF.
Apresentam-se alguns dos novos conceitos introduzidos pelo SNC, face ao que se
conhecia no POC:

  Classificação de ativos e passivos

  Gastos e Rendimentos

  Reconhecimento e mensuração

  Imparidade

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  Reversões.
Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF)

 São publicados, através de Portaria, os modelos para as seguintes


demonstrações financeiras:

A. Balanço;
B. Demonstração dos resultados (por natureza e por funções);
C. Demonstrações das alterações no capital próprio;
D. Demonstração dos fluxos de caixa;
E. Anexo

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A - Balanço

Da estrutura do Balanço resultam três elementos básicos:


 Ativo

 Passivo

 Capital Próprio

ver modelo

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Classificação de ativos e passivos

  Ativo

É um recurso controlado pela empresa de que


se espera um influxo de benefícios económicos
futuros para a empresa, originado por eventos
passados.

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Ativo corrente

Verifica um destes pressupostos:

 Espera-se que seja vendido ou consumido num ciclo operacional;


 Detido com a finalidade de ser negociado;
 É caixa ou equivalente de caixa;
 Espera-se que seja realizada num período até 12 meses da data do balanço;
 Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado.

Estes ativos podem ser:


Inventários (existências);
Ativos financeiros – dinheiro, ações, clientes a receber.

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Ativo corrente

Verifica um destes pressupostos:

 Espera-se que seja vendido ou consumido num ciclo operacional;


 Detido com a finalidade de ser negociado;
 É caixa ou equivalente de caixa;
 Espera-se que seja realizada num período até 12 meses da data do balanço;
 Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado.

Estes ativos podem ser:


Inventários (existências);
Ativos financeiros – dinheiro, ações, clientes a receber.

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Ativo não corrente

São o inverso do anterior. Podem ser:


 Ativos biológicos;

 Ativos fixos tangíveis;

 Ativos fixos intangíveis;

 Locações;

 Propriedades de investimento;

 Ativos contingentes;

 Ativos detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas.

Estes ativos podem ser:


 Máquinas;

 Patentes e direitos. 33
Passivo

É uma obrigação presente da empresa de que se espera


um exfluxo de recursos da empresa, originado por
eventos passados.

Deve-se ter sempre presente a distinção entre uma


obrigação presente e um compromisso futuro.

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Passivo Corrente

Verifica um destes:
 Espera-se que seja liquidado num ciclo operacional;

 Detido com a finalidade de ser negociado;

 Deva ser liquidado num período até 12 meses da data do balanço;

 A entidade não tenha “um direito incondicional de diferir a


liquidação do passivo a mais de 12 meses de data de fim do
balanço”.

Os passivos correntes podem ser: 


 Fornecedores;

 Empréstimos/Financiamentos a menos de 3 meses. 35


Passivo Não Corrente

 Empréstimos/Financiamentos concedidos de longo prazo;


 Obrigações.

Os passivos Não correntes podem ser: 


 Empréstimos/Financiamentos concedidos de longo prazo;

 Obrigações.

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Capital Próprio

É o interesse residual nos ativos depois de deduzir


todos os seus passivos.

ou seja,

Ativos – Passivos

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EM RESUMO:
 O Balanço é uma igualdade entre dois membros:

Ativo = Passivo + Capital Próprio

 O primeiro membro contém o Ativo


 O segundo membro contém o Capital Próprio e o Passivo

 O Capital Próprio é igual à diferença entre o Ativo e o Passivo

 O Balanço está sempre referido a uma determinada data e a


uma determinada entidade.

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B – Demonstração dos Resultados

B 1 – Por Naturezas
É uma Demonstração financeira que reflete todos os rendimentos
auferidos pela entidade, bem como todos os gastos suportados
por essa mesma entidade em determinado período.

Da comparação entre os rendimentos auferidos e os gastos


suportados obtém-se o resultado da entidade no período.

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Rendimentos
São aumentos dos benefícios económicos durante o período
contabilístico na forma de influxos ou aumentos de ativos ou
diminuições de passivos que resultem em aumentos no capital
próprio.

Gastos
São diminuições dos benefícios económicos durante o período
contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos de ativos
ou na incorrência de passivos que resultem em diminuições do
capital próprio.

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Em resumo:

- o resultado do período resulta da diferença entre os rendimentos


auferidos e os gastos suportados pela empresa, após a dedução do
Imposto sobre o rendimento do período.

- Se os rendimentos são maiores de que os gastos, em determinado


período, a empresa obtém Lucro.

- Na demonstração dos resultados existe uma igualdade:

Rendimentos = Gastos + Resultados Líquidos Período + Imposto


s/Rendº do período
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B 2 – Por Funções

ver modelo reduzido

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D – Demonstrações dos Fluxos de caixa

ver modelo

As pequenas entidades estão dispensadas de apresentar a


Demonstração dos Fluxos de Caixa

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E – Anexo

O anexo foi aprovado pela Portaria nº 986/2009, de 7 de setembro.

É parte integrante do conjunto de Demonstrações Financeiras onde se


divulgam as bases de preparação das Demostrações Financeiras e políticas
contabilísticas adotadas.

ver modelo

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Código de Contas

Foi publicado pela Portaria nº 1011/2009, no DR, nº 175, série I, de 9 de setembro


de 2009.

O Código de Contas, contêm:


a)O quadro-síntese de contas
b)O Código de Contas (lista codificada de contas)
c)Notas de enquadramento.

O quadro de contas é composto por uma relação de contas.

As contas das classes 1, 2, 3, 4 e 5 são as integrantes do Balanço.

As classes 6 e 7 permitem a elaboração da Demonstração dos resultados, fazendo

as da classe 8 a ligação entre as duas Demonstrações Financeiras .

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Representação das contas e das subcontas

a) Riscado Bilateral
Deve Título da Conta Haver

a) b) c) d) a) b) c) d’)
ano mês descrição importância ano mês descrição importância

Neste tipo de traçado, o espaço destinado à conta está dividido em duas partes
iguais: uma para o Deve e outra para o Haver

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Representação das contas e das subcontas
a) Riscado Unilateral
São utilizados dois tipos de traçado unilateral.

1.
Título da conta
Data Operações Deve Haver Saldos
D/C Importância

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2.

Título da conta
Data Operações Deve Haver Saldos
Devedores Credores

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