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Introdução ao
Tema

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??

O que é a contabilidade?

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Contabilidade
Ciência e técnica que fornece informação útil para o processo de
tomada de decisões económicas;

Estuda o património e apresenta os resultados através de documentos


contabilísticos ou financeiros.

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Objetivos da contabilidade
Registar, sistematizar e documentar os atos e fatos de natureza
económico-financeira que afetam uma organização (pública ou privada).

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Tipos de contabilidade
Contabilidade Geral

Contabilidade de Custos ou Analítica

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Contabilidade Geral
VS Contabilidade
de Custos

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Contabilidade Geral Contabilidade de Custos
• Stakeholders • Pessoas internas à organização,
Internos - nomeadamente: trabalhadores,
sócios/accionistas gestores, controllers…
Destinatários da informação
Externos - fornecedores,
bancos, AT…

• Informar Stakeholders • Feedback acerca das decisões


internos e externos sobre tomadas pelos gestores e em
performance financeira simultâneo fornecer dados que
Objectivos da informação passada/atual da organização. permitam efectuar o controlo da
performance operacional. (custo do
produto)

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  Contabilidade Geral Contabilidade de Custos

• Apenas são fornecidos dados


financeiros altamente agregados; • São fornecidos dados operacionais e
• Apresentando a situação físicos acerca dos processos;
Tipo e âmbito da informação financeira da empresa como um • A informação é desagregada ao nível do
todo; produto e/ou do sector permitindo obter
informações sobre acções individuais;

• Não é regulamentada;
• Os SI são definidos internamente de
• A contabilidade é regulamentada, forma a satisfazer as necessidades
com regras específicas definidas estratégicas e operacionais da
Natureza da informação
por princípios contabilísticos organização;
(SNC). • Subjectiva e sujeita a diferentes
interpretações mas em simultâneo é mais
relevante para a gestão.

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Contabilidade e Fiscalidade

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Contabilidade e Fiscalidade
Funcionam como peças complementares;

Estão intimamente ligadas aos números da empresa;

Atuam com as informações geradas a partir do dia-a-dia das transações


da empresa.

Contabilidade é independe da fiscalidade!

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Contabilidade VS Fiscalidade
CONTABILIDADE FISCALIDADE

 Cumprir corretamente com as  Aplicar os Códigos na entrega das


Normas Contabilísticas de Relato obrigações fiscais.
Financeiro.

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Contabilidade e fiscalidade
“ (...) A relação entre a fiscalidade e a contabilidade parece, assim,
pautada mais pela interferência da primeira na segunda, o que poderá
desviar a contabilidade da prossecução do seu objetivo(...)”

João Miguel Gonçalves da Silva,ROC

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As empresas e os profissionais
da contabilidade
A função do contabilista é uma atividade indispensável para a boa
execução da gestão de uma empresa;

É praticamente impossível planear o futuro da empresa se o gestor não


tiver em mãos os dados corretos e detalhados das transações efetuadas
nos últimos tempos;

A contabilidade cuida do relacionamento da empresa, com a Autoridade


Tributária, certificando-se que todas as obrigações estão a ser cumpridas
dentro do prazo legal.

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Normalização Contabilística
em Portugal
No século XIX foram desenvolvidas várias iniciativas com impacto nas
práticas contabilísticas, a vários níveis;

O processo de normalização contabilística em Portugal apenas tem


início já em pleno século XX.

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Normalização contabilística
em Portugal
1ª etapa: aprovação do Código de Contribuição Industrial (CCI), em 1963;

2ª etapa: aprovação do primeiro Plano Oficial de Contabilidade (POC), em


1977;

3ª etapa: aprovação do POC na sua segunda versão, ajustada em 1989;

4ª etapa: aprovação do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), em 2009

5ª etapa: reformulação do SNC, através da publicação do Decreto-Lei nº


98/2015, de 2 de junho de 2015.

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Sistema de normalização
contabilística (SNC)
O Sistema de Normalização Contabilística (SNC) é o modelo de
normalização contabilística em vigor e consiste num conjunto de
normas coerentes com as normas internacionais de contabilidade na
União Europeia.

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Entrada em vigor do SNC
O Sistema de Normalização Contabilística (SNC) foi publicado através
do decreto lei 158/2009 e veio revogar o Plano Oficial de Contabilidade
(POC).

O SNC foi de aplicação obrigatória no primeiro exercício que se inicie


em ou após 1 de Janeiro de 2010.

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Obrigatoriedade do SNC
Empresas abrangidas pelo Código das Sociedades Comerciais;

Empresas públicas (SNC- AP);

Cooperativas;

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SNC - estrutura normativa
contabilística:
1º nível - Aplicação das normas internacionais de contabilidade (IAS/IFRS) - adotadas

na União Europeia.

Objetivos:

o A necessidade da linguagem universal para a contabilidade implica que a mensuração de

ativos e passivos seja efetuada pelos mesmos critérios;

o As normas de relato financeiro sejam as mesmas para que um investidor possa avaliar uma

empresa independentemente do seu enquadramento económico, financeiro ou social.

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SNC - estrutura normativa
contabilística:
2º nível - Aplicação das normas contabilísticas e relato financeiro NCRF.

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Correspondência entre a
NCRF e o IAS/IFRS
Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro N.IASB
NCRF 1 - Estrutura e Conteúdo das Demonstrações IAS 1
Financeiras
NCRF 2 - Demonstração de Fluxos de Caixa IAS 7
NCRF 4 - Políticas Contabilísticas, Alterações nas IAS 8
Estimativas Contabilísticas e Erros
NCRF 5 - Divulgações de Partes Relacionadas IAS 24 
NCRF 6 - Ativos Intangíveis  IAS 38
NCRF 7 - Ativos Fixos Tangíveis IAS 16 
NCRF 9 - Locações IAS 17 
NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos IAS 23 
NCRF 11 - Propriedades de Investimento IAS 40 
NCRF 12 - Imparidade de Ativos IAS 36
NCRF 14 - Concentrações de Atividades IFRS 3
Empresariais
NCRF 15 - Investimentos em Subsidiárias e IAS 27
Consolidação
NCRF 26 - Matérias Ambientais -
NCRF 27 - Instrumentos Financeiros IAS 32+39+7
NCRF 28 - Benefícios dos Empregados IAS 19 

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SNC - estrutura normativa
contabilística:
3º nível - (Regime Simplificado) Aplicação de normas de Contabilidade
e Relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE) /
Microentidades (NCRF-ME)

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SNC - estrutura normativa
contabilística:
As NCRF-PE condensam os principais aspetos de reconhecimento, mensuração e divulgação
extraídos das correspondentes NCRF, com exceção das seguintes:
NCRF 2 – Demonstração de Fluxos de Caixa
NCRF 5 – Divulgação de Partes Relacionadas
NCRF 8 – Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
NCRF 11 – Propriedades de Investimento
NCRF 12 – Imparidade de Ativos
NCRF 13 – Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas
NCRF 14 – Concentrações de Atividades Empresarias
NCRF 15 – Investimentos em Subsidiárias e Consolidação
NCRF 16 – Exploração e avaliação de recursos minerais
NCRF 24 – Acontecimentos após a data do Balanço

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Resumo

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Normativo
Decreto-Lei n.º 158/2009 - Decreto-Lei n.º 98/2015
◦ microentidades vs. pequenas entidades vs. médias entidades vs. grandes
entidades

Decreto-Lei 372/2007
◦ micro empresa vs. pequena empresa vs. média empresa

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Normativo
A terminologia é diferente para efeitos de SNC e para efeitos de qualificação nos

termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 06 de novembro.

Importa perceber bem que os objetivos destas qualificações são distintos.

Os próprios limites também são diferentes e a forma da sua aplicação não é igual.
Não confundir!

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Decreto-Lei n.º 158/2009
Decreto-Lei n.º 98/2015
Para efeitos de SNC, os limiares estão definidos no Decreto-Lei n.º
158/2009, de 13 de julho, com as mais recentes alterações no Decreto-
Lei n.º 98/2015 de 2 de junho.

A categorização das entidades, conforme limites previstos no artigo


9.º, e regras dos artigos 9.º-A, 9.º-C e 9.º-D, destina-se a definir o
normativo contabilístico que por obrigação (ou opção) cada empresa
adota.

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Decreto-Lei n.º 158/2009
Decreto-Lei n.º 98/2015

NCRF-ME – Norma Contabilística e de Relato Financeiro para


Microentidades

NCRF-PE – Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas


Entidades

NCRF – Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro;

NCRF-ESNL – Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Ent.


Setor Não Lucrativo

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Critérios Aplicação Normativo
Após 1 de janeiro de 2016 as categorias de entidades para efeitos
contabilísticos passaram a ter novos limites, face à nova redação do
artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 158/2009, com a redação dada pelo
Decreto-Lei n.º 98/2015, de 2 de junho.

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Critérios Aplicação Normativo A partir de 1jan2016
Total balanço 350 000,00 €
Micro entidades Volume negócios líquido 700 000,00 €
N.º médio empregados 10
Total balanço 4 000 000,00 €
Pequenas Volume negócios líquido
Entidades 8 000 000,00 €

N.º médio empregados 50


Total balanço 20 000 000,00 €
Médias
Entidades Volume negócios líquido 40 000 000,00 €
N.º médio empregados 250
Total balanço
Ultrapassem dois
Grandes
Volume negócios líquido dos três limites das
Entidades médias entidades
N.º médio empregados

*As entidades de interesse público são sempre consideradas grandes entidades.

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Critérios Aplicação Normativo
**Dois períodos consecutivos imediatamente anteriores sejam
ultrapassados dois dos três limites enunciados, as entidades deixam de
poder ser consideradas na respetiva categoria, a partir do terceiro
período, inclusive.

***Caso deixem de ultrapassar dois dos três limites enunciados para a


respetiva categoria nos dois períodos consecutivos imediatamente
anteriores.

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Aplicação do Normativo
Categorias de
entidades NCRF Aplicação

Microentidades Norma contabilística para As microentidades podem optar pela aplicação das NCRFs ou da NCRF-
microentidades (ME) PE.

Norma contabilística e de
Pequenas relato financeiro para
Entidades pequenas entidades (NCRF- Alternativa optar pelas NCRFs.
PE)

As ESNL podem optar pela aplicação do conjunto das NCRF ou pela


aplicação das normas internacionais
Entidades Setor de contabilidade adotadas nos termos do artigo 3.º do Regulamento (CE)
Não Lucrativo Norma contabilística e de n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho de
(ESNL) relato financeiro para 2002, desde que observado o disposto no artigo 4.ºdo DL. 98/2015, de
entidades do setor não 02- 06-15
lucrativo (NCRF-ESNL)

Grandes Normas contabilísticas e de


Entidades relato financeiro (NCRF) Obrigatoriedade das NCRFs

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Aplicação NORMATIVO
Rubrica Microentidades Pequena Entidade Grande/Média Entidade

Custo de Empréstimos Gasto do Período Capitalizado no Ativo (§10.2 Capitalizado no Ativo (NCRF
Obtidos (§ 10.2ME) NCRF-PE) 10)

PF em Associadas e Opção pelo MEP (§17.7 MEP (NRCF


Subsidiárias Custo NCRF-PE) 14)

AFI - Depreciações Quotas N/A (§8.15 Opção Opção


Degressivas ME) (§8.18 NCRF-PE) (§62 NCRF 6)

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Aplicação do Normativo Nível
FISCAL
Interligando com as declarações fiscais, o normativo contabilístico adotado por
cada empresa é informado no anexo A da IES (ou anexo I, se categoria B do IRS
com contabilidade organizada).

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Decreto-Lei n.º 372/2007
Uma qualificação meramente económica e em nada interfere com os
normativos contabilísticos.

O estatuto de micro, pequena ou média empresa é relevante no


âmbito da aplicação de algumas disposições do Código do IRC, de
alguns benefícios fiscais em sede de IRC.

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Decreto-Lei n.º 372/2007
Certificação por via eletrónica de micro, pequenas e médias empresas;

Permite aferir o estatuto de micro, de pequena ou de média empresa


de qualquer empresa interessada em obter tal qualidade

A certificação prevista no decreto-lei compete ao IAPMEI, I. P., o qual


disponibiliza os formulários electrónicos no seu portal na Internet -
www.iapmei.pt, garantindo a sua fiabilidade e segurança.

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Decreto-Lei n.º 372/2007

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Decreto-Lei n.º 372/2007
Segundo o artigo 4.º da Recomendação n.º 2003/361/CE, da Comissão
Europeia, os dados considerados para o cálculo dos efetivos e dos
montantes financeiros são os do último exercício contabilístico
encerrado, calculados numa base anual.

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Decreto-Lei n.º 372/2007
Se uma empresa verificar, na data de encerramento das contas, que
superou ou ficou aquém, numa base anual, do limiar de efetivos ou dos
limiares financeiros, esta circunstância não a faz adquirir ou perder a
qualidade de média, pequena ou microempresa, salvo se tal se repetir
durante dois exercícios consecutivos.

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Aplicação do Normativo Nível
FISCAL
Quando no quadro 3-A da declaração modelo 22 se indica a
qualificação da empresa nos termos do anexo ao Decreto-Lei n.º
372/2007, deve apenas ter-se em conta esta classificação, em função
dos respetivos limites e regras de aplicação.

O preenchimento do quadro 3-A da declaração modelo 22 não tem


nada a ver com limites do SNC nem com normativo contabilístico
utilizado pela empresa.

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EM SUMA…
Uma microentidade (SNC) pode, segundo o Decreto-Lei n.º 372/2007
ser considerada uma média empresa; ou

Uma micro empresa (Decreto-Lei n.º 372/2007) pode estar a aplicar a


Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades
(NCRF-PE), ou as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF);

Para além de outras combinações possíveis entre as classificações dos


dois normativos

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Composição SNC
O SNC é composto pelos seguintes instrumentos:
◦ Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF)

◦ Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF)

◦ Código de Contas (CC)

◦ Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF)

◦ Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF-PE)

◦ Normas Interpretativas (NI)

◦ Estrutura Conceptual ***

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Bases para a Apresentação de Demonstrações
Financeiras (BADF)
Estabelecem os requisitos globais e que permitem assegurar a
comparabilidade, quer com as demonstrações financeiras de períodos
anteriores da empresa quer com as de outras empresas.

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Princípios das DF’S
Assim, ao preparar as suas demonstrações financeiras, a empresa deve
ter em conta os seguintes princípios essenciais:
    • Continuidade;
    • Regime de periodização económica (acréscimo);
    • Consistência de apresentação;
    • Materialidade e agregação;
    • Compensação;
    • Informação comparativa.

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Princípio da continuidade
As demonstrações financeiras devem ser reparadas no pressuposto da
entidade em continuidade, a menos que o órgão de gestão pretenda
liquidar a entidade ou cessar de negociar, ou não tenha alternativa
realista a não ser fazer isso.

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Regime do acréscimo
As demonstrações financeiras, exceto a demonstração de fluxos de
caixa, devem ser apresentadas no regime contabilístico do acréscimo.

Ao ser usado o regime contabilístico de acréscimo, os itens são


reconhecidos como ativos, passivos, capital próprio, rendimentos e
gastos (os elementos das demonstrações financeiras) quando no ano a
que dizem respeito.

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Consistência de apresentação
A apresentação e classificação de itens nas demonstrações financeiras
deve ser mantida de um período para outro, salvo se:
◦ uma alteração significativa na natureza das operações da entidade ou uma
revisão das respetivas demonstrações financeiras; ou
◦ uma NCRF estabeleça uma alteração na apresentação.

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Materialidade e agregação
As demonstrações financeiras resultam do processamento de grandes
números de transações ou outros acontecimentos que são agregados
em classes de acordo com a sua natureza ou função.

Aplicar o conceito de materialidade significa que um requisito


específico de apresentação ou divulgação, decorrente de uma norma
contabilística, não necessita de ser satisfeito se a informação não for
materialmente relevante.

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Compensação
Os ativos e passivos, e os rendimentos e gastos, não devem ser
compensados exceto quando tal for exigido ou permitido por uma
NCRF.

 É importante que os ativos e passivos, e os rendimentos e gastos,


sejam separadamente relatados.

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Informação comparativa
A menos que uma NCRF o permita ou exija de outra forma, informação
comparativa deve ser divulgada com respeito ao período anterior para
todas as quantias relatadas nas demonstrações financeiras.

A informação comparativa deve ser incluída para a informação


narrativa e descritiva quando for relevante para uma compreensão das
demonstrações financeiras do período corrente.

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Modelos das Demonstrações
Financeiras
São relatórios que apresentam a posição patrimonial e os resultados
de uma empresa num determinado momento.

São publicados por Portaria do Ministro das Finanças.

É abordada assim a necessidade de existência de formatos


padronizados.

NCRF 1  -  Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras

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Modelos das Demonstrações
Financeiras
Balanço;

Demonstração de Resultados;

Demonstração de Alterações do Capital Próprio;

 Demonstração de Fluxos de Caixa;

O Anexo.

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Demonstrações Financeiras

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Aplicação do Normativo
Elementos Prestação de Contas NCRF NCRF PE ME
Relatório de Gestão

Anexo ao Relatório de Gestão * *


Balanço **+ **
Demonstração dos Resultados ** **
Demonstração dos Fluxos de Caixa

Demonstração de alterações no capital próprio

Anexo **
* Apenas nas S.As.
** Modelos Reduzidos

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Balanço
O Balanço é um instrumento contabilístico que reflete a situação
económico financeira da empresa, onde os pontos fortes e fracos são
evidenciados.

O Balanço representa a situação patrimonial da empresa (ativos, dívida


e capital) num determinado momento de tempo.

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Balanço - Estrutura
ATIVO -  inclui tudo aquilo que a  empresa possui e que é susceptível de ser avaliado em
dinheiro - disponibilidades (dinheiro em numerário, depósitos bancários e títulos
negociáveis), créditos sobre clientes, stocks de mercadorias, equipamentos, instalações, etc.  

PASSIVO - é o conjunto de fundos obtidos externamente pela empresa, seja através de


empréstimos, seja através do diferimento de pagamentos (aos fornecedores, ao Estado,
etc.).

CAPITAL PROPRIO - que corresponde ao capital pertencente aos sócios. Ou seja, representa
o valor do investimento realizado  pelos proprietários adicionado dos lucros (ou deduzido de
eventuais prejuízos) obtidos ao longo dos exercícios passados e do exercício corrente.

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Balanço - Estrutura
Existe uma relação fundamental que tem que verificar-se
obrigatoriamente no Balanço:  

Ativo = Passivo + Capital Próprio

Esta expressão constitui o princípio básico da contabilidade.


o A aquisição do património da empresa (ativo) tem que ser financiada por
 capitais dos sócios (capital próprio) ou por capitais alheios (passivo).

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Anexo I – Balanço (moodle)

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Demonstração de resultados
A Demonstração de Resultados é uma peça financeira que nos permite
apurar/avaliar o desempenho económico, através da rendibilidade
operacional e líquida do volume de negócios e onde é evidenciada a
formação dos resultados através da síntese entre os rendimentos e os
ganhos (proveitos) e dos gastos e perdas (custos).

As rubricas a incluir na face da demonstração de resultado constam do


respetivo modelo publicado em Portaria, existindo modelos reduzidos.

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Demonstração de resultados
Demonstração de Resultados por natureza

Demonstração de Resultados por funções

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Demonstração de resultados
Demonstração de Resultados por natureza - A divisão por naturezas, como o
próprio nome indica, prende-se com o facto de as rubricas estarem agrupadas em
função da natureza dos gastos e rendimentos.

Demonstração de Resultados por funções -  agregação dos valores é efetuada


tendo em conta a sua função na empresa, teremos então, entre outros, custos de
distribuição, administrativos, financeiros, proveitos financeiros ou extraordinários.

oO SNC postula a obrigatoriedade de elaboração demonstração por Naturezas,

ficando ao critério da entidade elaborar a Demonstração dos Resultados


por Funções se assim houver por bem.

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Anexo II – DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADOS POR
NATUREZAS/FUNÇÕES(moodle)

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Demonstração de Alterações
do Capital Próprio
A Demonstração das Alterações no Capital Próprio (DACP) tem como
objetivo dar a conhecer as alterações ocorridas no capital próprio
durante o exercício económico.

As rubricas a incluir na face da demonstração das alterações no capital


próprio constam do respetivo modelo publicado em Portaria, não
existindo modelo reduzido.

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ANEXO III – DACP (moodle)

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Demonstração de Fluxos de
Caixa
O objetivo da demonstração de fluxos de caixa (DFC) é proporcionar
informação sobre os recebimentos e pagamentos em dinheiro (numerário,
depósitos à ordem) no decurso da atividade corrente e operacional da
empresa, bem como evidenciar as aplicações de dinheiro da empresa em
investimentos e a obtenção de recursos monetários através de
financiamentos para a empresa se adaptar às necessidades e
oportunidades futuras.

NCRF 2 - Demonstração de Fluxos de Caixa

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Demonstração de Fluxos de
Caixa
A Demonstração de Fluxos de Caixa regista simplesmente o fluxo do
dinheiro.

É muito mais difícil manipular esta informação comparada com as


outras demonstrações, no limite bastaria analisar o saldo das contas
bancárias da empresa no início e fim do período para se chegar ao fluxo
líquido de tesouraria.

FORMADORA: CARINA REIS 67


Demonstração de Fluxos de
Caixa
Basicamente, existem duas vertentes quanto ao seu
método:
O método direto - que regista cada uma das transações de entrada e
saída de dinheiro, classificando-as de acordo com a estrutura.

O método indireto - que apura os fluxos de caixa a partir da


demonstração de resultados e de diferenças de saldos de
determinadas rubricas do balanço do período corrente e o período
anterior.

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Demonstração de Fluxos de
Caixa
O método indireto que não é contemplado pela NCRF 2, mas consta
dos parágrafos 18 e 20 da IAS 7 .

Refira-se que o método direto é o mais adequado – parágrafo § 19 da


IAS 7, dado que proporciona informação que pode ser útil na estimativa
de fluxos de caixa futuros.

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Anexo IV - Demonstração de
Fluxos de Caixa (moodle)

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Anexo
O anexo consiste numa detalhada descrição de todos os factos que se

mostrem relevantes na interpretação das demonstrações financeiras.

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Anexo V – Anexo DF

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Código de Contas

Quadro Síntese de Contas

Código de Contas – SNC (Taxonomias)

Notas de enquadramento

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Enquadramento Contas

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Enquadramento Contas

FORMADORA: CARINA REIS 75


Enquadramento Contas

FORMADORA: CARINA REIS 76


Quadro Síntese de Contas –
Anexo VI

FORMADORA: CARINA REIS 77


Código de Contas - SNC
O Código de contas identifica as contas de aplicação específica para
todas as entidades sujeitas ao SNC.

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Código de Contas – Anexo
VII

FORMADORA: CARINA REIS 79


Código de Contas - Classes
◦ Classe 1 – Meios financeiros líquidos

◦ Classe 2 – Contas a receber e a pagar

◦ Classe 3 – Inventários e ativos biológicos

◦ Classe 4 – Investimentos

◦ Classe 5 – Capital, Reservas e Resultados transitados

◦ Classe 6 – Gastos

◦ Classe 7 – Rendimentos

◦ Classe 8 – Resultados

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Código de Contas - SNC
As classes anteriormente descritas são, ainda, constituídas por um
vasto grupo de elementos, tornando-se, pois, necessária a sua divisão
em grupos mais específicos, a que se dá o nome de Conta, a qual tem
um título que dá a conhecer o seu conteúdo e que se expressa em
unidades monetárias.

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Hierarquia das Classes e
Contas do SNC

FORMADORA: CARINA REIS 82


Hierarquia das Classes e
Contas do SNC

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Classe 1 – Meios financeiros
líquidos
Esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos, que
incluem quer o dinheiro e depósitos bancários quer todos os ativos ou
passivos financeiros cujas alterações sejam reconhecidas na
demonstração de resultados.

FORMADORA: CARINA REIS 84


14 — Outros instrumentos
financeiros
Esta conta visa reconhecer os instrumentos financeiros que sejam
mensurados ao justo valor, designadamente os derivados.

Sem prejuízo do disposto na nota sobre a conta 41, excluem -se da


conta 14 os instrumentos financeiros que devam ser mensurados ao
custo, custo amortizado ou método da equivalência patrimonial (classe
2 ou conta 41).

FORMADORA: CARINA REIS 85


Exemplo – detalhe Conta 1

FORMADORA: CARINA REIS 86


Classe 2 – Contas a receber e
a pagar
Esta classe destina -se a registar as operações relacionadas com
clientes, fornecedores, pessoal, Estado e outros entes públicos,
financiadores, acionistas, bem como outras operações com terceiros
que não tenham cabimento nas contas anteriores ou noutras classes
específicas.

Incluem- -se, ainda, nesta classe, os diferimentos (para permitir o


registo dos gastos e dos rendimentos nos períodos a que respeitam) e
as provisões

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21 — Clientes
Regista os movimentos com os compradores de mercadorias, de
produtos e de serviços.

FORMADORA: CARINA REIS 88


218 — Adiantamentos de
clientes
Esta conta regista as entregas feitas à entidade relativas a
fornecimentos a efetuar a terceiros.

Pela emissão da fatura, estas verbas serão transferidas para as


respetivas subcontas da rubrica 211 — Clientes c/c.

FORMADORA: CARINA REIS 89


219, 229, 239, 269 e 279 — Perdas
por imparidade acumuladas
Estas contas registam as diferenças acumuladas entre as quantias

registadas e as que resultem da aplicação dos critérios de mensuração

dos correspondentes ativos incluídos na classe 2, podendo ser

subdivididas a fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentação

em balanço das quantias líquidas.

FORMADORA: CARINA REIS 90


Perdas por imparidade
Consistem na redução do valor contabilístico de um ativo de uma
empresa, de modo a evidenciar uma perda, potencial ou efetiva, de
parte ou da totalidade do seu valor real.
o Perdas por imparidade em inventários

o Perdas por imparidade em créditos

o Perdas por imparidade em dívidas a receber

FORMADORA: CARINA REIS 91


Perdas por imparidade
Todos os anos, a empresa deve avaliar se há indícios de que um ativo

possa estar em imparidade. Para o efeito, deve fazer uma análise

aprofundada de alguns aspetos, entre eles, o estado do ativo (está

obsoleto ou tem danos físicos), o desempenho do ativo (está abaixo do

que era expectável) e a relação do ativo com o mercado (a procura

diminuiu)

FORMADORA: CARINA REIS 92


Perdas por imparidade – Art.
26º e ss
São aceites fiscalmente as seguintes perdas por imparidade:
o As relacionadas com créditos resultantes da atividade normal que no fim do
período sejam considerados de cobrança duvidosa e evidenciados como tal
na contabilidade, quando o risco de incobrabilidade esteja devidamente
justificado; Desde que justificados.

FORMADORA: CARINA REIS 93


Perdas por imparidade – Art.
26º e ss
 Considera-se justificada a incobrabilidade nos seguintes casos:
o Processo de insolvência e de recuperação de empresas ou processo de execução;

o Créditos reclamados judicialmente ou em tribunal arbitral;

o Créditos em mora há mais de seis meses desde a data do respetivo vencimento e existam provas objetivas de
imparidade e de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento, respeitados os seguintes limites:

• 25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;

• 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;

• 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;

• 100% para créditos em mora há mais de 24 meses.

FORMADORA: CARINA REIS 94


Perdas por imparidade – Art.
26º e ss
São aceites fiscalmente as seguintes perdas por imparidade:
o As relativas a recibos por cobrar reconhecidas pelas empresas de seguros;

o As constituídas para risco específico de crédito, em títulos e em outras aplicações, pelas


entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal e pelas sucursais em Portugal de
instituições de crédito e outras instituições financeiras com sede noutro Estado membro da
União Europeia ou do Espaço Económico Europeu;
o As relativas a desvalorizações excecionais verificadas em ativos fixos tangíveis, ativos intangíveis,
ativos biológicos não consumíveis e propriedades de investimento;
o As relativas a inventários até ao limite da diferença entre o custo de aquisição ou de produção
dos inventários e o respetivo valor realizável líquido referido à data do balanço, quando este for
inferior àquele.

FORMADORA: CARINA REIS 95


219, 229, 239, 269 e 279 — Perdas
por imparidade acumuladas
As perdas por imparidade anuais serão registadas nas contas 651 — Perdas por

imparidade — Em dívidas a receber, e as suas reversões (quando deixarem de

existir as situações que originaram as perdas) são registadas nas contas 7621 —

Reversões de perdas por imparidade — Em dívidas a receber.

Quando se verificarem as condições de incobrabilidade que permitam o

desreconhecimento dos ativos a que respeitem as imparidades, as contas em

epígrafe serão debitadas por contrapartida das correspondentes contas da

classe 2.

FORMADORA: CARINA REIS 96


22 — Fornecedores
Regista os movimentos com os vendedores de bens e de serviços, com
exceção dos destinados aos investimentos da entidade.

FORMADORA: CARINA REIS 97


225 — Fornecedores — Faturas
em receção e conferência
Respeita às compras cujas faturas, recebidas ou não, estão por lançar
nas subcontas da conta 221 por não terem chegado à entidade até essa
data ou não terem sido ainda conferidas.

Será debitada por crédito da conta 221, aquando da contabilização


definitiva da fatura.

FORMADORA: CARINA REIS 98


228 — Adiantamentos a
fornecedores
Regista as entregas feitas pela entidade relativas a fornecimentos a
efetuar por terceiros.

Pela receção da fatura, estas verbas serão transferidas para as


respetivas subcontas da conta 221.

FORMADORA: CARINA REIS 99


231 — Remunerações a pagar
O movimento desta conta insere -se no seguinte esquema normalizado:

o1.ª fase — pelo processamento dos ordenados, salários e outras


remunerações, dentro do mês a que respeitem: débito, das respetivas
subcontas de 63 — Gastos com o pessoal, por crédito de 231, pelas quantias
líquidas apuradas no processamento e normalmente das contas 24 — Estado
e outros entes públicos (nas respetivas subcontas), 232 — Adiantamentos e
278 — Outros devedores e credores, relativamente aos sindicatos, consoante
as entidades credoras dos descontos efetuados (parte do pessoal);

FORMADORA: CARINA REIS 100


231 — Remunerações a pagar
o2.ª fase — pelo processamento dos encargos sobre remunerações
(parte patronal), dentro do mês a que respeitem: débito da respetiva
rubrica em 635 — Gastos com o pessoal — Encargos sobre
remunerações, por crédito das subcontas de 24 — Estado e outros
entes públicos a que respeitem as contribuições patronais;

o3.ª fase — Pelos pagamentos ao pessoal e às outras entidades: debitam


-se as contas 231, 24 e 278, por contrapartida das contas da classe 1.

FORMADORA: CARINA REIS 101


Exemplo Processamento
V. Base 1 000,00 €

Subs Alimentação 100,00 €

Seg Social 34,75% (11%+23,75%)


Retenção 11,60%
Sindicatos 1%

FORMADORA: CARINA REIS 102


1ª Fase

FORMADORA: CARINA REIS 103


2ª Fase

FORMADORA: CARINA REIS 104


3ª Fase

FORMADORA: CARINA REIS 105


24 — Estado e outros entes
públicos
Nesta conta registam -se as relações com o Estado, Autarquias Locais e
outros entes públicos que tenham características de impostos e taxas.

FORMADORA: CARINA REIS 106


241 — Imposto sobre o
rendimento
Esta conta é debitada pelos pagamentos efetuados e pelas retenções
na fonte a que alguns dos rendimentos da entidade estiverem sujeitos.

No fim do período será calculada, com base na matéria coletável


estimada, a quantia do respetivo imposto, a qual se registará a crédito
desta conta.

FORMADORA: CARINA REIS 107


242 — Retenção de impostos
sobre rendimentos
Esta conta movimenta a crédito o imposto que tenha sido retido na
fonte relativamente a rendimentos pagos a sujeitos passivos de IRC ou
de IRS, podendo ser subdividida de acordo com a natureza dos
rendimentos.

FORMADORA: CARINA REIS 108


243 — Imposto sobre o valor
acrescentado (IVA)
Esta conta destina -se a registar as situações decorrentes da aplicação do Código do Imposto sobre
o Valor Acrescentado.

2432 - IVA ‐ DEDUTIVEL
o 24321 - EXISTENCIAS
o 243211

o 2432111XX

o 24322 - IMOBILIZADO
o 243221

o 2432211XX

o 24323 – OBS
o 243231

o 243231XX

FORMADORA: CARINA REIS 109


243 — Imposto sobre o valor
acrescentado (IVA)
2433 - IVA ‐ LIQUIDADO
o 24331 – OPERAÇÕES GERAIS

o 24332 – AUTOCONSUMO

FORMADORA: CARINA REIS 110


Exemplo – detalhe Conta 24

FORMADORA: CARINA REIS 111


Exemplo – detalhe Conta 24

FORMADORA: CARINA REIS 112


Exemplo – detalhe Conta 24

FORMADORA: CARINA REIS 113


271 — Fornecedores de
investimentos
Regista os movimentos com vendedores de bens e serviços com
destino aos investimentos da entidade.

FORMADORA: CARINA REIS 114


2712 — Faturas em receção e
conferência
Respeita às aquisições cujas faturas, recebidas ou não, estejam por
lançar na conta 2711 — Fornecedores de investimentos — contas gerais
por não terem chegado à entidade até essa data ou não terem sido
ainda conferidas.

Será debitada por crédito da conta 2711, aquando da contabilização


definitiva da fatura.

FORMADORA: CARINA REIS 115


2713 — Adiantamentos a
fornecedores de investimentos
Regista as entregas feitas pela entidade relativas a fornecimentos, sem
preço fixado, de investimentos a efetuar por terceiros.

 Pela receção da fatura, estas verbas serão transferidas para as


respetivas contas na rubrica 2711 — Fornecedores de investimentos —
contas gerais.

FORMADORA: CARINA REIS 116


272 — Devedores e credores
por acréscimos
Estas contas registam a contrapartida dos rendimentos e dos gastos
que devam ser reconhecidos no próprio período, ainda que não tenham
documentação vinculativa, cuja receita ou despesa só venha a ocorrer
em período ou períodos posteriores.

FORMADORA: CARINA REIS 117


273 — Benefícios pós -
emprego
Regista as responsabilidades da entidade perante os seus
trabalhadores ou perante a sociedade gestora de um fundo autónomo.

FORMADORA: CARINA REIS 118


28 — Diferimentos
Compreende os gastos e os rendimentos que devam ser reconhecidos
nos períodos seguintes

FORMADORA: CARINA REIS 119


29 — Provisões
Esta conta serve para registar as responsabilidades cuja natureza esteja
claramente definida e que à data do balanço sejam de ocorrência
provável ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de
ocorrência (vide NCRF 21 — Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes e NCRF 26 — Matérias Ambientais).

As suas subcontas devem ser utilizadas diretamente pelos dispêndios


para que foram reconhecidas, sem prejuízo das reversões a que haja
lugar.

FORMADORA: CARINA REIS 120


67 — Provisões do período
Esta conta regista os gastos no período decorrentes das
responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que à data
do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto
ao seu valor ou data de ocorrência.

FORMADORA: CARINA REIS 121


Provisões –Art. 39º IRC
São fiscalmente dedutíveis as seguintes provisões:
o As que se destinem a fazer face a obrigações e encargos derivados de processos
judiciais em curso por factos que determinariam a inclusão de tais encargos entre os
gastos do período de tributação;
o As que se destinem a fazer face a encargos com garantias a clientes previstas em
contratos de venda e de prestação de serviços;
o O montante anual da provisão para garantias a clientes é determinado pela aplicação às vendas e
prestações de serviços sujeitas a garantia efectuadas no período de tributação de uma percentagem que
não pode ser superior à que resulta da proporção entre a soma dos encargos derivados de garantias a
clientes efectivamente suportados nos últimos três períodos de tributação e a soma das vendas e
prestações de serviços sujeitas a garantia efectuadas nos mesmos períodos.

FORMADORA: CARINA REIS 122


Provisões –Art. 39º - IRC
São fiscalmente dedutíveis as seguintes provisões:
o As provisões técnicas constituídas obrigatoriamente, por força de normas
emanadas pelo Instituto de Seguros de Portugal, pelas empresas de seguros
sujeitas à sua supervisão e pelas sucursais em Portugal de empresas
seguradoras com sede em outro Estado membro da União Europeia;
o As que se destinem a fazer face aos encargos com a reparação de danos de
caráter ambiental, sempre que tal seja legalmente obrigatório.

FORMADORA: CARINA REIS 123


Classe 3 – Inventários e ativos
biológicos
Esta classe inclui os inventários (existências):

o Detidos para venda no decurso da atividade empresarial;

o No processo de produção para essa venda;

o Na forma de materiais consumíveis a serem aplicados no processo de

produção ou na prestação de serviços.

FORMADORA: CARINA REIS 124


Classe 3 – Inventários e ativos
biológicos
Integra, também, os ativos biológicos (animais e plantas vivos), no
âmbito da atividade agrícola, quer consumíveis no decurso do ciclo
normal da atividade, quer de produção ou regeneração.

Os produtos agrícolas colhidos são incluídos nas apropriadas contas de


inventários.

As quantias escrituradas nas contas desta classe terão em atenção o que
em matéria de mensuração se estabelece na NCRF 18 — Inventários, pelo
que serão corrigidas de quaisquer ajustamentos.

FORMADORA: CARINA REIS 125


Exemplo – detalhe Conta 3

FORMADORA: CARINA REIS 126


Exemplo – detalhe Conta 3

FORMADORA: CARINA REIS 127


Classe 4 – Investimentos
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não
se destinem a ser vendidos ou transformados no decurso normal das operações
da entidade, quer sejam de sua propriedade, quer estejam em regime de
locação financeira.

Compreende os investimentos financeiros, as propriedades de investimento, os


ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis, os investimentos em curso e os ativos
não correntes detidos para venda.

FORMADORA: CARINA REIS 128


41 — Investimentos
financeiros
Os investimentos financeiros que representem participações de capital
são mensurados de acordo com os métodos indicados no quadro
seguinte, conforme NCRF 13 — Interesses em Empreendimentos
Conjuntos e Investimentos em Associadas, NCRF 15 — Investimentos
em Subsidiárias e Consolidação e NCRF 27 — Instrumentos Financeiros:

FORMADORA: CARINA REIS 129


41 — Investimentos
financeiros
Subsidiária: é uma entidade que é controlada por outra entidade, a
empresa-mãe, participação financeira é superior a 50%

Associada: entidade sobre a qual o investidor tenha influência


significativa, participação financeira é entre 20% e 50%

Empreendimentos conjuntos: partilha de controlo (50%+50%)

Outros: restantes situações

FORMADORA: CARINA REIS 130


41 — Investimentos
financeiros

FORMADORA: CARINA REIS 131


41 — Investimentos
financeiros
Relativamente às microentidades, os investimentos financeiros que
representem participações de capital são mensurados de acordo com o
método indicado no capítulo 17 da NC–ME.

FORMADORA: CARINA REIS 132


Exemplo – detalhe Conta 4

FORMADORA: CARINA REIS 133


Taxas de tributação autónoma
-Art. 88º
Determinados encargos suportados ou efetuados por sujeitos passivos
de IRC são objeto de tributação autónoma às taxas subsequentemente
indicadas.

FORMADORA: CARINA REIS 134


Descrição Taxa 2020 (%)

Despesas de representação 10
Considerando-se como tal, nomeadamente, as despesas suportadas
com receções, refeições, viagens, passeios e espetáculos oferecidos
no País ou no estrangeiro a clientes ou fornecedores ou ainda a
quaisquer outras pessoas ou entidades

Despesas não documentadas 50 / 70*  


*Nos casos em que tais despesas sejam efectuadas por SP total ou
parcialmente isentos, ou que não exerçam, a título principal,
actividades de natureza comercial, industrial ou agrícola

Lucros distribuídos a sujeitos passivos que beneficiam de isenção 23


total ou parcial

Ajudas de custo e compensação por deslocações em viatura própria 5


não faturadas a clientes

Gastos ou encargos relativos a indemnizações decorrentes da 35


cessação de funções de gestor, administrador e gerente

FORMADORA: CARINA REIS 135


Descrição Taxa 2020 (%)

Gastos ou encargos relativos a bónus e outras remunerações 35


variáveis pagas a gestores, administradores e gerentes 

Encargos com viaturas ligeiras de passageiros, viaturas ligeiras de 10 / 27,5 / 35


mercadorias, motos ou motociclos

Hibridos Plug-in  ou GPL Outros


combustiveis

Custo de aquisição inferior a € 25.000 5% 10%

Custo de aquisição entre € 25.000 e € 35.000 10% 27,50%

Custo de aquisição igual ou superior a € 35.000 17,50% 35%

FORMADORA: CARINA REIS 136


Classe 5 – Capital, Reservas e
Resultados
transitados
Esta classe evidencia o capital subscrito, as reservas e os resultados
transitados.

FORMADORA: CARINA REIS 137


Exemplo – detalhe Conta 5

FORMADORA: CARINA REIS 138


593 — Subsídios
Inclui os subsídios associados a ativos, que deverão ser transferidos,
numa base sistemática, para a conta 7883 — Imputação de subsídios
para investimentos, à medida em que forem contabilizadas as
depreciações/ amortizações do investimento a que respeitem.

FORMADORA: CARINA REIS 139


593 — Subsídios
 Aquando do seu registo inicial, o subsídio prefigura um aumento nos
benefícios económicos durante o período contabilístico que resulta em
aumento do capital próprio.

 Porém, e uma vez que os subsídios estão sujeitos a tributação, o aumento do


capital próprio apenas se circunscreve à quantia do subsídio (a registar a
crédito da conta 5931 — Subsídios atribuídos, por débito de meios financeiros
líquidos ou de uma subconta da conta 278 — Outros devedores e credores),
deduzida da quantia do imposto que lhe está associado (a registar a débito da
conta 5932 — Ajustamentos.

FORMADORA: CARINA REIS 140


Classe 6 – Gastos
Esta classe inclui os gastos e as perdas respeitantes ao
período.
◦ Gastos – resultam do decurso das atividades correntes, como, por exemplo,
o custo das vendas, os salários e as depreciações.
◦ Perdas – incluem valores que provêm de desastres como o fogo e

inundações e ainda outros que provêm da alienação de ativos não correntes .

FORMADORA: CARINA REIS 141


Exemplo – detalhe Conta 6

FORMADORA: CARINA REIS 142


Exemplo – detalhe Conta 6

FORMADORA: CARINA REIS 143


Exemplo – detalhe Conta 6

FORMADORA: CARINA REIS 144


Exemplo – detalhe Conta 6

FORMADORA: CARINA REIS 145


Exemplo – detalhe Conta 6

FORMADORA: CARINA REIS 146


67 — Provisões do período
Esta conta regista os gastos no período decorrentes das
responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que à data
do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto
ao seu valor ou data de ocorrência.

FORMADORA: CARINA REIS 147


Classe 7 – Rendimentos
Inclui os rendimentos (réditos) e os ganhos respeitantes ao período.
o Rendimentos – provêm do decurso das atividades correntes (ordinárias) de
uma empresa.
o Ganhos – incluem os valores que provêm da alienação de ativos não
correntes.

FORMADORA: CARINA REIS 148


71 — Vendas
As vendas devem ser deduzidas do IVA e de outros impostos e
incidências nos casos em que nela estejam incluídos.

FORMADORA: CARINA REIS 149


Exemplo – detalhe Conta 7

FORMADORA: CARINA REIS 150


Exemplo – detalhe Conta 7

FORMADORA: CARINA REIS 151


72 — Prestações de serviços
Esta conta respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam
próprios dos objetivos ou finalidades principais da entidade. Poderá
integrar os materiais aplicados, no caso de estes não serem faturados
separadamente

FORMADORA: CARINA REIS 152


Exemplo – detalhe Conta 7

FORMADORA: CARINA REIS 153


75 — Subsídios à exploração
Esta conta inclui os subsídios relacionados com o rendimento,
conforme estabelecido na NCRF 22 —Subsídios e outros Apoios das
Entidades Públicas ou noutro normativo aplicável.

FORMADORA: CARINA REIS 154


7887 — Diferenças de câmbio
favoráveis
Respeita às diferenças de câmbio favoráveis associadas à atividade
operacional.

FORMADORA: CARINA REIS 155


793 — Diferenças de câmbio
favoráveis
Respeita às diferenças de câmbio favoráveis associadas à atividade de
financiamento.

FORMADORA: CARINA REIS 156


Classe 8 – Resultados
Esta classe destina -se a apurar o resultado líquido do período,
podendo ser utilizada para auxiliar à determinação do resultado
extensivo, tal como consta na Demonstração das Alterações no Capital
Próprio.

(Lucro = Rendimento - Gastos)

FORMADORA: CARINA REIS 157


811 — Resultado antes de
impostos
Destina-se a concentrar, no fim do período, os gastos e rendimentos
registados, respetivamente, nas contas das classes 6 e 7.

FORMADORA: CARINA REIS 158


Exemplo – detalhe Conta 8

FORMADORA: CARINA REIS 159


8121 — Imposto estimado
para o período
Considera-se nesta conta a quantia estimada para o imposto que
incidirá sobre os resultados corrigidos para efeitos fiscais, por
contrapartida da conta 241 — Estado e outros entes públicos —
Imposto sobre o rendimento.

FORMADORA: CARINA REIS 160


Normas Contabilísticas de
Relato Financeiro (NCRF)
Adaptação das normas internacionais de contabilidade, adoptadas na
UE, tendo em conta o tecido empresarial português e o facto de
algumas entidades se encontrarem obrigadas ou terem a opção de
aplicar as citadas normas internacionais (NIC), nos termos do
Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 19 de Julho.

FORMADORA: CARINA REIS 161


NCRFs
NCRF 1  -  Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras
NCRF 2 - Demonstração de Fluxos de Caixa
NCRF 3 - Adoção pela primeira vez das NCRF
NCRF 4 - Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros 
NCRC 5 – Divulgações de Partes Relacionadas
NCRF 6 - Ativos Intangíveis
NCRF 7 - Ativos Fixos Tangíveis
NCRF 8 - Ativos Não Correntes Detidos para Venda e Unid. Operacionais
Descontinuadas
NCRF 9 – Locações

FORMADORA: CARINA REIS 162


NCRFs
NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos

NCRF 11 - Propriedades de Investimento

NCRF 12 – Imparidade de Ativos

NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Invest. em Associadas

NCRF 14 - Concentrações de Atividades Empresariais

NCRF 15 - Investimentos em Subsidiárias e Consolidação

NCRF 16 – Exploração e Avaliação de Recursos Minerais

NCRF 17 – Agricultura

NCRF 18 – Inventários

FORMADORA: CARINA REIS 163


NCRFs
NCRF 19 - Contratos de Construção
NCRF 20 – Rédito
NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
NCRF 22 - Subsídios e Outros Apoios das Entidades Públicas
NCRF 23 - Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio
NCRF 24 - Acontecimentos Após a Data do Balanço
NCRF 25 - Impostos Sobre o Rendimento
NCRF 26 - Matérias Ambientais
NCRF 27 - Instrumentos Financeiros
NCRF 28 - Benefícios dos Empregados

FORMADORA: CARINA REIS 164


NCRF
NCRF-PE
o NCRF-PE – Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas
Entidades

NCRF-ME
o NCRF-ME – Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Microentidades

NCRF-ESNL
o NCRF-ESNL – Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Ent. Setor Não
Lucrativo

FORMADORA: CARINA REIS 165


Diferenciação NCRF- PE/ME
vs NCRF
Balanço reduzido;

Demonstração de Resultados reduzida;

Anexo Reduzido.

FORMADORA: CARINA REIS 166


NCRF-PE – Anexo IX
Não existem matérias tratadas contabilisticamente de modo diferente
do que ocorre nas NCRF de base.

As políticas e critérios de reconhecimento e mensuração são iguais ás


NCRF, embora redigidos com menor desenvolvimento.

 Trata-se de uma “NCRF resumo” (que exclui certas matérias), esta não
se pode considerar um referencial contabilístico autónomo.

FORMADORA: CARINA REIS 167


NCRF – PE – 18 Normas
NCRF 1  -  Estrutura e Conteúdo das NCRF 19 - Contratos de Construção

Demonstrações Financeiras NCRF 20 – Rédito

NCRF 3 - Adoção pela primeira vez das NCRF NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e

NCRF 4 - Políticas Contabilísticas, Alterações Ativos Contingentes

nas Estimativas Contabilísticas e Erros  NCRF 22 - Subsídios e Outros Apoios das Entidades
Públicas
NCRF 6 - Ativos Intangíveis
NCRF 23 - Os Efeitos de Alterações em Taxas de
NCRF 7 - Ativos Fixos Tangíveis
Câmbio
NCRF 9 – Locações
NCRF 25 - Impostos Sobre o Rendimento
NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos
NCRF 26 - Matérias Ambientais
NCRF 17 – Agricultura NCRF 27 - Instrumentos Financeiros
NCRF 18 – Inventários NCRF 28 - Benefícios dos Empregados

FORMADORA: CARINA REIS 168


NCRF –ME – Anexo X
Esta Norma Contabilística tem como objetivo estabelecer os aspetos
de reconhecimento e mensuração, tidos como os requisitos
contabilísticos aplicáveis às microentidades tal como são definidas pelo
n.º 1 do artigo 9.º do Decreto -Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, na
redação dada pelo Decreto -Lei n.º 98/2015, de 2 de junho.

FORMADORA: CARINA REIS 169


NCRF -ME
Esta Norma deve ser aplicada pelas entidades que cumpram os requisitos para
serem classificadas como microentidades, desde que não optem pela aplicação
da Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF
-PE) ou das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF). 2.2 —

Esta Norma acolhe os conceitos, definições e procedimentos contabilísticos de


aceitação generalizada em Portugal, tal como enunciados no Sistema de
Normalização Contabilística (SNC), tendo como base de referência a
correspondente Estrutura Conceptual.

FORMADORA: CARINA REIS 170


NCRF – PE – 15 Normas
NCRF 1  -  Estrutura e Conteúdo das NCRF 20 – Rédito
Demonstrações Financeiras NCRF 21 - Provisões, Passivos
NCRF 3 - Adoção pela primeira vez das NCRF Contingentes e Ativos Contingentes
NCRF 4 - Políticas Contabilísticas, Alterações NCRF 22 - Subsídios e Outros Apoios das
nas Estimativas Contabilísticas e Erros 
Entidades Públicas
NCRF 6 - Ativos Intangíveis
NCRF 23 - Os Efeitos de Alterações em
NCRF 7 - Ativos Fixos Tangíveis
Taxas de Câmbio
NCRF 9 – Locações
NCRF 25 - Impostos Sobre o Rendimento
NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos
NCRF 27 - Instrumentos Financeiros
NCRF 18 – Inventários
NCRF 28 - Benefícios dos Empregados

FORMADORA: CARINA REIS 171


NORMAS
INTERPRETATIVAS (NI)
Sempre que as circunstancias o justificarem e para esclarecimento e
ou/orientação sobre o conteúdo dos restantes instrumentos que
integram o SNC serão produzidas Normas Interpretativas (NI).

As NI são propostas pela Comissão de Normalização Contabilística


(CNC) e publicadas como aviso no DR, sendo de aplicação obrigatória a
partir da data de eficácia indicada em cada uma delas.

FORMADORA: CARINA REIS 172


NI

NI 1 Consolidação — Entidades de Finalidades Especiais

NI 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso

FORMADORA: CARINA REIS 173


Estrutura conceptual
Documento autónomo do SNC publicado pelo Aviso n.º 15652/2009, do
Diário da República N.º 173, Série II, de 7 de Setembro de 2009 alterado
pelo aviso 8254/2015 de 29 de julho, que tem por base a Estrutura
Conceptual do "International Accounting Standards Board" (IASB).

Não é uma norma, nem define normas para qualquer mensuração


particular ou divulgação e estabelece os conceitos subjacentes à
preparação e apresentação das demonstrações financeiras para utentes
externos.

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Estrutura conceptual
Auxilia os preparadores das demonstrações financeiras na aplicação
das normas e os utentes na interpretação da informação que delas
deriva, bem como a formar opinião sobre a sua conformidade às
Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).

Em caso de conflito entre a Estrutura Conceptual e uma qualquer


NCRF, os requisitos da última prevalecem face aos da Estrutura
Conceptual.

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Património

DIREITOS
OBRIGAÇÕES
BENS

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Património
Por definição, património é um conjunto de bens, direitos e obrigações
de uma empresa.

O património é composto por ativo e passivo. 


o O ativo corresponde aos bens e direitos da entidade.
• Dinheiro, inventários, maquinas, edifícios, créditos a receber

o Já o passivo é a parte negativa do património e reúne as suas obrigações.


• Fornecedores, EOEP (Obrigações), empréstimos obtidos

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NCRF 18 - Inventários

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NCRF 18 - Inventários
O objetivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
para os inventários.

 Um aspeto primordial na contabilização dos inventários é a quantia do custo a ser


reconhecida como um ativo e a ser escriturada até que os réditos relacionados sejam
reconhecidos.

Esta Norma proporciona orientação prática na determinação do custo e no seu subsequente


reconhecimento como gasto, incluindo qualquer ajustamento para o valor realizável líquido.

Também proporciona orientação nas fórmulas de custeio que sejam usadas para atribuir
custos aos inventários

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NCRF 18 - Inventários
São ativos:
o detidos para venda no decurso ordinário da atividade empresarial;

o no processo de produção para tal venda; ou

o na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de


produção ou na prestação de serviços

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NCRF 18 - Mensuração de
inventários
Os inventários devem ser mensurados pelo custo ou valor realizável
líquido, dos dois o mais baixo.

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NCRF 18 - Custo dos
inventários
O custo dos inventários deve incluir:
o custos de compra,

o custos de conversão e

o outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua


condição atuais

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NCRF 18 - Custos de compra
Soma do respetivo preço de compra com:
 ƒdireitos de importação e outros impostos suportados pela entidade, e

 ƒ os custos de transporte, manuseamento e outros custos diretamente


atribuíveis à aquisição de bens acabados, materiais e serviços.

o Nota: os descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes


deduzem-se ao preço de compra na determinação dos custos de compra.

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NCRF 18 – Custos de
conversão e Outros Custos
Custos de Conversão - Incluem custos diretamente relacionados com a
produção (p.ex. mão-de-obra direta) e gastos gerais de fabrico.

 Outros custos: p. ex. custos de conceção para clientes específicos

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Mercadorias

Subprodutos e Matérias-primas e
desperdícios subsidiárias

Produtos acabados Produtos em curso

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Inventários
Matérias-Primas: bens que não se destinam à venda mas a serem
incorporados diretamente em novos produtos.

Matérias Subsidiárias: bens que sendo incorporados diretamente num


determinado produto, concorrem direta ou indiretamente para a sua
produção.

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Inventários
Produtos em Curso: aqueles que se encontram numa fase do processo
produtivo sem, no entanto, terem atingido a fase final de fabrico, ou
seja, estarem aptos para venda.

Subprodutos e Resíduos: são produtos secundários resultantes da


produção de um principal, com baixo valor comercial (normalmente) e
não utilizáveis no processo produtivo da empresa. São vendidos,
geralmente, à medida que se vão acumulando.

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Inventários
Produtos Acabados: são os bens resultantes do processo produtivo da
empresa que, tendo atingido a sua fase final, estão aptos para serem
vendidos.

Mercadorias: bens adquiridos para posterior venda, não estando


sujeitos a qualquer transformação dentro da empresa.

FORMADORA: CARINA REIS 188


Inventários – Perdas por
Imparidade
Quando o valor realizável líquido é inferior ao valor de custo dá
origem a perdas por imparidade

Valor realizável líquido:


• preço de venda estimado no decurso ordinário da atividade empresarial

• menos os custos estimados de acabamento e

• menos os custos estimados necessários para efetuar a venda.

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Inventário –
contagem/apuramento
Intermitente;

Permanente.

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Inventário Intermitente
Utilizado em microempresas, com processos manuais ou sistemas
informáticos simplificados, este método condiciona o apuramento do
custo de venda ao inventário físico das mercadorias em armazém.

A empresa não consegue aceder de imediato ao valor em inventário,


estando a fiabilidade dessa informação pendente da periodicidade
estabelecida entre inventários (mensal, trimestral, semestral, anual).

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Inventário permanente
A obrigação de adoção do sistema de inventário permanente na
contabilização dos inventários encontra-se prevista no artigo 12.º do
Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho.

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Inventário permanente
Realizando contagens físicas dos inventários com referência ao final do
período, ou, ao longo do período, de forma rotativa, de modo a que
cada bem seja contado, pelo menos, uma vez em cada período;

Identificando os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos


unitários e globais, de forma a permitir a verificação da
correspondência entre as contagens físicas e os respetivos registos
contabilísticos.

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INVENTÁRIO
PERMANENTE VS
INTERMITENTE
INVENTÁRIO PERMANENTE INVENTÁRIO INTERMITENTE

Durante o ano:
Em qualquer momento:

• A conta 31 Compras está saldada


• A conta 31 Compras representa as compras
feitas até à data
• O saldo da conta de inventário reflete as
existências em armazém • O saldo da conta de inventário reflete as
existências do início do ano
• O CMVMC reflete o custo das mercadorias
vendidas até à data • O CMVMC não está apurado

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Dispensa do inventário permanente
As microentidades de balanço inferior a 350.000 euros, com um volume
de negócios inferior a 700.000 euros e menos de 10 empregados.

As entidades com as atividades de agricultura, produção animal,


apicultura e caça; silvicultura e exploração florestal; indústria piscatória e
aquacultura; pontos de vendas a retalho que, no seu conjunto, não
apresentem, no período de um exercício, vendas superiores a 300.000
euros nem a 10 % das vendas globais da respetiva entidade.

FORMADORA: CARINA REIS 195


Dispensa do inventário
permanente
As entidades de atividade predominante na prestação de
serviços (com um custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas inferior a 300.000 euros e 20 % dos custos operacionais
respetivos).

FORMADORA: CARINA REIS 196


FORMADORA: CARINA REIS 197

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