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IVA -  

IMPOSTO SOBRE O VALOR


ACRESCENTADO

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IVA - Conceito
IVA é o imposto sobre o valor acrescentado.

É um imposto que incide sobre o consumo de praticamente todos os bens e serviços.

Sempre que um consumidor adquire um bem, tem de pagar não só o valor do bem mas
também o valor correspondente ao IVA a uma taxa que varia mediante a Lista I ou II

O IVA é um imposto que está harmonizado a nível europeu, pelo que as regras que se aplicam
em Portugal são idênticas às dos outros países que compõem a UE.

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IVA - Características
Indireto -porque é um imposto incide sobre o consumo.

Plurifásico - porque incide em todas as fases de comercialização dos bens até á sua transmissão ao
consumidor final.

Não Cumulativo -porque em cada fase de incidência se tributa apenas o valor acrescentado nessa fase.

Estadual -porque a entidade credora do imposto é o Estado.

Geral -porque abrange todo o território nacional.

Proporcional - porque a taxa é sempre a mesma, qualquer que seja a matéria coletável.

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Incidência IVA

Consumidores
finais - SP sem
atividade aberta
IVA Sujeitos

SP de IVA

Isentos
Isenções
A aplicação de isenções corresponde a uma exceção ao princípio da neutralidade, que é
considerado um alicerce fundamental do sistema comum do IVA.

Este princípio é garantido, principalmente, através do mecanismo da liquidação e da dedução


de imposto, garantindo-se que, dentro de cada país, bens e serviços de um mesmo tipo se
encontrem sujeitos à mesma carga fiscal, independentemente da extensão dos respetivos
circuitos económicos.

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Isenções Isenções nas
operações internas -
Art.9º
Possibilidade de
Simples ou Renuncia à isenção –
incompletas Algumas atividades

Artigo 53º

Isenções
Isenções nas
exportações;

Isenções nas
importações

Completas ou taxa 0

Regime suspensivo –
Art. 15º.

Outras isenções

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Isenções Incompletas
Operações Internas - Artigo 9º

Regime especial - Artigo 53º

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Isenções Incompletas - Operações
internas – Art. 9º
Saúde (n.os 1, 2, 3, 4 e 5); Atividade imobiliária (n.os 29 e 30);

Assistência social – creches, jardins de infância Atividade cooperativas – ps ( 34);


(n.os 6 e 7);
Associações sem fins lucrativ (n.os 8, 12, 13 e
Ensino e formação profissional (n.os 9, 10 e 11); 19);

Arte, cultura e desporto (n.os 8, 12, 13, 14, 15, Outras (referidas no art. 9.º do CIVA)
16, 17, 19 e 35);

Operações bancárias e seguros (n.os 27 e 28);

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Renuncia Isenção – Art. 12º
SITUAÇÃO MODO CONSEQUÊNCIAS
 Prestações de serviços formação O sujeito passivo é obrigado a permanecer no
profissional, bem como as transmissões de O direito de opção é exercido mediante a regime por que optou durante um período de,
bens e prestações de serviços conexas, entrega, em qualquer serviço de finanças ou pelo menos, cinco anos, devendo, findo tal
nº10 do art.9º CIVA noutro local legalmente autorizado, da prazo, no caso de desejar voltar ao regime de
declaração de início ou de alterações, isenção:
consoante os casos, produzindo efeitos a a) Apresentar, durante o mês de Janeiro de
 Estabelecimentos hospitalares, clínicas e partir da data da sua apresentação. um dos anos seguintes àquele em que se tiver
similares não integrados no sistema
completado o prazo do regime de opção, a
nacional de saúde
declaração de alteração de atividade, a qual
produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano
 As prestações de serviços efectuadas por da sua apresentação;
cooperativas que, não sendo de produção
agrícola, desenvolvam uma actividade de
prestação de serviços aos seus associados
agricultores, nº34 do art.9º CIVA

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Renuncia Isenção – Art. 12º
SITUAÇÃO MODO CONSEQUÊNCIAS
Os termos e as condições para a
Arrendamento de bens imóveis ou
renúncia à isenção prevista são
partes autónomas destes a outros
estabelecidos em legislação • A renúncia é efetuada caso a
sujeitos passivos, prevista no n.º 29)
especial. caso;
do artigo 9.º
• Depende da emissão de um
certificado pelo SF
Transmissões de imóveis ou partes
autónomas destes a outros
sujeitos passivos, prevista no n.º 30)
do artigo 9.

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Isenção Incompleta
Regime especial - Artigo 53º

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Regime Especial– Art. 53º
Beneficiam da isenção do imposto os sujeitos passivos que, não possuindo nem sendo
obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC, nem praticando
operações de importação, exportação ou atividades conexas, nem exercendo atividade que
consista na transmissão dos bens ou prestação dos serviços mencionados no anexo E do
presente Código, não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a
12 500 (euro). (Redação da Lei n.º 2/2020, de 31 de março) (*)
Nota - (*)  Nos termos do art.º 337.º, n.º 2,  da Lei n.º 2/2020, de 31 de março, o montante a que se
refere o n.º 1 do artigo 53.º do Código do IVA,, é de 11 000 (euro) em 2020.

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Regime Especial– Art. 53º
São ainda isentos do imposto os sujeitos passivos com um volume de negócios superior a (euro) 10 000,
mas inferior a (euro) 12 500, que, se tributados, preencheriam as condições de inclusão no regime dos
pequenos retalhistas.

No caso de sujeitos passivos que iniciem a sua atividade, o volume de negócios a tomar em consideração é
estabelecido de acordo com a previsão efectuada relativa ao ano civil corrente, após confirmação pela
Direcção-Geral dos Impostos.

Quando o período em referência, para efeitos dos números anteriores, for inferior ao ano civil, deve
converter-se o volume de negócios relativo a esse período num volume de negócios anual correspondente.

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Regime Especial– Art. 53º - Renuncia
Isenção
 Os sujeitos passivos suscetíveis de beneficiar da isenção do imposto nos termos do artigo 53.º
podem a ela renunciar e optar pela aplicação normal do imposto às suas operações tributáveis
ou, no caso de serem retalhistas, pelo regime especial previsto no artigo 60.º(Regime dos
pequenos retalhistas)

O direito de opção é exercido mediante a entrega da declaração de início ou de alterações,


consoante os casos, produzindo efeitos a partir da data da sua apresentação.

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Regime Especial– Art. 53º - Renuncia
Isenção
 Tendo exercido o direito de opção nos termos dos números anteriores, o sujeito passivo é
obrigado a permanecer no regime por que optou durante um período de, pelo menos, cinco
anos, devendo, findo tal prazo, apresentar a declaração de alterações a que se refere o artigo
32.º no caso de desejar voltar ao regime de isenção.

A declaração referida no número anterior só pode ser apresentada durante o mês de Janeiro
de um dos anos seguintes àquele em que se tiver completado o prazo do regime de opção,
produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da sua apresentação.

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Regime Especial– Art. 53º - Deduções
Os sujeitos passivos que beneficiem da isenção do imposto nos termos do artigo anterior estão
excluídos do direito à dedução previsto no artigo 19º.

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Isenções
Simples ou Isenções nas
incompletas exportações;

Isenções nas
Isenções importações
Completas ou
taxa 0
Regime
suspensivo – Art.
15º.

Outras isenções

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Isenções completas – Exportação –
Art. 14º
 Bens transmitidos para fora da União Europeia e operações assimiladas;

 Transportes internacionais;

 Transportes de, e para, as Regiões Autónomas;

 Outras (referidas no art. 14.º do CIVA)

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Isenções Exportação – Art. 14º
Estão isentas do imposto:
o As transmissões de bens expedidos ou transportados para fora da Comunidade pelo vendedor ou por um terceiro por

conta deste;

o O transporte de pessoas provenientes ou com destino ao estrangeiro, bem como o das provenientes ou com destino

às Regiões Autónomas, e ainda o transporte de pessoas efectuado entre as ilhas naquelas Regiões;

o O transporte de mercadorias entre as ilhas que compõem as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, bem como

o transporte de mercadorias entre estas regiões e o continente, ou qualquer outro Estado membro, e vice-versa;
o Para efeitos do presente artigo, é assimilado ao transporte de pessoas provenientes ou com destino ao estrangeiro o de pessoas com proveniência

ou com destino às Regiões Autónomas e ainda o transporte de pessoas entre as ilhas das mesmas Regiões.

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Isenções completas- Importações –
Art.13º
Bens cuja transmissão no território nacional seja isenta de imposto;

Acordos internacionais;

Automóveis para deficientes;

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Isenções Importações – Art. 13º
 Estão isentas do imposto:
o As importações definitivas de bens cuja transmissão no território nacional seja isenta do imposto;

o As importações das embarcações e dos objetos, incluindo o equipamento de pesca, nelas incorporados ou que
sejam utilizados para a sua exploração;
o As importações definitivas das aeronaves;

o As importações de ouro efetuadas pelo Banco de Portugal;

o As importações de triciclos, cadeiras de rodas, com ou sem motor, automóveis ligeiros de passageiros ou
mistos para uso próprio das pessoas com deficiência, de acordo com os condicionalismos previstos no Código
do Imposto sobre Veículos, devendo o benefício ser requerido nos termos estabelecidos naquele Código.

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Isenções Importações – Art. 13º
 Estão isentas do imposto as importações de bens efetuadas:
o No âmbito de acordos e convénios internacionais de que Portugal seja parte, nas condições e limites
acordados;
o No âmbito das relações diplomáticas e consulares que beneficiem de franquia aduaneira;

o No âmbito do Tratado do Atlântico Norte, pelas forças armadas dos outros Estados que são Partes no
referido Tratado.

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Isenções completas – Regimes
Suspensivos– Art. 15º
Estão isentas do imposto as operações a seguir indicadas, desde que os bens a que se referem
não se destinem a utilização definitiva ou consumo final e enquanto estes se mantiverem nas
respectivas situações:

o As transmissões de bens que se destinem a ser:


• Apresentados na alfândega e colocados eventualmente em depósito provisório;

• Colocados numa zona franca ou entreposto franco;

• …

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Isenções completas – Regimes
Suspensivos– Art. 15º
Zona Franca – É uma região isolada e delimitada dentro de um país, geralmente situada em um
porto ou em suas adjacências, onde entram mercadorias nacionais ou estrangeiras sem se
sujeitar às tarifas alfandegárias normais.
◦ Zona Franca Industrial da Madeira

◦ Zona Franca Industrial de Sines

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Isenções completas – Regimes
Suspensivos– Art. 15º
 Estão isentas de imposto: 
o As transmissões de livros a título gratuito efetuadas aos departamentos governamentais nas áreas da
cultura e da educação, a instituições de caráter cultural e educativo, a centros educativos de reinserção
social e a estabelecimentos prisionais; 
o As transmissões de bens a título gratuito efetuadas a entidades integradas na Rede Portuguesa de
Museus e destinadas a integrar as respetivas coleções. 

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Isenções completas- Outras Isenções
• As transmissões, a título gratuito, de bens para posterior distribuição a pessoas carenciadas,
efetuadas a IPSS’s e a organizações não governamentais sem fins lucrativos – n.º 10 do art. 15.º

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Isenções completas – OUTRAS - Transmissões
Intracomunitárias – Art. 14ºRITI
Bens transmitidos para a União Europeia e operações assimiladas;

Outras (referidas nos artigos 14.º, 15.º e 16.º do RITI).

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Transmissões Intracomunitárias – Art.
14ºRITI
Estão isentas do imposto: 
o As transmissões de bens, efetuadas por um dos sujeitos passivos , expedidos ou transportados pelo
vendedor, pelo adquirente ou por conta destes, a partir do território nacional para outro Estado-Membro
com destino ao adquirente, quando este seja uma pessoa singular ou coletiva registada, para efeitos do
imposto sobre o valor acrescentado, em outro Estado-Membro, que tenha utilizado e comunicado ao
vendedor o respetivo número de identificação para efetuar a aquisição e aí se encontre abrangido por um
regime de tributação das aquisições intracomunitárias de bens;​ 
o As transmissões de meios de transporte novos;

o ….

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Isenções
Apesar de se encontrarem sujeitas às regras de IVA, algumas operações são isentas de IVA.
• Simples ou incompletas - o operador económico não liquida IVA nas suas operações mas também não
pode deduzir o imposto suportado nas suas aquisições;
o Que não conferem o direito à dedução do IVA pago a montante designam-se de “isenções incompletas”

• Completas ou taxa 0 - O operador económico não liquida IVA nas suas operações mas pode deduzir o
imposto suportado nas suas aquisições;
o as operações que, apesar de isentas, conferem o direito à dedução do IVA designam-se de “isenções completas”

• Regimes Mistos (Operações Isentas e Operações com liquidação): Usam o Pró Rata/ Afetação real

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Pró rata/ Afetação Real
É uma fórmula de cálculo usada para determinar a percentagem de IVA dedutível nos casos em
que o sujeito passivo efectua operações que conferem o direito à dedução do IVA e,
simultaneamente, operações que não conferem esse direito.

 Nestes casos, tem de se calcular a proporção das operações que conferem o direito à dedução
no total de operações e proceder à dedução do IVA suportado usando essa proporção.

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Facto Gerador e Exigibilidade do
Imposto – Art.7º
De acordo com artigo 7º verifica-se assim que o facto gerador e a exigibilidade são os
momentos em que o imposto é devido pelo sujeito passivo e em que pode ser exigido pela
administração fiscal.

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Facto Gerador e Exigibilidade do
Imposto – Art.7º
O imposto é devido e torna-se exigível:
• Nas transmissões de bens, no momento em que os bens são postos à disposição do adquirente;

• Nas prestações de serviços, no momento da sua realização;

• Nas importações, no momento determinado pelas disposições aplicáveis aos direitos aduaneiros, sejam
ou não devidos estes direitos ou outras imposições comunitárias estabelecidas no âmbito de uma
política comum.

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Facto Gerador e Exigibilidade do
Imposto – Art.7º
Existem ainda situações menos comuns que por isso determinam a utilização de
especificidades.

Assim, se a transmissão de bens implicar obrigação de instalação ou montagem por parte do


fornecedor, considera-se que os bens são postos à disposição do adquirente no momento em
que essa instalação ou montagem estiver concluída.

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Facto Gerador e Exigibilidade do
Imposto – Art.7º
•Nas transmissões de bens e prestações de serviços de carácter continuado, resultantes de
contratos que deem lugar a pagamentos sucessivos, considera-se que os bens são postos à
disposição e as prestações de serviços são realizadas no termo do período a que se refere cada
pagamento, sendo o imposto devido e exigível pelo respetivo montante;

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Facto Gerador e Exigibilidade do
Imposto – Art.7º
•Também as mercadorias à consignação, o imposto é devido e exigível no termo do prazo aí

referido;

•No caso das transmissões de bens e prestações de serviços de caracter continuado em que não

seja fixada periodicidade de pagamento ou esta seja superior a 12 meses, o imposto é devido e

torna-se exigível no final de cada período de 12 meses, pelo montante correspondente;

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Exigibilidade do imposto em caso de
obrigação de emitir fatura – Art. 8º
Sem prejuízo do previsto no regime do IVA de caixa, sempre que a transmissão de bens ou a prestação de
serviços dê lugar à obrigação de emitir uma fatura nos termos do artigo 29.º, o imposto torna-se exigível: 
• Se o prazo previsto para a emissão da fatura for respeitado, no momento da sua emissão; 

• Se o prazo previsto para a emissão não for respeitado, no momento em que termina;

• Se a transmissão de bens ou a prestação de serviços derem lugar ao pagamento, ainda que parcial, anteriormente à
emissão da fatura, no momento do recebimento desse pagamento, pelo montante recebido, sem prejuízo do
disposto na alínea anterior. 

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Prazo de emissão e formalidades das
facturas – Art. 36º
A fatura deve ser emitida:
o O mais tardar no 5.º dia útil seguinte ao do momento em que o imposto é devido;

o O mais tardar no 15.º dia do mês seguinte àquele em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º,
no caso das prestações intracomunitárias de serviços ;

o Na data do recebimento, no caso de pagamentos relativos a uma transmissão de bens ou prestação de


serviços ainda não efetuada, bem como no caso em que o pagamento coincide com o momento em que
o imposto é devido nos termos do artigo 7.º.

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Prazo de emissão e formalidades das
facturas – Art. 36º - aqui
Nos casos em que seja utilizada a emissão de facturas globais, o seu processamento não pode
ir além de cinco dias úteis do termo do período a que respeitam.

As faturas são substituídas por guias ou notas de devolução, quando se trate de devoluções de
mercadorias anteriormente transacionadas entre as mesmas pessoas, devendo a sua emissão
processar-se o mais tardar no 5.º dia útil seguinte à data da devolução.  

Os documentos devem ser processados em duplicado, destinando-se o original ao cliente e a


cópia ao arquivo do fornecedor.

FORMADORA: CARINA REIS 39


Prazo de emissão e formalidades das
facturas – Art. 36º
As faturas devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes elementos: 
◦ a) Os nomes, firmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do fornecedor de bens ou prestador de serviços e do destinatário
ou adquirente sujeito passivo do imposto, bem como os correspondentes números de identificação fiscal; 
◦ b) A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados, com especificação dos elementos necessários à
determinação da taxa aplicável; as embalagens não efectivamente transaccionadas devem ser objecto de indicação separada e com
menção expressa de que foi acordada a sua devolução;
◦ c) O preço, líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável;

◦ d) As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido;

◦ e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso;

◦ f) A data em que os bens foram colocados à disposição do adquirente, em que os serviços foram realizados ou em que foram
efectuados pagamentos anteriores à realização das operações, se essa data não coincidir com a da emissão da factura.

FORMADORA: CARINA REIS 40


Faturas simplificadas – Art. 40º
 A obrigatoriedade de emissão de fatura prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º pode ser
cumprida através da emissão de uma fatura simplificada em transmissões de bens e prestações
de serviços cujo imposto seja devido em território nacional, nas seguintes situações:
o Transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a não sujeitos passivos,
quando o valor da fatura não for superior a (euro) 1000;

o Outras transmissões de bens e prestações de serviços em que o montante da fatura não seja superior a
(euro) 100.

FORMADORA: CARINA REIS 41


Faturas simplificadas – Art. 40º
As faturas referidas no número anterior devem ser datadas, numeradas sequencialmente e
conter os seguintes elementos:

a) Nome ou denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor dos bens ou


prestador dos serviços;

b) Quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados;

c) O preço líquido de imposto, as taxas aplicáveis e o montante de imposto devido, ou o preço


com a inclusão do imposto e a taxa ou taxas aplicáveis;

d) Número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, quando for sujeito passivo.


 
e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso. 

FORMADORA: CARINA REIS 42


Regime IVA de Caixa
O regime de IVA de Caixa possibilita a entrega do imposto de valor acrescentado ao
Estado após recebimento das faturas emitidas aos clientes. Ou seja, quando as empresas
aderem este regime, podem adiar o pagamento do IVA até que o mesmo seja efetuado pelo
cliente (ou passado um ano, no caso do cliente não chegar a pagar).

Este tipo de regime é especialmente vantajoso para empresas com prazos de recebimento
superiores a prazos de pagamento. Desta forma, reduzem o impacto causado pela entrega
antecipada do IVA.

FORMADORA: CARINA REIS 43


Regime IVA de Caixa
Aderir ao regime de IVA de caixa é facultativo e aplica-se a todas as transmissões de bens e prestações de

serviços efetuadas pelos sujeitos passivos de IVA (que preencham os requisitos necessários), de acordo com o Decreto-Lei

nº 71/2013 e com o Ofício-Circulado nº 30150/2013.

Existem exceções, ou seja, empresas cujas atividades não permitem a adesão a este regime de IVA:

 Importação, exportação e atividades relacionadas;

 Transmissões e aquisições intracomunitárias de bens;

 Prestações intracomunitárias de serviços;

 Operações em que o adquirente seja o devedor do imposto;

 Operações em que os sujeitos passivos tenham relações especiais.

FORMADORA: CARINA REIS 44


Regime IVA de Caixa
Este regime dirige-se a sujeitos passivos de IVA que:
• Estejam registados para efeitos do IVA há pelo menos 12 meses;

• Com um volume de negócios do ano anterior inferior a € 500.000;

• Não beneficiem de isenção do imposto (artigo 9º ou artigo 53º);

• Não se encontrem abrangidos pelo regime dos pequenos retalhistas (artigo 60º);

• Tenha a sua situação tributária regularizada para optar pelo regime de IVA de caixa.

FORMADORA: CARINA REIS 45


Regime IVA de Caixa
Deste modo para os sujeitos passivos que optem pelo regime de caixa:
• O imposto passa a ser exigível somente no momento do recebimento total ou parcial da fatura emitida
aos clientes;

• A dedução do IVA passa a ser possível com base na fatura-recibo ou o recibo comprovativo de
pagamento aos fornecedores;

• Nos casos em que a fatura em pagamento permaneça por liquidar, o imposto é obrigatoriamente
deduzido no 12º mês posterior à data de emissão da fatura

FORMADORA: CARINA REIS 46


Taxas – Art. 18º
• Em Portugal as taxas de IVA estão previstas no art. 18.º, sendo distintas no Continente e nas
Regiões Autónomas.

• As taxas de imposto a aplicar às transmissões de bens, prestações de serviços, importações e às


aquisições intracomunitárias de bens são as seguintes:

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Taxas – Art. 18º

Taxa Portugal Continental Madeira Açores

Normal 23% 22% 18%

Intermédia 13% 12% 9%

Reduzida 6% 5% 4%

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Taxas – Art. 18º
 Taxa 6% - aplicável aos bens e serviços constantes da Lista I anexa ao CIVA.

 Taxa 13% - aplicável aos bens e serviços constantes da Lista II anexa ao CIVA.

 Taxa 23% - aplicável a todos os bens e serviços não abrangidos pela taxa reduzida ou
intermédia, ou seja, àqueles que não constam das Listas I e II.

FORMADORA: CARINA REIS 49


Taxas – Art. 18º

FORMADORA: CARINA REIS 50


Taxa Reduzida – Art. 18º

FORMADORA: CARINA REIS 51


Taxa Intermédia– Art. 18º

FORMADORA: CARINA REIS 52


Valor Tributável nas Operações internas –
Art.16º
•Conceito – Valor sobre o qual o sujeito passivo deve aplicar a taxa, de forma a liquidar o IVA
devido em cada operação tributável que efetua.

•Regra geral o valor tributável das transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas em
território português, será o valor da contraprestação obtida ou a obter do adquirente, do
destinatário ou de um terceiro.

FORMADORA: CARINA REIS 53


Conceitos introdutórios - Deduções
IVA dedutível – IVA pago pelas empresas/ Sujeito passivos aquando da aquisição de bens e
serviços a outras empresas/SP.

IVA liquidado – IVA da vendas/prestações de serviços das empresas/ Sujeito passivos

IVA Regularizações – Resultante de NC, pode ser a favor do estado (saco se trate de NC de
fornecedores) ou do sujeito passivo (caso se trate de NC de vendas).

FORMADORA: CARINA REIS 54


IVA Autoliquidação – Art. 36º
A autoliquidação de IVA ou Inversão do Sujeito passivo  encontra-se regulamentada no artigo
36º nº 13, com alteração no Decreto-Lei nº197/2012.

A autoliquidação do IVA tem lugar, quando a pessoa que adquire os serviços ou produtos é a
responsável pela liquidação do IVA.

As empresas adquirentes de Bens e Serviços em regime de IVA Autoliquidação efetuam a


dedução e liquidação do mesmo.

FORMADORA: CARINA REIS 55


IVA Autoliquidação – Art. 36º
Terá de autoliquidar o imposto de IVA quando for sujeito passivo de IVA em território nacional
e adquira bens ou serviços nas seguintes áreas:
o Construção civil (Artigo 2.º n.º 1 alínea j do CIVA);

o Desperdícios, resíduos e sucatas (Artigo 2.º n.º 1 alínea i do CIVA);

o Emissões de gases com efeito de estufa (Artigo 2.º n.º 1 alínea l do CIVA);

o Aquisição de bens em Estados membros (Artigo 8º do RITI);

o Transmissão de bens imóveis (Decreto-Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro);

o Ouro para investimento (Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de Setembro)

FORMADORA: CARINA REIS 56


IVA Autoliquidação – Art. 36º
Se o sujeito passivo, estiver no regime de isenção de IVA ou ao abrigo do regime de isenção nas
operações internas, não vai ter que realizar a autoliquidação.

Sempre que emita uma fatura devido à venda de um serviço em que exista obrigação de
autoliquidação de IVA, deve colocar a seguinte referência: “IVA – Autoliquidação”.

Depois, aquando do preenchimento da declaração periódica de IVA, o comprador e o vendedor


têm que preencher os campos do Quadro 06.

FORMADORA: CARINA REIS 57


FORMADORA: CARINA REIS 58
Exemplo prático
A empresa Construções, Lda vende faz um serviço de requalificação a um edifício à empresa
Marques, Lda. A empresa Construções, Lda ao faturar não debita o IVA e menciona na fatura IVA
– Autoliquidação.

A empresa Marques Lda, quando preencher a declaração de IVA, terá de liquidar o IVA e
poderá deduzir o mesmo IVA.
Esta operação é simultânea na mesma declaração, ao contabilizar a fatura faz o mesmo isto é, liquida e
deduz o IVA

FORMADORA: CARINA REIS 59


Direito à dedução de Imposto – Art. 19º
Para apuramento do imposto os sujeitos passivos deduzem:
o O imposto devido ou pago pela aquisição de bens e serviços a outros sujeitos passivos;

Existem exceções.

FORMADORA: CARINA REIS 60


Direito à dedução de Imposto – Art. 19º
Só confere direito a dedução o imposto mencionado nos documentos emitidos em nome e na
posse do sujeito passivo:
o Em faturas passadas na forma legal; 

o Nos recibos emitidos a sujeitos passivos enquadrados no «regime de IVA de caixa», passados na forma

legal prevista neste regime.

  Não pode deduzir-se imposto que resulte de operação simulada ou em que seja simulado o
preço constante da fatura. 

FORMADORA: CARINA REIS 61


Direito à dedução de Imposto – Art. 19º
Não pode deduzir-se o imposto que resulte de operações em que o transmitente dos bens ou
prestador dos serviços não entregar nos cofres do Estado o imposto liquidado, quando o sujeito
passivo tenha ou devesse ter conhecimento de que o transmitente dos bens ou prestador de
serviços não dispõe de adequada estrutura empresarial susceptível de exercer a actividade
declarada.

Para efeitos do exercício do direito à dedução, consideram-se passadas na forma legal as


faturas que contenham os elementos previstos nos artigos 36.º e 40.º.

FORMADORA: CARINA REIS 62


Operações que conferem o direito à
dedução – Art. 20º
Só pode deduzir-se o imposto que tenha incidido sobre bens ou serviços adquiridos,
importados ou utilizados pelo sujeito passivo para a realização das operações seguintes:
o Transmissões de bens e prestações de serviços sujeitas a imposto e dele não isentas;

oNão confere, porém, direito à dedução o imposto respeitante a operações que dêem lugar aos
pagamentos:
o As quantias pagas em nome e por conta do adquirente dos bens ou do destinatário dos serviços,
registadas pelo sujeito passivo em contas de terceiros apropriadas;

FORMADORA: CARINA REIS 63


Exclusões do direito à dedução –
Art.21º
1-Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas:
A. Despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação, à utilização, à transformação e
reparação de viaturas de turismo, de barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos.
 É considerado viatura de turismo qualquer veículo automóvel, com inclusão do reboque, que, pelo seu tipo de construção e
equipamento, não seja destinado unicamente ao transporte de mercadorias ou a uma utilização com carácter agrícola, comercial
ou industrial ou que, sendo misto ou de transporte de passageiros, não tenha mais de nove lugares, com inclusão do condutor;

FORMADORA: CARINA REIS 64


Exclusões do direito à dedução –
Art.21º
Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas:

B. Despesas respeitantes a combustíveis normalmente utilizáveis em viaturas automóveis, com exceção das aquisições de gasóleo, de
gases de petróleo liquefeitos (GPL), gás natural e biocombustíveis, cujo imposto é dedutível na proporção de 50 %, a menos que se
trate dos bens a seguir indicados, caso em que o imposto relativo aos consumos de gasóleo, gasolina, GPL, gás natural e biocombustíveis
é totalmente dedutível(100%): (Redação da Lei n.º 2/2020, de 31 de março)
• i) Veículos pesados de passageiros;

• ii) Veículos licenciados para transportes públicos, exceptuando-se os rent-a-car;

• iii) Máquinas consumidoras de gasóleo, GPL, gás natural ou biocombustíveis, bem como as máquinas que possuam matrícula atribuída pelas
autoridades competentes, desde que, em qualquer dos casos, não sejam veículos matriculados; 

• iv) Tractores com emprego exclusivo ou predominante na realização de operações culturais inerentes à actividade agrícola;

• v) Veículos de transporte de mercadorias com peso superior a 3500 kg;

FORMADORA: CARINA REIS 65


Dedução gasolina – OE 2020
A possibilidade de dedução do IVA suportado com a gasolina pode ter relevância especial para
os veículos licenciados para transportes públicos, nomeadamente para os táxis.

Para os veículos e equipamentos não previstos o IVA suportado na aquisição de gasolina


continua a não ser dedutível.

FORMADORA: CARINA REIS 66


Dedução – OE 2020
O IVA suportado na aquisição de eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou híbridas plug-in
é retirado das exclusões do direito à dedução do IVA, o que significa que passa a ser
expressamente dedutível, nos termos gerais.

Assim, passa a ser dedutível o IVA da eletricidade consumida por qualquer veículo elétrico ou
híbrido plug-in, independentemente do seu tipo, mas com especial enfoque para as viaturas de
turismo, independentemente de o objeto da atividade do sujeito passivo ser, ou não, a venda ou
a exploração das mesmas.

FORMADORA: CARINA REIS 67


Exclusões do direito à dedução –
Art.21º
Não se verifica, contudo, a exclusão do direito à dedução nos seguintes casos:

Despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e à transformação em viaturas elétricas ou

híbridas plug-in, de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas elétricas ou híbridas plug-in, quando consideradas

viaturas de turismo, cujo custo de aquisição não exceda 25.000,00€

Despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e à transformação em viaturas movidas a GPL

ou a GNV, de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas movidas a GPL ou a GNV, quando consideradas viaturas

de turismo, cujo custo de aquisição não exceda o definido na portaria, na proporção de 50 % (37.500,00€)

Despesas respeitantes a eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou híbridas plug-in.

FORMADORA: CARINA REIS 68


Exclusões do direito à dedução –
Art.21º
Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas:

C. Despesas de transportes e viagens de negócios do sujeito passivo do imposto e do seu pessoal, incluindo as portagens;

Não se verifica, contudo, a exclusão do direito à dedução nos seguintes casos:


Efectuadas para as necessidades directas dos participantes, relativas à organização de congressos, feiras, exposições, seminários,
conferências e similares, quando resultem de contratos celebrados directamente com o prestador de serviços ou através de entidades
legalmente habilitadas para o efeito e comprovadamente contribuam para a realização de operações tributáveis, cujo imposto é
dedutível na proporção de 50 %;

Relativas à participação em congressos, feiras, exposições, seminários, conferências e similares, quando resultem de contratos
celebrados directamente com as entidades organizadoras dos eventos e comprovadamente contribuam para a realização de operações
tributáveis, cujo imposto é dedutível na proporção de 25 %.

FORMADORA: CARINA REIS 69


Exclusões do direito à dedução –
Art.21º
Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas:

D. Despesas respeitantes a alojamento, alimentação, bebidas e tabacos e despesas de recepção, incluindo as relativas ao
acolhimento de pessoas estranhas à empresa e as despesas relativas a imóveis ou parte de imóveis e seu equipamento, destinados
principalmente a tais recepções;

Não se verifica, contudo, a exclusão do direito à dedução nos seguintes casos:


Despesas mencionadas quando efectuadas por um sujeito passivo do imposto agindo em nome próprio mas por conta de um terceiro, desde
que a este sejam debitadas com vista a obter o respectivo reembolso;

Despesas mencionadas com excepção de tabacos efectuadas para as necessidades directas dos participantes, relativas à organização de
congressos, feiras, exposições, seminários, conferências e similares, quando resultem de contratos celebrados directamente com o prestador
de serviços ou através de entidades legalmente habilitadas para o efeito e comprovadamente contribuam para a realização de operações
tributáveis, cujo imposto é dedutível na proporção de 50 %;

FORMADORA: CARINA REIS 70


Exclusões do direito à dedução –
Art.21º
Despesas de alojamento, alimentação e bebidas relativas à participação em congressos, feiras,
exposições, seminários, conferências e similares, quando resultem de contratos celebrados
directamente com as entidades organizadoras dos eventos e comprovadamente contribuam para a
realização de operações tributáveis, cujo imposto é dedutível na proporção de 25 %.

FORMADORA: CARINA REIS 71


Exclusões do direito à dedução –
Art.21º
Exclui-se, todavia, do direito à dedução o imposto contido nas seguintes despesas:

E. Despesas de divertimento e de luxo, sendo consideradas como tal as que, pela sua natureza

ou pelo seu montante, não constituam despesas normais de exploração.

FORMADORA: CARINA REIS 72


Momento e modalidades do exercício do
direito à dedução – Art.22º
 O direito à dedução nasce no momento em que o imposto dedutível se torna exigível,
efectuando-se mediante subtracção ao montante global do imposto devido pelas operações
tributáveis do sujeito passivo, durante um período de declaração, do montante do imposto
dedutível, exigível durante o mesmo período.

 A dedução deve ser efetuada na declaração do período ou de período posterior àquele em
que se tiver verificado a receção das faturas ou de recibo de pagamento do IVA que fizer parte
das declarações de importação.

FORMADORA: CARINA REIS 74


Momento e modalidades do exercício do
direito à dedução – Art.22º
Se a recepção dos documentos referidos tiver lugar em período de declaração diferente do da
respectiva emissão, pode a dedução efectuar-se, se ainda for possível, no período de declaração em que
aquela emissão teve lugar.

 O prazo limite de quatro anos para exercer o direito à dedução, contados a partir do momento em que
o imposto dedutível se torna exigível. Isto é, a partir do momento em que o imposto se torne exigível, o
adquirente dos bens ou serviços tem quatro anos para exercer o direito à dedução (nos casos em que
tenha direito).
 O IVA suportado em documentos retificativos, emitidos passados mais de quatro anos do momento inicial, estão,
aparentemente, excluídos do direito à dedução.

FORMADORA: CARINA REIS 75


Momento e modalidades do exercício do
direito à dedução – Art.22º
Sempre que a dedução de imposto a que haja lugar supere o montante devido pelas operações
tributáveis, no período correspondente, o excesso é deduzido nos períodos de imposto seguintes.

Se, passados 12 meses relativos ao período em que se iniciou o excesso, persistir crédito a favor do
sujeito passivo superior a (euro) 250, este pode solicitar o seu reembolso.

O sujeito passivo pode solicitar o reembolso antes do fim do período de 12 meses quando se
verifique a cessação de actividade

Ou quando o crédito a seu favor exceder (euro) 3000. 

FORMADORA: CARINA REIS 76


Obrigações declarativas – Art. 31 e ss
Declaração de início de atividade – As pessoas singulares ou coletivas que exerçam uma
atividade sujeita a IVA devem apresentar, em qualquer serviço de finanças ou noutro local
legalmente autorizado, antes de iniciado o exercício da atividade, a respetiva declaração – Art.31º

Declaração de alterações – sempre que se verifiquem alterações de qualquer dos elementos


constantes da declaração relativa ao início de actividade, deve o sujeito passivo entregar a
respectiva declaração de alterações, entregue em qualquer serviço de finanças ou noutro local
legalmente autorizado, no prazo de 15 dias a contar da data da alteração, se outro prazo não for
expressamente previsto neste diploma. – Art.32º

FORMADORA: CARINA REIS 77


Obrigações declarativas – Art. 31 e ss
Declaração de cessação – No caso de cessação de atividade, deve o sujeito passivo, no prazo
de 30 dias a contar da data da cessação, entregar a respetiva declaração Art. 33º

Declaração periódica

FORMADORA: CARINA REIS 78


Apresentação das declarações – Art. 35º
 As declarações referidas são enviadas por transmissão electrónica de dados ou apresentadas
em qualquer serviço de finanças ou noutro local legalmente autorizado, por declaração verbal
efectuada pelo sujeito passivo, de todos os elementos necessários ao registo e início da
actividade, à alteração dos dados constantes daquele registo e à cessação da actividade, sendo
estes imediatamente introduzidos no sistema informático e confirmados pelo declarante, após a
sua impressão em documento tipificado.

FORMADORA: CARINA REIS 79


Outras Obrigações
Declaração recapitulativa – É um documento que tem de entregar obrigatoriamente à Autoridade Tributária, se é sujeito passivo
de IVA e efetua as seguintes operações:
o Transmissões intracomunitárias de bens;

o Prestações de serviços a sujeitos passivos com sede noutro estado membro .

• Nota: Não estão incluídas prestações de serviços que sejam isentas de imposto nos Estados membros em que as operações são tributáveis
(por exemplo, seguros e serviços financeiros).

Até ao dia 20 do mês seguinte - sujeitos passivos do regime normal de tributação mensal ou com periodicidade trimestral com

transmissões intracomunitárias que excedam os 50 mil euros.

Até ao dia 20 do trimestre seguinte - sujeitos passivos com periodicidade trimestral, que não excedam 50 mil euros de

transmissões intracomunitárias de bens (no trimestre atual ou nos quatro trimestres anteriores).

FORMADORA: CARINA REIS 80


Outras Obrigações
Declaração de Intrastat – até ao dia 15 do mês seguinte ao da movimentação intracomunitárias de bens
o Todas as empresas, ou empresários em nome individual, que efectuem transacções intracomunitárias de bens têm obrigatoriedade de

comunicação ao sistema Intrastat, relativamente às chegadas/aquisições e às expedições/transmissões intracomunitárias, a partir do

mês seguinte em tenham sido atingidos os seguintes valores para 2019:

o A declaração INTRASTAT é obrigatória se um certo limiar de valor anual é ultrapassado no montante das compras ou vendas nas

transações intracomunitárias.

o Os limiares de assimilação para 2020:

FORMADORA: CARINA REIS 81


Isentos Especial*

IVA Normal
Trimestral
Sujeitos
Mensal

FORMADORA: CARINA REIS 82


SP com um volume
de negócios
Por enquadramento Inicio
inferior a 650 000
de Atividades
euros no ano civil
anterior
IVA Trimestral

Por declaração Oficiosa


A.T.

Apuramento IVA
Por Opção aquando
Período mínimo de três
entrega Dec. Inicio de
anos
atividade

SP com um volume de
Por enquadramento Inicio negócios superior a 650
IVA Mensal
de Atividades 000 euros no ano civil
anterior

Por declaração Oficiosa


A.T.

FORMADORA: CARINA REIS 83


Alterações de Regimes
eriodicidade de entrega da declaração periódica verifica-se apenas por iniciativa da AT,

ito, notificará os sujeitos passivos em questão de que:

ou ultrapassado o volume de negócios € 650 000 ficam enquadrados no regime normal mensal

egime Normal Trimestral para o Regime Normal Mensal);

do ultrapassado aquele limite transitam para o regime normal trimestral (alínea b) do artigo 41 do

m do Regime Normal Mensal para o Regime Normal Trimestral).


riodicidade na entrega da declaração periódica não está dependente da entrega de qualquer declaração de alterações, pelo

em que um sujeito passivo ultrapasse o volume de negócios supra assinalado, permanece no Regime Normal Trimestral

notificado da alteração da periodicidade.

FORMADORA: CARINA REIS 84


Alterações de Regimes
Do teor dessa notificação consta a data a partir da qual a referida mudança de periodicidade
produzirá efeitos, o volume de negócios de referência e o respetivo ano.

O ano de referência para apuramento do volume de negócios é sempre o 2º ano anterior ao da


produção de efeitos no novo enquadramento (ano n-2).

 Tendo em conta o disposto no nº 8 do artigo 41º do CIVA, de que resulta o cumprimento dos
prazos para o envio das declarações periódicas, o volume de negócios que conste de declarações
enviadas fora dos prazos estabelecidos, não será considerado para efeitos de reenquadramento.

FORMADORA: CARINA REIS 85


Alterações de Regimes
Nos casos de sujeitos passivos abrangidos pelo Regime Normal Trimestral, a declaração de
alterações só pode ser apresentada durante o mês de janeiro, não sendo suscetível a sua
apresentação fora do prazo, produzindo efeitos a partir de 1 de janeiro do ano da sua apresentação.

Terminando o período mínimo de permanência, após opção, no Regime Normal de periodicidade


mensal (3 anos), e o sujeito passivo pretenda o reingresso no Regime Normal de periodicidade
trimestral, deve entregar uma declaração de alterações, esta declaração deve ser entregue durante o
mês de janeiro de um dos anos seguintes àquele em que se tiver completado o prazo do regime de
opção (3 anos), produzindo efeitos a partir de 1 de janeiro do ano da sua apresentação.

FORMADORA: CARINA REIS 86


Alterações de Regimes
Se por motivos de alteração da atividade, o sujeito passivo passar a praticar exclusivamente operações isentas que
não conferem direito à dedução, a dispensa do envio da declaração produz efeitos a partir de 1 de janeiro do ano
civil seguinte àquele em que é apresentada a respetiva declaração.
 Assim, quando o sujeito passivo passa a estar enquadrado no regime de isenção, por exemplo por exercer exclusivamente
operações isentas do artigo 9º sem direito à dedução, tem que continuar a entregar a declaração periódica até ao final do ano
em que passou para esse regime, passando a indicar apenas valores no campo 9.

Apenas a partir de 1 de janeiro do ano seguinte deixa de entregar declarações periódicas. Os sujeitos passivos em
causa devem proceder à entrega de uma declaração de alterações no prazo de 15 dias após o facto determinante da
mudança do regime pelo que a passagem ao regime de isenção do artigo 9º do CIVA é imediata visto que a partir do
momento da alteração deixa de ser liquidado imposto.

FORMADORA: CARINA REIS 87


Entrega Declaração Periódica de IVA
 A declaração periódica deve ser enviada por transmissão eletrónica de dados, nos seguintes
prazos:

• Até ao dia 10 do 2.º mês seguinte àquele a que respeitam as operações


Mensal

• Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as
Trimestral operações

FORMADORA: CARINA REIS 88


Pagamento do imposto apurado pelo
sujeito passivo
Os sujeitos passivos são obrigados a entregar o montante do imposto exigível:

Mensal
• Até ao dia 15
Trimestral
• Até ao dia 20

FORMADORA: CARINA REIS 89


Alteração prazo COVID
As declarações do IVA mensais e trimestrais a entregar nos meses de novembro de 2020 a maio
de 2021 (declarações trimestrais do 3.º e 4.º trimestres de 2020 e 1.º trimestre de 2021 e as
declarações mensais de setembro de 2020 a março de 2021) podem ser submetidas até ao dia
20 do mês respetivo e o pagamento ser feito até ao dia 25;

FORMADORA: CARINA REIS 90


Declaração periódica de IVA – Sujeitos
Passivos
São obrigados a apresentar a declaração periódica de IVA:
o Os sujeitos passivos de IVA que pratiquem operações com direito à dedução (regime normal), ainda que
se aplique algum regime especial de IVA prevista em legislação avulsa, exceto se especificamente
dispensado;
o Os sujeitos passivos que pratiquem simultaneamente operações com direito à dedução e operações
isentas sem direito à dedução (Sujeitos passivos mistos);

FORMADORA: CARINA REIS 91


Dispensa Declaração periódica de IVA
Estão dispensados de apresentar a declaração periódica de IVA:
o Não sujeitos passivos – Estado e demais entidades públicas quando pratiquem exclusivamente
operações no âmbito dos seus poderes de autoridade, pessoas singulares na sua esfera particular;
o Sujeitos passivos que pratiquem uma única operação tributável (atos isolados) – Liquidam e pagam o
IVA através de modelo P2;

o Sujeitos passivos que pratiquem exclusivamente operações isentas sem direito à dedução (artigo 9º,
artigo 53º e regime de isenção do Regime Especial do Ouro para Investimento);

FORMADORA: CARINA REIS 92


Dispensa Declaração periódica de IVA
Estão dispensados de apresentar a declaração periódica de IVA:
o Sujeitos passivos enquadrados no regime especial dos pequenos retalhistas (artigo 60º) - entregam o
IVA através de modelo P2;
o Sujeitos passivos enquadrados no Regime Forfetário dos Produtores Agrícolas (Artigo 59º-D) –
Entregam uma declaração de Compensação Forfetária;
o Os produtores agrícolas isentos de IVA podem obter uma compensação correspondente a 6% das vendas e serviços agrícolas por si
efetuados em cada semestre a outros sujeitos passivos de IVA (empresas, cooperativas, outros produtores, comerciantes e
prestadores de serviços em geral).

FORMADORA: CARINA REIS 93


DP_IVA
https://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/apoio_contribuinte/modelos_formularios/iva/Documen
ts/declaracao_periodica_IVA.pdf

FORMADORA: CARINA REIS 94


Requisitos da contabilidade – Art. 44º
A contabilidade deve ser organizada de forma a possibilitar o conhecimento claro e inequívoco
dos elementos necessários ao cálculo do imposto, bem como a permitir o seu controlo,
comportando todos os dados necessários ao preenchimento da declaração periódica do imposto.

Devem ser objecto de registo, nomeadamente:


o As transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas pelo sujeito passivo;

o As importações de bens efectuadas pelo sujeito passivo e destinadas às necessidades da sua empresa;

o As transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas ao sujeito passivo no quadro da sua


actividade empresarial.

FORMADORA: CARINA REIS 95


Obrigação de conservação de registos
pelas interfaces eletrónicas – Art. 51ºA
O sujeito passivo que facilitar, mediante a utilização de uma interface eletrónica, a realização de transmissões
de bens ou de prestações de serviços a pessoas que não sejam sujeitos passivos na União Europeia, que não
esteja abrangido pelo disposto nos n.os 9 e 10 do artigo 3.º ou pelo n.º 4 do artigo 4.º, deve conservar registos
detalhados dessas operações de modo a permitir o controlo do imposto devido pelos transmitentes dos bens e
prestadores de serviços que utilizam os seus serviços.

Esses registos devem, quando solicitados, ser disponibilizados por via eletrónica à Autoridade Tributária e
Aduaneira.

Os registos devem ser mantidos pelo prazo de 10 anos a contar do final do ano em que a operação tenha sido
efetuada.

FORMADORA: CARINA REIS 96


Prazo de arquivo e conservação de livros,
registos e documentos de suporte – Art.52º
Os sujeitos passivos são obrigados a arquivar e conservar em boa ordem durante os 10 anos
civis subsequentes todos os livros, registos e respetivos documentos de suporte, incluindo,
quando a contabilidade é estabelecida por meios informáticos, os relativos à análise,
programação e execução dos tratamentos.

FORMADORA: CARINA REIS 97


Regimes Especiais IVA
O Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA) contém regimes especiais que visam,
acima de tudo, dar alternativas de tributação mais equitativas aos sujeitos passivos cuja
realidade seria prejudicada se fossem, obrigatoriamente, incluídos no regime geral de
apuramento do imposto a entregar aos cofres do Estado.

FORMADORA: CARINA REIS 98


Regimes Especiais CIVA
O CIVA prevê especificamente normas fiscais próprias para:
o Regime de isenção – Art. 53º a 59º

o Regime forfetário dos produtores agrícolas – Art. 59ºA a 59ºE

o Regime dos pequenos retalhistas – Art. 60º a 68º

o Regime de tributação dos combustíveis líquidos aplicável aos revendedores – Art.69º a 75º

FORMADORA: CARINA REIS 99


Regimes Especiais IVA – Legislação
Complementar
Regime especial aplicável ao ouro para investimento
Regime especial nas agências de viagens e organizadores de circuitos turísticos
Regime especial dos tabacos manufacturados
Regime da renúncia à isenção do IVA nas operações relativas a bens imóveis 
Regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de
mercadorias
Regime de IVA de caixa 
Regime de reembolso do IVA a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado membro de
reembolso 

FORMADORA: CARINA REIS 100


Entidades Fiscalizadoras – Art. 84º
O cumprimento das obrigações impostas é fiscalizado, em geral, e dentro dos limites da
respectiva competência, por todas as autoridades, corpos administrativos, repartições públicas e
pessoas colectivas de utilidade pública e, em especial, pela Direcção-Geral dos Impostos.

FORMADORA: CARINA REIS 101


Rectificação das declarações e
liquidações adicionais – Art. 87º
A Direcção-Geral dos Impostos procede à rectificação das declarações dos sujeitos passivos
quando fundamentadamente considere que nelas figure um imposto inferior ou uma dedução
superior aos devidos, liquidando adicionalmente a diferença.

FORMADORA: CARINA REIS 102


OE 2021
Taxa reduzida de IVA - Máscaras de proteção respiratória e gel desinfetante cutâneo passa a estar prevista no Código
do IVA.

Isenção na aquisição de bens para combater a Covid-19 - É estendida até 30 de abril de 2021 a isenção de IVA às
transmissões de dispositivos médicos e equipamentos utilizados no combate à Covid-19, listados na Lei n.º 13/2020, de
7 de maio, quando efetuadas às entidades também aí previstas.

IVAucher - O IVAucher consiste num programa de estímulo ao consumo nos setores do alojamento, cultura e
restauração – setores fortemente afetados pela pandemia – por parte de consumidores finais.
o A operacionalização do incentivo depende do consentimento do consumidor, de comunicação das faturas à AT e será realizada
através de compensação interbancária. O Governo irá definir o âmbito e as condições específicas de funcionamento deste
programa.

FORMADORA: CARINA REIS 103

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