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TÉCNICA DE CONTABILIDADE

0577 Imposto sobre o


Património (IMI, IMT, IS)
Formação Tecnológica

Formadora: Ana Paula gamboa


Início do módulo a 5 de Fevereiro de 2013
Terminação do módulo a 19 de Março de 2013
Duração do módulo: 25 horas

Conteúdo: Identificar as obrigações da empresa decorrentes da sujeição aos impostos sobre o


património.
0577 Imposto sobre o Património (IMI, IMT, IS)

IMI (IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS)


•DL nº 287/2003 de 12 de Novembro – reforma da tributação do património aprovando:

•CIMI (Código do Imposto Municipal sobre Imóveis);

Substitui a CA

•CIMT (Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis);

Substitui a SISA

IMI - CARACTERÍSTICAS

 Receita dos municípios onde os prédios rústicos e urbanos se localizam;


 Imposto anual – calculado com base nas Matrizes Prediais em 31 de Dezembro de cada ano;
 Veio estabelecer novas regras de avaliação dos prédios (sistema de avaliações com base em
fatores objetivos);
 É pago em Abril do ano seguinte pelos proprietários ou detentores dos mesmos;

Se o valor a pagar for superior a € 250,00, o imposto poderá ser pago em duas prestações:

 1ª - Até ao final de Abril;


 2ª - Até ao final de Setembro.

INCIDÊNCIA REAL

 Incide sobre o Valor Patrimonial Tributário (VPT) dos prédios rústicos e urbanos situados no
território português.
 O valor tributável é calculado pela determinação do Valor Patrimonial Tributário com base no
tipo de prédio.

O QUE É UM PRÉDIO ?

Elemento físico

Prédio é toda a fração de território, abrangendo as águas, plantações, edifícios e construções de


qualquer natureza nela incorporados ou assentes, com carácter de permanência (superior a 1 ano).

Elemento jurídico

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Uma realidade é considerada prédio, desde que faça parte do património de uma pessoa singular ou
coletiva.

Elemento económico

Uma realidade é considerada prédio desde que tenha valor económico e seja dotada de autonomia
económica em relação ao terreno onde se encontra implantada, embora situada numa fração de
território que constitua parte integrante de um património diverso ou não tenha natureza patrimonial.

CLASSIFICAÇÃO DOS PRÉDIOS

 Rústicos;
 Urbanos;
 Mistos.

Prédios rústicos

Os terrenos situados fora do aglomerado urbano que não sejam de classificar como terrenos para
construção:

Estejam afetos ou que gerem rendimentos agrícolas;

 Não tendo fins agrícolas, não se encontrem construídos ou disponham apenas de edifícios ou
construções de carácter acessório, sem autonomia económica e de reduzido valor;
 Os edifícios e construções, águas e plantações que se encontrem diretamente afetos à produção
de rendimentos agrícolas;
 Os terrenos situados dentro de um aglomerado urbano, desde que não sejam classificados como
terrenos para construção, não possam ter utilização geradora de quaisquer rendimentos ou só
possam ter utilização geradora de rendimentos agrícolas.

NOÇÃO DE USUFRUTO ART.º 1439º. DO CÓDIGO CIVIL

Usufruto é o direito de gozar temporária e plenamente uma coisa ou direito alheio, sem alterar a sua
forma ou substância.

Enquanto a propriedade é um direito de natureza perpétua o usufruto é por sua essência um direito de
duração limitada. Não há só o poder de utilizar uma coisa mas também o poder de apropriação dos
seus frutos.

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DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO USUFRUTUÁRIO

Os direitos e obrigações do usufrutuário são regulados pelo título constitutivo do usufruto; na falta ou
insuficiência deste, observar – se- ão as disposições da lei civil.

DIREITO DE SUPERFÍCIE

O direito de superfície consiste na faculdade de construir ou manter, perpétua ou temporariamente


uma obra em terreno alheio, ou de nele fazer ou manter plantações.

CABEÇA-DE-CASAL

A administração da herança até à sua liquidação e partilha pertence ao cabeça-de-casal.

A quem incube o cargo?

 Ao cônjuge sobrevivo, não separado judicialmente de pessoas e bens, se for herdeiro ou tiver
meação (metade) nos bens do casal.
 Ao testamenteiro, salvo declaração do testador em contrário.
 Aos parentes que sejam herdeiros legais.
 Aos herdeiros testamentários.

De entre os parentes que sejam herdeiros legais, preferem os mais próximos em grau. De entre os
herdeiros legais do mesmo grau de parentesco, ou de entre os herdeiros testamentários, preferem os
que viviam com o falecido há pelo menos 1 ano à data da morte. Em igualdade de circunstâncias,
prefere o herdeiro mais velho.

CLASSES DE SUCESSÍVEIS

A ordem porque são chamados os herdeiros é a seguinte:

1. Cônjuge e descendentes;
2. Cônjuge e ascendentes;
3. Irmãos e seus descendentes;
4. Outros colaterais até ao 4.º grau;
5. O Estado.

Prédios urbanos

•Habitacionais;

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•Comerciais, industriais ou para serviços;

•Terrenos para construção;

•Outros.

Prédios mistos

Prédios com parte rústica e urbana, e se nenhuma das partes puder ser classificada como principal, o
prédio é havido como misto.

Os prédios com as duas partes são classificados de acordo com a parte principal.

INCIDÊNCIA PESSOAL (ARTº.8º)

 É devido pelo proprietário, usufrutuário ou superficiário do prédio.


 O sujeito passivo em IMI é aquele que, em 31 de Dezembro, for proprietário, usufrutuário ou
superficiário.
 Do ponto de vista fiscal, o proprietário, usufrutuário ou superficiário é aquele que figura ou deva
figurar na matriz ou, na falta de inscrição, o que detém a posse do prédio.
 No caso de propriedade resolúvel, o imposto é devido por quem tenha o uso e fruição do prédio.
 Na situação prevista no Art.º 81º do CIMI, o imposto é devido pela herança indivisa representada
pelo cabeça-de-casal.

ISENÇÕES

 A isenção traduz-se num desagravamento fiscal ou num benefício fiscal, em que não há
pagamento de IMI durante um certo período de tempo.

(Art.º 11.º do CIMI, Art.º 44.º a 50.º do EBF e Art.º 10.º e 11.º do D:L: 287/2003, de 12/11).

ENTIDADES PÚBLICAS

Estado, Regiões Autónomas e quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que
personalizados, compreendendo os institutos públicos, que não tenham caráter empresarial, bem
como as autarquias locais e as suas associações e federações de municípios de direito público e as
entidades públicas empresariais responsáveis pela rede pública de escolas.

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ISENÇÕES PERMANENTES

•Monumentos nacionais, imóveis de interesse público e imóveis classificados de valor municipal ou


como património cultural.

•Prédios destinados a representações diplomáticas e consulares.

•Instituições de segurança social e de solidariedade social.

•Prédios destinados a fins estatutários de partidos políticos, associações sindicais, profissionais,


desportivas e juvenis.

•Associações religiosas.

•Pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e de mera utilidade pública e instituições


particulares de solidariedade social.

•Entidades licenciadas para operar nas zonas francas da Madeira e ilha de Santa Maria.

•Prédios rústicos e urbanos destinados e afetos a habitação própria e permanente do sujeito passivo
ou do seu agregado familiar pertencente a sujeitos passivos cujo rendimento bruto total do agregado
familiar englobado, para efeitos do IRS, não seja superior a 2,2 vezes o valor anual do IAS e cujo
valor patrimonial tributário global não exceda 10 vezes o valor anual (mensal x 14) do IAS. (Art.º
46º. do EBF).

ISENÇÕES POR 25 ANOS

Prédios urbanos afetos exclusivamente a parques de estacionamento subterrâneos públicos de


utilidade municipal.

ISENÇÕES POR 7 ANOS

Prédios integrados em empreendimentos de utilidade turística, incluindo os afetos a turismo de


habitação.

ISENÇÕES POR 5 ANOS, RENOVÁVEIS POR MAIS 5 ANOS

Prédios urbanos objeto de ações de reabilitação.

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PRÉDIOS URBANOS DESTINADOS A HABITAÇÃO PRÓPRIA E PERMANENTE

Valor Patrimonial Tributário (€) Período de isenção (anos)

Até 125 000,00 (*) 3

(*) A isenção é aplicável a sujeitos passivos cujo rendimento coletável, no ano anterior ao da
aquisição, não haja excedido €153 300,00. O prazo para apresentação de requerimento para
reconhecimento de isenções de IMI é de 60 dias.

REQUISITOS

-la, nos 6 meses seguintes à aquisição, construção ou


conclusão das obras;

Serviço de Finanças da área do imóvel ou


via Internet, nos 60 dias seguintes à ocorrência do facto;

TAXAS

0,8% do valor patrimonial tributário

0,3% a 0,5% do valor patrimonial tributário.

Outros Prédios urbanos

0,5% a 0,8% do valor patrimonial tributário.

No caso de prédios urbanos devolutos há mais de 1 ano e de prédios em ruínas estas taxas são
elevadas para o dobro.

LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO

os e em relação aos
sujeitos passivos que constem das matrizes em 31 de Dezembro do ano respetivo;

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PAGAMENTO:

 30 de Abril – se o valor a pagar for inferior a € 250,00 ou então pagamento da 1ª prestação,


se o valor for superior a € 250,00;
 30 de Setembro – Pagamento da 2ª prestação.

Pode ser feito:

OBRIGAÇÃO DE INSCRIÇÃO NA MATRIZ


A conclusão de obras de edificação, de melhoramento ou de alterações que façam variar o valor
tributável do prédio bem como a aquisição de um prédio omisso e a mudança de proprietário,
determinam, para o possuidor do prédio, a inscrição ou atualização deste na matriz, por declaração a
apresentar no prazo de 60 dias.

A conclusão de obras de edificação, de melhoramento ou de alterações que façam variar o valor


tributável do prédio bem como a aquisição de um prédio omisso e a mudança de proprietário,
determinam, para o possuidor do prédio, a inscrição ou atualização deste na matriz, por declaração a
apresentar no prazo de 60 dias.

IMT (IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE AS TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS)

– aprovado pelo DL nº 287/2003 de 12 de Dezembro;

INCIDÊNCIA REAL

Incide sobre as transmissões, a título oneroso, de direitos reais sobre bens imóveis do direito de
propriedade ou de figuras parcelares desse direito sobre bens imóveis situados no território nacional.

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(Fatos jurídicos que civilmente se consideram transmissões onerosas de imóveis: compra e venda,
permuta, divisão ou partilha e entrada de imóveis dos sócios para a sociedade, por exemplo).

SITUAÇÕES SUJEITAS A IMT

 Promessas de aquisição e de alienação


 Arrendamento
 Arrendamento ou subarrendamento por mais de 30 anos
 Aquisição de partes sociais nas sociedades com imóveis
 Cláusula de cessão da posição contratual em contrato-promessa de aquisição e alienação de bens
imóveis
 Cessão da posição contratual
 Procuração irrevogável e respetivo substabelecimento
 Cedência de posição contratual ou ajuste de revenda
 Venda ou cessão do direito a águas
 Resolução, invalidade ou extinção de contrato de compra e venda ou troca e de contrato-
promessa
 Transmissão de benfeitorias
 Aquisição de bens imóveis por acessão

VALOR TRIBUTÁVEL

Princípio regra

•O IMT incide sobre o valor constante do ato ou do contrato ou sobre o valor patrimonial tributário,
se este for superior.

(Há, contudo, algumas regras particulares de determinação do valor tributável)

REGRA GERAL (Q UEM ADQUIRE OS IMÓVEIS É QUEM TEM DE PAGAR O


IMPOSTO )

•A taxa de IMT incidirá sobre o maior dos seguintes valores:

•VPT – Corresponde ao valor que consta nas matrizes à data da liquidação;

•Valor constante no contrato – corresponde ao valor pago pelo comprador;

•Valor de avaliação – Montante a considerar em caso de prédios omissos nas matrizes ou quando não
existir consenso sobre o valor patrimonial quer do contribuinte, quer do Fisco.

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INCIDÊNCIA SUBJETIVA

O imposto é devido pelas pessoas, singulares ou coletivas, para quem se transmitem os imóveis.

Alguns exemplos.

da sua quota nesses bens, ou seja, por aquele que dá tornas;

utante dos bens de maior valor;

ISENÇÕES

a)O Estado, as Regiões Autónomas, as autarquias locais e as associações e federações de municípios


de direito público, bem como quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que
personalizados, compreendidos os institutos públicos, que não tenham caráter empresarial;

b) Os Estados estrangeiros pela aquisição de edifícios destinados exclusivamente à sede da respetiva


missão diplomática ou consular ou à residência do chefe da missão ou do cônsul, bem como dos
terrenos para a sua construção, desde que haja reciprocidade de tratamento;

c) As constantes de acordo entre o Estado e quaisquer pessoas, de direito público ou privado, que são
mantidas nos termos da respetiva lei;

d) As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e de mera utilidade pública, quanto aos
bens destinados, direta e imediatamente, à realização dos seus fins estatutários;

e) As instituições particulares de solidariedade social e entidades a estas legalmente equiparadas,


quanto aos bens destinados, direta e imediatamente, à realização dos seus fins estatutários;

f) As aquisições de bens para fins religiosos, efetuadas por pessoas coletivas religiosas, como tal
inscritas, nos termos da lei que regula a liberdade religiosa;

g) As aquisições de prédios individualmente classificados como de interesse nacional, de interesse


público ou de interesse municipal, nos termos da legislação aplicável;

h) As aquisições de bens situados nas regiões economicamente mais desfavorecidas, quando


efetuadas por sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial, que os destinem ao exercício,
naquelas regiões, de atividades agrícolas ou industriais consideradas de superior interesse económico
e social;

As aquisições de bens por associações de cultura física, quando destinados a instalações não
utilizáveis normalmente em espetáculos com entradas pagas;

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j) As aquisições de prédios rústicos que se destinem à primeira instalação de jovens agricultores


candidatos aos apoios previstos no Decreto-Lei n.º 81/91, de 18 de Fevereiro, ainda que operadas em
épocas diferentes, até ao valor previsto no artigo 9.º, independentemente do valor sobre que incidiria
o imposto ultrapassar aquele limite;

l) As aquisições por museus, bibliotecas, escolas, entidades públicas empresariais responsáveis pela
rede pública de escolas, institutos e associações de ensino ou educação, de cultura científica, literária
ou artística e de caridade, assistência ou beneficência, quanto aos bens destinados, direta ou
indiretamente, à realização dos seus fins estatutários.

ISENÇÕES A RTIGO 9.º

Isenção pela aquisição de prédios destinados exclusivamente a habitação

São isentas do IMT as aquisições de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano
destinado exclusivamente a habitação própria e permanente cujo valor que serviria de base à
liquidação não exceda (euro) 92 407.

TAXAS (ART.º 17.º)

Prédio urbano ou fração autónoma destinados exclusivamente a habitação própria e permanente

Valor sobre que incide o IMT Taxas percentuais

(em euros) Marginal Média (*)

Até 92 407 0 0
De mais de 92 407 e até 126 403 2 0,537 9
De mais de 126 403 e até 172 348 5 1,727 4
De mais de 172 348 e até 287 213 7 3,836 1
De mais de 287 213 e até 574 323 8 -

Superior a 574 323 6 (taxa única)

(*) No limite superior do escalão

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TAXAS (ART.º 17.º)

Prédio urbano ou fração autónoma destinado exclusivamente a habitação que não seja própria e
permanente

Valor sobre que incide o IMT Taxas


percentuais

(em euros) Marginal Média (*)

Até 92 407 1 1
De mais de 92 407 e até 126 403 2 1,268 9
De mais de 126 403 e até 172 348 5 2,263 6
De mais de 172 348 e até 287 213 7 4,157 8
De mais de 287 213 e até 550 836 8 -

Superior a 550 836 6 (taxa única)

(*) No limite superior do escalão

TAXAS (ART.º 17.º)

Prédios rústicos

A taxa de IMT é de 5%

Adquirentes residentes em território ou região sujeito a um regime fiscal mais favorável

A taxa é de 10%, não se aplicando qualquer isenção ou redução, sem prejuízo da aplicação do regime
da “conta poupança”.

Restantes casos

A taxa é de 6,5%.

LIQUIDAÇÃO

1 - A liquidação do IMT é de iniciativa dos interessados, para cujo efeito devem apresentar, em
qualquer serviço de finanças ou por meios eletrónicos, uma declaração de modelo oficial
devidamente preenchida.

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2 - A liquidação é promovida oficiosamente pelos serviços de finanças que forem competentes e


sempre que os interessados não tomem a iniciativa de o fazer dentro dos prazos legais, bem como
quando houver lugar a qualquer liquidação adicional, sem prejuízo dos juros compensatórios a que
haja lugar e da penalidade que ao caso couber.

3 - A declaração prevista no n.º 1 deve também ser apresentada, em qualquer serviço de finanças ou
por meios eletrónicos, antes do ato ou facto translativo dos bens, nas situações de isenção.

COMPETÊNCIA PARA A LIQUIDAÇÃO

1 - O IMT é liquidado pelos serviços centrais da Direcção-Geral dos Impostos, com base na
declaração do sujeito passivo ou oficiosamente, considerando-se, para todos os efeitos legais, o ato
tributário praticado no serviço de finanças competente.

2 - Para efeitos do número anterior, são aplicáveis as regras seguintes:

 Quando a liquidação for efetuada com base na declaração do sujeito passivo,


considera-se competente para a liquidação do IMT, o serviço de finanças onde é
apresentada a declaração referida no n.º 1 do artigo 19.º;
 Nos casos em que a liquidação é promovida oficiosamente considera-se
competente para a liquidação do IMT, o serviço de finanças da área da situação dos
prédios, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

3 - Nas alienações de herança ou de quinhão hereditário, bem como no caso de transmissões por
partilha judicial ou extrajudicial, a liquidação do IMT é sempre promovida pelo serviço de finanças
competente para a liquidação do imposto do selo.

4 - Nos casos previstos no numero anterior, se não houver lugar a liquidação de imposto do selo, a
liquidação do IMT é promovida pelo serviço de finanças onde estiverem situados os bens, e se estes
ficarem situados na área de mais de um serviço de finanças, por aquele a que pertencerem os de
maior valor patrimonial tributário.

MOMENTO DA LIQUIDAÇÃO

Regra:

O IMT é liquidado antes do ato ou facto translativo dos bens.

(Existem outras regras para as situações descritas no nº 3 do artigo 2.º).

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PRAZOS E LOCAL PARA PAGAMENTO

 O IMT deve ser pago no próprio dia da liquidação ou no primeiro dia útil seguinte, sob pena de
esta ficar sem efeito.
 O IMT é pago nas tesourarias de finanças ou em qualquer outro local autorizado nos termos da
lei, mediante documento de cobrança de modelo oficial.

IMPOSTO DE SELO

ões sujeitas a IVA e dele não isentas não


estão sujeitas a IS);

favor de pessoas singulares que não sejam herdeiros legitimários do doador ou autor da sucessão;

sucessões e doações deixaram de estar sujeitas a qualquer tributação.

INCIDÊNCIA OBJETIVA (ARTº 1º)

atos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis e outros factos previstos na


Tabela Geral, incluindo as transmissões gratuitas de bens;

INCIDÊNCIA SUBJECTIVA

Ato ou operação Parte com interesse


económico
Constituição de uma sociedade e Sociedade a constituir
capitais
Aumento de capital de uma Sociedade cujo capital é
sociedade de capitais aumentado

Transferência de sede estatutária Sociedade cuja sede ou


ou de direção efetiva de uma direção efetiva é transferida

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sociedade de capitais
Contratos de trabalho Empregador
Aquisição de imóveis por O adquirente
compra ou doação
Arrendamento ou O locador ou o sublocador
subarrendamento
Garantias Quem está obrigado a
apresentá-las
Concessão de crédito O utilizador do crédito
Operações realizadas por O cliente
instituições financeiras
Cheques O titular da conta
Letras e livranças O sacado e o devedor
Outros títulos de crédito O credor
Contratos de reporte O primeiro alienante
Seguros O tomador
Atividade de mediação de O mediador
seguros
Quaisquer outros atos, contratos O requerente, o requisitante,
e operações o primeiro signatário, o
beneficiário, o destinatário
dos mesmos, bem como o
prestador ou fornecedor de
bens e serviços.

DEVERÁ SER LIQUIDADO IS SE O SUJEITO PASSIVO :

o Arrendar uma casa, loja, escritório ou armazém;


o Celebrar um contrato de trabalho, de prestação de serviços ou de fornecimento de água e luz;
o Adquirir uma casa, loja, escritório, armazém ou qualquer tipo de imóvel;
o Subscrever um seguro;
o Emitir cheques;
o Registar uma marca ou patente;
o Executar atos notariais como celebração de escrituras, redação de procurações ou testamentos;
o Prestar garantias: aval, caução, fiança, garantia bancária, hipoteca ou penhor;
o Subscrever uma letra ou uma livrança;
o Participar ou apostar em jogos;
o Receber uma herança de um primo, de um tio ou de um amigo.

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INCIDÊNCIA SUBJETIVA

proceder à sua liquidação,


cobrança e entrega nos cofres do Estado.

realizado.

ISENÇÕES SUBJETIVAS (ART.º 6º)

direito público e quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que
personalizados, compreendidos os institutos públicos, que não tenham carácter empresarial;

mente equiparadas;

verba 1.2 da tabela geral de que são beneficiários.

OUTRAS ISENÇÕES

ões em sede de Imposto de Selo.

LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA

competência das seguintes entidades:

Notários, conservadores e outros organismos públicos, relativamente aos atos e contratos em que
sejam intervenientes ou que lhes sejam apresentados para efeitos legais.

Entidades que concedem crédito, peticionárias da garantia ou credoras dos juros, prémios, comissões
e outras contraprestações.

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Instituições financeiras e entidades equiparadas residentes quando realizam intermediação em


operações de crédito com instituições financeiras e entidades equiparadas não residentes.

Companhias de seguros relativamente aos prémios cobrados e às comissões pagas.

Entidades emitentes de letras, livranças e outros títulos de crédito.

Entidades emitentes de cheques.

Locador e sublocador, nos contratos de arrendamento e subarrendamento.

Entidades que intervenham em atos e contratos ou emitam ou utilizem os documentos, livros, títulos
ou papéis.

DECLARAÇÕES E OUTRAS OBRIGAÇÕES

 Estas entidades são ainda obrigadas a ter contabilidade organizada, devendo ser possível
identificar e verificar as operações sujeitas a imposto de selo bem como os valores liquidados e
suportados.
 É necessário efetuar e manter atualizado o registo dos atos e operações sujeitos a imposto
realizados, mencionando designadamente:
 O valor dos atos e operações correspondentes a cada verba da TGIS;
 O valor dos atos e operações isentos de imposto correspondentes a cada verba da TGIS;
 O valor de imposto liquidado por verba da TGIS;
 Os registos e os documentos que lhes servem de suporte devem ser conservados em bom estado
durante 10 anos.
 As operações sujeitas a imposto de selo deverão ser incluídas na declaração anual que integra a IES,
em anexo próprio, devendo indicar-se o valor do imposto liquidado a outras entidades e o valor do
imposto em nome do sujeito passivo.
 Este impresso deve ser entregue até 15 de julho.

VALOR TRIBUTÁVEL

diretamente de acordo com as disposições do Código e da


Tabela Geral do Imposto de Selo.

Valor do bem x%

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TAXAS ART.º 22.º

1 - As taxas do imposto são as constantes da Tabela anexa em vigor no momento em que o imposto é
devido.

2 - Não haverá acumulação de taxas do imposto relativamente ao mesmo ato ou documento.

3 - Quando mais de uma taxa estiver prevista, aplica-se a maior.

4 - O disposto nos n.os 2 e 3 não se aplica aos factos previstos nas verbas n.os 1.1, 1.2, 11.2 e 28 da
Tabela Geral.

IUC- IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO


INCIDÊNCIA SUBJECTIVA
São sujeitos passivos do imposto os proprietários dos veículos, considerando se como tais as pessoas
singulares ou colectivas, de direito publico ou privado, em nome das quais os mesmos se encontrem
registados.
São equiparados a proprietários os locatários financeiros, os adquirentes com reserva de propriedade,
bem como outros titulares de direitos de opção de compra por força de contrato de locação.

INCIDÊNCIA TEMPORAL (ART.º 4.º)


O imposto único de circulação é de periodicidade anual, sendo devido por inteiro em cada ano a que
respeita.
O período de tributação corresponde ao ano que se inicia na data da matrícula ou em cada um dos
seus aniversários, relativamente aos veículos das categorias A, B, C, D, e E, e ao ano civil,
relativamente aos veículos das categorias F e G.
O imposto é devido até ao cancelamento da matrícula ou registo em virtude de abate efectuado nos
termos da lei.

PRAZO PARA LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO


No ano da matrícula ou registo de veículo em território nacional, o imposto é liquidado pelo sujeito
passivo do imposto nos 30 dias posteriores ao termo do prazo legalmente exigido para o respectivo
registo.
Nos anos subsequentes o imposto deve ser liquidado até ao termo do mês que se torna exigível.

Técnica de Contabilidade 17

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