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VIDA ATIVA

CFP Portimão

UFCD 0568
Imposto sobre o valor
acrescentado (IVA)

Formador: Marcus Martins


IVA - Introdução
 Aprovado pelo Decreto-Lei nº394-B/84, de 26 de Dezembro
 Entrada em vigor: 1 de Janeiro de 1986
 Regime do IVA nas transações intracomunitárias Decreto-Lei
nº 290/92, de 28 de Dezembro

 Características do Imposto:
 Imposto sobre o consumo (Transmissões de bens, prestações
de serviços e importações)
 Imposto plurifásico (Produtor-Retalhista)
 Imposto não cumulativo (Método do crédito do Imposto)
 Economicamente Neutro para o sujeito passivo

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IVA - Introdução
 Como se calcula o Imposto?
 Método do crédito do imposto

Todos os operadores ao longo de um circuito económico


são obrigados a liquidar imposto nas suas operações.
No entanto, para determinar o imposto a entregar nos
cofres do Estado, cada operador deverá deduzir ao
montante do imposto liquidado o montante do
imposto que onerou as suas aquisições e que deverá
constar das facturas dos seus fornecedores.

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IVA – Incidência ( artºs 1º a 8º do
CIVA)
 Estão sujeitas a imposto:
 Transmissões de bens e as prestações de
serviços, efetuadas a titulo oneroso por um
sujeito passivo atuando como tal, que ocorram
no território nacional
 Importações de bens
 Aquisições intracomunitárias reguladas pelo
RITI

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Transmissão de bens
(art. 3º do CIVA)
 O CIVA define como transmissão de bens a
transferência de bens corpóreos por forma
correspondente ao exercício do direito de
propriedade.

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Operações assimiladas a transmissão
de bens
Sujeitas a Imposto
 -Locação – Venda
 -Venda com reserva de propriedade
 -Transferência de bens entre comitente e comissário
 -Contrato de consignação e não devolução de bens
 -Empreitada de bens móveis produzidos ou montados
sob encomenda quando o empreiteiro fornecer a
totalidade dos materiais
 -Autoconsumo externo e transmissões a titulo
gratuito
 -Transferência de bens de um sector sujeito a imposto
para um sector isento
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Prestações de Serviços
(art. 4º do CIVA)
 São consideradas Prestações de Serviço, todas
as operações que não sejam consideradas
Importações nem transmissões de bens nem
aquisições Intracomunitárias.

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Operações assimiladas a prestações
de serviços
 -Prestações de serviços a titulo gratuito
 -Entrega de bens móveis quando o dono da
obra tenha fornecido os materiais
 -Cedência temporária ou definitiva de um
jogador
 -As indemnizações de promoção e de
valorização, previstas no contrato de trabalho
desportivo

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Importação
(art. 5º do CIVA)
 Considera-se Importação a entrada em
território nacional, de bens originários ou
provenientes de países terceiros e que não se
encontrem em livre prática.
Nota: Não podem passar por países da U.E.

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Incidência Pessoal
Sujeito Passivo
(art. 2º do CIVA)
São sujeitos passivos do imposto, isto é, são
devedores do imposto:
As pessoas singulares ou coletivas que, de um modo
independente e com carácter de habitualidade,
exerçam atividades de:
 Produção
 Comércio ou de prestações de serviços
 Atividades extrativas e agrícolas
 Profissões livres

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Incidência Pessoal
Sujeito Passivo
(art. 2º do CIVA)
 As que praticam uma só operação tributável,
desde que essa operação preencha os pressupostos
de incidência real de IRS e de IRC
 As pessoas singulares ou coletivas que, segundo a
legislação aduaneira, realizem importações de
bens;
 As pessoas singulares ou coletivas que, em faturas
ou documentos equivalentes, mencionem
indevidamente IVA.
 As pessoas singulares ou coletivas que efetuem
operações intracomunitárias.

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Incidência Pessoal
Sujeito Passivo
(art. 2º do CIVA)
Autoliquidação “REVERSE CHARGE”

 Obrigação dos operadores económicos, enquanto


adquirentes, de liquidar e entregar o imposto
pela:
- Aquisição de serviços a prestadores não
estabelecidos em Território Nacional previstos no
art.° 6.° do CIVA;
- Aquisição dos bens ou serviços a sujeitos passivos
não estabelecidos ou sem disporem em Território
Nacional de um representante fiscal nos termos do
art.° 30.° do CIVA
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Incidência Pessoal
Sujeito Passivo
(art. 2º do CIVA)
Autoliquidação “REVERSE CHARGE”

 Aquisição de gás natural e de eletricidade nas


condições previstas no art.° 6.°, n.º 4 do CIVA
 Aquisição de bens e serviços referidos no Anexo E
(sucatas).
 Adquirentes de serviços de construção civil.
 Adquirentes de prestações de serviço relacionadas
com a emissão de gases com efeito de estufa.

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Outros Sujeitos Passivos:
 -O Estado e Pessoas coletivas de direito público, quando realizem
operações fora dos seus poderes de autoridade.
Estas entidades serão sempre sujeitos passivos do imposto quando
exerçam de forma significativa as seguintes operações:
 Telecomunicações,
 Distribuição de gás, água e eletricidade;
 Transporte de pessoas;
 Transmissão de bens novos cuja produção se destina à venda;
 Operações de organismos agrícolas;
 Exploração de feiras e de exposições de carácter comercial;
 Armazenagem;
 Cantinas;
 Radiodifusão e Radiotelevisão.

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Isenções
(art. 9º a 15º do CIVA)
As isenções em IVA classificam-se em:
 Isenções simples ou incompletas – o operador
económico não liquida o imposto nas suas operações
mas também não pode deduzir o imposto que suporta
nas suas aquisições;
 Isenções completas ou “taxa 0” – o operador não
liquida o imposto nas suas operações mas pode
deduzir o imposto suportado nas suas aquisições.

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Isenções nas operações internas
(art.9º do CIVA)
Grosso modo, são as seguintes as atividades isentas:
 As prestações de serviços médicos e sanitários efetuados por
estabelecimentos hospitalares, clínicas e similares;
 As prestações de serviços efetuadas pelos protésicos dentários;
 As prestações de serviço que tenham por objeto a formação
profissional, efetuadas por organismos de direito público ou
entidades reconhecidas como tendo competência nos domínios
da formação e reabilitação profissionais;
 As prestações de serviços dos músicos e outros artistas bem
como dos desportistas, efetuadas aos respetivos promotores;
 A transmissão do direito de autor e a autorização para
utilização da obra intelectual;

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Isenções nas operações internas
(art.9º do CIVA)
 Operações efetuadas por organismos sem finalidade lucrativa, por
organismos de direito público ou por instituições de solidariedade
social;
 Operações de natureza bancária e financeiras, bem como as de
seguro e resseguro;
 Operações imobiliárias, nomeadamente o arrendamento e a
transmissão de bens imóveis;
 Operações efetuadas no âmbito das atividades agrícola, silvícola e
pecuária;
 Serviços de alimentação e bebidas fornecidos pelas entidades
patronais aos seus empregados.
 As prestações de serviço e as transmissões de bens conexas,
efetuadas pelos serviços postais, com exceção das
telecomunicações;
 As transmissões, pelo seu valor facial, dos selos de correio em
circulação ou de valores selados, e bem assim as respetivas
comissões,
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 As prestações de serviços efetuadas por empresas funerárias e de
Renúncia à Isenção
(art. 12º do CIVA)
Tendo em conta que as isenções simples são penalizantes, uma
vez que o sujeito passivo não pode deduzir o imposto
suportado, irá repercuti-lo ao seu cliente, elevando assim os
preços de venda e não dando ao adquirente direito à dedução é
concedida a opção pela sujeição ao imposto às seguintes
atividades:
 -Prestações de serviços médico - sanitários efetuadas por
estabelecimentos hospitalares privados;
 -Locação e transmissão de imóveis;
 -Prestações de serviços que têm por objeto a formação
profissional;
 -Serviços de alimentação e bebidas fornecidas pela entidade
patronal aos seus empregados.

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Consequências da renúncia
 A renúncia à isenção, dá a possibilidade ao
sujeito passivo de exercer o direito à dedução
do imposto suportado nas suas aquisições, mas
obriga à liquidação de impostos nas suas
operações.

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O direito à opção é exercido:
 Na declaração de início de atividade (caso se
pretenda a opção desde o início da atividade);
 Na declaração de alterações (se a opção for
posterior ao início da atividade).
 Em ambos os casos a opção produz efeitos na
data da apresentação da respetiva declaração.
 Tendo exercido o direito de opção, o sujeito é
obrigado a nele permanecer durante um
período de, pelo menos, cinco anos.

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Fim do regime de opção
Se passados os cinco anos, o sujeito passivo
pretender voltar ao regime de isenção deverá:
 Apresentar, durante o mês de Janeiro de um dos anos
seguintes àquele em que tiver completado o prazo do
regime de opção, a declaração de alterações, a qual
produzirá efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da
sua apresentação;
 Sujeitar à tributação as existências (inventários)
remanescentes e proceder à regularização da dedução
quanto a bens do ativo imobilizado (investimentos)

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Isenções nas Importações
(art. 13º do CIVA)
 Trata-se de isenções objetivas, isto é, a isenção
respeita aos próprios bens e não à qualidade do
importador.

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Isenções nas exportações, operações
assimiladas a exportações e
transportes internacionais
(art. 14º do CIVA)
 A neutralidade do IVA em relação ao comércio
internacional é conseguida através da tributação no
país de destino, isto é, aquele onde os bens são
consumidos.
 Os bens saem do país exportador sem qualquer carga
fiscal e, serão tributados à entrada do país importador.
 Verifica-se assim uma isenção completa (o sujeito
passivo não liquida imposto nas operações mas terá o
direito ao reembolso do imposto pago a montante)
nas exportações e nas operações diretamente
relacionadas com o comércio externo. 23
Valor Tributável
(art. 16º e 17º do CIVA)
Nas transações internas
 O valor tributável é o valor dos bens e serviços sobre o qual
irá incidir a taxa do imposto.
O valor tributável não incluirá, isto é, não serão tributados:
 -Os juros pelo pagamento diferido da contraprestação e as
quantias recebidas a título de indemnização;
 -Os descontos, abatimentos e bónus concedidos;
 -As quantias pagas em nome e por conta do cliente, desde que
na contabilidade sejam registadas em contas de terceiros
apropriados;
 -As embalagens, desde que não sejam efetivamente
transacionadas.

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Nas operações assimiladas
 Nas operações assimiladas a transmissões de
bens o valor tributável será o preço de
aquisição dos bens ou de bens similares ou, na
sua falta, o preço de custo, reportado ao
momento da realização da operação.
 Nas operações assimiladas a prestações de
serviços, o valor tributável será o valor normal
da operação.

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Nas importações
 O valor tributável nas importações será
constituído pelo valor aduaneiro determinado
de acordo com as disposições comunitárias em
vigor.
 Caso os elementos para efeito de determinação
da taxa sejam expressos em moeda estrangeira,
a taxa de câmbio a aplicar será determinada de
acordo com as disposições comunitárias em
vigor para o cálculo do valor aduaneiro.

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Taxas de Imposto
(art. 18º do CIVA)
As taxas de imposto são diferentes consoante as operações
tributáveis sejam consideradas localizadas no Continente ou nas
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
As taxas a vigorar no Continente são as seguintes:
 6% (a taxa reduzida) que se aplica às importações, transmissões
de bens e prestações de serviços mencionados na Lista I anexa
ao CIVA,
 13% (a taxa intermédia) que se aplica às importações,
transmissões de bens e prestações de serviços mencionados na
lista II anexa ao CIVA,
 23% (taxa normal) que se aplica às importações, transmissões
de bens e prestações de serviço não incluídos na Lista I e II e aos
serviços prestados por via electrónica.
Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira as taxas
aplicáveis são, respetivamente, 4%, 9% e 18% e 5%, 12% 22%
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Deduções e Apuramento do Imposto
(art. 19º a 26º do CIVA)
Âmbito do direito à dedução:
Para o apuramento do imposto, o sujeito
passivo pode deduzir o imposto incidente
sobre as seguintes operações:
 O imposto que lhe foi faturado na aquisição de
bens e serviços por outros sujeitos passivos;
 O imposto devido pelas importações.

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Condições para exercer o direito à dedução
(art. 19º do CIVA)
 O sujeito passivo só pode exercer o direito à
dedução do imposto mencionado em fatura ou
documento passado de forma legal, em seu
nome e na sua posse.
 Quanto ao imposto suportado nas importações,
o sujeito passivo só pode exercer o direito à
dedução com base no recibo do pagamento do
IVA que faz parte das declarações de
importação.

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Operações que dão direito à dedução
(art. 20º do CIVA)
 Quanto à dedução do imposto, o sujeito
passivo só poderá deduzir o imposto que tenha
suportado na aquisição de bens e serviços e na
importação de bens, desde que essas
aquisições contribuam para a realização de
operações sujeitas a imposto e dele não
isentas. Significa isto que, a realização de
operações, ou atividades isentas (isenções
simples) não permitem ao sujeito passivo
deduzir a totalidade do imposto suportado.
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Operações que dão direito à dedução
(art. 20º do CIVA)
 No entanto, existem operações
isentas que conferem ao sujeito
passivo a dedução do imposto
suportado no exercício da sua
atividade (isenção completa).
Encontram-se nesta situação, entre
outras, as exportações, as operações
assimiladas a exportações e os
transportes internacionais. 31
Limitações do direito à dedução
(art. 21º do CIVA)
Existem no entanto algumas exceções a este direito, isto é, o sujeito passivo não
poderá deduzir o imposto suportado na aquisição de determinados bens e serviços.
São eles:
 Aquisição, locação, manutenção e todas as despesas relacionadas com as viaturas
de turismo, barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos;
 Despesas respeitantes à aquisição de combustíveis, com exceção do gasóleo, do
GPL e do gás natural que conferem o direito à dedução de 50%.
No entanto, o imposto contido na aquisição do gasóleo, do GPL e do gás natural
será deduzido a 100% se destinado a:
-Veículos pesados de passageiros;
-Veículos licenciados para transportes públicos, com exceção dos rent-a-car;
-Máquinas consumidoras de gasóleo, GPL ou gás natural que não sejam veículos
matriculados;
-Tratores com emprego exclusivo na atividade agrícola.
-Veículos de transporte de mercadorias, com peso superior a 3 500 kg.
 Despesas de deslocação, alojamento, alimentação, etc., bem como todas as
despesas que pela sua natureza ou montante, não constituem despesa normais de
exploração.

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Nascimento do direito à dedução
(art. 22 do CIVA)
 O direito à dedução nasce no momento em que
o imposto dedutível se torna exigível, isto é, o
adquirente dos bens ou dos serviços tem o
direito a deduzir o imposto no mesmo
momento em que o imposto liquidado pelo
fornecedor dos bens ou prestador dos serviços,
se torna exigível.

33
Prazos para exercer o direito à dedução
(art. 22º do CIVA)
 O imposto suportado deve ser deduzido no período de
imposto correspondente à data de emissão da fatura
ou documento equivalente e deve ser efetuado na
respetiva declaração periódica.
 Nos casos em que não for possível cumprir aquele
prazo, poderá o sujeito passivo exercer o direito à
dedução no período ou período posterior àquele em
que a fatura for recebida
 Não obstante estes prazos, pode ainda o sujeito
passivo exercer o direito à dedução até ao decurso de
quatro anos contados a partir do nascimento do
direito à dedução.

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Apuramento do imposto Art. 41º
O cálculo da dívida tributária, é dado por uma operação de
subtração resultante do método do crédito de imposto, isto é, o
sujeito passivo para apurar o imposto devido, deduz ao
imposto liquidado nas suas operações, durante um período de
imposto, o imposto suportado nas aquisições do mesmo
período.
Os períodos de imposto são dois:
 -Mensal para os sujeitos passivos com um volume de
negócios anual superior a € 650.000,00;
 -Trimestral para os sujeitos passivos com um volume
de negócios anual inferior a € 650.000,00.
O apuramento do IVA é feito na respectiva declaração
periódica. 35
Apuramento do imposto
Para determinar o imposto a entregar ao Estado, ou o
crédito de imposto perante o Estado, o sujeito passivo
deverá ter em conta, em cada período de tributação:
 -o imposto liquidado e o imposto dedutível, relativo às
operações efetuadas nesse período;
 -as regularizações mensais ou trimestrais efetuadas;
 -o crédito de imposto reportado do período anterior;
 -as regularizações a favor do Estado respeitante a correções
de erros praticados na declaração do período anterior (caso
se verifiquem);
 -as regularizações a favor do sujeito passivo comunicadas
pelo SIVA (Serviço Administrativo do IVA).
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Método de reporte
 No apuramento do imposto, pode verificar-se
uma situação de crédito para o sujeito passivo
ou seja, o montante do imposto a deduzir é
superior ao montante do imposto liquidado.
Neste caso, o excesso pode ser objeto de
reporte para o período fiscal seguinte (campo
96 da declaração periódica).

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Método do reembolso
O pedido de reembolso está limitado às
situações em que o montante do crédito
ultrapassa € 250,00

A solicitação do reembolso não implica a


apresentação formal de qualquer pedido,
limitando-se o sujeito passivo, quando poder
optar entre o reporte e o reembolso, a
expressar a sua escolha na declaração
periódica assinalando para o efeito o respetivo
campo.
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Prazos de reembolso
 O prazo máximo que a Administração Fiscal
tem para efetuar o reembolso é de dois meses
para os sujeitos passivos no regime trimestral e
1 mês para o regime mensal. Para reembolsos
superiores a € 30.000,00 os SIVA exigem uma
garantia bancária.

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Sujeitos passivos mistos
(art. 23º do CIVA)
 São aqueles que realizam operações tributadas (com
direito à dedução) e operações isentas (sem direito à
dedução). Para estes operadores, o direito à dedução é
incompleto, pois apenas podem deduzir o imposto
suportado para a realização das operações tributadas.
Para a determinação do direito à dedução para estes
sujeitos passivos, existem dois métodos:
 O método de dedução ou pró rata, como método
dominante;
 O método da afetação real, como método supletivo,
para além de ainda se poder aplicar simultaneamente
estes dois métodos.

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Método da percentagem de dedução ou pró
rata
(art. 23º do CIVA)
 Este método caracteriza-se pelo facto de o
direito à dedução ser proporcional ao valor das
operações tributáveis e isentas com direito à
dedução relativamente ao volume de negócios
total
Operações c/ direito à dedução
Pro rata = ------------------------------------- %
Total das operações

41
Regularizações das deduções
(art. 23º do CIVA)
 Como os valores para a determinação do pro rata só
são conhecidos no final do ano, o pro rata aplicado
durante um determinado ano será o do ano anterior,
efetuando-se a sua correção no ano seguinte, de
acordo com os resultados obtidos através do pro rata
definitivo do ano em causa. Temos assim que as
deduções efetuadas com base no pro rata provisório
são deduções provisórias pelo que deverão ser
regularizadas de acordo com o pro rata definitivo
determinado no ano seguinte. Esta regularização
constará na declaração periódica no quadro 06
(campo 40 ou 41).

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Método da afectação real
(art. 23º do CIVA)
 O método de afetação real, menos complexo
que o da percentagem de dedução, consiste em
separar contabilisticamente as aquisições
efetuadas para o sector isento das efetuadas
para o sector sujeito.

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Obrigações (artºs 29º a 52º do CIVA)

Declarativas:
 Declaração de início
 Declaração de alterações
 Declaração periódica
 Declaração de cessação
 Mapas recapitulativos de clientes e
fornecedores

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Obrigações (artºs 29º a 52º do CIVA)

Pagamento:
 Regime normal mensal
 Regime normal trimestral
Faturação:
 Faturação simples
 Faturação global
Contabilidade e escrituração
 Contabilidade regularmente organizada
 Livros de registo 45
Entrega e Pagamento (artºs 27º e 41º
do CIVA)
Prazo de entrega das declarações periódicas (Art. 41)

1 - Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º, a


declaração periódica deve ser enviada por transmissão
eletrónica de dados, nos seguintes prazos:
 a) Até ao dia 10 do 2.º mês seguinte àquele a que respeitam as
operações, no caso de sujeitos passivos com um volume de
negócios igual ou superior a € 650 000 no ano civil anterior;
 b) Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil a
que respeitam as operações, no caso de sujeitos passivos com
um volume de negócios inferior a € 650 000 no ano civil
anterior. 46
Regimes Especiais
Regime especial de Isenção
(art. 53º a 59º do CIVA)
Este regime, bastante simplificado, abrange os
sujeitos passivos que reúnam cumulativamente as
seguintes condições:
 Não tenham nem sejam obrigados a ter contabilidade
devidamente organizada para efeitos do IRS ou IRC;
 Não pratiquem operações de exportação ou
importação ou atividades com elas conexas;
 Não tenham atingido no ano civil anterior um volume
de negócios superior a € 12.500,00;

47
Regimes Especiais
Regime especial de Isenção
(art. 53º a 59º do CIVA)

Os sujeitos passivos abrangidos por este regime não


liquidam imposto nas suas operações mas também
não podem exercer o direito à dedução do imposto
suportado nas suas aquisições. Estes sujeitos passivos
não têm imposto a entregar nos cofres do Estado.
No entanto, caso estes sujeitos passivos liquidem
indevidamente o imposto, este deve ser entregue na
competente Tesouraria da Fazenda Pública, no prazo
de 15 dias a contar da emissão da fatura ou
documento equivalente.

48
Obrigações
São as seguintes as obrigações dos sujeitos passivos do regime
de isenção:
 Entrega da declaração de início de atividade;
 Entrega da declaração de cessação da atividade;
 Entrega da declaração de alterações, sempre que se verifique
qualquer alteração à atividade, pois as alterações que se
verificarem vão originar alterações no seu comportamento.
Os sujeitos passivos enquadrados neste regime não estão
dispensados da obrigação de emitir fatura ou documento
equivalente e deverão apor-lhe a menção: “IVA – Regime de
Isenção”.

49
Alterações do volume de negócios
(art. 58º do CIVA)
1ª Hipótese
Por força da alteração do volume de negócios o sujeito passivo
passa do regime de isenção ao regime normal.
Nestas situações a obrigatoriedade da entrega da declaração de
alterações verifica-se:
 No prazo de 15 dias a contar da fixação definitiva de
rendimento de IRS ou IRC baseado em volume de negócios
superior àqueles limites:
 No mês de Janeiro do ano seguinte àquele em que os
contribuintes de IRS, titulares de rendimento da categoria B
atingirem o volume de negócios superior a € 13.500,00.
A entrega da declaração de alterações irá produzir efeitos no
mês seguinte àquele em que se torna obrigatória a sua entrega.

50
Alterações do volume de negócios
(art. 58º do CIVA)
2ª Hipótese
Por força da alteração do volume de negócios
o sujeito passivo passa do regime normal de
tributação para o regime de isenção.
Neste caso, a passagem ao regime de isenção é
facultativa devendo o sujeito passivo, caso o
pretenda, apresentar a declaração de alterações
no mês de Janeiro para a mesma produzir
efeito a partir de 1 de Janeiro do ano da
apresentação.
51
Renúncia à isenção
(art. 55º do CIVA)
Os sujeitos passivos abrangidos
por este regime podem a ele
renunciar e optar pela aplicação
do regime normal às suas
operações, isto é, passam a
liquidar imposto nas suas
operações e a poder deduzir o
imposto suportado nas suas
aquisições.
52
Renúncia à isenção
(art. 55º do CIVA)
A renúncia pode ser feita:
 Na declaração de início (caso se pretenda a
renúncia desde o início da atividade) e produz
efeitos desde a data da sua apresentação.
 Na declaração de alterações (se a opção for
posterior ao início da atividade) produzindo
efeitos a partir da data da sua apresentação.
 Tendo exercido o direito de opção, o sujeito
passivo é obrigado a nele permanecer durante
um período de, pelo menos, cinco anos.

53
Fim do regime de opção

 Se passados os cinco anos, o sujeito passivo


pretender voltar ao regime de isenção, deverá
entregar, na repartição de finanças competente,
a declaração de alterações que só poderá ser
apresentada durante o mês de Janeiro de um
dos anos seguintes àquele em que se tiver
completado o prazo do regime de opção. Esta
declaração produzirá efeitos no dia 1 de
Janeiro do ano da sua apresentação.
54
Regime especial dos pequenos retalhistas
(art. 60º a 68º do CIVA)
Estão enquadrados neste regime, os sujeitos passivos que
reúnam cumulativamente as seguintes condições:
 Sejam retalhistas – consideram-se retalhistas aqueles cujo
volume de compras de bens destinados a venda sem
transformação atingir pelo menos 90% do volume total das
compras;
 Não tenham nem sejam obrigados a ter contabilidade
devidamente organizada para efeitos de IRS;
 Não efetuem importações ou exportações ou atividades com
ela conexas;
 Não pratiquem operações intracomunitárias;
 Não tenham atingido no ano civil anterior um volume de
compras superior a € 50.000,00(com exclusão do IVA);
 Se efetuarem prestações de serviços, não isentas de imposto, o
seu valor anual não seja superior a € 250,00.
55
Apuramento do imposto
(art. 60 do CIVA)
 Os sujeitos passivos abrangidos por este regime não liquidam
imposto nas suas vendas mas terão de entregar imposto nos
cofres do Estado.
 Para apurarem o imposto devido aplicarão o coeficiente de
25% ao valor do imposto suportado nas aquisições de bens
para venda sem transformação.
 Contudo, são excluídas deste regime, ficando sujeitas a
imposto nos termos gerais, as transmissões de bens do ativo
imobilizado dos retalhistas sujeitos ao regime especial dos
pequenos retalhistas. Significa esta disposição que, os
retalhistas abrangidos por este regime especial, ao venderem
qualquer bem do seu imobilizado, terão de liquidar nessa
transmissão, o respetivo imposto.

56
Direito à dedução
(art. 60º do CIVA)
Ao imposto assim determinado poderão deduzir o
imposto suportado nas aquisições de bens de
investimento e de outros bens para uso da própria
empresa com exclusão do imposto suportado nas
seguintes despesas:
 Aquisição, manutenção e todas as despesas
relacionadas com as viaturas de turismo;
 aquisição de combustíveis, com exceção do gasóleo,
GPL ou gás natural em que a dedução será feita na
proporção de 50%;
 Despesas de deslocação, transportes, alimentação,
alojamento, etc.

57
Obrigações declarativas
(art. 67º do CIVA)
Os sujeitos passivos são obrigados a:
 Entregar a declaração de início de atividade;
 Entregar a declaração de alterações sempre que se verifique
qualquer alteração à atividade;
 Entregar, no serviço de finanças competente, em triplicado e
durante o mês de Março de cada ano, uma declaração relativa
às compras efetuadas no ano civil anterior;
 Entregar a declaração de cessação quando se verificar a
cessação de atividade.
Como já foi referido para o regime de isenção, as alterações
verificadas no exercício da atividade nomeadamente a
alteração do volume de compras, podem originar também
alterações ao enquadramento do sujeito passivo.

58
Alteração do volume de compras
(art. 67º do CIVA)
1ª Hipótese
 A alteração do volume de compras implica a passagem do regime especial
dos pequenos retalhistas para o regime normal.
Neste caso a entrega da declaração é obrigatória e deve ser apresentada
durante o mês de Janeiro do ano civil seguinte àquele a que respeita tal
volume de compras.
A entrega da declaração irá produzir efeitos no período de imposto
seguinte àquele em que se torna obrigatória a sua entrega.
2ª Hipótese
 A alteração do volume de compras implica a passagem do regime normal
de tributação para o regime dos pequenos retalhistas.
Nesta situação, a entrega da declaração de alterações é facultativa, devendo
o sujeito passivo, caso o pretenda, apresentar a declaração de alterações
durante o mês de Janeiro, produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro do
ano da sua apresentação.

59
Obrigação de pagamento
(art. 67º do CIVA)
 O sujeito passivo deverá pagar o imposto
devido na tesouraria da Fazenda Pública
competente, por meio de guia apropriada, e até
ao dia 20 do segundo mês seguinte a cada
trimestre. No caso de não haver imposto a
pagar (o sujeito passivo pode estar numa
situação de crédito), deverá apresentar na
Repartição de Finanças competente e no
mesmo prazo, a declaração adequada.
60
Obrigação de escrituração
(art. 65º do CIVA)
Os retalhistas abrangidos pelo regime especial dos
pequenos retalhistas são obrigados a:
 Registar no prazo de 30 dias, a contar da data da
respetiva receção, as faturas, guias de remessa ou
notas de devolução relativas a todas as aquisições
efetuadas.
Para cumprimento dessa obrigação devem possuir:
 Livro de registo de compras, vendas e serviços
prestados;
 Livro de registo de despesas gerais e operações
ligadas a bens de investimento.

61
Renúncia ao regime especial dos pequenos
retalhistas
(art. 63º do CIVA)
Os sujeitos passivos abrangidos por este regime podem a ele
renunciar e optar pela aplicação do regime normal às suas
operações, isto é, liquidar imposto nas sua vendas e passar a
enviar ao SIVA a respetiva declaração periódica.
A renúncia pode ser feita:
 Na declaração de início de atividade (caso se pretenda a opção
desde o início da atividade);
 Na declaração de alterações (caso a renúncia seja posterior ao
início da atividade).
Em ambos os casos a opção produz efeitos na data da
apresentação da respetiva declaração.
Tendo exercido o direito de opção, o sujeito passivo é
obrigado a nele permanecer durante um período de, pelo
menos, cinco anos.

62
Fim do regime de opção

 Se findo o prazo de cinco anos, o sujeito


passivo pretender voltar ao regime dos
pequenos retalhistas, deverá entregar, na
repartição de finanças competente, a
declaração de alterações que sé poderá ser
apresentada durante o mês de Janeiro de um
dos seguintes anos àquele em que se tiver
completado o prazo do regime de opção. Esta
declaração produzirá efeitos a partir de 1 de
Janeiro do ano da sua apresentação.
63
Cessação da atividade
 No caso do pequeno retalhista cessar a sua
atividade, o pagamento do imposto ou a
apresentação da respetiva declaração (caso
tenha reembolso de imposto), bem como a
apresentação da declaração anual referente às
compras, devem ser entregues na respetiva
repartição de finanças no prazo de 30 dias a
contar da data da cessação.

64
Regime do IVA nas Transacções
Intracomunitárias
 O Decreto-Lei nº 290/92, de 28 de Dezembro regulamenta o regime das
transações intracomunitárias de bens.
 Este regime transitório de tributação no destino vigora desde 1 de Janeiro
de 1993 e será substituído por um regime baseado no princípio de
tributação no Estado membro de origem.
 Este regime fundamenta-se no facto de as transações de bens efetuadas
entre sujeitos passivos de diferentes Estados membros não serem tributadas
na passagem da fronteira, visto desaparecer o conceito de importação e
exportação no interior da Comunidade, alterando-se o facto gerador,
surgindo um novo conceito – o de aquisição intracomunitária de bens.
 No regime transitório uma operação efetuada entre Estados membros
continua a dar origem a duas operações tributáveis:
 - uma transmissão de bens isenta de imposto e;
 - uma aquisição intracomunitária de bens tributável.

65
Incidência Objectiva/Real (art. 1º do
RITI)
 Estão sujeitas a imposto as aquisições
intracomunitárias de bens efetuadas no território
nacional a título oneroso, por um sujeito passivo
agindo como tal, desde que o vendedor:
 - seja um sujeito passivo agindo como tal,
devidamente registado para efeitos de imposto em
outro Estado membro
 - não esteja abrangido por um regime particular de
isenção de pequenas empresas no seu Estado membro
 - os bens transmitidos não devem estar sujeitos ao
regime das vendas à distância.

66
Incidência Subjectiva/Pessoal (art. 2º
do RITI)
 São sujeitos passivos de imposto:
- Sujeitos passivos mencionados no CIVA
 As pessoas singulares ou coletivas mencionadas no artº 2º do CIVA que
realizam transmissões de bens ou prestações de serviços que conferem
direito à dedução total ou parcial do imposto
 Os sujeitos passivos isentos sem direito à dedução
- Outros sujeitos passivos
 O Estado e demais pessoas coletivas de direito público
 Os particulares que efetuam aquisições de meios de transporte novos
 As pessoas singulares ou coletivas que ocasionalmente efetuem
transmissões de meios de transporte novos, expedidos ou transportados a
partir do território nacional, com destino a um adquirente estabelecido ou
domiciliado em outro Estado membro.

67
Aquisição Intracomunitária (art. 3º
do RITI)
 Considera-se aquisição intracomunitária a obtenção do poder de dispor
como proprietário, de um bem móvel corpóreo expedido ou transportado
com destino ao adquirente, pelo vendedor ou pelo adquirente ou por conta
destes, para um Estado membro diferente do Estado de inicio ou de
transporte do bem.
 Para que se verifique uma aquisição intracomunitária é necessário:
 - se trate de um bem móvel corpóreo
 - haja transferência do direito de propriedade para o adquirente
 - o bem seja transportado com destino ao adquirente para um Estado
membro diferente do Estado membro do inicio da expedição ou transporte
 - o vendedor seja um sujeito passivo que não beneficie de um regime de
isenção prevista para as pequenas empresas
 - o comprador seja um sujeito passivo ou uma pessoa coletiva não sujeito
passivo

68
Localização das Aquisições Intracomunitárias
de Bens (art. 8º do RITI)
 O local de tributação é o local onde os bens se
encontram no momento em que termina o
transporte ou a expedição para o adquirente –
princípio de tributação no pais de destino.

69
Isenções nas Transmissões de Bens
(art. 14º do RITI)
 Estão isentas de imposto:
 As transmissões de bens efetuadas por um sujeito passivo para outros Estados membros desde
que o adquirente reúna as seguintes condições:
- Seja um sujeito passivo devidamente registado para efeito de imposto em outro Estado membro;
-Tenha utilizado o respetivo número de identificação para efetuar a aquisição;
- Esteja abrangido por um regime de tributação das aquisições intracomunitárias nesse outro
Estado membro.
 As transmissões intracomunitárias de meios de transporte novos:
- Qualquer que seja a qualidade do vendedor;
- Quer sejam efetuadas para sujeitos passivos, para particulares ou pessoas singulares ou coletivas
não abrangidas por um regime de tributação das aquisições intracomunitárias.
 As transmissões de bens que consistem na transferência de bens efetuadas pelo sujeito passivo
para outro Estado membro para as necessidades da sua empresa nesse outro Estado membro.
 As transmissões de bens sujeitas a impostos especiais sobre o consumo efetuadas por um
sujeito passivo, quando o adquirente seja um sujeito passivo e isento ou uma pessoa coletiva
estabelecido em outro Estado membro e que não se encontrem registada para efeitos de IVA.
 De referir que estas isenções são completas, uma vez que o imposto que o sujeito passivo
tenha suportado nos bens ou serviços para a realização das transmissões intracomunitárias, é
dedutível.

70
Isenções nas aquisições
intracomunitárias (art. 15º do RITI)
 Estão isentas de imposto:
 As aquisições intracomunitárias de bens cuja transmissão no território nacional seja isenta;
 As aquisições intracomunitárias de bens cuja transmissão seja isenta pelo art. 13º do CIVA;
 As aquisições intracomunitárias de bens efetuadas por um sujeito passivo que se encontre em
condições de beneficiar do reembolso do imposto previsto no D.L nº 408/87, de 31/12.
 As aquisições intracomunitárias de bens cujo lugar de chegada se situe no território nacional,
quando se verifiquem simultaneamente, as seguintes condições:
- Sejam efetuadas por um sujeito passivo não residente, sem estabelecimento estável no território
nacional e aqui não se encontre para efeitos de IVA;
- Os bens tenham sido diretamente expedidos ou transportados a partir de um Estado membro
diferente daquele que emitiu o número de identificação fiscal ao abrigo do qual o sujeito
passivo efetuou a aquisição intracomunitária de bens;
- Os bens tenham sido adquiridos para serem objeto de uma transmissão subsequente no território
nacional, põe esse sujeito passivo;
- A transmissão dos bens seja efetuada para um sujeito passivo registado para efeitos de IVA no
território nacional;
- O sujeito passivo adquirente seja expressamente designado, na fatura a emitir pelo vendedor,
como devedor do imposto pela transmissão efetuada no território nacional.

71
Valor tributável (art. 17.º do
RITI)
 O valor tributável nas aquisições
intracomunitárias é constituído pelos mesmos
elementos previstos no art. 16.º do CIVA.

72
Taxas (art. 18.º do RITI)
 Nas aquisições intracomunitárias de bens as
taxas aplicáveis são as que vigorarem no
momento em que o imposto seja exigível.
Assim, as taxas a aplicar às aquisições
intracomunitárias de bens, são as que, nos
termos do art. 18.º do CIVA vigoram para as
transmissões de bens no território nacional.

73
Direito à Dedução (Art. 19 do RITI)
 O sujeito passivo pode deduzir:
- O Iva incidente nas aquisições intracomunitárias de bens
- O Iva suportado nos bens ou serviços adquiridos importados ou utilizados
para a realização das transmissões isentas nos termos do artº 14

 Para que o exercício do direito à dedução do imposto suportado nas


aquisições intracomunitárias se efetive deverão existir duas condições:
- O sujeito passivo deverá incluir o valor da aquisição e do imposto devido na
sua declaração periódica de imposto;
- O sujeito passivo deverá possuir uma fatura com os elementos exigidos no
artº 35 do CIVA.

 Se o sujeito passivo não estiver na posse da fatura emitida pelo


vendedor poderá deduzir o imposto que no mesmo período for
considerado a favor do Estado na declaração, efetuando para o efeito a
liquidação do imposto em documento interno.

74
Exercício do Direito à Dedução (art.
20 do RITI)
 O direito à dedução do imposto nasce
simultaneamente com a exigibilidade e poderá ser
exercido na declaração periódica em que o imposto
exigível seja incluído a favor do Estado.
 Os sujeitos passivos isentos e os não sujeitos passivos
(Estado e demais pessoas coletivas de direito
público), pelo facto de efetuarem aquisições
intracomunitárias sujeitas a imposto, não poderão
deduzir o imposto incidente nessas aquisições.

75
Reembolsos (art. 21 do RITI)
 Relativamente ao reembolso do imposto
aplicam-se disposições estabelecidas no artº 22
do CIVA.

76

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