Você está na página 1de 10

Índice

Introdução ..................................................................................................................................................... 1

1. Maximização do lucro no monopólio ................................................................................................... 2

1.1. Discriminação de Preço ................................................................................................................ 6

1.2. Peso morto .................................................................................................................................... 6

Conclusão...................................................................................................................................................... 8

Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 9

i
Introdução
Segundo Samuelson & Nordhaus (2009), Monopólio é a exploração sem concorrente de um
negócio ou indústria, em virtude de um privilégio. É a posse ou o direito em caráter exclusivo.
Ter o monopólio é possuir ou desfrutar da exploração de maneira abusiva, é vender um produto
ou serviço sem concorrente, por altos preços.

Segundo Alexandre (2001), o monopólio designa uma situação particular de concorrência


imperfeita, em que uma única empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço
conseguindo, portanto, influenciar o preço do bem comercializado.

Enquanto uma firma competitiva é tomadora de preço, uma firma monopolista é formadora de
preços.

A causa fundamental do monopólio está nas barreiras à entrada.

As barreiras à entrada têm três origens:

• Propriedade de um recurso-chave.
• O governo concede a uma única firma o direito exclusivo para produzir um bem.
• Os custos de produção tornam um único produtor mais eficiente do que um grande
número de produtores.

Segundo Samuelson & Nordhaus (2009), deter o monopólio é uma situação em que uma única
empresa domina a oferta de determinado produto ou serviço. É quando o mercado é dominado
por uma estrutura monopolista e não pelas leis de mercado, garantindo-lhe lucro máximo. A
maioria dos países possui um conjunto de leis para impedir a formação de monopólio.

Monopólios surgem devido a características particulares de um determinado mercado, ou devido


a regulamentação governamental. O monopólio coercivo, significa que a curva de demanda do
bem fica negativamente inclinada, na medida em que a demanda da firma e a demanda do
mercado são as mesmas.

1
1. Maximização do lucro no monopólio
Segundo Alexandre (2001), os lucros do monopolista, como qualquer empresa, serão iguais às
receitas totais menos os custos totais. O padrão de custos para o monopólio pode ser analisado
dentro da mesma estrutura que os custos de uma empresa perfeitamente competitiva, isto é,
usando custo total, custo fixo, custo variável, custo marginal, custo médio e custo variável
médio. No entanto, como um monopólio não enfrenta concorrência, sua situação e seu processo
de decisão serão diferentes dos de uma empresa perfeitamente competitiva.

O lucro z obtido na produção de "q" unidades do bem é, por definição, a diferença entre a receita
"R" (obtida da venda das "q" unidades produzidas) e o custo (de produzir essas mesmas "q"
unidades)

Diferença em relação ao mercado em


Matematicamente
concorrência perfeita?

𝑍(𝑞) = 𝑅(𝑞) – 𝐶(𝑞) Sim

A empresa deseja maximizar esse lucro (achar o ponto de lucro máximo), dadas as condições de
produção (função de produção, que utiliza insumos como K-capital, e L, trabalho). Sabemos que

a receita de uma empresa é igual à quantidade q vendida vezes o preço "p", ou seja, .

Diferença em relação ao mercado em


Matematicamente
concorrência perfeita?

Max[𝑍(𝑞) = 𝑅(𝑞) – 𝐶(𝑞)] , sujeito a f(K,L) Não

A receita de uma empresa, por definição, é igual à quantidade q vendida vezes o preço "p".

Diferença em relação ao mercado em


Matematicamente
concorrência perfeita?

𝑅(𝑞) = 𝑝𝑞 Sim

Para descobrir o ponto máximo da função lucro, derivamos a equação lucro em função da
quantidade e igualamos a zero.

2
Diferença em relação ao mercado em
Matematicamente
concorrência perfeita?

𝐷𝑧(𝑞) 𝐷𝑅(𝑞) 𝐷𝐶(𝑞)


=0↔ − Não
𝐷(𝑞) 𝐷(𝑞) 𝐷(𝑞)

𝐷𝑅(𝑞)
Como é, por definição, a receita marginal pode ser reescrita simplificadamente como sendo
𝐷(𝑞)

o preco mais a quantidade (q) multiplacada pela razão entre a variação do preco e a variação da
quantidade.

Diferença em relação ao mercado em


Matematicamente
concorrência perfeita?

𝐷𝑅(𝑞) 𝛥𝑃 𝑞𝛥𝑃
= 𝑅𝑀𝑔 = 𝑝 + 𝑞 𝛥𝑞 = 𝑝 [1 + 𝑃𝛥𝑞] Não
𝐷(𝑞)

Por definição, a elasticidade da demanda em relação ao preço (representada por E) é igual à


razão entre variação de quantidade em relação ao preço.

Diferença em relação ao mercado em


Matematicamente
concorrência perfeita?

𝑃𝛥𝑞 1 𝑞𝛥𝑃
𝐸 = 𝑞𝛥𝑃 ⇒ 𝐸 = 𝑃𝛥𝑞 Não

Portanto, podemos representar a fórmula da receita marginal em função da elasticidade da


demanda em relação ao preço.

Diferença em relação ao mercado em


Matematicamente
concorrência perfeita?

𝑞𝛥𝑃 1
𝑅𝑀𝑔 = 𝑝 [1 + 𝑃𝛥𝑞] = 𝑝 [1 + 𝐸] Não

3
A condição de maximização de lucro, igualmente, também pode ser reescrita em função da
elasticidade da demanda ao preço:

Diferença em relação ao mercado em


Matematicamente
concorrência perfeita?

1
𝑅𝑀𝑔 = 𝐶𝑀𝑔 ⇒ 𝑝 [1 + 𝐸 ] = 𝐶𝑀𝑔 Não

Teríamos, então, as condições para determinar o lucro máximo no monopólio:

Diferença em relação ao mercado em concorrência


Matematicamente
perfeita?

Se ||𝐸|| < 1 →, e, para bens normais,


a elasticidade da demanda ao preço é
1
negativa, 𝐸 > 1 → 𝑝 Sim; a firma em concorrência perfeita enfrenta curva
de demanda horizontal, ou seja,
1
[1 + ] < 0 → receita marginal será
𝐸 1 1
= =0
negativa neste caso. Portanto, a empresa 𝐸 ∞
monopolista nunca escolherá um
mercado com demanda inelástica.

Portanto, o monopolista maximizará o lucro num mercado com demanda elástica ao preço, e
escolherá o preço seguindo a seguinte fórmula:

1
𝑝 [1 + ] = 𝐶𝑀𝑔, 𝑝𝑎𝑟𝑎 ||𝐸|| > 1
𝐸
𝐶𝑀𝑔
𝑝= 1
[1+ ]
𝐸

Segundo Pyndick & Rubinfeld (2002), o monopolista maximiza lucro produzindo a quantidade
para a qual a receita marginal é igual ao custo marginal. O monopolista então usa a curva de

4
demanda para determinar o preço que induzirá os consumidores a comprarem a quantidade
definida.

Os gráficos representam a curva de demanda percebida para um concorrente perfeito e um


monopolista. (a) Uma empresa perfeitamente competitiva percebe que a curva de demanda que
enfrenta é plana. A forma plana significa que a empresa pode vender uma quantidade baixa (Ql)
ou uma quantidade alta (Qh) exatamente ao mesmo preço (P). (b) Um monopolista percebe que a
curva de demanda que ele enfrenta é a mesma que a curva de demanda do mercado, que para a
maioria dos bens é inclinada para baixo. Assim, se o monopolista escolher um alto nível de
produção (Qh), ele poderá cobrar apenas um preço relativamente baixo (Pl); inversamente, se o
monopolista escolher um baixo nível de produção (Ql), ele poderá então cobrar um preço mais
alto (Ph). O desafio para o monopolista é escolher a combinação de preço e quantidade que
maximize os lucros.

Embora um monopolista possa cobrar qualquer preço por seu produto, esse preço é, no entanto,
limitado pela demanda pelo produto da empresa. Nenhum monopolista, mesmo aquele que está
totalmente protegido por altas barreiras de entrada, pode exigir que os consumidores comprem
seu produto. Como o monopolista é a única empresa no mercado, sua curva de demanda é igual à
curva de demanda do mercado, que é, ao contrário de uma empresa perfeitamente competitiva,
inclinada para baixo.

Os Gráficos ilustram essa situação. O monopolista pode escolher um ponto como R com preço
baixo (Pl) e quantidade alta (Qh), ou um ponto como S com preço alto (Ph) e quantidade baixa

5
(Ql), ou algum ponto intermediário. Definir um preço muito alto resultará em uma baixa
quantidade vendida e não trará muita receita. Por outro lado, definir um preço muito baixo pode
resultar em uma grande quantidade vendida, mas por causa do preço baixo, também não trará
muita receita. O desafio para o monopolista é encontrar um equilíbrio que maximize o lucro
entre o preço que cobra e a quantidade que vende.

1.1. Discriminação de Preço


Segundo Perloff (2011), discriminação de preço é a prática de vender o mesmo bem a diferentes
preços para diferentes compradores, apesar dos custos de produção para os dois serem os
mesmos. A discriminação de preço não é possível quando um bem é vendido num mercado
competitivo, pois existem muitas firmas vendendo ao preço de mercado. Para discriminar preço,
a firma deve ter algum poder de mercado.

Segundo Perfloff (2011), á situação na qual o monopolista conhece exatamente a disposição a


pagar de cada consumidor e pode determinar para cada um deles um preço diferente denomina-se
discriminação de preço perfeita.

No monopólio existem dois importantes efeitos da discriminação de preços:

• Ela pode aumentar o lucro do monopolista.


• Ela pode reduzir o peso morto.

1.2. Peso morto


Segundo Alexandre (2001), designa-se peso morto quando o monopólio determina seu preço
acima do custo marginal, ele coloca uma diferença entre a disposição a pagar do consumidor e
custo do produtor. Esta diferença faz com que a quantidade vendida caia abaixo do ótimo social.

Segundo Pyndick & Rubinfeld (2002), se peso morto é um termo utilizado para referenciar uma
condição de ineficiência de mercado. Isto é, trata-se de um intervalo de preços em que não há
interesse do consumidor mesmo que exista o que se chama de benefício marginal.

Em outras palavras, de um modo mais objetivo, isso quer dizer que mesmo que o preço esteja
atrativo, ainda assim as pessoas não se interessam por adquiri-lo. Isso pode acontecer
basicamente em função da tributação.

6
Em qualquer mercado, essa relação entre oferta e demanda pode ser analisada por meio de um
gráfico. Neste caso, as linhas costumam ser contrárias: conforme o preço aumenta, sobe a oferta
e cai a demanda. Da mesma forma, uma queda de preço gera um aumento de interesse dos
compradores e redução da oferta.

Em algum momento, pelo seu comportamento diferente, essas curvas irão se cruzar. Isso é o que
se chama de equilíbrio de mercado: um preço onde a oferta e a demanda são as mesmas.
Podemos dizer que se trata de um mercado completamente eficiente.

O peso morto, por sua vez, representa justamente um desnivelamento quando os preços se
afastam deste ponto de equilíbrio. Assim, perde-se o equilíbrio entre oferta e demanda,

7
Conclusão
Findo o trabalho pude concluir que um monopólio é uma firma que é o único vendedor em seu
mercado. Ela enfrenta uma curva de demanda negativamente inclinada para seu produto. A
receita marginal do monopolista é sempre menor que o preço de venda do bem.

Assim como a firma competitiva, um monopólio maximiza lucro produzindo a quantidade para a
qual o custo marginal e receita marginal são iguais.

Ao contrário da firma competitiva, seu preço excede sua receita marginal e, portanto, também é
maior que o custo marginal.

O nível de produção que maximiza o lucro do monopolista está abaixo do nível que maximiza a
soma dos excedentes do produtor e do consumidor. Um monopólio causa um peso morto similar
àquele causado por um imposto. Os monopolistas podem aumentar seu lucro determinando
diferentes preços para diferentes compradores baseando-se em sua disposição a pagar.

8
Referências Bibliográficas
Alexandre C. Nicolella (2001). Introdução a economia. Harcourt College Publishers. Florida.

Perloff, J. M (2011). Microeconomics: Theory and applications with calculus. Pearson

Publishers. Boston.

Pindyck, R. S. & Rubinfeld, D. L. (2002). Microeconomia - quinta edição. Editora Prentice Hall,

São Paulo.

Samuelson, P. A & Nordhaus, W. D. (2009). Economics. McGraw-Hill

Você também pode gostar