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- concorrência perfeita: pricetaker, sem mudança condição mercado p* q*, evento grande,
tem poder aumenta demanda
AULA 05
LUCROS
Equilíbrio da firma no curto prazo - empresa competitiva
RMg = p = RMe
condição de maximização de lucro RMg=CMg.
firma individual deve escolher o nível de produção para o qual a receita marginal,
o custo marginal e o preço sejam iguais.
As curvas de custo total médio e custo variável médio cruzam a curva de custo
marginal em seus pontos mínimos. Acrescentamos à nossa análise a linha de
receita marginal/preço/receita média. Agora fica mais evidente porque a empresa
maximiza seus lucros no ponto ‘M’ (de máximo).
a quantidade M é aquela que maximiza o lucro da empresa. Isso nos leva à curva
de oferta da empresa que busca maximizar seu lucro no mercado competitivo.
Lucratividade da Firma no Curto Prazo -> preço=receita média=receita marginal=custo
marginal.
Exceção: p=CMg em dois ou mais pontos
as áreas sombreadas, correspondentes à diferença entre RMg e CMg,
representam os lucros perdidos quando a quantidade produzida é diferente da
quantidade que maximiza o lucro.
Ao produzir 20 unidades, teremos de sombrear uma área de perda de lucro por
q<q* deste tamanho:
Obs.: A firma competitiva maximiza seu lucro ao produzir a quantidade em que:
RMg=CMg=p e Custo marginal é crescente.
Lucro/prejuízo de curto prazo e encerramento das atividades
quando a empresa deve optar por deixar de produzir, ou seja, em que situações é
preferível fechar as portas, encerrar suas atividades, a continuar produzindo.
encerramento e fechamento devem ser entendidos como “deixar de produzir”,
“fechar as portas”, mas não necessariamente de forma definitiva.
A saída do mercado, essa sim, é a decisão definitiva, e depende de uma análise de
longo prazo: a empresa vai sair do mercado sempre que não tiver perspectivas de
lucro (RT>CT e RMe>CTMe) nem no curto, nem no longo prazo.
em alguns casos, a empresa pode encerrar suas atividades, mas permanecer no
mercado.
Quando, mesmo no nível que maximiza seus lucros, os custos por unidade da
empresa são superiores ao preço de mercado (CMe>p), ela estará tendo
prejuízos. Nesse caso, a empresa pode optar por não produzir nada.
essa decisão deve levar em conta que, ao deixar de produzir, a empresa terá lucro
negativo (prejuízo) no valor exato de seus custos fixos.
é interessante para a empresa continuar produzindo desde que os lucros (RT-CV-
CF) estejam cobrindo os custos fixos.
empresa deve parar de produzir (encerrar suas atividades) sempre que seu
resultado ao deixar de produzir (–CF) for “menos ruim” que seu prejuízo ao
produzir (RT- CV-CF): -CF > pq-CV-CF
Logo, a empresa para de produzir qdo CVMe>p .
A firma competitiva deve encerrar suas atividades sempre que seus custos
variáveis médios forem superiores ao preço de mercado de seu produto.
Faz todo sentido, já que as receitas obtidas com cada produto, não cobririam
sequer os custos gerados por esse mesmo produto. Temos também uma
conclusão gráfica, que nos diz que a empresa competitiva só produzirá no trecho
ascendente da curva de CMg localizado acima da curva de CVMe. Por isso,
também, o CVMe mínimo é o preço de encerramento.
Note que estamos assumindo que os custos fixos são custos irreversíveis em
processo de amortização. Caso todos os custos fixos fossem reversíveis, a decisão
de abandonar a produção dar-se-ia no ponto abaixo do custo total médio,
Curva de oferta da firma competitiva no curto prazo
acontece algo no mercado que aumenta o preço para p2. Isso desloca a curva de
RMg=p=RMe para cima, de forma que a nova quantidade que maximiza os lucros,
com p2, passa a ser q2.
O movimento ao longo da curva de CMg se repetirá para qualquer variação no
nível do preço, exceto quando o preço cair a ponto de situar-se na parte da curva
de custo marginal que está abaixo da curva de custo variável médio. Nesse caso, a
empresa não produzirá nada, ou seja, não haverá oferta:
Como a curva de oferta mostra as quantidades ofertadas sob os diversos níveis de
preços, podemos concluir que a curva de oferta de curto prazo da firma
competitiva é o trecho da curva de CMg localizado acima da curva de CVMe,
quando este representa todos os custos econômicos médios.
Inicialmente, observe o que acontece quando o preço é igual a 3. Nesse caso,
somente a firma 3 irá ofertar, numa quantidade igual a 4 unidades. Portanto,
nesse nível de preços, a curva de oferta da firma 3 corresponde à oferta total do
mercado. Quando o preço é 5, por outro lado, a firma 3 ofertará 5 unidades, a
firma 2 ofertará 3 unidades e a firma 1 ofertará 1 unidade. Dessa forma, a oferta
de mercado será de 9 unidades. Passando para p=7, as firmas aumentam suas
ofertas individuais e, consequentemente, a oferta de mercado passar a ser de 12
unidades.
A curva de oferta de mercado é a soma horizontal das curvas de oferta das
firmas.
Equilíbrio da firma no longo prazo
duas diferenciações importantes:
1. todos os custos são variáveis, portanto, C=CV e CMe=CVMe;
2. as empresas podem entrar e sair livremente do mercado, e o farão conforme
observem lucros extraordinários ou prejuízos, respectivamente.
As curvas de custos que vimos até agora incluem os chamados lucros normais, ou
seja, as remunerações dos “donos” da empresa estão sendo consideradas como
custos. Portanto, os lucros que demonstramos como a diferença entre receitas e
custos são lucros extraordinários.
Enquanto houver lucros extraordinários, as empresas continuarão entrando no
mercado e o preço continuará baixando. Isso só para quando o preço por unidade
for igual ao custo por unidade, ou seja, quando não houver mais lucros
extraordinários.
no longo prazo, o lucro econômico é zero (RT=CT, lucro normal). Você pode achar
difícil engolir que a empresa continue operando com lucro econômico zero. Mas é
preciso lembrar que estão incluídos nos custos a remuneração do capital, que
geralmente pertence aos sócios da empresa. Portanto, resta provado que
ninguém é bobo – apenas acontece que os sócios das firmas competitivas terão
um retorno normal no longo prazo, compatível com aquilo que o mercado
entende que vale o capital.
Curva de oferta de mercado no longo prazo
Economias de escala: o aumento da produção provoca aumento
proporcionalmente menor nos custos.
Deseconomias de escala: o aumento da produção provoca aumento
proporcionalmente maior nos custos. Agora vêm as novidades, por meio do
desdobramento dos conceitos:
Economias internas de escala: ocorrem quando aprimoramentos no processo
produtivo individual permitem à empresa incorrer em custos médios menores
quando aumenta sua produção. Aqui entra tudo que é interno, como a
especialização da mão-de-obra em determinada etapa do processo produtivo.
Deseconomias internas de escala: ocorrem quando causa internas relacionadas à
expansão da produção da firma individual levam ao aumento dos custos médios.
É o caso das dificuldades de coordenação das equipes maiores, burocracia e
controles excessivos.
Economias externas de escala: estão relacionadas à expansão de um setor
inteiro, ou seja, de um grupo de firmas. Dividem-se em: pecuniárias e não
pecuniárias.
Economias externas de escala pecuniárias: ocorrem quando a expansão da
demanda do setor por insumos permite a redução nos preços desses insumos.
Economias externas de escala não pecuniárias: ocorrem quando a expansão da
demanda do setor permita redução nos custos médios por qualquer motivo que
não seja a redução no preço dos insumos.
3 setores
Setor de custos crescentes: surgem de deseconomias externas de escala. Por
exemplo, quando as firmas desse setor decidem aumentar sua produção, passam
a demandar mais fatores de produção e, com isso, pressionam o preço desses
fatores para cima (deseconomia externa pecuniária). Ocorrem também, por
exemplo, no setor de transportes, quando o aumento da produção provoca
congestionamentos e, assim, encarecem os custos do transporte (deseconomia
externa não pecuniária).
Setor de custos decrescentes: quando muitas empresas passam a demandar o
insumo, pode ocorrer de os insumos ficarem mais baratos, por serem produzidos
em maior escala (economia externa pecuniária). Também podem ocorrer quando
o fato de muitas empresas atuarem no mesmo setor proporcionar avanços
técnicos ou tecnológicos que reduzam seus custos médios.
Setor de custos constantes: nesse caso os aumentos dos custos se dão na mesma
proporção que o aumento da produção. Pode ser pela combinação de economias
e deseconomias externas de escala.
Setor de custos constantes
Vimos que, no longo prazo, a oferta do mercado tende a atingir a quantidade que
iguale o preço ao custo médio mínimo. Por isso, quando os custos médios são
constantes, estaremos diante de uma curva de oferta horizontal.
Setor de custos crescentes
o custo médio de cada firma aumenta com o aumento da produção. Dessa forma,
os custos médios com os quais o preço será igualado são cada vez maiores.
Setor de custos decrescentes
esse setor é caracterizado pela presença de economias externas de escala, ou seja,
por custos médios decrescentes. Isso nos leva à pouco intuitiva curva de oferta
decrescente.
Obs.: Embora a curva de demanda do mercado como um todo seja negativamente
inclinada, do ponto de vista do produtor individual, o que existe é uma curva de
demanda horizontal. Afinal, ele pode vender a quantidade que quiser, mas
somente ao nível de preço do mercado.
Exercícios
A empresa competitiva está maximizando seu lucro, então sabemos que
preço=receita média=receita marginal=custo marginal. Se o custo total médio
fosse maior do que o custo marginal, como afirma a alternativa, então o custo
médio seria maior do que a receita média. Isso significaria prejuízo.
A condição de maximização de lucro em concorrência perfeita (CMg=p) é
válida também no curto prazo.
custo marginal é sempre constante apenas se os rendimentos marginais e a
remuneração dos fatores de produção forem constantes e, consequentemente, o
custo para produzir uma unidade adicional nunca mudar.
No longo prazo, isso de o lucro ser zero é verdade. Contudo, podem ocorrer lucros
positivos no curto prazo.
o preço pode ser diferente do custo variável médio, isso que permite lucros
econômicos positivos no curto prazo.
Resumo
concorrência perfeita: I. não tem lucro econômico a longo prazo; II. equilibra
receita marginal com custo marginal; III. há livre entrada e saída de empresas.
Em concorrência perfeita, cada firma individual depara-se com uma curva de
demanda perfeitamente (ou infinitamente) elástica. É por isso que a chamamos
de tomadora de preços: se ela quiser vender pelo preço de mercado, venderá
quanto desejar produzir. Se quiser vender mais caro, “lamentamos”.