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FUNDAMENTOS DE

ECONOMIA
PALESTRA 6: Teoria do Produtor: Análise de Custo
e Estrutura de Mercado

MBA, Orlanda Arroz


Análise de Custos

A relação entre os quantidade produzida e quantidade de factores produtivos é dada


pela função de produção, onde quer que haja produção, os custos sempre existirão.
No mundo de escassez as empresas devem pagar pelos seus factores produtivos.
Os custos de produção que determinarão a chamada curva da oferta da empresa, pois
os custos influenciam directamente nos preços dos bens e serviços.
Custos contabilísticos são todos os pagamentos feitos directamente pela firma, estes
podem ser os pagamentos feitos pela compra de matéria-prima, salários, etc, enquanto
que o custo económico ou custo de oportunidade é o valor da melhor alternativa.
 Custos no Curto Prazo
No Curto Prazo alguns factores são fixos para qualquer que seja o nível de produção.
Assim sendo, os factores produtivos fixos geram custos fixos enquanto que os factores
produtivos variáveis geram custos variáveis.
Cont.
Podemos encontrar a seguinte relação de custos:
 Custo Fixo (CF): representa a despesa monetária que é suportada, mesmo que
não haja produção. O custo fixo não é afectado por qualquer variação que haja na
produção.
 Custo Variável (CV): representa a despesa que varia com o nível de produção
(matéria-prima, salários, combustível, etc) e inclui todos custos que não são
fixos.
 Custo Total (CT): representa a menor despesa monetária total necessária para
produzir cada nível de produção (Q). O custo total aumenta quando a quantidade
produzida aumenta.
CT= CF + CV(Q)
Cont.
 O Custo Médio, o Custo Variável e Fixo Médio e o Custo Marginal
Há relações importantes que se estabelecem entre os Custos e a Produção (número de
unidades ou quantidades produzidas). Destacamos as quatro seguintes relações:
 O Custo Médio (CMe) que é dado pelo Custo Total dividido pelo número de unidades
produzidas. Este custo permite saber se a empresa está a lucrar ou não;
CMe = CT/Q
 O Custo Marginal (CMg) é o custo adicional em que incorre a empresa quando se
verifica a produção de mais uma unidade do bem.
CMg = ∆CT/∆Q
 O Custo Variável Médio (CVMe) que é dado pelo Custo Variável Total dividido pelo
número de unidades produzidas;
CVMe = CV/Q
 O Custo Fixo Médio (CFMe) que é dado pelo Custo Fixo Total dividido pelo número de
unidades produzidas.
CFMe = CF/Q
Exercício
Cont.
 Custos no Longo Prazo
O Longo Prazo é um período de tempo durante o qual todos os factores de
produção são variáveis.
No entanto deve ser observado que o Longo Prazo é um horizonte de
planeamento e não o que está sendo realizado.
Os empresários têm um leque de possibilidades de produção de Curto Prazo com
diferentes escalas de produção que eles podem escolher.
Por exemplo, antes de fazer um investimento, o empresário pode seleccionar
qualquer uma das escalas alternativas. Depois do investimento realizado, os
recursos são convertidos em equipamento (Capital físico) e a empresa opera em
condições de Curto Prazo. Significa que um agente económico opera no Curto
Prazo e planeia a Longo Prazo.
Cont.
 Linha de Isocusto ou Curva de Igual Custo
Da mesma forma que o consumidor, deve obedecer a uma restrição orçamentária, a
empresa também tem um orçamento definido que será utilizado na aquisição de
factores de produção.
Assim, dado o orçamento da empresa, e dados os preços dos factores de produção,
podemos definir a Linha de Isocusto, Recta de isocusto ou Curva de Igual Custo
como sendo o lugar geométrico das possíveis combinações de dois factores de
produção, Trabalho (L) e Capital (K), que proporcionam o mesmo orçamento.
Analiticamente é dada por:
C= wL + rK
Onde: w é o salário e r é o custo unitário do capital.
Cont.
 O Equilíbrio do Produtor
Tal como o equilíbrio do consumidor, o equilíbrio do produtor ocorrerá no ponto
onde a empresa seja capaz de compatibilizar o leque de alternativas dado pela
tecnologia com o leque de alternativas dado pelos preços dos factores de
produção. Ou seja, dado o seu orçamento, a empresa deverá escolher a
combinação de factores compatível com isoquanta mais alta possível corresponde
ao ponto e que resulta da tangencia entre a Curva de Isoquanta e a Linha de
Isocusto.
O ponto e é o ponto de equilíbrio do produtor. Nesse ponto, a TMST que é a
inclinação da curva de Isoquanta, é exactamente igual à inclinação da Curva de
Isocusto. Isto significa que no ponto e, a empresa está a compatibilizar a taxa de
troca permitida pela tecnologia com a permitida pelo mercado.
Estrutura de Mercado
Mercado é um local no qual os agentes econômicos procedem à troca de bens por
uma unidade monetária ou por outros bens e partimos da premissa que o mercado
encontra o seu ponto de equilibrio entre a oferta e a demanda.
O que um produtor produz depende crucialmente do tipo de mercado em que ele
se situa. Uma empresa, com uma dada tecnologia, comporta-se de maneira
diferente consoante o número de concorrentes que tem.
A quantidade de produto que ela vai lançar no mercado será muito diferente caso
se encontre em:
 Concorrência Perfeita
 Monopólio
 Concorrência Monopolística
 Oligopólio
Em toda esta análise é tomada como hipótese global que as empresas maximizam
o lucro.
Cont.
Elementos principais para a formação de uma estrutura de mercado:
 Número de empresas que o compõe;
 Tipo de produto (se as empresas fabricam produtos/serviços indênticos ou
diferentes);
 Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas ao mercado.

 Concorrência Perfeita
A situação de concorrência perfeita define-se quando existem muitos produtores e
todos pequenos. Consequentemente, nenhum deles pode influenciar o mercado e,
assim, todos tomam o mesmo preço.
Características:
 Os produtos são homogêneos;
 Não existem barreiras a entrada de novas empresas;
 Existe transparência no mercado (preço, lucros, etc).
Cont.
A concorrência perfeita é a estrutura ideal para um mercado, embora esse modelo
simplesmente exista na teoria. Na vida real, é impossível verificar situações de corrência
perfeita. Em todos mercados do mundo verifica-se a imperfeição na concorrência e
existe maior possibilidade de produtores influenciarem a procura e os preços por meios
de diferenciação dos produtos, propaganda, maior valor agregado, marca, etc.

 Monopólio
Monopólio designa uma situação particular de concorrência imperfeita, em que uma
única empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço conseguindo,
portanto, influenciar o preço do bem comercializado. No monopólio uma única empresa
produz um bem e não há bens substitutos.
Características:
 Uma única empresa domina a oferta e não há produtos subsitutos ou concorrentes;
 Existem barreiras a entrada de novas empresas (patentes, controle de matéria-prima,
etc).
 Preços e quantidades não são definidas pelo mercado.
Cont.
 Oligopólio
Caracteriza-se pela existência de algumas empresas, poucas, que concorrem no
mercado de um produto. O facto de serem poucas, dá a cada uma poder de
influência sobre o mercado, mas isso não quer dizer que não exista concorrência
entre elas.
Características:
 Pequeno número de empresas domina a oferta;
 Pequeno número de empresas ou grande número de empresas mas poucas
dominando o mercado.
Exemplo: indústria automobilística, indútria de bebidas, farmaceutica, química,
etc.
O oligopólio pode ser puro (ex.: cimento e aço, alumínio) ou diferenciado (indústria
automobilística).
Cont.
 Concorrência Monopolística
Concorrência Monopolística é uma forma de concorrência imperfeita e
corresponde a uma situação em que existem numerosas empresas no mercado,
mas que oferecem produtos ou serviços não totalmente homogêneos e, por isso,
não totalmente substituíveis.
Numa situação deste tipo, cada uma das empresas possui algum poder de mercado
para influenciar o preço dos seus próprios produtos ou serviços.
Características:
 União de elementos da concorrência perfeira e monopólio;
 Facilidade de entrada a novas empresas;
 Produtos diferenciados, mas subsitutos próximos;
 Forte poder sobre o preço e produto, mas o mercado é competitivo.
FIM

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