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à Economia
Tatiana Boulhosa
E-book 3
E-book
Introdução à Economia
3
Neste E-book:
Introdução���������������������������������������������������� 4
Conceitos Básicos�������������������������������������� 6
Produção������������������������������������������������������� 8
Função da Produção��������������������������������� 9
Fatores de Produção Fixos e
Variáveis��������������������������������������������������������11
Conceitos de Produto Total,
Produtividade Média e
Produtividade Marginal��������������������������13
Lei dos Rendimentos Decrescentes ��15
Economia de Escala ou
Rendimentos de Escala �������������������������16
Custos de Produção ��������������������������������18
Custos de Produção de Curto Prazo�20
Conceitos de Custo Total Médio, Custo
Variável Médio e Custo Fixo Médio�������������������21
Custos a Longo Prazo���������������������������������������23
2
Diferenças entre a Visão
Econômica e a Visão Contábil-
Financeira dos Custos de Produção��24
Custos Privados e Custos Sociais:
as Externalidades ou Economias
Externas������������������������������������������������������ 25
Definição de Custos e Despesas��������26
Maximização dos Lucros ���������������������� 27
Lucro Normal e Extraordinário������������29
Lucro Econômico e Lucro Contábil��������������������29
3
INTRODUÇÃO
Quando falamos em produção, é comum pensarmos
não só nos produtos que a empresa produz, mas tam-
bém nos fatores de produção, que são os recursos
que as empresas usam para manufaturar produtos.
Os fatores de produção incluem não só os recursos
produtivos (trabalho, capital, terra e capacidade em-
presarial), como também matérias-primas e outros
bens e serviços adquiridos de outras empresas.
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Além desse tema, este módulo aborda ainda a maxi-
mização dos lucros e estrutura de mercado e a ação
governamental e o abuso de poder econômico nos
mercados.
Podcast 1
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CONCEITOS BÁSICOS
Para o melhor entendimento do conteúdo, apresen-
tamos alguns conceitos fundamentais:
6
do desde uma grande quantidade de funcionários
e poucas máquinas e equipamentos; ou de outra
maneira, com poucas máquinas e equipamentos e
pouca quantidade de mão de obra.
Podcast 2
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PRODUÇÃO
Produção é a transformação dos fatores adquiridos
pela empresa em bens e serviços.
Podcast 3
8
FUNÇÃO DA
PRODUÇÃO
As empresas estão essencialmente envolvidas em
agregar valor convertendo fatores de produção em
produtos. As empresas empregam mão de obra,
compram materiais e componentes, e investem em
terras, edifícios, fábricas e equipamentos, tendo em
vista a maximização da quantidade de produtos que
podem ser decorrentes desses fatores de produção.
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Onde:
𝒒𝒒 = 𝒇𝒇(𝑵𝑵, 𝑲𝑲)
Neste caso, foram utilizados apenas dois fatores
de produção: mão de obra (N) e o capital (K), sendo
a mão de obra variável e o capital (equipamentos e
instalação) fixo, e q sendo a quantidade.
Saiba mais
A função produção é uma expressão matemática
que relaciona a quantidade de todas as entradas
à quantidade de todas as saídas, supondo que os
administradores empreguem todas as entradas
de maneira eficiente.
10
FATORES DE
PRODUÇÃO FIXOS E
VARIÁVEIS
A análise do processo de produção costuma clas-
sificar os fatores de produção utilizados em fixos e
variáveis. Assim, conceituamos cada um deles.
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aumentando a capacidade de produção com a aqui-
sição de novas máquinas e equipamentos, assim
como também pode diminuir de tamanho, vendendo
suas máquinas e equipamentos.
𝒒𝒒 = 𝒇𝒇(𝑵𝑵, 𝑲𝑲)
Onde:
q= quantidade
𝒒𝒒 = 𝒇𝒇(𝑵𝑵)
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CONCEITOS DE
PRODUTO TOTAL,
PRODUTIVIDADE
MÉDIA E
PRODUTIVIDADE
MARGINAL
Produto total: é a quantidade total produzida, em
determinado período de tempo. Representa quanto
produz cada fator:
𝑷𝑷𝑷𝑷 = 𝒒𝒒
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Produtividade marginal do fator: é a relação entre
a variação do produto total e as variações da quan-
tidade utilizada do fator de produção. Ou seja, é a
variação na produção total decorrente de uma varia-
ção de uma unidade, no fator de produção variável.
𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸𝑸 𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑𝒑
𝑷𝑷𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎 =
Á𝒓𝒓𝒓𝒓𝒓𝒓 𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄
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LEI DOS
RENDIMENTOS
DECRESCENTES
Supondo que a empresa esteja utilizando seus recur-
sos existentes com eficiência, o quanto a produção
pode ser ampliada depende de quanto os fatores de
produção podem variar. Isso apresenta o conceito
de rendimentos (marginais) decrescentes.
Saiba mais
A lei de rendimentos decrescentes:
15
ECONOMIA DE
ESCALA OU
RENDIMENTOS DE
ESCALA
No longo prazo, as decisões do empresário esta-
rão ocupadas em como os custos de produção irão
mudar, à medida que o tamanho da empresa for se
alterando.
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• Rendimentos crescentes de escala: se todos os
fatores de produção crescerem numa mesma pro-
porção, a produção cresce numa proporção maior.
• Rendimentos decrescentes de escala: ocorre quan-
do todos os fatores de produção crescem numa
mesma proporção, e a produção cresce numa pro-
porção menor.
• Rendimentos constantes de escala: se todos os fa-
tores crescem em dada proporção, a produção cresce
na mesma proporção. As produtividades médias dos
fatores de produção permanecem constantes.
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CUSTOS DE
PRODUÇÃO
Quando tratamos com os empresários a respeito de
gerenciamento de negócios, sabemos que a motiva-
ção de suas ações está centrada na maximização
dos lucros. No entanto, para maximizar o lucro de
uma empresa, deve-se procurar maximizar a diferen-
ça entre receita total e os custos totais de produção.
Por isso, uma das principais preocupações dos em-
presários diz respeito aos custos de produção: como
medir, como controlar e como reduzir tais custos.
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Outra forma de otimizar os recursos da empresa
poderá ser conseguida quando for possível alcançar
um dos dois objetivos a seguir:
• Maximizar a produção para um dado custo total; ou
• Maximizar o custo total para um dado nível de
produção.
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CUSTOS DE
PRODUÇÃO DE
CURTO PRAZO
Da mesma forma que os recursos produtivos podem
ser divididos em fixos e variáveis, no curto prazo, os
custos de produção também podem ser divididos
em custos fixos e variáveis.
• Custos Fixos (CF): os custos fixos são os custos
que permanecem inalterados independentemente do
volume de produção; por exemplo, aluguel do imóvel,
salário, ou seja, a empresa produzindo ou não, são
obrigações financeiras a que a empresa irá incorrer.
• Custos Variáveis (CV): os custos variáveis oscilam
de acordo com o volume de produção. Por exemplo:
volume de matéria-prima, comissão sobre vendas,
etc. Esses custos serão zerados quando não houver
produção, e aumentam à medida que a produção
aumentar.
• Custo Total (CT): é o custo de produção total; a
somatória do custo fixo mais custos variáveis. É
claro que, se a produção for zero, o custo total será
igual ao custo fixo.
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(1) Quantida- (2) Custo Fixo (3) Custo (4) = (2) + (3)
de produzida CF ($) Variável Custo Total
Q CV ($) CT ($)
0 180,00 0 180,00
21
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
Custo Variável Médio CVMe =
𝑄𝑄
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶
Custo Fixo Médio (CFMe) =
𝑄𝑄
22
O CMg é o custo de se produzir uma unidade extra
do produto.
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DIFERENÇAS ENTRE
A VISÃO ECONÔMICA
E A VISÃO CONTÁBIL-
FINANCEIRA
DOS CUSTOS DE
PRODUÇÃO
No nível microeconômico, a diferença entre custos
contábeis e custos de oportunidade pode ser apre-
sentada da seguinte forma:
• Custos contábeis: envolvem dispêndio monetário.
É o custo explícito, considerado na contabilidade
privada.
• Custos de oportunidade: são custos implícitos,
que não envolvem desembolso. Os custos de opor-
tunidade privados são os valores dos insumos que
pertencem à empresa e são usados no processo
produtivo, e que são estimados a partir do que po-
deria ser ganho, no melhor uso alternativo (por isso,
também são chamados de custos alternativos).
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CUSTOS PRIVADOS
E CUSTOS SOCIAIS:
AS EXTERNALIDADES
OU ECONOMIAS
EXTERNAS
Como uma extensão da diferença entre o enfoque
contábil e o enforque econômico, há uma clara dife-
rença entre avaliação privada e avaliação social de
projetos de investimento.
• Avaliação privada é uma avaliação financeira, es-
pecífica da empresa.
• Avaliação social: são os custos (e benefícios) para
toda a sociedade, derivados da atividade produtiva.
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DEFINIÇÃO DE
CUSTOS E DESPESAS
Custos são gastos associados ao processo de fabri-
cação de produtos e serviços, enquanto despesas
são associadas ao exercício social e alocadas para
o resultado geral do período; como exemplo, citamos
as despesas financeiras, comerciais e administrati-
vas, etc.
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MAXIMIZAÇÃO DOS
LUCROS
A regra geral relativa a se uma empresa deve expan-
dir ou não a produção refere-se aos custos marginais
da receita provenientes das vendas. Quando uma
empresa estiver tentado maximizar seus lucros, en-
quanto o custo marginal de produzir uma unidade a
mais for menor que a adição à receita decorrente da
produção e venda dessa unidade, então valerá a pena
para a empresa continuar expandindo a produção.
RMg = CMg
LT = RT – CT
Onde:
LT = lucro total
RT = receita total
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CT = custo total
Saiba mais
A regra da maximização dos lucros:
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LUCRO NORMAL E
EXTRAORDINÁRIO
Lucro normal é o lucro mínimo que deve ser obtido
para garantir que a empresa continue a fornecer os
bens ou serviços existentes. Já o lucro extraordiná-
rio é aquele obtido acima do lucro normal, e é uma
forma de renda econômica.
Ou
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CONCEITO DE BREAK
EVEN POINT
É o ponto em que o custo total de produção é igual
à receita total. Em outras palavras, é o nível mínimo
de produção e vendas em que uma empresa precisa
alcançar sem que ocorram perdas.
RT = CT
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ESTRUTURA DE
MERCADO
O grau de concorrência que uma empresa realmen-
te enfrenta varia, dependendo da estrutura de sua
indústria. Isso faz surgir a noção de um espectro
competitivo que ilustra até que ponto a concorrência
no mercado pode variar: em uma extremidade, do
monopólio puro até a outra extremidade, da concor-
rência pura.
Podcast 4
Concorrência Perfeita
É um mercado em que há um grau extremamente
alto de concorrência. A rigor, a concorrência pura
exige as seguintes condições:
• Produtos homogeneamente idênticos – isto é, a
presença de substitutos perfeitos.
• Nenhuma empresa com uma vantagem de custo –
isto é, todas as empresas possuem curva de custos
idênticos.
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• Um número bastante grande de fornecedores –
assim, nenhum produtor, por si só, variando a sua
produção, pode perceptivelmente afetar a produção
total e, portanto, o preço de mercado.
• livre entrada e saída da indústria – garantindo que
se mantenha a concorrência ao longo do tempo.
• Nenhum custo de transporte e distribuição para
distorcer a concorrência.
• Fornecedores e consumidores que estejam plena-
mente informados em relação aos lucros, aos preços
e às características dos produtos no mercado – as-
sim, a ignorância ou informações incompletas não
distorcem a concorrência.
Monopólio
O monopólio é uma situação de mercado em que
existe um só produtor de um bem ou serviço que
não tenha substituto próximo. Devido a isso, o mo-
nopolista exerce grande influência na determinação
do preço a ser cobrado pelo seu produto.
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• Não há substitutos próximos para esse produto:
isso significa dizer que o monopolista enfrenta pouca
ou nenhuma concorrência.
• Existem obstáculos (barreiras) à entrada de novas
empresas na indústria (nesse caso, a indústria é
composta por uma única empresa): isso significa que
devem existir barreiras que impeçam o surgimento de
competidores, protegendo, dessa forma, a posição
do monopolista.
• Existência de economia de escala na empresa mo-
nopolista, implicando o surgimento do monopólio
natural: nesse caso, uma empresa já existente e de
grandes dimensões pode suprir o mercado a custos
mais baixos do que qualquer outra que deseje entrar
na indústria.
• Controle sobre o fornecimento de matérias-primas:
se uma empresa monopolista detém o controle so-
bre o fornecimento das matérias-primas essenciais
à produção de um determinado bem (ou serviço),
ela pode bloquear o ingresso de novas empresas
no mercado.
• Barreiras legais: as barreiras legais incluem paten-
tes, licenças e concessões governamentais. A posse
de patentes dá ao monopolista o direito único de
produzir um determinado produto ou serviço durante
um determinado tempo. Dessa forma, outras empre-
sas ficam impedidas de produzirem e venderem o
produto ou serviço patenteado.
• Monopólios estatais: existem ainda os monopólios
estatais, que pertencem e são regulamentados pelos
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governos (federal, estaduais e municipais). Como
exemplo, os Correios, a Petrobrás, entre outras.
Oligopólio
É uma estrutura de mercado em que um pequeno
número de empresas controla a oferta de um deter-
minado bem ou serviço.
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Concorrência Monopolista
É uma estrutura de mercado que contém elementos
da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em
situação intermediária entre essas duas formas de
organização de mercado.
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ESTRUTURA DE
MERCADO DOS
FATORES DE
PRODUÇÃO
As estruturas no mercado de fatores de produção
estão resumidas como segue:
• Concorrência perfeita no mercado de fatores: e
a estrutura de mercado em que a oferta do fator de
produção é abundante, tornando assim o preço desse
fator constante.
• Monopsônio: nesse caso, há somente um com-
prador para muitos vendedores de bens e serviços
dos insumos.
• Oligopsônio é o mercado em que há poucos com-
pradores negociando com muitos vendedores.
• Monopólio Bilateral: esse caso ocorre quando um
monopsônista, na compra do fator de produção, se
depara com um monopolista na venda desse fator.
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A AÇÃO DO
GOVERNO E OS
ABUSOS DO PODER
ECONÔMICO NOS
MERCADOS
Atualmente, o governo dispõe de ferramentas que
impedem o abuso do poder econômico, um exem-
plo disso, é o Conselho Administrativo de Direito
Econômico – CADE, órgão subordinado ao Ministério
da Justiça e que tem por objetivo julgar os proces-
sos administrativos relativos a abusos do poder
econômico.
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Quando falamos com empresários a respeito da ges-
tão do negócio, sabemos que a motivação de suas
ações está centrada na maximização dos lucros.
E, para maximizar o lucro de uma empresa, deve-
-se procurar maximizar a diferença entre receitas
e custos de produção. Por isso, uma das principais
preocupações dos presidentes das empresas diz
respeito aos custos de produção da empresa.
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Síntese
Referências
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 5. ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2009.