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Noção de Capital

 No senso comum:  Economicamente:


 Está associado à noção de  Engloba o conjunto de
riqueza, ou seja, de posse bens que são aplicados na
de um conjunto de bens atividade produtiva

Tipos de Capital

Financeiro Técnico (Circulante, fixo) Natural Humano

Capital financeiro
 Moeda
 Depósitos
 À ordem: dinheiro disponível para movimentação
 A prazo: dinheiro que é aplicado e ao qual não se tem acesso
 Valores Mobiliários: valores que representam “moeda” e que se podem
comprar e vender – nomeadamente na “Bolsa de Valores”
 Ações:
 partes do “capital social” de uma empresa.
 se X comprou 100 ações na empresa Y a 1€, e esta obteve lucro
de 10%, X poderá vender as suas ações a 1,10€ cada.
 Obrigações:
 títulos de dívida que as empresas emitem para se financiarem
(forma de pedir dinheiro emprestado – pagamento do
empréstimo com juros)
 Títulos do tesouro:
 Semelhantes às obrigações, só que quem pede “dinheiro
emprestado” é o Estado
 Empréstimos:
 Bancários
 Dos sócios e acionistas das empresas

Capital natural
 Recursos naturais usados na produção e que a sociedade utiliza na
satisfação das suas necessidades
 Petróleo
 Florestas
 Cursos de água
 Deve ser usado de forma moderada, para salvaguardar a sua utilização pelas
gerações futuras

Capital técnico
Conjunto de bens de produção, divide-se em:

Capital Circulante Capital Fixo


 É aquele que é consumido no  É aquele que permanece na
processo produtivo, como: empresa ao longo dos diversos
 Matérias-primas – processos produtivos
integram-se fisicamente  Edifícios, máquinas,
no produto final (farinha viaturas
no pão)  Moldes
 Matérias subsidiárias –  Marcas e outros direitos
contribuem para o (como receitas de
processo produtivo mas produtos e direitos de
não se integram no autor)
produto final (gás do forno
que coze o pão)
 Ferramentas de desgaste
rápido – aquelas que
contribuem para o
processo produtivo e são
de utilização única (seringa
por um médico)
 Artigos de limpeza

Capital humano
 Mão-de-obra qualificada fundamental à boa execução dos processos
produtivos
 Os seus conhecimentos e capacidades são fundamentais para o
processo produtivo
 Investir em Capital Humano significa melhorar a qualificação dos
trabalhadores, o que se traduzirá num aumento da produtividade do
trabalho – Os processos produtivos mais inovadores requerem o uso de
trabalhadores mais qualificados
 Qualidade>quantidade
 Ao contrário de antigamente, é necessário selecionar
cuidadosamente as pessoas
Combinação dos fatores de produção

 Os fatores de produção são o capital (k) e o trabalho (L), que são integrados
na produção (Q)
 É importante que as empresas combinem estes fatores para garantir a
máxima quantidade produzida
 A relação entre a quantidade dos fatores produtivos (k e L) e a produção
obtida (Q) designa-se função de produção:
 Q = f (k,L)
 T: quantidade de recursos naturais usados na produção (se existirem)
 No curto prazo (- de 1 ano) as empresas conseguem apenas alterar um fator
de produção, como o trabalho (L)
 Ou seja, no curto prazo, não é possível modificar a quantidade
produzida através do aumento das instalações ou do número de
máquinas
 No longo prazo (+ de 5 anos) podemos alterar as quantidades de todos os
fatores produtivos

Capacidade Instalada de Produção


 Nº de bens que uma empresa consegue produzir durante um determinado
período de tempo com os fatores produtivos que dispõe, como por
exemplo:
 Máquinas, edifícios
 Trabalhadores
 Ferramentas
 Meios naturais

Produtividade
 Relação entre a quantidade da produção obtida e os fatores de produção
usados nesse processo, ceteris paribus
 O cálculo da produtividade permite às empresas escolherem a combinação
de fatores mais eficiente, optando pela combinação que aumenta a
quantidade produzida recorrendo a um menor nº de fatores produtivos

Produtividade Média do Trabalho


É uma medida de análise dos bens ou serviços produzidos.
 Por trabalhador
 Por tempo de trabalho
 Por secção (ou departamento)

 A produtividade depende de vários fatores, tais como


 Organização do trabalho
 Qualificação profissional
 Motivação dos trabalhadores

 Em termos físicos,
 Prod. Média = Produção (un.) / Nº de trab.
 Em termos monetários,
 Prod. Média = Valor da produção (€) / Nº de trab.

Produtividade Marginal
 Para perceber até que ponto o acréscimo de fatores se revela compensador,
calcula-se a Prod. Marginal.
 Corresponde ao aumento da quantidade produzida, provocada pelo uso de
mais uma unidade desse fator, ceteris paribus
 Prod. Marg. = Δ Produção / Δ Nº trab.

 Quando se aumenta um fator de produção, ceteris paribus, a partir de um


certo limite a produtividade marginal desse fator torna-se decrescente > os
aumentos na quantidade produzida são cada vez menores

Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes


 À medida que adicionamos unidades sucessivas de um fator variável a um
fator fixo, os aumentos na quantidade produzida a partir de um certo ponto
são cada vez menores, isto é, decrescentes

Custos de Produção
Na análise dos diferentes custos de produção consideram-se duas variáveis:
 Custos Fixos:
 São normalmente iguais ao longo do tempo
 Consideram-se nesta rúbrica valores que são mais fáceis de determinar,
tais como:
 Salários
 Seguros
 Aluguer das instalações
 Equipamentos
 Custos Variáveis:
 Consideram-se aqui os custos que variam com a quantidade produzida
 Matérias-primas
 Matérias subsidiárias

Para análise dos custos de produção utilizam-se as seguintes fórmulas:


 CT = CF + CV
 CMT = CT / Qt. prod.
 CMF = CF / Qt. prod.
 CMV = CV / Qt. prod.
 CMM= C. Marg.= Δ CT / Δ Qt. Produzida

Rendimentos à escala

Rendimentos crescentes à escala:


 Se a produção aumenta proporcionalmente mais que o aumento dos fatores
produtivos
 Quanto mais se produz, menor é o custo de produção unitária
 Pode dever-se aos CF, mas também aos CV
 À medida que a produção aumenta, os CMF irão diminuindo

Rendimentos constantes à escala:


 Se a produção aumenta na mesma proporção que o aumento dos fatores
produtivos
 Se por cada 50g de farinha que se acrescente tem se mais um pão, com
500g têm se 10 pães.

Rendimentos decrescentes à escala:


 Se a produção aumenta proporcionalmente menos do que o aumento dos
fatores produtivos
 Não se obtém a quantidade de bens esperada
 Pode dever-se a diversos problemas, como
 A empresta estar a produzir para além da sua capacidade de produção,
conseguindo menos produtos com qualidade e havendo alguns a
estragar-se
 Podem ter contratado pessoas com pouca experiência

Economias de escala:
 Quando os CMP se reduzem à medida que aumenta a quantidade produzida
do bem.
 A diminuição do CMP pode estar associada ao aumento da dimensão das
empresas, pois os fatores de produção são utilizados mais racionalmente,
através de:
 Redução do desperdício de matérias-primas e da produção com defeito
 Recurso a trabalhadores especializados que cometerão menos erros do
que trabalhadores pouco qualificados
 Para atingirem economias de escala, as empresas procuram organizar o
processo produtivo de forma a reduzir os custos de produção, adotando
medidas como:
 Maior especialização e divisão do trabalho
 Uso de tecnologias mais avançadas
 Requalificação dos trabalhadores
 Negociação mais eficaz com os fornecedores e investidores

Deseconomias de escala:
 Quando os CMP aumentam à medida que se aumenta a capacidade
produtiva da empresa.
 Estão associadas à má utilização e gestão dos fatores produtivos, que se
traduz em custos de ineficiência

O ponto crítico das vendas

 Por vezes utilizam-se as noções de CF e CV para compreender quando uma


empresa se torna rentável
 Graficamente, podemos analisar a situação da seguinte forma:

Q*: Ponto crítico das vendas em


quantidade
 Quantidade a partir da qual a empresa
tem lucro)
V*: Ponto crítico das vendas em valor
 Valor de vendas a partir do qual a
empresa tem lucro)

Fórmulas
Q*= CF/(Pvu-Cv) = CF/m
V* = Q* x Pvu

Pvu: Preço de venda unitário

Cv = CV/Qt. Produzida : Custo variável unitário (em termos de custos variáveis)

m = Pvu-Cv : margem de lucro

NOTA:
Resultado do mês/Lucro:
R = Vendas – Custo das Vendas
R = (Qt. vendida x Preço de venda unitário) – ((Custo variável unitário x Qt.
vendida) + Custos Fixos)

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