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1.

Teoria do Produtor

Segundo Donário (2013, p. 12), estabelece que “Um mercado pode ser definido
como um conjunto de agentes que transacionam entre si um bem. É no mercado que são
estabelecidos os preços dos bens. Um mercado exige”:

 Consumidores, ou seja, compradores;


 Produtores ou empresas, ou seja, vendedores;
 Bens para transacionar.

Na perspectiva de Donário (2013, p. 14), enfatiza que “a teoria económica supõe


que os produtores são agentes racionais que tomam as suas decisões de forma a
maximizar o seu bem-estar. Objectivo do produtor: utilização dos seus recursos para
produzir os bens que permitam obter o maior lucro possível (maximizar os seus
lucros)”.

Donário (2013, p. 17), enfatiza que “A curva da oferta tem em geral inclinação
positiva pois”:

 Preços superiores permitem às empresas aumentar a produção pois há


hipótese de aumentar os lucros;
 Produções superiores aumentam os custos de produção exigindo as
empresas preços superiores para não terem redução dos lucros.
1.1. Função produção

Segundo Donário (2013, p. 22), estabelece que “Função de Produção é a relação


técnica que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade física
utilizada dos factores de produção, num determinado período de tempo”.

Donário (2013, p. 23), enfatiza que “A relação entre a produção (output) por
período de tempo e os factores de produção (recursos) ou imputs utilizados no processo
produtivo designa-se por função de produção, a qual pode ser expressa algebricamente
pela seguinte equação”:

Q=f ¿

A função de produção é uma relação tecnológica entre os imputs (factores


produtivos) e o output – produzindo o máximo output que pode ser obtido com as várias
combinações dos factores produtivos, o que significa que, no conceito de função de
produção, os imputs são utilizados eficientemente no processo produtivo, ou seja, existe
eficiência de produção à Pareto, não existindo qualquer folga (slack) na empresa,
estando-se no âmbito da teoria tradicional da maximização do lucro, como vimos
anteriormente.

1.2. Factores produção Fixos e Variáveis: O Curto Prazo e o Longo


Prazo
 Factores de produção fixos são aqueles que permanecem inalterados
quando a produção varia como é o caso das instalações de uma fábrica,
do equipamento físico de uma unidade industrial, etc;
 Factores variáveis, são aqueles que variam com a variação das
quantidades produzidas do produto ou serviço. Temos como exemplo de
factor variável, o Trabalho.

Ligado a isso, podemos então classificar os prazos, do ponto de vista da


Economia, da seguinte maneira:

 Curto Prazo, como sendo o período de tempo durante o qual existe pelo
menos um factor de produção fixo;
 Longo Prazo, refere-se ao período de tempo durante o qual todos os
factores são variável.
1.2.1. A Produção com um Insumo Variável e um Fixo: Análise de Curto
Prazo

Segundo Zak (2010), enfatiza que “Suponha, por simplificação, que a função de
produção comporta apenas dois factores de produção, nomeadamente o factor variável,
Trabalho (L) e o factor fixo, Capital (K). Analiticamente será”:

Q=f ( K , L)

Dado que o Capital é considerado fixo ou constante, você poderá facilmente


reescrever aquela função assim:

Q=f (L)

Significa esta expressão que, no curto prazo, o nível de Produção varia apenas
em função das alterações do factor Variável que, neste caso é o Trabalho.
Segundo Zak (2010, p. 45), estabelece que “Para completar esta passagem, você
deve socorrer-se da Bibliografia recomendada para estudar como se determinam os
seguintes conceitos relacionados com a análise de Curto Prazo e que são: Produto Total,
Produto Médio, e Produto Marginal. Preste atenção particular à forma de cálculo e à
relação que se estabelece entre si”.

1.3. Economia ou Retornos de Escala

Zak (2010, p. 47), enfatiza que “O conceito de Retornos de Escala refere-se ao


que acontece com a Produção quando todos os factores de produção podem ser
aumentados no Longo Prazo. Devemos constatar as seguintes situações”:

Se, por exemplo, a quantidade de Trabalho e de Capital for duplicada e em


consequência disso a quantidade de produto produzido também duplicar, estamos em
presença de Retornos Crescentes de Escala;

Se o produto mais do que duplicar, temos Retornos Crescentes de Escala;


Alternativamente se a duplicação dos factores gerar um produto menos que o dobro,
estamos em presença de Retornos Decrescentes de Escala.

1.3.1. Os custos no curto prazo

Segundo Zak (2010, p. 68), estabelece que “No Curto Prazo alguns factores são
fixos para qualquer que seja o nível de produção. Normalmente consideramos como
factor fixo a planta da unidade produtiva e os equipamentos de capital. Assim os
factores fixos geram custos fixos enquanto que os variáveis geram custos variáveis”.

 O Custo Médio, o Custo Variável Médio e o Custo Marginal


 O Custo Médio (CMe) que é dado pelo Custo Total dividido pelo número
de unidades produzidas. Este custo permite saber se a empresa está a
lucrar ou não;
 O Custo Marginal (CMg) que é o custo adicional em que incorre a
empresa quando se verifica a produção de mais uma unidade do bem. Em
termos gráficos é a inclinação da Curva do Custo Total;
 O Custo Variável Médio (CVMe) que é dado pelo Custo Variável Total
dividido pelo número de unidades produzidas;
 O Custo Fixo Médio (CFMe) que é dado pelo Custo Fixo Total dividido
pelo número de unidades produzidas.

1.3.2. Os custos no longo prazo

No entanto deve ser observado que o Longo Prazo é um horizonte de


planeamento e não o que está sendo realizado. Na verdade é uma sequência de situações
prováveis observadas durante o Curto Prazo.

1.4. Equilíbrio de produtor

O equilíbrio do produtor ocorrerá no ponto onde a empresa seja capaz de


compatibilizar o leque de alternativas dado pela tecnologia com o leque de alternativas
dado pelos preços dos factores de produção. Ou seja, dado o seu orçamento, a empresa
deverá escolher a combinação de factores compatível com isoquanta mais alta possíve

Referência Bibliográfica

 Donário, A. (2013). O Paradigma do Homo Economicus. Consequências


na Construção do Modelo Económico e Financeiro Liberal. São Paulo
 Zak, P. (2010). Using brains to create trust: a manager’s toolbox. New
York

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