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GUIA DE ORIENTAÇÃO

CRIAÇÃO DE SISTEMAS MUNICIPAIS DE CULTURA

Minuta de projeto de lei que cria o Sistema Municipal de Cultura a ser adaptado
para a realidade de cada município.

O município poderá optar por uma das seguintes soluções:

1- criar uma lei única e geral que englobe o Conselho Municipal de Política Cultural
e o Fundo Municipal de Cultura, além das demais instâncias de participação e
instrumentos de gestão;

2- criar leis específicas para o conselho e para o fundo de cultura, citando-as no


texto da lei que criará o sistema municipal de cultura. Constam desta minuta os
textos referentes à criação do conselho (Art. 38 a 70) e do fundo (Art. 76 a 86) que
poderão servir de base para a criação dos respectivos projetos de lei;

Recomendamos essa segunda solução.

O Plano Municipal de Cultura terá lei própria, devendo ser elaborado de forma
participativa, envolvendo todo o segmento cultural do município.
SUMÁRIO

TÍTULO I - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA

CAPÍTULO I - Do Papel do Poder Público Municipal na Gestão da Cultura

CAPÍTULO II - Dos Direitos Culturais

CAPÍTULO III - Da Concepção Tridimensional da Cultura


Seção I - Da Dimensão Simbólica da Cultura

Seção II - Da Dimensão Cidadã da Cultura

Seção III - Da Dimensão Econômica da Cultura

TÍTULO II - O SISTEMA MUNICIPAL DE CULTURA

CAPÍTULO I - Das Definiçõ es e dos Princípios

CAPÍTULO II - Dos Objetivos

CAPÍTULO III - Da Estrutura


Seção I - Dos Componentes

Seção II - Da Coordenação do Sistema Municipal de Cultura – SMC

Seção III - Das Instâncias de Articulação e Participação Social

Do Conselho Municipal de Política Cultural – CMPC

Da Conferência Municipal de Cultura – CMC

Seção IV - Dos Instrumentos de Gestão

Do Plano Municipal de Cultura – PMC

Do Sistema Municipal de Financiamento à Cultura - SMFC

Do Fundo Municipal de Cultura – FMC

Do Sistema Municipal de Informaçõ es e Indicadores Culturais – SMIIC

Do Programa Municipal de Formaçã o na Á rea da Cultura

TÍTULO III - DO FINANCIAMENTO

CAPÍTULO I - Dos Recursos

CAPÍTTULO II - Da Gestã o Financeira

CAPÍTULO III - Do Planejamento e do Orçamento

TÍTULO IV – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

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[BRASÃ O DO MUNICÍPIO]

Dispõ e sobre o Sistema Municipal de Cultura de (NOME DO MUNICÍPIO), seus


princípios, objetivos, estrutura, organizaçã o, gestã o, inter-relaçõ es entre os seus
componentes, recursos humanos, financiamento e dá outras providências.
PROJETO DE LEI
Nº ----, DE 20--

Faço saber que a Câ mara Municipal decreta e eu, Prefeito do Município de (NOME DO
MUNICÍPIO), Estado do Espírito Santo, sanciono a seguinte Lei:

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º Esta Lei regula no município de (NOME DO MUNICÍPIO) e em conformidade


com a Constituiçã o da Repú blica Federativa do Brasil e com a Lei Orgâ nica do
Município, o Sistema Municipal de Cultura – SMC, que tem por finalidade promover o
desenvolvimento humano, social e econô mico, por meio do exercício dos direitos
culturais.

Pará grafo ú nico. O Sistema Municipal de Cultura – SMC integra o Sistema Nacional de
Cultura – SNC e o Sistema Estadual de Cultura – SIEC e se constitui no principal
articulador, no â mbito municipal, das políticas pú blicas de cultura, estabelecendo
mecanismos de gestã o compartilhada com os demais entes federados e a sociedade
civil.

TÍTULO I DA POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA


Art. 2º A política municipal de cultura estabelece o papel do Poder Pú blico Municipal
na gestã o da cultura, explicita os direitos culturais que devem ser assegurados a todos os
munícipes e define pressupostos que fundamentam as políticas, programas, projetos e
açõ es formuladas e executadas pelo Poder Pú blico Municipal de (NOME DO MUNICÍPIO),
com a participaçã o da sociedade, no campo da cultura.

CAPÍTULO I
Do Papel do Poder Público Municipal na Gestão da Cultura

Art. 3º A cultura é um direito fundamental do ser humano, devendo o Poder Pú blico


Municipal prover as condiçõ es indispensáveis ao seu pleno exercício, no â mbito do
Município de (NOME DO MUNICÍPIO).

Art. 4º A cultura é um importante vetor de desenvolvimento humano, social e


econô mico, devendo ser tratada como uma área estratégica para o desenvolvimento
sustentável e para a promoçã o da cultura da paz no Município de (NOME DO
MUNICÍPIO).

Art. 5º É responsabilidade do Poder Pú blico Municipal, com a participaçã o da


sociedade, planejar e fomentar políticas pú blicas de cultura, assegurar a preservaçã o e
promover a valorizaçã o do patrimô nio cultural material e imaterial no Município de
(NOME DO MUNICÍPIO) e estabelecer condiçõ es para o desenvolvimento da economia da
cultura, considerando em primeiro plano o interesse pú blico e o respeito à diversidade
cultural.

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Art. 6º Cabe ao Poder Pú blico do Município de (NOME DO MUNICÍPIO) planejar e
implementar políticas pú blicas para :

I assegurar os meios para o desenvolvimento da cultura como direito de todos os


cidadã os, com plena liberdade de expressã o e criaçã o;

II universalizar o acesso aos bens e serviços culturais;

III contribuir para a construçã o da cidadania cultural;

IV reconhecer, proteger, valorizar e promover a diversidade das expressõ es culturais


presentes no município;

V combater a discriminaçã o e o preconceito de qualquer espécie e natureza;

VI promover a equidade social e territorial do desenvolvimento cultural;

VII qualificar e garantir a transparência da gestã o cultural;

VIII democratizar os processos decisó rios, assegurando a participaçã o da sociedade;

IX fortalecer a economia da cultura, no â mbito local;

X consolidar a cultura como importante vetor de desenvolvimento sustentável;

XI intensificar as trocas, os intercâ mbios e os diá logos interculturais;

XII contribuir para a promoçã o da cultura da paz.

Art. 7º A atuaçã o do Poder Pú blico Municipal no campo da cultura nã o se contrapõ e ao


setor privado, com o qual deve, sempre que possível, desenvolver parcerias e buscar a
complementaridade das açõ es, evitando superposiçõ es e desperdícios.

Art. 8º A política cultural deve ser transversal, estabelecendo uma relaçã o estratégica
com as demais políticas pú blicas, em especial com as políticas de educaçã o, comunicaçã o
social, meio ambiente, turismo, ciência e tecnologia, esporte, lazer, saú de e segurança
pú blica.

Art. 9º Os planos e projetos de desenvolvimento do município, na sua formulaçã o e


execuçã o, devem sempre considerar os fatores culturais e na sua avaliaçã o levar em conta
uma ampla gama de critérios, entre os quais, oportunidades individuais de saú de,
educaçã o, cultura, produçã o, criatividade, dignidade pessoal e respeito aos direitos
humanos, conforme indicadores sociais.

CAPÍTULO II
Dos Direitos Culturais

Art. 10 Cabe ao Poder Pú blico Municipal garantir a todos os munícipes o pleno


exercício dos direitos culturais, entendidos como:

I o direito à memó ria, à identidade e à diversidade cultural;

II livre criaçã o e expressã o;

III o direito à acessibilidade;

IV o direito à participaçã o social visando à transparência nas decisõ es de política


cultural.

V o direito autoral;

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VI o direito ao intercâ mbio cultural local, estadual, nacional e internacional.

CAPÍTULO III
Da Concepção Tridimensional da Cultura

Art. 11 O Poder Pú blico Municipal compreende a concepçã o tridimensional da cultura


– simbó lica, cidadã e econô mica – como fundamento da política municipal de cultura.

Seção I

Da Dimensão Simbólica da Cultura

Art. 12 A dimensã o simbó lica da cultura compreende os bens de natureza material e


imaterial que constituem as manifestaçõ es artísticas e o patrimô nio cultural do
Município de(NOME DO MUNICÍPIO), abrangendo as linguagens artísticas, individuais e
coletivas, todos os modos de viver fazer e criar dos diferentes indivíduos e grupos
formadores da sociedade local, conforme o Art.216 da Constituiçã o Federal.

Art. 13 Cabe ao Poder Pú blico Municipal promover e proteger as infinitas


possibilidades de criaçã o simbó lica referentes à s expressõ es artísticas e a modos de vida,
crenças, valores, prá ticas rituais e identidades.

Art. 14 A política cultural deve contemplar as expressõ es que caracterizam a


diversidade cultural do Município, abrangendo a formaçã o, o fomento e a difusã o das
expressõ es artísticas e culturais, a preservaçã o do patrimô nio cultural, assim como a
economia da cultura.

Art. 15 Cabe ao Poder Pú blico Municipal promover diá logos interculturais, no plano
local e nos planos regional, nacional e internacional, sempre que possível, considerando
as diferentes concepçõ es de dignidade humana, presentes em todas as culturas, como
instrumento de construçã o da paz, moldada em padrõ es de coesã o, integraçã o e
harmonia entre os cidadã os, as comunidades, os grupos sociais, os povos e naçõ es.

Seção II

Da Dimensão Cidadã da Cultura

Art. 16 Os direitos culturais fazem parte dos direitos humanos e devem se constituir
numa plataforma de sustentaçã o das políticas culturais.

Art. 17 Cabe ao Poder Pú blico Municipal assegurar o pleno exercício dos direitos
culturais a todos os cidadã os, promovendo o acesso universal à cultura por meio do
estímulo à criaçã o artística, da democratizaçã o das condiçõ es de produçã o, da oferta de
formaçã o, da expansã o dos meios de difusã o, da ampliaçã o das possibilidades de fruiçã o
e da circulaçã o de bens, serviços e valores culturais.

Art. 18 O direito à identidade e à diversidade cultural deve ser assegurado pelo Poder
Pú blico Municipal por meio de políticas pú blicas de promoçã o e proteçã o do patrimô nio
cultural do município, de promoçã o e proteçã o das culturas indígenas, populares e afro-
brasileiras e, ainda, de iniciativas voltadas para o reconhecimento da cultura de outros
grupos sociais, étnicos e de gênero, conforme os Arts. 215 e 216 da Constituiçã o Federal.

Art. 19 O direito à participaçã o na vida cultural deve ser assegurado pelo Poder Pú blico

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Municipal com a garantia da liberdade para criar, fruir e difundir a cultura.

Art. 20 O direito à participaçã o na vida cultural deve ser assegurado igualmente à s


pessoas com deficiência, que devem ter garantidas condiçõ es de acessibilidade e
oportunidades de desenvolver e utilizar seu potencial criativo, artístico e intelectual.

Art. 21 O estímulo à participaçã o da sociedade nas decisõ es de política cultural deve


ser efetivado por meio da criaçã o e articulaçã o de conselho de políticas culturais, com
representantes da sociedade democraticamente eleitos, bem como , da realizaçã o de
conferências municipais de cultura.

Seção III

Da Dimensão Econômica da Cultura

Art.22 Cabe ao Poder Pú blico Municipal criar as condiçõ es para o desenvolvimento da


cultura por meio do incentivo à inovaçã o e à criatividade, como fonte de oportunidades
de trabalho e de renda, de forma sustentável e desconcentrada.

Art. 23 Art. 23. O Poder Pú blico Municipal deve fomentar a economia da cultura como:

I sistema de produçã o, materializado em cadeias produtivas, num processo que


envolva as fases de pesquisa, formaçã o, produçã o, difusã o, distribuiçã o e consumo;

II elemento estratégico da economia contemporâ nea, em que se configura como um


dos segmentos mais dinâ micos e importante fator de desenvolvimento econô mico e
social; e

III conjunto de valores e prá ticas que têm como referência a identidade e a
diversidade cultural dos
Povos, possibilitando compatibilizar modernizaçã o e desenvolvimento humano.

Art. 24 As políticas pú blicas no campo da economia da cultura devem entender os bens


culturais como portadores de ideias, valores e sentidos que constituem a identidade e a
diversidade artística e cultural do município, nã o restritos ao seu valor mercantil.

Art. 25 As políticas de fomento à cultura devem ser implementadas de acordo com as


especificidades dos processos produtivos de cada município.

Art. 26 O objetivo das políticas pú blicas de fomento à cultura no Município de (NOME


DO MUNICÍPIO) deve ser estimular a criaçã o e o desenvolvimento de bens, produtos e
serviços culturais, a produçã o de conhecimentos que sejam compartilhados por todos,
assim como a geraçã o de trabalho e renda de modo a contribuir com a sustentabilidade
da economia da cultura no município.

Art. 27 O Poder Pú blico Municipal deve apoiar os artistas e produtores culturais


atuantes no município para que tenham assegurado o direito autoral de suas obras,
considerando o direito de acesso à cultura por toda a sociedade.

O SISTEMA MUNICIPAL DE CULTURA


TÍTULO II

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Pá gina7
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Pá gina9
Pá gina10
Pá gina11
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Pá gina14
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Pá gina17
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Pá gina19
Pá gina20
Pá gina21
Art. 89 O Sistema Municipal de Informaçõ es e Indicadores Culturais – SMIIC fará
levantamentos para a realizaçã o de mapeamentos culturais para o conhecimento da
diversidade cultural local e transparência dos investimentos pú blicos no setor cultural.

Art. 90 O Sistema Municipal de Informaçõ es e Indicadores Culturais – SMIIC


integrado aos Sistemas Nacional e Estadual de Informaçõ es e Indicadores Culturais
poderá estabelecer parcerias com instituiçõ es especializadas na á rea de economia da
cultura, de pesquisas socioeconô micas e demográ ficas e com outros institutos de
pesquisa, para desenvolver uma base consistente e contínua de informaçõ es
relacionadas ao setor cultural e elaborar indicadores culturais que contribuam tanto
para a gestã o das políticas pú blicas da á rea, quanto para fomentar estudos e pesquisas
nesse campo.

Do Programa Municipal de Formação na Área da Cultura

Art. 91 Cabe ao Ó rgã o responsável pela gestã o da Cultura no município elaborar,


regulamentar e implementar o Programa Municipal de Formaçã o em Arte e Cultura ,
em articulaçã o com os demais entes federados e parceria com a Secretaria Municipal
de Educaçã o e instituiçõ es educacionais, tendo como objetivo central capacitar artistas
e agentes culturais, assim como gestores dos setores pú blico, privado e conselheiros
de cultura, responsáveis pela formulaçã o e implementaçã o das políticas pú blicas de
cultura, no â mbito do Sistema Municipal de Cultura.

Art. 92 O Programa Municipal de Formaçã o em arte e Cultura deve promover:

I a qualificaçã o técnico-administrativa e capacitaçã o em política cultural dos


agentes envolvidos na formulaçã o e na gestã o de programas, projetos e serviços
culturais oferecidos à populaçã o;

II a formaçã o nas á reas técnicas e artísticas e de economia criativa.

TÍTULO III DO FINANCIAMENTO

CAPÍTULO I
Dos Recursos

Art. 93 O Fundo Municipal de Cultura – FMC é a principal fonte de recursos do


Sistema Municipal de Cultura.

Pará grafo ú nico. O orçamento do Município se constitui, também, fonte de recursos do


Sistema Municipal de Cultura.

Art. 94 O financiamento das políticas pú blicas de cultura estabelecidas no Plano


Municipal de Cultura far-se-á com os recursos do Município, possíveis repasses do
Estado e da Uniã o, além dos demais recursos que compõ em o Fundo Municipal de
Cultura – FMC.

Art. 95 O Município deverá destinar recursos do Fundo Municipal de Cultura – FMC


para uso como contrapartida de transferências do Fundo Nacional de Cultura ou de
recursos do Tesouro Estadual, quando for o caso.

§ 1º Os recursos oriundos de repasses do Fundo Nacional de Cultura ou de


recursos do Tesouro Estadual, serã o destinados a:

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I políticas, programas, projetos e açõ es previstas nos Planos Nacional, Estadual
ou Municipal de Cultura;

II para o financiamento de projetos culturais escolhidos pelo Município por


meio de seleçã o pú blica.

§ 2º A gestã o municipal dos recursos oriundos de repasses do Fundo Nacional de


Cultura ou de recursos do Tesouro Estadual deverá ser submetida ao Conselho
Municipal de Política Cultural.

Art. 96 Os critérios de aporte de recursos do Fundo Municipal de Cultura – FMC


deverã o considerar a participaçã o dos diversos segmentos culturais e territó rios na
distribuiçã o total de recursos municipais para acultura, com vistas a promover a
descentralizaçã o do investimento.

CAPÍTULO II
Da Gestão Financeira

Art. 97 Os recursos financeiros da Cultura serã o depositados em conta específica, e


administrados pelo Ó rgã o responsável pela gestã o da Cultura no município, sob
fiscalizaçã o do Conselho Municipal de Políticas Culturais – CMPC.

§ 1º Os recursos financeiros do Fundo Municipal de Cultura – FMC serã o


administrados pelo Ó rgã o responsável pela gestã o da Cultura no município.

§ 2º O Ó rgã o responsável pela gestã o da Cultura no município acompanhará a


conformidade à programaçã o aprovada da aplicaçã o dos recursos no caso de repasses
pela Uniã o e Estado ao Município.

Art. 98 O Município deverá tornar pú blico os valores e a finalidade dos recursos


recebidos da Uniã o e do Estado, transferidos dentro dos critérios estabelecidos pelo
Sistema Nacional e pelo Sistema Estadual de Cultura.

§ 1º O Município deverá zelar e contribuir para que sejam adotados pelo Sistema
nacional de Cultura critérios pú blicos e transparentes, com partilha e transferência de
recursos de forma equitativa, resultantes de uma combinaçã o de indicadores sociais,
econô micos, demográ ficos e outros específicos da área cultural, considerando as
diversidades regionais.

Art. 99 O Município deverá assegurar a condiçã o mínima para receber repasses de


recursos no â mbito dos Sistemas Nacional e Estadual de Cultura, com a efetiva
instituiçã o e funcionamento dos componentes mínimos do Sistema Municipal de
Cultura e a alocaçã o de recursos pró prios destinados à Cultura na Lei Orçamentá ria
Anual (LOA) e no Fundo Municipal de Cultura.

CAPÍTULO III
Do Planejamento e do Orçamento

Art. 100 O processo de planejamento e do orçamento do Sistema Municipal de


Cultura – SMC deve buscar a integraçã o do nível local, estadual e nacional, ouvidos
TÍTULO IV seus ó rgã os deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de cultura
com a disponibilidade de recursos pró prios do Município, as transferências do Estado
e da Uniã o, quando houver, e outras fontes de recursos.

§ 1º O Plano Municipal de Cultura será a base das atividades e programaçõ es do

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Sistema Municipal de Cultura e seu financiamento será previsto no Plano Plurianual –
PPA, na Lei de Diretrizes Orçamentá rias – LDO e na Lei Orçamentá ria Anual – LOA.

Art. 101 As diretrizes a serem observadas na elaboraçã o do Plano Municipal


de Cultura serã o propostas pela Conferência Municipal de Cultura e pelo Conselho
Municipal de Política Cultural – CMPC.

Das Disposições Finais e Transitórias

Art.102 O Município de -------deverá se integrar ao Sistema Nacional de


Cultura por meio de assinatura do termo de adesã o voluntá ria, na forma do
regulamento, estando, assim, igualmente integrado ao Sistema Estadual de Cultura.

Art.103 Sem prejuízo de outras sançõ es cabíveis, constitui crime de emprego


irregular de verbas ou rendas pú blicas, previsto no artigo 315 do Có digo Penal, a
utilizaçã o de recursos financeiros do Sistema Municipal de Cultura – SMC em
finalidades diversas das previstas nesta lei.

Art. 104 Esta lei entra em vigor na data de sua publicaçã o.

GABINETE DO PREFEITO DE (NOME DO MUNICÍPIO), aos


__ dias do mês de ___ de 201...

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