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RELATÓRIO FINAL DA 4ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA DE

SÃO JOSÉ DO NORTE

A realização da 4ª Conferência Municipal de Cultura em São José do Norte, no dia 16 de agosto de


2023, teve como intuito além de atender a Portaria do Ministério da Cultura (MinC) nº45 de 14 de
julho de 2023, proporcionar o debate com os representantes de diversos segmentos culturais, afim de
discutir os eixos apresentados pelo Estado para sugestão de novas propostas, tanto a nível municipal,
bem como Estadual e União.
Para que a conferência fosse realizada além da atuação do setor de Cultura, frente a organização, foi
necessário a formação de uma Comissão Organizadora constituída por 6 representantes, sendo três por
parte do Gorvernamental e três da Sociedade Civil, sendo estes, membros do Conselho Municipal de
Políticas Culturais, conforme Portaria Municipal 1.557/2023 (Anexo III)
A distribuição dos eixos, foi realizada juntamente com o Conselho de Políticas Culturais, onde os
conselheiros assumiram a responsabilidade de nortear os eixos, sendo os mediadores, segue a listagem
com o nome de cada conselheiro que assumiu cada eixo:
Eixo 1 – Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura
Sheron Fernandes Dias e Cristiane Nunes Arrieche
Eixo 2 – Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social
Pablo Machado e Vanessa Lima de Oliveira
Eixo 3 – Identidade, Patrimônio e Memória
Fernando Costamillan e Rogério Fernandes de Oliveira
Eixo 4 – Diversidade cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política
Cultural
Samuel Giró dos Santos e a Colaboradora representante da Secretaria Municipal de Assistência
Social e Cidadania e da Mulher, Francine Amorin da Veiga.
Eixo 5 – Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade
Marcos Domingues e Daiane Gautério Pereira
Eixo 6 – Direito às Artes e Linguagens Digitais
Pricila Mendes Garcia e Ernani Machado Teixeira Junior
Nomeação dos conselheiros conforme DECRETO MUNICIPAL Nº 1 8 .139, DE 07 DE JUNHO DE
2023. (Anexo II)
O 4ª CMC seguiu o Regimento Interno, com horário de abertura às 8h para inscrições e a partir das 9h
foi procedido com a mesa de abertura, tendo como representantes o Executivo Municipal, o Legislativo
Municipal e o Conselho Municipal de Políticas Culturais.
Foram debatidos os 6 eixos, e criadas propostas visando o desenvolvimento da cultura, segue os eixos
e propostas apresentadas em cada eixo:
Eixo 1 – Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura
Avançar no debate sobre marcos e instrumentos legais que contribuam para o amadurecimento de
políticas culturais brasileiras, de forma a enfrentar as descontinuidades e a pouca institucionalização
das políticas culturais. O Eixo 1 é o espaço para o fortalecimento da perspectiva sistêmica de políticas
culturais, do aprofundamento do debate sobre políticas de Estado para a cultura, dando ênfase à
perspectiva de ações simultâneas e complementares dos entes federados, da fundamental participação
da sociedade nos espaços de construção e pactuação das políticas públicas para a cultura
PROPOSTA 1
A NÍVEL MUNICIPAL
• Criação de uma lei de incentivo aos agentes culturais que representem o município em outras
cidades.
• Aumento do percentual de destinação de recursos para o Fundo Municipal de Cultura.

PROPOSTA 2
A NÍVEL ESTADUAL
• Maior Inserção de temáticas voltadas à cultura, turismo e tradicionalismo gaúcho no currículo base.

A NÍVEL NACIONAL
• Celeridade no processo de implementação da Lei Aldir Blanc 2.

Eixo 2 – Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social


Debater e recomendar a revisão de elementos que afetem o acesso à cultura e à arte, enfrentando
desigualdades e assimetrias. Reforça-se neste Eixo como as dinâmicas de participação e escuta social
são essenciais para a ampliação do diálogo, para a valorização do acesso à cultura e para o
fortalecimento de nossa democracia.
PROPOSTA 1
A NÍVEL MUNICIPAL
• Descentralização das reuniões do Conselho Municipal de Políticas Culturais para que sejam
realizadas também nas localidades do interior e bairros.
• Aquisição de equipamentos para a criação de um cinema itinerante no Município, objetivando
levar a cultura e entretenimento para as localidades do interior e bairros.

PROPOSTA 2
A NÍVEL NACIONAL
• No âmbito nacional, a proposta consiste no aperfeiçoamento do vale-cultura, que foi criado pela
Leio 12.761/2012 que prevê um benefício estimado no valor mensal de R$50,00 (cinquenta
reais) por determinadas empresas. Assim, propomos para que seja concedido o benefício sem
que haja desconto desse valor do salário do funcionário.

Eixo 3 – Identidade, Patrimônio e Memória


Debater e reconhecer o direito à memória, ao patrimônio cultural e aos museus, valorizando as
múltiplas identidades que compõem a sociedade brasileira, os bens culturais expressivos da
diversidade étnica, regional e socioeconômica e as narrativas silenciadas e sensíveis da história
nacional, de modo a contribuir para a preservação de seus valores democráticos.
PROPOSTA 1
A NÍVEL MUNICIPAL
• A proposta consiste no incentivo de apoio técnico aos proprietários de imóveis privados que
estejam tombados, inventariados e sejam de interesse sociocultural.

• Foi manifesto a necessidade da de colocar o fomento a Plano de Ações voltados à salvaguarda


e promoção das Festas Tradicionais do Município de São José do Norte organizadas e realizadas
pelas Comunidades Tradicionais da zona rural do Município, com destaque para a Comunidade do
Estreito, Gravatá, Divisa, Capão do Meio, São Caetano e Bujuru, para fins de fortalecimento,
reconhecimento público como patrimônios culturais. Nota-se, portanto, a necessidade da criação
de uma Comissão Técnica com profissionais expertos no tema, voltada a estudos e a criação de
planos de ação voltados a inserção destas manifestações culturais como vetores de
desenvolvimento sociocultural, Direito a Cultura, fomento à Economia do Turismo e a Economia
Criativa da Cultura tendo por base às manifestações culturais autóctones dos territórios de São José
do Norte. A demanda colocada a pauta através deste documento está em acordo com o Plano
Municipal de Cultural e Plano Nacional de Cultural no que se refere a dimensão da cidadania,
simbólica e econômica da Cultura local. De modo a ir ao encontro das metas estabelecidas e
relacionadas a Cultura Popular e Folclore.

PROPOSTA 2
A NÍVEL ESTADUAL
• Foi debatido sobre a necessidade de colocar em pauta para discussão pública a necessidade de
avançar no uso e apropriação do Direito a Chancela da Paisagem Cultural. Por sua vez, o marco
legal da chancela da paisagem cultural brasileira ocorre com a regulamentação criada pela Portaria
nº 127, de 30 de abril de 2009, ao definir um conceito de paisagem cultural em seu Artigo 1º:
“Paisagem Cultural Brasileira é uma porção peculiar do território nacional, representativa do
processo de interação do homem com o meio natural, à qual a vida e a ciência humana imprimiram
marcas ou atribuíram valores”. A relação entre a Chancela da Paisagem Cultural permite melhorar
as condições de planejamento e ordenamento territorial bem como a proteção do Direito à Cultura
tanto da população brasileira como de comunidades autóctones e dos territórios culturais das
Comunidades Tradicionais de Agricultores e Pescadores da região litorânea do Rio Grande do Sul.
A necessidade da Chancela da Paisagem Cultural se materializa quando entendemos que o
dispositivo da chancela pode ser operado como instrumento instigador de poderes, atores e agentes
em múltiplas escalas. De modo a instigar que a partir da escala local e regional se construa
proposições de gestão integrada do espaço litorâneo para fins de proteção social, cultural e
ambiental, salvaguardando referências culturais e patrimônios culturais materiais e imateriais. Ao
se perceber que para fins de práticas e gerenciamentos de processos de gestão cultural e ambiental
em escala local para fins de proteção do Direito à Cultura, a Chancela da Paisagem pode ser
utilizada como dispositivo integrador e suscitador da adoção e implementação dos instrumentos de
ordenamento territorial e planejamento de Estado. Logo, nos deparamos como uma estratégia
política historicamente construída na qual diz respeito ao ir além do mero adotar dispositivos de
complementaridades de tutela reguladora. Mas, sim de utilizar o pedido da Cancela da Paisagem
Cultural para dar início a um processo democráticos em escala local através dos espaços dos fóruns
e audiências públicas e dá articulações políticas e institucionais demandadas.
É possível instigar a partir da Chancela da Paisagem Cultural, que cada ator
e agente envolvido assume posicionamentos e responsabilidades em relação a aplicação dos
instrumentos da Política Nacional de Cultural e da Política Nacional de Gerenciamento Costeiro,
por meio da construção de uma Plano de Gestão Compartilhada da Paisagem Cultural a ser tutelada.
No caso de análise a paisagem cultural das comunidades tradicionais de agricultores e pescadores
artesanais da região litorânea do Rio Grande do Sul, a integração inter setorial possível de ser
promovida a partir do chancelamento da paisagem cultural das Comunidades Tradicionais pode
permitir o empoderamento dessas comunidades no processo de produção e territorialização de
políticas públicas para fins de regulação territorial e proteção social e ambiental destas
comunidades e de seus territórios.
A NÍVEL NACIONAL
• A proposta consiste na criação de uma linha de crédito para os proprietários de bens tombados,
inventariados e de interesse sociocultural, de caráter privado, para restauração, revitalização e
preservação preventiva.

Eixo 4 – Diversidade cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política


Cultural
Este Eixo debate a criação de mecanismos que garantam o reconhecimento da diversidade das
expressões culturais e a valorização e promoção da identidade dos territórios culturais brasileiros.
Nesta seara, compreendemos também a importância de promover diversidades e garantia de direitos,
respeitando a acessibilidade cultural e fazendo enfrentamento ao racismo, à LGBTQIA+ fobia, ao
genocídio da população negra, ao extermínio de povos indígenas, ao feminicídio, ao racismo religioso,
aos estigmas contra comunidades ciganas, ao capacitismo e a todas as formas de discriminações
correlatas.
PROPOSTA 1
A NÍVEL MUNICIPAL
• O debate foi sobre a criação e implementações no município dentro da temática do eixo, sendo
assim, como proposta municipal encaminhamos a Semana de diversidade LGBT, para que seja
como forma de circuito cultural (espaço artístico e cultural representado pelo LGBT) inserido
ao calendário escolar.

PROPOSTA 2
A NÍVEL ESTADUAL
Fomento (recursos, materiais ilustrativos, disponibilização de profissionais capacitados para
abordagem do tema, entre outros) para criação de espaços e ações culturais para ampliar a visão e o
debate sobre transversalidades de gênero, de orientação sexual, de raça/ etnia.

1. Diferenças de gênero, de orientação sexual, de raça/ etnia devem ser respeitadas e valorizadas, não
devendo ser utilizadas como critério de exclusão social e política;
2. É fundamental manter uma perspectiva não-essencialista em relação às diferenças, procurando
desenvolver uma postura crítica em relação aos processos de naturalização ou biologização, que
acabam por transformar diferenças em desigualdades
3. Discriminações baseadas em raça/etnia, gênero e sexualidade estão imbricadas na vida social e na
história de diferentes sociedades, necessitando por isso uma abordagem conjunta e transversal. Ou
seja, discriminação em relação às mulheres articula-se à discriminação em relação aos que são
sexualmente atraídos por pessoas do mesmo sexo ou ainda que discursos racistas possam utilizar
características socialmente atribuídas ao feminino para inferiorizar negros/as, indígenas ou outros
grupos considerados minorias;
4. A formulação de leis anti-discriminação não é suficiente para fazer cessar ações violentas e
intolerantes em relação às diferenças de gênero, de raça e orientação sexual, sendo para isto
fundamental privilegiar ações que visem à transformação das mentalidades e das práticas sociais;
5. O estatuto das diferenças de gênero, de raça e de orientação sexual é um debate aberto envolvendo
delicadas questões morais, sendo que estas ações não devem, portanto, pretender divulgar apenas uma
visão sobre tais diferenças pela adoção de qualquer tipo de cartilha ou doutrina. Nesse sentido, o
fundamental é propiciar que as pessoas compreendam as implicações éticas das diferentes posições
em jogo e construam sua própria opinião nesse processo;

A NÍVEL NACIONAL
Criação de legislação que garanta inserção de ações com intuito de amplificar o debate e o
conhecimento sobre a diversidade cultural e transversalidade de gênero, raça e acessibilidade
na política cultural, onde devem contribuir e proporcionar às crianças um desenvolvimento
pleno, que auxilie na compreensão de si e do outro, a partir das escolas.
1. Cabe ressaltar a importância e a necessidade de estabelecer a integralização entre a escola e
a diversidade social para que assim os sujeitos em formação não adquiram ou perpetuem
preconceitos e discriminações para com os outros e aprendam a respeitar as diferenças de
forma a entender que todos são iguais, independente de cultura.
2. É notória a importância de que as escolas trabalhem as diversas culturas, o que é algo simples
e ao mesmo tempo complexo. A cultura é cultivo; ou seja, antes de tudo, cultura é trabalho,
trabalho humano transformando a natureza, de forma mais explícita transformando o amplo
conjunto de resultados adquiridos coletivamente pelos homens no transcorrer do processo de
transformação que exerceu sobre a natureza, sobre resultados culturais anteriores ao seu
momento histórico. Entender que existem formas distintas de pensar, sentir, viver e agir é
importante para conhecer a própria história e assumir uma postura respeitosa diante do outro.

Eixo 5 – Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade


Ressaltar a importância da cultura para o desenvolvimento socioeconômico do país, por meio de
políticas que fortaleçam as cadeias produtivas e as expressões artísticas e culturais, potencializem a
geração de trabalho, emprego e renda, e ampliem a participação dos setores culturais e criativos no
PIB do país.
PROPOSTA 1
A NÍVEL MUNICIPAL
• Nossa cidade possui um potencial incrível, mas para que esse potencial se transforme em
realidade, é essencial que unamos forças entre o setor público e privado. A proposta visa
exatamente a isso: criar parcerias sólidas entre o Executivo Municipal e os empresários locais,
para fomentar recursos por meio de leis de incentivos e repasses a fundos municipais. Nossa
comunidade, enfrenta desafios significativos, mas com desafios vêm também oportunidades.
Temos uma base empresarial diversificada, um governo comprometido, elementos que, quando
trabalhados em conjunto, podem resultar em um progresso notável. No entanto, para alcançar
nossos objetivos de desenvolvimento, precisamos garantir uma fonte estável de recursos que
permitam a implementação de projetos que beneficiem a todos. Nossa cidade possui um
potencial extraordinário, e unir o Executivo Municipal e os empresários locais em prol desse
potencial é a chave para o sucesso. Com a implementação dessa proposta, estaremos trilhando
um caminho que leva ao crescimento sustentável, à inovação e ao progresso que todos
desejamos para nossa comunidade.
• A proposta é o município trabalhar no sentido de fomentar atividades culturais e turísticas
em feiras e eventos fora do município. Essas ações revelam a identidade local, estimulam a
economia e preservam o patrimônio. Ao exibir tradições, artesanato e culinária típica,
despertamos interesse e enriquecemos a diversidade cultural. A cultura também fortalece as
indústrias criativas e promove a formação de profissionais. Participar dessas atividades cria
visibilidade, atraindo investidores e parceiros, beneficiando o desenvolvimento local. Promover
as atividades culturais e turísticas em eventos externos é uma estratégia de marketing territorial
eficaz, ampliando a mensagem e atraindo visitantes e investidores interessados na oferta única
do município. Essa abordagem enriquece a identidade local, estimula a economia e coloca o
município no cenário estadual e nacional.

PROPOSTA 2
A NÍVEL ESTADUAL
• Propomos a continuidade do programa Coinvestimento a partir de 2024, direcionando
recursos aos fundos municipais de cultura e promovendo a distribuição por meio de editais locais.
Esse redirecionamento viabilizaria a distribuição dos recursos via editais municipais, fortalecendo
a participação democrática e impulsionando a economia criativa. Ao democratizar o acesso à
cultura, conferimos a cada comunidade a capacidade de moldar suas expressões culturais locais,
fomentando a diversidade e o engajamento. Além disso, ao nutrir artistas e empreendedores
criativos, cultivamos um ambiente favorável à inovação e ao crescimento econômico. Essa
abordagem democratiza o acesso à cultura, empodera os conselhos municipais e impulsiona a
economia criativa, beneficiando artistas, comunidades e o desenvolvimento estadual. O sucesso
de 2023 é o alicerce para um futuro culturalmente rico e economicamente próspero para os
municípios e consequentemente o Rio Grande do Sul.

A NÍVEL NACIONAL
• O impacto positivo das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 1 na cultura e economia dos
municípios foi notável. Neste sentido, nossa proposta busca não apenas reconhecer esse sucesso,
mas também transformar esses recursos em uma política pública permanente para impulsionar a
economia criativa e o desenvolvimento socioeconômico dos municípios em longo prazo.
A economia criativa desempenha um papel essencial no desenvolvimento socioeconômico dos
municípios, gerando empregos, fomentando a inovação e enriquecendo o tecido cultural da nação.
No entanto, muitas vezes os setores culturais e criativos enfrentam desafios de financiamento que
limitam seu potencial. As Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 se mostraram eficazes em mitigar
essa lacuna e estimular a vitalidade cultural e econômica dos municípios.
Sugerimos que os recursos alocados pelas Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 não se limitem à
sua vigência inicial, mas evoluam para uma política pública contínua com repasses fundo a fundo
para serem geridos pelos conselhos municipais de cultura. Ao fazer isso, garantiríamos um
compromisso sustentável com a promoção da cultura e da economia criativa. Isso não apenas
proporcionaria estabilidade para os artistas e empreendedores culturais, mas também criaria um
ambiente propício para a inovação, a colaboração interdisciplinar e o desenvolvimento a longo
prazo.

Eixo 6 – Direito às Artes e Linguagens Digitais


Criação de espaços de diálogo, reflexão e construção coletiva acerca do papel das artes em sua
diversidade de fazeres, territórios e agentes, e do acesso às linguagens artísticas e digitais no
fortalecimento da democracia, na contemporaneidade, incluindo também o debate sobre o papel do
Estado brasileiro e seus entes federados na construção de políticas públicas para o desenvolvimento
das redes produtivas dos setores das artes no Brasil
PROPOSTA 1
A NÍVEL MUNICIPAL
• Como direito as linguagens digitais, visando ampliar, como proposta de que seja usado
laboratórios de informática dentro da escola para ensino e aplicação das linguagens digitais
como forma de fomento da cultura.

PROPOSTA 2
A NÍVEL ESTADUAL
• Propomos para que o Estado contemple em seu plano propostas de repasse ao município para
fomento da cultura, afirmando uma ação colaborativa de trabalho a ser desenvolvido com o
município, seja com material de qualificação ou através de equipe que capacite aos gestores e os
conselheiros. Pois considerando com atualmente a cultura, recebeu recursos provenientes de leis
que surgiram em virtude do período pandêmico, mas a principal questão que surgiu no debate, e
se não tivesse ocorrido a criação das leis como Aldir Blanc 1 e Paulo Gustavo, qual seria a forma
de destino de recurso para chegar aos municípios?

A NÍVEL NACIONAL
• Foi debatido a criação de uma política pública que trate da questão do acesso as formas mais
institucionalizadas de produção artística, considerando maior investimentos públicos em cultura,
para promoção da cultura, sem que haja necessidade de solicitação á conselho para utilização de
recurso proveniente de fundo, ainda, destaca-se o repasse de recurso para que o município decida
onde aplicar, não já destinado para determinada área considerando o destino do recurso do áudio
visual, já que cada município vivencia a sua realidade.

Atendendo o material de orientações metodológicas para as etapas preparatórias, com base no


número de participantes que assinaram a lista de presença e tiveram participação em algum dos 6
eixos, atendendo o do percentual apresentando no material, bem como o Regimento Interno
conforme Art. 29A escolha dos 2 Delegados para a 6ª Conferência Estadual de Cultura, entre
participantes da 4ª Conferência Municipal de Cultura, será paritária, conforme inciso 50% dos(as)
representantes da Sociedade Civil e inciso II 50% de representantes do Governo local, e ainda
conforme parágrafo 1ºdo mesmo art. “A escolha dos Delegados para a 6ª Conferência Estadual se
dará em conformidade com o número de vagas destinadas ao município pela portaria nº 45/2023 do
Ministério da Cultura (MinC).” Considerando assim, 2 suplentes de delegados para a 6ª Conferência
Estadual paritariamente. Segue as fichas de inscrição dos delegados (Anexo I), indicados e eleitos em
votação por unanimidade, na 4ª Conferência Municipal de Cultura. No intuito de comprovar a
realização do referido evento, também segue a Ata da 4ª conferência (anexo IV), juntamente com a
lista de presença, também salientamos sobre a divulgação do evento realizada através do site oficial,
em grupos de wattsapp e em rádios locais, segue os links das publicações realizadas no site o oficial.
https://www.saojosedonorte.rs.gov.br/noticias/cultura-em-acao-4o-conferencia-municipal-de-cultura
data de 10/08.
https://www.saojosedonorte.rs.gov.br/noticias/smec-convida-para-a-4o-conferencia-municipal-de-
cultura data de 14/08.
https://www.saojosedonorte.rs.gov.br/noticias/4a-conferencia-municipal-de-cultura-acontece-nesta-
quarta data de 15/08.
O Regimento Interno foi incluído a este material como Anexo V, o qual foi lido e aprovado em
conferência conforme determinação das diretrizes do Regimento.
ANEXO I

Os Delegados foram eleitos na Plenária Final, em votação, ficou aprovado os seguintes


representantes para a 6ª Conferência Estadual de Cultura. As fichas de inscrições foram
encaminhadas a Estadual.

Representantes do Governamental, pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura:


Titular: Sheron Fernandes Dias
Suplente: Pricila Mendes Garcia

Representantes da Sociedade, pelo Conselho Municipal de Políticas Culturais:


Titular: José Fernando Almeida Costamilan
Suplente: Marcos Aurelio da Silva Domingues
ANEXO II
ANEXO III
ANEXO IV
ANEXO V

REGIMENTO INTERNO DA 4ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA


DE SÃO JOSÉ DO NORTE

CAPÍTULO I
DO OBJETIVO, TEMÁRIO

Art. 1º A 4ª Conferência Municipal da Cultura (CMC) será realizada no dia 16 de agosto de


2023, das 8h às 17h.

Art. 2º A 4ª CMC foi convocada em conformidade com a Portaria do Ministério da Cultura


(MinC) nº 45 de 14 de julho de 2023.

Art. 3º A 4ª CMC constitui-se em instância de participação social que tem por atribuição a
avaliação da política pública da Cultura e a definição de diretrizes para o Plano Nacional de
Cultura e o aprimoramento do Sistema Nacional de Cultura (SNC).

Art. 4º A 4ª CMC tem por objetivo analisar, propor e deliberar com base na avaliação local,
reconhecendo a corresponsabilidade de cada ente federado, e eleger Delegados(as) para 6ª
Conferência Estadual de Cultura, nos termos da Portaria Minc Nº 45, de 4 de julho de 2023, que
convoca a 4ª Conferência Nacional de Cultura - 4ª CNC.

Art. 5º A 4ª CMC tem como tema: “Democracia e Direito à Cultura”, e está organizada em 6
eixos:
Eixo 1 - Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura;
Eixo 2 - Democratização do acesso à cultura e Participação Social;
Eixo 3 - Identidade, Patrimônio e Memória;
Eixo 4 - Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política
Cultural;
Eixo 5 - Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade; e
Eixo 6 - Direito às Artes e às Linguagens Digitais.

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO

Art. 6º A Comissão Organizadora é a instância responsável pela gestão e organização da CMC,


devendo ser nomeada pelo poder público local com integrantes indicados pelo órgão responsável
pela gestão da cultura, bem como indicados pela sociedade civil – preferencialmente o conselho
local de política cultural.
Art. 7º A 4ª CMC será presidida pelo Gestor da Cultura da Secretaria Municipal de Educação e
Cultura.
Parágrafo único: O Gestor da Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, atuará
juntamente com o Conselho Municipal de Políticas Culturais.

CAPÍTULO III
DOS PARTICIPANTES E DO CREDENCIAMENTO
Art. 8º Poderá participar da Conferência Municipal de Cultura qualquer cidadão maior de 16
anos, devidamente inscrito, assegurando a ampla participação de representantes da sociedade
civil e do poder público.

Art. 9º O credenciamento dos(as) participantes da 4ª CMC será efetuado no dia 16 das 8h às 9h


horas e tem como objetivo identificar os participantes.

Art. 10º na 4ª CMC, os participantes serão credenciados em três categorias:


I - Delegados(as) com direito a voz e voto;
II - Convidados(as) com direito a voz; e
III - Observadores(as) sem direito a voz e voto.

§1º Caso o município tenha Conselho Municipal de Cultura constituído, serão considerados
Delegados Natos os seus Conselheiros titulares e suplentes, bem como os agentes culturais
atuantes na cultura.

Art. 11 As excepcionalidades surgidas no credenciamento serão tratadas pela Comissão


Organizadora.

Art. 12 Será divulgado pela Comissão Organizadora, após o término do credenciamento, o


número de delegados e delegadas da 4ª Conferência Municipal aptos(as) a votar, bem como o
número de convidados(as).

CAPÍTULO IV
DAS ETAPAS
Art. 13 A 4ª CMC deverá ser realizada observando as seguintes etapas:
a) Leitura e aprovação do Regimento Interno;
b) Palestra/Painéis sobre o Tema e os 6 Eixos;
c) Grupos de Trabalhos por Eixos;
d) Plenária Final/Deliberações a partir das prioridades definidas pelos grupos de Trabalho.

CAPÍTULO V
DOS PAINÉIS E PALESTRAS

Art. 14 As Palestras/Painéis terão por finalidade promover o aprofundamento do debate dos 6


(seis) eixos, de que trata o artigo 5º.

§1º Um(a) Relator(a) ficará responsável, durante a exposição, pelo resumo escrito da fala do(s)
expositor(es) sobre o tema.

§2º As intervenções dos(as) participantes serão de 5 minutos e poderão ser feitas oralmente ou
apresentadas por escrito à Comissão Organizadora da Conferência.

CAPÍTULO VI
Dos Grupos de Trabalho por Eixo

Art. 15 Os grupos de Trabalho serão organizados de modo que cada grupo discuta um dos 6
Eixos da Conferência.

Art. 16 Deve-se assegurar que todos os Eixos sejam discutidos por, pelo menos, 1 Grupo de
Trabalho.

Art. 17 Cada Grupo de Trabalho deve construir propostas de deliberação para o respectivo Eixo
debatido para o próprio município; para o estado; e para a União.

Art. 18 As propostas de deliberação construídas devem ser registradas por cada um dos grupos,
com a respectiva indicação se são para o próprio município, para o Estado ou para a União.

CAPÍTULO VII
DA PLENÁRIA FINAL

Art. 19 A Plenária Final é o momento de discussão e deliberação das:


I. Propostas;
II. Moções; e
III. Eleição da delegação que participará da Conferência Estadual.

Art. 20 As Deliberações na Plenária Final serão definidas a partir das prioridades estabelecidas
pelos Grupos de Trabalho considerando os 6 Eixos da Conferência.

Art. 21 As propostas de deliberação construídas pelos Grupos de Trabalho para o Estado e para
a união serão apreciadas e votadas pelos delegados, com o objetivo de definir as deliberações
finais que serão encaminhadas para a sistematização pelo ente estadual.

Art. 22 Na Plenária final terão direito a voto os (as) Delegados (as) devidamente credenciados
(as) na 4ª Conferência Municipal. Aos demais participantes será garantido o direito a voz.

Art. 23 A Plenária Final deve resultar em um conjunto de no máximo 10 deliberações para o


próprio município; e 12 deliberações para o Estado.

Art. 24 Os resultados da Conferência Municipal de Cultura serão encaminhados para a Comissão


Organizadora Estadual em instrumento próprio definido pelas Comissões Organizadoras
Estaduais.

CAPÍTULO VIII
DAS MOÇÕES

Art. 25 As moções deverão ser apresentadas à Relatoria da 4ª Conferência Nacional de Cultura,


devidamente assinadas por 5 % de Delegados(as) presentes, até a instalação da Plenária Final.

Parágrafo Único. As Moções poderão ser de repúdio, indignação, apoio, congratulação ou


recomendação.

Art. 26 As moções serão apreciadas pela Plenária Final. Após a leitura de cada moção proceder-
se-á a votação, sendo aprovadas as que obtiverem a maioria dos votos dos(as) Delegados(as).

CAPÍTULO IX
DA ELEIÇÃO DOS(AS) DELEGADOS(AS)

Art. 27 Na Plenária Final, serão eleitos delegados para participar da 6ª Conferência Estadual de
Cultura, em quantitativo a ser definido nos termos do Anexo III da Portaria nº 45/2023 do
Ministério da Cultura.

Art. 28 Conforme elencado no parágrafo segundo do artigo 10º deste Regimento, poderão ser
candidatos(as) a Delegados(as) para a 6ª Conferência Estadual de Cultura os participantes
moradores de São José do Norte.

Parágrafo único. Os candidatos a Delegados para a 6ª Conferência Estadual de Cultura deverão


apresentar documento de identificação oficial com foto.

Art. 29 A escolha dos 2 Delegados para a 6ª Conferência Estadual de Cultura, entre


participantes da 4ª Conferência Municipal de Cultura, será paritária:

I. 50% dos(as) representantes da Sociedade Civil;

II. 50% de representantes do Governo local;

§ 1º. A escolha dos Delegados para a 6ª Conferência Estadual se dará em conformidade com o
número de vagas destinadas ao município pela portaria nº 45/2023 do Ministério da Cultura
(MinC).

§ 2º. Serão eleitos(as) 2 suplentes de delegados para a 6ª Conferência Estadual paritariamente.

Art. 30 A relação dos Delegados para a 6ª Conferência Estadual eleitos e seus respectivos
suplentes deverá ser enviada à Comissão Organizadora Estadual em até 5 dias após a realização
da conferência municipal de Cultura.

Parágrafo único. Na impossibilidade do(a) Delegado(a) titular estar presente na conferência


Estadual, o respectivo suplente será convocado para exercer a representação do município.

CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 31 Aos participantes das Plenárias é assegurado o direito de levantar questões de ordem à
Comissão Organizadora, sempre que julgarem não estar sendo cumprido este Regimento.

Art. 32 Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora e apresentados para
votação da Plenária.

Art. 33 O presente Regimento entrará em vigor na data de sua publicação.

São José do Norte, 16 de agosto de 2023.

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