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CARREIRA JURÍDICA 2014

Direito Ambiental
Frederico Amado

PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO Para assegurar recursos para a execução do


Plano, o Fundo Nacional de Cultura, por meio
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno de seus fundos setoriais, será o principal
exercício dos direitos culturais e acesso às mecanismo de fomento às políticas culturais.
fontes da cultura nacional, e apoiará e Deverão ser formuladas e desenvolvidas
incentivará a valorização e a difusão das políticas públicas para a efetivação do Plano
manifestações culturais. Nacional de Cultura, fomentando a cultura de
forma ampla, protegendo e promovendo a
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações diversidade cultural, a criação artística e suas
das culturas populares, indígenas e afro- manifestações e as expressões culturais,
brasileiras, e das de outros grupos individuais ou coletivas, de todos os grupos
participantes do processo civilizatório nacional. étnicos e suas derivações sociais,
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas reconhecendo a abrangência da noção de
comemorativas de alta significação para os cultura em todo o território nacional e
diferentes segmentos étnicos nacionais. garantindo a multiplicidade de seus valores e
formações.
§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Entretanto, os estados, o Distrito Federal e os
Cultura, de duração plurianual, visando ao municípios apenas aderirão ao Plano Nacional
desenvolvimento cultural do País e à de Cultura de quiserem, por intermédio de
integração das ações do poder público que termo de adesão voluntária, devendo, nesta
conduzem à: (Incluído pela Emenda hipótese, elaborar os seus planos decenais até
Constitucional nº 48, de 2005) um ano após a assinatura do termo de adesão
voluntária, podendo a União oferecer
I defesa e valorização do patrimônio cultural assistência técnica e financeira aos entes da
brasileiro; (Incluído pela Emenda Constitucional federação que aderirem.
nº 48, de 2005) Também é possível que outros entes públicos
II produção, promoção e difusão de bens e privados colaborem com o Plano Nacional de
culturais; (Incluído pela Emenda Constitucional Cultura, tais como empresas, organizações
nº 48, de 2005) corporativas e sindicais, organizações da
III formação de pessoal qualificado para a sociedade civil, fundações, pessoas físicas e
gestão da cultura em suas múltiplas jurídicas que se mobilizem para a garantia dos
dimensões; (Incluído pela Emenda princípios, objetivos, diretrizes e metas do
Constitucional nº 48, de 2005) PNC, estabelecendo termos de adesão
IV democratização do acesso aos bens de específicos.
cultura; (Incluído pela Emenda Constitucional A implementação do Plano Nacional de Cultura
nº 48, de 2005) observará os seguintes princípios: I - liberdade
de expressão, criação e fruição; II - diversidade
V valorização da diversidade étnica e regional cultural; III - respeito aos direitos humanos; IV -
Finalmente foi promulgada a Lei 12.343, de direito de todos à arte e à cultura; V - direito à
02.12.2010, que instituiu o Plano Nacional de informação, à comunicação e à crítica cultural;
Cultura e criou o Sistema Nacional de VI - direito à memória e às tradições; VII -
Informações e Indicadores Culturais. responsabilidade socioambiental; VIII -
De efeito, o Plano Nacional de Cultura foi valorização da cultura como vetor do
previsto com duração de dez anos, de acordo desenvolvimento sustentável; IX -
com o Anexo da Lei 12.343/10, previsto em democratização das instâncias de formulação
cinco Capítulos, sendo a coordenação das políticas culturais; X - responsabilidade dos
executiva do Ministério da Cultura. agentes públicos pela implementação das
Deverá o Plano Nacional de Cultura será políticas culturais; XI - colaboração entre
revisto periodicamente para atualização e agentes públicos e privados para o
aperfeiçoamento, sendo prevista a primeira desenvolvimento da economia da cultura; XII -
revisão após quatro anos da data da participação e controle social na formulação e
publicação da Lei 12.343/10. acompanhamento das políticas culturais.

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A Lei 12.343/2010 ainda criou o Sistema § 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito


Nacional de Informações e Indicadores Federal vincular a fundo estadual de fomento à
Culturais, de caráter declaratório e ampla cultura até cinco décimos por cento de sua
publicidade. receita tributária líquida, para o financiamento
Será obrigatória a inserção e atualização de programas e projetos culturais, vedada a
permanente de dados no Sistema Nacional de aplicação desses recursos no pagamento de: I
Informações e Indicadores Culturais pela União - despesas com pessoal e encargos sociais; II -
e pelos estados, Distrito Federal e municípios serviço da dívida; III - qualquer outra despesa
que vierem a aderir ao Plano. corrente não vinculada diretamente aos
investimentos ou ações apoiados.
Ainda foi previsto o Sistema Nacional de Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura,
Cultura - SNC, a ser criado por lei específica, organizado em regime de colaboração, de
sendo o principal articulador federativo do forma descentralizada e participativa, institui
Plano Nacional de Cultura, estabelecendo um processo de gestão e promoção conjunta
mecanismos de gestão compartilhada entre os de políticas públicas de cultura, democráticas e
entes federados e a sociedade civil. permanentes, pactuadas entre os entes da
Art. 216. Constituem patrimônio cultural Federação e a sociedade, tendo por objetivo
brasileiro os bens de natureza material e promover o desenvolvimento humano, social e
imaterial, tomados individualmente ou em econômico com pleno exercício dos direitos
conjunto, portadores de referência à culturais. (Incluído pela Emenda Constitucional
identidade, à ação, à memória dos diferentes nº 71, de 2012)
grupos formadores da sociedade brasileira, nos
quais se incluem: § 1º O Sistema Nacional de Cultura
fundamenta-se na política nacional de cultura e
I - as formas de expressão; nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano
II - os modos de criar, fazer e viver; Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes
III - as criações científicas, artísticas e princípios.
tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações I - diversidade das expressões culturais;
e demais espaços destinados às II - universalização do acesso aos bens e
manifestações artístico-culturais; serviços culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor III - fomento à produção, difusão e circulação
histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, de conhecimento e bens culturais;
paleontológico, ecológico e científico. IV - cooperação entre os entes federados, os
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da agentes públicos e privados atuantes na área
comunidade, promoverá e protegerá o cultural;
patrimônio cultural brasileiro, por meio de V - integração e interação na execução das
inventários, registros, vigilância, tombamento e políticas, programas, projetos e ações
desapropriação, e de outras formas de desenvolvidas;
acautelamento e preservação. VI - complementaridade nos papéis dos
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma agentes culturais;
da lei, a gestão da documentação VII - transversalidade das políticas culturais;
governamental e as providências para VIII - autonomia dos entes federados e das
franquear sua consulta a quantos dela instituições da sociedade civil;
necessitem. IX - transparência e compartilhamento das
§ 3º - A lei estabelecerá incentivos para a informações;
produção e o conhecimento de bens e valores X - democratização dos processos decisórios
culturais. com participação e controle social;
§ 4º - Os danos e ameaças ao patrimônio XI - descentralização articulada e pactuada da
cultural serão punidos, na forma da lei. gestão, dos recursos e das ações;
§ 5º - Ficam tombados todos os documentos e XII - ampliação progressiva dos recursos
os sítios detentores de reminiscências contidos nos orçamentos públicos para a
históricas dos antigos quilombos. cultura

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§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional demais espaços onde se concentram e


de Cultura, nas respectivas esferas da reproduzem práticas culturais coletivas”.
Federação:
Decidirá sobre o registro o Conselho Consultivo
I - órgãos gestores da cultura; do Patrimônio Cultural, com prévio parecer do
II - conselhos de política cultural; IPHAN e, uma vez realizado, o bem receberá o
III - conferências de cultura; título de “Patrimônio Nacional do Brasil”.
IV - comissões intergestores O bem registrado terá a seguinte proteção
V - planos de cultura; jurídica (artigo 6.º do Decreto 3.551/2000):
VI - sistemas de financiamento à cultura;
VII - sistemas de informações e indicadores “I – documentação por todos os meios técnicos
culturais; admitidos, cabendo ao IPHAN manter banco de
VIII - programas de formação na área da dados com o material produzido durante a
cultura; instrução do processo.
IX - sistemas setoriais de cultura. II – ampla divulgação e promoção”.

§ 3º Lei federal disporá sobre a O IPHAN fará a reavaliação dos bens culturais
regulamentação do Sistema Nacional de registrados, pelo menos a cada dez anos, e a
Cultura, bem como de sua articulação com os encaminhará ao Conselho Consultivo do
demais sistemas nacionais ou políticas Patrimônio Cultural para decidir sobre a
setoriais de governo. Incluído pela Emenda revalidação do título de “Patrimônio Cultural do
Constitucional nº 71, de 2012 Brasil”.
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Negada a revalidação, será mantido apenas o
Municípios organizarão seus respectivos registro, como referência cultural de seu tempo
sistemas de cultura em leis próprias. Incluído
pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012 “1. Ofício das Paneleiras de Goiabeiras;
REGISTRO 2. Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte
É o instrumento de tutela de bens imateriais, Gráfica Wajãpi;
pois a intangibilidade faz com que a tutela por 3. Círio de Nossa Senhora de Nazaré;
meio do tombamento não seja compatível com 4. Samba de Roda do Recôncavo Baiano;
a sua morfologia. 5. Modo de Fazer Viola-de-Cocho;
No âmbito federal, foi regulamentado pelo 6. Ofício das Baianas de Acarajé;
Decreto 3.551/2000, tendo como referência a 7. Jongo no Sudeste;
continuidade histórica do bem e sua relevância 8. Cachoeira de Iauaretê – Lugar sagrado
nacional para a memória, a identidade e a dos povos indígenas dos Rios Uaupés e
formação da sociedade brasileira. Papuri;
Na esfera federal (Decreto 3.551/2000) quatro 9. Feira de Caruaru;
livros de registro, cujo rol é exemplificativo, 10. Frevo;
sendo possível a abertura de novos: 11. Tambor de Crioula;
12. Matrizes do Samba no Rio de Janeiro:
“I – Livro de Registro dos Saberes, onde serão Partido Alto, Samba de Terreiro e Samba-
inscritos conhecimentos e modos de fazer Enredo;
enraizados no cotidiano das comunidades; 13. Modo artesanal de fazer Queijo de Minas,
II – Livro de Registro das Celebrações, onde nas regiões do Serro e das serras da Canastra
serão inscritos rituais e festas que marcam a e do Salitre;
vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, 14. Roda de Capoeira e Ofício dos Mestres de
do entretenimento e de outras práticas da vida Capoeira;
social; 15. O modo de fazer Renda Irlandesa
III – Livro de Registro das Formas de produzida em Divina Pastora (SE);
Expressão, onde serão inscritas manifestações 16. O modo de fazer Renda Irlandesa
literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; produzida em Divina Pastora (SE);
IV – Livro de Registro dos Lugares, onde serão 17. O toque dos Sinos em Minas Gerais;
inscritos mercados, feiras, santuários, praças e 18. Ofício de Sineiros;

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19. Festa do Divino Espírito Santo de tombar de ofício bens culturais estaduais,
Pirenópolis”. distritais ou municipais, em razão do Princípio
da Preponderância do Interesse (inexiste
TOMBAMENTO - O tombamento está previsto hierarquia entre entidades políticas).
no artigo 216, § 1.º, da CRFB e está Há precedente do STJ (ROMS 18.952, de
regulamentado pelo Decreto-lei 25, de 26.04.2005) que admitiu o tombamento por um
30.11.1937 . município de bem federal, mesmo sem a
Natureza jurídica - É um tema altamente concordância da União, ao argumento de que
polêmico, sendo três as principais correntes não se trata de supressão da propriedade, pois
doutrinárias: limitação administrativa ao direito o Decreto-lei 3.365/1941 veda a
de propriedade, servidão administrativa e uma desapropriação nesta hipótese. Mas é preciso
modalidade autônoma de intervenção. observar o contraditório, ante a incidência
Competência para instituição - direta desta garantia constitucional.
A competência para proteger os documentos, Tombamento provisório - Trata-se de medida
as obras e outros bens de valor histórico, cautelar de natureza administrativa que visa
artístico e cultural, os monumentos, as proteger o bem até o tombamento definitivo,
paisagens naturais notáveis e os sítios equiparado a este, salvo para efeito de registro,
arqueológicos, bem como para impedir a surtindo efeitos a partir da notificação do
evasão, a destruição e a descaracterização de proprietário.
obras de arte e de outros bens de valor Tombamento definitivo - É o ato administrativo
histórico, artístico ou cultural é comum entre acabado consistente na inscrição do bem no
todas as entidades políticas (artigo 23, III e IV, Livro de Tombo. Na esfera federal são quatro:
da CRFB). Destarte, admite-se o tombamento A) Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico; B)
de um mesmo bem por mais de uma entidade Histórico; C) Belas Artes; D) Artes Aplicadas.
política. Procedimento federal -
No âmbito federal, deverá ser apresentado
Competência legiferante – parecer do Conselho Consultivo do Patrimônio
Cultural; após essa apresentação, será
A União, os Estados e o Distrito Federal detêm notificado o proprietário para se manifestar em
competência concorrente para legislar sobre 15 dias. Posteriormente, o parecer será ou não
proteção ao patrimônio histórico, cultural, homologado pelo Ministro da Cultura (Lei
artístico, turístico e paisagístico (artigo 24, VII, 6.292/1975), cabendo recurso ao Presidente da
da CRFB), assim como os municípios (artigo República (Decreto-lei 3.866/1941).
30, I e II, da CRFB). Registro cartorial -
Objeto – Apenas dará publicidade, não constituindo o
Podem ser objeto de tombamento bens tombamento, que terá eficácia desde a
materiais integrantes do patrimônio cultural, notificação do tombamento provisório ou
móveis ou imóveis, tomados individualmente inscrição em Livro de Tombo. Se imóvel,
ou em sua coletividade. Os bens imateriais deverá ser perpetrado no Cartório de Registro
serão objeto de registro, e não do tombamento, de Imóveis e, se móvel, no Cartório de Registro
a exemplo do acarajé e da capoeira. de Títulos e Documentos.
Espécies – Conteúdo da proteção -
Será voluntário, caso o proprietário consinta, As coisas tombadas não poderão em nenhum
ou compulsório, sendo neste caso o ato caso ser destruídas, demolidas ou mutiladas.
administrativo executório, assegurado o direito No caso de restauração ou pintura, deve o
de defesa do proprietário. Outrossim, poderá proprietário pedir autorização (ato
ser individual ou coletivo, pois existem bens administrativo precário e discricionário) prévia
culturais que devem ser coletivamente do órgão ambiental cultural que tombou o bem.
protegidos, a exemplo de uma importante As móveis não poderão sair do Brasil, salvo a
biblioteca ou mesmo de uma cidade histórica. curto prazo, se autorizado, sob pena de
Tombamento de ofício – sequestro.
É o tombamento de bens públicos. Por
exemplo, o Poder Público federal poderá . Zona de entorno -

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Na vizinhança da coisa tombada imóvel, sem Tombamento constitucional –


prévia autorização, não se poderá fazer Incide sobre os documentos e sítios detentores
construção que impeça ou afete a visibilidade de reminiscências históricas dos antigos
do bem tombado, nem colocar anúncios ou quilombos (§ 5.º, do artigo 216 da CRFB).
cartazes, sob pena de multa equivalente a 50% Destombamento -
do valor do objeto. Esta área não é Embora incomum, é possível, a exemplo do
determinada pela lei federal, devendo ser equívoco na valoração cultural de um bem ou
fixada casuisticamente. vício no processo administrativo. O artigo 19, §
Conservação e reparação - 2.º, do Decreto-lei 25/1937, prevê o
Caberá ao proprietário arcar com os custos, cancelamento do tombamento quando o Poder
salvo se demonstrar não possuir recursos Público não arcar com as obras de
disponíveis, devendo neste caso o Poder restauração, na hipótese de o proprietário não
Público arcar com estes dentro de seis meses, possuir recursos disponíveis, mas nesta
sob pena de cancelamento do tombamento. hipótese o artigo 1.º, parágrafo único, da Lei
Direito de preferência 6.292/1975, exige parecer do Conselho
Será das entidades políticas, a começar pela Consultivo e homologação do Ministro da
União, em 30 dias, sob pena de nulidade da Cultura.
transferência. Na execução, haverá o direito de
remissão, exercível em até cinco dias após a Definição
assinatura do auto de arrematação. Os bens
públicos tombados são inalienáveis aos Em sentido amplo, pode ser definido como um
particulares, pois estão afetados à preservação procedimento administrativo que veicula uma
ambiental, apenas admitindo-se transferência modalidade não supressiva de intervenção
entre pessoas jurídicas públicas. concreta do Estado na propriedade privada ou
Outras formas de instituição mesmo pública, de índole declaratória, que tem
Prevalece doutrinariamente que é possível a o condão de limitar o uso, o gozo e a
criação por lei ou judicialmente. Esta é a disposição de um bem, gratuito (em regra),
melhor posição, inclusive tendo previsão legal permanente e indelegável, destinado à
implícita nos tipos dos delitos capitulados nos preservação do patrimônio cultural material
artigos 62 e 63, da Lei 9.605/1998 (móvel ou imóvel), dos monumentos naturais e
Posição contrária do STF – 5. O tombamento é dos sítios e paisagens de feição notável, pela
constituído mediante ato do Poder Executivo própria natureza ou por intervenção humana.
que estabelece o alcance da limitação ao Já em sentido estrito, o tombamento é o ato
direito de propriedade. Incompetência do Poder administrativo de inscrição de um bem material
Legislativo no que toca a essas restrições, em um dos Livros de Tombo.
pena de violação ao disposto no artigo 2º da
Constituição do Brasil. 6. É incabível a
delegação da execução de determinados
serviços públicos às "Prefeituras" das quadras,
bem como a instituição de taxas
remuneratórias, na medida em que essas
"Prefeituras" não detêm capacidade tributária.
7. Ação direta julgada procedente para declarar
a inconstitucionalidade da Lei n. 1.713/97 do
Distrito Federal” (ADI 1.706, de 09/04/2008).
Indenização –

É um tema que causa polêmica na doutrina.


Em regra, não caberá, salvo demonstração de
prejuízo efetivo, desde que haja restrição ao
exercício do direito de propriedade, sendo este
o entendimento do STJ (REsp 401.264, de
05.09.2002).

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