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Beligência Gabriel Nhantumbo – 20210111
Kássima Issufo – 20210586
Loida Daniel Dengo - 20210644
Zubaida Tembe – 20210006
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Índice
0.Introdução...............................................................................................................................................4
0.1.Objectivos.............................................................................................................................................4
0.1.1.Geral:.................................................................................................................................................4
0.1.2.Especifico:.........................................................................................................................................4
0.2.Metodologia de pesquisa.....................................................................................................................4
0.3.Contextualização..................................................................................................................................4
0.4.Problema do estudo.............................................................................................................................5
1.1.Processo Sumário.................................................................................................................................6
1.2.Processo sumaríssimo..........................................................................................................................7
1.3.Processo por difamação, calúnias e injúrias......................................................................................8
1.4.Processo de transgressões....................................................................................................................8
1.5.Classificação dos crimes e das formas de processo............................................................................9
2.Conclusão..............................................................................................................................................10
3.Referencias bibliográfica......................................................................................................................11
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0.Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como objectivo geral analise das formas do processo penal.
Em linhas gerais, as formas do processo penal são importantes, ter presente que o código
organiza duas grandes modalidades de processo, sendo a forma comum e especial, deste modo o
processo comum é a forma de processo mais organizada que se aplica subsidiariamente sempre
que não existir possibilidade de aplicar um processo especial. Assim sendo, primeiro verifica-se
se se pode aplicar uma forma de processo especial e só se isso não se acontecer é que se passa
para o processo comum. As fases obrigatórias do processo comum são o inquérito e o
julgamento, sendo a fase de instrução facultativa. As formas especiais simplificam a forma
comum, fazendo-lhe pequenas alterações, daí que seja essencial conhecer o processo comum,
para que se possa entender as simplificações.
0.1.Objectivos
0.1.1.Geral:
Analisar as formas de processos penal;
0.1.2.Especifico:
Descrever as formas de processo penal;
Descrever a classificação das formas do processo penal.
0.2.Metodologia de pesquisa
Para materialização deste trabalho de pesquisa, fez – se a consulta através de internet e
legislação, tudo plasmado no Livro IX (dos processos especias): Titulo I, II, III e IV, descrito nos
seus artigos do Código Processo Penal (CPP). Onde encontramos às regras que devem ser
cumpridas por cada uma das parte.
0.3.Contextualização
Em regra, o processo penal é composto por 4 fases essenciais: Aquisição da notícia do crime,
inquérito, instrução e o julgamento. Na aquisição de notícias do crime o Ministério Público
obtém por 3 meios essenciais: por conhecimento próprio; denúncia feita aos órgãos de polícia
criminal e transmitida posteriormente ao Ministério Público mediante auto de notícia; e denúncia
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feita verbalmente ou por escrito ao Ministério Público tanto por cidadão como por funcionário
público.
0.4.Problema do estudo
Para Felipa Lopes dos Reis, o problema é qualquer questão não resolvida e que é objecto de
discussão, em qualquer domínio do conhecimento. Ele focaliza o que vai ser investigado dentro
do tema da pesquisa. Assim, qualquer investigação tem por ponto de partida uma situação
problemática e que, por consequência, exige uma melhor compreensão do fenómeno observado
ou a respectiva explicação.
Com efeito, a CPP plasmado no Livro IX (dos processos especias): Titulo I, II, III e IV, descrito
nos seus artigos, as formas do processo podem ser comuns ou especiais, onde o especial aplica-
se aos casos expressamente designados na lei; e o processo comum aplica-se a todos os casos a
que não corresponde processo especial. Se o emprego da forma do processo especial depender da
pena que couber a infração, atende-se aquela que for aplicável, independentemente de quaisquer
circunstancias agravantes ou atenuantes que nela possam concorrer, excetuando-se as agravantes
que forem especialmente previstas na lei e que alterem a pena, porque, neste caso, a esta se
atende.
Foi olhando para esta situação e pela importância que as formas do processo penal assumem a
nível da literatura e legislações que se levanta a seguinte pergunta de partida:
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.
Para além do processo-crime na forma comum, há outras três formas especiais de processo. São
eles o processo transgressões, o processo sumaríssimo e o processo sumário, sobre o qual nós
vamos debruçar. Ou seja, o arguido poder ser submetido a julgamento, consoante as
circunstancias, em processo Sumário, Sumaríssimo ou comum (singular ou coletivo), processo
por difamação, calúnias e injúrias e o processo de transgressões.
Para se entender as formas do processo penal, é importante ter presente que o código organiza
duas grandes modalidades de processo, sendo autossuficiente quando a elas. (Art.305. CPP).
Estas duas modalidades são:
Forma comum
Formas especiais
A forma comum é subsidiária em relação às formas especiais, o que quer dizer que só é aplicável
quando não for aplicável nenhuma das formas especiais. Se existir aplicação e uma forma
especial, será essa a forma adotada e fica preterida a forma comum. Isto a não ser que o processo
tenha alguma vicissitude e por isso tenha que regressar à forma comum. As quatro formas
especiais são:
Processo sumário
Processo sumaríssimo
Processo por difamação, calúnias e injúrias
Processo de transgressões.
As formas especiais simplificam a forma comum, fazendo-lhe pequenas alterações, daí que seja
essencial conhecer o processo comum, para que se possa entender as simplificações.
O processo comum tem três fases: a fase de inquérito, a fase de instrução e a fase de julgamento.
A fase de inquérito e de julgamento são obrigatórias, enquanto a de instrução é facultativa.
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1.1.Processo Sumário
É uma forma especial de processo penal, simplificada, destinada a julgar pessoas que tenham
sido detidas em flagrantes delito e caso se trate de crimes a que, em regra, não seja aplicável
pena superior a 5 anos de prisão e o julgamento possa ser iniciado e realizado num prazo
relativamente curto após a detenção. (Artigo. 420o.CPP)
Processo sumário serve para julgar as pessoas detidas em flagrante delito com crime com pena
de prisão inferior a 5 anos, isto é, que sejam apanhadas no momento em que estão a cometer o
crime, tenham acabado de o cometer ou sejam, logo a seguir ao crime, perseguidas por
qualquer pessoa ou encontradas com objetos ou sinais que mostrem claramente que acabaram
de o praticar. Como daqui já resulta uma certeza muito forte de que o arguido cometeu o crime,
não são necessárias as fases de investigação, realizando-se o julgamento dentro das 48 horas a
seguir à detenção. No mesmo acto, o arguido é informado de que pode apresentar na audiência
até 5 testemunhas de defesa, sendo estas, se apresentes, verbalmente notificadas.
Este prazo pode ser alargado para 5 dias, quando houver pelo meio um fim-de-semana ou
feriado. Contudo, a apresentação do arguido a julgamento pode ser adiada até ao limite de 20
dias após a detenção, sempre que o arguido tiver requerido prazo para preparação da sua defesa,
quando o Ministério Público entenda que é necessário proceder à recolha de prova essencial para
a descoberta da verdade ou quando tal seja essencial para obter a comparência de testemunhas ou
para a junção de exames, relatórios periciais ou documentos, cujo depoimento ou junção o juiz
considere imprescindíveis para a boa decisão da causa.
A vítima pode constituir-se assistente ou intervir como parte civil se assim o solicitar, mesmo
que só verbalmente, no início do julgamento.
1.2.Processo sumaríssimo
Processo sumaríssimo, é aplicável em casos relativos a crimes puníveis com pena de prisão não
superior a cinco anos ou só com pena de multa (como por exemplo ofensas à integridade física
simples, ameaças, pequenos furtos, etc.), tem como finalidade simplificar o processo crime,
através da obtenção de um consenso: finalizada a fase de inquérito, o Ministério Público, por
iniciativa do arguido ou depois de o ter ouvido e quando entender que, àquele caso concreto, lhe
deve apenas ser aplicada uma pena que não seja de prisão, apresenta um requerimento ao
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tribunal no qual, após a descrição dos factos, da prova existente e das normas legais violadas,
justifica as razões pelas quais entende que ao arguido não deve ser aplicada pena de prisão, e
termina indicando a pena que propõe.
Depois:
Não sendo permitida nesta forma de processo a intervenção de partes civis, é, contudo, permitido
ao tribunal atribuir uma quantia de reparação à vítima.
Em suma: como esta forma de processo pressupõe um acordo entre o juiz, o Ministério Público
e o arguido (e o assistente, nos casos de crimes particulares), não há julgamento.
Prova simples e evidente é, por exemplo, prova essencialmente documental ou prova baseada em
testemunhas que assistiram aos factos e que têm versões idênticas do que aconteceu.
Recebida a acusação, o juiz marcará data para realização do julgamento, com precedência sobre
os julgamentos em processo comum (salvo os processos urgentes). (Artigo 436. CPP)
Esta forma de processo foi criada a pensar em crimes como o de emissão de cheque sem
provisão ou o de difamação através da comunicação social, crimes em que a prova está
praticamente feita porque consiste em documentos. Daí o facto de se pretender tornar estes
processos mais rápidos, através do encurtar das várias fases do processo.
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1.4.Processo de transgressões
O processo de transgressões é aplicável, ou seja, são julgados com pena de multa ou pena de
prisão, qualquer que seja a disposição legal em que estejam previstas, bem como as transgressões
a regulamentos, editais, posturas, ou a quaisquer disposições que, atendendo a entidade que as
formula, devam qualificar-se de regulamentares. Em todos os casos, os actos e termos do
processo são reduzidos ao mínimo indispensável para conhecimento e boa decisão da causa.
O tribunal singular
É o tribunal constituído apenas por um juiz que julga os processos respeitantes aos crimes menos
graves (pena de prisão igual ou inferior a cinco anos).
O tribunal colectivo
É o tribunal constituído por três juízes que julga os processos respeitantes aos crimes mais graves
(pena de prisão superior a cincos anos).
O tribunal do júri
É o tribunal constituído por três juízes de carreira e quatro jurados, que julgam processos por
certos tipos de crime, a pedido do Ministério Público, do assistente ou do arguido. Pois de
requerida, não é possível renunciar à constituição do tribunal de júri.
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Nos crimes particulares não pode haver processo sumário. Isto não pode acontecer porque é um
requisito da forma sumária haver detenção em flagrante delito. Se não é possível a detenção em
flagrante delito (artigo 463. CPP), faltará um requisito e por isso não pode haver processos penal.
2.Conclusão
Chegado ao término do presente trabalho, como tema: formas de processos penal, chega-se à
conclusão de que A maior parte dos processos tramita na forma comum. Ainda assim, tem havido
um alargamento das formas especiais, quer na lei, quer na sua aplicação. Inclusivamente, a forma
especial mais utilizada é a forma sumária. Isto quer dizer que, em primeiro lugar, o legislador
tem um modelo padrão – o processo comum, e que depois cria e adapta as formas especiais de
processo baseando-se na ideia de pequena e média criminalidade. A ideia, é deixar a forma
comum para os crimes mais graves. Deste modo, o processo sumário passou a aplicar-se a
qualquer crime com apenas um critério, o do flagrante delito. Com isto o legislador fez com que
fossem julgados crimes em processo sumário crimes graves e muito graves. Esta questão tornou-
se problemática por dois motivos:
Todas as formas de processo têm que respeitar o quadro legal e todas elas têm também de
respeitar a forma condenatória. Todas são formas processuais, adequadas ao grau de
criminalidade.
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fizer a sentença transita em julgado, o que quer dizer que não há direito de recurso. A
conflitualidade produzida pela forma de processo faz com que os momentos de contraditório não
existam como nos outros processos.
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3.Referencias bibliográfica
LEI N.O 25-2019 DE 26 DE DEZEMBRO- DO-CODIGO-DO-PROCESSO-PENAL
http://ae.fd.unl.pt/wp-content/uploads/2019/10/Direito-Processual-Penal-Anonimo.pdf
http://www.vertic.org/media/National%20Legislation/Mozambique/
MZ_Fundamentos_do_Processo_Penal.pdf
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