Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Delegação de Xai-Xai
Para começar, vejamos resumidamente exemplos de missão, visão e valores e como eles se
conectam.
Apple: A Missão da Apple é “projetar os melhores produtos do planeta, criar experiências incríveis
e liderar o setor de tecnologia com suas inovações, enquanto a Visão se tradzu em “Ser uma
empresa que revoluciona o mundo por meio da tecnologia”, com base nos Valores da inovação,
qualidade, simplicidade, design e sustentabilidade.
Nike: A Missão da Nike é: “Trazer inspiração e inovação para todos os atletas do mundo”, com a
Visão e os Valores resumidos em “uma mentalidade de equipe em primeiro lugar, cultivando uma
cultura de inovação e um propósito compartilhado para deixar um impacto duradouro”.
É fundamental que todos os integrantes da organização saibam qual o seu propósito (missão) para
que, nas suas funções do dia a dia, tomem decisões adequadas a ele e promovam a entrega correta
ao cliente e demais stakeholders.
Uma excelente definição de missão deve esclarecer o benefício gerado pela empresa para o cliente.
De acordo com o Sebrae, “uma empresa deve existir não para produzir o produto ou prestar o
serviço que consta em seu contrato (ou estatuto) social, mas sim, para levar o benefício (do produto
ou serviço) ao seu público-alvo”.
Do ponto de vista inspiracional, uma boa missão deve propor desafios a todos da organização e
alimentar o engajamento à empresa. Líderes focados, empregados e parceiros engajados nas
entregas aos clientes são o primeiro passo para uma empresa de sucesso.
Outro ponto importante é que a missão não seja rebuscada. Ela precisa ser clara, limpa e simples,
traduzindo em poucas palavras o sentido e propósito da organização e, se possível, deve ser
construída a partir do coletivo. Muitas vezes trazer o grupo para este alinhamento pode ser muito
benéfico porque o sentido de pertencimento aflora em todos. Quando a construção é coletiva, os
participantes sentem-se responsáveis pelo processo, estabelecendo uma relação de autoria e
orgulho em relação à missão.
1.1.1.2.Aspectos importantes para a definição da missão
Não existe receita de bolo, mas alguns aspectos devem ser levados em conta no processo de
definição da missão. Veja quais fazem sentido ao seu negócio, estabeleça os parâmetros e parta
para o papel – de preferência com o seu time ou parceiros.
4. Elabore uma frase curta que representa os aspectos definidos de maneira clara e objetiva.
5. Apresente e valide com todos os participantes e interessados. Ela tem que fazer sentido para
eles.
6. Divulgue e tenha sempre em mente que a missão deve ser viva e ser usada em todos os momentos
de tomada de decisão e ações do dia a dia.
Algumas missões podem ser muito inspiradoras e servir de exemplo para a construção da sua
missão, mas é muito importante lembrar que cada missão é única e deve ser o espelho do propósito
da sua organização. Conheça alguns exemplos e se inspire, mas no momento da construção da sua
missão, lembre-se: é papel em branco e mãos à obra.
1.Google
2.Microsoft
“Na Microsoft, a nossa função é ajudar as pessoas e empresas em todo o mundo a concretizarem
todo o seu potencial. Esta é a nossa missão. Tudo o que fazemos reflete-se nesta missão e nos
valores que a tornam possível.”
3.McDonald’s
“Servir alimentos de qualidade, com rapidez e simpatia, num ambiente limpo e agradável”.
4.Avon
“Ser a companhia que melhor entende e satisfaz as necessidades de produtos, serviços e auto-
realização das mulheres no mundo todo”.
5.Fiat
1.2.Visão
A visão de uma empresa é onde ele quer chegar em um determinado tempo. É importante ter a
visão sempre no horizonte, pois as ações presentes devem estar alinhadas com onde se quer chegar.
Ter visão do seu negócio estabelece os parâmetros para a tomada de decisão, para os investimentos
e principalmente para a estratégia de negócio que levará a visão.
Assim como a missão, a visão está alicerçada em um ecossistema em constante mudança e ela
deve ser vista sempre que necessário. Em alguns cenários a visão se torna obsoleta em pouco
tempo, de acordo com a dinâmica do mercado, em função de novas tecnologias ou processos. Em
outros cenários, a visão se torna inalcançável no tempo estipulado no planejamento, o que pode
desestimular tanto os empreendedores quanto seus empregados.
Dessa forma é fundamental que além de estar na ponta da língua de todos, a visão seja um norteador
de ações que estimulem o negócio ao crescimento e não um balde de água fria, sem perspectiva de
alcance.
Com a missão definida, o segundo passo para estabelecer a cultura da empresa é estabelecer até
onde vai a sua visão. É o horizonte que se enxerga e a partir de ações concretas será
incansavelmente buscado. Para ter uma visão séria e concreta é preciso estabelecer indicadores e
metas de curto, médio e longo prazo.
Na maioria das visões não estão estipulados prazos e valores a serem alcançados e isto se dá em
função do mercado, concorrência e, no caso de empresas abertas, para não prometer entregas de
longo prazo que não dependem apenas do ambiente interno da organização.
1.3.Valores
Os valores são o DNA da organização. São os ideais de atitude, comportamento e busca de
resultados comuns aos empregados, líderes e acionistas nas relações com clientes, fornecedores,
comunidade, parceiros e governos.
É a partir dos valores que as organizações se definem e alimentam a sua estratégia através das
pessoas. No momento de aquisição de talentos, por exemplo, é extremamente importante que os
recrutadores identifiquem o fit cultural e valores comuns entre os candidatos e a empresa. Dessa
forma a integração será mais fácil e rápida.
Um pouco diferente da missão e visão, os valores são mais perenes. Pode-se agregar valores novos
ou excluir algum que não identifique mais o DNA da organização, mas como estão relacionados a
atitudes e comportamentos, é necessário entender que este movimento normalmente é lento e
orgânico para que não se promova uma mudança não natural na empresa.
Como falamos acima, os valores compõem o DNA da organização. São comportamentos e atitudes
em relação a todos os aspectos e relações que, estabelecidos, devem ser seguidos por todos na
empresa.
Quais atitudes e comportamentos a sua empresa gostaria de ser lembrada, caso fosse uma pessoa?
Da mesma forma, por quais atitudes e comportamentos ela gostaria de ser admirada?
A partir das duas listas acima quais destas atitudes e comportamentos fazem sentido como valores
para serem incorporados no DNA da sua empresa?
Coloque todos os valores no papel. No primeiro momento, apenas a palavra ou expressão chave.
Apresente e valide com todos os participantes e interessados. A relação precisa fazer sentido para
eles.
Compartilhe e use como livro mestre para tomada de decisão no dia a dia e nas questões
estratégicas.
Exemplos de valores
Aqui não vamos citar empresas, mas sim redações de valores que podem te ajudar na identificação
daqueles que fazem sentido para sua empresa. Como no caso da missão e visão, são apenas
exemplos para se inspirar. Lembre-se que cada caso é um caso e cada DNA é um DNA.
Transparência
Criatividade
Equilíbrio
Sustentabilidade
Inovação
O cliente no controle
Ética
Responsabilidade social
Democratização da informação
Personalização
1. Nossa visão
Democratizar a contabilidade em Moçambique
2. Nossa Missão
“Nossa missão é dar ao empreendedor a possibilidade de construir o próprio sucesso, e fazemos
isso desburocratizando e transformando as formas de fazer Contabilidade em Moçambique. Somos
o PRIMEIRO e MAIOR escritório de Contabilidade Digital do País, e trabalhamos em prol do
nosso cliente sempre. O sucesso do empresário é o nosso sucesso.”
3. Nossos valores
Agimos com propósito
Construímos juntos
Somos verdadeiros
2.Conclusão
Destaca-se que, evidentemente, com a nítida valorização da gestão do potencial humano para os
diversos setores da gestão, reafirma-se a necessidade das organizações em procurar intervenções
que visem criar o comprometimento dos trabalhadores, a fim de reforçar e estimular a
competitividade e o crescimento das suas empresas, diante de um mercado cada vez acirrado. Tais
especificidades, ou medidas gerais, aplicadas indistintamente a todos os segmentos, nem sempre
serão capazes de garantir mudanças significativas no nível de comprometimento do trabalhador
para com a organização, entretanto, podem abrir o leque para outras vias de envolvimento e maior
participação destes.
Conclui-se, desta forma, que estudos desta natureza procuram propor e demonstrar o quanto
investimentos e atividades voltadas para os Recursos Humanos podem gerar resultados positivos,
excluindo a aplicação de “receitas prontas” e procurando adicionar mais pesquisas e trabalhos
científicos de forma a proporcionar mais conhecimento para uma melhor atuação na gestão
organizacional, em especial na gestão de pessoas, nomeadamente o maior capital das organizações.
3.BIBLIOGRAFIA
Agarwala,T. (2003). Innovative human resource practices and organizational commitment: an
empirical investigation. International Journal of Human Management, 14.
Albuquerque, L. G. (1999). Administração Contemporânea: perspectivas estratégicas. São Paulo:
Editora Atlas.
Allen, N. J., & Meyer, J. P. (1996). Affective, continuance, and normative commitment to the
organization: an examination of construct validity. Journal of Vocational Behavior.
Arthur, M. B. (1994) The Boundaryless Career: a New Perspective for an Organizational Inquiry.
Journal of Organizational Behavior, v. 15, 295-306.
Arthur, M. B., Hall, D. T., & Lawrence, B. S. (1989). Generating new directions in career theory:
The case for a transdisciplinary approach. In M. B. Arthur, D. T. Hall, and B. S.
Ascensão, C. (2009). Práticas de Gestão de Carreira, Acolhimento e Integração e Empenhamento
Organizacional: Estudo de Caso no sector do Pós-Venda Automóvel. Universidade de Lisboa:
Lisboa.
Barbosa, S. L. & Faria, J. H., (2000). Comprometimento: uma avaliação crítica sobre a práxis
organizacional. In: ANAIS do 24º ENANPAD, Florianópolis, CD ROM.
Bartel, A. P. (2004). Human resource management and organizational performance: Evidence
Baruch, Y. & Peiperl, M. (2000) Career management practices: An empirical survey and
implications. Volume 39, Issue 4, 347-366, Winter. e técnicas de pesquisa social. 5 ed. S. Paulo:
Atlas.