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FORMAÇÃO EM
VENDAS
RESUMO FORMAÇÃO EM
VENDAS
- Introdução
- Conhecimentos fundamentais
- Plano de ação para atingir metas
- Ferramentas de prospecção
- Identificando o perfil do cliente
- Gatilhos mentais
- Empatia e conexão
- Proposta de valor ao cliente
- Negociação
- Liderando times de vendas
- Planejamento estratégico de vendas
- Gestão do relacionamento com o cliente
- Técnicas de apresentação
- Administração estratégica de vendas
- Planejamento de vendas
- Estratégias mercadológica
- Recrutamento e seleção da força de vendas
- Canais de distribuição em marketing
- Planejamento estratégico de marketing
- Gestão do fator humano
PLANO DE AÇÃO PARA ATINGIR METAS
Na Gestão Empresarial, temos vários termos, metodologias e ferramentas
que quase todo mundo já ouviu falar em algum momento, mas que, na
verdade, não conhece seus conceitos ou aplicações práticas.
Um desses termos é metodologia 5W2H. Uma ferramenta 5W2H é tão
simples e prática que pode ser útil em inúmeros momentos e áreas de sua
empresa. Um exemplo é o uso desde o Planejamento Estratégico, Tático e
Operacional até o planejamento e acompanhamento de pequenos projetos
ou mesmo atividades rotineiras.
A ferramenta 5W2H é um checklist administrativo de atividades, prazos e
responsabilidades que devem ser desenvolvidas com clareza e eficiência
por todos os envolvidos em um projeto. Tem como função definir o que
será feito, porque, onde, quem irá fazer, quando será feito, como e quanto
custará.
A sigla é formada pelas iniciais, em inglês, das sete diretrizes que, quando
bem estabelecidas, eliminam quaisquer dúvidas que possam aparecer ao
longo de um processo ou de uma atividade.
São elas:
Os 5W:
What (o que será feito?)
Why (por que será feito?)
Where (onde será feito?)
When (quando será feito?)
Who (por quem será feito?)
Os 2H:
How (como será feito?)
How Much (quanto vai custar?)
Por ser uma ferramenta de uso simples, trazendo bastante objetividade para
a execução da ação, a Matriz 5W2H costuma ser utilizada em áreas de
gestão diversas, como por exemplo: Gestão de Projetos, Gestão de Riscos,
Gestão Orçamentária, Elaboração de Planos de Negócio, Elaboração do
Planejamento Estratégico, etc.
Para uma empresa que busca crescer de forma saudável e acelerada, sem
perder o controle das finanças, ou seja, por meio de um bom processo
de Planejamento e Orçamento, a utilização da metodologia 5W2H auxilia a
trazer praticidade e organização ao processo de tomada de decisão.
PROSPECÇÃO
Prospecção de clientes é uma das etapas mais importantes do processo de
vendas. Nesse momento, a empresa entra em contato com os prospects para
aproximá-los das suas soluções e direcioná-los para a compra.
Há empresas que só ficam esperando os clientes entrarem em contato. Há
outras em que o time de vendas aborda qualquer pessoa. Mas quem mais
tem resultados em vendas são as empresas que têm processos bem
delineados de prospecção de clientes.
Prospectar clientes significa ir atrás dos clientes certos para a sua empresa.
Perceba que não significa encontrar qualquer pessoa na rua para abordar.
Também não é fazer uma abordagem de qualquer jeito, nem tentar vender a
qualquer custo.
Para resultar em uma venda que gere valor para o negócio, a prospecção
precisa ter planejamento e alinhamento a todo o processo de marketing e
vendas da empresa.
Prospecção de clientes é o processo de encontrar potenciais clientes que
correspondam ao perfil ideal para o seu negócio e fazer o contato inicial
com eles para efetuar vendas. A intenção é fazer os prospects evoluírem no
funil de vendas até se tornarem clientes.
Sim, o objetivo final é fazer uma venda, é claro. Porém, a perspectiva atual
da prospecção é muito mais voltada para a construção de relacionamento
com o cliente.
Em vez de procurar potenciais clientes apenas para vender um produto, a
equipe de vendas deve oferecer soluções. É preciso conhecer o prospect,
entender suas necessidades e como você pode ajudá-lo. O fechamento da
venda está só lá no final.
Por isso, prospecção é muito mais que ligar para uma lista de contatos. Não
é por acaso que essa etapa é considerada a mais desafiadora por grande
parte dos profissionais de vendas.
Envolve um processo de pesquisa, conexão e relacionamento para
direcionar o interesse dos leads para as soluções da empresa, até que eles
estejam prontos para se tornar clientes e começar a gerar valor para o
negócio.
Cliente ideal
Prospectar é encontrar os clientes ideias para o seu negócio. Mas como
identificar quem são eles? Quais características eles devem ter?
Para isso, é preciso identificar o Ideal Customer Profile ou perfil do cliente
ideal. O ICP é a bússola para o processo de prospecção de clientes, já que
descreve o perfil fictício de um cliente ideal que os vendedores devem
buscar entre os prospects.
O cliente ideal é aquele que:
Custa menos para adquirir;
Fica com a sua empresa por mais tempo;
Tem um alto lifetime value;
Tem menos propensão ao churn;
Defende a sua marca eventualmente.
Toda empresa gostaria de ter esse cliente, não é? Mas, além dessas
características, é preciso alinhar também às especificidades do seu negócio,
como o porte, a maturidade, o segmento ou a localização da empresa.
Então, com o ICP definido, a prospecção não perde tempo nem dinheiro
com prospects que não precisam das soluções da empresa ou que até
podem virar clientes, mas trazem muitos problemas junto.
Mais do que fechar uma venda, a prospecção deve mirar em clientes que
tragam benefícios para o negócio.
Leads vs. Prospects
No contexto da prospecção de clientes em Inbound Sales, vale a pena
também esclarecer quem são os leads e quem são os prospects, já que
esses conceitos costumam se confundir.
Leads são pessoas que demonstraram algum interesse no seu
negócio (topo do funil de vendas). Talvez eles tenham se cadastrado para
baixar um ebook, assistir a um webinar ou até receber um orçamento.
Mas nem todos estão prontos para comprar ou têm o perfil de cliente da
empresa. Então, eles precisam passar pela qualificação de leads, que filtra
aqueles que realmente são potenciais clientes, de maneira que o time de
vendas aborde apenas quem vale a pena. Então, os leads que passam por
esse filtro já são considerados prospects.
Portanto, prospects são os leads qualificados para a venda (meio do funil
de vendas). Eles são alinhados ao ICP, podem extrair valor das soluções
da empresa e têm poder de decisão para fechar a compra. É com eles,
então, que os vendedores vão falar na prospecção.
ETAPAS DA PROSPECÇÃO DE CLIENTES
Prospectar clientes não é só fazer umas ligações. O processo deve ter uma
sequência de etapas para que os contatos com os prospects tragam
resultados.
Não existe uma regra para estruturar esse processo, mas ele pode ser
dividido nas seguintes etapas (mais adiante vamos compartilhar táticas para
aplicar nesse processo):
Pesquisa
O primeiro momento do processo é essencial para sustentar o que vem
depois. Você precisa fazer uma pesquisa aprofundada sobre os prospects,
entender quem são, quais são suas dores no momento e qual a melhor
maneira de abordá-los.
A partir dessas informações, você deve também determinar a qualidade dos
prospects — ou seja, a chance de eles se tornarem clientes — e definir
quais devem ser contatados com prioridade.
Prospecção
A prospecção é o momento de fazer um primeiro contato. Provavelmente
você não chegue diretamente ao tomador de decisão da empresa. Um
recepcionista ou assistente pode ser o meio de chegar até ele.
Conexão
Na conexão, você chega até o tomador de decisão — ele é o seu prospect.
Você pode agendar uma reunião ou uma chamada para se apresentar e
começar a abordagem.
Lembre-se de que essa conexão deve ser amigável, sem forçar a barra para
vender logo (principalmente se for um produto de alto valor), pois você
precisa conquistar a confiança do prospect.
Educação
Nesta etapa, o vendedor deve ter uma boa percepção sobre os
comportamentos do prospect. Ele precisa identificar o que está
atrapalhando o sucesso do prospect e mostrar como vai ajudar a resolver
esses problemas.
É um trabalho de educação para que ele entenda o valor das soluções da
empresa para o seu negócio.
Fechamento
Essa é a hora de transformar oportunidades em negócios. É importante não
se precipitar e fazer a oferta na hora certa, quando o prospect já estiver
seguro sobre as suas soluções, ou a abordagem pode ser desperdiçada.
FERRAMENTAS DE PROSPECÇÃO
Certo, agora você já sabe que a prospecção de clientes não deve ser feita de
improviso: ela exige planejamento para dar resultados. Mas, além disso, é
importante saber que não existe só uma maneira de prospectar clientes.
Para fazer isso, é possível escolher, dentre diversas estratégias, aquela que
mais faz sentido para a sua empresa. Também dá para combinar diversos
métodos.
Estas são as formas de prospecção de clientes mais conhecidas:
Outbound;
Inbound;
Indicação.
Outbound
O Outbound é o modelo mais tradicional e consiste em prospectar clientes
ativamente.
Em geral, na prospecção Outbound, o Lead não está esperando seu contato
e, provavelmente, não conhece sua empresa ainda. Essa prospecção de
clientes pode ser feita tanto por telefone, quanto de maneira presencial — a
conversa presencial aumenta os custos, mas se o ROI compensar, pode ser
uma opção.
As listas de potenciais clientes podem ser obtidas de diversos locais, como:
Associações comerciais;
Catálogos especializados do segmento;
Pesquisas em mídias sociais e pelo Google feitas pelo próprio
vendedor.
Normalmente, prospectar clientes via Outbound é indicado para negócios
com ticket médio mais alto. O custo de prospecção aumenta por conta do
esforço do vendedor no processo, então é preciso que haja um retorno
maior em vendas para compensar.
A vantagem é que se trata de um processo ativo, ou seja: você pode atingir
Leads que não chegariam até você de outra maneira. A desvantagem é que
é a prospecção Outbound é menos escalável, pois a quantidade de Leads
depende da produtividade e do tamanho do time de vendedores dedicados à
tarefa.
As ações mais comuns de Outbound são:
Flyers;
Malas diretas;
Prospecção ativa via telemarketing;
Patrocínio e prospecção ativa em eventos;
Prospecção ativa presencial em empresas;
Propagandas de TV, rádio, outdoors e anúncios em geral.
Inbound
O Inbound Marketing é o marketing de atração. Em vez de prospectar
clientes ativamente, ou seja, procurar por potenciais interessados, o modelo
produz ofertas que os atraiam. A ideia é capturar uma demanda que já
existe no mercado e precisa apenas ser direcionada.
Os Leads se inscrevem em Landing Pages, seja para solicitar um contato,
consumir um material educativo ou mesmo acessar informações. Dali em
diante, passam por um processo de nutrição e educação sobre a empresa e a
oferta.
Feito isso, a equipe de marketing seleciona os que têm perfil mais
adequado e repassa para abordagem comercial.
Os vendedores recebem essa lista de potenciais clientes e decidem, com
base nos critérios acordados entre os times de Marketing e Vendas, quais
serão abordados. O vendedor prospecta, portanto, Leads já interessados no
assunto e com potencial de vendas.
Comparado ao método Outbound, o Inbound requer um investimento
menor, pois grande parte do processo pode ser automatizado via software.
Uma oferta que atraia seu potencial cliente também pode ser promovida em
vários lugares, alcançando muito mais gente que um pré-vendas poderia
alcançar em um dia, por meio de:
Conteúdos em blog;
Produção de conteúdos ricos em diversos formatos:
eBooks, whitepapers, infográficos, vídeos etc.;
Promoção de Landing Pages com foco em geração de Leads;
Email Marketing;
Gestão de Leads e estratégias de Automação de Marketing.
Na prática, o modelo funciona bem para:
Empresas B2B com ticket baixo e ciclo de vendas rápido: empresas
que trabalham com assinaturas e contratos de recorrência tendem a
ter sucesso com Inbound, por precisarem de uma estratégia de
prospecção mais previsível e escalável.
Empresa B2C com ticket baixo e ciclo de vendas rápido: essas
empresas costumam trabalhar com um volume alto de geração de
Leads e um ciclo de vendas bem mapeado. As estratégias de
relacionamento são fundamentais para converter o Lead para cliente
no momento ideal.
Empresa B2B com ticket alto e ciclo de vendas longo: ao contrário
do que muitos pensam, o Inbound também se aplica para empresas
nesse formato. O conteúdo produzido pelo Marketing ajuda bastante
em vendas complexas, promovendo a educação e o convencimento
dos Leads enquanto negociam.
Indicação
Outra forma de prospectar clientes novos é através da indicação de clientes
que já se beneficiam do seu produto — o famoso boca a boca. Em geral,
essa estratégia não é previsível, mas há empresas que ainda crescem
bastante com base em indicações.
Quando falamos em vendas complexas, o papel da indicação é alimentar o
funil com novas oportunidades.
Para ter boas indicações você precisa de clientes satisfeitos e fidelizados.
Uma empresa que não está cumprindo o que promete, além de não ter
indicações, terá detratores, pessoas falando mal de seu produto/serviço.
Também não basta ficar esperando que as indicações surjam naturalmente,
é possível incentivá-las com pequenas premiações para os clientes que
trouxerem novos Leads para o funil.
Contudo, as indicações são imprevisíveis. Não significa que você não possa
se beneficiar, mas ter essa como sua principal fonte de clientes seria
depender muito da sorte – o que, como falamos, não é uma boa estratégia!
As ações mais comuns para fomentar indicações são:
Descontos no produto ou serviço;
Conteúdos ou cursos exclusivos;
Participação em feiras ou eventos;
Brindes e amostras grátis de novos produtos ou serviços.
ABORDAGEM DE CLIENTES
A abordagem de clientes é uma etapa essencial do processo de vendas, ela
determina se o cliente dará atenção ao vendedor e estará disposto a
conhecer os produtos ou serviços oferecidos a ele.
Com toda a certeza, não fazer a abordagem corretamente pode atrapalhar, e
muito, o desenvolvimento comercial, pois há dois grandes erros nessa fase:
ser invasivo ou omisso.
Mais do que um “Olá, tudo bem? Eu posso ajudar?”, a abordagem de clientes
em loja é o grande diferencial que rege se a negociação da venda continuará.
Uma pessoa que ainda está indecisa sobre adquirir o seu produto, se bem
atendida, pode se sentir mais confiável para o fechamento. Por outro lado,
se mal atendida, há a probabilidade de ela apenas falar “Só estou dando
uma olhadinha” ou “Tudo bem, volto mais tarde” e todos sabemos que isso
nunca ocorre, não é mesmo?!
Então, a abordagem de clientes em loja é o atendimento feito a um possível
cliente que chega interessado em comprar algo. O primeiro contato entre
vendedor e consumidor é a chave para o bom sucesso das próximas fases.
GATILHOS MENTAIS
Gatilhos mentais são estímulos recebidos pelo nosso cérebro que
influenciam diretamente a nossa tomada de decisão. Saber estimular esses
gatilhos é uma poderosa arma de persuasão e geração de resultados para
marketing e vendas.
A maioria das decisões que a gente toma não são lógicas. Engana-se quem
pensa que faz uma escolha totalmente racional quando compra um celular
da Samsung e não da Apple ou viaja para Miami e não para a Colômbia. O
inconsciente tem muito mais responsabilidade nisso.
Se isso é uma novidade para você, saiba que o marketing já usa isso há
muito tempo! Ou você acha que as empresas não sabem que todo mundo
gosta de se sentir importante? Ou que ninguém quer ficar de fora de uma
tendência que todos estão usando?
Esses gatilhos mentais embasam muitas estratégias de marketing
e vendas que você vê por aí. Eles miram em atitudes que são disparadas
pelo inconsciente e fazem as pessoas tomarem decisões no “piloto
automático”.
Gatilhos mentais são decisões que o cérebro toma no nível do inconsciente.
É como se ele automatizasse algumas ações para se dedicar às escolhas
mais complexas e evitar um esgotamento mental.
Note que, a todo momento, você está fazendo escolhas. Ao acordar, você já
decide se vai ignorar o despertador ou deixar a preguiça de lado e levantar
da cama logo. Na hora do café da manhã, vai tomar um iogurte ou comer
um pão? E por aí vai…
Mas muitas dessas decisões do dia a dia passam despercebidas. Enquanto
você está lendo este texto, por exemplo, o seu cérebro está decidindo se
deve continuar aqui ou ir para outra aba do navegador (mas fique aqui que
ainda tem muita coisa para aprender!).
Um estudo da Cornell University mostrou que tomamos 226 decisões
apenas pensando em comida durante um dia. Só que a gente nem percebe
(o que ajudaria a explicar por que devoramos uma pizza tamanho família
sem pensar no dia de amanhã…).
Esse excesso de escolhas pode levar à fadiga de decisão, porque temos um
estoque finito de energia para lidar com isso. Então, para poupar você, o
seu cérebro toma decisões por conta própria, sem chegar ao seu consciente.
Essas decisões que a gente toma e nem percebe são os gatilhos mentais.
Eles ajudam a enfrentar essa enorme quantidade de escolhas que
precisamos fazer.
Mas como o inconsciente toma essas decisões? O inconsciente não é
acessível, mas faz parte de você. Lá estão os pensamentos, sentimentos e
impulsos relacionados às experiências que você teve desde quando estava
no útero da sua mãe.
Então, as decisões do inconsciente são individuais, dependem da
experiência de cada um. Mas elas têm a ver com a cultura, as relações
sociais e até as necessidades mais básicas do ser humano. Por isso, muitos
gatilhos mentais são comuns a uma sociedade.
ALGUNS GATILHOS MENTAIS
Na área de Vendas e Pré-vendas, a interação com o futuro cliente envolve
um comprometimento relativamente alto. Estamos falando de uma reunião
de uma hora com um consultor, ou uma compra com um ticket elevado. É
uma decisão complexa, que será tomada de forma lenta e racional.
O uso de gatilhos mentais pode facilitar a tarefa de um pré-vendedor, na
hora de fazer um agendamento, e de um vendedor, na hora de fechar uma
negociação. Antes de citar os gatilhos, vamos falar de mais um detalhe
sobre como o cérebro funciona.
Tomar decisões exige muito esforço, mesmo que a gente não perceba. Por
causa disso, a mente adota "atalhos" na hora de fazer algumas escolhas.
Esses atalhos são chamados heurísticas, e envolvem o focar em apenas um
aspecto de um problema complexo, ignorando todos os outros. As
heurísticas interferem diretamente na tomada de decisão.
Os gatilhos mentais são implicações que ativam as heurísticas. É como se,
em determinado momento de uma negociação, você ativasse o pensamento
rápido no seu interlocutor ao implicar algo.
Escassez e Urgência
Digamos que a máquina que o futuro cliente pretende comprar é a última
do estoque. Ou então, que o desconto que você está oferecendo está
disponível apenas para os próximos dez clientes. A técnica funciona por
que a maioria das pessoas associa o valor das coisas à sua raridade ou à
dificuldade de acesso.
Esse é um exemplo de gatilho mental de escassez, e é diretamente
relacionado à aversão à perda. Essa aversão é a tendência de priorizar
decisões que previnem perdas, em detrimento às decisões que geram
ganhos.
Responda rápido: você prefere ganhar 5% de desconto na compra de um
carro ou evitar um custo adicional de 5%? A maioria das pessoas dirá que
prefere evitar um custo adicional de 5%. A questão é que (como com
certeza você percebeu) ambas trazem o mesmo resultado. Em 2006, o
psicólogo Benedeto de Martino publicou um artigo na revista Science que
demonstra esse comportamento.
Nesse experimento, os participantes ganhavam 50 dólares. Em um primeiro
momento, eles tinham duas escolhas: ficar apenas com 30 dólares ou jogar
os 50 dólares em uma aposta com 50% de chance de vitória. Apenas 43%
dos participantes optaram por jogar. Em um segundo momento, os
participantes podiam escolher entre perder 20 dólares ou fazer a mesma
aposta. Nesse segundo cenário, 61% dos participantes apostou. Claro que
você percebeu que não há diferença entre ficar com 30 dólares e perder 20.
Os dois cenários são iguais. O gatilho - a implicação - é que muda.
Gatilho: escassez
Quando usar: quando houver necessidade de acelerar uma
negociação e gerar urgência
Exemplos: “Eu tenho disponível o meu melhor consultor técnico
para uma reunião amanhã; depois, só daqui a duas semanas.”; “Eu
tenho apenas duas máquinas desse modelo no meu estoque, e tenho
pelo menos 3 empresas interessadas.”
Autoridade
O respeito a pessoas que são autoridades em determinado assunto
representa um gatilho mental poderoso. O comportamento desencadeado
por esse gatilho foi demonstrado por experimentos de Stanley Milgram,
1963. O psicólogo quis verificar a predisposição das pessoas a obedecer
figuras de autoridade.
Para isso, ele juntou pares de participantes, sendo que um deles fazia
perguntas que o outro (um ator contratado) deveria responder. A cada erro,
a pessoa que fazia as perguntas deveria aplicar um choque na outra. Os
choques se tornavam mais fortes a cada erro, e os atores gritavam cada vez
mais alto devido à ‘dor’. Ainda assim, os voluntários continuavam a aplicar
o choque - mesmo se visivelmente desconfortáveis com a situação.
A conclusão do experimento é a de que os voluntários prosseguiram com a
punição porque a ordem foi dada por um professor universitário - figura
que representava autoridade.
É claro que a situação do experimento Milgram é extrema. Mas não
precisamos ir tão longe para verificar esse mesmo tipo de comportamento
acontecer o tempo todo em nosso cotidiano. Quando empresas utilizam
figuras famosas e reconhecidas para endossar seus produtos em comerciais
de TV, é esse o tipo de comportamento que está sendo explorado.
Outro exemplo desse gatilho é a construção de conteúdo. Quando uma
empresa disponibiliza materiais informativos, como uma postagem em um
blog ou mesmo um eBook, está construindo autoridade acerca daquele
assunto. Isso pode ser explorado em uma abordagem direta, quando um
vendedor ou um pré-vendedor traz uma informação relevante da qual o lead
não tinha conhecimento.
Um terceiro exemplo de gatilho de autoridade é mencionar um grande
cliente que a empresa tem em sua base. Essa prática tem muito mais efeito
se usarmos uma empresa que é referência em algum segmento relacionado
ao lead.
Gatilho: Autoridade
Quando usar: no início de uma abordagem ou da jornada do cliente
Exemplos: “Nós promovemos um aumento de 3x no faturamento da
empresa X com nosso método”; “Você está familiarizado com o
conceito de growth hacking? Na empresa Y nós somos autoridade
nesse assunto. Temos 10 publicações tratando do assunto.”
Prova Social
Esse gatilho também foi comprovado por um experimento de Stanley
Milgram. Nesse estudo foram analisados três cenários. Em um deles, uma
pessoa fica parada na rua olhando para cima. Das pessoas que passaram
pela rua em um determinado período, 40% paravam e olhavam na mesma
direção. Em um segundo cenário, duas pessoas ficaram paradas olhando
para cima e, dessa vez, 60% dos transeuntes ficaram parados na mesma
posição. No último cenário, foram quatro pessoas paradas, e 80% dos
cidadãos acompanharam o gesto.
A conclusão é a de que pessoas são atraídas para multidões. Quando você
vê uma grande fila na frente de uma loja, sua curiosidade aflora. Mesmo
que você não tenha a intenção de comprar algo.
Quer exemplos desse gatilho em Vendas? Pense num e-commerce que
mostra o número de pessoas que adquiriu um determinado produto, ou
quantos usuários utilizam um determinado software. Um exemplo em Pré-
vendas é quando o consultor menciona quantos clientes a empresa possui.
Esse gatilho pode ser utilizado para aflorar o interesse de um lead em ouvir
um consultor e, até mesmo, a responder as perguntas que ele venha a fazer.
Imagine que alguém entra em contato com você para tratar de um assunto
qualquer e menciona, casualmente, que a empresa tem 1.000 clientes no seu
segmento. A resposta mais natural é que o seu interesse seja aflorado e
você fique mais disposto a ouvir o que essa pessoa tem a dizer. Afinal de
contas, 1.000 empresas não podem estar erradas, certo?
Gatilho: prova social
Quando usar: no início de uma abordagem ou da jornada do cliente
Exemplo: “Hoje contamos com 189 clientes do seu segmento, todos
colhendo ótimos resultados.”; “Temos 1.950 usuários ativos na nossa
base atualmente”.
SIMPATIA NO PROCESSO DE
VENDAS
A simpatia é uma arma natural do ser humano. Geralmente, ser simpático
facilita o alcance de resultados em atividades que envolvem relacionamento
interpessoal. Imagine você conversar, semanalmente, com um vendedor
carrancudo. Apenas em último caso, onde ele é sua única opção para
resolver um problema, você daria continuidade ao contato, correto?
Por natureza, estamos pré-dispostos a aproveitar mais a companhia de
pessoas que tragam boas lembranças, nos façam rir e curtir o momento.
Não é por acaso que seu avô, aquele que conta ótimas histórias, sempre faz
sucesso nos encontros de família. Ou aquele colega de faculdade
engraçado, apesar de não ser o mais bonito ou inteligente, é um dos mais
populares e consegue boas oportunidades (pessoais ou profissionais)
porque as pessoas gostam de estar em sua companhia.
Gênios como o Steve Jobs, por exemplo, são diversas vezes conhecidos
pela sua personalidade difícil, mas até eles sabem quando precisam
convencer as pessoas e são descritos, nestes momentos, como sedutores e
de grande atração.
Ser simpático é ter um cartão de visitas positivo. Se você é um vendedor
acostumado a prospectar, já sabe como é receber “Nãos” diariamente e
entende o desgaste natural do processo em sua confiança. No entanto, ser
simpático logo nos primeiros minutos de uma conversa é essencial para
conseguir mais contatos.
Em cold calls, a prospecção fria, o seu interlocutor não possui nenhuma
referência sobre você, logo a rejeição é natural. Se você não cria uma base
emocional para que ele se sinta atraído pela conversa, apenas seu discurso
será responsável pelo resultado final.
Imagine, agora, alguém do outro lado da linha. Alguém que você não
conhece, apresentando um produto qualquer, que pode até ser do seu
interesse. Essa pessoa fala em voz monótona, sem sentimento algum, seja
ele negativo ou positivo. Qual a chance de você ficar até o final da
conversa e marcar uma nova?
Entretanto, o problema da simpatia é que ela não sustenta uma negociação
complexa. Em vendas simples, onde o lead toma a sua decisão em poucos
minutos, sua simpatia pode ser um grande diferencial, mas quando falamos
de vendas complexas, temos um problema.
Obstáculos surgem ao longo do caminho, o lead precisa entender o
problema que possui e a solução que irá ajudá-lo a sobrepor qualquer
obstáculo nesse sentido. A sua simpatia, como falei, é o seu cartão de
visitas, mas você precisa de mais para manter uma boa apresentação. Ela
quebra uma barreira inicial e permite que você apresente seu produto e
tenha a possibilidade de gerar um fator muito mais poderoso para vendas: a
Empatia.
AFINAL, O QUE É EMPATIA?
De maneira clara, a empatia é a habilidade de se colocar no lugar do seu
interlocutor. Através dela, você entende as dificuldades, medos e desafios
do seu lead. É, também, através da empatia que você compreende os
objetivos e vontades dos potenciais compradores.
A empatia é uma ferramenta poderosa, ela é o principal fator para a criação
de Rapport, o conforto que surge no relacionamento entre duas ou mais
pessoas e que é baseado na confiança criada e cultivada entre os membros.
Pensando um pouco, você consegue pensar nos amigos mais próximos que
possui, aqueles que você escolheu. Em sua grande maioria, estas amizades
foram cultivadas ao longo de períodos de similaridade, não? Situações em
que vocês enfrentavam os mesmos desafios ou tinham problemas e desejos
iguais.
Quantos não são os grupos de amigos que realizam as mesmas atividades,
sonham com as mesmas coisas, gostam do mesmo tipo de música? Por
entender o que seus amigos passam e sentem, você é capaz de se colocar no
lugar deles, naturalmente, e criar relacionamentos mais saudáveis e
duradouros. Não é a toa que quando um amigo seu promove um produto,
você tende a comprá-lo também, afinal, possui um gosto parecido, não é?
PROPOSTA DE VALOR AO
CLIENTE
A proposta de valor é o elemento do marketing responsável por destacar
um negócio, posicionando-o para seu público como melhor que a
concorrência. O objetivo dessa promessa de valor é reforçar a sua
capacidade em resolver as dores do cliente, garantindo mais vendas.
A partir disso, você pode começar a mapear as principais tarefas para essa
persona.
Nem tudo está exatamente completo, mas você pode adicionar mais
detalhes após conversar com mais clientes da sua carteira.
Ganhos e Dores
Nesta etapa, você está procurando entender as preferências e atitudes que
moldam as decisões de compra de seus clientes.
Continuando o exemplo, Silvio quer fazer uma ligação e ter tudo ordenado,
e precisa de todos os itens recolhidos até esta sexta-feira.
Ele quer ter certeza de que tudo será descartado de maneira adequada – em
parte porque é a coisa certa a se fazer, em parte porque não quer que a
empresa fique conhecida por infringir a lei.
Além disso, não quer pagar a mais. Portanto, o fornecedor precisa ter valor
alinhado ao preço médio de mercado.
A empresa de Silvio se orgulha de ser uma cidadã corporativa que preza a
responsabilidade ambiental e quer mostrar a seus clientes que está
realmente comprometida com a causa.
Agora a empresa tem uma imagem mais clara de seus clientes e seus
processos de pensamento.
Parece que eles não têm um produto ou serviço específico em mente, mas
sim uma série de princípios que orientam sua tomada de decisão:
Isso é conveniente?
Estou conseguindo um bom preço?
Isso corresponde à minha visão de mundo?
Isso se encaixa com a minha reputação?
Painel do produto
Após explorar seus clientes e suas motivações, você pode ser criativo na
forma como descreve seus recursos de produto e serviço.
Você pode adaptar sua publicidade para destacar as partes mais relevantes e
interessantes do que vende, chamados de criadores de ganho, o que te dá a
melhor chance possível de fazer uma venda.
Características do produto e serviço
Aqui você vai listar todas as coisas que está literalmente vendendo – como
quando as montadoras falam sobre airbags, bancos de couro e garantia
estendida.
EXEMPLOS DE PROPOSTA DE
VALOR
A seguir, separamos alguns exemplos de empresas que acertaram
precisamente em atender às suas propostas de valor – diferenciando as
modalidades B2B e B2C.
Você não vai ver nenhum slogan ou frase de efeito, porque – apesar deles
estarem contidos na proposta de valor – ela não se resume a isso.
A proposta de valor, como vimos, é o benefício exclusivo que somente
determinada marca pode oferecer daquela forma específica.
A seguir, separamos alguns exemplos de empresas que acertaram
precisamente em atender às suas propostas de valor – diferenciando as
modalidades B2B e B2C.
Você não vai ver nenhum slogan ou frase de efeito, porque – apesar deles
estarem contidos na proposta de valor – ela não se resume a isso.
A proposta de valor, como vimos, é o benefício exclusivo que somente
determinada marca pode oferecer daquela forma específica.
Apple
A Apple propõe status e inovação
A proposta de valor da Apple vai além de seus slogans famosos como
“think different” e “experience is the product“.
Sua proposta de valor é que seus produtos abrem o usuário para um mundo
totalmente novo, permitindo que ele participe de uma cultura inovadora e
estimulante.
Nubank
A Nubank propõe uma vida financeira descomplicada
O Nubank tem como proposta de valor “acabar com a complexidade e
devolver o controle da vida financeira para cada um”.
O que é bastante atraente, principalmente quando lembramos que bancos
são geralmente relacionados com burocracia, preenchimento de papeladas,
além de agências e centrais de atendimento que apresentam baixas taxas de
eficiência na resolução de problemas.
Coca-Cola
A Coca propões tornar experiências e ambientes maravilhosos
simplesmente ao ser consumida
A proposta de valor da Coca-Cola está focada na experiência do cliente ao
abrir uma de suas inúmeras alternativas de bebidas (já que a empresa é
dona de marcas como Kapo, Fanta, Sprite, Nestea e muitas outras).
Ou seja, a proposta de valor da Coca-Cola é tornar qualquer ocasião e
ambiente maravilhosos pelo simples fato de ser consumida.
A proposta de valor da marca é tão correspondida que lhe permitiu lançar
sua marca de roupas e calçados, que é bem aceita pelo mercado.
NEGOCIAÇÃO
Descrever a negociação como uma arte é tão poético quanto dizer que os
bons vendedores já nasceram assim, afinal de contas, estudando estratégias
e técnicas para avaliar o interlocutor, é perfeitamente possível chegar ao
resultado ideal.
Outros dizem que a negociação na verdade é uma ciência exata. Mas,
mesmo com toda a preparação e estudo sobre o comportamento do outro
negociador, sempre existirá o elemento surpresa, uma mudança inesperada
que abalará toda a estratégia de inside sales.
Então, como fazer sua descrição, e, principalmente, como encará-la na
prática dos negócios? Seria uma habilidade nata, ou, um cálculo preciso
transformado em ações com alto poder de persuasão?
Eis uma verdade a ser encarada: as pessoas estão negociando o tempo
inteiro, até mesmo na rotina pessoal ou quando não existe um ponto de
convergência.
Por exemplo, ao chegar na padaria e pagar por seus pães, um indivíduo
recebe o produto pelo dinheiro que deu em troca. Isso é uma negociação em
que os dois lados se satisfazem, o que nem sempre acontece quando os pais
fazem acordos com seus filhos sobre a hora de dormir, não é mesmo?
Aqui, no entanto, queremos falar sobre as negociações comerciais, que
poderiam ser definidas como uma comunicação bilateral focada em
encontrar um acordo entre as duas partes que possuem interesses em
comum, mas com detalhes que, por vezes, se opõem.
Na padaria, o preço do pão está exposto, e, se alguém decide comprá-lo,
está de acordo com ele.
Nos negócios, uma parte está disposta a vender e a outra a comprar, o que
caracteriza o interesse em comum, mas, enquanto uma quer alcançar o
melhor lucro a outra quer adquirir pela menor despesa possível, por
exemplo.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO
Alavancar as vendas do negócio é uma meta que está sempre no horizonte
profissional de um gestor. O sucesso no alcance de tal objetivo depende de
uma série de fatores.
Pontos como a qualidade e preço do produto, as motivações da persona e a
habilidade do time de vendas são algumas das principais influências.
A boa notícia é que, com as técnicas modernas de Marketing Digital, é
viável segmentar o público e lidar apenas com leads qualificados, o que
potencializa as chances de conversão. Ainda assim, dado o nível de
competitividade na maioria dos mercados, conhecer métodos eficientes é
indispensável para um bom vendedor.
Pensando nisso, criamos essa lista com as melhores técnicas de negociação.
Ao longo do texto, vamos passar 6 dicas poderosas para você impulsionar
as vendas da sua empresa.
Invista na preparação
Se você conhece o cotidiano de uma empresa, sabe que nada acontece por
acaso ou pura sorte. Absolutamente todas as decisões e processos envolvem
um planejamento bem estruturado como pano de fundo, ou podem
terminar em frustração. Sendo assim, a primeira dica para impulsionar as
vendas é dar atenção à preparação.
Além de ser o primeiro item dos seis que abordaremos nesse post, a
preparação deve ser, também, a primeira etapa da sua estratégia para
abordar um cliente. Caso se trate de um lead que vem sendo trabalhado pela
equipe de marketing, você já deve ter acesso a dados fundamentais para
tocar a negociação.
Informação, porém, nunca é demais. Vá além e busque conhecer por
completo as características do cliente. Caso o negócio se trate de uma
transação B2B, busque conhecer mais sobre a área de atuação da empresa,
as vantagens competitivas e seus desafios. Esses detalhes podem ser
utilizados em seu favor durante as conversas.
Aqui, é importante lembrar a relevância de passar uma imagem de
confiança para a outra parte. Sendo assim, revise todo o material de venda e
certifique- se de ter detalhes sobre sua solução na ponta da língua, a fim de
evitar hesitações na hora da negociação.
Situação
As primeiras perguntas devem ser voltadas para o aprendizado sobre a
situação do cliente. A intenção é entender os maiores objetivos dele para,
no futuro, relacioná-los à sua solução. Confira exemplos:
Qual é o seu objetivo principal?
O que você tem feito para atingir essa meta?
Você está satisfeito com os resultados até aqui?
Quanto você investe nessas atividades?
Problema
Aqui, o foco está nos obstáculos encarados pelo potencial cliente na busca
pelo objetivo evidenciado nas perguntas anteriores. Nessa fase, é
extremamente importante que o vendedor não deixe de insistir nas
perguntas, mantendo sempre, é claro, o tom respeitoso.
Se você fizer as perguntas certas, é possível que, além dos problemas que já
conhece, o cliente acabe identificando obstáculos que desconhecia. Veja
exemplos:
Quão próximo você está de alcançar seus objetivos?
Qual sua principal dificuldade em alcançá-los?
Se você constatasse que sua abordagem não está sendo efetiva, o que
faria para mudar o rumo das coisas?
Você se considera completamente qualificado para lidar com esse
problema?
Implicação
A fase de implicação é destinada a fazer com que o lead compreenda as
consequências de não resolver o problema apresentado no tópico anterior.
Ao fim, você pode sinalizar que a necessidade de contar com uma solução
eficiente supera os gastos necessários para adquiri-la. A seguir, alguns
exemplos de questões:
Esse problema já trouxe dificuldades para a empresa?
O que acontece se você não resolvê-lo em um prazo determinado?
Quanto você já investiu para lidar com a situação?
Quanto você já deixou de faturar por causa desse obstáculo?
Necessidade
A última etapa da metodologia SPIN, que é uma das técnicas de venda
mais conhecidas e eficientes no mercado, são as questões relacionadas à
necessidade. Aqui, o objetivo é fazer com que o produto seja visto como
um investimento que vale a pena pelos benefícios que proporciona. Alguns
exemplos de pergunta são:
Você acredita que há espaço para melhorar essa área em sua
empresa?
Se investir em nossa solução, como imagina que seu negócio será
impactado?
Você acredita que nosso produto facilitaria a busca pelo objetivo?
Como seria se o problema que você relatou fosse eliminado?
Tipos de Negociação
Dividimos as negociações para facilitar seu estudo, da mais básica para a
mais complexa. No nível mais básico temos a negociação distributiva,
depois a integrativa, a criativa, a estratégica e, por último, a negociação
intercultural.
Negociação Distributiva
As negociações distributivas envolvem apenas uma questão, normalmente
relacionada a valores. Como exemplo de sua aplicação pode-se citar a
compra ou venda de um carro, em que a única questão a ser negociada é o
valor do automóvel. Ela é normalmente conduzida em um
ambiente competitivo. Cada parte apresenta uma abertura e planeja-se para
não ultrapassar determinado valor limite. Por definição, é sempre ganha-
perde.
Negociação Integrativa
As negociações integrativas envolvem diversas questões. Como exemplo
de aplicação, pode-se citar também a compra ou venda de um carro, mas ao
invés de negociar apenas o valor do automóvel, negocia-se também o prazo
de pagamento, a inclusão de certos acessórios, a data de entrega, etc. Essa
negociação pode ser conduzida tanto em um ambiente competitivo como
colaborativo. No ambiente competitivo, torna-se mais difícil para as partes
alcançarem um bom resultado, devido à omissão ou distorção de
informações, ou a manobras para adquirir poder de influência. Nesse
contexto, é comum o resultado perde-perde ou ganha-ganha. No ambiente
colaborativo, por outro lado, em que ambas as partes são mais
transparentes na divulgação de seus interesses, limites e prioridades, são
criadas as condições ideais para uma solução ganha-ganha.
Negociação Criativa
Na negociação criativa, as partes revelam seus interesses, a partir dos quais
buscam soluções originais e criativas que sejam capazes de atender a maior
quantidade possível desses interesses. Essa negociação é ideal para
encontrar soluções inovadoras para problemas em que não necessariamente
ocorre uma troca entre as partes, como nas negociações anteriores. Deve
ser conduzida em um ambiente colaborativo e emprega largamente os
princípios de negociação de Harvard, apresentados por William Ury: foque
nas pessoas, não nos problemas; diferencie posições de interesses, etc.
Negociação Estratégica
A negociação estratégica é utilizada em situações mais complexas,
seguindo uma série de passos e podendo envolver mais de um dos tipos de
negociação abordados anteriormente.
Para delinear uma negociação estratégica, são adotados os seguintes
passos:
Mapear as partes envolvidas em uma negociação e seus
relacionamentos;
Identificar os interesses de cada parte;
Definir a atitude comportamental estratégica a ser adotada com cada
parte;
Compreender as alternativas; e
Escolher a sequência de interação com as partes, com base em
princípios relacionados a informações, tempo e poder.
Elementos da Negociação
Os principais elementos presentes na negociação são os seguintes:
Natureza do objeto: o objeto pode ser tangível, como bens materiais;
ou intangível, como opiniões, favores ou concessões. Pode ser
permanente, como um imóvel, ou temporário, com tempo de
validade determinado, como um lote de cereais.
Perfis dos Negociadores: os negociadores podem ser competitivos,
colaborativos, prestativos, conciliadores ou evasivos. Cada um
desses perfis influencia na forma como é conduzida a negociação.
Poder de influência: Quanto mais poder de influência adquirir um
negociador, mais facilmente ele vai poder impor seus interesses.
Diversas fontes fornecem poder de influência: tempo, maior
necessidade, maiores recursos, maior volume de transação,
referência, domínio do poder psicológico, entre outros.
Posições: São soluções preconcebidas para se obter um determinado
resultado, como dinheiro, prazos, condições e garantias.
Interesses: motivos que sustentam as posições adotadas por um
negociador, formados pelos desejos, preocupações, crenças
conscientes, temores e aspirações.
Abertura: primeiro valor apresentado por uma das partes, em uma
negociação distributiva.
Valor limite: valor mínimo (para vendedores) ou máximo (para
compradores) que não deve ser ultrapassado, em uma negociação
distributiva.
MACNA (Melhor Alternativa em Caso de Não Acordo): termo
derivado do inglês BATNA (Best Alternative to a Negotiated
Agreement). Trata- se de uma alternativa caso as conversações
cheguem a um impasse e não se concretize nenhum acordo.
Concessão: ato ou efeito de ceder uma opinião ou direito à outra
parte. Na negociação distributiva, as concessões ocorrem por meio
da redução nos valores negociados. Na negociação integrativa as
concessões ocorrem por meio da troca. Na criativa, por sua vez,
ocorrem por meio de ajustes às propostas realizadas.
CONTORNANDO OBJEÇÕES
Não há como fugir das objeções de venda. Elas vão aparecer,
especialmente no segmento B2B ou de vendas complexas, tendo em vista o
ticket médio elevado que faz o comprador pensar muitas vezes antes de
fechar o negócio.
É parte do trabalho do vendedor contornar essas objeções, quebrando as
barreiras que os potenciais clientes apresentam durante a negociação. Se o
time não estiver bem treinado para isso, é bem provável que a empresa
perca oportunidades já qualificadas.
Não há vendedor que nunca ouviu uma objeção de venda. Uma objeção é
qualquer argumento que o potencial cliente apresenta como motivo para
não avançar no processo comercial – e, especialmente, para não fechar
negócio.
As objeções variam bastante conforme o tipo de processo comercial. Nas
vendas complexas, uma das objeções mais frequentes é o preço, tendo em
vista que esse tipo de negociação envolve um ticket médio elevado.
No entanto, mesmo que o vendedor contorne essa objeção explicando a
diferença entre preço x valor, por exemplo, o lead pode lançar mão de
outros argumentos que o impediriam de fechar negócio, como a dificuldade
em aplicar a solução em seu setor.
Por isso, é fundamental que os vendedores tenham em mente diferentes
argumentos para driblar as objeções dos leads e, então, estabelecer uma
relação de confiança com eles por meio de uma abordagem consultiva.
Ter profundo conhecimento da área de atuação do lead e dos desafios
enfrentados pela empresa dele é uma das maneiras mais eficientes de propor
soluções compatíveis e, então, evitar as objeções de venda. Entre as
principais, destacamos as seguintes:
“Está muito caro!”;
“O concorrente tem essa vantagem que você não tem”;
“Já temos uma solução para isso e não queremos mudar agora”;
“Precisa passar pela aprovação do financeiro antes”;
“Estou sem tempo para falar com você agora, me manda um e-mail”.
Por mais que, à primeira vista, essas objeções pareçam desestabilizar o
vendedor, é importante entender que elas não são necessariamente ruins,
pois demonstram que o lead tem algum interesse na solução, porém existem
entraves.
O vendedor pode contornar esses entraves aliando uma Pré-Venda eficiente
com um roteiro consultivo, isto é, focado nas necessidades específicas de
cada lead. Assim, ele terá cada vez menos motivos para desistir do negócio.
EXEMPLO DE OBJEÇÕES DE
VENDAS
As objeções de vendas mais comuns sempre podem ser contornadas.
Listamos 5 delas e damos todas as dicas de como fazer isso de forma
prática e efetiva.
Liderança técnica
Também é denominado como líder operacional, é alguém inspirador, como
vários outros tipos de líderes, mas por um motivo em especial: seu
conhecimento técnico aprofundado. Essa pessoa mostra a todos que
realmente sabe o que faz, tem domínio sobre as ações e alcança boas
soluções para os problemas que surgem.
É muito comum que as pessoas o sigam por seu bom exemplo. Os outros
veem como esse indivíduo entrega um excelente trabalho, as formas que
utiliza para alcançar bons resultados, como atua de maneira primorosa e
desejam ser e fazer igual.
Esse tipo de líder é uma pessoa que está sempre atualizada, de olho nas
principais tendências. Assim, consegue ter uma visão mais ampla de tudo
aquilo que faz. Existem muitos que não entendem o líder técnico e exigem
que ele aja de outra forma, mais como coordenador e menos com a “mão na
massa”. No entanto, essa ação é tirar dele uma de suas melhores e mais
atrativas qualidades.
Liderança carismática
O carisma é uma característica praticamente inexplicável. Pessoas que têm
essa particularidade conseguem conquistar as outras de uma forma
profunda, sem que precisem de esforços para isso. São indivíduos com
quem os outros simpatizam sem saber muito o porquê e são vistos como
uma boa influência, conquistando a atenção de todos.
Geralmente, essa é uma habilidade com a qual o indivíduo já nasce, porém
não é impossível obtê-la ao longo do tempo, com dedicação e afinco. O
líder carismático consegue manter a equipe sempre com ele, tornando-a
uma firme e forte aliada.
ATRIBUIÇÕES DE UM LÍDER
Os cargos de liderança estão intimamente relacionados à capacidade de
gerir pessoas na empresa.
Até por isso esse perfil é um dos mais requisitados no mercado, pois,
a gestão de pessoas é uma das rotinas mais importantes para que a empresa
consiga reter talentos e reduzir seus índices de rotatividade.
Mas quais as atribuições de um cargo de liderança? Confira as essenciais:
Ser um representante da empresa: O líder é o representante dos
objetivos e da cultura da empresa em torno dos profissionais que ele
irá liderar. Então, uma das atribuições desse cargo é conseguir
absorver todos os princípios da empresa, políticas, estratégias e
valores, e repassar aos outros colaboradores.
Desenvolver o time: Uma das habilidades essenciais do líder é a
capacidade que ele deve ter para ser um apoio do RH na escolha de
bons profissionais para formar seu time. Além disso, ele deve ter a
habilidade para potencializar as competências desses colaboradores.
Organiza as execuções: O líder precisa ter não só a habilidade de
inspirar os colaboradores, mas também de guiar e conduzir a equipe
na execução dos planos, definindo estratégias, com base no que a
empresa lhe propõe rotineiramente.
Demanda as tarefas de forma assertiva: Com seu conhecimento
profundo do time, uma das atribuições desse cargo é conseguir
distribuir as tarefas corretamente, facilitando a execução dos projetos
adequando-as às funções e habilidades de cada profissional, para que
as chances de resultados sejam maiores.
Dá feedbacks constantes: Gerenciar os resultados da empresa e
oferecer feedbacks são algumas das principais atribuições dos cargos
de liderança. Isso porque, a transparência em relação
ao desempenho dos seus liderados pode melhorar a execução das
tarefas e aumentar o engajamento. Sem contar que os feedbacks
podem ajudar na correção de pontos negativos.
Mantém um clima organizacional positivo: O líder também tem por
missão manter o bom clima organizacional da empresa. Por isso, ele
precisa brigar por condições de trabalho adequadas para a equipe,
planos de carreira, remuneração justa e outros. Afinal, o líder além
de ser um representante da empresa para com os colaboradores, é um
representante da equipe perante a companhia.
Positivos
São os feedbacks bons, nos quais o líder elogia certa atitude ou tarefa feita
pelo funcionário.
Negativos
São aqueles em que há uma chamada de atenção. Por mais que necessários,
os feedbacks negativos não são muito interessantes por desmotivarem os
colaboradores. O ideal, quando tiver de realizá-lo, é construí-lo para que se
adeque à próxima classificação.
Construtivos
Estes são, provavelmente, os melhores feedbacks. São aqueles em que o
líder apresenta uma falha ou um acerto junto a um apontamento para que o
membro da equipe continue evoluindo e melhorando.
Para construí-los, é muito importante tempo, calma e análise. Sempre
prepare um feedback com antecedência, para que não diga algo ao
colaborador que, ao invés de motivá-lo, o deixará insatisfeito com o
trabalho.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE
VENDAS
Diariamente, o time comercial de uma empresa precisa lidar com diversas
questões que vão muito além de simplesmente vender um produto ou
serviço aos clientes.
Uma delas diz respeito à elaboração de um planejamento estratégico de
vendas. Consiste em uma ferramenta que ajuda os gestores a direcionarem
seus vendedores, a fim de que saibam qual caminho trilhar para obterem os
melhores resultados.
Esse documento engloba conhecer a situação atual da empresa, os
resultados do seu time, o perfil do cliente que pretende alcançar para, ao
final, conquistar o volume de vendas pretendido.
O planejamento estratégico nada mais é do que uma rota, que tem como
objetivo ajudar a empresa a navegar em determinado mercado. Pense nos
concorrentes, clientes insatisfeitos e flutuação no valor de moeda
estrangeira como perigos no caminho de uma empresa. O planejamento
estratégico vai ajudar sua empresa a continuar operando de forma mais
segura por todos esses cenários caóticos.
De maneira resumida, o planejamento estratégico de vendas consiste em
uma espécie de roteiro informativo da sua empresa, com as principais
etapas da jornada de compra e os objetivos que a organização deseja
alcançar (aumento no número de leads, maior rentabilidade, diminuição de
custos, retorno sobre investimento, etc.).
Com um planejamento estratégico de vendas bem definido, a equipe de
colaboradores irá saber exatamente o que deve ser feito, conforme às
necessidades do negócio, além de ter uma noção das variáveis que podem
interferir na comercialização dos produtos ou serviços da empresa.
Importante ressaltar que, para além do passo a passo, o planejamento
estratégico de vendas oferece mais segurança para o seu negócio, pois ele
pode prever cenários de crise econômica e outras situações adversas.
Um exemplo, nesse sentido, é a própria pandemia. Isso porque a crise
sanitária colocou diversas empresas ao redor do mundo em uma posição de
extrema vulnerabilidade, em que foi necessário recalcular a rota e se
adaptar para garantir o funcionamento dos negócios.
Por sua vez, organizações que já possuíam um planejamento, assim como
determinadas ferramentas, conseguiram se adequar com mais facilidade,
apresentando resiliência e diferencial competitivo.
BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO DE
VENDAS
Como visto, o planejamento de vendas é um documento que reúne
diretrizes a serem implementadas na operação comercial do negócio.
Assim, o seu principal benefício é fornecer orientações para a tomada de
decisões certas no empreendimento.
Com estratégias bem-definidas, as ações positivas passam a ser mais
frequentes no dia a dia: a equipe de vendas se sente mais motivada,
situações adversas são contornadas com mais facilidade, o cliente é
atendido com mais qualidade e o pós-venda também passa a ser executado
com perfeição.
Por isso, os benefícios de ter um planejamento de vendas se relacionam ao
desenvolvimento de todas as engrenagens do negócio. Basicamente, tal
planejamento é semelhante a um manual de instruções — e, em caso de
situações negativas, basta uma consulta às diretrizes para saber qual passo
tomar.
Compilar as orientações em um só documento fortalece o andamento do
negócio e proporciona a escolha das melhoras decisões para cada situação.
Ou seja, um planejamento de vendas bem-traçado é sinônimo de apenas
vantagens.
Vamos ver, então, quais são as principais vantagens de adotar esse
processo em sua empresa, que passa por redução dos níveis de estoque e
alguns outros importantes para sua operação e também para a rentabilidade.
Mais vendas
Um bom planejamento de vendas e operações aumenta o share (fatia de
mercado) de modo indireto, pois contribui para um plano tático e
estratégico de vendas mais acurado.
Redução dos níveis de estoque
Estoques bem dimensionados para atender os clientes (varejistas,
distribuidores e outras indústrias) evitando faltas e excessos.
Missão
A missão diz respeito ao propósito de existir do seu negócio. É importante
que todos os stakeholders saibam muito bem qual é o intuito da sua
empresa, pois ela é a base para a construção dos objetivos do planejamento
estratégico de vendas.
Visão
Já a visão é a direção que o seu negócio pretende seguir. Por exemplo, “ser
uma das empresas mais reconhecidas nacionalmente no ramo B2B”.
É importante ter uma visão ousada, porém palpável, para que o
planejamento estratégico de vendas seja motivador (não irreal).
Negócio
O negócio é a atividade principal da sua empresa, também chamado de core
business. A atividade precisa ser bem clara para os colaboradores e
clientes,
já que isso simplifica a jornada de compras, tornando o planejamento
estratégico de vendas mais eficiente.
Valores
Por fim, os valores são os princípios do seu negócio. Vale dizer que, nos
dias de hoje, muitos clientes dão especial importância aos valores como
sustentabilidade, confiança, transparência, antes de fechar um negócio.
Estratégia
Qualquer negócio requer uma estratégia cuidadosamente desenvolvida e
capaz de orientar a empresa no futuro. O primeiro passo é fazer autoanálise
para identificar pontos fortes e fracos. Em seguida, é preciso estabelecer
metas que tenham em vista objetivos concretos.
Mensurar os resultados é especialmente importante porque, se você puder
quantificar, saberá o quanto está perto de alcançar o que deseja ou o que
pode ser melhorado para chegar lá. Assim, todo projeto deve ser claro,
direto e mensurável.
Processo
Processos são os métodos pelos quais você atinge os objetivos. Por isso,
monitorar cada um e mantê-los no caminho certo é um trabalho do dia a
dia. Eles são mutáveis, ou seja, podem e devem mudar à luz da experiência.
Dessa forma, se não estiverem funcionando, precisam ser alterados,
substituídos ou aperfeiçoados.
Tecnologia
O quarto e último pilar da gestão de relacionamento com o cliente é
a tecnologia, que existe para apoiar os outros — nunca o contrário. Todo o
conhecimento sobre clientes, relacionamento, comunicação e execução da
estratégia passa por ela.
A adoção efetiva de treinamento de funcionários para operar hardware e
software é necessária para qualquer empresa que deseja crescer. Entretanto,
um erro comum é projetar a estratégia apenas com base nos recursos do
software de CRM, por exemplo.
Na verdade, o ideal é ter um plano com metas e objetivos definidos e,
depois, selecionar os recursos do sistema que suportam o que você vai
fazer.
Passos para ter uma boa gestão de relacionamento com o cliente
Entenda agora o que é necessário para implementar uma boa solução para
gerenciar o relacionamento com o seu cliente:
Coletar informações: a prioridade deve ser capturar as informações
necessárias para identificar seus clientes e categorizar seu
comportamento.
Armazenar informações: a maneira mais eficaz de armazenar e
gerenciar suas informações de clientes é em um banco de dados.
Acessar as informações: com as informações coletadas e
armazenadas, a próxima etapa é disponibilizar essas informações
para a equipe no formato mais útil.
Analisar o comportamento do consumidor: usando o banco de dados
em programas de planilhas, que analisam dados para identificar
padrões ou relacionamentos, você pode começar a criar perfis de
clientes e desenvolver estratégias de vendas.
Usar o marketing, principalmente o marketing digital, de forma mais
eficaz, uma vez que você já conhece o perfil de seu cliente.
Melhorar a experiência do cliente: assim como um pequeno grupo de
clientes é o mais lucrativo, um pequeno número de clientes
queixosos geralmente ocupa uma quantidade desproporcional de
tempo da equipe. Se seus problemas puderem ser identificados e
resolvidos rapidamente, sua equipe terá mais tempo para outros
clientes.
Trabalhe o pós-venda
O pós-venda é uma etapa muito importante da gestão de relacionamento
com o cliente, mas diversos negócios acabam falhando nesse aspecto. Você
não pode esquecer que a relação com o cliente não termina depois que a
venda é realizada.
Devemos manter o contato com essas pessoas para que elas voltem a fazer
novas compras. Mesmo que isso não aconteça, um cliente bem-atendido
indica os serviços para outros, e isso ajuda a melhorar a imagem do negócio
e atrair novos leads.
Dessa forma, você precisa coletar dados com o sistema CRM. Assim, terá,
por exemplo, o endereço de e-mail desses clientes. Poderá trabalhar o
envio de newsletter e continuar o contato para que o seu cliente não se
esqueça da sua empresa.
Outras ações pós-venda importantes são:
canais de comunicação sempre abertos;
suporte;
trocas e devoluções;
disponibilização de materiais educacionais e instrutivos.
Seja ágil e eficiente na resposta
Os canais de comunicação precisam estar abertos para que o seu cliente
consiga manter contato com sua empresa, mas não basta possibilitar o
envio de mensagens. Elas precisam ser respondidas, o que deve ser feito de
uma forma rápida.
Mantenha alguém responsável por responder aos clientes e procure fazer
isso sempre no menor tempo possível. Preste atenção naquilo que foi
perguntado e nas observações feitas para que a resposta seja de fato
eficiente, resolvendo o problema com prontidão.
TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO DE
VENDAS
Você pode pensar em apresentações de vendas como um simples pitch,
uma demonstração ou uma lista de fatos e números e, embora uma boa
apresentação incorpore todos estes elementos, ela é mais do que a soma de
suas partes. Se bem executada, e se isso for feito no momento certo do seu
processo de vendas, você pode chamar a atenção de prospectos e deixá-los
bem animados e com vontade de seguir em frente com você e seu produto.
Embora a terminologia seja diferente de empresa para empresa, uma
apresentação de vendas nem sempre é a mesma coisa que um pitch.
Um pitch de vendas é o que a sua equipe faz o dia todo, seja por telefone ou
pessoalmente com os clientes. Geralmente ele é feito individualmente e sua
equipe se sente bastante confortável fazendo isso.
Uma apresentação (embora ainda seja um pitch de vendas) é algo maior,
figurativamente e talvez até literalmente falando. A apresentação é uma
versão mais complicada de um pitch e geralmente acontece quando sua
equipe está tentando fechar um negócio bem lucrativo, e para fazer isso não
basta uma simples ligação - geralmente esse processo envolve também uma
reunião e uma demonstração.
Você vai precisar de mais tempo para a apresentação, e não apenas para ela
- que pode durar até uma hora ou mais - mas também para a preparação e
prática. Talvez seja necessário usar o PowerPoint. Em muitos casos, mais
de uma pessoa da sua empresa estará envolvida, por isso é preciso
haver
coordenação da equipe. Também é bem provável que você faça uma
apresentação para uma equipe - geralmente aquela que toma a decisão.
Preparar uma apresentação pode ser bastante estressante, mesmo para
vendedores experientes que fazem chamadas frias e pitchs por telefone
todos os dias.
Antes de irmos a fundo nas técnicas, é importante definirmos uma parte
muito importante. A boa apresentação de vendas não é necessariamente a
que mais garante vendas.
Isso pode não parecer que faz sentido, mas a grande verdade é que a
apresentação é só parte do processo. Quando falamos de vendas complexas,
como no segmento B2B, ela vai ser apenas o começo de uma longa
negociação até a chegada da decisão final.
Se você trabalha na área comercial há algum tempo, provavelmente já se
deparou com clientes que ficam impressionados na hora de ver suas
soluções, mas que acabam não fechando.
E isso não significa que faltou algo na sua apresentação de vendas.
Falta de orçamento, problemas na comunicação durante a negociação,
outras soluções acabam sendo mais adequadas para aquele momento… Só
para citar alguns motivos que não têm relação com a sua demonstração.
Dessa forma, vamos falar aqui sobre como criar apresentações
inesquecíveis e que fortaleçam a sua autoridade para que o cliente se
lembre bem de você e do benefício que você pode oferecer a ele.
Expositiva
Esse tipo de fala é muito utilizado por professores e instrutores.
Mas mesmo para quem não atua nessas profissões, frequentemente, se faz
necessário explicar algo para várias pessoas.
É o caso de passar orientações para uma equipe de trabalho, explicar seu
ponto de vista sobre determinado assunto para colegas de sala de aula e, até
mesmo, falar algo pra um grupo maior de amigos.
Dessa maneira, é fundamental que tudo fique bem claro. Sem dúvida, nas
apresentações narrativas e persuasivas, a clareza também é muito
importante.
No entanto, especialmente ao expor uma ideia, instruções e argumentos,
tudo deve ser entendido pelos ouvintes de maneira simples e direta.
A adequação da linguagem é um dos pontos primordiais.
Dessa maneira, ao fazer uma apresentação expositiva, seja claro e adapte a
sua forma de falar ao público presente.
Com isso, todos entenderão a mensagem passada, e você fará uma boa
exposição.
Narrativa
Quando falamos em narração, logo lembramos de histórias, fábulas e
contos de fada.
Porém, uma apresentação narrativa não faz, necessariamente, o relato de
uma ficção.
Na realidade, a técnica pega elementos desta estrutura e os transporta para
uma palestra, aula, dissertação ou argumentação, por exemplo.
Assim, a fala em público terá um começo, meio e fim, fazendo com que os
ouvintes se sintam “levados” por uma sequência que os envolve até o final
da trama.
Um recurso antigo, mas muito falado ultimamente, é o storytelling.
Com ele, toda a apresentação transporta as pessoas por uma espécie de
jornada.
Por meio dela, o público acompanha um encadeamento de fatos por meio
de uma mensagem central.
São várias etapas a serem cumpridas por um personagem facilmente
identificável pela plateia.
Ao fim, depois de uma caminhada cheia de reviravoltas e envolvimento
emocional dos ouvintes com a história, eles se sentem mais conectados à
mensagem expressada.
Essa, então, é uma ótima técnica de apresentação, pois gera conexão com o
público, fazendo permanecer atento do começo ao fim da sua fala.
Persuasiva
Existem momentos, porém, em que a apresentação precisa ter o poder de
convencer aqueles que a assistem.
Nesse caso, além de expormos uma ideia ou conceito, temos que fazer com
que os ouvintes se sintam persuadidos a executar algo.
Assim, uma fala persuasiva é muito importante em reuniões de negócios,
palestras de vendas e, até mesmo, um pedido de casamento frente à família.
Para convencer as pessoas, o primeiro a estar convencido deve ser você
mesmo.
Afinal, se não há segurança do próprio negociador, ninguém mais se sentirá
seguro para executar alguma ação.
Desse modo, em uma apresentação persuasiva é fundamental estar
confiante sobre aquilo que é proposto.
O profundo conhecimento sobre o tema se faz imprescindível, a fim de
quebrar qualquer refutação da plateia.
Além disso, podem ser usados diversos outros métodos para o
convencimento, como dados, técnicas emocionais e o apelo para a escassez
e urgência da ação, por exemplo.
Se você precisa negociar e convencer várias pessoas ao mesmo tempo,
pode facilmente utilizar o tipo persuasivo de técnica de apresentação.
Para quem?
Conheça o público e tente desvendar quais são suas intenções ao
participar da apresentação.
Com o quê?
Descubra quais serão os seus recursos:
Tempo
Espaço físico
Audiovisual
Material de apoio.
Como?
Com todos esses dados em mãos, escolha uma técnica para abordar o
público, entre expositiva, narrativa e persuasiva.
Qual o roteiro?
Monte um plano de apresentação, o mais detalhadamente possível.
Veja o que não pode faltar nele:
Minutos de fala
Início, meio e fim
Objetivos da apresentação
Estratégias
Unidade de sucesso
Uso ou não de elementos audiovisuais.
Treine muito!
Estude e pratique o roteiro da sua fala até você dominar toda a
comunicação.
Seja engraçado
O humor pode ser complicado, por isso, se você não se sente confortável
fazendo piadas, ou se acha isso meio forçado, não faça algo que o deixa
desconfortável. No entanto, se você se sentir à vontade, se o humor fizer
parte da sua marca e se você acha que isso vai ser bem recebido pelos
prospectos, siga em frente. O humor pode ser uma ótima maneira de criar
uma conexão com as pessoas presentes, tornar a apresentação memorável e
ainda deixar o ambiente mais leve.
Faça um pequeno espetáculo
A melhor coisa sobre uma apresentação de vendas é que ela permite que
você exiba o seu produto. Diferente de um pitch, em uma apresentação
você pode exibir a sua solução de maneira mais exuberante, digamos assim.
Use isso em sua vantagem e tente fazer uma apresentação realmente
memorável.
ESTRATÉGIA
MERCADOLÓGICA
A mercadologia é parte fundamental para o sucesso de qualquer negócio.
Afinal, é a partir dos estudos e análises do mercado que torna-se possível
adotar as estratégias mais adequadas para conseguir os melhores resultados.
Dentro de um cenário com tanta concorrência, é fundamental encontrar
maneiras de manter-se competitivo. Para isso, nada melhor do que uma
análise aprofundada do contexto em que a sua empresa vai se encaixar.
Afinal, muito mais do que pensar em formas de vender mais, é o caminho
ideal para aumentar a competitividade e, consequentemente, obter mais
lucro.
Basicamente, mercadologia representa o estudo do mercado com o objetivo
de aumentar a sua compreensão e entendimento sobre como se destacar. A
partir da análise de diferentes fatores, torna-se possível direcionar as suas
ações e estratégias para obter os melhores resultados.
Muitas vezes utilizado como sinônimo de Marketing, o conceito de
mercadologia passa por estudos aprofundados para encontrar o melhor
posicionamento para a sua empresa.
Por meio de uma série de investigações, você e a sua equipe
conseguem aproveitar inúmeros benefícios, como:
Entender melhor as expectativas dos consumidores;
Analisar sua força diante dos concorrentes;
Descobrir oportunidades para expansão;
Aumentar o valor da sua marca;
E investigar vários outros aspectos do seu negócio.
Agora que você já entendeu o que é mercadologia, talvez seja importante
compreender também qual é o seu propósito e, assim, aplicá-lo da melhor
maneira possível ao seu modelo de negócio.
APLICAÇÕES DA MERCADOLOGIA
A mercadologia é uma ferramenta importante para quem quer ter destaque
em um cenário de tanta competitividade. Para que fique clara a importância
desse conceito, listamos 3 exemplos de momentos em que a mercadologia
impacta diretamente nos resultados da sua empresa.
Confira!
Go to market
Um dos momentos mais importantes na história de qualquer empresa é o go
to market (a entrada em um determinado mercado).
Esse momento pode ser a abertura de um novo negócio, o lançamento de
um produto e até a internacionalização de uma companhia. Para você ter
uma ideia, uma mera mudança de rótulo já é um go to market, já que trata-
se de uma novidade para o mercado.
Quem empreende sabe que no go to market não dá para sair atirando para
todos os lados e ver onde e quando seu produto funciona.
Você precisa de planejamento, fazer testes de aceitação com a audiência e
preparar o terreno para obter um retorno positivo logo de cara. Em outras
palavras, você precisa de estudos mercadológicos.
Uma análise profunda do mercado vai ajudar você a traçar o melhor plano
para lançar o seu produto ou serviço e garantir que ele seja um sucesso!
Para criar um plano de go to market, você precisa realizar um estudo
mercadológico de 2 etapas. Veja só!
1ª etapa
Quem é seu alvo, o público para o qual você deseja vender?
Onde ele está?
O que valoriza?
Por quais motivos escolheria você diante de tantas opções?
Você pode descobrir isso realizando testes de validação com a própria
audiência. Com a internet, você pode distribuir formulários e
promover pesquisas de mercado facilmente.
Essas pesquisas também vão ajudar você a saber se, realmente, há público
para o produto ou serviço que você pretende lançar no mercado.
2ª etapa
Como você vai convencer o público a comprar o seu produto?
Onde seu produto será vendido?
Como será divulgado?
Quanto vai custar?
Para isso, você poderá estudar as tendências de mercado.
O Marketing de Conteúdo é, atualmente, a melhor maneira de impactar as
pessoas na internet.
Da mesma forma, as vendas remotas têm crescido em companhias de todo
o mundo, provando que é possível escalar seus resultados comerciais
mantendo um time mais enxuto.
Os estudos da concorrência também podem ser úteis na hora de definir
como você vai alcançar seu público (vamos explicar isso no próximo
tópico).
Análise da concorrência
O benchmarking é uma técnica de mercadologia baseada em análise
comparativa. Basicamente, você monitora o que os parceiros e concorrentes
estão fazendo com o objetivo de descobrir os pontos fortes e fracos de seus
produtos e processos.
Os pontos fracos tornam-se ações a serem evitadas na sua companhia, e as
melhores práticas são absorvidas e replicadas.
Olhar para a concorrência é extremamente importante, afinal, entender as
estratégias do seu competidor é uma excelente maneira de encontrar o
caminho certo para superá-lo.
É importante deixar claro que fazer benchmarking é muito diferente da
espionagem industrial. O benchmarking foca, principalmente, na
observação dos competidores, mas nunca colhe informações sigilosas sobre
eles.
Existem várias ferramentas que podem ajudar a fazer o monitoramento de
concorrência de forma legal e tranquila.
No universo do Marketing Digital, por exemplo, é possível utilizar plugins e
plataformas para descobrir:
Como seus concorrentes posicionam-se na internet;
Quais são seus principais canais de aquisição;
E com que frequência eles publicam conteúdo.
Essas informações ajudarão você a criar um plano de ação para atingir o
seu alvo certeira e rapidamente. Então, você poderá colocar os esforços do
seu time de marketing na atração de clientes e otimizar as vendas da sua
companhia, como falaremos agora.
Distribuidor
É quem vende, armazena e provê assistência técnica em uma determinada
região gráfica.
O distribuidor compra os produtos da sua empresa e faz uma nova venda
aos clientes alocados em uma área próxima à dele.
Como exemplo podem ser citados os distribuidores de bebidas.
Agentes
Quando a distribuição do produto envolve mais de um intermediário, é
necessário a utilização de agentes para auxiliar com as transações entre
todos os participantes do canal de marketing.
Um agente receberá uma comissão de você, produtor, e será bem útil nos
casos em que os produtos precisam se mover rapidamente no mercado.
Por exemplo, no caso de um pescador que pesca grandes quantidades de
peixes, que é perecível, diariamente, é preciso que, assim que estiver
disponível para consumo, o peixe chegue rapidamente às mãos do
consumidor final, para que o produto não se perca.
Como realizar o contato entre diversos atacadistas ou varejistas poderia
consumir grande parte do tempo do pescador, a melhor saída, nesse caso, é
utilizar de um agente que fará todos esses contatos e vender o produto para
esses intermediários, ganhando uma comissão em cima das suas vendas.
ESCOLHENDO O MELHOR
CANAL
Para determinar qual canal de marketing utilizar no seu negócio, o melhor
caminho é começar entendendo qual estratégia está mais alinhada ao seu
produto.
A distribuição intensiva — quando o fabricante vende por meio de tantos
intermediários quanto for possível — deve ser utilizada caso o produto
tenha baixo valor unitário e uma alta frequência de compra, pois assim ele
será sempre encontrado na grande parte das prateleiras.
Já se se tratar de um produto que possa ser comparado a outro similar, é
recomendada a distribuição seletiva — quando o fabricante vende por meio
de um grupo selecionado de intermediários — pois, assim, será possível
contar com intermediários melhor preparados para defender a marca.
Mas no caso de um produto que requer um esforço especializado de venda
ou um investimento em estoque e instalações físicas específicas, a melhor
saída é a distribuição exclusiva — quando você escolhe seus próprios
revendedores, dando autorização para que eles façam a distribuição
exclusiva do produto e controlando suas atividades.
A exclusividade irá garantir apoio adequado ao produto, fornecendo a
este até mesmo uma imagem de valor e luxo no mercado.
Mas para que você faça uma escolha mais consciente, separamos algumas
dicas que podem te ajudar a subsidiar sua decisão sobre qual canal de
marketing e tipo de distribuição será mais adequado para sua empresa.
Veja:
Avalie mercados (tanto reais, quanto potenciais) que
podem trabalhados;
Determine as características, comportamentos e necessidades dos
seus clientes, bem como a quantidade, dispersão geográfica
e frequência de compra do seu produto;
Determine as características essenciais do produto quanto à
dimensões, perecibilidade e graus de padronização para otimizar o
transporte;
Defina as características que os intermediários devem possuir quanto
ao tipo de transporte, sistema de equipamentos e de armazenagem
utilizados, tecnologia da informação, entre outros aspectos;
Avalie as características ambientais e locais necessárias para
conservação do seu produto, como umidade e temperatura;
Avalie as empresas intermediárias envolvidas no seu canal quanto à sua
solidez financeira, aos demais produtos que oferece, aos níveis de
qualidade de serviço, ao marketing e à força da marca.
Um dos pontos mais importantes dessa lista é conhecer e selecionar os
membros dos canais, pois serão eles que levarão não só seu produto ao
cliente final, como também sua marca, buscando sempre atingir o maior
grau de satisfação do consumidor.
É preciso também estar atento à integração entre os membros de cada
canal, para garantir que o produto chegue às mãos do consumidor no
momento certo.
Afinal, na hora da fome, ele espera que o pote de requeijão esteja na
prateleira, não importando como chegou e qual foi a estrutura por trás disso
tudo.
De acordo com a vontade da empresa de controlar mais ou não a
distribuição dos produtos, a quantidade de membros de um canal de
marketing pode variar.
Com canais mais curtos, você possuirá muito mais controle, te
permitindo alterar de forma mais rápida suas ações e estratégias para
melhorar todo o fluxo dos produtos no mercado, e conseguindo um
feedback mais rápido e puro do consumidor.
Hoje há uma grande variedade de canais disponíveis no mercado e escolher
o melhor meio de divulgação e de distribuição do seu produto pode ser um
grande problema.
Isso porque uma escolha errada nessa hora pode comprometer todo o seu
planejamento de marketing.
Porém, a utilização dos canais é essencial para que se possa alcançar
o consumidor da melhor forma e estabelecer parcerias com empresas que
poderão beneficiar seu negócio com lucratividade.
TIPOS DE PLANO DE
MARKETING
Agora, vamos começar a detalhar como construir o Plano de Marketing da
sua empresa. Primeiramente, vamos ver quais são os tipos de planos que
você pode desenvolver.
ETAPAS DO PLANO DE
MARKETING
Agora, vamos desvendar a estrutura de um Plano de Marketing. Sugerimos,
aqui, as etapas para a criação de um Plano de Marketing Estratégico, mais
amplo e completo. Mas elas podem ser adaptadas para outros tipos de
plano.
Além disso, entenda que essas etapas consistem, também, no processo de
planejamento de marketing. Ao longo desse caminho, você pode ir
anotando os insights e montando o plano, que também tende a cumprir essa
sequência. Então, vamos ver quais são as etapas de elaboração do Plano de
Marketing.
Diagnóstico da empresa
A construção do plano começa olhando para dentro. Procure fazer um
resumo sobre a situação atual da empresa, olhando para a estrutura do
negócio, o número de colaboradores, o volume de vendas, o histórico de
faturamento, os recursos, o posicionamento atual e os objetivos da gestão.
Além de descrever o negócio, é importante fazer uma análise mais
profunda sobre pontos fortes e fracos da empresa e as oportunidades e
ameaças do ambiente que podem influenciar seu desempenho. O
framework da Análise SWOT é a ferramenta mais indicada para essa etapa:
Análise da concorrência
Entre os atores do microambiente, um deles merece destaque: a
concorrência. Busque informações sobre a atuação dos concorrentes, o
público que estão atendendo, como se comunicam com a persona, como
divulgam os produtos e como estão seus resultados.
Como uma ferramenta de inteligência competitiva, a análise dos
concorrentes no Plano de Marketing permite:
buscar insights para as suas estratégias;
antecipar-se a tendências de mercado e movimentos dos
concorrentes;
identificar a sua posição e fatia de mercado;
identificar oportunidades de posicionamento e vantagem
competitiva.
Talvez você pense que não tem como pegar dados dos concorrentes, porque
são sigilosos. Mas existem ferramentas que permitem espionar a
concorrência, monitorar seus movimentos e saber o que eles estão fazendo
(tudo dentro da ética, ok?). Google Alertas, SEMrush e SimilarWeb são
alguns exemplos.
Definição de objetivos
A definição dos objetivos está no coração do Plano de Marketing. Mas é
importante passar por todas as etapas que já mencionamos, porque elas dão
a base para que os objetivos estejam alinhados à realidade do negócio e do
mercado, e mirem o público certo.
Para a definição dos objetivos, o framework da metodologia SMART é um
excelente aliado. SMART é o acrônimo para as seguintes características
que os objetivos devem ter:
specific (específicos);
measurable (mensuráveis);
attainable (atingíveis);
realistic (realistas);
time-bound (com prazo).
Quando o Plano de Marketing segue essas orientações, os objetivos têm
mais chances de ser alcançados. Eles se tornam mais claros e motivadores
para a equipe, além de definir um horizonte em comum, no qual todos
devem mirar.
Perceba, portanto, que não adianta definir objetivos amplos, como “vender
mais”, “ter mais engajamento nas redes sociais” ou “aumentar os acessos ao
site”. Esses são alguns exemplos de objetivos mais eficientes para guiar as
estratégias:
gerar 1.000 pedidos no e-commerce em um ano;
aumentar a taxa de engajamento para 10% até julho de 2021;
alcançar 10.000 visitantes no site em dois anos.
Eles são bem mais específicos, mensuráveis e têm prazo. Para saber se são
realistas e atingíveis, é preciso voltar ao diagnóstico da empresa e do
mercado para saber se os valores e prazos fazem sentido.
Vale lembrar que estamos, aqui, definindo objetivos no nível estratégico.
Então, o ideal é que determinem o que o marketing como um todo quer
alcançar, e trabalhem com um prazo mais extenso. Mas, se você está
criando um plano para uma estratégia específica, já pode definir objetivos
mais exclusivos.
Definição de KPIs
Se você definiu objetivos mensuráveis na etapa anterior, essa fase fica
muito mais fácil. Afinal, ser mensurável significa que você pode usar
métricas para acompanhar o desempenho das estratégias e saber se elas
atingiram os resultados esperados.
Mas não estamos falando sobre métricas, e sim, sobre indicadores de
sucesso (KPIs). Ok, e qual é a diferença?
Métricas são qualquer medida para avaliar o desempenho de alguma ação,
como o número de visitantes do site ou de interações nas redes sociais. Os
KPIs também são métricas, mas estão diretamente relacionados aos
objetivos. Ou seja, os KPIs dizem se você está no caminho certo e se
atingiu as metas traçadas no plano.
É claro que você também pode monitorar outras métricas, mas são os KPIs
que indicam o sucesso da execução do Plano de Marketing. Por isso,
devem ser acompanhados de perto.
Para isso, é importante estabelecer uma rotina de avaliação e controle que
monitore os KPIs e indique possíveis ajustes para melhorar os resultados,
caso estejam se afastando dos objetivos traçados. Mais adiante, no
cronograma, essa rotina deve aparecer.
Definição de estratégias
Aqui, começamos a entrar nas táticas do Plano de Marketing, ou seja, como
concretizar as definições em estratégias específicas, que depois devem ser
desmembradas nas definições operacionais. Nessa etapa, você deve definir
quais estratégias de marketing vão contribuir para alcançar os objetivos do
Plano de Marketing.
Se o objetivo é gerar 2.000 leads no próximo ano, provavelmente, você vai
precisar de estratégias de Inbound Marketing, Marketing de Conteúdo
e SEO, por exemplo. Então, elas devem ser pensadas nesse momento.
Além disso, é importante determinar as estratégias do Marketing Mix ou 4
Ps do Marketing:
preço;
produto;
praça;
promoção.
O marketing é uma das áreas mais onerosas para as empresas, por isso, os
investimentos precisam ser bem pensados e planejados. É por isso que eles
também devem fazer parte do Plano de Marketing.