Você está na página 1de 16

RESUMO TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

ECONOMIA E
MERCADO
índice

Inter-relacionamento da Economia com os demais ramos do conhecimento.............4


Divisão da Economia.....................................................................................5
Conceitos em Economia......................................................................................6
O Produto da Atividade Econômica...............................................................8
Principais Agregados Econômicos................................................................8
Obtenção dos Grandes Agregados Macroeconômicos.................................8
O Sistema Econômico...................................................................................9
Fluxos do Sistema Econômico...........................................................................10
Sistema Econômico Capitalista...................................................................10
A Circulação do Sistema Econômico...........................................................10
A Evolução da Teoria Microeconômica........................................................11
Curva da Demanda......................................................................................11
Lei da Procura (Demanda)...........................................................................11
Teoria Elementar da Produção....................................................................12
Curva da Oferta...........................................................................................12
Elasticidade-Preço da Oferta.......................................................................13
O Mercado...................................................................................................13
Determinação do Preço de Equilíbrio...........................................................13
Circulação....................................................................................................14
Consumo......................................................................................................14
A Inflação.................................................................................................................14
Moeda..........................................................................................................15
Taxa de Câmbio...........................................................................................16
Balanço de Pagamentos..............................................................................16
Sistema Monetário Internacional.................................................................17
Contabilidade Nacional................................................................................17
A palavra economia vem do grego oikonomia, de oikos (casa), e nomos (administração).
Ou seja, “administração da casa”, sendo que podemos entender como “casa”, nossa própria casa,
uma empresa, os gastos públicos.
Economia é uma ciência social, pois estuda basicamente a relação entre os indivíduos de
uma sociedade e seus recursos disponíveis. Os recursos existentes em qualquer sociedade
possuem uma certa escassez, ou seja, estes recursos possuem quantidades disponíveis que
precisam servir a todos os indivíduos, portanto precisam ser economizados. Se os recursos não
tivessem fim e existissem sempre em altíssima quantidade, não precisaríamos estudar como
economizá-los, não haveria inflação e não precisaríamos nos preocupar em estudar economia,
mas esta não é a nossa realidade!
O objeto de estudo da Economia é a atividade humana denominada econômica e dirigida
no sentido de escolher, entre as várias alternativas, o que fazer com os recursos escassos exis-
tentes no mundo.
A economia não existe sozinha, ela se interliga com outras ciências não só sociais, mas exa-
tas e até mesmo biológicas. Para estudos econômicos levamos em consideração
ocorrências históricas, políticas, geográficas, estatísticas, antropológicas, sociais, jurídicas,
religiosas e o comportamento humano mais básico: o instinto de sobrevivência.

Inter-relacionamento da Economia com os demais ramos do conhecimento

1. Economia e Política
4 A Economia existe há muito mais tempo do que é considerada ciência. No começo, no mundo
grego e romano, era uma parte da política e da filosofia. Acreditava-se que a política estan-
do estável, a economia também estaria.
Foi com Adam Smith, em 1776, em seu livro “Uma investigação sobre a natureza e as causas
da riqueza das nações” que a economia passou a ser vista como uma ciência merecedora
de estudos particulares.
Hoje é difícil estabelecer a ligação entre economia e política. Se por um lado a economia
está subordinada ao regime político do país, por outro lado, às vezes, a estrutura política
está subordinada ao poder econômico.

2. Economia e Sociologia
‘’A ordem Econômica harmônica é fator importante para que haja ordem social’’. O homem
é um animal social que visa a satisfação de suas necessidades, e sua limitação é a
escassez dos recursos existentes na natureza, daí a economia ser um ciência social, pois
equilibra a vontade do homem à possibilidade de satisfazê-la.

Economia e Psicologia Social: A Psicologia Social estuda o comportamento do Homem, por-


tanto, liga-se à Economia que estuda a luta empreendida pelo homem para satisfazer as
suas necessidades (ilimitadas), utilizando recursos escassos.

3. Ciência Econômica e Ciência Jurídica


Todos os agentes visam o ganho e muitas vezes eles se atritam. É marcante o con-
flito permanente entre os agentes da ação econômica em face de seus interes-
ses serem contraditórios. Apelou-se, portanto, para a Ciência Jurídica na solução
dos litígios constantes causados pelo que chamamos de Racionalismo Econômico.

Racionalismo Econômico: Comportamento das empresas, de um lado, desejando a maximi-


zação de seus lucros e o comportamento dos consumidores, do outro, buscando obter a maior
quantidade de bens com o mínimo de dispêndio.

4. Economia e Matemática
Apesar de ser uma ciência social, a economia lida com escassez, ou seja, limitações
físicas. Para calcular a possibilidade de satisfação de determinada população com uma certa
quan- tidade de recursos disponíveis aplicamos a matemática, a estatística, a probabilidade.
Em economia temos funções e cálculos matemáticos que nos ajudam a prever acontecimentos
com as variáveis econômicas (renda, produção, consumo, preço).

5. Economia e História
O estudo da história é um forte aliado aos estudos e econômicos. Ao analisar a história po-
demos encontrar ciclos econômicos que tendem a se repetir no futuro, colocando-nos em uma
posição de previsão. Já acontecimentos econômicos podem alterar o rumo da história, por
exemplo, o achado de ouro na América do Sul determinou sua colonização, a abundância de
terra determinou a colonização Norte-Americana; em uma história mais recente, os ciclos do
café, do cacau, do açúcar determinaram desenvolvimentos em determinadas regiões
brasilei- ras.

6. Economia e Geografia 5
Existem regiões geoeconômicas com estudos distintos e também ramos da economia que se
dedicam a estudos de regiões específicas, como a economia urbana, economia rural, econo-
mia dos polos industriais.

Divisão da Economia

Sistema Econômico: reunião dos diversos elementos participantes da produção de bens e ser-
viços que satisfazem as necessidades da sociedade, organizados não só sob o ponto de
vista econômico, mas também social, jurídico. É o conjunto de instituições jurídicas e sociais
afins, em que são empregados certos meios técnicos, organizados em função de
determinadas causas dominantes, para assegurar a realização do equilíbrio
econômico.
Microeconomia: Trata dos problemas do indivíduo e da empresa dentro do Sistema Econômi-
co. Preocupa-se em estudar o consumidor individual que se dirige ao mercado com uma deter-
minada renda para adquirir bens e serviços e também, a maneira como a empresa emprega
os fatores de produção para obter o maior lucro possível.
Macroeconomia: Estuda o conjunto dos consumidores de uma sociedade, assim como o conjun-
to de empresas desta mesma sociedade. Seu interesse é determinar os fatores que influenciam
o nível total de Renda e do Produto do Sistema Econômico. No geral, considera-se a economia
do país. É a análise que procura garantir a manutenção do pleno emprego dos recursos
dispo- níveis dos sistemas econômicos. Ocupa-se ainda das condições necessárias ao
desenvolvimento econômico, bem como de seus significados, custos e benefícios. Procura
também determinar as causas e os efeitos da inflação e das elevações gerais dos níveis de
preço como um todo.
Conceitos em Economia

Necessidades Humanas: No sentido econômico, é o sentimento de privação de um bem exter-


no que se tende a possuir. Podem ser:

Individuais: precisam ser satisfeitas para garantir a sobrevivência dos indivíduos.

Ex.: alimentação, habitação, higiene etc.

Coletivas: são decorrentes da vida do indivíduo em sociedade.

Ex.: educação, transporte coletivo, segurança etc.

Bens: chama-se “bem” toda coisa útil, capaz e própria, para satisfazer mediata ou imedia-
tamente as necessidades do homem. Podem ser classificados:

Quanto à raridade:
Bens não econômicos ou livres: aqueles que existem em abundância na natureza e cuja utili-
zação pelo homem não é controlada (gratuita).

Ex.: ar

Bens econômicos: aqueles escassos e que precisam ser produzidos pelo homem com
6 esforço, tendo valor de troca.

Ex.: alimentos industrializados, vestuário, brinquedos, etc.

Quanto ao destino:
Bens de consumo: aqueles prontos para serem consumidos e que sofrem desgastes, quando
utilizados.

Ex.: combustíveis, remédios etc.

Bens de Produção: aqueles empregados para a obtenção de outros bens.

Ex.: aço.

Um mesmo bem, dependendo de seu destino, pode ser de consumo ou de produção. Por
exemplo, um ovo; podemos comprar um ovo como bem de consumo para consumi-lo em nossa
refeição, ou o ovo pode ser um bem de produção para uma fábrica de bolos que necessita
deste bem para fazer seu produto final.

Quanto à natureza:
Bens materiais: aqueles que ocupam lugar no espaço.

Ex.: lápis, giz, sapato, carro, casa.


Bens imateriais: aqueles que não têm matéria, são intangíveis.

Ex.: serviços em geral (comunicações, comércio, financeiros).

Serviços: Serviços são bens intangíveis e pessoais.

Utilidade: Utilidade econômica é a qualidade que tem os bens de corresponderem às nos-


sas necessidades, de forma que:
• Possuam as qualidades físicas necessárias (utilidade de forma)
• Estejam no lugar onde são necessários (utilidade de lugar)
• Estejam disponíveis enquanto for preciso (utilidade de tempo)
• Estejam na posse da pessoa que deles necessita (utilidade de posse).

Valor: A noção de valor é de grande importância na economia.

O conceito de valor pode ser dividido em:


• Valor de uso de um bem: capacidade que ele tem de satisfazer as necessidades de cada
um.
• Valor de Troca: capacidade do bem de poder ser trocado por outro.
• Cuidado: É muito comum confundir o conceito de valor de uso com o conceito de utilidade.

Preço (valor dos Bens e serviços expresso em moeda): 7


1. Tipos de preço:
Convencional: determinado pela vontade dos contratantes.
De concorrência: quando ficam fixados pelas alternativas da Oferta e da Procura. Legal:
estabelecido por lei.
Natural: remunera os gastos de produção, incluindo o lucro natural, podendo ser
considera- do corrente ou vulgar.

2. Flutuação / Fatores de Preços: É aquela produzida pela Lei da Oferta e da Procura.


3. Fatores de Produção: A agregação das unidades básicas de trabalho, capital, matéria-
-prima e, ainda, a tecnologia, utilizadas para a confecção de um bem econômico é a Função
da Produção. Ou seja, a função da produção é combinar os fatores de produção,
transfor- mando-os em bens e serviços.
-Trabalho: medida do esforço humano na produção.
-Terra ou matéria-prima ou recursos naturais: tudo que economicamente pode ser aprovei-
tado da natureza.
-Capital: reunião de bens (dinheiro, equipamentos, ferramentas e máquinas) de um sistema.
-Tecnologia: fator que estuda qual a melhor combinação para utilização dos demais recur-
sos.
O Produto da Atividade Econômica

Teoria Econômica:
Para compreendermos melhor as implicações históricas sobre a economia e como esses fatos
determinam as conclusões dos analistas e estudiosos, enunciamos alguns fatos de nossa história
recente:
Após a 1ª Guerra Mundial, vários países europeus recomeçaram suas atividades
industriais, ocasionando para os Estados Unidos um excedente de produção. Caracteriza-se
como exce- dente, o produto da economia de um país que não consegue ser absorvido
internamente.
Uma solução imediata seria a redução brusca dos níveis de atividade produtiva, acarretan-
do crise econômica e social em curto prazo, reduzindo a lucratividade das empresas e
conse- quentemente gerando desemprego. Nesta época, os Estados
Unidos passaram a emprestar capitais excedentes a países carentes, para que pudessem
comprar seus produtos. Ocorre que estes países começaram a adquirir máquinas e acessórios
com vistas ao reequipamento de seu parque industrial. Com relação à produção agrícola
americana, esta ficou estocada, criando grandes dívidas dos fazendeiros junto aos agentes
financeiros. Na segunda metade de 1929, houve uma queda nas exportações americanas,
acentuadas pela volta da Inglaterra e da França ao mercado internacional.
Como consequência destes fatos, fazendas passaram a ser propriedades dos bancos; a
redução da produção industrial aumentou o nível de desemprego, com a queda do emprego,
caiu a renda, e consequentemente o consumo, generalizando-se séria crise econômico-social.
8 O reflexo na Bolsa de Valores foi imediato: quinta-feira, dia 24 de outubro de 1929,
foram colocadas à venda 13 milhões de ações. No dia 29 de outubro, deu-se o famoso
‘’crack’’ de Wall Street.
Após a análise desta cronologia de fatos, chegamos à conclusão anunciada, na época do
crack da Bolsa de Nova York, com muita precisão pelo economista, psicólogo e matemático
John Maynard Keynes: ‘’o pleno emprego não é necessariamente o nível de equilíbrio da
eco- nomia’’.

Principais Agregados Econômicos

Com a divisão da economia em duas partes, o processo produtivo numa visão


macroeconô- mica passou a ser analisado através de três setores:
1. Primário: responsável pela extração, ligado a terra ou à natureza – (matérias-primas).
2. Secundário: responsável pela transformação - (indústrias)
3. Terciário: responsável pela distribuição de bens e serviços - (comércio em geral). Cada um
desses setores isoladamente forma uma agregação de fatores da produção, daí originando
o aparelho produtivo.

Obtenção dos Grandes Agregados Macroeconômicos

Valor Agregado: valor adicionado à economia, em cada estágio da produção. É a remune-


ração paga pelo uso dos fatores de produção que deverá equivaler à renda da economia.
Valor Bruto: soma do valor agregado das diferentes fases do processo produtivo.
Aspectos Demográficos
• População Total de habitantes de determinado território nacional e de estrangeiros.
• Divisão da População A demografia também se preocupa com a população como ele-
mento fundamental no fenômeno da produção, dividindo a população em duas partes:
• População dependente: aquela que não tem condições de oferecer força de trabalho e
está compreendida entre 0-14 anos e acima dos 60.
• População produtiva: parcela da população total que está em idade de trabalhar,
ou seja, está inserida entre 15 ou 59 anos.

Convém salientar que a população produtiva tem subdivisões, que são as seguintes:
1 - população inativa: parcela da população produtiva que, embora esteja em idade de
trabalhar, não o faz, por exercer uma outra atividade não remunerada.
2 - população economicamente ativa: parcela da população total que, realmente,
produz para o sistema, ou seja, parte da população economicamente ativa que está
trabalhando.
3 - desempregados: parte da população produtiva que, embora tenha qualificação profis-
sional e idade de trabalhar, não está inserida no mercado de trabalho.

O Sistema Econômico

É a reunião de diversos elementos que entram na produção de bens e serviços para


satisfa- zer as necessidades da sociedade.
Fatores de Produção:
1 - Trabalho (mão-de-obra)
2 - Terra (ou recursos naturais ou, ainda, matéria- 9
prima) 3 - Capital (dinheiro, equipamentos).

Esses fatores devem ser organizados de tal maneira que sua combinação resulte na
forma- ção de um bem ou serviço (que é a função da produção).
As instituições a que se dão estas combinações são conhecidas como: Unidades Produtoras.

A produção econômica pode ser classificada em três categorias:

1. Bens e Serviços de Consumo: aqueles que satisfazem as necessides das pessoas quando
são consumidos no estado em que se encontram.

Ex.: alimentos, roupas, cinema, sapatos, serviços, diversos etc. .

2. Bens e Serviços Intermediários: são aqueles que sofrem transformação para atingir sua
forma definitiva.

3. Bens de Capital: destinam-se a aumentar a eficiência do trabalho humano no processo


produtivo.
Ex.: torno mecânico, estradas etc.

O sistema econômico compõe-se de três setores fundamentais:


1 - Setor primário: onde acontecem todas as atividades de extração. Pode ser de origem
animal, vegetal ou mineral.
2 - Setor secundário: responsável pela transformação. Neste setor, utiliza-se em maior quan-
tidade, o fator de produção capital combinado com o trabalho.
3 - Setor Terciário: distribuição de tudo o que foi produzido na economia. Basicamente é
representado pelos estabelecimentos comerciais, bancos, escolas, serviços em geral etc.

Fluxos do Sistema Econômico

1 - Fluxo Real: constitui a Oferta da Economia, formada pelos bens e serviços produzidos no
sistema e que também recebe o nome de Produto.
2 - Fluxo Nominal ou Monetário: formado pelo pagamento que os fatores de produção
re- cebem durante o processo produtivo, também denominado renda.
A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema econômico; elas
formam o Mercado, lugar onde se realizam as trocas.
O termo Mercado refere-se a todas as compras e vendas realizadas no Sistema Econômico,
tanto de bens de consumo, intermediários e de Capital, como de Serviços.

Sistema Econômico Capitalista

Em um Sistema Capitalista, a maioria dos meios de produção é possuída de modo privado


por indivíduos e por organizações, não pelo governo.
Os indivíduos têm liberdade para vender seus recursos em quantidades que julgarem ade-
10 quadas e pelo mais alto preço que puderem obter. Eles também têm liberdade para gastar
sua renda a fim de comprarem bens e serviços que maximizem sua satisfação.
A concorrência pura ou perfeita supõe a existência no Mercado de muitos vendedores e
compradores, cada qual muito pequeno para influir no preço dos bens e serviços.

As funções do governo são estritamente limitadas à posição para a defesa de alguns ser-
viços básicos e à imposição de regras gerais para protegerem as liberdades econômicas e
políticas.
Nas Economias Modernas há aspectos importantes:
• Uso de mão-de-obra especializada, uma grande quantidade de equipamento de capital
e tecnologia avançada para produzir bens e serviços com um mínimo de treinamento.
• Divisão do trabalho e especialização na produção, permitem grandes aumentos em pro-
dutividade.
• Uso da Moeda como um meio de facilitar as trocas.
Em uma economia de Escambo, cada indivíduo teria de procurar outros indivíduos que de-
sejam o que ele deseja trocar (vender) assim como ter exatamente o que ele deseja comprar
(através da permuta).

A Circulação do Sistema Econômico

Existem diversos comportamentos do mecanismo de preços em diferentes tipos de economia.


Em uma Economia de Livre Empresa, somente as mercadorias pelas quais os consumidores
estão dispostos a pagar um preço unitário suficientemente alto para cobrir o custo total da
produção é que serão ofertadas pelos produtores. Pagando um preço mais alto, os consumi-
dores podem induzir os produtores a aumentar a quantidade de mercadoria ofertada em
qualquer período de tempo. Por outro lado, uma redução de preço resultará em uma redução
na quantidade ofertada.
Em uma Economia Mista, como a nossa, o governo (por intermédio de impostos,
subsídios, suas próprias despesas etc.), modifica e, em alguns casos substitui a operação do
mecanismo de preços como um meio de determinar o que deve ser produzido.
Em uma Economia Completamente Centralizada, a autoridade central ou mais comumente o
comitê de planejamento define exatamente o que produzir.

A Evolução da Teoria Microeconômica

O Consumidor é o agente econômico que necessita de bens e serviços para satisfazer as


suas necessidades e a Empresa é aquela que produz estes bens ou serviços.
A microeconomia é dividida em Teoria do Consumidor, que estuda o comportamento das
pessoas quando compram bens e serviços, e a Teoria da Empresa, que estuda o comportamen-
to do empresário ao produzir os bens e serviços que serão vendidos aos consumidores.
A Unidade de um bem ou serviço é a sua qualidade de satisfazer as necessidades das
pessoas.
O consumidor, agindo racionalmente, tentará obter o máximo de utilidade a partir de sua
renda, que é limitada. Esta renda também chamada de orçamento, será usada na aquisição
de bens e serviços, denominada cesta de mercadorias.
Teoria Cardinal:
Esta teoria afirma que a utilidade pode ser medida cardinalmente, em ‘’utis’’ e que a utili- 11
dade de um bem não era influenciada pelo consumo de outros bens. A utilidade total da
cesta de mercadorias seria igual à soma das utilidades de cada bem.
Teoria Ordinal:
Conhecida como Teoria Ordinal do Comportamento do Consumidor, considera que a
utilida- de é decorrente do consumo combinado e não individual dos bens. Além disso, a
utilidade não é medida, mas sim, ordenada.
Os economistas Edegeworth Antonelli, Fischer e Pareto, que deram forma à Teoria
Ordinal, ao reconhecerem que o consumidor prefere alguns bens e serviços a outros,
assimilaram que existe uma ordem de preferência ou prioridade, para qualificar a
utilidade.
Assim sendo, podemos dizer que um bem tem mais utilidade do que os outros, não se
esta- belece a quantidade de utilidade correspondente a cada um.
Além da utilidade, devemos ressaltar como elementos determinantes na procura de um bem,
a renda das pessoas e os preços dos bens.

Curva da Demanda

A escala da demanda de um indivíduo mostra as quantidades de uma mercadoria que ele


está disposto a comprar e pode comprar, em dado período de tempo, a vários preços alter-
nativos. A representação gráfica de demanda dos indivíduos é sua Curva da Demanda.

Lei da Procura (Demanda)

Elasticidade-Preço da Demanda: A elasticidade–preço estabelece qual é reação dos con-


sumidores em relação a um aumento ocorrido no preço de determinado bem. Sob o ponto de
vista da elasticidade-preço, a demanda pode ser classificada como:
• Demanda com Elasticidade Unitária: bens cuja elasticidade-preço da demanda é igual a 1.
• Demanda Inelástica: bens cuja elasticidade-preço da demanda é menor do que 1.
• Demanda Elástica: bens cuja elasticidade-preço da demanda é maior do que 1.

Bens Substitutos e Bens Complementares: Os bens substitutos são aqueles que, do ponto
de vista do consumidor, podem ser trocados no momento do consumo, proporcionando igual
sa- tisfação.

Ex.: café substituído pelo chá, carne de vaca por carne de porco etc.

Dois ou mais bens são considerados Complementares do ponto de vista do consumidor,


quando precisam ser consumidos juntos, para que a satisfação do consumidor seja máxima.

Ex.: pão com manteiga, arroz e feijão, etc.

Elasticidade Cruzada da Procura: A Elasticidade Cruzada da Procura mede as reações dos


consumidores em relação à quantidade demandada de um certo bem, quando há variação
no preço de outro bem. Estas reações derivam exatamente do estado de
complementaridade ou de substituição dos produtos.

Teoria Elementar da Produção


12
A teoria da Produção preocupa-se com o lado da oferta de mercado, com os
produtores que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos.
A produção pode ser definida como o processo que combina e transforma os fatores de
produção adquiridos pela empresa, visando a criar bens e serviços que serão oferecidos ao
mercado.
Função da Produção é a relação técnica entre as quantidades empregadas dos fatores de
produção e as quantidades produzidas do bem ou de serviço. Na produção, o empresário,
ao adquirir os fatores de produção, efetua despesas para remuneração ou pagamento
destes fatores. Os custos de produção são apurados pelo cálculo dos gastos dos empresários
com os fatores de produção (Custos de produção).
Receita é a quantidade produzida, multiplicada pelo preço de mercado do bem. Já o Lucro
é o elemento que estimula a atividade empresarial, é a diferença entre os custos de
produção e a receita do empresário.

Curva da Oferta

Os economistas, ao estabelecerem uma relação entre quantidade ofertada de um bem e o


seu preço de mercado, obtiveram uma Curva da Oferta.

Lei da Oferta: Quanto maior for preço de um bem, maior será a quantidade ofertada
desse bem.
Elasticidade-Preço da Oferta

A elasticidade-preço é a reação dos empresários às variações de preço de um determi-


nado bem. Sob o ponto de vista da elasticidade-preço, a oferta pode ser classificada como:
Oferta com Elasticidade Unitária: é a curva de oferta de bens, cuja resposta em termo de
produção é proporcional à variação do preço do bem, sendo a elasticidade-preço da oferta
igual a 1.
Oferta Inelástica: é a curva de oferta de bens, cuja resposta em termos de produção é
proporcionalmente menor do que a variação do preço do bem, sendo a elasticidade-preço
menor do que 1.
Oferta Elástica: é a curva de oferta de bens, cuja reposta em termos de produção é
pro- porcionalmente maior do que a variação do preço do bem, sendo a elasticidade-preço
maior do que 1.

O Mercado

Mercado é o encontro da Oferta com a Demanda, e o mesmo pode ser classificado em:

1. Concorrência perfeita ou pura: exige um número grande de vendedores. O produto ofere-


cido neste mercado é homogêneo.

2. Monopólio: apenas uma empresa vende um produto, para o qual não existem bons subs-
titutos. 13

Ex. serviços exclusivos do governo como abastecimento de água, eletricidade etc.

3. Oligopólio: há um pequeno número de produtores. Os bens prduzidos, apesar de


perfei- tamente substituíveis entre si, são diferencidos, permitindo ao consumidor saber
exatamente que empresa o produziu.

Ex.: indústria automobilística.

4. Cartel: é uma associação de produtores na qual as diversas empresas produtoras de


um mesmo ramo fazem acordo sem perderem sua autonomia de operação e administração.
As empresas reunidas no cartel, além de não praticarem concorrência entre si, concorrem
com grande vantagem sobre as empresas situadas fora do cartel.

Ex.: OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Determinação do Preço de Equilíbrio

Já vimos que existem curvas representativas da oferta e da procura de um mercado, ex-


pressando uma relação entre preços e quantidades. Apesar disso, ao estudarmos isoladamen-
te cada uma das curvas, não poderemos determinar a quantidade e o preço pelo qual cada
bem será comprovado e vendido.
Preço de Equilíbrio ou de Mercado é aquele cujo valor é igual tanto para a oferta como
para a procura.

Circulação

A Circulação tem por objetivo a movimentação dos bens e serviços em direção ao consumo.
A mesma pode ser:
a) Circulação Social: não há necessidade de movimentação material, havendo somente a
transferência de propriedade.

Ex: Imóveis e terrenos.

b) Circulação Real: há transporte do bem.


Ex: alimentos, sapatos, máquinas, etc.

Consumo

Pode ser considerado como a fase final do processo econômico.


a) Consumo Pessoal: consumo para a satisfação das necessidades dos consumidores, tanto
por parte dos indivíduos como do governo.
b) Consumo Empresarial: (privado e governamental) é caracterizado pela não utilização
direta dos bens, mas o aproveitamento das matérias–primas pelas empresas industriais
priva- das ou estatais. Este aproveitamento é chamado de Consumo Reprodutivo ou Insumo.
14 Poupança: A parte da renda não consumida tem o nome de poupança.
Investimentos: São os gastos realizados para aumentar a capacidade produtiva do sistema
econômico. Trata-se da aplicação das empresas ou do governo, na aquisição de novos capi-
tais.
Os investimentos realizados por pessoas físicas, podem ser classificados como imobiliários
(casas, apartamentos, terrenos) ou mobiliários (ações, títulos etc.).
As variáveis que influenciam no nível de investimento são a liquidez, a rentabilidade como
fator estimulante ao investimento e a propensão ao consumo, existente nas economias abertas,
cujos bens de consumo são abundantes.
Padrão de Vida: É o grau de conforto em que vive uma classe de pessoas, em dado momento,
em determinado local.
Esse conforto pode ser medido pela soma de utilidades econômicas e serviços à
disposição das pessoas, necessários a sua subsistência e bem-estar.
Se houver um aumento na produção, proporcionalmente maior do que o aumento da po-
pulação, a renda per capita também será maior; se este aumento for acompanhado de uma
distribuição de renda mais igualitária, implicará num padrão de vida melhor.
Custo de Vida: Consequência do nível dos preços dos bens e serviços indispensáveis à po-
pulação. No caso de um aumento generalizado de preços, sem um aumento proporcional
nos salários, existirá fatalmente uma queda no poder aquisitivo das pessoas, resultando em
queda do Padrão de Vida.
Assim sendo, o Padrão de Vida e o Custo de Vida dependem um do outro. O custo de vida
está condicionado a vários fatores, sendo o mais importante a Inflação.
A Inflação
A inflação é definida como uma situação em que há um ‘’aumento contínuo e generalizado
de preços’’ isto a torna um processo e não um acontecimento isolado ou mesmo passageiro.
Desta maneira, quando ocorre uma alta nos preços de determinados bens por um curto
pe- ríodo de tempo, normalizando-se em seguida, não se caracteriza um processo
inflacionário. Uma economia é inflacionada quando os preços aumentam continuamente e
por um longo período de tempo.
A inflação vem sendo medida através de diversos métodos. No nosso país, são muito utiliza-
dos os seguintes números-índices, que são fórmulas matemáticas indicadoras do percentual de
aumento nos preços dos bens e serviços, num determinado período de tempo.
Índice do Custo de Vida (ICV): mede a evolução dos gastos de família, com renda de até 5
salários mínimos, com as despesas realizadas para que ela supra suas necessidades básicas.
Índice de Preços por atacado (IPA): considera a evolução dos preços no nível de comerciali-
zação do atacado.
Índice da construção Civil (ICC): acompanha a evolução dos preços dos materiais, equipa-
mentos e da mão-de-obra empregados na construção civil.
Índice Geral de Preços (IGP): média ponderada dos índices anteriores, sendo que o IPA tem
peso 6, o ICV peso 3 e o ICC peso 1. É a medida oficial da inflação no Brasil.
Dentre as principais consequências da Inflação, pode-se destacar: o efeito sobre a distri-
buição de renda, o efeito sobre a Balança Comercial, e a diminuição de investimento pelas
empresas, reduzindo a capacidade produtiva do sistema econômico.
É causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que não é acompanhado pelo cres-
cimento do produto. Pode ser entendida como excesso de dinheiro na economia. Entretanto, 15
para que a inflação possa ser identificada como de demanda, é necessário que a economia
esteja próxima do pleno emprego.
Para combater este tipo de inflação, é possível adotar duas medidas:
1. Política Monetária que se resume em medidas que visam a reduzir a quantidade de
moe- da em circulação na economia.
2. Política Fiscal que consiste em medidas que objetivam diminuir a demanda através do
aumento da carga tributária.
A Inflação de Custos tem suas causas nas condições de oferta de bens e de serviços da
economia; assim, a demanda permanece inalterada, enquanto aumentam os custos de produ-
ção que são repassados para os preços das mercadorias. Os oligopólios e monopólios estão
associados à inflação: é o controle de preços. A Hiperinflação é o descontrole geral dos pre-
ços, processo em que a taxa de inflação aumenta indefinidamente ao longo do tempo. Já a
Deflação é o contrário de inflação. Processo pelo qual os preços caem (variação negativa
dos preços). Isto, ao contrário do que se possa pensar, não é bom, pois significa que o
consumo e a produção estão caindo, o que conduz à recessão.

Moeda

Moeda é tudo aquilo que serve como meio de troca em um Sistema Econômico. No
Sistema Bancário atual, o Banco Central, que é a autoridade máxima do sistema bancário do
país, determina em lei a percentagem dos depósitos de um banco que pode ser emprestada
ou empregada em qualquer negócio, devendo ficar como garantia ou lastro, o que é
chamado de Encaixe.
A moeda pode ser usada em três funções distintas:
1 - Meio de Troca, ou Instrumento de Troca, ou Meio de Pagamento: a unidade monetária
é usada para pagar os recursos econômicos por serviços prestados, passando assim, a ser
o mecanismo para a distribuição final da produção de bens e de serviços.
2 - Reserva de Valor ou Padrão de Valor: a unidade monetária pode ser poupada,
guar- dada no banco, em casa ou no bolso.
3 - Unidade de Valor ou Unidade de Conta: a unidade monetária é denominador comum
para medir preços, custos, receitas e rendas. Para se dar valor a um bem ou serviço, usa-se
a moeda.
Exemplo: o valor de uma casa, de um carro, etc.

Se, num dado período, a emissão for superior ao crescimento do produto, ou seja, se houver
excesso de liquidez, podemos ter inflação.
Por outro lado, se o aumento na oferta da moeda for menor do que o crescimento do pro-
duto podemos ter, entre outras consequências, crise na economia, porque a falta de moeda
também chamada crise de liquidez, dificulta as transações, prejudicando o Sistema Econômico,
ocasionando queda do produto.
A Taxa de Juros de Equilíbrio é determinada no mercado monetário, no qual se
encontram, a oferta e a demanda de moeda. O processo é idêntico ao que determina o
preço de uma mercadoria de bens e de serviços, pois, a taxa de juros é o preço da
moeda.
Crédito é a troca de um bem disponível, no momento, pela promessa de um pagamento,
no futuro. O crédito não envolve apenas a troca de um bem, pois pode envolver também a
16
troca de dinheiro pela mesma promessa de pagamento futuro, modalidade esta
praticada pelo Sistema Financeiro. A operação de crédito envolve dois elementos:
- Credor: pessoa que empresta a uma outra.
- Devedor: pessoa que deve efetuar o pagamento no futuro.
O Sistema Financeiro realiza a intermediação da moeda entre os agentes econômicos.

Taxa de Câmbio

Se dois países que possuem moedas diferentes transacionam entre si, é necessário descobrir
uma proporção de valor entre essas moedas, para que seja possível a troca de bens e de
ser- viço pelas mesmas. Pelo fato de ser um preço, a taxa de câmbio é determinada pela
oferta e pela procura de divisas.

Balanço de Pagamentos

A partir do momento em que um país começa a comercializar com outros, surge a necessida-
de de se estabelecer um controle sobre o fluxo de pagamento e recebimentos, realizados
nas relações comerciais internacionais.
Para realizar este controle e o de outros fluxos monetários existe o Balanço de
Pagamentos, que é o registro contábil de todas as transações de um país com outros, em
um determinado período de tempo.
Sistema Monetário Internacional

Tem seu funcionamento dentro do esquema das taxas flutuantes de câmbio, que são
deter- minadas no mercado de divisas pela oferta e pela demanda por moedas estrangeiras.
São termos importantes do Sistema Monetário Internacional:
Taxa de câmbio: preço em moeda doméstica de uma unidade de moeda estrangeira.
Sistema de Taxa de Câmbio Fixa: sistema em que as moedas domésticas e estrangeiras são
fixadas.
Sistema de Taxa de Câmbio Flexível: a taxa de câmbio flutua livremente para encontrar seu
nível de equilíbrio na intercessão das curvas de demanda do mercado de divisas.
Tarifa de Importação: imposto sobre importações.
Termos de Troca: razão de intercâmbio comercial ou a taxa à qual uma mercadoria é tro-
cada por outra.
Vantagem Comparativa: capacidade de uma nação de produzir uma mercadoria a um cus-
to relativamente baixo ou a um custo de oportunidade mais baixo que o de uma nação.
Sistema monetário Internacional: conjunto de regras que definem o padrão dos pagamentos
internacionais.
Padrão Ouro é o sistema monetário no qual a unidade monetária de cada país está
lastrea- da em ouro. Foi encerrado em 1973.

Contabilidade Nacional
17
Termos Importantes:
Depreciação: é o valor de mercado, do capital consumido de um produto corrente.
Investimento Bruto (IB): soma de todo dispêndio do setor privado em novas instalações, má-
quinas e adições ao estoque durante um ano.
Investimento Líquido (IL): soma do dispêndio bruto do setor privado, conforme acima, menos
a depreciação.
Produto Nacional Bruto (PNB): valor total de mercado de todos os bens finais e serviços pro-
duzidos em uma economia durante um ano, ao alcance da sociedade para seu consumo ou
adição ao estoque de capital. Também chamado de PIB (Produto Interno Bruto)
Produto Real: nas contas da renda nacional é a população agregada medida em
unidades monetárias constantes.
Renda Nacional: soma da renda dos (pagamentos) fatores de produção. Mede o custo, para
a economia, a fim de obter o produto final durante um ano.
Renda Pessoal: nas contas da renda nacional, é a soma de renda recebida pelas famílias
durante um ano, antes do pagamento dos impostos pessoais.
Renda Pessoal Disponível: nas contas da renda nacional é a soma da renda que as famílias
têm para despender, depois do pagamento dos impostos pessoais.

Você também pode gostar