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Departamento de Engenharia Civil

Licenciatura em Engenharia Hidráulica


2°Ano – Semestre IV

Tecnologia e Processos de Construção


Indústria de Construção

Discente: Docentes
Luis Geremias MSc. Chume Nhanombe

Songo
Agosto de 2023
Índice

1 História da construção civil em Moçambique 1

2 Importância da construção civil em Moçambique 2

3 PIB 2

4 Impacto da construção civil no PIB 3

5 Desafios da construção civil em Moçambique 3

6 Leis mais importantes na construção civil 4

7 Orgãos que controlam a construção civil em Moçambique 6

8 Referências Bibliográficas 7
1 História da construção civil em Moçambique

A indústria da construção em Moçambique foi criada na primeira metade dos anos 1900, com a produção
de cimento e tijolos (Biggs et al. 1999; Maugeri et al. 2015). As principais atividades de construção eram
realizadas por empresas portuguesas não residentes ou por consórcios estrangeiros de empresas. Como
Portugal tinha uma tradição de construção de boa qualidade, permitiu o desenvolvimento das habilidades
dos artesãos locais, o que foi uma fonte de mão de obra barata.
Em 1974-5, os portugueses deixaram Moçambique. Essa emigração em massa de proprietários de em-
presas, gerentes e técnicos deixou a rede de empresas praticamente desativada, incluindo as empresas de
construção.
O governo moçambicano aproveitou a oportunidade para preencher essas posições com moçambicanos,
criando Comissões de Gestão ocupadas pelo pessoal mais qualificado com o apoio de técnicos na burocra-
cia estatal. Essa decisão permitiu que as empresas continuassem suas operações, empregando milhares de
trabalhadores moçambicanos. As empresas de construção estavam sob a supervisão estatal do Ministério
das Obras Públicas.
Desde o inı́cio do conflito regional com paı́ses vizinhos e a guerra civil em 1976 até o acordo de paz
em 1992, o mercado da construção foi limitado e localizado devido à falta de segurança e financiamento
para investimentos. Esses fatores, somados à gestão ineficiente das empresas estatais e à restrição de moeda
estrangeira imposta pelo banco central, levaram à falência de dezenas de empresas.

Após o acordo de paz em 1992, o setor da construção expandiu e contribuiu para o crescimento econômico
do paı́s. A participação média do valor adicionado pelo setor da construção no PIB total foi de 2,2% durante
todo o perı́odo de 1993 a 2016. Em 1993, essa participação era de apenas 1,7%, mas aumentou gradualmente
a partir desse ponto, chegando a 2,3% em 2015. A alta taxa de expansão do setor da construção entre 1993
e 1998 foi devida ao investimento público na substituição de infraestruturas destruı́das durante a guerra, ao
retorno de investimentos privados em infraestruturas - como a rodovia Maputo-Witbank - e a projetos de
grande escala, como a reabilitação de 1.750 km de linhas de energia da usina hidrelétrica de Cahora Bassa
(HCB), alimentando a África do Sul e o Zimbábue, a um custo de 175 milhões US $ (Murison 2003; Ross
2014).
Redes rodoviárias, ferrovias e linhas de energia elétrica foram reabertas e reabilitadas. Corredores de de-
senvolvimento que ligam Moçambique aos paı́ses do interior, como Malawi, Zâmbia e Zimbábue, ou às
provı́ncias do interior da África do Sul, foram reabertos ou construı́dos recentemente. As economias fa-
miliares aumentaram gradualmente, permitindo a expansão da construção por conta própria. O número de
empresas de construção e materiais de construção aumentou em todo o paı́s, especialmente na provı́ncia de
Maputo. A produção de marcenaria, cimento e produtos de metal aumentou (Cruz et al. 2014).
Entre 1998 e 2004, o investimento estrangeiro direto (IED) expandiu-se para novos projetos: a fundição
de alumı́nio Mozal7 em Beluluane, provı́ncia de Maputo, no valor de 1,34 bilhão US $; e a exploração de gás
natural da Sasol em Temane, provı́ncia de Inhambane, custando 400 milhões US $ (Andersson 2002; Ross
2014: 27, 28, 31). A maior parte da produção de alumı́nio é exportada para o mercado internacional, e o gás
natural é vendido para a África do Sul. Esses projetos são intensivos em capital e estão pouco integrados na
economia doméstica.
Após um perı́odo de crescimento mais lento entre 1999 e 2004, o setor da construção acelerou nova-
mente sua taxa de crescimento entre 2005 e 2015, atingindo 12 por cento. Além dos investimentos públicos
em infraestruturas, o capital estrangeiro tem sido diretamente investido no projeto Kenmare Heavy Sands em
Moma, provı́ncia de Nampula, desde 2004, e nas minas de carvão mineral da Rio Tinto/Vale/JSPL/Beacon
Hill em Moatize, provı́ncia de Tete, desde 2007. O IED atingiu 592 milhões US $ em 2008 (Banco de
Moçambique 2017). Desde 2009, a ENI e a Anadarko têm investido em projetos de exploração de gás nat-
ural na bacia de Rovuma, offshore no norte do paı́s (Ross 2014). O IED atingiu um valor máximo de 6,2
bilhões US $ em 2013, equivalente a 38 por cento do PIB, e depois caiu para 3,1 bilhões US $ em 2016
(Banco de Moçambique 2017; INE 2017a).

Até 2014, o governo investiu em escolas, hospitais, estradas, ferrovias, portos, comunicações e serviços ad-

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ministrativos. O crescimento econômico permitiu e foi influenciado pelo aumento do investimento público
em infraestruturas, contribuindo para a expansão da atividade de construção entre 2010 e 2014. (Lopes
2007)

2 Importância da construção civil em Moçambique

A construção civil é um sector importante da economia moçambicana. Contribui para o produto interno
bruto, gera empregos e ajuda a melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A indústria da construção civil em Moçambique tem crescido significativamente nos últimos anos. Em
2021, o setor cresceu 2,3% e deve continuar crescendo nos próximos anos. O crescimento da indústria é
impulsionado por vários fatores, incluindo o crescimento econômico, o investimento público e a crescente
demanda por moradias.
A construção civil é um setor que gera oportunidades de emprego em diferentes nı́veis de qualificação.
Emprega trabalhadores qualificados, como arquitetos, engenheiros e técnicos, bem como trabalhadores não
qualificados, como pedreiros, carpinteiros e eletricistas.
As edificações civis também contribuem para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Fornece
moradia, infraestrutura e outros serviços vitais para o bem-estar das pessoas.
A indústria da construção civil em Moçambique enfrenta vários desafios, como falta de mão de obra
qualificada, burocracia governamental e corrupção. No entanto, o setor tem potencial para continuar crescendo
e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do paı́s.
Alguns dos benefı́cios da construção civil em Moçambique:
• Gera empregos;

• Contribui para o PIB;

• Melhora a qualidade de vida da população;

• Fornece moradias, infraestrutura e outros serviços;

• Impulsiona o crescimento econômico;

• Ajuda a reduzir a pobreza;

3 PIB

O PIB é a sigla para Produto Interno Bruto. É uma medida da atividade econômica de um paı́s, estado ou
cidade, geralmente em um ano. O PIB é calculado pela soma de todos os bens e serviços finais produzidos
dentro de um paı́s, estado ou cidade, independentemente de quem os produza ou consuma.

figura 1: PIB de Moçambique (fonte: Banco Mundial.)

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4 Impacto da construção civil no PIB

Geralmente, existem três nı́veis para definir a construção na literatura (Dang & Low, 2015). Em um extremo,
a construção é referida como uma atividade econômica que envolve todo o processo de construção, desde
a produção de materiais de construção brutos e manufaturados e componentes, até a prestação de serviços
profissionais, como design e gerenciamento de projetos, até a execução do trabalho fı́sico no local. Nessa
visão, a construção é uma atividade econômica que abrange os três setores econômicos: o setor primário
que envolve a extração de recursos naturais; o setor secundário que envolve a fabricação de materiais e
componentes de construção e a transformação desses materiais em edifı́cios acabados; e o setor terciário
que envolve a prestação de serviços de consultoria, como gerenciamento de projetos, design e engenharia
estrutural (Gruneberg, 1997). A partir desse ângulo de abordagem, o processo de construção na verdade
começa muito antes do trabalho fı́sico no local que transforma materiais e design em edifı́cios, estruturas e
instalações completas.

No outro extremo, a construção é concebida como uma atividade econômica que se concentra apenas na
última etapa do processo de construção, que é o trabalho fı́sico realizado no local de produção. Nessa per-
spectiva, todos os serviços, como gerenciamento de projetos, planejamento e design, bem como a fabricação
e o fornecimento de materiais de construção fora do local, são excluı́dos. Um exemplo tı́pico desse tipo de
definição é o fornecido na Classificação Internacional Padronizada de Todas as Atividades Econômicas
(Nações Unidas, 1990). De acordo com essa classificação, o gerenciamento de projetos para construção,
atividades arquitetônicas e de engenharia e a fabricação de materiais de construção são listados em catego-
rias diferentes das da construção. Essa forma de classificação é considerada conveniente para fins estatı́sticos
(Ofori, 1990). Seguindo essa classificação, a construção é percebida como uma atividade econômica dire-
cionada para o trabalho novo, renovação, reparo ou ampliação de edifı́cios, estruturas e outras construções
pesadas, como estradas, pontes, represas e assim por diante (Nações Unidas, 1990). Consequentemente,
apenas a mão de obra que trabalha no canteiro de obras é definida como a força de trabalho da indústria da
construção (Ive & Gruneberg, 2000).
O sector da construção em Moçambique teve um impacto misto no PIB desde 1992:
• A proporção do seu valor acrescentado sobre o PIB aumentou de 0,7% em 1993 para 2,0% em 2014,
a preços constantes;

• O valor acrescentado deste sector cresceu a uma taxa anual média de 12,7em 1993-2016, bem acima
da média de crescimento do PIB de 7,6%;

• Contribuiu para a expansão económica de longo prazo e para a criação de infraestruturas básicas de
saúde, educação e outros serviços às famı́lias;

• A infraestrutura de transportes e comunicações também melhorou, bem como a construção de edifı́cios


para empresas privadas, governo e outros serviços sem fins lucrativos;

• As empresas do sector de construção e de materiais de construção têm crescido e houve um processo


de aprendizagem para a força de trabalho nacional dentro de várias habilidades desta indústria.

5 Desafios da construção civil em Moçambique

Após o fim da guerra civil em 1992 e a conclusão bem-sucedida das primeiras eleições multipartidárias
em 1994, Moçambique experimentou um surto de crescimento sem precedentes. Especificamente no se-
tor da construção, o governo estabeleceu polı́ticas, programas e um quadro regulatório para impulsionar a
indústria da construção, a fim de responder ao processo de produção em massa de infraestruturas públicas e
sociais no paı́s, como a ”Polı́tica e Estratégia de Habitação” e a ”Estratégia e Plano de Ação para Aplicação
e Disseminação dos Materiais e Sistemas Construtivos Alternativos”. Apesar do crescimento constante na
demanda privada, o setor público continua sendo o consumidor final mais importante da produção do setor
da construção (Gráfico 1, ANEMM, 2000, Lopes, 2006, AIMO, 2010). Investidores privados são o segundo

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consumidor mais importante. Quase 60% das empresas pesquisadas relataram fazer negócios com seus
colegas no setor privado (Gráfico 1). Refletindo as limitações do mercado imobiliário, a parcela das empre-
sas pesquisadas que relataram fornecer bens e serviços ao mercado imobiliário é baixa (35%) (Gráfico 1,
ANEMM, 2000).

O setor da construção em Moçambique apresenta tanto operadores formais quanto informais. No entanto, é
no mercado habitacional (setor familiar) onde os operadores informais são predominantes em toda a cadeia
de valor. O mercado formal para desenvolvedores de projetos, materiais de construção, empresas de aluguel
de equipamentos e empreiteiros possui caracterı́sticas oligopolı́sticas, mas tende a ser mais competitivo para
projetos que requerem quantias reduzidas de financiamento, incluindo a demanda por projetos habitacionais,
construção de pequenas indústrias em áreas rurais e urbanas, e serviços públicos no nı́vel distrital. Também
é nesse segmento de mercado que encontramos a maioria dos empreiteiros locais e o uso mais intensivo
de materiais de construção gerados localmente e desenvolvedores de projetos (ANEMM, 2000 e Lopes,
2006). Nesse contexto, queixas sobre concorrência desleal, atrasos em projetos e entrega de projetos de
baixa qualidade são frequentes (Lopes, 2006).
À medida que se avança de projetos com baixa demanda de financiamento para projetos de alto custo,
o grau de competição é reduzido. Isso é refletido na participação de mercado de empreiteiros locais, de-
senvolvedores de projetos e insumos. Os projetos de desenvolvimento do setor público e o aumento do
Investimento Estrangeiro Direto (IED) constituem as principais fontes de demanda por projetos que exigem
maior financiamento de projetos.

Tabela dos desafios da construção civil em Moçambique

Geral Financas Capital Humano e Gestão


Polı́ticas e regulamentações adversas Capital insuficiente Falta de conhecimento.
Condições institucionais desfavoráveis Lucros insuficientes Alta rotatividade de funcionários.
Fragmentação da indústria Expansão excessiva.
Baixa integração ao longo da cadeia de valor Falta de competitividade

tabela 1: Adaptação dos autores a partir de Well, 1986, e Wong e Thomas, 2010.

6 Leis mais importantes na construção civil

Em 1995 criou-se o Ministério de Obras Públicas e Habitação (MOPH) pelo Decreto Presidencial 8/95 de
26 Dezembro. A este Ministério, e às suas instituições subordinadas, compete, entre outras, a contratação e
supervisão de obras públicas, a promoção da construção de habitações, e a promoção do desenvolvimento
do sector da construção.

O MOPH aprova construções nas áreas fora dos limites municipais e emite pareceres técnicos sobre os
grandes projectos executados dentro dos limites municipais ou distritais. Desde a criação do MOPH, um
conjunto de instrumentos legais tem sido introduzido para regulamentar o licenciamento de empreiteiros de
construção e de outros técnicos, a fiscalização e a qualidade das obras, os tipos de empreitadas, etc. Além
disso, promulgouse legislação que permite a administração e licenciamento directos da construção particular
(o que anteriormente não era possı́vel quando toda a propriedade estava nacionalizada). O MOPH optou por
reter alguma legislação colonial que orienta a construção de edifı́cios urbanos (Diploma Legislativo 1976,
de 10 de Maio de 1960), bem como actualizar outra legislação de acordo com a realidade de Moçambique
moderno. A construção divide-se em obras particulares e obras públicas. O Decreto 2/2004 de 31 de Março,
o Regime de Licenciamento de Obras Particulares, define obras particulares como aquelas que não são ex-
ecutadas pelo Governo a nı́vel local, municipal ou nacional. Também consideram-se particulares as obras
cujos proprietários sejam empresas participadas pelo Estado e concessionárias de serviços públicos, a não

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ser que uma disposição por diploma ministerial estabelece o contrário. As obras executadas inteiramente
ou parcialmente pelo Governo a nı́vel local, municipal ou nacional são consideradas obras públicas, e são
executadas de acordo com um regime especı́fico, juntamente com o Regulamento de Aquisições, aprovado
pelo Decreto 54/2005 de 13 de Dezembro. O Regulamento de Aquisições prevê vários tipos diferentes de
concursos para obras públicas.

Regulamento de Aquisições
Em 2005, o Governo introduziu nova legislação regulando a contratação de obras públicas, o fornecimento
de bens e a prestação de serviços ao Estado. O Regulamento (Decreto 54/2005 de 13 de Dezembro, o
Regulamento de Contratação de Empreitadas e Fornecimento de Bens e Serviços, ou abreviadamente o
Regulamento de Aquisições), foi introduzido com a intenção de racionalizar procedimentos que antes tin-
ham sido objecto de várias disposições legais, por vezes sobrepostos, e de harmonizar a contratação de obras
públicas pelo Estado com as normas e padrões internacionais.

Lei de Terras
O direito de usar a terra ou o local em que se irá construir é um pré-requisito fundamental para a construção
poder efectuar-se. A aquisição de terra é um assunto complexo na maioria das jurisdições e Moçambique
não é excepção.
Em Moçambique a terra é propriedade do Estado e não pode ser vendida, hipotecada ou de outro modo
alienada. O direito de uso da terra, conferido pelo Estado através da Lei de Terras, é conhecido como o
Direito de Uso e Aproveitamento de Terra ou “DUAT”.Um DUAT é importante para o Estado como também
para o seu titular, porque garante a posse legal duma extensão de terra, e quando documentado, fornece a
prova formal desta posse e permite o Estado a organizar o seu cadastro de terra. A própria Lei de Terras
aplica-se tanto à terra urbana como rural, ao passo que o Regulamento da Lei de Terras se aplica principal-
mente à terra rural. Legislação que regulamenta a atribuição de terra especificamente nas áreas urbanas foi
introduzida nos finais de 2006. Nas áreas urbanas com um cadastro de terra organizado, o acesso à terra é
regulado por postura municipal ou o DUAT é concedido pela Administração Distrital.

Lei do Meio ambiente


Muitos projectos de construção em Moçambique carecem de uma licença ambiental antes de poder ter inı́cio,
de facto qualquer actividade que pode afectar o ambiente carece de uma licença. A autorização baseia-se
na avaliação do potencial impacto da actividade proposta para determinar a sua viabilidade ambiental, e
termina com a emissão duma licença ambiental pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental
(MICOA).

Regulamento das Edificações Urbanas


As autoridades municipais são responsáveis pelo licenciamento do uso da terra. Para além do Regulamento
das Edificações Urbanas (Diploma Legislativo 1976, de 10 de Maio de 1960), os vários municı́pios também
têm as suas próprias posturas que regulam a construção dentro dos limites da cidade. Quando se executa
um projecto de construção numa área urbana, é importante assegurar que não só se toma em consideração
os requisitos legais nacionais, mas também os locais.

Lei do Trabalho
Para além das disposições legais gerais em relação ao emprego em Moçambique, criaramse várias disposições
especı́ficas para facilitar o tipo de contratação e emprego necessário para permitir o desenvolvimento do sec-
tor da construção nacional. Por exemplo, a Lei do Trabalho (Lei 23/2007, de 1 de Agosto) prevê contratos a
prazo certo que apenas podem ser usados para tarefas especı́ficas e não permanentes. A duração máxima de
qualquer contrato a prazo certo é de dois anos. Todos os contratos que não são por um prazo expressamente
fixo são considerados contratos por tempo indeterminado. Os contratos a prazo certo podem ser renovados
por duas vezes, com a aplicação de regras especiais, mais liberais para pequenas e médias empresas.

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Lei de Minas A Lei de Minas e a sua legislação subordinada estipula um conjunto de requisitos técnicos
especı́ficos para a construção e encerramento de minas. Além disso, o Diploma Ministerial 124/99, de 17
de Novembro, regula a mineração de materiais para projectos de construção. Para poder extrair materiais de
construção, o operador deve estar devidamente licenciado pelo Ministério de Recursos Minerais e Energia,
ou a nı́vel nacional ou a nı́vel provincial, conforme a escala da sua actividade.

7 Orgãos que controlam a construção civil em Moçambique

Ministério de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hı́dricos (MOPHRH)


O MOPHRH é o órgão responsável pela polı́tica de obras públicas, habitação e recursos hı́dricos em
Moçambique. É responsável pela elaboração e implementação de normas e regulamentos para a construção
civil, bem como pela fiscalização do setor.

Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia (INET)


O INET é o órgão responsável pela formação e qualificação de engenheiros e tecnólogos em Moçambique.
Também é responsável pela pesquisa e desenvolvimento em engenharia e tecnologia.

Ordem dos Engenheiros de Moçambique (OENG)


A OENG é uma organização profissional que representa os engenheiros de Moçambique. É responsável
pela regulamentação da profissão de engenheiro e pela promoção da ética e da excelência na engenharia.

Ordem dos Arquitetos de Moçambique (OARM)


A OARM é uma organização profissional que representa os arquitetos de Moçambique. É responsável pela
regulamentação da profissão de arquiteto e pela promoção da ética e da excelência na arquitetura.

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8 Referências Bibliográficas

[1] Cruz, António S, The Construction Sector in Mozambique, in John Page, and Finn Tarp (eds),
Mining for Change: Natural Resources and Industry in Africa (Oxford, 2020; online edn, Oxford
Academic, 19 Mar. 2020),disponı́vel online pelo link:
https://doi.org/10.1093/oso/9780198851172.003.0009, accesso aos 12 de Agosto de 2023.

[2] Cruz, António S; Fernandes, Francisco; Mafambissa, Fausto; Perreira, Francisco Sector da Construção
em Moçambique: Uma visão geral. Maputo, 21 Novembro 2019. disponı́vel online pelo link:
https://igmozambique.wider.unu.edu/sites/default/files/Event/construcao
%20em%20Mocambique%2020%20nov%202019%20draft.pdf .acesso aos 12 de Agosto de 2023

[3] Pheng LS, Hou LS. The Economy and the Construction Industry. Construction Quality and the
Economy. 2019 Jan 9:21–54. disponı́vel online pelo link:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7124044/. acesso aos 12 de agosto de 2023

[4] Nhambine, Vasco; Marrengula, Constantino; Ubisse, Amosse.The Challenges and the Way For-
ward for the Construction Industry in Mozambique. disponı́vel online pelo link:
https://www.theigc.org/sites/default/files/2014/09/Nhabine-Et-Al-2012-Working-Paper.pdf. acesso aos
13 de agosto de 2023

[5] O Quadro Legal para Obras de Construção em Moçambique. 1a ed, 2008. disponı́vel online pelo
link: https://www.acismoz.com/wp-content/uploads/2017/06/Construcao-Edicao-I.pdf. acesso aos 13
de agosto de 2023

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