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1 DE JULHO DE 2020 815

Decreto n.º 50/2020


de 1 de Julho

Havendo necessidade de criar a entidade responsável


pela política de fomento de produção para comercialização,
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processamento, industrialização e exportação das amêndoas no m) nomear e exonerar os delegados provinciais e de outras
país, para responder à conjuntura socioeconómica e à demanda formas de representação, sob proposta do Director
a nível nacional e internacional de amêndoas e seus subprodutos, Geral, ouvidos o Secretário de Estado da província
ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 82 da Lei n.º 7/2012, de e o Governador Provincial;
8 de Fevereiro, conjugado com o n.º 1 da alínea f) do artigo 203 n) praticar outros actos de controlo de legalidade.
da Constituição da República de Moçambique, o Conselho de #VWVGNCſPCPEGKTCFQ+#/+2ÃGZGTEKFCRGNQ/KPKUVTQSWG
Ministros decreta: superintende a área das Finanças e compreende os seguintes actos:
a) aprovar os planos de investimento;
ARTIGO 1 b) aprovar a alienação de bens próprios;
(Criação) c  RTQEGFGT CQ EQPVTQNQ FQ FGUGORGPJQ ſPCPEGKTQ GO
especial quanto ao cumprimento dos fins e dos
É criado o Instituto de Amêndoas de Moçambique, Instituto objectivos estabelecidos e quanto à utilização dos
Público, abreviadamente designado por IAM, IP. recursos postos à sua disposição;
d) aprovar a contratação de empréstimos externos e internos
ARTIGO 2 correntes com a obrigação de reembolso até dois anos;
(Natureza) e QTFGPCTCTGCNK\CÁºQFGKPURGEÁÐGUſPCPEGKTCU
f) aprovar a proposta de indicação dos membros do
O IAM, IP é uma pessoa colectiva de direito público, de Conselho Fiscal;
categoria A, dotada de personalidade jurídica, com autonomia g RTQPWPEKCTUGUQDTGCETKCÁºQGGZVKPÁºQFCU&GNGICÁÐGU
CFOKPKUVTCVKXCſPCPEGKTCGRCVTKOQPKCN Provinciais e outras formas de representação no
território nacional;
ARTIGO 3 h RTCVKECTQWVTQUCEVQUFGEQPVTQNQſPCPEGKTQPQUVGTOQU
(Âmbito e Sede) FQ&GETGVQFGETKCÁºQGFGOCKUNGIKUNCÁÐGUCRNKE¶XGKU
1. IAM, IP, é uma Instituição de âmbito nacional e tem a sua ARTIGO 5
Sede na Cidade de Maputo.
2. IAM, IP, pode sempre que o exercício das suas actividades (Atribuições)
QLWUVKſSWGETKCTQWGZVKPIWKT&GNGICÁÐGUQWQWVTCUHQTOCUFG 5ºQCVTKDWKÁÐGUFQ+#/+2
representação, em qualquer parte do território nacional, por
despacho do Ministro que superintende a área da Agricultura, a) promoção de programas de fomento e investigação das
ouvido o Ministro que superintende a área das Finanças e o amêndoas;
representante do Estado na Província. b) coordenação das actividades de investigação, produção,
comercialização, processamento e exportação das
ARTIGO 4 amêndoas;
c) criação e promoção do ambiente para o desenvolvimento
(Tutela) de cadeias de valor das amêndoas com interesse
1. A tutela sectorial do IAM, IP é exercida pelo Ministro que económico para o País;
superintende a área da Agricultura e compreende nomeadamente: d) promoção, em coordenação com o sector que superintende
a área da Indústria, do processamento das amêndoas;
a) aprovar as políticas gerais, os planos anuais e plurianuais,
e) promoção do aproveitamento industrial dos subprodutos
bem como os respectivos orçamentos;
das amêndoas;
b  RTQRQT ´ VWVGNC ſPCPEGKTC QU RNCPQU FG KPXGUVKOGPVQ
f) promoção de novas tecnologias de cultivo e do
e contratação de créditos comerciais;
processamento das amêndoas;
c) aprovar o Regulamento Interno;
g TGCNK\CÁºQFGCEÁÐGUFGHQTOCÁºQFGVÃEPKEQUXKPEWNCFQU
d) propor o quadro de pessoal para aprovação pelo órgão
ao IAM, IP e de Extensionistas da Rede Pública;
competente;
h) promoção do desenvolvimento organizacional de grémios
e) proceder ao controlo do desempenho, em especial
G KPUVKVWKÁÐGU FG KPVGTGUUG EQOWO RCTC Q 5WDUGEVQT
SWCPVQ CQ EWORTKOGPVQ FQU ſPU G FQU QDLGEVKXQU
das Amêndoas;
estabelecidos;
i) promoção do treinamento de actores e transferência de
f) revogar ou extinguir os efeitos dos actos ilegais
tecnologias de produção e acréscimo de valor das
praticados pelos órgãos do Instituto, nas matérias de
amêndoas.
sua competência;
g) exercer acção disciplinar sobre os membros dos órgãos 2. Mediante prévia autorização do Ministro que superintende
do Instituto, nos termos da legislação aplicável; a área das Finanças, ouvido o Ministro que superintende a área
h QTFGPCTCTGCNK\CÁºQFGCEÁÐGUFGKPURGEÁºQſUECNK\CÁºQ FC#ITKEWNVWTCQ+#/+2RQFGFGVGTRCTVKEKRCÁÐGUUQEKCKUGO
ou auditoria dos actos praticados pelos órgãos; empreendimentos e sociedades no Subsector sob sua tutela, de
i) ordenar a realização de inquéritos ou sindicâncias aos forma a garantir o interesse nacional ou demonstrar viabilidade
serviços; da cadeia de valor ou parte dela.
j) propor à entidade competente a nomeação do órgão
máximo do Instituto, nos termos previstos no presente ARTIGO 6
Decreto e na legislação aplicável; (Competências)
k) aprovar todos os actos que carecem de autorização prévia
da tutela sectorial; Compete ao IAM, IP:
l ETKCTGGZVKPIWKTCU&GNGICÁÐGU2TQXKPEKCKUGQWVTCUHQTOCU a) promover o fomento, comercialização, processamento,
de representação no território nacional; industrialização e exportação das amêndoas;
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b) fiscalizar as actividades de fomento, produção, 2. O mandato do Director-Geral e do Director-Geral Adjunto


comercialização, processamento industrialização do IAM, IP, é de 4, (quatro) anos renováveis uma única vez.
e exportação das amêndoas; 3. O mandato do Director-Geral e do Director-Geral Adjunto
c 'NCDQTCTGKORNGOGPVCTGOEQQTFGPCÁºQEQOKPUVKVWKÁÐGU pode cessar antes do seu termo por decisão fundamentada da
PCEKQPCKU G KPVGTPCEKQPCKU GURGEKCNK\CFCU CEÁÐGU entidade com competência para nomear, com base em justa causa,
de investigação e transferência de tecnologias de sem direito a qualquer indemnização ou compensação.
produção, processamento e industrialização das ARTIGO 9
amêndoas;
d) analisar e decidir, em coordenação com outras (Conselho de Direcção)
KPUVKVWKÁÐGU UQDTG C RGTVKPÄPEKC FG KPVTQFWÁºQ PQ 1. O Conselho de Direcção é o órgão de coordenação e gestão
País de sementes, plantas ou segmentos vegetais das das actividades do IAM, IP, é dirigido pelo Director-Geral,
amêndoas; cabendo-lhe pronunciar-se sobre as matérias que para o efeito
e) promover programas de educação da população sobre
sejam presentes nos termos do presente Decreto, do Estatuto
medidas de controlo de pragas e doenças, prevenção
Orgânico e do Regulamento Interno.
e combate de queimadas descontroladas;
f) fazer a classificação e a atribuição de qualidade 2. O Conselho de Direcção tem a seguinte composição:
tecnológica das amêndoas para a comercialização a) Director-Geral;
dentro e fora do País, podendo delegar a entidades b) Director-Geral Adjunto;
FGXKFCOGPVGEGTVKſECFCURCTCQGHGKVQ c) Titulares das Unidades Orgânicas que respondem
g) zelar pela observância das normas técnicas de produção, directamente ao Director.
conservação do solo e de defesa do meio ambiente
3. O Conselho de Direcção reúne-se, ordinariamente, de quinze
PC KORNGOGPVCÁºQ FG CEÁÐGU TGNCVKXCU CQ EWNVKXQ
e industrialização das amêndoas; em quinze dias e extraordinariamente, sempre que for convocada
h EQQTFGPCTCEÁÐGUEQOQUCEVQTGUFCECFGKCFGXCNQTFCU pelo Director-Geral ou a pedido da maioria dos membros.
amêndoas nas áreas de produção, comercialização,  2QFGO UGT EQPXKFCFQU C RCTVKEKRCT FCU UGUUÐGU QWVTQU
processamento, industrialização e exportação; técnicos ou entidades a designar pelo Director-Geral, consoante
i) intervir, como agente de comercialização de último a natureza das matérias a tratar.
recurso, para relançar e assegurar o escoamento da
produção proveniente de culturas sob sua tutela, na ARTIGO 10
falta de agentes privados; (Competências do Conselho de Direcção)
j) estabelecer memorandos de entendimento, contratos,
acordos de cooperação e outras formas de ligação Compete ao Conselho de Direcção:
EQOQTICPKUOQUGKPUVKVWKÁÐGUPCEKQPCKUGGUVTCPIGKTCU a) elaborar os planos anuais e os respectivos orçamentos,
congéneres ou que directa ou indirectamente se ocupem plurianuais de actividades e assegurar a respectiva
pela produção, comercialização, processamento, execução;
industrialização e exportação das amêndoas; b) acompanhar e avaliar sistematicamente as actividades
k) estabelecer parcerias para programas de investigação desenvolvidas, designadamente a utilização dos meios
das amêndoas, na perspectiva do desenvolvimento de
postos à sua disposição e os resultados alcançados;
negócios dentro e fora do país;
l KPEGPVKXCTCHQTOCÁºQGFGUGPXQNXKOGPVQFGKPUVKVWKÁÐGU c) elaborar relatórios de actividades;
de interesse comum ao Subsector das Amêndoas. d) elaborar balanços, nos termos da legislação aplicável;
e) autorizar a realização das despesas e a contratação de
ARTIGO 7 serviços de assistência técnica nos termos da legislação
aplicável;
(Órgãos)
f EQPXQECTGRTGUKFKTCUTGWPKÐGUFQ%QPUGNJQFG&KTGEÁºQ
1. São órgãos do IAM, IP: e assegurar o seu funcionamento;
a) Conselho de Direcção; g) aprovar os projectos dos regulamentos previstos no
b) Conselho Fiscal; Estatuto Orgânico e os que sejam necessários ao
c) Conselho Consultivo; FGUGORGPJQFCUUWCUCVTKDWKÁÐGUGEQORGVÄPEKCU
d) Conselho Técnico. h) praticar os demais actos de gestão decorrentes da
2. O Conselho Fiscal é o órgão responsável pelo controlo da aplicação do Estatuto Orgânico necessários ao bom
NGICNKFCFG TGIWNCTKFCFG G DQC IGUVºQ ſPCPEGKTC G 2CVTKOQPKCN funcionamento dos Serviços;
do IAM, IP. i) estudar e analisar quaisquer outros assuntos de
3. O Conselho Consultivo é um órgão alargado de consulta natureza técnica e científica, relacionados com o
EQOHWPÁºQFGRNCPKſECÁºQGUVTCVÃIKECGEQQTFGPCÁºQFCCEÁºQ desenvolvimento das actividades do IAM, IP;
da instituição. j) harmonizar as propostas de relatórios de balanço
4. O Conselho técnico é um órgão de consulta e de periódicos e do Plano Económico e Social;
coordenação em matérias técnica e estratégica de desenvolvimento k) exercer outros poderes que constem do Decreto de criação
e comercialização das amêndoas. do IAM, IP, do Estatuto Orgânico, do Regulamento
+PVGTPQGFGOCKUNGIKUNCÁÐGUCRNKE¶XGKU
ARTIGO 8
ARTIGO 11
(Direcção)
(Competências do Director-Geral)
1. O IAM, IP, é dirigido por um Director-Geral, coadjuvado
por um Director-Geral Adjunto, ambos nomeados pelo Primeiro- Compete ao Diretor-geral do IAM, IP:
Ministro sob proposta do Ministro que superintende a área da a) assegurar o funcionamento do IAM, IP;
Agricultura. b) dirigir o Instituto e coordenar as suas actividades;
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c QWVQTICTEQPVTCEVQUEQOKPUVKVWKÁÐGUQWRGUUQCNGFGEKFKT ARTIGO 14
sobre os mesmos, nos casos da sua competência; (Competências do Conselho Fiscal)
d) nomear e exonerar os titulares das unidades orgânicas;
e) nomear e exonerar os Chefes de Departamento Provincial Compete ao Conselho Fiscal o seguinte:
e os Chefes de Repartição Provincial; a) verificar, fiscalizar e apreciar o cumprimento da
f EQPXQECTGRTGUKFKTCUTGWPKÐGUFQ%QPUGNJQFG&KTGEÁºQ legislação aplicável à gestão do IAM, IP;
do Conselho Consultivo e do Conselho Técnico b) acompanhar a execução orçamental, a situação
e assegurar o seu funcionamento; GEQPÎOKECſPCPEGKTCGRCVTKOQPKCNFQ+#/+2
g) representar o IAM, IP, junto de outras entidades nacionais c) examinar, trimestralmente, a contabilidade do IAM, IP;
e estrangeiras; d) emitir parecer sobre propostas orçamentais do IAM, IP
h) Elaborar e gerir projectos, infra-estruturas e outros GTGURGEVKXCUTGXKUÐGUGCNVGTCÁÐGUKPENWKPFQQRNCPQ
empreendimentos de apoio à produção; de actividades e respectiva cobertura orçamental;
i  GZGEWVCT G HC\GT EWORTKT C NGK CU TGUQNWÁÐGU G CU e) dar parecer sobre relatórios de gestão de exercício e da
FGNKDGTCÁÐGUFQ%QPUGNJQFG&KTGEÁºQ conta de gerência e de auditoria, incluindo documentos
j) coordenar a elaboração do plano anual de actividade do FGEGTVKſECÁºQNGICNFGEQPVCU
IAM, IP; f) dar parecer sobre aquisição, arrendamento, alienação
k) exercer poderes de direcção, gestão e disciplina do e oneração de bens e imóveis;
pessoal do IAM, IP; g  FCT RCTGEGT UQDTG CEGKVCÁºQ FG FQCÁÐGU JGTCPÁCU QW
l) controlar a arrecadação de receitas do IAM, IP; legados;
m  CTDKVTCT EQPƀKVQU G FKHGTGPÁCU GO XQNVC FC SWCNKFCFG h) dar parecer sobre a contratação de empréstimos e suas
tecnológica das Amêndoas e dos seus produtos; EQPFKÁÐGUFGRCICOGPVQ
n) administrar os recursos humanos, financeiros i) manter a Direcção-Geral informada sobre os resultados
e patrimoniais do IAM, IP; FCUXGTKſECÁÐGUGGZCOGUSWGRTQEGFC
o) mobilizar parcerias técnicos-financeiras para j GNCDQTCTTGNCVÎTKQUFCUWCCEÁºQſUECNK\CFQTCKPENWKPFQ
o desenvolvimento da instituição e do Subsector das um relatório anual global;
Amêndoas; k 2TQRQTCQ/KPKUVTQFCVWVGNCſPCPEGKTCG´&KTGEÁºQ)GTCN
p) realizar outras actividades que lhe seja acometida por lei do IAM, IP a realização de auditorias externas, quando
e pelo Estatuto Orgânico. isso se revelar necessário ou conveniente;
l CXCNKCTCGſEKÄPEKCGſE¶EKCGGHGEVKXKFCFGFQURTQEGUUQUFG
ARTIGO 12 descentralização e desconcentração das competências
GXGTKſECTQUGWHWPEKQPCOGPVQ
(Competência do Director-Geral Adjunto)
m XGTKſECTCGſE¶EKCFQUOGECPKUOQUGVÃEPKECUCFQRVCFCU
Compete ao Director-geral Adjunto: pelo IAM, IP para o atendimento e prestação de
a) coadjuvar o Director-Geral do IAM, IP, no desempenho serviços públicos;
FCUUWCUHWPÁÐGU n  ſUECNK\CT C CRNKECÁºQ FQ 'UVCVWVQ 1TI¸PKEQ FQ +#/
b) substituir o Diretor-Geral do IAM, IP, nas suas ausências IP, do Estatuto Geral do Funcionários e Agentes do
e impedimentos; 'UVCFQGFGOCKUNGIKUNCÁÐGUTGNCVKXCUCQRGUUQCNCQ
c) exercer as demais actividades de que tenha sido procedimento administrativo e ao funcionamento
incumbido pelo Director-Geral. do IAM, IP e outra legislação de carácter geral à
Administração Pública;
ARTIGO 13 o) pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam
(Conselho Fiscal) submetidos pela Direcção-Geral do IAM, IP, Tribunal
Administrativo e pelas entidades que integram o
1. O Conselho Fiscal é o órgão de controlo da legalidade, da UKUVGOCFGEQPVTQNQKPVGTPQFCCFOKPKUVTCÁºQſPCPEGKTC
CEVKXKFCFG TGIWNCTKFCFG G DQC IGUVºQ ſPCPEGKTC G RCVTKOQPKCN do Estado.
do IAM, IP.
2. O Conselho Fiscal é composto por três membros, sendo ARTIGO 15
um o Presidente e dois Vogais, representando as áreas de tutela
(Conselho Consultivo)
Financeira, agricultura e da Função Pública.
3. O mandato dos membros do Conselho Fiscal é de três anos, 1. O Conselho Consultivo é um órgão alargado de consulta
podendo ser renovável uma única vez por igual período. EQOHWPÁºQFGRNCPKſECÁºQGUVTCVÃIKECGEQQTFGPCÁºQFCUCEÁÐGU
4. Os membros do Conselho Fiscal são nomeados por despacho da instituição.
conjunto dos Ministros que superintendem as áreas das Finanças, 2. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:
Função Pública e da Agricultura. a) Director-Geral;
5. O Conselho Fiscal reúne-se trimestralmente, mediante b) Director-Geral Adjunto;
EQPXQECÁºQ HQTOCN FQ TGURGEVKXQ 2TGUKFGPVG GO UGUUÐGU c) Titulares das unidades orgânicas;
ordinárias e, extraordinariamente, sempre que se mostre d) Chefes de Departamento Central Autónomo;
necessário, por solicitação de dois dos seus membros ou, ainda, e) Delegados Provinciais;
a pedido da Direcção-Geral. f) Um representante de Produtores do Sector Familiar;
#UFGNKDGTCÁÐGUFQ%QPUGNJQ(KUECNUºQVQOCFCURQTOCKQTKC g) Um representante de Produtores Comerciais;
de votos expressos, desde que esteja presente a maioria dos seus h) Um representante de empresas de comercialização
membros em exercício, incluindo o Presidente, que representa o e exportação de amêndoas;
/KPKUVÃTKQFGVWVGNCſPCPEGKTCVGPFQGUVGQWSWGOQUWDUVKVWC i) Um representante do Ministério que superintende a área
voto de qualidade. das Finanças;
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j) Um representante do Ministério que superintende a área c GUVWFCTCUUWPVQUFGECT¶EVGTVÃEPKEQGGURGEÈſEQUSWGNJG


da Indústria e Comércio; sejam presentes por qualquer dos seus constituintes;
k) Um representante da Indústria de Processamento das d RTQRQTCEÁÐGUEQPETGVCURCTCCOGNJQTKCFQHWPEKQPCOGPVQ
amêndoas; dos Serviços Centrais;
l) Um representante do Sindicato da indústria de e OQPKVQTCTGſUECNK\CTQRTQEGUUQFGEQOGTEKCNK\CÁºQFCU
processamento das amêndoas. amêndoas em toda cadeia de valor;
2QFGOUGTEQPXKFCFQUCRCTVKEKRCTFCUUGUUÐGUFQ%QPUGNJQ f) pronunciar-se sobre oportunidades de desenvolvimento
Consultivo técnicos e outros parceiros de acordo com a matéria a das cadeias de valor das amêndoas bem como sobre
ser abordada mediante a autorização do Director-Geral. QUFGUCſQUVÃEPKEQUSWGCGNCUUGKORÐGOG
4. Podem ser convidados a participar do Conselho Consultivo, g) exercer as demais competências que lhe forem atribuídas
personalidades, de reconhecida competência, experiência pelo Conselho de Direcção.
G KFQPGKFCFG RTQſUUKQPCN PQU UGEVQTGU TGNCEKQPCFQU EQO CU
actividades do IAM, IP. ARTIGO 19
5. O Consultivo reúne-se, ordinariamente, uma vez por ano e, (Regime de Pessoal)
extraordinariamente, sempre que convocado pelo Director-Geral.
1. Ao pessoal do IAM, IP, aplica-se o regime jurídico da
ARTIGO 16 função pública.
2. Os trabalhadores contratados pelo IAM, IP regem-se pela
(Competências do Conselho Consultivo) .GKFQ6TCDCNJQGFGOCKUNGIKUNCÁÐGUCRNKE¶XGKUCEQPVTCVQUFG
Compete ao Conselho Consultivo: trabalho.
3. Os Ministros que superintendem as áreas da Agricultura,
a) analisar e aprovar os planos e orçamento anual, bem Finanças e Função Pública, por Diploma Ministerial conjunto
como o relatório de actividades e de contas e da sua decidem a tabela salarial do IAM, IP.
execução;
b) apreciar e pronunciar-se sobre o grau de cumprimento ARTIGO 20
dos planos e programas de actividade do ano anterior; (Receitas)
c) propor medidas consideradas convenientes ao bom
funcionamento da instituição; 1. Constituem receitas próprias do IAM, IP:
d) apreciar projectos e propostas de normas e estratégias a) o produto da venda de bens e serviços;
sobre o processo de desenvolvimento e dos planos e b) as Taxas de sobrevalorização da exportação das
programas de médio e longo prazo da instituição; amêndoas;
e) apreciar o balanço das actividades da Instituição; c UCNFQUFCUEQPVCUFGGZGTEÈEKQUſPFQU
f) Outras matérias de interesse no âmbito da política da d) o rendimento de bens próprios e os provenientes da sua
qualidade. actividade;
e QUUWDUÈFKQUEQORCTVKEKRCÁÐGUUWDXGPÁÐGUQWFQCÁÐGU
ARTIGO 17 atribuídas por quaisquer entidades públicas ou
(Conselho Técnico)
privadas, nacionais ou estrangeiras;
f) os contravalores, donativos ou créditos destinados ao
1. O Conselho Técnico é o colectivo que assiste o Director- Subsector das Amêndoas;
IGTCNPCEQQTFGPCÁºQFCUCEVKXKFCFGUPQ+#/+2GOSWGUVÐGU g CUFQVCÁÐGUKPUETKVCUPQ1TÁCOGPVQFQ'UVCFQ
técnicas de especialidade, tendo como função estudar e emitir 2. A percentagem da receita a consignar é estabelecida por
RCTGEGTGUUQDTGCURGEVQUKORQTVCPVGUFGECT¶EVGTVÃEPKEQEKGPVÈſEQ Despacho conjunto dos Ministros que exercem a tutela sectorial
relacionados com a actividade do IAM, IP. GſPCPEGKTC
2. O Conselho Técnico tem a seguinte composição
a) Director-Geral que o preside; ARTIGO 21
b) Director-Geral Adjunto; (Despesas)
c) Directores de Serviços Centrais;
d) Chefes de Departamento Central Autónomo; Constituem despesas do IAM, IP:
e) Delegados Provinciais. a) os encargos resultantes do respectivo funcionamento,
3. O Director-Geral pode convidar a participar no Conselho investimento e do exercício das competências que lhe
Técnico, outros quadros do IAM, IP, personalidades de são atribuídas, incluindo os decorrentes de medidas
para desenvolvimento de recursos humanos;
TGEQPJGEKFCEQORGVÄPEKCGZRGTKÄPEKCGKFQPGKFCFGRTQſUUKQPCN
b) os custos de aquisição, manutenção e conservação dos
nos sectores relacionados com as actividades do IAM, IP.
bens móveis e imóveis, equipamentos ou serviços que
4. O Conselho Técnico reúne-se semestralmente tenha de utilizar;
e extraordinariamente, sempre que o seu presidente o convoque. c) outras despesas ou encargos nos termos da legislação
ARTIGO 18 aplicável.

(Competências do Conselho Técnico) ARTIGO 22

Compete ao Conselho Técnico: (Património)


a) analisar e discutir aspectos técnicos e científicos O património do IAM, IP é constituído pelos bens, infra-
relacionados com o plano de desenvolvimento das GUVTWVWTCU FG RTQFWÁºQ FKTGKVQU G QDTKICÁÐGU FG EQPVGÕFQ
actividades do IAM, IP; económico que lhe estão ou sejam afectos pelo Estado ou outras
b) pronunciar-se sobre assuntos de natureza técnica GPVKFCFGURCTCCRTQUUGEWÁºQFQUUGWUſPUQWSWGRQTQWVTQOGKQ
relacionados com a actividade do IAM, IP; sejam por ela adquiridos.
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ARTIGO 23 2. Sem prejuízo dos direitos adquiridos, o regime remuneratório


(Contrato-Programa)
aplicável ao pessoal do IAM, IP é o dos Funcionários e Agentes do
Estado, com a possibilidade de adoção de uma tabela diferenciada
1. O IAM, IP, e os Ministros que superintendem as áreas a ser aprovada pelos Ministros que superintendem as áreas das
da Agricultura e das Finanças estabelecem entre si e outorgam Finanças e Função Pública.
Contratos-Programa, com duração de quatro anos, para realização
3. O regime remuneratório aplicável aos trabalhadores do
FG CEVKXKFCFGU CEÁÐGU G OGVCU GURGEÈſECU PQ ¸ODKVQ FG UWCU
CVTKDWKÁÐGU IAM, IP é aprovado por Diploma conjunto dos Ministros que
 1U %QPVTCVQU2TQITCOC FGſPGO G FGXGO EQPVGT GPVTG superintendem as áreas de Finanças e Função Pública.
outras matérias:
ARTIGO 25
a CUQTKGPVCÁÐGUGUVTCVÃIKECUFQ+#/+2FGTKXCFCUFCU
QTKGPVCÁÐGUGUVTCVÃIKECUFQ)QXGTPQ (Estatuto Orgânico)
b CUCEVKXKFCFGUXKUCPFQCKORNGOGPVCÁºQFCUQTKGPVCÁÐGU Compete ao Ministro que superintende área da Agricultura
estratégicas na área do fomento, produção, submeter a proposta do Estatuto Orgânico do IAM, IP, ao órgão
comercialização, processamento, industrialização e competente, no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da
exportação das amêndoas e subprodutos;
data de publicação do presente Decreto.
c) os objectivos, a quantificação dos resultados e das
actividades a realizar; ARTIGO 26
d QPÈXGNSWCNKFCFGGGURGEKſECÁÐGUFQUUGTXKÁQUCRTGUVCT
e CUQTKGPVCÁÐGUECT¶EVGTUQEKCKUGEQPÎOKECUGſPCPEGKTCU (Norma Revogatória)
do IAM, IP, designadamente os investimentos, bem É revogado o Decreto n.º 43/97, de 23 de Dezembro, que cria
EQOQCUHQPVGUFQTGURGEVKXQſPCPEKCOGPVQ o Instituto de Fomento do Caju.
3. Os Contratos-Programa comportam orçamento próprio,
proveniente de fundos próprios do IAM, IP, de orçamentos ARTIGO 27
adicionais do Estado, bem como de outras fontes, incluindo (Transição de Recursos)
externas.
4. O balanço da execução dos Contratos-Programa é Os recursos humanos, financeiros e patrimoniais afectos
apresentado anualmente, como componente do relatório anual, ao Instituto de Fomento do Caju, IP, transitam para o IAM, IP.
aos respectivos Ministros de tutela.
ARTIGO 28
ARTIGO 24
(Entrada em Vigor)
(Regime Remuneratório)
O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
 #U TGOWPGTCÁÐGU FKTGKVQU G TGICNKCU FQ &KTGVQT)GTCN G
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 2 de Junho de 2020.
&KTGVQT)GTCN#FLWPVQFQ+#/+2UºQſZCFQURQTFGURCEJQFQ
/KPKUVTQSWGUWRGTKPVGPFGC¶TGCFCUſPCPÁCUEQOQDUGTX¸PEKC Publique-se.
dos critérios estabelecidos pelo Conselho de Ministros. O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.

Preço — 50,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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