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Segunda-feira, 19 de Setembro de 2022 I SÉRIE —

­ Número 181

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E. P. Art. 4. A presente Resolução entra em vigor na data da sua
publicação.
Aprovada pela Comissão Interministerial da Reforma
AVISO
da Administração Pública, aos 17 de Junho de 2022.
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve Publique-se.
ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma
O Presidente, Adriano Afonso Maleiane.
por cada assunto, donde conste, além das indicações
necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte,
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim
da República». Estatuto Orgânico do Instituto Nacional
do Mar, IP (INAMAR, IP)

CAPÍTULO I
SUMÁRIO
Disposições gerais
Comissão Interministerial da Reforma da Administração
ARTIGO 1
Pública:
Resolução n.º 15/2022: (Natureza)

Aprova o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional do Mar, IP O INAMAR, IP, é uma pessoa colectiva de direito público,
(INAMAR, IP). dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa,
financeira e patrimonial, de categoria A.

ARTIGO 2
(Sede, âmbito e representação)
COMISSÃO INTERMINISTERIAL 1. O INAMAR, IP, tem a sua sede na cidade de Maputo
DA REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO e exerce a sua actividade em todo o território nacional.
PÚBLICA 2. O Ministro de tutela sectorial, ouvidos o Ministro que
superintende a área das finanças e o representante do Estado na
Resolução n.° 15/2022
província pode, mediante proposta fundamentada do Conselho
de 19 de Setembro de Administração, por despacho, criar ou extinguir representações
do INAMAR, IP, em qualquer parte do território nacional.
Havendo necessidade de aprovar o Estatuto Orgânico
do Instituto Nacional do Mar, Instituto Público, criado pelo ARTIGO 3
Decreto n.º 88/2021, de 28 de Outubro, no uso das competências
delegadas pelo Conselho de Ministros, nos termos do n.º 1 do (Tutela)
artigo 1 da Resolução n.º 30/2016, de 31 de Outubro, alterado 1. A tutela sectorial do INAMAR, IP é exercida pelo Ministro
pelo parágrafo único do artigo 1 da Resolução n.º 61/2020, de 2 que superintende as áreas do mar e águas interiores e compreende,
de Dezembro, a Comissão Interministerial da Reforma designadamente, a prática dos seguintes actos:
da Administração Pública delibera:
a) aprovar as políticas gerais, os planos anuais e plurianuais,
Artigo 1. É aprovado o Estatuto Orgânico do Instituto Nacional
bem como os respectivos orçamentos;
do Mar, Instituto Público (INAMAR, IP), em anexo, que é parte
b) aprovar o Regulamento Interno do INAMAR, IP;
integrante da presente Resolução. c) propor o Quadro de Pessoal para aprovação pelo órgão
Art. 2. Compete ao Ministro que superintende as áreas do mar competente;
e águas interiores aprovar o Regulamento Interno do INAMAR, d) proceder ao controlo do desempenho, em especial, no
IP, no prazo de 60 dias, contados a partir da data de publicação que tange ao cumprimento dos fins e dos objectivos
da presente Resolução. estabelecidos;
Art. 3. Compete ao Ministro que superintende as áreas do mar e) suspender, revogar ou anular, nos termos da legislação
e águas interiores submeter a proposta de Quadro de Pessoal aplicável, os actos dos órgãos do INAMAR, IP, que
do INAMAR, IP, no prazo de 90 dias, contados a partir da data sejam contrários à lei e outros instrumentos normativos
de publicação da presente Resolução. e de gestão;
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f) exercer poder disciplinar sobre os membros dos órgãos aos assuntos do mar que o País tenha ratificado, bem
do INAMAR, IP, nos termos da legislação aplicável; como de directivas de boas práticas de utilização
g) ordenar a realização de acções de inspecção, fiscalização do espaço marítimo, lacustre e fluvial;
ou auditoria dos actos praticados pelos órgãos; d) autorizar, licenciar e emitir títulos para o exercício
h) ordenar a realização de inquéritos ou sindicâncias de actividades no mar, águas interiores e zonas
aos serviços do INAMAR, IP; costeiras, no âmbito do seu mandato;
i) nomear os membros do Conselho de Administração e) fiscalizar e inspeccionar a observância da legislação,
do INAMAR, IP, nos termos da legislação aplicável; regulamentos e procedimentos relativos às actividades
que se realizem no espaço marítimo, águas interiores
j) aprovar todos os actos que careçam de autorização prévia
e zonas costeiras;
da tutela sectorial;
f) supervisar a segurança das operações que se realizem no
k) praticar outros actos de controlo da legalidade.
mar e águas interiores;
2. A tutela financeira do INAMAR, IP, é exercida pelo Ministro g) certificar e licenciar equipamento e material marítimo,
que superintende a área das finanças, compreendendo a prática excepto o destinado ao transporte marítimo;
dos seguintes actos: h) promover a realização de estudos de especialidade no
a) aprovar os planos de investimento; âmbito do seu mandato;
b) aprovar a alienação de bens próprios do INAMAR, IP, i) representar o país nas organizações internacionais
nos termos da legislação aplicável; relacionadas com os assuntos de administração,
c) aprovar a contratação de empréstimos externos e internos segurança e protecção marítimas e combate à poluição
de créditos correntes com a obrigação de reembolso marinha;
até dois anos; j) proceder à cobrança de taxas e emolumentos devidos
d) ordenar a realização de inspecções financeiras; e pelos serviços prestados.
e) praticar outros actos de controlo financeiro, nos termos 2. São competências específicas do INAMAR, IP:
do diploma de criação e demais legislação aplicável. a) no âmbito do ordenamento e administração do mar:
i. coordenar a elaboração dos instrumentos
ARTIGO 4
de ordenamento do espaço marítimo;
(Atribuições) ii. assegurar a gestão do Plano de Ordenamento
São atribuições do INAMAR, IP: do Espaço Marítimo;
iii. emitir parecer sobre projectos de investigação
a) o exercício da autoridade marítima nas áreas de jurisdição científica no mar e águas interiores, em coordenação
marítima, lacustre, fluvial e zonas costeiras, bem como com outros órgãos ou entidades relevantes;
nos domínios da administração, segurança e protecção iv. criar e manter actualizado o Cadastro de Usos
marítimas; e Actividades no espaço marítimo e garantir o seu
b) o ordenamento do espaço marítimo e do domínio público funcionamento;
marítimo da zona costeira; v. estabelecer um ambiente favorável ao desenvolvimento
c) fiscalização de actividades nos espaços marítimos, de actividades económicas no mar e nas zonas
fluvial e lacustre e de domínio público marítimo da costeiras, à luz dos princípios da economia azul;
zona costeira, bem como do cumprimento de normas vi. criar mecanismos e instrumentos necessários ao
relativas à protecção dos ecossistemas marinhos e fortalecimento do exercício de coordenação entre
costeiros e das condições de conservação e exploração os órgãos centrais, locais e municipais na utilização
das áreas de conservação marinha; do mar, seus recursos e das zonas costeiras;
d) o desenvolvimento e aplicação de medidas que assegurem vii. coordenar com outras entidades competentes,
a exploração sustentável, conservação e preservação a reparação de danos causados aos ecossistemas
dos ecossistemas aquáticos; marinhos e costeiros;
e) a realização e/ou coordenação de actividades de busca viii. licenciar a instalação de infra-estruturas, plataformas
e salvamento, bem como de salvação de bens, nos fixas e móveis, bem como flutuantes, ilhas
espaços marítimo, lacustre e fluvial, com envolvimento artificiais cabos e ductos submarinos e o respectivo
de outras entidades relevantes. equipamento e material marítimo que demandem
a ocupação e utilização dos espaços marítimo,
ARTIGO 5 lacustre, fluvial e domínio público costeiro;
(Competências) ix. emitir Títulos de Utilização Privativa do Espaço
Marítimo e outros afins;
1. São competências gerais do INAMAR, IP: x. Licenciar entidades para o exercício da actividade
a) propor políticas, legislação e estratégias concernentes às de formação em mergulho marítimo incluindo
áreas de administração e gestão do espaço marítimo, o exercício da actividade de mergulho marítimo;
segurança, protecção e fiscalização marítimas, lacustre xi. autorizar o exercício de actividades de desporto
e fluvial, bem como de preservação do meio ambiente náutico;
marinho e costeiro; xii. licenciar, credenciar e reconhecer actividades
b) cooperar com outras entidades que exercem o poder de busca, salvamento, prevenção e combate a
de autoridade marítima desenvolvendo acções poluição marinha e nas águas interiores;
conjuntas de fiscalização e inspecção, incluindo xiii. licenciar e credenciar as entidadade classificadoras
a disponibilização e ou partilha de meios para de navios;
o cumprimento das respectivas missões; xiv. autorizar e monitorizar a actividade de dragagem
c) aplicar e zelar pelo cumprimento da legislação nacional e extracção de inertes no espaço marítimo e águas
e de instrumentos jurídicos internacionais relativos interiores, em coordenação com outras entidades;
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xv. licenciar o exercício da actividade de assistência viii. participar na investigação de acidentes e incidentes
e salvação marítimas; marítimos, bem como de processos de infracções
xvi. licenciar o exercício da actividade de recuperação marítimas;
de objectos ou cargas no fundo do mar e águas ix. inspeccionar e monitorizar o manuseamento de cargas
interiores; perigosas, em coordenação com outras entidades
xvii. licenciar e autorizar o exercício da actividade competentes;
de navegação de recreio; x. fiscalizar, no espaço marítimo, águas interiores e zonas
xviii. garantir a realização de actividades de protecção costeiras, as actividades de pesca e aquacultura,
do património ecológico e cultural subaquático, incluindo a pesca recreativa e desportiva, em
envolvendo outras entidades competentes; coordenação com outras entidades competentes;
xix. coordenar o processo de planeamento e gestão xi. monitorizar e fiscalizar a actividade da frota
territorial das zonas costeiras de domínio público pesqueira nacional e estrangeira que demandam
marítimo, lacustre e fluvial; os portos nacionais, bem como as actividades da
xx. avaliar e emitir parecer sobre projectos relacionados frota pesqueira nacional nas águas sob jurisdição
com a realização de pesquisas de natureza nacional e em Estados terceiros, em coordenação
arqueológica e achados no mar, em coordenação com outras entidades competentes;
com as entidades competentes; xii. certificar a legalidade das capturas do pescado de
xxi. avaliar e emitir parecer sobre projectos de instalação
acordo com as normas nacionais e internacionais;
de infra-estruturas, plataformas fixas e móveis, bem
xiii. fiscalizar as actividades relativas à náutica de recreio
como flutuantes, ilhas artificiais, cabos e ductos
e de mergulho marítimo;
submarinos e respectivo equipamento e material
marítimo; xiv. autuar e penalizar os infractores por violação da
xxii. emitir parecer sobre projectos de investigação legislação e procedimentos relacionados com a
e pesquisa científica no mar e águas interiores, investigação e pesquisa científica marinha, pesca,
em coordenação com outros órgãos ou entidades prevenção da poluição marinha e utilização
relevantes. privativa dos espaços marítimos, lacustre e fluvial;
xv. manter uma base de dados e estatísticas sobre as
b) no âmbito da segurança, fiscalização e inspecção infracções cometidas no espaço marítimo nacional
marítimas: e águas interiores, com vista ao estabelecimento do
i. fiscalizar a utilização dos espaços marítimo, lacustre, cadastro de infractores, bem como partilhar referida
fluvial, bem como do domínio público da zona informação, com outras entidades de inteligência
costeira, em coordenação com outras entidades e investigação competentes;
relevantes; xvi. fiscalizar outras actividades marítimas que, por lei,
ii. monitorizar e fiscalizar, embarcações e plataformas estejam acometidas.
fixas e móveis, por forma a prevenir e detectar c) no âmbito da preservação do ambiente marinho:
quaisquer actividades de poluição do meio
marinho e águas interiores, designadamente i. tomar medidas para prevenção, controlo e combate à
por hidrocarbonetos e outras substâncias poluição do meio ambiente marinho proveniente
potencialmente poluidoras, em coordenação com de embarcações ou de outros meios flutuantes
outras entidades relevantes; e fixos no mar, em coordenação com outras
iii. fiscalizar e supervisionar, em coordenação com entidades relevantes;
a entidade hidrográfica e oceanográfica competente, ii. zelar pelo cumprimento de normas e boas práticas
as actividades de prospecção marinha, pesquisa e procedimentos de carácter internacional
oceanográfica, exploração do fundo do mar e regional para prevenir, reduzir, controlar
e outras actividades científicas marinhas realizadas e combater a poluição do meio ambiente marinho;
de acordo com as normas prescritas na legislação iii. zelar pela gestão dos ecossistemas marinhos e das
aplicável; águas interiores com vista a garantir a sua saúde,
iv. monitorizar a realização de pesquisas geofísicas equilíbrio e integridade;
e ou geológicas, com vista à proteção dos iv. prevenir a contaminação tóxica prejudicial ou nociva,
espécimes marinhos, nomeadamente mamíferos e proveniente de fontes terrestres e da atmosfera
outras afins, bem como assegurar o cumprimento ou através dela, ou por alijamento;
dos actos de autorização de investigação e pesquisa v. Prevenir e combater à poluição marinha, lacustre,
por parte das entidades envolvidas; fluvial e dos respectivos ecossistemas, provenientes
v. avaliar e decidir sobre planos de construção, de todas as fontes susceptíveis de causar danos ao
modificação e reparação de plataformas fixas ou ambiente aquático e costeiro, em coordenação com
móveis implantados nos espaços marítimo, lacustre outras entidades relevantes;
e fluvial; vi. prevenir, controlar e actuar sobre acções que resultam
vi. autorizar e monitorizar a entrada e permanência de em descarga intencional ou não de lixo no mar,
embarcações estrangeiras em águas territoriais águas interiores e zonas costeiras;
nacionais, em cumprimento de leis e regulamentos vii. articular com outras entidades competentes na gestão
nacionais e de acordos internacionais de que o país dos ecossistemas marinhos e das águas interiores,
seja parte, para fins especificos de investigação bem como na elaboração e implementação de
científica ou outra similar; Planos de Maneio nas áreas de conservação marinha
vii. coordenar as actividades de busca e salvamento e terras húmidas sob regime de conservação, com
marítimo e de salvação de bens, nos espaços vista a trazer impactos positivos na qualidade de
marítimo, lacustre e fluvial; vida e na adaptação às mudanças climáticas;
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viii. emitir pareceres sobre a constituição ou extinção o) exercer outros poderes que constem do diploma
de áreas de conservação marinha e terras húmidas; de criação, do estatuto orgânico e demais legislação
ix. emitir pareceres relativos a pedidos de exercício aplicável.
de actividades nas áreas de conservação marinha 3. As deliberações do Conselho de Administração são tomadas
e terras húmidas sob regime de conservação; por maioria e constam sempre de acta da sessão em que as mesmas
x. implementar planos de inventariação e de foram tomadas.
monitorização de acções e impactos de exploração 4. O Conselho de Administração reúne ordinariamente
de recursos marinhos e de integração de tecnologias de quinze em quinze dias e, extraordinariamente, sempre que
de informação e comunicação, em articulação com for convocado.
outras entidades competentes. 5. O Presidente do Conselho de Administração é nomeado
pelo Conselho de Ministros, sob proposta do Ministro
CAPÍTULO II de tutela sectorial, de entre pessoas de reconhecida idoneidade,
Sistema Orgânico independência e competência técnica e profissional na área
do mar, para um mandato de quatro (4) anos, renovável por uma
ARTIGO 6
única vez.
(Órgãos) 6. Os restantes membros do Conselho de Administração são
No INAMAR, IP funcionam os seguintes órgãos: selecionados em concurso público aberto para o efeito e nomeados
pelo Ministro de tutela sectorial, para um mandato de quatro (4)
a) o Conselho de Administração; anos, renovável por uma única vez.
b) o Conselho Técnico; 7. O mandato dos membros do Conselho de Administração
c) o Conselho Fiscal. pode cessar antes do seu termo, por decisão fundamentada da
ARTIGO 7 entidade competente para os nomear, com base em justa causa,
sem direito a qualquer indemnização.
(Conselho de Administração)
ARTIGO 8
1. O Conselho de Administração do INAMAR, IP, é constituído
por três (3) Administradores Executivos, sendo um deles, (Competências do Presidente do Conselho de Administração)
o Presidente. 1. Compete ao Presidente do Conselho de Administração:
2. Compete ao Conselho de Administração: a) dirigir o INAMAR, IP;
a) elaborar os planos estratégicos, anuais e os respectivos b) convocar e presidir as reuniões do Conselho
orçamentos plurianuais de actividades e assegurar de Administração e assegurar o funcionamento regular
a respectiva execução; do INAMAR, IP;
b) acompanhar e avaliar sistematicamente a actividade c) executar e fazer cumprir a lei, as normas e as deliberações
desenvolvida, especificamente a utilização dos meios do Conselho de Administração;
postos à sua disposição e os resultados atingidos; d) coordenar a elaboração dos planos estratégicos, anuais
c) propor ao Ministro de tutela sectorial o Regulamento e respectivos orçamentos plurianuais de actividades
Interno do INAMAR, IP, e medidas de alteração do INAMAR, IP;
ou melhoramento da sua organização e funcionamento; e) exercer os poderes de direcção, gestão e disciplina
d) elaborar o relatório de actividades; do pessoal;
e) elaborar o balanço, nos termos da legislação vigente; f) representar o INAMAR, IP, em juízo e fora dele;
f) autorizar a realização de despesas e a contratação g) coordenar a arrecadação de receitas do INAMAR, IP;
de serviços de assistência técnica, nos termos h) realizar outras actividades que lhe sejam acometidas por
da legislação aplicável; lei ou Estatuto Orgânico;
g) aprovar os projectos dos regulamentos previstos i) representar o INAMAR, IP, em quaisquer actos ou
no Estatuto Orgânico e os que sejam necessários contratos, em juízo ou fora dele, podendo delegar
ao desempenho das atribuições; a representação a qualquer um dos Administradores;
h) praticar os demais actos de gestão decorrentes j) nomear colaboradores para o exercício de cargos
da aplicação do estatuto orgânico necessários ao bom de direcção e chefia no INAMAR, IP;
funcionamento dos serviços; k) exercer as competências, praticar os actos e assumir
i) estudar e analisar quaisquer outros assuntos as funções previstas noutros instrumentos legais ou
de natureza técnica e científica relacionados com na legislação e regulamentação aplicável aos Institutos
o desenvolvimento do INAMAR, IP; Públicos.
j) apreciar outras matérias que venham a ser indicadas pelo 2. O Presidente do Conselho de Administração é substituído,
Presidente do Conselho de Administração ou sugeridas nas suas faltas e impedimentos, por um Administrador por ele
por qualquer um dos Administradores; designado.
k) harmonizar as propostas dos relatórios do balanço
periódico do Plano Económico e Social; ARTIGO 9
l) zelar pelo cumprimento das leis, regulamentos, (Conselho Técnico)
normas, instruções e procedimentos administrativos
e financeiros; 1. O Conselho Técnico é o órgão de consulta intersectorial
m) submeter à apreciação do Tribunal Administrativo e dirigido pelo Presidente do Conselho de Administração.
outros órgãos competentes as contas do INAMAR, IP; 2. São competências do Conselho Técnico:
n) apreciar, deliberar e submeter à homologação da a) apreciar e emitir pareceres nos âmbitos da segurança
entidade de tutela os principais instrumentos de gestão e protecção marítimas, fiscalização marítima,
do INAMAR, IP, designadamente os orçamentos preservação do ambiente marinho e administração
e os relatórios anuais de actividade e de contas; marítima;
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b) estudar e propor a forma adequada de coordenação f) dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças
técnica, na formação e capacitação do pessoal ou legados;
marítimo; g) dar parecer sobre a contratação de empréstimos, quando
c) estudar e propor formas adequadas de coordenação técnica, o INAMAR, IP, esteja habilitado a fazê-lo;
para a implementação de planos de contingência de h) manter o Conselho de Administração informado sobre
prevenção e combate à poluição marinha; os resultados das verificações e exames a que proceda;
d) propor medidas adequadas de busca e salvamento i) elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora, incluindo
marítimo; e relatório anual global;
e) propor medidas relativas à prevenção de acidentes j) propor ao Ministro de tutela financeira e ao Conselho
e incidentes marítimos. de Administração a realização de auditorias externas,
quando isso se revelar necessário ou conveniente;
3. O Conselho Técnico tem a seguinte composição: k) verificar, fiscalizar e apreciar a legalidade da organização
a) um representante do Ministério que superintende a área e funcionamento do INAMAR, IP;
da defesa nacional; l) avaliar a eficiência, eficácia, e efectividade
b) um representante do Ministério que superintende a área dos processos de descentralização e desconcentração
dos transportes marítimos; de competências e verificar o seu funcionamento;
c) um representante do Ministério que superintende a área m) verificar a eficácia dos mecanismos e técnicas adoptadas
dos recursos minerais; pelo INAMAR, IP, para o atendimento e prestação de
d) um representante do Ministério que superintende a área serviços públicos;
do ambiente; n) fiscalizar a aplicação do estatuto orgânico do INAMAR,
e) um representante do Ministério que superintende a área IP, do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do
da ordem e segurança; Estado e demais legislações relativas ao pessoal, ao
f) um representante do Ministério que superintende a área procedimento administrativo e ao funcionamento da
instituição, bem como outra legislação de carácter geral
de Migração;
aplicável à Administração Pública;
g) um representante do Ministério que superintende a área
o) aferir o grau de resposta dada pelo INAMAR, IP,
das alfândegas;
às solicitações dos cidadãos ou da classe servida;
h) um representante do Ministério que superintende a área p) averiguar o nível de alinhamento dos planos de actividades
da administração local. adoptados e implementados pelo INAMAR, IP, com
4. Podem ser convidados a participar das sessões do Conselho os objectivos e prioridades do Governo;
Técnico outros técnicos em função da matéria a ser abordada. q) aferir o grau de observância das instruções técnicas
5. O Conselho Técnico reúne ordinariamente uma vez por ano e metodológicas emitidas pela entidade de tutela
e, extraordinariamente, sempre que o Presidente do Conselho sectorial;
de Administração o convocar. r) aferir o grau de alcance das metas periódicas definidas
pelo INAMAR, IP, bem assim pelo Ministro
ARTIGO 10 ou entidade de tutela;
(Conselho Fiscal) s) pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos
pelo Conselho de Administração, pelo Tribunal
1. O Conselho Fiscal é composto de três membros, sendo Administrativo e pelas entidades que integram
um Presidente e dois vogais, representando as áreas de tutela o sistema de controlo interno da administração
financeira, da função pública e do sector de actividade. financeira do Estado; e
2. Os membros do Conselho Fiscal são nomeados por despacho t) participar, obrigatoriamente, nas reuniões do Conselho
conjunto dos Ministros que superintendem as áreas das finanças, de Administração em que se aprecia o relatório e contas
função pública e de tutela sectorial. e a proposta de orçamento.
3. O Presidente do Conselho Fiscal representa a entidade
de tutela financeira. CAPÍTULO III
4. O mandato dos membros do Conselho Fiscal é de três anos, Estrutura e funções das unidades orgânicas
podendo ser renovado uma única vez.
ARTIGO 11
5. O Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente uma vez em
cada trimestre. (Estrutura)
6. Compete ao Conselho Fiscal: O INAMAR, IP tem a seguinte estrutura:
a) acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento a) Divisão de Ordenamento e Administração do Mar;
das leis e demais diplomas legais aplicáveis, a b) Divisão de Segurança, Inspecção e Comunicações
execução orçamental, a situação económica, financeira Marítimas;
e patrimonial do INAMAR, IP; c) Divisão de Fiscalização Marítima;
b) analisar a contabilidade do INAMAR, IP; d) Divisão de Preservação e Combate à Poluição
c) Proceder à verificação prévia e dar o respectivo parecer do Ambiente Marinho;
sobre o orçamento, suas revisões e alterações, bem e) Gabinete de Auditoria e Controlo Interno;
como sobre o plano de actividades na perspectiva da f) Gabinete de Estudos e Planificação;
sua cobertura orçamental; g) Departamento Jurídico e Cooperação;
d) dar parecer sobre o relatório de gestão de exercício h) Departamento de Recursos Humanos;
e contas de gerência, incluindo documentos de i) Departamento de Administração e Finanças;
certificação legal de contas; j) Departamento de Tecnologias de Informação,
e) dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação Comunicação e Gestão Documental; e
e oneração de bens imóveis; k) Repartição de Aquisições.
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ARTIGO 12 ARTIGO 13
(Divisão de Ordenamento e Administração do Mar) (Divisão de Segurança, Inspecção e Comunicações Marítimas)

1. São funções da Divisão de Ordenamento e Administração 1. São funções da Divisão de Segurança, Inspecção
do Mar: e Comunicações Marítimas:
a) coordenar a elaboração dos instrumentos de ordenamento a) inspeccionar a observância da legislação, regulamentos e
do espaço marítimo; procedimentos relativos às actividades que se realizem
b) assegurar a implementação do Plano de Ordenamento no espaço marítimo, águas interiores e zonas costeiras;
do Espaço Marítimo; b) supervisionar em coordenação com outros órgão e
c) emitir pareceres sobre a ocupação de zonas de proteção entidades relevantes a segurança das operações que
parcial dos domínios públicos marítimo, fluvial se realizem no mar e águas interiores;
e lacustre; c) assegurar as comunicações marítimas no âmbito do
d) emitir parecer sobre projectos de investigação científica exercício da autoridade marítima;
d) licenciar, credenciar e reconhecer actividades de busca
no mar e águas interiores, em coordenação com outros
e salvamento;
órgãos ou entidades relevantes;
e) certificar e licenciar equipamento e material marítimo,
e) criar e manter actualizado o Cadastro de Usos
excepto o destinado ao transporte marítimo;
e Actividades no espaço marítimo e garantir o seu f) avaliar e decidir sobre planos de construção, modificação
funcionamento; e reparação de embarcações, plataformas fixas
f) estabelecer um ambiente favorável ao desenvolvimento de ou móveis e outras infraestruturas implantados nos
actividades económicas no mar e nas zonas costeiras, espaços marítimo, fluvial e lacustre;
à luz dos princípios da economia azul; g) avaliar, inspeccionar e decidir sobre a construção
g) criar mecanismos e instrumentos necessários e modificação de embarcações;
ao fortalecimento do exercício de coordenação entre h) licenciar entidades para o exercício da actividade
os órgãos centrais, locais e municipais na utilização de formação em mergulho marítimo incluindo
do mar, seus recursos e das zonas costeiras; o exercício da actividade de mergulho marítimo;
h) coordenar com outras entidades competentes, a reparação i) aprovar planos e inspeccionar, tecnicamente, a construção,
de danos causados aos ecossistemas marinhos modificação e reparação de embarcações;
e costeiros; j) proceder a validação de certificados de construção,
i) garantir a realização de actividades de protecção de modificação de embarcações concedidas por
do património ecológico e cultural subaquático, autoridades marítimas estrangeiras;
envolvendo outras entidades competentes; k) inspeccionar, vistoriar e certificar embarcações,
j) coordenar o Processo de planeamento e gestão territorial estabelecimentos e gestão do cadastro;
das zonas costeiras de domínio público marítimo, l) coordenar as actividades de busca e salvamento marítimo
fluvial e lacustre; e de salvação de bens, nos espaços marítimo, fluvial
k) emitir parecer sobre projectos de investigação e pesquisa e lacustre;
científica no mar e águas interiores, em coordenação m) coordenar as actividades de socorro a naufrágios;
com outras entidades relevantes; n) coordenar na investigação de acidentes e incidentes
l) licenciar a instalação de infraestruturas, plataformas marítimos, bem como de processos de infracções
fixas e móveis, bem como flutuantes, ilhas artificiais marítimas;
cabos e ductos submarinos e o respectivo equipamento o) inspeccionar e monitorizar o manuseamento de cargas
e material marítimo que demandem a ocupação perigosas, em coordenação com outras entidades
e utilização dos espaços marítimo, fluvial e lacustre competentes;
e domínio público costeiro, em coordenação com p) avaliar e emitir parecer sobre projectos de instalação de
outras entidades relevantes; infraestruturas, plataformas fixas e móveis, bem como
m) emitir Títulos de Utilização Privativa do Espaço flutuantes, ilhas artificiais, cabos e ductos submarinos
Marítimo e outros afins; e respectivo equipamento e material marítimo;
n) licenciar o exercício de actividades de desporto náutico q) avaliar e emitir parecer sobre projectos relacionados com
e de recreio; a realização de pesquisas de natureza arqueológica
o) licenciar e credenciar as entidades classificadoras e achados no mar, em coordenação com as entidades
de navios; competentes;
p) licenciar a actividade de dragagem e extracção de inertes r) licenciar o exercício da actividade de assistência
e salvação marítimas;
no espaço marítimo e águas interiores, em coordenação
s) monitorizar a actividade de dragagem e extracção de
com outras entidades;
inertes no espaço marítimo e águas interiores, em
q) proceder ao desembaraço de entrada e de saída de navios
coordenação com outras entidades;
e embarcações de recreio;
t) proceder a inscrição e certificação maritimas de todo
r) licenciar o exercício da actividade de navegação individuo que exerça a profissão maritima; e
de recreio; e u) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
s) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente determinadas, nos termos do presente estatuto orgânico
determinadas nos termos do presente estatuto orgânico e demais legislação aplicável.
e demais legislação aplicável.
2. A Divisão de Segurança, Inspecção e Comunicações
2. A Divisão de Ordenamento e Administração do Mar Marítimas é dirigida por um Director de Divisão selecionado
é dirigida por um Director de Divisão selecionado em concurso em concurso público e nomeado pelo Presidente do Conselho
público e nomeado pelo Presidente do Conselho de Administração. de Administração.
19 DE SETEMBRO DE 2022 1597

ARTIGO 14 o) manter uma base de dados e estatísticas sobre as


(Divisão de Fiscalização Marítima)
infracções cometidas no espaço marítimo nacional
e águas interiores, com vista ao estabelecimento do
1. São funções da Divisão de Fiscalização Marítima: cadastro de infractores, bem como partilhar referida
a) fiscalizar a utilização dos espaços marítimo, fluvial informação, com outras entidades de inteligência
lacustre, bem como do domínio público da zona e investigação competentes; e
costeira, em coordenação com outras entidades p) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
relevantes; determinadas nos termos do presente Estatuto
b) monitorizar e fiscalizar embarcações e plataformas fixas Orgânico e demais legislação aplicável.
e móveis, por forma a prevenir e detectar quaisquer 2. A Divisão de Fiscalização Marítima é dirigida por um
actividades de poluição do meio marinho e águas Director de Divisão selecionado em concurso público e nomeado
interiores, designadamente por hidrocarbonetos e pelo Presidente do Conselho de Administração.
outras substâncias potencialmente poluidoras, em
coordenação com outras entidades relevantes; ARTIGO 15
c) fiscalizar e supervisionar, em coordenação com a (Divisão de Preservação e Combate à Poluição do Ambiente
entidade hidrográfica e oceanográfica competente, Marinho)
as actividades de prospecção marinha, pesquisa
oceanográfica, exploração do fundo do mar e outras 1. São funções da Divisão de Preservação e Combate à Poluição
actividades científicas marinhas realizadas de acordo do Ambiente Marinho:
com as normas prescritas na legislação aplicável em a) tomar medidas para prevenção, controlo e combate à
coordenação com outros órgãos e entidades relevantes; poluição do meio ambiente marinho proveniente de
d) monitorizar a realização de pesquisas geofísicas e ou embarcações ou de outros meios flutuantes e fixos no
geológicas, com vista à proteção dos espécimes mar, em coordenação com outras entidades relevantes;
marinhos, nomeadamente mamíferos e outros afins, b) zelar pelo cumprimento de normas e boas práticas e
bem como assegurar o cumprimento dos actos de procedimentos de carácter internacional e regional para
autorização de investigação e pesquisa por parte das prevenir, reduzir, controlar e combater a poluição do
entidades envolvidas; meio ambiente marinho;
e) monitorizar a entrada e permanência de embarcações c) zelar pela gestão dos ecossistemas marinhos das zonas
estrangeiras em águas territoriais nacionais, em costeiras e praias, bem como das águas interiores com
cumprimento de leis e regulamentos nacionais e de vista a garantir a sua saúde, equilíbrio e integridade;
acordos internacionais de que o país seja parte, para d) licenciar o exercício da actividade de recuperação de
fins específicos de investigação científica ou outro objectos, destroços ou cargas no fundo do mar e águas
similar; interiores;
f) fiscalizar, no espaço marítimo, águas interiores e zonas e) prevenir a contaminação tóxica prejudicial ou nociva,
costeiras, as actividades de pesca e aquacultura, proveniente de fontes terrestres e da atmosfera
incluindo a pesca recreativa e desportiva, em ou através dela, ou por alijamento;
coordenação com outras entidades competentes; f) prevenir e combater à poluição marinha, fluvial, lacustre
g) monitorizar e fiscalizar a actividade da frota pesqueira e dos respectivos ecossistemas, provenientes de todas
nacional e estrangeira que demandam os portos as fontes susceptíveis de causar danos ao ambiente
nacionais, bem como as actividades da frota pesqueira aquático e costeiro, em coordenação com outras
nacional nas águas sob jurisdição nacional e em Estados entidades relevantes;
terceiros, em coordenação com outras entidades g) prevenir, controlar e actuar sobre acções que resultam
competentes; em descarga intencional ou não de lixo, materiais ou
h) assegurar a articulação institucional visando o empenho, objectos imprestáveis no mar, águas interiores e zonas
em tempo útil, de meios operacionais disponíveis, com costeiras;
vista a uma eficaz capacidade de intervenção; h) aprovar e auditar em coordenação com outras entidades
i) assegurar a colecta, análise, troca e partilha de relevantes a implementação de Planos de contingência
informação e dados de inteligência, visando uma eficaz individuais nas instalações emissoras de poluição ao
fiscalização; longo da costa e nas plataformas fixas ou móveis e suas
j) coordenar e executar operações de fiscalização marítima instalações de apoio com vista ao combate à poluição,
integrada; por hidrocarbonetos e seus derivados, bem como outras
k) certificar a legalidade das capturas do pescado de acordo substâncias nocivas ou perigosas, em coordenação com
com as normas nacionais e internacionais; outras entidades relevantes;
l) fiscalizar as actividades relativas à náutica de recreio i) articular com outras entidades competentes na gestão
e de mergulho subaquático; dos ecossistemas marinhos e das águas interiores,
m) autuar e penalizar os infractores por violação da bem como na elaboração e implementação de Planos
legislação e procedimentos relacionados com a de Maneio nas áreas de conservação marinha e terras
investigação e pesquisa científica marinha, pesca, húmidas sob regime de conservação, com vista a trazer
prevenção da poluição marinha e utilização privativa impactos positivos na qualidade de vida e na adaptação
do espaço marítimo, fluvial e lacustre em coordenação às mudanças climáticas;
com outros órgãos e entidades relevantes; j) emitir pareceres sobre a constituição ou extinção de
n) fiscalizar outras actividades marítimas que, por lei, áreas de conservação marinha e terras húmidas, em
estejam acometidas; coordenação com outras entidades relevantes;
1598 I SÉRIE — NÚMERO 181

k) emitir pareceres relativos a pedidos de exercício ARTIGO 17


de actividades nas áreas de conservação e não (Gabinete de Estudos e Planificação)
consdervação marinha e terras húmidas sob regime
de conservação, em coordenação com outras entidades 1. São funções do Gabinete de Estudos e Planificação:
relevantes; a) conceber e desenvolver um sistema padronizado
l) implementar planos de inventariação e de monitorização e metodologias participativas de planificação,
de acções e impactos de exploração de recursos monitoria e avaliação das actividades do INAMAR, IP;
marinhos, das zonas costeiras e ribeirinhas, em b) coordenar a elaboração dos planos de actividades
articulação com outras entidades competentes; e do INAMAR, IP;
m) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente c) elaborar e monitorizar o plano estratégico, planos
determinadas nos termos do presente estatuto orgânico plurianuais, planos operacionais além da coordenação
e demais legislação aplicável. e revisão periódica desses instrumentos;
d) proceder o diagnóstico do sector visando avaliar a sua
2. A Divisão de Preservação e Combate à Poluição do cobertura, a eficácia interna e externa bem como
Ambiente Marinho é dirigida por um Director de Divisão aferição e registo de resultados e metas;
seleccionado em concurso público e nomeado pelo Presidente e) apoiar na elaboração das previsões orçamentais
do Conselho de Administração. do INAMAR, IP;
f) recolher, compilar, consolidar e harmonizar os planos
ARTIGO 16
de actividades e orçamento do INAMAR, IP;
(Gabinete de Auditoria e Controlo Interno) g) acompanhar, controlar e avaliar a execução das
actividades planificadas;
1. São funções do Gabinete de Auditoria e Controlo Interno:
h) realizar a avaliação do cumprimento dos planos
a) elaborar e implementar procedimentos de controlo e programas de actividades do INAMAR, IP,
interno, verificar a regularidade dos livros, registos e elaborar relatórios de cumprimento, de acordo com
contabilísticos e documentos que lhe servem de a metodologia e periodicidade estabelecidas;
suporte; i) definir indicadores e metas que permitam a monitoria
b) avaliar a eficácia, eficiência e aplicação dos controlos e avaliação dos planos estratégicos do INAMAR, IP;
contabilísticos, financeiros e operacionais; j) implementar sistemas de monitoria de indicadores
c) observar o cumprimento das normas internas e legislação sócio ambientais para geração de informações que
pertinente, e reportar ao Presidente do Conselho de contribuam na formulação de Políticas com objectivo
Administração eventuais desvios na sua observância; de reforço institucional;
d) realizar auditorias, inspecções exames e demais k) assegurar a verificação, nas datas previstas no Plano
diligências necessárias para a fiscalização dos de Monitoria, do grau de realização das actividades
programas do INAMAR, IP; do INAMAR, IP, de modo a quantificar possíveis
e) Emitir pareceres técnicos sobre relatórios, auditorias desvios entre o planificado e o executado e proceder
externas e outras matérias da sua competência; aos ajustes necessários;
f) verificar os procedimentos contabilísticos e os critérios l) monitorizar e avaliar a execução dos programas e
valorimétricos adoptados pelo INAMAR, IP, e que projectos de investimento financiados pelos Parceiros
conduzem a uma correcta avaliação do património de Cooperação e implementados nos diversos sectores;
e dos resultados; m) consolidar, em articulação com as demais unidades
g) averiguar e pronunciar-se sobre denúncias, queixas do INAMAR, IP, as políticas e salvaguardas institucionais;
e petições relativas a eventuais irregularidades; n) realizar, directamente ou através de terceiros, estudos que
h) elaborar e submeter à apreciação do Conselho de sejam de utilidade à Missão do INAMAR, IP;
Administração os relatórios das auditorias que forem o) consolidar os relatórios de progresso do INAMAR, IP; e
realizadas, com as respectivas recomendações; p) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
i) reportar ao Conselho de Administração eventuais determinadas nos termos do presente Estatuto
sugestões sobre melhorias de sistemas de controlo Orgânico e demais legislação aplicável.
interno; 2. O Gabinete de Estudos e Planificação é dirigido por um
j) proceder ao registo e apoio em todos os aspectos Chefe de Gabinete de Instituto Público, nomeado pelo Presidente
relacionados com a candidatura para certificação de de Conselho de Administração.
qualidade nacional e internacional do INAMAR,
IP, de acordo com a sua filiação em organismos ARTIGO 18
internacionais, no âmbito do seu mandato; (Departamento Jurídico e Cooperação)
k) propor a definição da política interna do sistema de gestão
1. São funções do Departamento Jurídico e Cooperação:
de qualidade segundo a norma NM ISO 9001, bem
como implementar o respectivo manual; a) emitir pareceres e prestar demais assessoria jurídica aos
l) assegurar a manutenção da certificação na implementação órgãos do INAMAR, IP;
do sistema de gestão da qualidade; e b) zelar pelo cumprimento e observância da legislação
m) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente aplicável ao INAMAR, IP;
c) propor a concepção e adequação dos instrumentos
determinadas nos termos do presente Estatuto
jurídicos que regulam a actividade e funcionamento
Orgânico e demais legislação aplicável.
do INAMAR, IP;
2. O Gabinete de Auditoria e Controlo Interno é dirigido por um d) emitir pareceres sobre processos de natureza disciplinar,
Chefe de Gabinete de Instituto Público, nomeado pelo Presidente regularidade formal da instrução e adequação legal da
do Conselho de Administração. pena proposta;
19 DE SETEMBRO DE 2022 1599

e) emitir pareceres sobre petições, recursos e remeter i) participar na manutenção e desenvolvimento de um


aos órgãos competentes; banco de dados para o processamento de informação
f) propor a contratação de serviços jurídicos externos; estatística sobre o pessoal do INAMAR, IP;
g) pronunciar-se sobre questões de contencioso j) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
administrativo directamente ou através de terceiros; determinadas nos termos do presente Estatuto
h) elaborar, directamente ou através de terceiros, propostas Orgânico e demais legislação aplicável.
de contratos e instrumentos jurídicos, quando
2. O Departamento de Recursos Humanos é dirigido por
solicitados;
um Chefe de Departamento Central Autónomo, nomeado
i) verificar a conformidade legal dos contratos e dos actos
jurídicos da mesma natureza assumidos ou celebrados pelo Presidente do Conselho de Administração.
pelo INAMAR, IP; ARTIGO 20
j) propor, coordenar e monitorizar a implementação
e ou execução de programas, projectos e acções (Departamento de Administração e Finanças)
de cooperação no âmbito do mandato institucional
1. São funções do Departamento de Administração e Finanças:
do INAMAR, IP;
k) assegurar a implementação dos instrumentos jurídicos a) elaborar a proposta de orçamento do INAMAR, IP de
internacionais dos quais o país seja parte, nos domínios acordo com as normas estabelecidas;
do ordenamento e administração do mar, da segurança, b) assegurar a execução de recursos financeiros necessários
inspecção e fiscalização marítimas e preservação do para as actividades aprovadas, no Plano Económico,
ambiente marinho; Social e Orçamento do Estado - PESOE;
l) promover a adesão, celebração e implementação de c) executar o orçamento de acordo com as normas atinentes
acordos, tratados, códigos e outros instrumentos as despesas do INAMAR, IP;
jurídicos internacionais no âmbito do mandato d) elaborar a conta de gerência e submeter aos órgãos
institucional do INAMAR, IP; competentes de supervisão e inspecção;
m) criar e gerir uma base de dados dos compromissos e) controlar e executar os fundos alocados aos projectos
internacionais atinentes ao mandato institucional e programas do INAMAR, IP e prestar contas às
do INAMAR, IP; entidades competentes;
n) organizar reuniões de consulta e de avaliação da f) progarmar e execurtar as receitas do INAMAR, IP;
participação do INAMAR, IP, nos fora internacional, g) elaborar e divulgar relatórios financeiros e controlo
bem como das parecerias e programas de assistência orçamental, cumprindo normas nacionais
técnica, necessários ao funcionamento da instituição; e e internacionais;
o) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
h) zelar pelos activos do INAMAR, IP e rentabilizá-los
determinadas, nos termos do presente Estatuto
sempre que possível;
Orgânico e demais legislação aplicável;
i) administrar os bens patrimoniais do INAMAR, IP
p) representar o INAMAR, IP, sempre que mandatado
e ou através de terceiros, em processos judiciais de de acordo com a legislação aplicável e garantir
que este for parte; a correcta utilização, manutenção, protecção, segurança
e higiene;
2. O Departamento Jurídico e Cooperação é dirigido por
j) prestar a necessária colaboração aos órgãos de controlo
um Chefe de Departamento Central Autónomo, nomeado
interno e externo, na realização de inspecções
pelo Presidente do Conselho de Administração.
e auditorias; e
ARTIGO 19 k) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
determinadas nos termos do presente Estatuto
(Departamento de Recursos Humanos)
Orgânico e demais legislação aplicável.
1. São funções do Departamento de Recursos Humanos: 2. O Departamento de Administração e Finanças é dirigido por
a) assegurar e coordenar a implementação da Estratégia um Chefe de Departamento Central Autónomo, nomeado pelo
de Gestão dos Recursos Humanos do INAMAR, IP; Presidente do Conselho de Administração.
b) elaborar e gerir o quadro de pessoal e assegurar avaliação
de desempenho dos recursos humanos; ARTIGO 21
c) gerir os processos individuais do pessoal do INAMAR, (Departamento de Tecnologias de Informação, Comunicação
IP;
e Gestão documental)
d) elaborar contratos de trabalho nos casos que se mostrarem
necessários, nos termos da legislação aplicável; 1. São funções do Departamento de Tecnologias de Informação,
e) assegurar a programação e execução dos actos Comunicação e Gestão Documemental:
administrativos do pessoal do INAMAR, IP de acordo
a) no domínio das Tecnologias de Informação:
com os qualificadores profissionais em vigor, nos
termos da legislação aplicável; i. editar, actualizar, distribuir ou vender produtos
f) elaborar e gerir o código de conduta específico do pessoal e publicações resultantes das actividades
e colaboradores do INAMAR, IP; de investigação e pesquisa do INAMAR, IP;
g) articular com a entidade competente da função pública a ii. executar trabalhos de maquetização, reprodução
realização de prova de vida do pessoal do INAMAR, e digitalização de diferentes documentos;
IP; iii. sistematizar a tramitação, elaboração, distribuição
h) prestar a necessária colaboração aos órgãos de controlo da documentação, o acesso, a guarda e a sua
interno e externo, na realização de inspecções eliminação de acordo com a legislação em vigor
e auditorias; e segundo a política adoptada pela instituição;
1600 I SÉRIE — NÚMERO 181

iv. coordenar em articulação com as estruturas vi. recolher, sistematizar e catalogar a informação
competentes e dar cumprimento à aquisição produzida pela Instituição;
de publicações, bases de dados bibliográficas vii. arquivar o acervo bibliográfico do INAMAR, IP; e
e assinaturas de periódicos e seriados; viii. realizar outras actividades que lhe sejam
v. coordenar a concepção, desenvolvimento, manutenção superiormente determinadas nos termos do
e funcionamento dos sistemas de informática presente Estatuto Orgânico e demais legislação
e de comunicação; aplicável.
vi. coordenar a aquisição de hardware e software 2. O Departamento de Tecnologias de Informação,
que venha a ser considerada necessária ao Comunicação e Gestão Documental é dirigido por um Chefe
desenvolvimento das actividades do INAMAR, IP; de Departamento Central Autónomo, nomeado pelo Presidente
vii. coordenar a elaboração e garantir a aplicação do Conselho de Administração.
de procedimentos para a segurança dos dados
e de bases de dados; e ARTIGO 22
viii. realizar outras actividades que lhe sejam
(Repartição de Aquisições)
superiormente determinadas nos termos do
presente Estatuto Orgânico e demais legislação 1. São funções da Repartição de Aquisições:
aplicável a) efectuar o levantamento das necessidades de compras
b) no domínio da Comunicação e Imagem: e contratações de bens e serviços do INAMAR, IP;
i. manter e divulgar a documentação técnico-científica b) realizar a planificação sectorial anual das compras
relevante para o sector; e contratações;
ii. organizar e seleccionar fontes de informação existente c) execução de aquisições compreendendo todo o ciclo de
em vários suportes e meio de acesso; contratação, desde a planificação até a recepção de
iii. proceder a disseminação selectiva de informação obras, bens ou serviços execução pontual do contrato;
técnico-científica conforme as áreas de pesquisas d) observar os procedimentos de contratações previstos no
do sector; Regulamento de contratação de Empreitada de Obras
iv. coordenar e sistematizar as formas de comunicação Públicas, Fornecimento de Bens, Prestação de Serviços
e imagem da instituição para garantir a divulgação ao Estado e outras legislações aplicáveis;
das suas actividades e a sua visibilidade na e) elaborar os documentos de concursos;
sociedade moçambicana e a nível internacional; f) prestar assistência ao júri e zelar pelo cumprimento
v. planificar e desenvolver uma estratégia integrada de todos os procedimentos pertinentes;
de comunicação e imagem corporativa g) submeter a documentação ao Tribunal Administrativo;
do INAMAR, IP; h) receber e processar as reclamações e os recursos
vi. assessorar o Conselho de Administração no interpostos e zelar pelo cumprimento dos procedimentos
relacionamento com os jornalistas, organizando pertinentes;
entrevistas, sessões de capacitação e outras acções i) prestar a necessária colaboração aos órgãos de controlo
relevantes; interno e externo, na realização de inspecções
vii. relacionar-se com os órgãos de comunicação e auditorias; e
social, prestando-lhes informações oficiais sobre j) realizar outras actividades que lhe sejam superiormente
as diversas actividades do INAMAR, IP; determinadas nos termos do presente Estatuto
viii. elaborar a Carta de Serviços do INAMAR, IP; Orgânico e demais legislação aplicável.
ix. produzir o Boletim Informativo do INAMAR, IP; 2. A Repartição de Aquisições é dirigida por um Chefe
x. desenvolver e implementar, sempre que necessário, de Repartição Central Autónoma, nomeado pelo Presidente
um plano de gestão de risco; do Conselho de Administração.
xi. coordenar a realização de seminários para a divulgação
das actividades realizadas no INAMAR, IP; e CAPÍTULO IV
xii. realizar outras actividades que lhe sejam Representação Local do INAMAR, IP
superiormente determinadas nos termos do
presente Estatuto Orgânico e demais legislação ARTIGO 23
aplicável. (Administrações, Delegações e Postos de Fiscalização)
c) no domínio da Gestão Documental: 1. O INAMAR, IP ao nível local é representado por
i. organizar e gerir os arquivos correntes e intermediários, Administrações Marítimas, Delegações Marítimas e Postos de
de acordo com as normas e procedimentos em Fiscalização que, no plano operacional, prosseguem as atribuições
vigor; do órgão central nas respectivas áreas de jurisdição.
ii. avaliar regularmente os documentos de arquivo e dar 2. As Administrações Marítimas são dirigidas por
o devido destino; Administradores Marítimos nomeados por despacho do
iii. monitorar e avaliar regularmente o processo Presidente do Conselho de Administração.
de gestão de documentos e arquivos do Estado 3. As Delegações Marítimas são dirigidas por Delegados
na instituição, incluindo o funcionamento Marítimos nomeados por despacho do Presidente do Conselho
das Comissões de Avaliação de Documentos; de Administração.
iv. garantir a circulação eficiente do expediente, 4. Os Postos de Fiscalização Marítima são dirigidos por Chefes
tratamento da correspondência, registo e arquivo de Posto de Fiscalização nomeados por despacho do Presidente
da mesma; do Conselho de Administração.
v. recolher, tratar, armazenar relatórios e outros 5. A organização e funcionamento das representações locais
documentos produzidos na Instituição; do INAMAR, IP, constam do Regulamento Interno.
19 DE SETEMBRO DE 2022 1601

ARTIGO 24 h) a resultante da venda de embarcações e outros


instrumentos e equipamentos apresados, no âmbito
(Funções das Administrações Marítimas)
do exercício de investigação e pesquisa científica
São funções das Administrações Marítimas: marinhas;
a) exercer a autoridade marítima na área de jurisdição, i) As taxas resultantes da prestação de serviços de vistoria
nos termos das atribuições do INAMAR, IP, neste à actividade de bunkering;
domínio; j) as taxas resultantes de licenças especiais emitidas nas
b) mediar conflitos entre tripulantes, capitão e proprietário áreas de conservação marinha e terras húmidas
ou armador da embarcação e agentes de navegação; sob regime de conservação e de responsabilidade
c) assegurar e coordenar todas as acções operativas a nível ambiental;
da respectiva área de jurisdição; k) as taxas sobre o licenciamento ambiental no meio
d) garantir a aplicação das normas e regulamentos da alçada aquático e zonas costeiras;
do INAMAR, IP; l) subsídios, comparticipações, subvenções ou doações
e) acompanhar, apoiar e fiscalizar todas as actividades atribuídas por quaisquer entidades públicas ou privadas
do INAMAR, IP, na área de sua jurisdição; nacionais ou estrangeiras; e
f) propor e gerir os meios materiais, humanos e financeiros m) outra receita que como tal lhe seja destinada.
necessários ao seu funcionamento;
g) elaborar inventários periódicos e anuais dos bens 2. A receita arrecadada deve ser canalizada na sua totalidade,
patrimoniais e zelar pelo cumprimento do Regulamento nos termos da legislação aplicável, a título de receita própria, para
do Património do Estado; e a Conta Única do Tesouro que, após a sua cobrança, é consignada
h) elaborar relatórios e submetê-los à apreciação e avaliação ao INAMAR, IP.
do Conselho de Administração. 3. O Tesouro Público, no prazo de cinco dias úteis após
a receitação, procede à devolução ao INAMAR, IP, a título
ARTIGO 25 de consignação definitiva, a percentagem da receita transferida
(Funções das Delegações Marítimas) para a Conta Única do Tesouro.
4. A devolução da receita referida no número anterior
As Delegações Marítimas exercem a autoridade marítima na é efectuada mediante requisição e registo de necessidades
área de jurisdição, nos termos das atribuições das Administrações no e-SISTAFE.
Marítimas.
ARTIGO 26 ARTIGO 28
(Dotações do orçamento do Estado)
(Funções dos Postos de Fiscalização)

Os Postos de Fiscalização funcionam nas áreas de jurisdição O INAMAR, IP beneficia, ainda, de dotações do Orçamento
das Delegações Marítimas e exercem a autoridade marítima nesse do Estado, para o seu funcionamento.
âmbito territorial.
ARTIGO 29
CAPÍTULO V (Despesas)
Regime orçamental e patrimonial
Constituem despesas do INAMAR, IP:
ARTIGO 27
a) as que resultem do exercício das suas atribuições
(Receitas) e competências;
b) as remunerações dos respectivos funcionários,
1. Constituem receitas próprias do INAMAR, IP, nos termos
da legislação aplicável: dos membros do Conselho de Administração
e do Conselho Fiscal;
a) as taxas e emolumentos relativos à prestação de serviços c) encargos com o funcionamento corrente da actividade
decorrentes do exercício das suas competências; do INAMAR, IP; e
b) as taxas resultantes de concessão, bem como de licença de d) outras despesas admitidas por lei.
utilização privativa do espaço marítimo e de domínio
público marítimo e costeiro para diferentes finalidades; ARTIGO 30
c) as resultantes da aplicação de multas por infracções
contravencionais à legislação marítima, pesqueira (Planos e orçamentos)
e afim; 1. Os planos de actividades e respectivos orçamentos anuais
d) uma percentagem do valor de salvados do mar; do INAMAR, IP, são compatibilizados com as instruções
e) uma percentagem do valor do contrato celebrado, entre emanadas pelas tutelas e de acordo com as estratégias e planos
armadores e empresas nacionais e estrangeiras, para do Governo e submetidos à aprovação do Ministro de tutela
prestação de serviço de assistência e de salvação, nas sectorial, nos termos legais.
águas sob jurisdição nacional; 2. O INAMAR, IP, elabora, com referência a cada ano
f) uma percentagem do valor do contrato celebrado, entre económico, os respectivos orçamentos operacionais e de
armadores e empresas nacionais e estrangeiras, investimento, os quais são aprovados pelos Ministros de tutela
para prestação de serviço de reboque nas águas sectorial e financeira.
sob jurisdição nacional, excepto o concernente 3. O INAMAR, IP, submete aos Ministros de tutela
às operações portuárias; sectorial e financeira, os relatórios e contas de execução
g) uma percentagem do valor do contrato celebrado orçamental acompanhados dos relatórios do órgão de fiscalização
entre armadores e empresas nacionais e estrangeiras trimestralmente.
para prestação de serviço de assistência nas águas 4. Compete ao Ministro de tutela sectorial submeter o plano
sob jurisdição nacional, excepto o concernente de actividades e orçamento, até 31 de Agosto, ao Ministro
às operações portuárias; de tutela financeira.
1602 I SÉRIE — NÚMERO 181

ARTIGO 31 Estado, nomeadamente pela Lei do Sistema de Administração


Financeira do Estado, Plano Geral de Contabilidade, regime da
(Relatórios e contas)
tesouraria do Estado, em particular, o princípio e as regras da
1. O INAMAR, IP, com referência a 31 de Dezembro de cada unidade de tesouraria, e demais legislação aplicável.
ano, elabora os seguintes documentos:
a) relatórios do Conselho de Administração, indi- CAPÍTULO VI
cando como foram atingidos os objectivos Regime do pessoal e remuneratório
do INAMAR, IP, e analisando a eficiência dos mesmos ARTIGO 34
nos vários domínios de actuação;
b) balanço e mapa de demonstração de resultados; e (Regime do pessoal)
c) mapa de fluxo de caixa.
O pessoal do INAMAR, IP, observa o regime estabelecido
2. Os documentos referidos no número anterior são aprovados no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
por Despacho do Ministro de tutela sectorial, tendo em e demais legislação aplicável do funcionalismo público sendo,
consideração o parecer do Conselho Fiscal. porém, excepcionalmente, admissível a celebração de contratos
ARTIGO 32 de trabalho, sempre que seja compatível com a natureza das
funções a desempenhar, nos termos da legislação aplicável.
(Património)
ARTIGO 35
O património do INAMAR, IP, é constituído pela universalidade
dos seus bens, nomeadamente: (Regime remuneratório)
a) os que transitaram do INAMAR para o INAMAR, IP, 1. O regime remuneratório aplicável ao pessoal
por força do Decreto n.° 88/2021, de 28 de Outubro; e
do INAMAR, IP, é o dos funcionários e agentes do Estado,
b) os demais bens de qualquer natureza que venha a adquirir,
de acordo com os critérios estabelecidos na Tabela Salarial Única
que lhe forem afectos ou doados, incluindo legados.
e demais legislações aplicáveis.
ARTIGO 33 2. Os membros do Conselho Fiscal têm direito a senha
de presença, por cada sessão em que estejam presentes, cujo valor
(Gestão financeira e patrimonial) é fixado por Despacho único dos Ministros que superintendem as
A gestão financeira e do património afecto ao INAMAR, IP, áreas da função pública e das finanças, nos termos da legislação
rege-se pelas normas aplicáveis aos órgãos e instituições do aplicável.

Preço — 60,00 MT

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P.

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