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Número 116
5. As entidades nomeadas pelo Presidente da República 3. A formação em exercício ocorre na instituição da afectação
prestam o seguinte juramento: dos novos funcionários e incide sobre matérias de especialidade
“Eu, (nome completo) juro, por minha honra, servir do sector.
fielmente o Estado e a Pátria moçambicana 4. A indução deve incidir sobre as seguintes matérias:
e dedicar todas as minhas energias ao serviço a) estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
do Povo moçambicano no exercício das funções e seu Regulamento;
que me são confiadas pelo Presidente da República”.
b) normas de organização e funcionamento dos serviços da
6. Os demais funcionários prestam o seguinte juramento: Administração Pública;
“Eu, (nome completo) juro, por minha honra, servir c) elaboração de documentos oficiais na Administração
fielmente o Estado e a Pátria moçambicana Pública;
e dedicar todas as minhas energias ao serviço do Povo d) ética e deontologia profissional;
moçambicano no exercício das funções e tarefas que e) sistema Nacional de Arquivos do Estado (SNAE);
me são conferidas por lei”. f) legislação específica da instituição onde o funcionário ou
7. Cabe ao dirigente com competência para nomear ou a quem agente do Estado está afecto;
este designar, conferir posse e enunciar os principais direitos g) conteúdo das actividades que se desenvolvem
e deveres do empossado. na instituição, rotinas e procedimentos; e
8. O auto de posse deve constar de livro próprio com termo h) outras matérias e demais legislação relevantes.
de abertura e encerramento e as folhas numeradas e rubricadas.
9. O auto de posse é assinado pelo Dirigente que preside ao Artigo 16
acto, pelo empossado e pelo funcionário do Estado que o elaborou. (Nomeação definitiva)
10. Após a tomada de posse o funcionário do Estado deve
assinar o termo de início de funções. 1. A passagem da nomeação provisória em definitiva
é automática e produz efeitos a partir da data em que o funcionário
Artigo 12 completa dois anos de exercício de suas actividades.
(Indução) 2. A nomeação definitiva não carece de requerimento
do funcionário.
1. A indução é o processo de aprendizagem pelo qual
3. O dirigente competente exara o despacho de nomeação
o funcionário é integrado no ambiente de trabalho e adquire
competências, habilidades e atitudes. definitiva no prazo de 15 dias, contados a partir da data
2. A indução deve potenciar o funcionário ou agente do da passagem da nomeação provisória para definitiva e submete
Estado para enquadrar-se na instituição de forma rápida e fácil, ao Tribunal Administrativo competente, para efeitos de anotação.
e a identificar-se com os objectivos da instituição, bem como ser 4. O despacho de nomeação definitiva é enviado à Imprensa
produtivo e motivado. Nacional, nos 45 dias subsequentes à sua recepção do Tribunal
Administrativo competente, para efeitos de publicação.
Artigo 13 5. Nos casos em que a nomeação é precedida de contrato
(Processo de indução) ou nomeação interina, o tempo de serviço prestado conta para
efeitos de nomeação definitiva.
1. O funcionário do Estado de nomeação provisória está sujeito
a indução que visa a integração e a socialização sobre matérias Artigo 17
da Administração Pública.
2. A indução inicia no prazo de 30 dias a partir da data (Impedimentos para nomeação definitiva)
do início de funções e tem a duração de três meses. 1. A passagem da nomeação provisória em nomeação definitiva
3. A indução é extensiva ao funcionário recém transferido
não tem lugar quando haja manifestação em contrário de uma das
ou colocado numa área de actividade diferente e o nomeado
em comissão de serviço. partes ao longo do período da nomeação provisória.
4. Em caso de necessidade, o agente do Estado recém 2. A manifestação em contrário deve constar de documento
contratado pode ser submetido ao processo de indução. escrito e devidamente fundamentado.
3. Constitui impedimento para a nomeação definitiva
Artigo 14 a obtenção, na avaliação de desempenho, de classificação inferior
(Intervenientes do processo) a “bom” ou que tenha cometido infracções igual ou superior
a despromoção.
São intervenientes no processo de indução os seguintes: 4. Nos casos referidos no número anterior o funcionário
a) área de Recursos Humanos; é dispensado, sem processo disciplinar, em qualquer altura
b) funcionários que ocupam cargos de direcção, chefia do provimento provisório, sem direito a indemnização.
e confiança; 5. Nos casos em que o funcionário de nomeação provisória
c) área de Formação; e dispensado, nos termos do n.º 4 do presente artigo, voltar a ser
d) funcionários e agentes do Estado da área de actividade. admitido nos quadros da administração pública, o tempo da
nomeação provisória anterior é válido para efeitos de contagem
Artigo 15 de tempo para aposentação.
(Métodos de indução)
Artigo 18
1. O processo de indução deve ocorrer por via de curso
(Mobilidade)
de indução e formação em exercício.
2. Os cursos de indução referidos no número anterior 1. Entende-se por mobilidade a movimentação de um
são ministrados pelas instituições Públicas de Formação em funcionário de nomeação definitiva, por via de transferência
Administração Pública. ou destacamento.
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2. A mobilidade deve ter em conta as necessidades de serviço, conservando o funcionário a sua carreira ou categoria no quadro
o desenvolvimento do carácter unitário nacional do Aparelho de origem, sendo pago pelo organismo onde exerce funções.
do Estado e a formação do funcionário ou agente do Estado. 8. O funcionário em regime de destacamento deve beneficiar
3. No acto da mobilidade de funcionário do Estado deve ser dos actos administrativos referentes a promoção, progressão
indicada a carreira ou categoria para qual o funcionário será e mudança de carreira no quadro de origem.
enquadrado e a função quando aplicável.
4. No caso referido no número anterior os requisitos Artigo 21
do funcionário devem corresponder aos do qualificador (Direitos adquiridos)
da respectiva carreira ou categoria.
5. Na mobilidade por conveniência de serviço do funcionário Constituem direitos adquiridos todos aqueles estritamente
cujo cônjuge ou pessoa com quem vive em união de facto ligados a carreira ou categoria do funcionário do Estado,
é também funcionário deve igualmente ser assegurada nomeadamente, vencimento base e bónus especial.
a mobilidade deste, nos termos da lei.
Artigo 22
Artigo 19 (Nomeação interina)
(Transferência) 1. A nomeação interina consiste no provimento de lugar
1. A transferência é a afectação de um funcionário a tarefas vago na classe ou categoria e escalão, cujo titular se encontre
em local diferente daquele em que se encontra a prestar serviço em situação de inactividade ou actividade fora do quadro que
dentro dos quadros da Administração Pública. implique suspensão de vencimento.
2. A transferência ocorre por iniciativa do Estado. 2. A nomeação interina é temporária e não deve exceder dois
3. A transferência pode, também, ocorrer à pedido anos consecutivos.
do funcionário ou por permuta entre estes, desde que sejam 3. O tempo de serviço prestado em regime de interinidade
apresentados motivos relevantes devidamente justificados conta para todos os efeitos legais de efectividade, promoção
e quando tal não cause transtornos ao normal funcionamento e progressão.
dos serviços. 4. O funcionário em regime de interinidade beneficia-se
4. A transferência nos termos do número anterior não de promoção e progressão na carreira de origem desde que reúna
confere ao funcionário ou agente do Estado o direito ao abono os requisitos para o efeito.
de passagem. 5. Na nomeação interina não há lugar à promoção
5. A transferência de funcionários, entre os quadros de pessoal ou progressão na classe ou categoria e escalão em que o funcionário
dos órgãos centrais, provinciais, distritais e autárquicos fica está nomeado interinamente.
condicionada à existência de vaga e disponibilidade orçamental 6. Quando, em virtude da promoção e progressão no lugar
de origem, o funcionário ficar integrado em classe ou categoria
e à prévia concordância dos respectivos dirigentes para onde essa
e escalão com vencimento superior ao que lhe é devido como
transferência seja pretendida.
interino, regressa a carreira de origem.
6. A transferência do funcionário efectiva-se por despacho
7. O despacho que dá por findo o exercício de actividades em
conjunto sujeito a anotação do Tribunal Administrativo
regime de interinidade é remetido ao Tribunal Administrativo
competente, salvo os casos determinados por Presidente da competente para anotação.
República, Presidente da Assembleia da República e Primeiro- 8. Da nomeação interina, é lavrado o termo de início
-Ministro ou por decisão da entidade que superintende a área de funções, não carecendo de posse.
da função pública.
7. Salvo casos excepcionais, nenhum funcionário pode ser SECÇÃO III
transferido sem que tenham decorridos 2 anos contados a partir
da sua última transferência. Contratos
Artigo 23
Artigo 20
(Contratos)
(Destacamento)
1. A Presidência da República pode celebrar contratos, com
1. O destacamento consiste na afectação do funcionário por dispensa de concurso por um período até cinco anos, podendo
iniciativa de serviço e no interesse do Estado, para exercer ser renovados por igual período uma única vez para lugares de
actividade ou função fora do quadro de pessoal da Administração assessoria e apoio geral previstos no respectivo quadro de pessoal.
Pública. 2. A Assembleia da República e o Gabinete do Primeiro-
2. O destacamento é decidido por despacho do dirigente Ministro podem celebrar contratos com dispensa de concurso,
competente para nomear. por um período até cinco anos podendo ser renovados por igual
3. O despacho do dirigente referido no número anterior, depois período uma única vez para lugares de assessoria e pessoal
de ter sido visado pelo Tribunal Administrativo competente, da área de apoio nas residências oficiais e protocolares previstos
é bastante para a tomada de posse do funcionário destacado. nos respectivos quadros de pessoal.
4. O regime do destacamento tem duração de 5 anos 3. Os órgãos e instituições do Estado, bem como as entidades
prorrogáveis uma única vez por igual período, devendo ser sempre descentralizadas podem ainda celebrar contratos a termo
no interesse e iniciativa da Administração Pública. certo, pelo período até quatro anos não renováveis, nos termos
5. Em caso de prorrogação do destacamento, o funcionário será da legislação específica:
colocado em situação de supranumerário e é aberta a respectiva
vaga no quadro de pessoal. a) para execução de actividades de natureza não permanente
6. O exercício de funções de direcção, chefia e confiança fora que exijam conhecimentos técnicos especializados; e
da instituição a que o funcionário está vinculado, só pode ocorrer b) para certas actividades ou prestação de serviços
por via de destacamento. que exijam qualificação habilitacional ou profissional
7. O destacamento para o exercício de funções de direcção, específica desde que se observe as vagas e requisitos
chefia e confiança dentro do quadro de pessoal da Administração para efeitos previstos no respectivo quadro de pessoal
Pública implica provimento e posse no lugar do quadro de pessoal e qualificador.
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ARTIGO 39 ARTIGO 43
(Periodicidade) (Responsabilidade na organização do processo)
ARTIGO 46 ARTIGO 51
(Composição dos quadros) (Substituição)
1. A nível dos órgãos centrais do Estado os quadros de pessoal 1. A substituição consiste na nomeação de um funcionário
integram as funções de direcção, chefia e confiança de nível para exercício de funções de direcção, chefia ou de confiança,
central e as carreiras de regime geral, específicas e especial. por ausência ou impedimento temporário do titular, por período
2. A nível provincial os quadros de pessoal integram as funções
não superior a 365 dias.
de direcção, chefia e confiança de nível provincial e as carreiras
do regime geral, específicas e especial. 2. A designação para substituição deve recair prioritariamente
3. A nível distrital os quadros de pessoal integram as funções no substituto legal, quando aplicável.
de direcção, chefia e confiança de nível distrital e as carreiras de 3. Só pode ser nomeado para exercício de actividades em
regime geral, específica e especial. regime de substituição, o funcionário que reúna os requisitos
4. O quadro de pessoal das instituições de administração exigidos pelo qualificador profissional dessa função ou exerça
indirecta do Estado integram as funções de direcção, chefia função imediatamente inferior.
e confiança e as carreiras de regime geral, específicas, especiais. 4. Excepcionalmente, não existindo na instituição um
5. Os quadros de pessoal das Autarquias Locais integram as
funcionário que satisfaça os requisitos referidos nos números
funções de direcção, chefia e confiança, referentes as Autarquias
Locais e as carreiras de regime geral, específicas, especiais. anteriores, pode a designação do substituto recair em funcionário
de outro quadro de pessoal do Aparelho do Estado, a decidir
ARTIGO 47 discricionariamente pelo dirigente com competência para nomear
(Aprovação dos quadros de pessoal) ou seu delegado expressamente autorizado.
5. A substituição não se aplica nos casos de lugar vago por falta
1. A aprovação e a alteração dos quadros de pessoal central são
de provimento, ausência ou impedimento permanentes do titular.
feitas nos termos legalmente estabelecido ouvido o Órgão Director
Central do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Humanos. ARTIGO 52
2. Compete ao Ministro que superintende a área da função
pública a aprovação, alteração ou ractificação dos quadros de (Acumulação de funções)
pessoal dos órgãos locais do Estado, da administração indirecta,
entidades descentralizadas provincial, distrital ou autarquia local. 1. A acumulação de funções consiste no exercício simultâneo,
pelo mesmo funcionário de dois cargos de direcção ou chefia,
ARTIGO 48 idênticos ou do mesmo grupo salarial, por ausência ou não
(Metodologia para elaboração dos quadros de pessoal) provimento do titular de um deles, por período não superior a 180
dias findo o qual cessa devendo ser nomeado o titular em regime
A metodologia para elaboração dos quadros de pessoal
de comissão de serviço.
é aprovada pelo órgão competente sob proposta do Órgão Director
Central do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Humanos. 2. Decorrido o período referido no n.º 1, o funcionário cessa
a acumulação de funções, devendo-se nomear o titular para
CAPÍTULO V o lugar, em comissão de serviço.
Regimes especiais de actividade
ARTIGO 53
ARTIGO 49
(Efeitos do regime especial de actividade)
(Situações de Regime especial de actividade)
1. Durante o exercício de funções, em regime especial,
1. O funcionário do Estado com nomeação definitiva pode
exercer temporariamente funções em Regime especial de o funcionário é autorizado a candidatar-se a concursos
actividade, designadamente: de promoção e de mudança de carreira profissional, beneficiar
a) comissão de Serviço; de progressão e frequentar estágios de aperfeiçoamento no seu
b) substituição; quadro de origem e correspondentes à sua categoria ou classe.
c) acumulação de Funções; e 2. Findas as situações que determinaram o regime especial
d) destacamento. o funcionário regressa ao respectivo quadro de origem,
2. Findas as situações de regime especial referidas no n.º 1 beneficiando do vencimento e das regalias inerentes à categoria
do presente artigo, o funcionário do Estado deve, no prazo de de que é titular.
30 dias, fazer a passagem de pastas, restituição da habitação,
material, equipamento e meios da instituição que, por força da CAPÍTULO VI
função estiveram ao seu dispor.
Situação do Funcionário em relação ao quadro
ARTIGO 50 ARTIGO 54
(Comissão de serviço) (Situação do funcionário em relação ao quadro)
1. A comissão de serviço consiste na nomeação do funcionário O funcionário no quadro do pessoal pode encontrar-se numa
para exercer cargo de direcção, chefia ou de confiança. das seguintes situações:
2. As funções de direcção chefia e confiança só podem ser
preenchidas com obediência às exigências e requisitos referidos a) actividade no quadro;
nos respectivos qualificadores profissionais e demais legislação b) actividade fora do quadro;
aplicável. c) inactividade no quadro;
3. As funções de direcção, chefia e de confiança constam d) inactividade fora do quadro; e
de legislação específica. e) supranumerário.
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3. Excepcionalmente, a conversão da carreira é aplicável nos 2. Quando a formação referida no número anterior é superior
casos em que o funcionário está na carreira diferente da actividade a 365 dias, está sujeita ao regime de bolsas nos termos previstos
que exerce, sendo que o seu equadramento ocorre na classe em regulamentação específica.
e escalão correspondentes a aquelas em que se encontra.
ARTIGO 68
ARTIGO 64 (Remuneração por trabalho extraordinário)
(Qualificadores Profissionais) 1. Há lugar a remuneração por trabalho extraordinário, quando
A criação, reestruturação ou extinção de qualificadores se verifique motivos ponderosos para a sua realização.
2. Para efeitos de pagamento de horas extraordinárias, o serviço
e carreiras profissionais são aprovadas pelo órgão competente para
requisitante deve:
o efeito, sob proposta fundamentada do organismo interessado,
mediante parecer do Órgão Director Central do Sistema Nacional a) propor ao dirigente com competência para autorizar,
indicando a necessidade do serviço, os nomes dos
de Gestão de Recursos Humanos do Estado (SNGRHE), nos
funcionários ou agentes do Estado que provavelmente
termos da legislação específica. vão efectuar as horas extras e as respectivas carreiras
CAPÍTULO VIII e/ou categorias; e
b) controlar o trabalho por eles executado e as respectivas
Remuneração do funcionário e agente do Estado horas e, mensalmente, elaborar um mapa de horas
ARTIGO 65 extras que é remetido ao processador de salários.
(Remuneração) ARTIGO 69
1. A remuneração do funcionário é constituída pelo vencimento (Remuneração por trabalho em regime de turnos)
e suplementos. 1. Considera-se trabalho por turno, todo aquele que é prestado
2. O vencimento constitui a retribuição ao funcionário ou em regime de escalonamento em virtude da exigência de
agente do Estado, de acordo com a sua carreira, categoria ou funcionamento do serviço durante vinte e quatro horas do dia.
função, como contrapartida pelo trabalho prestado ao Estado e 2. Cada turno não pode exceder o período máximo estabelecido
consiste numa determinada quantia em dinheiro paga em período para o trabalho normal diário.
e local certo. 3. Os turnos funcionarão sempre em regime de rotação, para
3. Todo o funcionário e agente do Estado em regime idêntico que sucessivamente se substituam em períodos regulares de
trabalho.
de prestação de serviço tem direito a receber vencimento igual 4. O dia de descanso semanal deverá coincidir com domingo,
por trabalho igual. pelo menos uma vez em cada período de quatro semanas.
5. A mudança de turno só pode ocorrer após o dia de descanso,
ARTIGO 66
salvo casos excepcionais como tal reconhecidos pelo dirigente
(Remuneração do trabalho em condições excepcionais) respectivo.
6. O disposto no número 1 do presente artigo não se aplica
1. Considera-se trabalho prestado em condições de risco, às categorias cujas funções pela sua natureza, só possam ser
penosidade ou insalubridade: exercidas em período predominantemente nocturno.
a) actividades realizadas em condições excepcionais, de
ARTIGO 70
entre outras nos locais afectados pela seca, em situação
de isolamento ou de difíceis condições de vida e de (Subsídio em prisão preventiva)
trabalho e de grande incidência de situações endémicas 1. Aos familiares do funcionário e de agente do Estado em
ou epidémicas; e prisão preventiva, previstos no n.° 5, do artigo 79 do Estatuto
b) actividades que envolvam particular desgaste físico ou Geral dos Funcionários e Agentes do Estado é pago um subsídio
psíquico nomeadamente, as que envolvam exposição mensal, calculado em 60% do último vencimento base do
a Raio X e substâncias radioactivas e tóxicas. funcionário.
2. O pagamento do subsídio referido no número anterior aos
2. Para além das situações definidas no número anterior, podem
familiares do agente do Estado, está condicionado a validade do
ser definidas outras quando o interesse do Estado assim o exija. seu contrato.
3. O Ministro que superintende a área da função pública
3. Compete ao funcionário ou agente do Estado em prisão
mediante proposta dos dirigentes dos órgãos centrais e locais,
preventiva indicar um dos familiares previstos referidos no n.º 5
ouvido o Ministro que superintende a área das finanças e se for
o caso o Ministro que superintende a área da saúde, aprova, por do artigo 102 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do
despacho, os locais e actividades abrangidos pelo disposto nos Estado que vai receber o subsídio referente a prisão preventiva.
n.ºs 1 e 2 do presente artigo. 4. Cessando a prisão preventiva e não havendo lugar
à acusação, o funcionário do Estado retoma retroactivamente
ARTIGO 67 a sua remuneração por inteiro, deduzindo-se o valor dos subsídios
(Remuneração em período de formação) eventualmente pagos à família.
5. O pagamento do subsídio cessa logo que for deduzida
1. O funcionário ou agente do Estado em actividade que
e recebida a acusação pelo Tribunal ou nos casos de evasão do
seja seleccionado para frequentar cursos de formação ou de
aperfeiçoamento técnico-profissional, reciclagens ou estágios, funcionário detido.
realizados em território nacional ou no estrangeiro por período 6. O funcionário do Estado absolvido retoma retroactivamente
não superior a 365 dias tem direito à remuneração integral do a sua remuneração por inteiro, deduzindo-se o valor dos subsídios
seu vencimento. eventualmente pagos à família.
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CAPÍTULO IX ARTIGO 75
(Progressão)
Formação e Desenvolvimento de Recursos Humanos
ARTIGO 72 1. A progressão é a mudança de escalão para outro
imediatamente superior dentro da respectiva faixa salarial.
(Formação) 2. A progressão depende da verificação cumulativa dos
seguintes requisitos:
1. A formação e aperfeiçoamento profissional é orientada para
a) tempo mínimo de 2 anos completos de serviço efectivo
a capacitação, especialização e requalificação dos funcionários
no escalão em que está enquadrado;
promovendo a eficiência e eficácia dos serviços. b) avaliação de potencial;
2. A formação destina-se a capacitar os funcionários e agentes c) avaliação de desempenho não inferior a bom em cada
do Estado para melhorar o desempenho de suas actividades um dos últimos 2 anos; e
no sector ou ao desempenho de funções de direcção, chefia d) existência de cabimento orçamental.
e confiança. 3. A progressão não exige a posse e produz efeitos a partir
3. Na formação dos funcionários deve tomar-se por base o seu da data da anotação pelo Tribunal Administrativo competente.
nível escolar, a qualificação técnica ou profissional e a avaliação 4. A progressão não depende de requerimento do interessado,
de desempenho. devendo os serviços providenciar oficiosamente o seu
4. O funcionário cuja avaliação de desempenho seja regular processamento em tempo oportuno.
e com potencial para desenvolvimento profissional deve ser ARTIGO 76
submetido a cursos de capacitação profissional com vista a elevar
(Avaliação de potencial)
o seu desempenho.
5. O Subsistema de Formação em Administração Pública, 1. A avaliação de potencial é a valoração das competências
abreviadamente designado SFAP, estabelece um conjunto profissionais do funcionário do Estado a partir de indicadores
de normas directrizes e estratégias que devem assegurar pré-definidos.
a implementação de uma política integrada de formação na área 2. A avaliação do potencial visa graduar os funcionários
de Administração Pública. dentro do mesmo escalão, permitindo progredir para o escalão
imediatamente superior e tem como base indicares a que se atribui
ARTIGO 73 uma pontuação em função da sua influência no desenvolvimento
profissional.
(Desenvolvimento de recursos humanos) 3. Os indicadores seleccionados para avaliação do potencial
1. O desenvolvimento profissional do funcionário do Estado devem permitir a verificação do crescimento presumido
é o processo permanente de ampliação do seu potencial através da capacidade e esforços individuais do desenvolvimento
de acções de indução, formação e avaliação que visem o seu profissional dos funcionários.
crescimento profissional através da promoção, progressão ARTIGO 77
e mudança de carreira profissional.
(Indicadores da avaliação de potencial)
2. Os titulares ou membros de órgão de soberania e de órgão
público que sejam funcionários do Estado progridem na carreira 1. São indicadores da avaliação do potencial:
de origem durante o período de exercício de funções. a) o tempo de serviço na administração pública, desde
3. Após a cessação de funções, o titular ou membro de órgão o ingresso até a data do início da avaliação do
de soberania ou órgão público que seja funcionário do Estado potencial;
é enquadrado na respectiva carreira profissional. b) tempo efectivo na carreira actual;
c) tempo de serviço no escalão actual;
ARTIGO 74 d) habilitações académicas;
(Promoção) e) formação não formal; e
f) média de classificação de serviço dos últimos 2 anos.
1. A promoção é a mudança para a classe ou categoria seguinte
da respectiva carreira e opera-se para escalão a que corresponda ARTIGO 78
vencimento imediatamente superior.
(Mudança de Carreira)
2. A promoção depende da verificação cumulativa dos
seguintes requisitos: 1. A mudança de carreira profissional corresponde a transição de
a) tempo mínimo de 2 anos completos de serviço efectivo uma carreira para a outra obedecendo os requisitos habilitacionais
no último escalão da classe ou categoria em que está e profissionais exigidos nos qualificados profissionais.
enquadrado; 2. A mudança de carreira profissional faz-se por concurso e está
b) avaliação de desempenho não inferior a bom em cada condicionada a verificação cumulativa dos seguintes requisitos:
um dos últimos 2 anos; a) obtenção de nível académico ou técnico profissionais em
c) aprovação em concurso de acordo com o qualificador da área de formação enquadrada nas necessidades actuais
respectiva carreira; e da instituição em que o funcionário presta serviço;
d) existência de cabimento orçamental. b) aprovação em concurso de mudança de carreira;
950 I SÉRIE — NÚMERO 116
Os funcionários em actividade seleccionados nos termos 1. A bolsa de estudo é atribuída mediante concurso interno,
do artigo 10 do presente regulamento tem direito as seguintes cujos resultados são publicados nos mesmos termos referidos no
remunerações: artigo anterior.
a) o funcionário bolseiro a tempo parcial aufere um valor 2. O anúncio da bolsa de estudos deve conter a seguinte
correspondente a 85 por cento da remuneração mensal; informação:
b) o funcionário bolseiro a tempo inteiro no país ou no a) tipo, finalidade, duração, localização e quantitativo da
estrangeiro aufere um valor correspondente a 75 por bolsa;
cento da remuneração mensal; e b) requisitos exigidos para candidatura;
c) estão isentos dos descontos previstos nas alíneas c) documentos a apresentar pelos candidatos;
anteriores aos funcionários bolseiros quando o período d) prazo da candidatura; e
de formação for inferior ou igual a um ano. e) prazo para divulgação dos resultados.
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ARTIGO 87 ARTIGO 91
(Requisitos para atribuição de Bolsa de Estudos) (Deveres gerais de funcionário bolseiro)
1. São requisitos para atribuição de bolsa de estudo: 1. São deveres do funcionário bolseiro, nomeadamente:
a) funcionário do Estado; a) dedicar o tempo na formação ou no estudo a que se
b) tempo de serviço no Aparelho do Estado não inferior destina a bolsa com vista a obtenção de melhor
a 5 anos; aproveitamento;
c) avaliação de desempenho não inferior a bom nos últimos b) cumprir pontualmente as exigências da formação ou do
dois anos; estudo a que se destina a bolsa;
d) idade inferior ou igual a 45 anos para cursos de longa c) não exercer qualquer tipo de actividade remunerada
durante o período da duração da bolsa, salvo quando
duração, ou seja, igual ou superior a 4 anos;
seja considerado complementar do curso ou no período
e) existência de cabimento orçamental; e
de férias e devidamente autorizado pelo respectivo
f) outros requisitos definidos no anúncio da bolsa de estudo.
dirigente;
2. Nos casos em que a bolsa de estudo é concedida pelo d) apresentar relatório da formação ou do estudo a que
financiador externo, o funcionário deve juntar o comprovativo se destina a bolsa, de acordo com a periodicidade
da aprovação da candidatura, confirmação de compromisso de estabelecida no contrato;
pagamento das despesas de passagem aérea de ida e volta, visto, e) regressar a instituição a que está afecto findo o período
seguro de viagem, seguro de saúde, alojamento, alimentação, da formação;
inscrição, propinas, certificado, diploma e taxa de graduação. f) prestar trabalho ao Estado por um período mínimo
correspondente ao período de duração da bolsa ou da
ARTIGO 88 formação;
(Selecção e graduação dos candidatos)
g) cumprir integralmente as condições da bolsa ou de
formação bem como o regulamento das instituições
1. No processo de selecção dos candidatos são apurados de ensino ou de formação; e
aqueles que reúnam os requisitos estabelecidos. h) respeitar as normas e as leis do país onde decorre
2. Na graduação dos candidatos apurados constituem a formação.
circunstâncias preferências pela ordem indicada: 2. A autorização referida na alínea c) do n.º 1 do presente artigo,
a) melhor classificação de desempenho; não é concedida nos casos em que a actividade a ser realizada pelo
b) maior experiência profissional no aparelho do Estado; e funcionário bolseiro seja prejudicial ao desempenho ou contrarie
c) outras indicadas no anúncio. as condições previstas no contrato.
3. Quando a duração da bolsa for igual ou superior a um ano, o
ARTIGO 89 funcionário bolseiro deve apresentar relatório semestral, devendo
incluir a previsão da conclusão do curso, salvo se o contrato
(Notificação do resultado do concurso)
estabelecer outra periodicidade.
Os resultados do concurso devem ser publicados e fixados na
vitrina, na página de internet ou em outro lugar de livre acesso, ARTIGO 92
dentro do prazo constante do anúncio da bolsa de estudo. (Direitos gerais do funcionário bolseiro)
ARTIGO 90 São direitos gerais do funcionário bolseiro:
(Contrato de bolsa de estudo) a) receber o quantitativo da bolsa nos termos do contrato;
b) a dispensa total ou parcial do serviço nos termos
1. Para efeitos de concessão de bolsa de estudo as instituições do contrato;
devem celebrar com o funcionário bolseiro um contrato. c) a manutenção de todos os direitos do funcionário,
2. O contrato referido no número anterior contem os seguintes enquanto bolseiro nos termos da lei;
elementos: d) ser considerada a informação sobre o seu aproveitamento
a) identificação das partes; durante a formação na avaliação do desempenho;
b) tipo e duração da bolsa; e) ter assistência médica e medicamentosa nos termos
c) local de formação; estabelecidos no contrato e demais legislação
d) forma e período de pagamento do quantitativo da bolsa; apalicável;
e) obrigações da instituição e do funcionário bolseiro, f) ser assegurado transporte para si bem como os seus
incluindo as que resultem do incumprimento do artigos de uso pessoal no início e no fim da formação
contrato; desde o local da sua residência ate ao país de formacao
f) periodicidade de entrega de relatórios; ou capacitação, nos termos do artigo 16 do presente
regulamento;
g) causas para o cancelamento da bolsa; e
g) não prestar trabalho extraodinário que o impeça de
h) outros elementos julgados necessários.
participar nas aulas, provas ou exames salvo razões
3. Competente a entidade que superintende a área da função imperiosas de serviço; e
pública aprovar os modelos de contrato da bolsa de estudo no h) ser dispensado do trabalho nos dias de exame mediante
prazo de 60 dias contados a partir de publicação do presente apresentação do respectivo calendário sem redução
regulamento. da remuneração.
952 I SÉRIE — NÚMERO 116
de trabalho em pelo menos dois períodos diários e consecutivos, 2. O adiamento referido no número anterior deve ser
sendo cada um de duração não inferior a duração média diária do comunicado por escrito ao funcionário ou agente do Estado
trabalho correspondente a cada grupo profissional. abrangido, bem como ao órgão sindical da instituição caso exista,
2. A prestação do trabalho por turnos deve obedecer as com antecedência mínima de quinze dias antes do início das férias.
seguintes regras: 3. O funcionário ou agente do Estado que não gozar as férias
a) os turnos são rotativos estando respectivo pessoal sujeito por razões a si imputáveis só as poderá gozar quando a instituição
a sua variação regular; julgar conveniente.
b) nos serviços de funcionamento permanente não podem
ser prestados mais de seis dias consecutivos de ARTIGO 112
trabalho;
(Acumulação de férias)
c) as interrupções a observar em cada turno devem obedecer
ao princípio de que podem ser prestadas mais de 5 1. O direito de gozo de férias caduca no final do ano civil a
horas de trabalho consecutivos; que respeita, salvo se por motivo de imperiosa necessidade de
d) as interrupções destinas ao repouso e refeição, quando serviço, não tiverem sido gozadas nesse ano ou no ano seguinte,
não superiores a 30 minutos, consideram – se incluídas podendo ser acumuladas até ao máximo de 60 dias.
no período de trabalho; 2. Pode ser permitido, a pedido do funcionário ou agente do
e) o dia de descanso semanal deve coincidir com o domingo, Estado, a acumulação de 15 dias por cada ano civil, tendo como
pelo menos uma vez em cada período de 4 semanas;
limite 2 anos consecutivos.
f) salvo casos excepcionais, como tal reconhecidos pelo
3. As férias acumuladas devem, obrigatoriamente, ser gozadas
dirigente do serviço e pelos interessados, a mudança
de turno só pode ocorrer após o dia do descanso; e no ano em que perfazem os 60 dias, não devendo transitar para
g) ao dirigente do serviço competente fixar o início e o o ano seguinte.
termo dos turnos aprovados, bem como estabelecer
ARTIGO 113
as respectivas escalas.
(Antecipação de férias)
CAPÍTULO XI
A pedido do funcionário ou agente do Estado podem ser
Férias, faltas, dispensa e licenças
excepcionalmente concedidas férias antecipadas quando os
SECÇÃO I motivos alegados sejam considerados relevantes sem prejuízo
Férias do regular funcionamento dos serviços.
ARTIGO 109 SECÇÃO II
(Férias)
Faltas e Dispensa
1. As férias são concedidas ao fim de 12 meses de prestação ARTIGO 114
de serviço ininterrupto sendo posteriormente concedidas por
cada ano civil. (Faltas)
2. O gozo de férias não prejudica o direito às remunerações
1. Considera-se falta ao serviço a não comparência do
próprias do cargo ou função.
funcionário ou agente do Estado durante o período normal de
3. As férias comportam 30 dias de calendário e só podem ser
interrompidas por motivos imperiosos de serviço. trabalho a que está obrigado, bem como, a não comparência em
4. As férias podem ser gozadas em dois períodos a pedido do local a que deva deslocar-se por motivo de serviço.
interessado. 2. As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
1. Até 30 de Outubro de cada ano as unidades orgânicas devem 1. As faltas contam-se por dias inteiros de trabalho.
elaborar e aprovar o plano de férias para o ano seguinte, de acordo 2. Os atrasos na entrada do serviço são acumulados até
com o interesse dos serviços e do interessado, sem prejuízo de se completarem um dia de falta justificada ou injustificada
assegurar o regular funcionamento dos serviços. averbando-se em conformidade.
2. Aos cônjuges, incluindo as situações de união de facto que 3. Os atrasos que não perfizerem oito horas até a data da
trabalhem no mesmo sector, deve-lhes ser concedida a faculdade elaboração do mapa de assiduidade mensal, transitam para o mês
de gozar férias simultaneamente. seguinte do mesmo ano civil.
3. Na marcação das férias nos meses mais pretendidos deve 4. Considera-se atraso, o não cumprimento por parte
beneficiar-se aos interessados que não gozaram nos referidos
do funcionário ou agente do Estado do horário de entrada
meses nos 2 anos anteriores.
4. A área de recursos humanos deve assegurar que o gozo de estabelecido na Instituição ou em legislação.
férias dos funcionários e agentes do Estado ocorra antes da data ARTIGO 116
do seu desligamento.
ARTIGO 111 (Faltas justificadas)
(Adiamento de férias) 1. Além das relativas às licenças, podem ainda ser justificadas
1. Por necessidades de serviço inadiáveis, a instituição pode as seguintes faltas:
adiar o início do gozo total ou parcial de férias até ao período a) exames escolares;
máximo de noventa dias. b) participação em actividades desportivas ou culturais;
17 DE JUNHO DE 2022 955
(Licença de Casamento, bodas de prata e de ouro) 1. A licença para acompanhamento do cônjuge colocado no
estrangeiro em missão de representação de interesse do Estado
A licença de casamento, bodas de prata ou de ouro é concedida ou em organismos internacionais é concedida pelo dirigente
a requerimento do funcionário ou agente do Estado, visado, e tem competente, a requerimento do funcionário devidamente
a duração de 10 dias de calendário. fundamentado.
17 DE JUNHO DE 2022 957
2. A concessão da licença por período superior a um ano 3. Esta licença é concedida de forma intercalada por período
implica a abertura de vaga. não inferior a cinco anos.
3. No período da licença referida no número anterior, 4. A licença ilimitada pode cessar a requerimento do
o funcionário do Estado tem direito à percepção de um subsídio interessado, após o período mínimo de um ano naquela situação,
cujo regime consta de regulamento próprio. reingressando no quadro e na respectiva carreira, classe e escalão
4. A licença pode cessar a qualquer momento a requerimento ou categoria profissional desde que haja disponibilidade de vaga.
do funcionário. 5. Decorrido um ano após o pedido de reingresso, sem existência
5. Finda a missão do cônjuge no estrangeiro, o funcionário de vaga, o funcionário passa à situação de supranumerário,
requer ao dirigente respectivo o regresso a actividade, no prazo devendo exercer funções não inferiores à carreira, classe e escalão
de 30 dias a contar da data do termo da situação. ou categoria profissional que lhe estiver atribuída.
6. O não cumprimento do disposto no número anterior 6. No caso daquela carreira ou categoria não constar da
o funcionário incorre um processo disciplinar.
nomenclatura aprovada para o aparelho do Estado, é colocado em
7. No caso de ter sido preenchida a respectiva vaga,
carreira ou categoria profissional equivalente, mas nunca superior.
o funcionário é integrado na situação de supranumerário, com
7. Funcionário que cessa a situação de licença ilimitada fica
todos os direitos inerentes ao funcionário do quadro.
8. Se durante o decurso da licença se verificar a reestruturação obrigado a exercer a sua actividade no local que lhe for designado,
ou extinção da instituição na qual o funcionário estava vinculado de acordo com os interesses e necessidades do serviço.
e o reingresso deste não possa ter lugar, o processo individual 8. O funcionário na situação de licença ilimitada pode
é remetido a entidade que superintende a área da função pública, beneficiar do direito à aposentação, desde que se encontrem
após o regresso, a quem competirá determinar a instituição em satisfeitos os requisitos exigidos.
que é colocado. 9. Por morte do funcionário na situação de licença ilimitada,
com direito à aposentação, os seus herdeiros têm direito à pensão
ARTIGO 132 de sobrevivência, nos precisos termos previstos no artigo 170
(Licença registada) do EGFAE.
10. O cálculo da pensão de aposentação ou de sobrevivência
1. Ao funcionário de nomeação definitiva pode ser concedida é regulado em legislação específica.
licença registada até 180 dias prorrogáveis até 365 dias,
11. Esta licença só pode ser concedida duas vezes intercaladas
invocando motivo justificado e ponderoso.
2. A licença referida no número anterior só pode ser concedida por intervalos não inferiores a cinco anos, durante o ciclo
duas vezes, intercaladas por período não inferior a 5 anos. profissional do funcionário.
3. O pedido de prorrogação deve ser submetido trinta dias
antes do término da licença. ARTIGO 134
4. Se o funcionário que requerer a licença registada for exactor (Licença Sabática)
de fazenda deve provar pelos meios legais que se encontra quite
com o Estado. 1. A licença sabática é concedida aos Professores Catedráticos,
5. A concessão da licença implica: Associados e Auxiliares com grau académico de Doutor por um
a) que o respectivo tempo não conta para efeito algum; período de até um ano, dependendo do programa de actividades
b) a suspensão de vencimentos; científicas.
c) a não abertura de vaga no quadro de pessoal podendo, 2. A licença sabática visa a dedicação exclusiva a trabalhos
no entanto, o seu lugar ser provido interinamente até de investigação e publicação científica de relevância, que exijam
ao regresso do referido funcionário; e maior fundo de tempo para a sua realização.
d) o término da licença registada inicia a contagem 3. A licença sabática é requerida ao Reitor respectivo no fim
do direito a férias. de cada período de cinco anos de serviço efectivo com parecer
6. Finda a licença sem que se apresente, o funcionário favorável da Unidade Orgânica em que o Docente presta serviço.
é considerado em falta, a partir do dia seguinte ao término 4. O gozo da licença sabática não prejudica os direitos
da licença. do Docente, incluindo a direito a remuneração de que vinha
a beneficiar até a altura da autorização da mesma.
ARTIGO 133
5. Ao Docente em exercício do cargo de direcção e chefia não
(Licença ilimitada) é concedida a licença sabática, excepto quando o Conselho de
1. A licença ilimitada é concedida por tempo indeterminado Faculdade aprecie e decida em contrário.
a pedido do funcionário de nomeação definitiva, implicando: ARTIGO 135
a) tempo de licença não dá direito à percepção de
vencimentos e interrompe a contagem de tempo para (Licença de maternidade)
efeitos de aposentação, promoção e progressão na 1. A licença de maternidade consiste na concessão à funcionária
carreira profissional; ou agente do Estado parturiente de 90 dias, acumuláveis com as
b) durante o gozo da licença, o funcionário não pode férias, podendo iniciar 20 dias antes da data provável do parto.
apresentar-se a concurso, ser promovido ou exercer 2. A licença de maternidade referida no número anterior
qualquer actividade na função pública, nem exercer ou aplica-se também aos casos de parto a termo ou prematuro,
invocar direitos fundamentados na situação anterior; e independentemente de ter sido nado vivo ou morto, cujo período
c) abertura de vaga no quadro de pessoal a que o funcionário de gestação seja igual ou superior a sete meses.
pertence. 3. Para efeitos dos n.ºs 1 e 2 do presente artigo a data de parto
2. Se o funcionário que requerer a licença ilimitada for exactor é demonstrada através da apresentação no local de trabalho de
de Fazenda deve provar pelos meios legais que se encontra quite um documento emitido pela Unidade Hospitalar, autoridade
com Estado. administrativa ou comunitária até 30 dias subsequentes.
958 I SÉRIE — NÚMERO 116
São competentes para atribuição de prémios os seguintes 1. As propostas e decisões de atribuição das distinções e de
dirigentes: prémios são sempre fundamentadas com preferência obrigatória
a) preferência na escolha para cursos de formação e de aos critérios mencionados nos artigos 138 do presente REGFAE
reciclagem e outras formas de valorização – Ministro, acompanhadas de cópias de registo biográfico do funcionário ou
Vice-Ministro, Ministro, Secretário de Estado, agente do Estado.
2. O candidato que até a data da eleição tiver sido sancionado
Secretário de Estado na Província, Governador de
disciplinar ou criminalmente ou tiver um processo disciplinar
Província, Administrador distrital e demais dirigentes
ou criminal em curso é imediatamente desclassificado.
com competência para nomear;
b) prémios materiais e prémios monetários - Secretário ARTIGO 147
Permanente de Ministério, Secretário Permanente
(Reclamação)
da Secretaria de Estado, Director de Gabinete do
Secretário do Estado na Província, Director de O funcionário ou agente do Estado que se sentir lesado no
Gabinete do Governador de Província, Secretário processo de selecção e entrega dos prémios pode apresentar
Permanente Distrital e demais dirigentes competentes a sua reclamação dentro dos prazos legais.
nos termos da lei; e
c) promoção por mérito – dirigente com competência para CAPÍTULO XIII
nomear. Deslocações
ARTIGO 143 ARTIGO 148
1. A premiação consiste na atribuição de bens materiais 1. Entende-se por colocação a afectação de um funcionário ou
adquiridos pela instituição a que esta vinculado o funcionário agente do Estado na prestação de serviço num local determinado
do Estado. que lhe seja designado.
960 I SÉRIE — NÚMERO 116
2. A deslocação por motivo de colocação confere o direito ao 3. As deslocações por motivo de doença conferem ao
abono de passagens para a família desde que viva na dependência funcionário ou agente do Estado o direito ao abono de passagem.
exclusiva do funcionário ou agente do Estado. 4. No caso de óbito, nas circunstâncias do n.º 1 do presente
3. Para efeitos do número anterior entende-se por família: artigo, de funcionário ou agente do Estado ou de qualquer dos
a) cônjuge incluindo os que se encontram em união de facto; membros do agregado familiar, previstos no n.º 5 do artigo
b) descendentes menores do casal, incluindo os enteados 102 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado,
e adoptados; a transladação ocorre por conta do Estado.
c) ascendentes do casal a seu cargo; e
d) descendentes maiores incapazes a seu cargo. ARTIGO 154
4. Em relação aos familiares previstos nas alíneas c) e d) (Acompanhante por motivos de doença)
do n.º 3 do presente artigo deve ser comprovado que vivem em
1. O funcionário do Estado ou qualquer dos membros do
comunhão de mesa e habitação, através de atestado, emitido pela
agregado familiar previsto no n.° 5 do artigo 102 do Estatuto Geral
estrutura administrativa do local de residência.
5. Na colocação de um funcionário deve se ter em conta as dos Funcionários e Agentes do Estado que tenha de se deslocar
suas qualificações profissionais e as exigências para o exercício acompanhado por motivo de doença, determinada pelo parecer
da actividade. da junta de saúde, a passagem do acompanhante também ocorre
6. Cabe ao dirigente com competência para nomear determinar por conta do Estado.
a colocação do funcionário ou agente do Estado. 2. No caso de óbito do acompanhante, previsto no n.º 1
do presente artigo, a transladação ocorre por conta do Estado.
ARTIGO 150
ARTIGO 155
(Deslocações em missão de serviço)
(Deslocações por outros motivos)
1. As deslocações em missão de serviço são todas aquelas
que, por exigência de serviço, o funcionário ou agente do Estado As deslocações por outros motivos verificam-se por
realiza, temporariamente, para fora do seu local de trabalho. necessidade de participar em acções de formação, seminários,
2. Nas deslocações em missão de serviço o funcionário ou colóquios, estágios.
agente do Estado tem direito ao abono de passagens e ajudas de
ARTIGO 156
custos, nos termos regulamentados.
(Apresentação de relatório)
ARTIGO 151
Após o termo das deslocações referidas nas alíneas c) e f)
(Autorização para deslocação do funcionário ou agente do Estado) do n.º 1 do artigo 63 do presente regulamento e dentro do prazo
1. A deslocação do funcionário ou agente do Estado em de 7 dias úteis deve ser apresentado um relatório circunstanciado
território nacional, por motivo de serviço, está sempre dependente das actividades desenvolvidas.
de autorização do dirigente competente, desde que não exceda
CAPÍTULO XIV
30 dias consecutivos.
2. Quando motivos ponderosos o justifiquem, pode ser Responsabilidade disciplinar
prorrogada até ao limite de 60 dias por despacho do dirigente SECÇÃO I
do órgão central ou local, para além desse limite carecendo de
despacho do Ministro que superintende na área de Finanças Princípios gerais
quando este limite seja excedido. ARTIGO 157
3. Exceptua-se do disposto nos números anteriores a deslocação (Princípios)
de magistrados judiciais ou do Ministério Público e dos oficiais
de justiça para missões específicas de justiça, como seja prisão 1. O funcionário ou agente do Estado que não cumpra
ou acompanhamento de presos. ou que falte aos seus deveres, abuse das suas funções ou de
qualquer forma prejudique a Administração Pública está sujeito
ARTIGO 152 a procedimento disciplinar ou à aplicação de sanções disciplinares,
(Deslocações por motivo de concursos) sem prejuízo de procedimento criminal ou cível.
2. A principal finalidade da sanção é a educação do funcionário
1. As deslocações por motivo de concursos são aquelas que o ou agente do Estado para uma adesão voluntária à disciplina e para
funcionário efectua a fim de ser presente a concursos de promoção. o aumento da responsabilidade no desempenho da sua função.
2. As deslocações para concursos que sejam estranhos ao 3. A falta de cumprimento dos deveres por acção ou omissão
serviço em que o funcionário ou agente do Estado exerce dolosa ou culposa é punível ainda que não tenha resultado prejuízo
actividades não conferem o direito ao abono de passagem.
ao serviço.
ARTIGO 153
ARTIGO 158
(Deslocações por motivos de doença)
(Participação)
1. As deslocações por motivo de doença do funcionário ou de
1. Todos os que tiverem conhecimento de que um funcionário
qualquer dos membros do agregado familiar, referidos no n.º 5
do Artigo 102 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do ou agente do Estado praticou infracção disciplinar devem
Estado, têm lugar em função dos pareceres das juntas de saúde e, participá-la ao superior hierárquico do arguido.
nos locais onde estas não existam, por parecer clínico. 2. A participação ou queixa é imediatamente remetida
2. As deslocações por parecer clínico circunscrevem-se ao à entidade competente para determinar a instauração do processo
território da Província onde o funcionário do Estado se encontra disciplinar, quando se verificar que não possui tal competência
colocado. a entidade que recebe a participação ou queixa.
17 DE JUNHO DE 2022 961
c) quando o instrutor, o escrivão ou seus cônjuges, algum 2. O instrutor pode ainda recusar a audição de testemunhas
parente ou afim em linha recta ou até ao 2.º grau da quando julgue suficientemente provados os factos alegados pelo
linha colateral for credor ou devedor do infractor; arguido.
d) quando o instrutor, o escrivão ou seu cônjuge ou parente 3. Finda a produção de prova oferecida pelo arguido, podem
em linha recta haja recebido dádivas do infractor, antes ser ordenadas diligências complementares, quando se reputem
ou depois do cometimento da infracção; indispensáveis para o esclarecimento da verdade.
e) se houver inimizade grave ou grande intimidade entre
o arguido e o instrutor ou escrivão ou entre qualquer ARTIGO 168
destes e o participante ou o ofendido;e (Extinção do Processo)
f) outros previstos na legislação aplicável.
O poder disciplinar da Administração Pública extingue
ARTIGO 165 decorridos 150 dias após início do procedimento disciplinar sem
(Medidas preventivas) que o processo tenha sido encerrado.
Cabe ao instrutor tomar medidas apropriadas para que não ARTIGO 169
se altere o estado dos factos e dos documentos ou livros em que (Intervenção de defensor)
se descobrir ou se presumir a existência de irregularidade, bem
como a subtracção de provas. O arguido pode, querendo, constituir defensor durante
o processo disciplinar mediante apresentação da procuração, para
ARTIGO 166 preparar a sua defesa por escrito, as reclamações, os recursos
(Defesa do arguido) e pedidos de revisão em autos de processo disciplinar, podendo
para o efeito consultar o processo disciplinar durante as horas de
1. O arguido tem o prazo de 15 dias, a contar da data da entrega expediente, na presença do funcionário que tem o processo a sua
da nota de acusação, para apresentar, querendo, a sua defesa por guarda mediante a autorização do superior hierárquico.
forma escrita ou oral, devendo esta última ser reduzida a auto
escrito que é lido na presença de duas testemunhas e assinado SECÇÃO II
por todos os intervenientes.
Prazos
2. Findo o prazo referido no número anterior, a cópia do
processo é remetida ao órgão sindical a que o arguido está filiado ARTIGO 170
para, querendo, emitir seu parecer e remeter ao instrutor no prazo (Prazo para instrução do processo)
de cinco dias úteis.
3. O parecer do órgão sindical não é vinculativo sendo que a sua 1. A instrução do processo disciplinar inicia com a notificação
ausência não constitui impedimento do curso normal do processo do despacho que designa o instrutor e termina dentro de um prazo
disciplinar e nem consubstancia causa de invalidade do mesmo. de 45 dias.
4. Quando o termo do prazo referido no número 1 do presente 2. Este prazo pode, em casos devidamente justificados, ser
artigo se verifique em dia em que o serviço não esteja aberto ao prorrogado por mais 15 dias.
público, ou não funcione durante o período normal, transfere-se 3. Quando a complexidade da instrução determine a realização
para o primeiro dia útil. de peritagens, deslocações prolongadas ou por exigência de
5. Da nota de acusação deve constar, obrigatoriamente e de comunicações, o prazo estabelecido anteriormente pode ser
forma clara, o prazo para arguido apresentar, querendo, a sua prorrogado pelo dirigente por sua iniciativa ou a requerimento
defesa escrita ou oral, a infracção ou infracções de que é acusado, do instrutor no prazo não superior a 45 dias.
a data e local em que foram praticadas e outras circunstâncias 4. A prorrogação do prazo indicado no n.° 3 do presente artigo
pertinentes, bem como as circunstâncias atenuantes e agravantes deve ser comunicado ao arguido.
se as houver e ainda a referência aos preceitos legais infringidos
e às sanções aplicáveis. ARTIGO 171
6. A resposta da nota de acusação deve expor com clareza, os
(Notificação do arguido)
factos e as razões da defesa, assinada pelo arguido e apresentada
no local onde o processo tiver sido instaurado. 1. No início da instrução o instrutor notifica o participante,
7. Com a resposta, o arguido pode apresentar o rol de o arguido, testemunhas e outros declarantes para ouvir sobre os
testemunhas, juntar os documentos e requerer as diligências que factos constantes do auto de participação, queixa ou denúncia.
julgue apropriadas para esclarecer a verdade. 2. Deduzida a acusação, é entregue pessoalmente ao arguido
8. O instrutor pode inquirir até três testemunhas indicadas pelo a nota de acusação a qual averba o seu recebimento na cópia
arguido por cada facto. a juntar ao processo, com a sua assinatura e data, devendo
9. Se a resposta revelar indícios de nova infracção ou traduzir- a cópia desta ser entregue ao órgão sindical do serviço em que
se em nova infracção dela se extrai certidão, que tem o valor de o funcionário presta actividade no caso deste, estar inscrito.
participação para efeitos de outro processo disciplinar. 3. No caso de o arguido recusar a recepção da nota de acusação
10. Durante o prazo referido no número 6 do artigo 135
e ser ouvido, lavra-se uma declaração ou certidão negativa,
do EGFAE o processo é facultado ao arguido, que o pode
fazendo menção à recusa, a ser assinada por pelo menos 3
consultar durante as horas de expediente na presença do instrutor
e/ou do escrivão. testemunhas.
4. Não se conhecendo o paradeiro do arguido a notificação
ARTIGO 167 será feita através de editais no local de serviço ou publicados nos
jornais de maior circulação e rádio.
(Produção de prova)
5. O edital é dado a conhecer ao órgão sindical do local de
1. O instrutor pode indeferir as diligências requeridas pelo trabalho, caso exista.
arguido, por decisão fundamentada, quando as considere 6. Findo o prazo fixado no edital, dá-se seguimento ao processo
manifestamente dilatórias ou desnecessárias. até à sua conclusão.
17 DE JUNHO DE 2022 963
Preço — 150,00 MT